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GESTOR ESCOLAR boletim do >>> SPAECE 2016 Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará entrevista Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade o programa O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE resultados Os resultados alcançados em 2016 ISSN 1982-7644

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GESTOR ESCOLAR

boletim do

>>> SPAECE 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1982-7644

ISSN 1982-7644

GESTOR ESCOLARboletim do

>>> SPAECE 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

FICHA CATALOGRÁFICA

CEARÁ. Secretaria da Educação.

SPAECE – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 2 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Boletim do Gestor Escolar

ISSN 1982-7644

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

GOVERNADORCAMILO SOBREIRA DE SANTANA

VICE-GOVERNADORAMARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR

SECRETÁRIA ADJUNTA DA EDUCAÇÃOMÁRCIA OLIVEIRA CAVALCANTE CAMPOS

SECRETÁRIA EXECUTIVARITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES

ASSESSORIA INSTITUCIONALDANIELLE TAUMATURGO DIAS SOARES

COORDENADORIA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO

COORDENADORLUCIANO NERY FERREIRA FILHO

CÉLULA DE GESTÃO DE DADOS E AVALIAÇÃO

ORIENTADORJOSÉ ANDERSON DA SILVA ARAÚJO

EIXO DE AVALIAÇÃO EXTERNAANA PAULA PEQUENO MATOS

ASSESSORIA TÉCNICAROSÂNGELA TEIXEIRA DE SOUSA

EQUIPE TÉCNICA

GEANNY DE HOLANDA OLIVEIRA DO NASCIMENTOPHILIPE AZEVEDO DE ARAÚJO

REVISÃO

GOVERNADORCAMILO SOBREIRA DE SANTANA

VICE-GOVERNADORAMARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR

SECRETÁRIA ADJUNTA DA EDUCAÇÃOMÁRCIA OLIVEIRA CAVALCANTE CAMPOS

SECRETÁRIA EXECUTIVARITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES

ASSESSORIA INSTITUCIONALDANIELLE TAUMATURGO DIAS SOARES

COORDENADORIA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO

COORDENADORLUCIANO NERY FERREIRA FILHO

CÉLULA DE GESTÃO DE DADOS E AVALIAÇÃO

ORIENTADORJOSÉ ANDERSON DA SILVA ARAÚJO

EIXO DE AVALIAÇÃO EXTERNAANA PAULA PEQUENO MATOS

ASSESSORIA TÉCNICAROSÂNGELA TEIXEIRA DE SOUSA

EQUIPE TÉCNICA

GEANNY DE HOLANDA OLIVEIRA DO NASCIMENTOPHILIPE AZEVEDO DE ARAÚJO

REVISÃO

Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

sumário

resultados

25 Os resultados alcançados em 2016

27 Roteiros de leitura e análise de resultados

42 Roteiro de ação

7 apresentação

entrevista9 Compromisso e esperança movem

a educação pública de qualidade

o programa12 O Sistema Permanente de Avaliação da

Educação Básica do Ceará – SPAECE

apresentação

V oltada para a equipe gestora da escola, o Bo-

letim do Gestor Escolar apresenta orientações

para a leitura e apropriação dos resultados do Sis-

tema Permanente de Avaliação da Educação Básica

do Ceará – SPAECE, por disciplina e etapa de esco-

laridade, traçando uma visão ampla do desempenho

dos estudantes de sua escola.

Criado em 1992, com o objetivo de subsidiar

políticas públicas para a melhoria da qualidade do

ensino ofertado nas redes estadual e municipal do

Ceará, o SPAECE oferece aos profissionais da edu-

cação informações diagnósticas capazes de auxiliar

a gestão escolar em suas estratégias para reduzir as

defasagens detectadas pela avaliação externa.

Além dessas orientações, este volume conta

com uma entrevista com o secretário de Educação

Antonio Idilvan de Lima Alencar. Nela, há um balan-

ço do ensino ofertado no Ceará e suas principais

características, além das expectativas do secretário

em relação às contribuições do SPAECE para a edu-

cação pública.

Este exemplar também apresenta um roteiro de

ação que aponta para os possíveis usos desses da-

dos pela gestão escolar. Nesse roteiro, há um dire-

cionamento sobre como o gestor poderá conduzir

a interpretação dos resultados, a contextualização

desses resultados com os demais dados da escola, o

trabalho de definição de metas pela equipe pedagó-

gica e o direcionamento para a aplicação de ações

e monitoramento da educação na escola.

Com a leitura deste material, você será capaz de

entender a realidade de sua escola, compreenden-

do os seus pontos fortes e aqueles que precisam de

maior atenção. Depois disso, o próximo passo será

o trabalho junto aos professores, estabelecendo

metas educacionais, possíveis de serem alcançadas,

para os próximos ciclos, sempre visando à melhoria

contínua do processo de ensino e de aprendizagem

dos estudantes.

Boletim do Gestor Escolar - 7

Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

8 SPAECE 2016

Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

Boletim do Gestor Escolar - 9

A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

10 SPAECE 2016

A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

Boletim do Gestor Escolar - 11

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

12 SPAECE 2016

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

Boletim do Gestor Escolar - 13

Gráfi co 1

Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfico 1: Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015.

