itinerários de lisboa | jan / jul '15

ITINERÁRIOS DE LISBOA De há 12 anos a esta parte, o programa de itinerários da Câmara Municipal de Lisboa percorre as ruas da cidade, mostrando o seu riquíssimo património, revelando a sua história, os episódios marcantes e destacando os seus protagonistas. Nos próximos meses, entre janeiro e julho, cerca de 30 percursos propõem igual número de olhares sobre Lisboa. A oferta estrutura-se em quatro núcleos - HISTÓRIAS DA CIDADE, ESCRITORES DA CIDADE, EFEMÉRIDES e a VISITA DO MÊS, que acrescenta mensalmente uma nova proposta ao catálogo. Aceite o convite e venha descobrir a cidade pelo seu próprio pé. VISITA DO MÊS A cada mês, uma nova visita é acrescentada ao programa, alargando o leque de possibilidades de descoberta da cidade. Obras literárias, eixos urbanos, bairros antigos, arquitetura ou episódios da história da cidade são alguns dos temas. OS PAÇOS REAIS, DA ALCÁÇOVA À PRAÇA DO COMÉRCIO JUNQUEIRA PALACIANA A colina do Castelo de São Jorge, com a sua posição dominante sobre a cidade, foi o local escolhido para as primeiras fortificações defensivas de Lisboa. A alcáçova, criada nos tempos de ocupação islâmica, viria a ser o primeiro paço régio de Lisboa. Após a reconquista, já na época medieval, foi adaptada para servir de residência aos reis das duas primeiras dinastias, a Afonsina e a de Avis, até que o rei D. Manuel I, em 1498, empreendeu a construção do Paço da Ribeira, junto aos armazéns das especiarias provenientes da Índia. Este itinerário percorre os locais dos antigos paços, evocando acontecimentos históricos e figuras marcantes da cidade de Lisboa. Chamavam-lhe o Sítio da Junqueira em virtude dos juncos que cresciam com abundância no local, designado também como a foz do Rio Seco. Esta zona ribeirinha e aprazível, muito procurada pelos fidalgos, é mencionada num dos livros da Chancelaria do reinado de D. Dinis, em que o rei doa este sítio e vários outros do seu reguengo de Algés de Ribamar a D. Urraca Pais. Ao longo da atual Rua da Junqueira ergueram-se palácios e quintas que lhe deram um cunho aristocrático, muitos dos quais subsistem até hoje. Este itinerário é uma oportunidade para conhecer o Palácio dos Condes da Ponte, o Palácio Burnay, Palácio Pessanha, Palácio da Ega e muitos outros. 14, 17, 22 JAN; 5 FEV; 4 MAR; 28 ABR; 14 MAI; 1 JUL 4, 21SS, 25 FEV; 17 MAR; 23 ABR; 19 MAI JANEIRO FEVEREIRO HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE Após o terramoto de 1755, nasceu um novo bairro em terras de “Buenos Aires”, que pertencia à Casa do Infantado. Para este local, considerado seguro e saudável, fugiram muitos dos alfacinhas que escaparam à fúria da destruição e aos escombros do sismo. Ficou conhecido como o bairro da Lapa, devido a uma evocação de Nossa Senhora, cuja ermida já existia. Freguesia desde 1770, a Lapa é uma zona simultaneamente popular e aristocrata, cheia de histórias, curiosidades e património. Um itinerário que tem como ponto de partida a magnífica Basílica da Estrela e se desenrola colina abaixo, percorrendo os principais palácios, ruas e capelas deste bairro caraterístico de Lisboa. Entre 1373 e 1375 o rei D. Fernando manda erguer uma nova muralha defensiva com o objetivo de defender a cidade das guerras com Castela. Possuindo na época 77 torres, 38 portas e 6,5 km de extensão, a nova muralha delimitava um espaço que abrangia o Chiado, a Rua do Alecrim, a baixa pombalina até ao Rossio, a colina de Santana, o Martim Moniz, o morro da Graça, o mosteiro de São Vicente de Fora, Alfama e as Tercenas. Neste itinerário percorre-se um troço da muralha, os seus vestígios e as histórias que marcaram a sua construção. 28 JAN; 24 FEV; 26 MAR; 8 MAI; 7 JUL HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE O BAIRRO DA LAPA 9 JAN; 10 MAR; 20 MAI A CERCA FERNANDINA HISTÓRIAS DA CIDADE Elaborados a partir de temas como Lisboa dos Aguadeiros, Lisboa Romana ou Lisboa Maçónico, entre tantos outros, os Itinerários de Lisboa contam a história e estórias da cidade, percorrem a sua vida quotidiana, o património edificado, as ruas e paisagens urbanas. Sophia nasceu no Porto a 6 de novembro de 1919. A sua infância e adolescência foram repartidas entre a quinta da família, no Campo Alegre, e a casa de férias na praia da Granja. Contudo, foi em Lisboa que Sophia viveu quase 60 anos, tantos quantos preencheram a sua vida literária que somou poesia, prosa, teatro, ensaio e literatura infantil. Destacou-se na intervenção cívica contra a ditadura assumindo, por atos e palavras, a resistência e a oposição ao regime de Salazar. Mulher de um encanto raro, a par de nobreza de caráter, partiu no dia 2 de julho de 2004, deixando uma obra que a elegeu como um dos maiores vultos da literatura portuguesa do séc. XX. Antes das canalizações, carregar água até casa era uma das tarefas domésticas mais penosas. Felizmente havia quem fizesse esse serviço e tivesse nele o seu ganha-pão, os aguadeiros. Galegos na sua maioria, os aguadeiros de Lisboa escolheram a Bica para viver, pela abundância de nascentes naturais, afinal a matéria-prima do seu sustento. Este percurso lembra a história e a marca que deixaram na cidade, percorrendo uma toponímia com muitas referências à água, desde o interior do bairro da Bica, passando pelos belos panoramas de Santa Catarina, até ao bairro setecentista de São Paulo. A Maçonaria é uma das mais comentadas, respeitadas, atacadas e polémicas ordens iniciáticas da História. Contra- poder da influência religiosa, afirmando a primazia do Homem, a Maçonaria veio a desempenhar um papel decisivo em acontecimentos marcantes na Europa e, em particular, em Portugal, cujos contornos estão bastante documentados. Este itinerário pretende revisitar alguns factos conhecidos pelos não iniciados e a simbologia maçónica que pontua a cidade, à vista de todos mas nem sempre reconhecível. D. Leonor, mulher do rei D. João II, instituiu em 1498, a primeira Misericórdia portuguesa. Inicialmente sediada numa capela no interior da Sé de Lisboa, era gerida por uma Irmandade que tomou o nome de Nossa Senhora da Misericórdia. Tinha como missão apoiar os pobres, os doentes, os pedintes, os presos e, mais tarde, as viúvas e os órfãos. Viria a ter um papel preponderante nos momentos difíceis da cidade, nos surtos de peste, nas guerras da Independência de 1640, após o sismo de 1755, nas lutas liberais e na Implantação da República, em 1910. Este itinerário permite