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Page 1: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

GERENCIAMENTO DE RISCOS DE

ACIDENTES EM AMBIENTES

ADMINISTRATIVOS

NADJA CRISTINA ANICACIO OLIVEIRA PAIVA

(Universidade Federal Fluminense)

nadjappetrobrascombr

SERGIO RICARDO BARROS (Universidade Federal Fluminense)

sergiobarrosvmuffbr

O presente artigo aborda a questatildeo do gerenciamento de riscos de

acidentes em preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia da aacuterea de shared service de uma

empresa do segmento de energia petroacuteleo e ggaacutes Os estudos de riscos

comumente encontrados estatildeo voltados principalmente para aacutereas

operacionais e industriais devido agrave maior incidecircncia e gravidade das

lesotildees e danos No presente estudo pretende-se avaliar se apoacutes a

implementaccedilatildeo de um Sistema de Gestatildeo Integrado - SGI e certificaacutevel

nas Normas ISO 9001 ISO 14001 e OSHAS 18001 houve melhoria no

desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo estudada Aleacutem disso este

estudo apresenta um referencial teoacuterico que aborda conceitos

importantes e embasadores para o entendimento da gestatildeo de riscos e

dos fatores motivadores dos acidentes Atraveacutes da metodologia de

estudo de caso busca-se analisar o contexto e os processos geradores

de acidentes em ambientes de escritoacuterios O meacutetodo de coleta de dados

eacute realizado atraveacutes da anaacutelise do resultado dos indicadores Taxa de

Frequumlecircncia de Acidentes com Afastamento - TFCA Taxa de

Frequumlecircncia de Acidentes sem Afastamento - TFSA relatoacuterios de

investigaccedilatildeo de acidentes e seacuteries histoacutericas dos dados de acidentes

antes e apoacutes a implementaccedilatildeo do SGI O estudo conclui que o processo

de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada no entanto a busca pela melhoria contiacutenua e a incorporaccedilatildeo

da gestatildeo de seguranccedila como um valor somente seraacute possiacutevel se

houver materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas

para o gerenciamento dos riscos nos ambientes onde eles satildeo gerados

Palavras-chaves integrated management system security accident

5 6 e 7 de Agosto de 2010 ISSN 1984-9354

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

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1 Introduccedilatildeo

As organizaccedilotildees buscam iniciativas de gestatildeo para responder adequadamente aos

riscos que se apresentam no ambiente onde estatildeo inseridas A compilaccedilatildeo das informaccedilotildees

das avaliaccedilotildees de riscos ocupacionais e a adequada interpretaccedilatildeo destas avaliaccedilotildees podem

contribuir para a melhoria da gestatildeo de riscos e consequumlentemente diminuir a ocorrecircncia de

acidentes

Haacute um pragmatismo na questatildeo do gerenciamento de riscos nas empresas que vem se

processando de forma evolutiva ao longo dos tempos Segundo Benite (2004 p25) ldquona eacutepoca

da revoluccedilatildeo industrial as preocupaccedilotildees na aacuterea de seguranccedila natildeo tinham o foco na prevenccedilatildeo

de acidentes e sim na reparaccedilatildeo dos danos agrave sauacutede e agrave integridade fiacutesica dos trabalhadoresrdquo

De acordo com Cruz (2005 p18) haacute uma preocupaccedilatildeo histoacuterica com os acidentes

relacionados ao trabalho que teve iniacutecio com a revoluccedilatildeo industrial e trouxe legislaccedilotildees que

visavam somente agrave limitaccedilatildeo da jornada de trabalho

No Brasil com a criaccedilatildeo do Ministeacuterio de Educaccedilatildeo e Sauacutede a partir de 1930 as

questotildees relacionadas agrave proteccedilatildeo ao trabalhador passam a ganhar mais importacircncia e

visibilidade atraveacutes da ediccedilatildeo de leis sobre sauacutede puacuteblica em geral incluindo um capiacutetulo de

higiene industrial em que eacute previsto a fiscalizaccedilatildeo sobre estabelecimentos industriais Apoacutes

esse periacuteodo ainda nas deacutecadas de 50 e 60 comeccedilam a surgir os entendimentos de que o

ambiente de inserccedilatildeo do trabalhador pode influir decisivamente no seu estado de sauacutede

Observa-se a partir deste periacuteodo natildeo somente no Brasil mas tambeacutem em outros paiacuteses uma

preocupaccedilatildeo com a reduccedilatildeo de acidentes opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Benite

A reduccedilatildeo dos acidentes de trabalho inclusive nos paiacuteses desenvolvidos natildeo eacute algo

de faacutecil soluccedilatildeo pois apesar da melhoria de qualidade da legislaccedilatildeo ndash que em

especial no Brasil surgiu com a aprovaccedilatildeo da Portaria nordm 3214 de 08 de junho de

1978 que estabeleceu as Normas Regulamentadoras ndash (NRs) e com a modernizaccedilatildeo

tecnoloacutegica ocorrida nas uacuteltimas deacutecadas ndash a prevenccedilatildeo de acidentes ainda necessita

de avanccedilos significativos (BENITE 2004 p15)

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Em termos mundiais as questotildees relacionadas agrave seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

tambeacutem satildeo motivo de preocupaccedilatildeo Na Europa o Conselho das Comunidades Europeacuteias cria

em 1989 o Conselho Diretivo 89391(89391ECC) cujo objetivo principal eacute a introduccedilatildeo de

medidas destinadas a promover a melhoria da seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores no

trabalho Segundo Malchaire (2006) a partir desta diretiva os vaacuterios estados europeus tiveram

que reestruturar por vezes consideravelmente sua legislaccedilatildeo relativa agrave organizaccedilatildeo da sauacutede

seguranccedila e bem-estar no trabalho Em particular as empresas estavam obrigadas a proceder a

uma avaliaccedilatildeo de risco para todos os seus locais de trabalho Muitos meacutetodos foram

desenvolvidos e propostos para proceder a essa avaliaccedilatildeo no entanto muitas empresas

elaboraram apenas um inventaacuterio das situaccedilotildees de perigo com algumas recomendaccedilotildees gerais

e geralmente estereotipadas

A soluccedilatildeo do governo britacircnico para combater este problema segundo Smallmam

(2001) foi anunciar a iniciativa Revitalizaccedilatildeo de Sauacutede e Seguranccedila em marccedilo de 1999 O

objetivo do governo foi o de revitalizar a agenda de sauacutede e seguranccedila para identificar novas

abordagens para melhorar a sauacutede no trabalho e desempenho de seguranccedila (em particular em

pequenos empregadores) para garantir que a regulamentaccedilatildeo de sauacutede e seguranccedila permaneccedila

compatiacutevel com as tendecircncias no desenvolvimento da induacutestria e do comeacutercio e garantir a

coerecircncia entre a sauacutede seguranccedila e legislaccedilatildeo outros programas governamentais

De acordo com Althoff (2007) a criaccedilatildeo de leis regulamentando condiccedilotildees de trabalho

horaacuterios equipamentos de proteccedilatildeo e diversas outras obrigaccedilotildees para com o trabalhador

visando melhorar as caracteriacutesticas de sauacutede e seguranccedila no trabalho por si soacute natildeo satildeo

suficientes para uma reduccedilatildeo aceitaacutevel dos iacutendices de doenccedilas e acidentes de trabalho sendo

necessaacuteria a introduccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de seguranccedila e sauacutede Para Oliveira (2003) os

programas de seguranccedila e sauacutede que se limitam ao cumprimento da Lei satildeo em geral pobres e

de baixo desempenho A gestatildeo de seguranccedila e sauacutede segundo Benite (2004 p150) ldquonatildeo

deve ter como objetivo apenas atender agraves exigecircncias legais mas a partir delas instituir uma

cultura de prevenccedilatildeo de acidentes de trabalho que garanta a seguranccedila e a integridade dos

trabalhadoresrdquo

Para responder adequadamente agraves exigecircncias das legislaccedilotildees agrave pressatildeo dos sindicatos

dos consumidores e da proacutepria sociedade as empresas passaram a adotar modelos de gestatildeo

certificaacuteveis em normas internacionais Segundo Theobald Lima (2007) houve uma melhoria

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no desempenho de Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede (SMS) a partir da deacutecada de 90 com a

implementaccedilatildeo das normas ISO 14000 (1996) BS 8800 (1996) e OHSAS 18001 (1999)

A partir de 2002 a empresa foco deste estudo cuja atuaccedilatildeo estaacute voltada aos segmentos

de energia petroacuteleo e gaacutes passou a implementar um modelo de gestatildeo de SMS (Seguranccedila