647.693 659.669622.566

449.010

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2012 2013* 2014* 2015

2010

2012

2015

Em 2008, o SPAECE aplicou questionários contextuais aos alunos, professores e diretores, com intuito de avaliar o contexto escolar bem como construir indicadores relacionados ao perfi l socioeconômico, experiência e formação profi ssional, práticas pedagógicas e de gestão. A inclusão desses fatores permitiu um melhor conhecimento da rede de ensino, bem como auxiliou a associação entre o desempenho dos estudantes e as variáveis contextuais. Neste ano, também, houve um aumento signifi cativo de alunos avaliados, somando um total de 614.566, o maior número desde o seu início.

Em 2010, o estado incluiu em sua avaliação os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA do ensino fundamental e ensino médio, permitindo apresentar resultados e indicadores próprios desta modalidade de ensino.

No ano de 2012, além das disciplinas de língua portuguesa e matemática, avaliadas em todos os anos, os testes da 3ª série do ensino médio e do 2º período da EJA ensino médio foram organizados em quatro áreas, em convergência com a proposta da Matriz de Referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Nos demais anos, a avaliação continuou a priorizar as disciplinas de língua portuguesa e matemática. Nos anos de 2013 e 2014, além das avaliações censitárias para algumas etapas, houve avaliação amostral em outras.

Em 2015, na 3ª série do ensino médio, foram avaliados apenas os alunos das escolas do 2º ciclo do Programa Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro. Esse fato explica a diminuição do número total de alunos efetivos avaliados pelo SPAECE neste ano, como apresentado no gráfi co 1. Para os anos de 2013 e 2014, foi utilizada a média ponderada de alunos nas etapas com avaliação amostral.

2008

Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.14 SPAECE 2016

Gráfi co 1

Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfico 1: Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015.

647.693 659.669622.566

449.010

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2012 2013* 2014* 2015

2010

2012

2015

Em 2008, o SPAECE aplicou questionários contextuais aos alunos, professores e diretores, com intuito de avaliar o contexto escolar bem como construir indicadores relacionados ao perfi l socioeconômico, experiência e formação profi ssional, práticas pedagógicas e de gestão. A inclusão desses fatores permitiu um melhor conhecimento da rede de ensino, bem como auxiliou a associação entre o desempenho dos estudantes e as variáveis contextuais. Neste ano, também, houve um aumento signifi cativo de alunos avaliados, somando um total de 614.566, o maior número desde o seu início.

Em 2010, o estado incluiu em sua avaliação os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA do ensino fundamental e ensino médio, permitindo apresentar resultados e indicadores próprios desta modalidade de ensino.

No ano de 2012, além das disciplinas de língua portuguesa e matemática, avaliadas em todos os anos, os testes da 3ª série do ensino médio e do 2º período da EJA ensino médio foram organizados em quatro áreas, em convergência com a proposta da Matriz de Referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Nos demais anos, a avaliação continuou a priorizar as disciplinas de língua portuguesa e matemática. Nos anos de 2013 e 2014, além das avaliações censitárias para algumas etapas, houve avaliação amostral em outras.

Em 2015, na 3ª série do ensino médio, foram avaliados apenas os alunos das escolas do 2º ciclo do Programa Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro. Esse fato explica a diminuição do número total de alunos efetivos avaliados pelo SPAECE neste ano, como apresentado no gráfi co 1. Para os anos de 2013 e 2014, foi utilizada a média ponderada de alunos nas etapas com avaliação amostral.

2008

Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.Boletim do Gestor Escolar - 15

No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

16 SPAECE 2016

No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

Boletim do Gestor Escolar - 17

Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

18 SPAECE 2016

Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Gestor Escolar - 19

Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

20 SPAECE 2016

Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

Boletim do Gestor Escolar - 21

Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

22 SPAECE 2016

Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Gestor Escolar - 23

Os dados sintetizados até aqui permitem uma

visão abrangente acerca dos principais resultados

do SPAECE e SPAECE-Alfa e auxiliam no levanta-

mento de informações importantes e necessárias

para o planejamento de ações em nível de gestão

e em nível de unidade escolar. No entanto, apesar

desses dados auxiliarem os educadores e pode-

rem se tornar uma ferramenta estratégica, eles,

por si só, não esgotam a infi nidade de fatores que

estão associados ao desempenho do aluno e que

podem auxiliar na busca de uma educação equâ-

nime e de qualidade. Portanto, investir na refl exão

e compreensão acerca dos demais resultados da

avaliação contribui de forma signifi cativa para a

construção da aprendizagem e para a melhora do

sistema educacional.

24 SPAECE 2016

Os dados sintetizados até aqui permitem uma

visão abrangente acerca dos principais resultados

do SPAECE e SPAECE-Alfa e auxiliam no levanta-

mento de informações importantes e necessárias

para o planejamento de ações em nível de gestão

e em nível de unidade escolar. No entanto, apesar

desses dados auxiliarem os educadores e pode-

rem se tornar uma ferramenta estratégica, eles,

por si só, não esgotam a infi nidade de fatores que

estão associados ao desempenho do aluno e que

podem auxiliar na busca de uma educação equâ-

nime e de qualidade. Portanto, investir na refl exão

e compreensão acerca dos demais resultados da

avaliação contribui de forma signifi cativa para a

construção da aprendizagem e para a melhora do

sistema educacional.