conhecer a história de uma das mais antigas instituições da cidade, percorrendo as suas memórias e os seus lugares. A presença judaica em Lisboa é anterior à reconquista da cidade por D. Afonso Henriques. Ao longo dos séculos cristãos, os judeus foram sendo tolerados, integrados, perseguidos ou banidos ao sabor das vontades da Igreja e dos monarcas. Infelizmente, das três principais judiarias referenciadas pelos cronistas da cidade resta apenas um vestígio toponímico: a Rua da Judiaria, em Alfama. Situava-se junto da Torre de S. Pedro e da Igreja da mesma invocação e teria sido fundada no reinado de D. Pedro ou D. Fernando. Este percurso evoca a presença hebraica e a sua importância no desenvolvimento da cidade, os locais das antigas judiarias e o modo de vida no interior desses bairros. Na encosta oeste da Colina do Castelo, no séc. XII, formou-se um novo bairro, banhado pelos ventos atlânticos: a Mouraria. Depois da conquista da cidade aos mouros pelo rei D. Afonso Henriques, em 1147, e da Carta de Foral dos Mouros Forros, em 1170, estava afiançado aos mudéjares, os mouros agora sob o domínio cristão, não só a liberdade e proteção mas também a garantia de não serem importunados, quer por cristãos quer por judeus. No novo bairro da Mouraria, os mouros puderam continuar o seu quotidiano com as suas tradições e professar a sua religião. À queda do Império Romano do Ocidente sucede-se a época que se convencionou chamar de Idade Média. Durou cerca de mil anos, entre os séculos V e XV, e terminou no reencontro com a cultura clássica, no Renascimento e Iluminismo. Neste período, a cidade e a organização social sofreram grandes transformações. Lisboa destacava-se no panorama medieval português como a cidade do rei e do bispo, a cidade do concelho e a cidade mercantil por excelência. Em termos geográficos, era a maior urbe do reino e uma cidade de tamanho médio em termos europeus. Este percurso propõe uma viagem no tempo, à descoberta das ruas e dos vestígios que as suas gentes deixaram na história da cidade. Em 1706, o rei D. João V sobe ao trono e dá início a um dos mais longos e ricos reinados da história de Portugal. A abundância do ouro das colónias permite-lhe materializar uma febre construtora que tinha como objetivo elevar a capital ao estatuto das grandes cidades europeias. Quis o destino que muitas das suas obras fossem arrasadas pouco tempo depois da sua morte, mas muitas outras permaneceram, bem como o estilo barroco de influência italiana que se viria a intitular barroco joanino. À volta do Campo de Santa Clara, conheceremos vários exemplares deste estilo, desde a Igreja de Santa Engrácia, aos palácios setecentistas como os de Barbacena, da autoria de Manuel da Costa Negreiros, o palácio Sinel de Cordes e o palácio do Lavradio. Lisboa foi integrada no mundo romano em 138 a.C. por Décimo Júnio Bruto. O antigo povoado, com ocupação humana desde a pré-história, sofre várias transformações, sendo a militarização da zona do Castelo uma das mais significativas. Sob o domínio de Augusto, a cidade adquire um novo estatuto administrativo e político, recebendo a designação de Felicitas Iulia Olisipo e tornando-se um município de cidadãos romanos que se estendia pela margem sul do rio Tejo até à Arrábida. A cidade é dotada de edifícios públicos, como as Termas dos Cássios e o Teatro Romano. Este percurso propõe a descoberta dos monumentos e vestígios dessa época, que chegaram aos nossos dias. 5, 7, 11, 19, 25 MAR; 29 ABR; 22 MAI; 2 JUL 21 JAN; 19 MAR; 13 MAI 30 JAN; 20 MAR; 10 ABR; 3 JUL 16, 20, 24, 30 JUN; 2 JUL 6 JAN; 3 FEV; 18 MAR; 24 ABR; 26 MAI; 9 JUL 9, 29 JAN; 27 FEV; 9 JUL MARÇO ABRIL MARÇO HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN LISBOA DOS AGUADEIROS LISBOA MAÇÓNICA RAINHA D. LEONOR E A MISERICÓRDIA DE LISBOA LISBOA HEBRAICA LISBOA MOURA 8, 14, 18 ABR; 12 MAI; 25 JUN 27 JAN; 6 MAR; 11, 29 ABR; 21 MAI 15 JAN; 3 MAR; 7 ABR; 5 MAI; 8 JUL LISBOA MEDIEVAL LISBOA JOANINA LISBOA ROMANA HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE HISTÓRIAS DA CIDADE INFORMAÇÕES Participar nos Itinerários de Lisboa Os Itinerários de Lisboa realizam-se de terça a sábado (terça a sexta, 10h; sábado, 11h), têm uma duração média de 2 horas e realizam-se com um mínimo de 10 pessoas e um máximo de 30. É necessária marcação prévia. Como marcar As marcações podem ser feitas: Presencialmente: Nas instalações da Direção Municipal de Cultura, no Palácio do Machadinho, Rua do Machadinho, 20. De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Por telefone e e-mail: 218 170 900 / [email protected] Tabela de preços Bilhete simples | 3.69 Bilhete duplo | 6.15 Voucher 10 Visitas | 24.60 IVA incluído Como efetuar o pagamento Presencialmente: Nas instalações da Direção Municipal de Cultura, no Palácio do Machadinho, Rua do Machadinho, 20. De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Por transferência bancária: Solicitando NIB pelo telefone 218 170 900 ou por e-mail: [email protected] Mais informações em: itinerariosdelisboa.blogspot.pt JAN A JUL ‘15 HISTÓRIAS DA CIDADE JUN JAN FEV MAR ABR MAI JUL 2015 O TERRAMOTO DE 1755 E A RECONSTRUÇÃO POMBALINA LISBOA ROMANA LOJAS DE TRADIÇÃO DA BAIXA LISBOA MOURA LISBOA HEBRAICA LISBOA DOS AGUADEIROS LISBOA JOANINA JUNQUEIRA PALACIANA A CERCA FERNANDINA O BAIRRO DA LAPA 9 28 21 6 30 14, 17, 22 20 24 4, 21, 25 11, 29 3 20 5 20 19 26 19 6 18 20 12 21 4 8, 14, 18 20 24 25 20 8 19 13 26 15 6 14 15 3 16, 20, 24, 30 26 12 12 9 2 8 9 4 10 1 25 10 22 9 7, 27 23 17 O REGICÍDIO DE 1908 - OS TRÊS TIROS QUE ABALARAM A MONARQUIA À VOLTA DO PAÇO DO LUMIAR 10 17 23 27 21 24 LISBOA MAÇÓNICA 10 LISBOA MEDIEVAL 3 7 5 8 6 10 18 LOJAS DE TRADIÇÃO DO CHIADO 24 30 23 OS PAÇOS REAIS, DA ALCÁÇOVA À PRAÇA DO COMÉRCIO 28 RAINHA D. LEONOR E A MISERICÓRDIA DE LISBOA 16 5, 7, 11, 19, 25 29 22 PERCURSOS LITERÁRIOS EFEMÉRIDES OS 600 ANOS DA TOMADA DE CEUTA 25 DE ABRIL DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS DIA DOS NAMORADOS OS 1300 ANOS DA INVASÃO MOURA 100 ANOS DA I GUERRA MUNDIAL LISBOA DE FERNÃO LOPES LISBOA DE FERNANDO PESSOA LISBOA DE EÇA DE QUEIRÓS LISBOA DE ALMEIDA GARRETT LISBOA DE ALMADA NEGREIROS 13 21 27 4 25 20 7 9 29 5 16 24 8 7, 29 23 27 17 19 15 7 7 21 17 SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN 12 15 13 26 11 21 28 11, 12, 14 16, 17 22 12, 22, 28 3, 4, 5, 16, 17, 18, 19, 30 1 LISBOA EM FESTA 2 9, 29 27 7 DESDOBRAVEL_ITINERARIOS.indd 4 24/11/14 15:17