Meio Ambiente e Sauacutede) com ecircnfase no fator comportamental cujo objetivo maior deste

modelo foi o de disseminar em todos os niacuteveis da Corporaccedilatildeo uma cultura de percepccedilatildeo de

risco e proteccedilatildeo agrave vida Iniciou-se a partir de entatildeo uma mudanccedila cultural de seguranccedila

passando-se a adotar valores de SMS onde o foco na proteccedilatildeo do homem e do meio ambiente

passou a ter o mesmo peso da produccedilatildeo As funccedilotildees da gestatildeo de SMS passaram a se

incorporar na companhia pelo conceito de valor agregado ao negoacutecio

Esta pesquisa aborda a questatildeo do gerenciamento de seguranccedila e sauacutede ocupacional

dos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo Paulo Rio de Janeiro e Bahia da

Unidade de Serviccedilos Compartilhados (USR) da empresa

A definiccedilatildeo de serviccedilos compartilhados se origina do termo em inglecircs shared service e

segundo Quin Cooke Kris (2000 p11) apud Ramos (2005)

Shared service eacute a praacutetica em que unidades de negoacutecios de empresas e

organizaccedilotildees decidem compartilhar um conjunto de serviccedilos ao inveacutes de tecirc-los

como uma seacuterie de funccedilotildees de apoio duplicadas

O foco de atuaccedilatildeo da USR segundo Alves (2009) satildeo os processos de apoio

considerados natildeo estrateacutegicos e que foram concentrados em centros de serviccedilos

compartilhados

A importacircncia principal do tema gerenciamento de riscos em aacutereas administrativas

seraacute a de contribuir para a minimizaccedilatildeo dos riscos de acidentes em ambientes de escritoacuterios

Os estudos de riscos comumente encontrados estatildeo voltados principalmente para aacutereas

operacionais e industriais devido agrave maior incidecircncia e gravidade das lesotildees e danos De

acordo com Bobsin (2005 p17) ldquoo acidente de trabalho tem sido o eixo sobre o qual gira uma

boa parte da prevenccedilatildeo de riscos no trabalho No entanto satildeo escassos os modelos teoacutericos

que sustentem e expliquem como se originam e produzemrdquo Com o presente estudo espera-se

analisar dentre outras a tipologia as situaccedilotildees e os fatores contribuidores para a ocorrecircncia

dos acidentes em aacutereas administrativas e consequentemente realizar julgamento da adequaccedilatildeo

das teacutecnicas de avaliaccedilatildeo e controle dos riscos

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O estudo em questatildeo pretende verificar se a aplicaccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de

seguranccedila e sauacutede corroborou para a melhoria do desempenho em SMS da populaccedilatildeo

estudada (ambientes administrativos da aacuterea de shared service de uma empresa do segmento

de petroacuteleo e gaacutes)

2 Metodologia

O meacutetodo a ser utilizado seraacute o estudo de caso pois de acordo com Yin (2005 p32) a

estrateacutegia do estudo de caso consiste em investigar um fenocircmeno contemporacircneo dentro de

seu contexto da vida real com vistas a prover uma anaacutelise do contexto e dos processos

envolvidos no fenocircmeno em estudo

O meacutetodo de coleta de dados seraacute a anaacutelise dos indicadores TFCA ndash Taxa de

frequumlecircncia de acidentes com afastamento TFSA ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem

afastamento relatoacuterios de investigaccedilatildeo de acidentes seacuteries histoacutericas e bases de dados da

USR

Considerando os fins e os objetivos a que se propotildee o estudo levantamento detalhado

de informaccedilotildees sobre um determinado tema ou problema o tipo de pesquisa a ser utilizado

seraacute o exploratoacuterio com uso tambeacutem da pesquisa bibliograacutefica

3 Referencial Teoacuterico

De acordo com Rego (2005) as questotildees de tecnologia de competitividade e de

desempenho associadas aos resultados obtidos na aacuterea de seguranccedila e sauacutede ocupacional tem

afetado significativamente a postura e o modo de agir das grandes corporaccedilotildees

A importacircncia do gerenciamento de riscos de seguranccedila meio ambiente e sauacutede (SMS)

conceitos importantes relacionados agrave gestatildeo de SMS teacutecnicas de anaacutelise e avaliaccedilatildeo de riscos seratildeo

estudados na revisatildeo da literatura como forma de embasamento teoacuterico e avaliaccedilatildeo do estudo de

caso objeto deste trabalho

31 O risco e seus fatores

311 Definiccedilatildeo de perigo

O perigo de acordo com a Norma OHSAS 18001 eacute caracterizado como ldquofonte situaccedilatildeo

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

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BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

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Fluminense Niteacuteroi 2005

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Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

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Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 2: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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1 Introduccedilatildeo

As organizaccedilotildees buscam iniciativas de gestatildeo para responder adequadamente aos

riscos que se apresentam no ambiente onde estatildeo inseridas A compilaccedilatildeo das informaccedilotildees

das avaliaccedilotildees de riscos ocupacionais e a adequada interpretaccedilatildeo destas avaliaccedilotildees podem

contribuir para a melhoria da gestatildeo de riscos e consequumlentemente diminuir a ocorrecircncia de

acidentes

Haacute um pragmatismo na questatildeo do gerenciamento de riscos nas empresas que vem se

processando de forma evolutiva ao longo dos tempos Segundo Benite (2004 p25) ldquona eacutepoca

da revoluccedilatildeo industrial as preocupaccedilotildees na aacuterea de seguranccedila natildeo tinham o foco na prevenccedilatildeo

de acidentes e sim na reparaccedilatildeo dos danos agrave sauacutede e agrave integridade fiacutesica dos trabalhadoresrdquo

De acordo com Cruz (2005 p18) haacute uma preocupaccedilatildeo histoacuterica com os acidentes

relacionados ao trabalho que teve iniacutecio com a revoluccedilatildeo industrial e trouxe legislaccedilotildees que

visavam somente agrave limitaccedilatildeo da jornada de trabalho

No Brasil com a criaccedilatildeo do Ministeacuterio de Educaccedilatildeo e Sauacutede a partir de 1930 as

questotildees relacionadas agrave proteccedilatildeo ao trabalhador passam a ganhar mais importacircncia e

visibilidade atraveacutes da ediccedilatildeo de leis sobre sauacutede puacuteblica em geral incluindo um capiacutetulo de

higiene industrial em que eacute previsto a fiscalizaccedilatildeo sobre estabelecimentos industriais Apoacutes

esse periacuteodo ainda nas deacutecadas de 50 e 60 comeccedilam a surgir os entendimentos de que o

ambiente de inserccedilatildeo do trabalhador pode influir decisivamente no seu estado de sauacutede

Observa-se a partir deste periacuteodo natildeo somente no Brasil mas tambeacutem em outros paiacuteses uma

preocupaccedilatildeo com a reduccedilatildeo de acidentes opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Benite

A reduccedilatildeo dos acidentes de trabalho inclusive nos paiacuteses desenvolvidos natildeo eacute algo

de faacutecil soluccedilatildeo pois apesar da melhoria de qualidade da legislaccedilatildeo ndash que em

especial no Brasil surgiu com a aprovaccedilatildeo da Portaria nordm 3214 de 08 de junho de

1978 que estabeleceu as Normas Regulamentadoras ndash (NRs) e com a modernizaccedilatildeo

tecnoloacutegica ocorrida nas uacuteltimas deacutecadas ndash a prevenccedilatildeo de acidentes ainda necessita

de avanccedilos significativos (BENITE 2004 p15)

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Em termos mundiais as questotildees relacionadas agrave seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

tambeacutem satildeo motivo de preocupaccedilatildeo Na Europa o Conselho das Comunidades Europeacuteias cria

em 1989 o Conselho Diretivo 89391(89391ECC) cujo objetivo principal eacute a introduccedilatildeo de

medidas destinadas a promover a melhoria da seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores no

trabalho Segundo Malchaire (2006) a partir desta diretiva os vaacuterios estados europeus tiveram

que reestruturar por vezes consideravelmente sua legislaccedilatildeo relativa agrave organizaccedilatildeo da sauacutede

seguranccedila e bem-estar no trabalho Em particular as empresas estavam obrigadas a proceder a

uma avaliaccedilatildeo de risco para todos os seus locais de trabalho Muitos meacutetodos foram

desenvolvidos e propostos para proceder a essa avaliaccedilatildeo no entanto muitas empresas

elaboraram apenas um inventaacuterio das situaccedilotildees de perigo com algumas recomendaccedilotildees gerais

e geralmente estereotipadas

A soluccedilatildeo do governo britacircnico para combater este problema segundo Smallmam