Upload: agenda-cultural

Post on 07-Apr-2016

221 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Itinerários de Lisboa | jan / jul '15

ITINERÁRIOS DE LISBOA

De há 12 anos a esta parte, o programa de itinerários da Câmara Municipal de Lisboa percorre as ruas da cidade, mostrando o seu riquíssimo património, revelando a sua história, os episódios marcantes e destacando os seus protagonistas. Nos próximos meses, entre janeiro e julho, cerca de 30 percursos propõem igual número de olhares sobre Lisboa. A oferta estrutura-se em quatro núcleos - HISTÓRIAS DA CIDADE, ESCRITORES DA CIDADE, EFEMÉRIDES e a VISITA DO MÊS, que acrescenta mensalmente uma nova proposta ao catálogo. Aceite o convite e venha descobrir a cidade pelo seu próprio pé.

VISITA DO MÊS

A cada mês, uma nova visita é acrescentada ao programa, alargando o leque de possibilidades de descoberta da cidade. Obras literárias, eixos urbanos, bairros antigos, arquitetura ou episódios da história da cidade são alguns dos temas.

OS PAÇOS REAIS, DA ALCÁÇOVA À PRAÇA DO COMÉRCIO

JUNQUEIRA PALACIANA

A colina do Castelo de São Jorge, com a sua posição dominante sobre a cidade, foi o local escolhido para as primeiras fortificações defensivas de Lisboa. A alcáçova, criada nos tempos de ocupação islâmica, viria a ser o primeiro paço régio de Lisboa. Após a reconquista, já na época medieval, foi adaptada para servir de residência aos reis das duas primeiras dinastias, a Afonsina e a de Avis, até que o rei D. Manuel I, em 1498, empreendeu a construção do Paço da Ribeira, junto aos armazéns das especiarias provenientes da Índia. Este itinerário percorre os locais dos antigos paços, evocando acontecimentos históricos e figuras marcantes da cidade de Lisboa.