(2001) foi anunciar a iniciativa Revitalizaccedilatildeo de Sauacutede e Seguranccedila em marccedilo de 1999 O

objetivo do governo foi o de revitalizar a agenda de sauacutede e seguranccedila para identificar novas

abordagens para melhorar a sauacutede no trabalho e desempenho de seguranccedila (em particular em

pequenos empregadores) para garantir que a regulamentaccedilatildeo de sauacutede e seguranccedila permaneccedila

compatiacutevel com as tendecircncias no desenvolvimento da induacutestria e do comeacutercio e garantir a

coerecircncia entre a sauacutede seguranccedila e legislaccedilatildeo outros programas governamentais

De acordo com Althoff (2007) a criaccedilatildeo de leis regulamentando condiccedilotildees de trabalho

horaacuterios equipamentos de proteccedilatildeo e diversas outras obrigaccedilotildees para com o trabalhador

visando melhorar as caracteriacutesticas de sauacutede e seguranccedila no trabalho por si soacute natildeo satildeo

suficientes para uma reduccedilatildeo aceitaacutevel dos iacutendices de doenccedilas e acidentes de trabalho sendo

necessaacuteria a introduccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de seguranccedila e sauacutede Para Oliveira (2003) os

programas de seguranccedila e sauacutede que se limitam ao cumprimento da Lei satildeo em geral pobres e

de baixo desempenho A gestatildeo de seguranccedila e sauacutede segundo Benite (2004 p150) ldquonatildeo

deve ter como objetivo apenas atender agraves exigecircncias legais mas a partir delas instituir uma

cultura de prevenccedilatildeo de acidentes de trabalho que garanta a seguranccedila e a integridade dos

trabalhadoresrdquo

Para responder adequadamente agraves exigecircncias das legislaccedilotildees agrave pressatildeo dos sindicatos

dos consumidores e da proacutepria sociedade as empresas passaram a adotar modelos de gestatildeo

certificaacuteveis em normas internacionais Segundo Theobald Lima (2007) houve uma melhoria

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no desempenho de Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede (SMS) a partir da deacutecada de 90 com a

implementaccedilatildeo das normas ISO 14000 (1996) BS 8800 (1996) e OHSAS 18001 (1999)

A partir de 2002 a empresa foco deste estudo cuja atuaccedilatildeo estaacute voltada aos segmentos

de energia petroacuteleo e gaacutes passou a implementar um modelo de gestatildeo de SMS (Seguranccedila

Meio Ambiente e Sauacutede) com ecircnfase no fator comportamental cujo objetivo maior deste

modelo foi o de disseminar em todos os niacuteveis da Corporaccedilatildeo uma cultura de percepccedilatildeo de

risco e proteccedilatildeo agrave vida Iniciou-se a partir de entatildeo uma mudanccedila cultural de seguranccedila

passando-se a adotar valores de SMS onde o foco na proteccedilatildeo do homem e do meio ambiente

passou a ter o mesmo peso da produccedilatildeo As funccedilotildees da gestatildeo de SMS passaram a se

incorporar na companhia pelo conceito de valor agregado ao negoacutecio

Esta pesquisa aborda a questatildeo do gerenciamento de seguranccedila e sauacutede ocupacional

dos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo Paulo Rio de Janeiro e Bahia da

Unidade de Serviccedilos Compartilhados (USR) da empresa

A definiccedilatildeo de serviccedilos compartilhados se origina do termo em inglecircs shared service e

segundo Quin Cooke Kris (2000 p11) apud Ramos (2005)

Shared service eacute a praacutetica em que unidades de negoacutecios de empresas e

organizaccedilotildees decidem compartilhar um conjunto de serviccedilos ao inveacutes de tecirc-los

como uma seacuterie de funccedilotildees de apoio duplicadas

O foco de atuaccedilatildeo da USR segundo Alves (2009) satildeo os processos de apoio

considerados natildeo estrateacutegicos e que foram concentrados em centros de serviccedilos

compartilhados

A importacircncia principal do tema gerenciamento de riscos em aacutereas administrativas

seraacute a de contribuir para a minimizaccedilatildeo dos riscos de acidentes em ambientes de escritoacuterios

Os estudos de riscos comumente encontrados estatildeo voltados principalmente para aacutereas

operacionais e industriais devido agrave maior incidecircncia e gravidade das lesotildees e danos De

acordo com Bobsin (2005 p17) ldquoo acidente de trabalho tem sido o eixo sobre o qual gira uma

boa parte da prevenccedilatildeo de riscos no trabalho No entanto satildeo escassos os modelos teoacutericos

que sustentem e expliquem como se originam e produzemrdquo Com o presente estudo espera-se

analisar dentre outras a tipologia as situaccedilotildees e os fatores contribuidores para a ocorrecircncia

dos acidentes em aacutereas administrativas e consequentemente realizar julgamento da adequaccedilatildeo

das teacutecnicas de avaliaccedilatildeo e controle dos riscos

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O estudo em questatildeo pretende verificar se a aplicaccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de

seguranccedila e sauacutede corroborou para a melhoria do desempenho em SMS da populaccedilatildeo

estudada (ambientes administrativos da aacuterea de shared service de uma empresa do segmento

de petroacuteleo e gaacutes)

2 Metodologia

O meacutetodo a ser utilizado seraacute o estudo de caso pois de acordo com Yin (2005 p32) a

estrateacutegia do estudo de caso consiste em investigar um fenocircmeno contemporacircneo dentro de

seu contexto da vida real com vistas a prover uma anaacutelise do contexto e dos processos

envolvidos no fenocircmeno em estudo

O meacutetodo de coleta de dados seraacute a anaacutelise dos indicadores TFCA ndash Taxa de

frequumlecircncia de acidentes com afastamento TFSA ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem

afastamento relatoacuterios de investigaccedilatildeo de acidentes seacuteries histoacutericas e bases de dados da

USR

Considerando os fins e os objetivos a que se propotildee o estudo levantamento detalhado

de informaccedilotildees sobre um determinado tema ou problema o tipo de pesquisa a ser utilizado

seraacute o exploratoacuterio com uso tambeacutem da pesquisa bibliograacutefica

3 Referencial Teoacuterico

De acordo com Rego (2005) as questotildees de tecnologia de competitividade e de

desempenho associadas aos resultados obtidos na aacuterea de seguranccedila e sauacutede ocupacional tem

afetado significativamente a postura e o modo de agir das grandes corporaccedilotildees

A importacircncia do gerenciamento de riscos de seguranccedila meio ambiente e sauacutede (SMS)

conceitos importantes relacionados agrave gestatildeo de SMS teacutecnicas de anaacutelise e avaliaccedilatildeo de riscos seratildeo

estudados na revisatildeo da literatura como forma de embasamento teoacuterico e avaliaccedilatildeo do estudo de

caso objeto deste trabalho

31 O risco e seus fatores

311 Definiccedilatildeo de perigo

O perigo de acordo com a Norma OHSAS 18001 eacute caracterizado como ldquofonte situaccedilatildeo

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

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ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

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ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

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Fluminense Niteacuteroi 2005

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junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 3: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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Em termos mundiais as questotildees relacionadas agrave seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

tambeacutem satildeo motivo de preocupaccedilatildeo Na Europa o Conselho das Comunidades Europeacuteias cria

em 1989 o Conselho Diretivo 89391(89391ECC) cujo objetivo principal eacute a introduccedilatildeo de

medidas destinadas a promover a melhoria da seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores no

trabalho Segundo Malchaire (2006) a partir desta diretiva os vaacuterios estados europeus tiveram

que reestruturar por vezes consideravelmente sua legislaccedilatildeo relativa agrave organizaccedilatildeo da sauacutede

seguranccedila e bem-estar no trabalho Em particular as empresas estavam obrigadas a proceder a

uma avaliaccedilatildeo de risco para todos os seus locais de trabalho Muitos meacutetodos foram

desenvolvidos e propostos para proceder a essa avaliaccedilatildeo no entanto muitas empresas

elaboraram apenas um inventaacuterio das situaccedilotildees de perigo com algumas recomendaccedilotildees gerais

e geralmente estereotipadas

A soluccedilatildeo do governo britacircnico para combater este problema segundo Smallmam

(2001) foi anunciar a iniciativa Revitalizaccedilatildeo de Sauacutede e Seguranccedila em marccedilo de 1999 O

objetivo do governo foi o de revitalizar a agenda de sauacutede e seguranccedila para identificar novas

abordagens para melhorar a sauacutede no trabalho e desempenho de seguranccedila (em particular em

pequenos empregadores) para garantir que a regulamentaccedilatildeo de sauacutede e seguranccedila permaneccedila

compatiacutevel com as tendecircncias no desenvolvimento da induacutestria e do comeacutercio e garantir a

coerecircncia entre a sauacutede seguranccedila e legislaccedilatildeo outros programas governamentais

De acordo com Althoff (2007) a criaccedilatildeo de leis regulamentando condiccedilotildees de trabalho

horaacuterios equipamentos de proteccedilatildeo e diversas outras obrigaccedilotildees para com o trabalhador

visando melhorar as caracteriacutesticas de sauacutede e seguranccedila no trabalho por si soacute natildeo satildeo

suficientes para uma reduccedilatildeo aceitaacutevel dos iacutendices de doenccedilas e acidentes de trabalho sendo

necessaacuteria a introduccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de seguranccedila e sauacutede Para Oliveira (2003) os

programas de seguranccedila e sauacutede que se limitam ao cumprimento da Lei satildeo em geral pobres e

de baixo desempenho A gestatildeo de seguranccedila e sauacutede segundo Benite (2004 p150) ldquonatildeo

deve ter como objetivo apenas atender agraves exigecircncias legais mas a partir delas instituir uma

cultura de prevenccedilatildeo de acidentes de trabalho que garanta a seguranccedila e a integridade dos

trabalhadoresrdquo

Para responder adequadamente agraves exigecircncias das legislaccedilotildees agrave pressatildeo dos sindicatos

dos consumidores e da proacutepria sociedade as empresas passaram a adotar modelos de gestatildeo

certificaacuteveis em normas internacionais Segundo Theobald Lima (2007) houve uma melhoria

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no desempenho de Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede (SMS) a partir da deacutecada de 90 com a

implementaccedilatildeo das normas ISO 14000 (1996) BS 8800 (1996) e OHSAS 18001 (1999)

A partir de 2002 a empresa foco deste estudo cuja atuaccedilatildeo estaacute voltada aos segmentos

de energia petroacuteleo e gaacutes passou a implementar um modelo de gestatildeo de SMS (Seguranccedila

Meio Ambiente e Sauacutede) com ecircnfase no fator comportamental cujo objetivo maior deste

modelo foi o de disseminar em todos os niacuteveis da Corporaccedilatildeo uma cultura de percepccedilatildeo de

risco e proteccedilatildeo agrave vida Iniciou-se a partir de entatildeo uma mudanccedila cultural de seguranccedila

passando-se a adotar valores de SMS onde o foco na proteccedilatildeo do homem e do meio ambiente

passou a ter o mesmo peso da produccedilatildeo As funccedilotildees da gestatildeo de SMS passaram a se

incorporar na companhia pelo conceito de valor agregado ao negoacutecio

Esta pesquisa aborda a questatildeo do gerenciamento de seguranccedila e sauacutede ocupacional

dos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo Paulo Rio de Janeiro e Bahia da

Unidade de Serviccedilos Compartilhados (USR) da empresa

A definiccedilatildeo de serviccedilos compartilhados se origina do termo em inglecircs shared service e

segundo Quin Cooke Kris (2000 p11) apud Ramos (2005)

Shared service eacute a praacutetica em que unidades de negoacutecios de empresas e

organizaccedilotildees decidem compartilhar um conjunto de serviccedilos ao inveacutes de tecirc-los

como uma seacuterie de funccedilotildees de apoio duplicadas

O foco de atuaccedilatildeo da USR segundo Alves (2009) satildeo os processos de apoio

considerados natildeo estrateacutegicos e que foram concentrados em centros de serviccedilos

compartilhados

A importacircncia principal do tema gerenciamento de riscos em aacutereas administrativas

seraacute a de contribuir para a minimizaccedilatildeo dos riscos de acidentes em ambientes de escritoacuterios

Os estudos de riscos comumente encontrados estatildeo voltados principalmente para aacutereas

operacionais e industriais devido agrave maior incidecircncia e gravidade das lesotildees e danos De

acordo com Bobsin (2005 p17) ldquoo acidente de trabalho tem sido o eixo sobre o qual gira uma

boa parte da prevenccedilatildeo de riscos no trabalho No entanto satildeo escassos os modelos teoacutericos

que sustentem e expliquem como se originam e produzemrdquo Com o presente estudo espera-se

analisar dentre outras a tipologia as situaccedilotildees e os fatores contribuidores para a ocorrecircncia

dos acidentes em aacutereas administrativas e consequentemente realizar julgamento da adequaccedilatildeo

das teacutecnicas de avaliaccedilatildeo e controle dos riscos

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O estudo em questatildeo pretende verificar se a aplicaccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de

seguranccedila e sauacutede corroborou para a melhoria do desempenho em SMS da populaccedilatildeo

estudada (ambientes administrativos da aacuterea de shared service de uma empresa do segmento

de petroacuteleo e gaacutes)

2 Metodologia

O meacutetodo a ser utilizado seraacute o estudo de caso pois de acordo com Yin (2005 p32) a

estrateacutegia do estudo de caso consiste em investigar um fenocircmeno contemporacircneo dentro de

seu contexto da vida real com vistas a prover uma anaacutelise do contexto e dos processos

envolvidos no fenocircmeno em estudo

O meacutetodo de coleta de dados seraacute a anaacutelise dos indicadores TFCA ndash Taxa de

frequumlecircncia de acidentes com afastamento TFSA ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem

afastamento relatoacuterios de investigaccedilatildeo de acidentes seacuteries histoacutericas e bases de dados da

USR

Considerando os fins e os objetivos a que se propotildee o estudo levantamento detalhado

de informaccedilotildees sobre um determinado tema ou problema o tipo de pesquisa a ser utilizado

seraacute o exploratoacuterio com uso tambeacutem da pesquisa bibliograacutefica

3 Referencial Teoacuterico

De acordo com Rego (2005) as questotildees de tecnologia de competitividade e de

desempenho associadas aos resultados obtidos na aacuterea de seguranccedila e sauacutede ocupacional tem

afetado significativamente a postura e o modo de agir das grandes corporaccedilotildees

A importacircncia do gerenciamento de riscos de seguranccedila meio ambiente e sauacutede (SMS)

conceitos importantes relacionados agrave gestatildeo de SMS teacutecnicas de anaacutelise e avaliaccedilatildeo de riscos seratildeo

estudados na revisatildeo da literatura como forma de embasamento teoacuterico e avaliaccedilatildeo do estudo de

caso objeto deste trabalho

31 O risco e seus fatores

311 Definiccedilatildeo de perigo

O perigo de acordo com a Norma OHSAS 18001 eacute caracterizado como ldquofonte situaccedilatildeo

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

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ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

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Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

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Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

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McGraw-Hill Book Company 1941

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KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

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MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

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Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 4: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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no desempenho de Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede (SMS) a partir da deacutecada de 90 com a

implementaccedilatildeo das normas ISO 14000 (1996) BS 8800 (1996) e OHSAS 18001 (1999)

A partir de 2002 a empresa foco deste estudo cuja atuaccedilatildeo estaacute voltada aos segmentos

de energia petroacuteleo e gaacutes passou a implementar um modelo de gestatildeo de SMS (Seguranccedila

Meio Ambiente e Sauacutede) com ecircnfase no fator comportamental cujo objetivo maior deste

modelo foi o de disseminar em todos os niacuteveis da Corporaccedilatildeo uma cultura de percepccedilatildeo de

risco e proteccedilatildeo agrave vida Iniciou-se a partir de entatildeo uma mudanccedila cultural de seguranccedila

passando-se a adotar valores de SMS onde o foco na proteccedilatildeo do homem e do meio ambiente

passou a ter o mesmo peso da produccedilatildeo As funccedilotildees da gestatildeo de SMS passaram a se

incorporar na companhia pelo conceito de valor agregado ao negoacutecio

Esta pesquisa aborda a questatildeo do gerenciamento de seguranccedila e sauacutede ocupacional

dos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo Paulo Rio de Janeiro e Bahia da

Unidade de Serviccedilos Compartilhados (USR) da empresa

A definiccedilatildeo de serviccedilos compartilhados se origina do termo em inglecircs shared service e

segundo Quin Cooke Kris (2000 p11) apud Ramos (2005)

Shared service eacute a praacutetica em que unidades de negoacutecios de empresas e

organizaccedilotildees decidem compartilhar um conjunto de serviccedilos ao inveacutes de tecirc-los

como uma seacuterie de funccedilotildees de apoio duplicadas

O foco de atuaccedilatildeo da USR segundo Alves (2009) satildeo os processos de apoio

considerados natildeo estrateacutegicos e que foram concentrados em centros de serviccedilos

compartilhados

A importacircncia principal do tema gerenciamento de riscos em aacutereas administrativas

seraacute a de contribuir para a minimizaccedilatildeo dos riscos de acidentes em ambientes de escritoacuterios