Chamavam-lhe o Sítio da Junqueira em virtude dos juncos que cresciam com abundância no local, designado também como a foz do Rio Seco. Esta zona ribeirinha e aprazível, muito procurada pelos fidalgos, é mencionada num dos livros da Chancelaria do reinado de D. Dinis, em que o rei doa este sítio e vários outros do seu reguengo de Algés de Ribamar a D. Urraca Pais. Ao longo da atual Rua da Junqueira ergueram-se palácios e quintas que lhe deram um cunho aristocrático, muitos dos quais subsistem até hoje. Este itinerário é uma oportunidade para conhecer o Palácio dos Condes da Ponte, o Palácio Burnay, Palácio Pessanha, Palácio da Ega e muitos outros.

14, 17, 22 JAN; 5 FEV; 4 MAR; 28 ABR; 14 MAI; 1 JUL

4, 21SS, 25 FEV; 17 MAR; 23 ABR; 19 MAI

JANEIRO

FEVEREIRO

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

Após o terramoto de 1755, nasceu um novo bairro em terras de “Buenos Aires”, que pertencia à Casa do Infantado. Para este local, considerado seguro e saudável, fugiram muitos dos alfacinhas que escaparam à fúria da destruição e aos escombros do sismo. Ficou conhecido como o bairro da Lapa, devido a uma evocação de Nossa Senhora, cuja ermida já existia. Freguesia desde 1770, a Lapa é uma zona simultaneamente popular e aristocrata, cheia de histórias, curiosidades e património. Um itinerário que tem como ponto de partida a magnífica Basílica da Estrela e se desenrola colina abaixo, percorrendo os principais palácios, ruas e capelas deste bairro caraterístico de Lisboa.

Entre 1373 e 1375 o rei D. Fernando manda erguer uma nova muralha defensiva com o objetivo de defender a cidade das guerras com Castela. Possuindo na época 77 torres, 38 portas e 6,5 km de extensão, a nova muralha delimitava um espaço que abrangia o Chiado, a Rua do Alecrim, a baixa pombalina até ao Rossio, a colina de Santana, o Martim Moniz, o morro da Graça, o mosteiro de São Vicente de Fora, Alfama e as Tercenas. Neste itinerário percorre-se um troço da muralha, os seus vestígios e as histórias que marcaram a sua construção.

28 JAN; 24 FEV; 26 MAR; 8 MAI; 7 JUL

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

O BAIRRO DA LAPA 9 JAN; 10 MAR; 20 MAI

A CERCA FERNANDINA

HISTÓRIAS DA CIDADE

Elaborados a partir de temas como Lisboa dos Aguadeiros, Lisboa Romana ou Lisboa Maçónico, entre tantos outros, os Itinerários de Lisboa contam a história e estórias da cidade, percorrem a sua vida quotidiana, o património edificado, as ruas e paisagens urbanas.

Sophia nasceu no Porto a 6 de novembro de 1919. A sua infância e adolescência foram repartidas entre a quinta da família, no Campo Alegre, e a casa de férias na praia da Granja. Contudo, foi em Lisboa que Sophia viveu quase 60 anos, tantos quantos preencheram a sua vida literária que somou poesia, prosa, teatro, ensaio e literatura infantil. Destacou-se na intervenção cívica contra a ditadura assumindo, por atos e palavras, a resistência e a oposição ao regime de Salazar. Mulher de um encanto raro, a par de nobreza de caráter, partiu no dia 2 de julho de 2004, deixando uma obra que a elegeu como um dos maiores vultos da literatura portuguesa do séc. XX.

Antes das canalizações, carregar água até casa era uma das tarefas domésticas mais penosas. Felizmente havia quem fizesse esse serviço e tivesse nele o seu ganha-pão, os aguadeiros. Galegos na sua maioria, os aguadeiros de Lisboa escolheram a Bica para viver, pela abundância de nascentes naturais, afinal a matéria-prima do seu sustento. Este percurso lembra a história e a marca que deixaram na cidade, percorrendo uma toponímia com muitas referências à água, desde o interior do bairro da Bica, passando pelos belos panoramas de Santa Catarina, até ao bairro setecentista de São Paulo.

A Maçonaria é uma das mais comentadas, respeitadas, atacadas e polémicas ordens iniciáticas da História. Contra-poder da influência religiosa, afirmando a primazia do Homem, a Maçonaria veio a desempenhar um papel decisivo em acontecimentos marcantes na Europa e, em particular, em Portugal, cujos contornos estão bastante documentados. Este itinerário pretende revisitar alguns factos conhecidos pelos não iniciados e a simbologia maçónica que pontua a cidade, à vista de todos mas nem sempre reconhecível.

D. Leonor, mulher do rei D. João II, instituiu em 1498, a primeira Misericórdia portuguesa. Inicialmente sediada numa capela no interior da Sé de Lisboa, era gerida por uma Irmandade que tomou o nome de Nossa Senhora da Misericórdia. Tinha como missão apoiar os pobres, os doentes, os pedintes, os presos e, mais tarde, as viúvas e os órfãos. Viria a ter um papel preponderante nos momentos difíceis da cidade, nos surtos de peste, nas guerras da Independência de 1640, após o sismo de 1755, nas lutas liberais e na Implantação da República, em 1910. Este itinerário permite conhecer a história de uma das mais antigas instituições da cidade, percorrendo as suas memórias e os seus lugares.