Os estudos de riscos comumente encontrados estatildeo voltados principalmente para aacutereas

operacionais e industriais devido agrave maior incidecircncia e gravidade das lesotildees e danos De

acordo com Bobsin (2005 p17) ldquoo acidente de trabalho tem sido o eixo sobre o qual gira uma

boa parte da prevenccedilatildeo de riscos no trabalho No entanto satildeo escassos os modelos teoacutericos

que sustentem e expliquem como se originam e produzemrdquo Com o presente estudo espera-se

analisar dentre outras a tipologia as situaccedilotildees e os fatores contribuidores para a ocorrecircncia

dos acidentes em aacutereas administrativas e consequentemente realizar julgamento da adequaccedilatildeo

das teacutecnicas de avaliaccedilatildeo e controle dos riscos

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O estudo em questatildeo pretende verificar se a aplicaccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de

seguranccedila e sauacutede corroborou para a melhoria do desempenho em SMS da populaccedilatildeo

estudada (ambientes administrativos da aacuterea de shared service de uma empresa do segmento

de petroacuteleo e gaacutes)

2 Metodologia

O meacutetodo a ser utilizado seraacute o estudo de caso pois de acordo com Yin (2005 p32) a

estrateacutegia do estudo de caso consiste em investigar um fenocircmeno contemporacircneo dentro de

seu contexto da vida real com vistas a prover uma anaacutelise do contexto e dos processos

envolvidos no fenocircmeno em estudo

O meacutetodo de coleta de dados seraacute a anaacutelise dos indicadores TFCA ndash Taxa de

frequumlecircncia de acidentes com afastamento TFSA ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem

afastamento relatoacuterios de investigaccedilatildeo de acidentes seacuteries histoacutericas e bases de dados da

USR

Considerando os fins e os objetivos a que se propotildee o estudo levantamento detalhado

de informaccedilotildees sobre um determinado tema ou problema o tipo de pesquisa a ser utilizado

seraacute o exploratoacuterio com uso tambeacutem da pesquisa bibliograacutefica

3 Referencial Teoacuterico

De acordo com Rego (2005) as questotildees de tecnologia de competitividade e de

desempenho associadas aos resultados obtidos na aacuterea de seguranccedila e sauacutede ocupacional tem

afetado significativamente a postura e o modo de agir das grandes corporaccedilotildees

A importacircncia do gerenciamento de riscos de seguranccedila meio ambiente e sauacutede (SMS)

conceitos importantes relacionados agrave gestatildeo de SMS teacutecnicas de anaacutelise e avaliaccedilatildeo de riscos seratildeo

estudados na revisatildeo da literatura como forma de embasamento teoacuterico e avaliaccedilatildeo do estudo de

caso objeto deste trabalho

31 O risco e seus fatores

311 Definiccedilatildeo de perigo

O perigo de acordo com a Norma OHSAS 18001 eacute caracterizado como ldquofonte situaccedilatildeo

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

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ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

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Fluminense Niteacuteroi 2005

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Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

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SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

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SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 5: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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5

O estudo em questatildeo pretende verificar se a aplicaccedilatildeo de sistemas de gestatildeo de

seguranccedila e sauacutede corroborou para a melhoria do desempenho em SMS da populaccedilatildeo

estudada (ambientes administrativos da aacuterea de shared service de uma empresa do segmento

de petroacuteleo e gaacutes)

2 Metodologia

O meacutetodo a ser utilizado seraacute o estudo de caso pois de acordo com Yin (2005 p32) a

estrateacutegia do estudo de caso consiste em investigar um fenocircmeno contemporacircneo dentro de

seu contexto da vida real com vistas a prover uma anaacutelise do contexto e dos processos

envolvidos no fenocircmeno em estudo

O meacutetodo de coleta de dados seraacute a anaacutelise dos indicadores TFCA ndash Taxa de

frequumlecircncia de acidentes com afastamento TFSA ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem

afastamento relatoacuterios de investigaccedilatildeo de acidentes seacuteries histoacutericas e bases de dados da

USR

Considerando os fins e os objetivos a que se propotildee o estudo levantamento detalhado

de informaccedilotildees sobre um determinado tema ou problema o tipo de pesquisa a ser utilizado

seraacute o exploratoacuterio com uso tambeacutem da pesquisa bibliograacutefica

3 Referencial Teoacuterico

De acordo com Rego (2005) as questotildees de tecnologia de competitividade e de

desempenho associadas aos resultados obtidos na aacuterea de seguranccedila e sauacutede ocupacional tem

afetado significativamente a postura e o modo de agir das grandes corporaccedilotildees

A importacircncia do gerenciamento de riscos de seguranccedila meio ambiente e sauacutede (SMS)

conceitos importantes relacionados agrave gestatildeo de SMS teacutecnicas de anaacutelise e avaliaccedilatildeo de riscos seratildeo

estudados na revisatildeo da literatura como forma de embasamento teoacuterico e avaliaccedilatildeo do estudo de

caso objeto deste trabalho

31 O risco e seus fatores

311 Definiccedilatildeo de perigo

O perigo de acordo com a Norma OHSAS 18001 eacute caracterizado como ldquofonte situaccedilatildeo

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

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MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 6: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesatildeo ou doenccedila ou uma

combinaccedilatildeo destasrdquo

Segundo o professor Souza Juacutenior (2010) o perigo eacute uma circunstacircncia capaz de

acarretar algum tipo de perda dano ou prejuiacutezo ambiental material ou humano

312 Definiccedilatildeo de Risco

Segundo Porto (1997) dentro das engenharias existem classicamente algumas aacutereas e

corporaccedilotildees teacutecnico-cientiacuteficas que trabalham com o tema dos riscos tecnoloacutegicos De acordo com

este autor a noccedilatildeo de risco estaria relacionada a uma expressatildeo quantitativa que costuma ser

expressa atraveacutes do resultado entre a probabilidade de eventos ou falhas vezes a magnitude das

consequumlecircncias sobre o tempo

Para Sherif (1991 p155) ldquoo risco pode ser definido como o potencial para a realizaccedilatildeo de

consequecircncias negativas e indesejadas de um eventordquo e envolve dois componentes principais a

existecircncia de uma possiacutevel consequecircncia indesejaacutevel ou perda e a incerteza na ocorrecircncia desse

resultado que pode ser expresso em forma de uma probabilidade de ocorrecircncia

De acordo com Norma OHSAS 180011 risco eacute a ldquocombinaccedilatildeo da probabilidade de

ocorrecircncia de um evento perigoso ou exposiccedilatildeo com a gravidade da lesatildeo ou doenccedila que pode ser

causada pelo evento ou exposiccedilatildeordquo

Segundo Souza Juacutenior (2010) o risco eacute um termo que expressa agrave probabilidade esperada de

ocorrecircncia dos efeitos (danos perdas ou prejuiacutezos) advindos da consumaccedilatildeo de um perigo

A noccedilatildeo de risco para Kaplan Garrick (1981) poderia ser expressa simbolicamente na

forma de uma expressatildeo assim escrita

Risco = Perigo Salvaguardas (1)

Ao considerarmos as salvaguardas como formas de controle das fontes de perigo

depreende-se da expressatildeo acima que o risco pode ser minimizado aumentando as salvaguardas

quanto mais garantias e controles tivermos poder-se-aacute reduzir o porte do risco ldquoEstaacute incluida na

1 OHSAS 180012007 - Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

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rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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11

Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

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Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

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conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

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estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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Catarina 2005

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para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

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SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

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Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 7: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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7

rubrica ldquosalvaguardasrdquo a ideacuteia da consciecircncia simples Ou seja consciecircncia do risco diminui o risco

rdquo(KAPLAN GARRICK 1981p12) (traduccedilatildeo livre)

A noccedilatildeo do risco envolve a existecircncia de uma condiccedilatildeo indesejaacutevel ou perda e a incerteza na

ocorrecircncia ou concretizaccedilatildeo desse resultado Simbolicamente tambeacutem podemos expressar o risco da

seguinte forma

Risco = Incerteza + Danos (2)