A presença judaica em Lisboa é anterior à reconquista da cidade por D. Afonso Henriques. Ao longo dos séculos cristãos, os judeus foram sendo tolerados, integrados, perseguidos ou banidos ao sabor das vontades da Igreja e dos monarcas. Infelizmente, das três principais judiarias referenciadas pelos cronistas da cidade resta apenas um vestígio toponímico: a Rua da Judiaria, em Alfama. Situava-se junto da Torre de S. Pedro e da Igreja da mesma invocação e teria sido fundada no reinado de D. Pedro ou D. Fernando. Este percurso evoca a presença hebraica e a sua importância no desenvolvimento da cidade, os locais das antigas judiarias e o modo de vida no interior desses bairros.

Na encosta oeste da Colina do Castelo, no séc. XII, formou-se um novo bairro, banhado pelos ventos atlânticos: a Mouraria. Depois da conquista da cidade aos mouros pelo rei D. Afonso Henriques, em 1147, e da Carta de Foral dos Mouros Forros, em 1170, estava afiançado aos mudéjares, os mouros agora sob o domínio cristão, não só a liberdade e proteção mas também a garantia de não serem importunados, quer por cristãos quer por judeus. No novo bairro da Mouraria, os mouros puderam continuar o seu quotidiano com as suas tradições e professar a sua religião.

À queda do Império Romano do Ocidente sucede-se a época que se convencionou chamar de Idade Média. Durou cerca de mil anos, entre os séculos V e XV, e terminou no reencontro com a cultura clássica, no Renascimento e Iluminismo. Neste período, a cidade e a organização social sofreram grandes transformações. Lisboa destacava-se no panorama medieval português como a cidade do rei e do bispo, a cidade do concelho e a cidade mercantil por excelência. Em termos geográficos, era a maior urbe do reino e uma cidade de tamanho médio em termos europeus. Este percurso propõe uma viagem no tempo, à descoberta das ruas e dos vestígios que as suas gentes deixaram na história da cidade.

Em 1706, o rei D. João V sobe ao trono e dá início a um dos mais longos e ricos reinados da história de Portugal. A abundância do ouro das colónias permite-lhe materializar uma febre construtora que tinha como objetivo elevar a capital ao estatuto das grandes cidades europeias. Quis o destino que muitas das suas obras fossem arrasadas pouco tempo depois da sua morte, mas muitas outras permaneceram, bem como o estilo barroco de influência italiana que se viria a intitular barroco joanino. À volta do Campo de Santa Clara, conheceremos vários exemplares deste estilo, desde a Igreja de Santa Engrácia, aos palácios setecentistas como os de Barbacena, da autoria de Manuel da Costa Negreiros, o palácio Sinel de Cordes e o palácio do Lavradio.

Lisboa foi integrada no mundo romano em 138 a.C. por Décimo Júnio Bruto. O antigo povoado, com ocupação humana desde a pré-história, sofre várias transformações, sendo a militarização da zona do Castelo uma das mais significativas. Sob o domínio de Augusto, a cidade adquire um novo estatuto administrativo e político, recebendo a designação de Felicitas Iulia Olisipo e tornando-se um município de cidadãos romanos que se estendia pela margem sul do rio Tejo até à Arrábida. A cidade é dotada de edifícios públicos, como as Termas dos Cássios e o Teatro Romano. Este percurso propõe a descoberta dos monumentos e vestígios dessa época, que chegaram aos nossos dias.

5, 7, 11, 19, 25 MAR; 29 ABR; 22 MAI; 2 JUL

21 JAN; 19 MAR; 13 MAI

30 JAN; 20 MAR; 10 ABR; 3 JUL

16, 20, 24, 30 JUN; 2 JUL 6 JAN; 3 FEV; 18 MAR; 24 ABR; 26 MAI; 9 JUL

9, 29 JAN; 27 FEV; 9 JUL

MARÇO

ABRIL

MARÇO

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

LISBOA DOS AGUADEIROS

LISBOA MAÇÓNICA

RAINHA D. LEONOR E A MISERICÓRDIA DE LISBOA

LISBOA HEBRAICA

LISBOA MOURA

8, 14, 18 ABR; 12 MAI; 25 JUN

27 JAN; 6 MAR; 11, 29 ABR; 21 MAI

15 JAN; 3 MAR; 7 ABR; 5 MAI; 8 JUL

LISBOA MEDIEVAL LISBOA JOANINA

LISBOA ROMANA

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

INFORMAÇÕES

Participar nos Itinerários de Lisboa Os Itinerários de Lisboa realizam-se de terça a sábado (terça a sexta, 10h; sábado, 11h), têm uma duração média de 2 horas e realizam-se com um mínimo de 10 pessoas e um máximo de 30. É necessária marcação prévia.

Como marcarAs marcações podem ser feitas:Presencialmente:Nas instalações da Direção Municipal de Cultura, no Palácio do Machadinho, Rua do Machadinho, 20. De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.Por telefone e e-mail: 218 170 900 / [email protected]

Tabela de preçosBilhete simples | € 3.69Bilhete duplo | € 6.15Voucher 10 Visitas | € 24.60IVA incluído

Como efetuar o pagamento Presencialmente:Nas instalações da Direção Municipal de Cultura, no Palácio do Machadinho, Rua do Machadinho, 20. De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.Por transferência bancária: Solicitando NIB pelo telefone 218 170 900 ou por e-mail: [email protected]

Mais informações em: itinerariosdelisboa.blogspot.pt

JAN A JUL ‘15

HISTÓRIAS DA CIDADE

JUNJAN FEV MAR ABR MAI JUL2015

O TERRAMOTO DE 1755 E A RECONSTRUÇÃO POMBALINA

LISBOA ROMANA

LOJAS DE TRADIÇÃO DA BAIXA

LISBOA MOURA

LISBOA HEBRAICA

LISBOA DOS AGUADEIROS

LISBOA JOANINA

JUNQUEIRA PALACIANA

A CERCA FERNANDINA

O BAIRRO DA LAPA 9

28

21

6

30

14, 17, 22

20

24

4, 21, 25

11, 29

3

20

5

20

19

26

19

6

18

20

12

21

4

8, 14, 18

20

24

25

20

8

19

13

26

15

6

14

15

3

16, 20, 24, 30

26

12

12

9

2

8

9

4

10

1

25

10

22 9

7, 27

23

17O REGICÍDIO DE 1908 - OS TRÊS TIROS QUE ABALARAM A MONARQUIA

À VOLTA DO PAÇO DO LUMIAR

10

17 23

27 21

24

LISBOA MAÇÓNICA 10

LISBOA MEDIEVAL

3 7 5

8 6 10 18

LOJAS DE TRADIÇÃO DO CHIADO 24 30 23

OS PAÇOS REAIS, DA ALCÁÇOVA À PRAÇA DO COMÉRCIO

28

RAINHA D. LEONOR E A MISERICÓRDIA DE LISBOA

16

5, 7, 11, 19, 25

29 22

PERCURSOS LITERÁRIOS

EFEMÉRIDES

OS 600 ANOS DA TOMADA DE CEUTA

25 DE ABRIL

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

DIA DOS NAMORADOS

OS 1300 ANOS DA INVASÃO MOURA

100 ANOS DA I GUERRA MUNDIAL

LISBOA DE FERNÃO LOPES

LISBOA DE FERNANDO PESSOA

LISBOA DE EÇA DE QUEIRÓS

LISBOA DE ALMEIDA GARRETT

LISBOA DE ALMADA NEGREIROS

13

21

27

4

25

20

7

9 29

5

16

24

8

7, 29

23

27 17

1915

7

7 2117

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

12 15

13 26 11 21 28

11, 12, 14

16, 17

22

12, 22, 28

3, 4, 5, 16, 17, 18, 19, 30

1

LISBOA EM FESTA

2

9, 29 27

7

DESDOBRAVEL_ITINERARIOS.indd 4 24/11/14 15:17

Page 2: Itinerários de Lisboa | jan / jul '15

A Baixa é, desde tempos imemoriais, o centro mercantil de Lisboa. A reconstrução pombalina veio organizar e reconfigurar o traçado medieval labiríntico que a caracterizava mas, no entanto, manteve alguma da toponímia ligada a mesteres e ofícios que ainda hoje subsistem. Neste percurso, visitamos as lojas antigas e mais tradicionais, que evocam as múltiplas atividades comerciais que aqui existiram e as que se mantêm.

José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe a 7 de abril de 1893. Artista multifacetado - pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo, romancista - ficou ligado ao movimento modernista português quando, em 1915, integrado no grupo Orpheu, apresentou o seu famoso Manifesto Anti-Dantas. Artista da novidade e da provocação, colaborou nas principais revistas de vanguarda. Artisticamente ativo ao longo de toda a sua vida, o seu valor foi reconhecido por inúmeros prémios. Este percurso passa por alguns dos locais que marcaram a sua vida e obra literária. Faleceu em Lisboa a 15 de junho de 1970.

A Primeira Grande Guerra teve início em julho de 1914 mas só em 1916, a partir da declaração de guerra à Alemanha, Portugal viria a participar, enviando os seus exércitos. Lisboa vivia o período conturbado da Primeira República, com grande agitação social, politica e económica. Não deixava, no entanto, de se modernizar e oferecer diversão, refletida no surgimento dos chamados clubes noturnos, como o famoso Bristol Club.Este itinerário tem início junto ao Monumento aos Combatentes da Grande Guerra e termina no Terreiro do Paço.

Na madrugada de 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas desencadeou um golpe militar que derrubou o Estado Novo, desencadeando os acontecimentos políticos que conduziram à instauração da democracia em Portugal. Enquanto capital do país, Lisboa assistiu aos principais desenvolvimentos desta ação. Este percurso passa pelos locais da cidade onde se deram os principais momentos, relatando a sua importância no desenrolar da revolução.

Entre nós e no mundo lusófono é conhecido como Santo António de Lisboa, a cidade que o viu nascer. No resto do mundo chamam-lhe de Pádua, já que aí viveu e veio a morrer a 13 de junho de 1231. Fernando Martins de Bulhões, seu nome de batismo, foi um dos homens mais influentes do seu tempo e ainda hoje é um dos santos mais adorados do mundo cristão. Os seus feitos, milagreiros ou mais mundanos, foram de tal forma difundidos que foi santificado menos de um ano após a sua morte, o que até hoje é caso único. Um percurso pela vida do santo lisboeta.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de junho de 1888 e morreu a 30 de novembro de 1935 na mesma cidade, frequentando os cafés, restaurantes, teatros e tertúlias. Este percurso segue os passos do poeta, desde o Largo de São Carlos, onde nasceu, até ao Martinho da Arcada, onde tomou o seu último café. Guiados pela obra do poeta, pelos amigos, pelos locais e pelos estabelecimentos que frequentou, traça-se um itinerário literário e artístico da cidade.