Segundo Fullwood (1977) apud Sherif (1991p157) o risco eacute composto de duas partes a

probabilidade de ocorrecircncia de um acidente e os efeitos desta ocorrecircncia em um grupo populacional

que pode ser expresso atraveacutes de uma foacutermula linear

Onde Pi indica a probabilidade de ocorrecircncia de um tipo de acidente i Ci representa as

consequecircncias e N eacute o nuacutemero total dos tipos de acidentes

Outra interpretaccedilatildeo para o risco eacute a de considerar a percepccedilatildeo puacuteblica do risco chamada de

teoria da utilidade que tenta levar em consideraccedilatildeo a percepccedilatildeo do risco e natildeo apenas as

consequecircncias fiacutesicas

Onde Pi Ci i e N tem a mesma definiccedilatildeo dada na expressatildeo (3) e K eacute um paracircmetro a ser

selecionado para fornecer um maior peso a acidentes de altas consequecircncias do que para aqueles de

baixa consequecircncia que ocorrem com tanta frequecircncia que os efeitos fiacutesicos na populaccedilatildeo satildeo os

mesmos

(3)

(4)

Risco

Risco

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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11

Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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12

Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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14

A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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16

O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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17

Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

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acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

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estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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Catarina 2005

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Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

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para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

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Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

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SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 8: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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313 Percepccedilatildeo do risco

De acordo com Schilling (1989) a percepccedilatildeo de risco influencia o comportamento do

trabalhador e consequentemente a exposiccedilatildeo a riscos Para Kaplan Garrick (1981) a percepccedilatildeo de

risco eacute o que se chama de risco relativo ao observador ou seja o risco depende da subjetividade de

quem estaacute olhando Opiniatildeo tambeacutem compartilhada por Sherif (1991) ao afirmar que percepccedilatildeo de

risco eacute como as pessoas lidam com os riscos intuitivamente e julgam as probabilidades do risco e

quais heuriacutesticas as pessoas usam para chegar a tais julgamentos

314 Definiccedilatildeo de acidente

De acordo com Norma OHSAS 18001 acidente eacute ldquoum incidente que resultou em lesatildeo

doenccedila ou fatalidaderdquo A versatildeo anterior desta Norma natildeo considerava o acidente como um tipo

especiacutefico de incidente e considerando que a literatura em geral trata acidente e incidente como

eventos distintos conveacutem incluirmos tambeacutem a definiccedilatildeo de incidente de acordo com a Norma

OHSAS 18001 ldquoevento relacionado ao trabalho no qual uma lesatildeo ou doenccedila(independentemente

da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorridordquo Na definiccedilatildeo da NBR 14280

ldquoacidente de trabalho eacute a ocorrecircncia imprevista indesejaacutevel instantacircnea ou natildeo relacionada com o

exerciacutecio do trabalho de que resulte ou possa resultar lesatildeo pessoalrdquo Nota-se ao comparar ambas as

normas que para caracterizaccedilatildeo dos eventos natildeo haacute necessariamente a consumaccedilatildeo de lesatildeo

pessoal2

O conceito legal de acidente de acordo com a Lei 8213 de 24 de julho de 1991 que dispotildee

sobre os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias eacute

Art 19 Acidente do trabalho eacute o que ocorre pelo exerciacutecio do trabalho a serviccedilo da

empresa ou pelo exerciacutecio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art

11 desta Lei provocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcional que cause a morte

ou a perda ou reduccedilatildeo permanente ou temporaacuteria da capacidade para o trabalho

2 Lesatildeo pessoal inclui tanto lesotildees traumaacuteticas e doenccedilas quanto efeitos prejudiciais mentais neuroloacutegicos ou

sistecircmicos resultantes de exposiccedilotildees ou circunstacircncias verificadas na vigecircncia do exerciacutecio do trabalho(NBR

142802001)

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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11

Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 9: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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sect 1ordm A empresa eacute responsaacutevel pela adoccedilatildeo e uso das medidas coletivas e

individuais de proteccedilatildeo e seguranccedila da sauacutede do trabalhador

sect 2ordm Constitui contravenccedilatildeo penal puniacutevel com multa deixar a empresa de

cumprir as normas de seguranccedila e higiene do trabalho

sect3ordm Eacute dever da empresa prestar informaccedilotildees pormenorizadas sobre os riscos

da operaccedilatildeo a executar e do produto a manipular

sect 4ordm O Ministeacuterio do Trabalho e da Previdecircncia Social fiscalizaraacute e os

sindicatos e entidades representativas de classe acompanharatildeo o fiel

cumprimento do disposto nos paraacutegrafos anteriores conforme dispuser o

Regulamento(BRASIL1991)

De acordo com o Coacutedigo de Praacuteticas da OIT acidente de trabalho eacute definido como uma

ocorrecircncia decorrente ou no decurso do trabalho que resultem em danos fatais ou prejuizos

profissionais natildeo-fatais Observam-se semelhanccedilas nas definiccedilotildees de acidente de trabalho do MTE e

da OIT cujo foco eacute voltado a danos lesatildeo propriamente dita provocados no trabalhador em funccedilatildeo

da atividade laboral Assim tambeacutem o eacute para Haumlmaumllainem Takala Saarela (2006 p139) acidente

de trabalho significa a morte danos pessoais ou doenccedila resultante de um acidente de trabalho e

muitas vezes o termo acidente ocupacional eacute entendido como um acontecimento suacutebito externo e

involuntaacuterio

Na tentativa de se buscar os elementos ou fatores desencadeantes dos acidentes Heinrich

(1941) desenvolveu em 1931 a chamada Teoria do Efeito Dominoacute Nascia entatildeo a chamada

Engenharia de Seguranccedila Tradicional cujo foco das causas dos acidentes relacionava diretamente os

fatores individuais ao inveacutes do sistema De acordo com Theobald (2005) neste tipo de abordagem o

erro eacute visto primariamente como sendo devido agrave ausecircncia de comportamento seguro

Segundo Heinrich (1941 p13) os vaacuterios fatores na seacuterie de ocorrecircncia de acidentes satildeo

apresentados segundo uma ordem cronoloacutegica listada a seguir

1 Antecedentes e ambiente social

2 Falha das pessoas

3 Ato inseguro junto com um perigo mecacircnico e fiacutesico

4 Acidente

5 Lesatildeo

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Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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12

Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 10: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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10

Figura 1 ndash Os cinco fatores na sequumlecircncia do acidente

Fonte Heinrich (1941 p13)

De acordo com a teoria de Heinrich ou ldquoTeoria do Efeito Dominoacuterdquo a ocorrecircncia de uma

lesatildeo eacute a culminaccedilatildeo natural de uma seacuterie de circunstacircncias ou eventos que invariavelmente

ocorrem em uma ordem fixa e loacutegica Um evento eacute dependente do outro constituindo-se assim uma

corrente que pode ser comparada com dominoacutes enfileirados em que a queda do primeiro dominoacute

precipita a queda de todos os demais (figura 2) Segundo esta teoria o acidente eacute apenas um elo da

cadeia

Figura 2 ndash A ocorrecircncia de lesatildeo causada por fatores precedentes

Fonte Heinrich (1941 p14)

Segundo Heinrich (1941) ao se remover um dos elementos da cadeia em especial o

elemento central por acreditar ser ele a peccedila principal para o encadeamento do acidente e

consequumlente lesatildeo (figura 3) estaria interrompida a sequumlecircncia propulsora geradora do acidente

(figura 4)

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11

Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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12

Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 11: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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Figura 3 ndash O ato inseguro e riscos mecacircnicos constituem

o fator central na sequumlecircncia de acidentes

Fonte Heinrich (1941 p15)

Figura 4 ndash A remoccedilatildeo do fator central torna a accedilatildeo dos

fatores anteriores ineficaz

Fonte Heinrich (1941 p15)

Estudos realizados em 75000 acidentes por Heinrich (1941 p20) acerca da anaacutelise das

causas concluiacuteram que ldquo88 de todos os acidentes industriais satildeo causados primariamente por atos

inseguros das pessoasrdquo

Diferentemente da visatildeo monocausal de erro humano da abordagem proposta pela Teoria do

Efeito Dominoacute a visatildeo moderna de erro humano propotildee uma abordagem atraveacutes do sistema

Segundo Reason (2003 p9) o erro eacute definido como

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

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ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

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BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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042010

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sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

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accidents Safety Science v44 p137-156 2006

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McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

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em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

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SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

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SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

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Erro seraacute usado como um termo geneacuterico para envolver todas aquelas ocasiotildees nas

quais uma sequumlecircncia planejada de atividades mentais e fiacutesicas falhou em atingir os

objetivos pretendidos e quando estas falhas natildeo podem ser atribuiacutedas a intervenccedilatildeo

de algum agente externo

315 Taxas de frequecircncia de acidente

A taxa de frequecircncia de acidentes representa o nuacutemero de acidentes por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

3151 Taxa de frequecircncia de acidentados com lesatildeo com afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento3 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2002 p5)