Na manhã do dia 1 de novembro de 1755, a cidade de Lisboa foi destruída por um sismo e por um maremoto de grandes dimensões. Sebastião José de Carvalho e Melo, ainda secretário de Estado e futuro marquês de Pombal, deu início a um plano de renovação da paisagem citadina, nascendo desta forma a Baixa Pombalina, uma nova centralidade desenhada segundo os planos urbanísticos mais avançados da época. Este itinerário revela o momento trágico que foi vivido em Lisboa, as medidas que foram tomadas, o plano de reconstrução da cidade, os engenheiros e os arquitetos envolvidos e a revolução social, política e económica provocada por esta catástrofe.

Desde o século XIX que a colina da cultura e das artes é também a colina da moda, do que é chique e da novidade. As lojas mais notáveis continuam a testemunhar esse passado glorioso, apesar das transformações sofridas devido a novas vocações ou a acidentes como o grande incêndio de 1986. Vamos visitar alguns destes espaços marcantes e evocar a memória dos que ficaram no passado.

Almeida Garrett nasce no Porto a 4 de fevereiro de 1799. Oriundo de uma família burguesa e inicialmente destinado a uma vida religiosa, cursou Leis na Universidade de Coimbra. Saudou com entusiasmo a revolução vintista, combateu o absolutismo e colaborou diretamente nos primeiros documentos legislativos do Liberalismo. A sua vida conturbada reflete a instabilidade política do séc. XIX português, oscilando entre exílios e nomeações para cargos públicos. Pelo meio, ainda teve tempo de deixar marca também na vida da cidade, nomeadamente com a criação do Teatro Nacional D. Maria II e do Conservatório. Falece em Lisboa a 9 de dezembro de 1854.

Em 714, o emir de Muça, Abd al Aziz invadiu a cidade de Olisipo, tomando-a aos Visigodos. Estes últimos, sendo essencialmente cristãos, tornaram-se moçárabes submetidos ao novo sistema político e social. A cidade tomou o novo nome de Al Uxbuna (e mais tarde Lixbuna) e nasceu o bairro de Alfama, protegido pela cerca moura. Este bairro viria a ser um novo centro de atividade económica, lugar das alcaçarias, das lojas e das águas medicinais. Em homenagem à efeméride, este itinerário percorre os lugares da presença moura na cidade até à Reconquista Cristã em 1147, pelo rei D. Afonso Henriques.

Em 1415 completam-se 600 anos sobre a tomada de Ceuta pelos exércitos portugueses, liderados por D. João I. Foi uma ação de legitimação da nova dinastia de Avis que deu início à expansão portuguesa. As suas causas, o seu desenvolvimento, os seus protagonistas e as suas consequências irão ser abordados, tendo como pano de fundo os mais significativos monumentos ligados às Descobertas.

Foi Sebastião José de Carvalho e Melo, no desempenho das suas missões diplomáticas no estrangeiro, quem se apercebeu das vantagens de espaços que estimulassem o encontro dos homens de negócios para facilitação das trocas comerciais. Os botequins, que em Paris já eram locais de tertúlia mas que em Lisboa tinham uma frequência duvidosa, sofreram uma transformação que alterou por completo a sua feição. E se o hábito da vida de café não ganhou imediatamente a importância que sempre teve em França ou em Itália, o certo é que acabou por impor-se, alcançando um lugar de destaque na vida política, social, cultural e intelectual de Lisboa.

Luísa Clara de Portugal, conhecida por Flor da Murta, nasceu no Chiado e viveu entre o Poço dos Mouros e a Lapa. Inteligente e arrojada para a época, relacionou-se com o rei D. João V e o duque de Lafões. Um itinerário sobre a vida social, amorosa, palaciana e cortesã na Lisboa do século XVIII, com início no Largo de Camões.

O poeta Fernando Pessoa conheceu a jovem Ophélia Queiroz no escritório da firma Felix, Valladas & Freitas, em plena baixa lisboeta, onde ela se empregou como dactilógrafa e onde o poeta já exercia serviços de tradutor de correspondência comercial. A sua relação é conhecida graças à publicação, em 1978, das cartas que Pessoa lhe endereçou, e que incluíam um texto explicativo da própria. Em 1996, já depois da sua morte (1991), a correspondência da própria Ophélia para Fernando Pessoa seria publicada pela sua sobrinha Graça Queiroz. Para além desta correspondência, apenas existem testemunhos isolados, demasiado vagos e escassos, desta relação discreta e confidencial que nunca se oficializou e que foi também o único amor conhecido do poeta, nos seus 47 anos de vida. Um percurso centrado na Baixa lisboeta.

No dia 14 de fevereiro comemora-se o Dia dos Namorados. Os miradouros da cidade servem de cenário romântico para contar histórias de alguns casais famosos do passado.

Sobre Fernão Lopes apenas conhecemos com certeza a sua profissão. Embora tenha iniciado a redação das suas célebres crónicas ainda em vida de D. João I (1357-1433), só em 1434, seria oficialmente investido na função de cronista-mor do reino, através de carta régia de D. Duarte. Exerceu esta profissão durante mais de 14 anos, criando um monumento literário, que testemunha, em primeira mão, a política interna do país e oferece uma excelente visão de conjunto sobre a época. Os seus talentos narrativos e a sua obra acompanhar-nos neste itinerário.