NL x 1 000 000

NL eacute o nuacutemero de acidentados com lesatildeo com afastamento

H representa as horas-homem de exposiccedilatildeo ao risco

3152 Taxa de frequumlecircncia de acidentados com lesatildeo sem afastamento

Representa o nuacutemero de acidentados com lesatildeo sem afastamento4 por milhatildeo de horas-

homem de exposiccedilatildeo ao risco em determinado periacuteodo (NBR 14280 2001 p5)

O caacutelculo eacute realizado da mesma maneira que para os acidentados viacutetimas de lesatildeo com

afastamento devendo o resultado ser apresentado em separado

4 Resultados

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um dos segmentos de uma empresa de

energia petroacuteleo e gaacutes que iniciou um processo de implementaccedilatildeo de um modelo de gestatildeo de SMS

com ecircnfase no fator comportamental

Em marccedilo de 2002 a empresa iniciou o projeto de implementaccedilatildeo de um Sistema

Corporativo de Gestatildeo de SMS cujo desafio eacute o de propiciar uma mudanccedila cultural de seguranccedila

meio ambiente e sauacutede em toda a Corporaccedilatildeo

3 Lesatildeo com afastamento (lesatildeo incapacitante ou lesatildeo com perda de tempo) Lesatildeo que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente(NBR 14280

2001 p4) 4 Lesatildeo sem afastamento (lesatildeo natildeo incapacitante ou lesatildeo sem perda de tempo) Lesatildeo pessoal que natildeo impede

o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente desde que natildeo haja incapacidade

permanente(NBR 14280 2001 p4)

TFCA = H

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

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S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

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D

A

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C

L

I

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SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

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19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 13: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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A Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR eacute um segmento novo da empresa criado em

novembro de 2000 seguindo uma tendecircncia mundial de reduccedilatildeo de custos e aglutinaccedilatildeo de

serviccedilos antes realizados em todos os segmentos da empresa considerados natildeo estrateacutegicos e assim

favorecendo que as demais unidades da empresas estejam focadas nos seus proacuteprios processos de

negoacutecios Aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos serviccedilos de infra-estrutura serviccedilos de pessoal serviccedilos de

logiacutestica satildeo exemplos de serviccedilos considerados ldquoshared servicerdquo

A USR atua de forma integrada em todo o territoacuterio nacional dividida em quatro distritos

O Distrito Regional Sudeste com sede no Rio de Janeiro que presta serviccedilos agraves unidades da

empresa localizadas no Rio de Janeiro Espiacuterito Santo em Minas Gerais e no Distrito Federal

O Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul com sede em Satildeo Paulo que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas em Goiaacutes no Paranaacute Rio Grande do Sul Satildeo Paulo e Santa Catarina

O Distrito Regional Norte-Nordeste com sede em Salvador que presta serviccedilos agraves unidades

da empresa localizadas no Amazonas na Bahia no Cearaacute no Maranhatildeo no Paraacute na Paraiacuteba em

Pernambuco e em Sergipe

O Distrito Regional Bacia de Campos com sede em Macaeacute que presta serviccedilos as unidades

da empresa localizadas no Rio de Janeiro nos municiacutepios de Macaeacute e Campos dos Goytacazes

O planejamento do Sistema de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR tem

base nos seguintes elementos

Poliacutetica diretrizes objetivos e metas corporativas da empresa

Missatildeo Visatildeo Valores e Poliacutetica de Gestatildeo da Unidade de Serviccedilos

Compartilhados

Atendimento aos requisitos das normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo

da Qualidade NBR ISO 140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS

180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho

Requisitos legais aplicaacuteveis

Resultados de avaliaccedilatildeo da gestatildeo da USR

Demandas das partes interessadas

A Unidade de Serviccedilos Conpartilhados ndash USR utiliza um Sistema de Gestatildeo (Figura 5) em

que a partir dos requisitos do cliente e demandas das partes interessadas busca-se alcanccedilar

sua satisfaccedilatildeo

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A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

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Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

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A

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C

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SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 14: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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14

A

A metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-

Verificar-Agir) integrada a uma de processo permite alcanccedilar a melhoria contiacutenua da Gestatildeo

Planejar estabelecer os objetivos e processos necessaacuterios para atingir os resultados

de acordo com a Poliacutetica de Gestatildeo da USR

Fazer implementar os processos de Gestatildeo e Serviccedilos da USR

Verificar monitorar e medir os processos em relaccedilatildeo agrave poliacutetica e aos objetivos

estrateacutegicos da USR aos requisitos legais e outros e relatar os resultados

Agir executar accedilotildees para melhorar continuamente o desempenho do Sistema de

Gestatildeo

Em 2009 a Unidade de Serviccedilos Compartilhados ndash USR obteve a certificaccedilatildeo

integrada nas Normas NBR ISO 90012008 ndash Sistemas de Gestatildeo da Qualidade NBR ISO

140012004 ndash Sistemas de Gestatildeo Ambiental e OHSAS 180012007 ndash Sistemas de Gestatildeo da

Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho nos preacutedios administrativos localizados nos estados de Satildeo

Paulo Rio de Janeiro e Bahia

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Planejar o

Sistema de Gestatildeo

Avaliar o

Sistema de Gestatildeo

Melhorar o

Sistema de Gestatildeo

Implementaro o

Sistema de Gestatildeo

INFORMACcedilOtildeES

COMUNICACcedilAtildeO

P

A

R

T

E

S

I

N

T

E

R

E

S

S

A

D

A

S

C

L

I

E

N

T

E

S

SATISFACcedilAtildeO

REQUISITOS

DEMANDAS

ProdutosServiccedilos

Figura 5 ndash Sistema de Gestatildeo Integrada da USR

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15

Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

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RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 15: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

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Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

15

Uma das questotildees da pesquisa e que motivou este estudo eacute se apoacutes a implementaccedilatildeo

de um sistema de gestatildeo certificaacutevel houve melhoria no desempenho de seguranccedila e sauacutede

ocupacional

O graacutefico I a seguir apresenta o comportamento da TFCA no periacuteodo de 2006 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo expressiva a partir de 2008 da TFCA

TFCA - Taxa de frequencia de acidentes com afastamento - USR

0

02

04

06

08

2006 2007 2008 2009

Graacutefico I ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes com afastamento da USR

periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

O graacutefico II a seguir apresenta o comportamento da TFSA no periacuteodo de 2007 a 2009

da Unidade de Serviccedilos Compartilhados - USR Observa-se analisando-se o graacutefico uma

reduccedilatildeo gradativa da TFSA ao longo deste periacuteodo

TFSA - Taxa de frequencia de acidentes sem afastamento - USR

0

05

1

15

2

25

3

2007 2008 2009

Graacutefico II ndash Taxa de frequumlecircncia de acidentes sem afastamento da USR periacuteodo de 2007 a 2009

Fonte Base de indicadores da USR

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O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

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18

Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 16: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

16

O graacutefico III apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos por causas baacutesicas em

aacutereas administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo ndash Sul

A C ID EN TES POR C A U SA S B Aacute SIC A S

6 5

18 18

56

4 4

0

50 50

0

6 3

3 7

0

A TITU TE

IM PR OPR IA

C ON D ICcedilOtildeES

IN SEGU R A S

F A LTA D E

PR OC ED IM EN TO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico III ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por causas baacutesicas do Distrito Regional Satildeo

Paulo-Sul periacuteodo de 2006 a 2009

Fonte Base de dados de acidentes da USR

O graacutefico IV apresenta a distribuiccedilatildeo dos acidentes tiacutepicos que ocorreram nas aacutereas

administrativas do Distrito Regional Satildeo Paulo-Sul na estaccedilatildeo de trabalho e fora da estaccedilatildeo

de trabalho

LOC A L D E OC OR R EcircN C IA D O A C ID EN TE

5 3

4 7 5 0 5 0 5 0 5 0

4 1

5 9

NA ES TACcedilAtildeO DE TRABALHO FORA DA ES TACcedilAtildeO DE

TRABALHO

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Graacutefico IV ndash Distribuiccedilatildeo de acidentes por local de ocorrecircncia do Distrito Regional Satildeo Paulo-

Sul periacuteodo de 2006 a 2009

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Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

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Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

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BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

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20

RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 17: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

17

Fonte Base de dados de acidentes da USR

5 Conclusotildees

O objetivo deste estudo foi avaliar se apoacutes a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

de seguranccedila e sauacutede ocupacional houve melhoria no desempenho de seguranccedila da populaccedilatildeo

estudada A condiccedilatildeo de possuir um sistema de gestatildeo integrado e certificado nas Normas ISO