Lugar de conventos e romarias, o Paço do Lumiar deve o seu nome aos Paços do Infante Afonso Sanches, filho natural de D. Dinis. No século XVIII era descrito como “um sítio de nobres quintas, olivais e vinhas” onde abundavam vinho, trigo, cevada e azeite. Após a sua integração na área urbana, o Paço do Lumiar manteve ainda uma feição rural para a qual contribuíram as muitas quintas ainda existentes. Um percurso pelo núcleo antigo do Paço do Lumiar, pelas suas ruas, quintas e palácios.

No dia 1 de fevereiro de 1908, D. Carlos I, a rainha D. Amélia e o príncipe Luís Filipe regressaram a Lisboa, vindos de Vila Viçosa. Ignorando a crescente tensão que se vivia na cidade, o monarca decidiu prosseguir viagem numa carruagem aberta, com escolta reduzida. O ataque de que foram alvo resultou na morte do rei e do herdeiro da coroa. Este itinerário relembra um dos episódios mais marcantes da história nacional, percorrendo os locais de memória que lhe estão associados.

José Maria de Eça de Queirós nasceu na nasceu na Póvoa de Varzim, a 25 de novembro de 1845, e morreu em Paris, a 16 de agosto de 1900. Tendo ingressado na carreira diplomática, viveu largos anos afastado do país. A distância, contudo, não impediu um conhecimento profundo de Portugal, dos seus conterrâneos, de Lisboa e da sua vida mundana, notavelmente retratada em obras como A Tragédia da Rua das Flores, O Primo Basílio ou Os Maias. O itinerário percorre a Lisboa de fim do século XIX, iniciando-se na Rua da Escola Politécnica e terminando no Largo Barão de Quintela, onde se ergue a estátua do escritor.

Celebrado anualmente a nível internacional a 18 de abril, sob um tema proposto pelo ICOMOS - Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios.

Programa a divulgar em itinerariosdelisboa.blogspot.pt

Elevado a Património Imaterial da Humanidade, o Fado é agora uma canção do mundo, que fala de Portugal, da sua cultura, da sua língua, dos seus costumes, dos seus poetas. Uma canção que evoca a dor, o ciúme, a solidão, o amor e a saudade.Um percurso pelas ruas dos bairros populares que viram nascer o Fado.

8 JAN; 6 FEV; 12 MAR; 10 ABR; 6 MAI; 18 JUN; 4 JUL

27 JAN; 20 FEV; 23 ABR; 16 MAI; 8 JUL12 MAR; 15 ABR 22 ABR

3 JUN15 JAN; 7 FEV; 17 MAR; 21 ABR; 19 MAI

20 JAN; 19 FEV; 24 MAR; 22 ABR; 9 MAI; 23 JUN

TARDE 14:30

16 JAN; 20 FEV; 20 MAR; 17 ABR; 15 MAI; 12 JUN; 10 JUL

13 JAN; 4 FEV; 9 ABR; 29 MAI

16, 17 ABR

4, 17, 18 JUN

LOJAS DE TRADIÇÃO DA BAIXA

LISBOA DE ALMADA NEGREIROS LISBOA NO TEMPO DA I GUERRA

LISBOA DO 25 DE ABRIL

LISBOA DE SANTO ANTÓNIO

LISBOA DE FERNANDO PESSOA

O TERRAMOTO DE 1755 E A RECONSTRUÇÃO POMBALINA

LOJAS DE TRADIÇÃO DO CHIADO

LISBOA DE ALMEIDA GARRETT

OS 1300 ANOS DA INVASÃO MOURA

OS 600 ANOS DA TOMADA DE CEUTA

OS CAFÉS ALFACINHAS

A FLOR DA MURTA E D. JOÃO V

O AMOR EM PESSOA

LISBOA DOS AMORES

LISBOA DE FERNÃO LOPES

À VOLTA DO PAÇO DO LUMIAR

24 JAN; 20 FEV; 21 MAR; 30 ABR; 23 MAI; 26 JUN; 10 JUL

7, 29 JAN; 27 FEV; 17 ABR; 7 MAI 13 JAN; 26 FEV; 11 MAR; 21 ABR; 28 MAI 12, 22, 28 MAI; 1 JUL

5, 16, 19, 30 JUN

14 FEV

11 FEV

12 FEV

21 JAN; 25 FEV; 7 ABR; 5 MAI; 24 JUN

25 MAR; 7, 27 MAI

O REGICÍDIO DE 1908: OS TRÊS TIROS QUE ABALARAM A MONARQUIA

LISBOA DE EÇA DE QUEIRÓS

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

LISBOA DO FADO EM ALFAMA E NA MOURARIA

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

HISTÓRIAS DA CIDADE

PERCURSOS LITERÁRIOS

PERCURSOS LITERÁRIOS

PERCURSOS LITERÁRIOS

PERCURSOS LITERÁRIOS

PERCURSOS LITERÁRIOS

EFEMÉRIDES

100 ANOS DA I GUERRA MUNDIAL

DIA DOS NAMORADOS

INVASÃO MOURA

TOMADA DE CEUTA

25 DE ABRIL

JAN A JUL ‘15

LISBOA EM FESTA

LISBOA EM FESTA

LISBOA EM FESTA

EFEMÉRIDES

Percursos criados a partir de datas que merecem destaque na história e na vida da cidade de Lisboa.

PERCURSOS LITERÁRIOS

Percursos que acompanham a vida e obra de autores como Luís de Camões, Cesário Verde ou Eça de Queirós, conduzindo-o à descoberta de locais como o Martinho da Arcada, onde Fernando Pessoa tomou o seu último café, ou o largo Barão Quintela, onde se ergue a estátua de José Maria de Eça de Queirós.

DESDOBRAVEL_ITINERARIOS.indd 5 24/11/14 15:17