9001 ISO 14001 e OHSAS 18001 natildeo demonstram por si soacute a obtenccedilatildeo da eficaacutecia da gestatildeo

pretendida Entretanto presume-se o atingimento de um patamar desempenho maior e melhor

que o existente antes da certificaccedilatildeo

A Unidade de Serviccedilos Compartilhados eacute parte integrante de uma empresa do

segmento de petroacuteleo gaacutes e energia que pelo histoacuterico tiacutepico de atividades de alto risco que

desempenha absorveu a heranccedila de desenvolver com seguranccedila as suas atividades mesmo que

as realize em ambientes de escritoacuterios

As taxas de ocorrecircncia de acidentes tiacutepicos nos ambientes de escritoacuterios da USR

analisando-se os graacuteficos I e II vecircm apresentando reduccedilatildeo no periacuteodo de 2006 a 2009

Observa-se principalmente no ano de 2008 uma significativa reduccedilatildeo da TFCA resultado

inclusive melhor que o obtido apoacutes a certificaccedilatildeo integrada em 2009 As accedilotildees preparatoacuterias

entendam-se aqui como as accedilotildees desenvolvidas para atendimento aos requisitos especificados

elaboraccedilatildeo e adequaccedilatildeo de procedimentos mapeamento e controle de perigos e riscos

aspectos e impactos etc satildeo muito mais intensas e exigem um envolvimento maior da forccedila

de trabalho no periacuteodo que antecede a certificaccedilatildeo do que no periacuteodo propriamente dito de

poacutes certificaccedilatildeo

Ao analisarmos o graacutefico III de causas baacutesicas de acidentes se pressupotildee que forccedila de

trabalho incorporou a padronizaccedilatildeo das tarefas a falta de procedimento natildeo eacute mais fonte

geradora de acidentes

No entanto ao avaliarmos a existecircncia de classificaccedilatildeo de causas baacutesicas de acidentes

graacutefico III como ldquoatitudes improacutepriasrdquo se pressupotildee que a abordagem que estaacute sendo dada na

anaacutelise e investigaccedilatildeo das causas de acidentes pode estar baseada na visatildeo tradicional e

monocausal de erro humano proposta pela Teoria do Efeito Dominoacute

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

18

Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

ndash SP Satildeo Paulo 2007

ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

compartilhados Niteroacutei 2009 121 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

qualidade ndash requisitos Rio de Janeiro 2008 34p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

ambiental ndash especificaccedilatildeo para uso Rio de Janeiro 2004 14p

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

acidente do trabalho ndash procedimento de classificaccedilatildeo Rio de Janeiro 2001 94p

BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

OIT 1ed Satildeo Paulo O Nome da Rosa 2004

BOBSIN Marco Aureacutelio Gestatildeo de seguranccedila meio ambiente e sauacutede proposta de

estrutura de sistema e metodologia de avaliaccedilatildeo de desempenho Niteacuteroi 2005 154 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal

Fluminense Niteacuteroi 2005

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

BRASIL Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Dispotildee sobre

os Planos de Benefiacutecios da Previdecircncia Social e daacute outras providecircncias Disponiacutevel em http

wwwmtegovbr Acesso em 042010

BRITISH STANDARDS INSTITUTION ndash BSI Occupational health and safety

management systems ndash specification - OHSAS 180012007 London 2007 28p

COMUNIDADES EUROPEacuteIAS Conselho Directiva 89391CEE do Conselho de 12 de

junho de 1989 Relativa agrave aplicaccedilatildeo de medidas destinadas a promover a melhoria da

seguranccedila e da sauacutede dos trabalhadores no trabalho Disponiacutevel em httpeur-

lexeuropaeuLexUriServlexUriServdourj=CELEX31989L0391PTHTML Acesso em

042010

CRUZ Sybele Maria Segala da Estruturaccedilatildeo de um sistema de informaccedilatildeo gerencial de

sauacutede e seguranccedila ocupacional para a construccedilatildeo civil ndash SIGaSSegurO 2005 354 f

Dissertaccedilatildeo (Doutorado em Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Universidade Federal de Santa

Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

accidents Safety Science v44 p137-156 2006

HEINRICH H W Industrial accident prevention a scientific approach 2ed USA

McGraw-Hill Book Company 1941

ILO Code of Practice 1996 Recording and notification of occupational accidents and

diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

MALCHAIRE J B Participative management strategy for occupational healthsafety

and well-being risks G Ital Med Lav Erg 2006 v28 p478-486 wwwgimlefsmit acesso

em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

Satildeo Paulo em Perspectiva 2003

PORTO Marcelo Firpo de SouzaAnaacutelise de riscos tecnoloacutegicos ambientais ndash Perspectivas

para o campo da sauacutede do trabalhador Caderno de sauacutede puacuteblica Rio de Janeiro

suplemento 2 p59-72 1997

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

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RAMOS Luciano Joseacute Trindade Serviccedilos compartilhados como forma de estruturaccedilatildeo

organizacional Salvador 2005 128f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) ndash

Universidade Federal da Bahia Salvador 2005

REASON James Human error 1ed USA Cambridge University Press1990

REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

programa de seguranccedila de processos Niteacuteroi 2005 143 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

SHERIF Yosef S On risk and risk analysis Reliability Engineering and System Safety

v31 p155-178 1991

SMALLMAM Clive The reality of lsquolsquoRevitalizing Health and Safetyrsquorsquo Journal of Safety

Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi

2005

THEOBALD Roberto LIMA Gilson B A A excelecircncia em gestatildeo de SMS uma

abordagem orientada para os fatores humanos Revista Eletrocircnica Sistemas amp Gestatildeo v2

p50-64 2007

Page 18: ISSN 1984 GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM ... · cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a ... com ênfase no fator comportamental,

VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELEcircNCIA EM GESTAtildeO Energia Inovaccedilatildeo Tecnologia e Complexidade para a Gestatildeo Sustentaacutevel

Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

18

Observa-se ainda que a existecircncia de acidentes tiacutepicos graacutefico IV fora da estaccedilatildeo de

trabalho indica a necessidade de maior controle dos riscos sobre as aacutereas comuns a exemplo

de aacutereas de elevadores escadas banheiros corredores

Entende-se desta forma que o processo de certificaccedilatildeo trouxe melhorias na gestatildeo de

seguranccedila para a Unidade de Serviccedilos Compartilhados no entanto a busca pela melhoria

contiacutenua e a incorporaccedilatildeo de SMS como um valor somente seraacute possiacutevel se houver

materializaccedilatildeo de accedilotildees e estrateacutegias corporativas adequadas para gerenciamento dos riscos

nos ambientes onde eles satildeo gerados

Referecircncias

ALTHOFF Carlos Henrique Fatores Criacuteticos de Sucesso no Desenvolvimento de Sistemas

de Gestatildeo o caso das bases distribuidoras de petroacuteleo Satildeo Paulo 2007 142 f Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Sistemas Integrados de Gestatildeo) ndash Centro Universitaacuterio SENAC ndash Santo Amaro

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ALVES Marcelo Martins O papel dos proprietaacuterios de processos em centros de serviccedilos

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Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2009

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 9001 sistema de gestatildeo da

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14001 sistema de gestatildeo

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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 14280 cadastro de

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BENITE Anderson Glauco Sistemas de gestatildeo da seguranccedila e sauacutede no trabalho

conceitos e diretrizes para a implementaccedilatildeo da norma OHSAS 18001 e guia ILO OSH da

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Niteroacutei RJ Brasil 5 6 e 7 de agosto de 2010

19

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Catarina 2005

HAumlMAumlLAINEN P TAKALA J SAARELA K L Global estimates of occupational

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McGraw-Hill Book Company 1941

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diseases Geneva International Labour Office 1996 96p

KAPLAN S GARRICK B J On the quantitative definition of risk Risk Analysis V1

p11-27 1981

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em marccedilo10

OLIVEIRA JC Seguranccedila e Sauacutede no Trabalho uma questatildeo mal compreendida

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20

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REGO Marco Antonio Miranda do Metodologia qualitativa de gestatildeo de riscos

operacionais de seguranccedila meio ambiente e sauacutede ocupacional uma contribuiccedilatildeo ao

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Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Niteacuteroi 2005

SCHILLING RSF Health protection and promotion at work Bristish Journal of

Industrial Medicine V46 p683-688

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v31 p155-178 1991

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Research v32 p391ndash 439 2001

SOUZA JUNIOR Aacutelvaro Anaacutelise e Gerenciamento de Risco curso de mestrado

profissional em sistemas de gestatildeo de SMS Universidade Federal Fluminense fev2010

Apostila 1 CD-ROM

THEOBALD Roberto Proposta de principios conceituais para a integraccedilatildeo dos fatores

humanos agrave gestatildeo de SMS o caso da induacutestria de petroacuteleo e gaacutes Niteroacutei 2005 224f

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p50-64 2007

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