Os resultados alcançados em 2016resultados

O que é o IDE?

O Índice de Desempenho Escolar (IDE) é um indicador que reúne três ele-

mentos importantes para a qualidade da educação: a proficiência obtida pela

escola no SPAECE 2016 convertida para uma escala de 0 a 10, a taxa de parti-

cipação na avaliação e o fator de ajuste para universalização do aprendizado.

Conforme consta no Anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novem-

bro de 2016, “O Índice de Desempenho Escolar (IDE) foi desenvolvido a partir

da necessidade de expressar de maneira clara o desempenho de cada escola

nas avaliações do SPAECE. Assim, para se alcançar um entendimento amplo,

optou-se por uma escala de 0 a 10, mais familiar, e de fácil compreensão. Des-

sa forma, surgem os índices, o IDE-Alfa o IDE-5 e o IDE-9.

· O IDE-Alfa busca representar o desempenho de cada escola com relação

ao seu processo de alfabetização. O seu cálculo está vinculado aos resultados

das avaliações do SPAECE-Alfa.

· O IDE-5 e o IDE-9 expressam os resultados alcançados, respectivamente,

nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática realizadas no 5º e 9º anos

do ensino fundamental”.

P rezado gestor, os resultados alcançados por

sua escola nas avaliações do SPAECE 2016,

por disciplina e etapa de escolaridade avaliadas,

estão disponíveis em www.spaece.caedufjf.net.

Em primeiro lugar, estão dispostos os resulta-

dos obtidos por meio da TRI – Teoria de Resposta

ao Item: proficiência média dos estudantes da es-

cola; distribuição dos estudantes pelos padrões de

desempenho; e, por fim, dados de participação na

avaliação – quantidade de alunos previstos para a

realização dos testes, quantos de fato participaram

da avaliação e o respectivo percentual de participa-

ção. Esses resultados são informados para os três

últimos anos de realização do SPAECE.

Para ajudá-lo a se apropriar dos resultados da

escola, você contará com roteiros que o auxiliarão

na leitura e interpretação desses dados.

Além disso, é disponibilizado um indicador de

qualidade, o IDE – Índice de Desempenho Esco-

lar, que apresenta resultados sintéticos específicos

para cada escola, permitindo traçar metas de qua-

lidade.

As orientações para cálculo do IDE-Alfa, IDE-5 e IDE-9 encontram-se no anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novembro de 2016.

Boletim do Gestor Escolar - 25

26 SPAECE 2016

Roteiros de leitura e análise de resultados

Para que os resultados da avaliação

externa em larga escala atinjam o seu

principal objetivo, o de possibilitar a me-

lhoria da qualidade do ensino ofertado,

em primeiro lugar, é necessário com-

preendê-los de forma coletiva, tendo

sempre como referência o projeto polí-

tico-pedagógico da escola.

1. LEITURA E CONTEXTUALIZAÇÃO

2. ANÁLISE

3. DIAGNÓSTICO

4. PLANO DE AÇÃO

5. MONITORAMENTO

6. RESULTADOS

Boletim do Gestor Escolar - 27

Por isso, antes do estabelecimento de metas e ações educacionais, propomos algu-

mas orientações de leitura dos resultados. O intuito é mostrar a você, gestor, como o

SPAECE pode melhorar o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, ao obser-

var o desempenho, nos testes, das turmas avaliadas.

Analisando a proficiência média de cada turma e a distribuição dos estudantes pelos

padrões de desempenho, podemos perceber como está o desenvolvimento de habili-

dades e competências, e também se há equidade entre os estudantes da escola. Isso

permite o planejamento de ações direcionadas aos grupos heterogêneos de estudantes:

recuperação, reforço, aprofundamento e, para os estudantes com desempenho além do

esperado para o seu ano de escolaridade, desafio. O percentual de participação no teste

e a possibilidade de generalização dos dados também são tratados nesta seção.

Outro ponto para análise e reflexão é a relação entre os resultados e o Índice de

Desempenho Escolar (IDE). Há metas que demandam estratégias específicas para cada

resultado.

Nossa proposta é que a equipe gestora possa se apropriar dos dados, estabelecer

relações e utilizá-los para ajudar a constituir ações para melhorar e garantir o direto à

aprendizagem.

Orientações para a leitura dos resultados

O processo de avaliação em larga escala não se encerra quando os resultados

chegam à escola. Ao contrário, a partir desse momento, faz-se necessário que todos

os agentes envolvidos – gestores, professores, equipe pedagógica – se apropriem

dos resultados produzidos pelas avaliações, incorporando-os às suas reflexões so-

bre as dinâmicas de funcionamento da escola.

É importante conhecer cada uma das informações referentes aos resultados do

SPAECE 2016, compreendendo o que são e como devem ser usadas para melhorar

a gestão da escola e da sala de aula, bem como as práticas pedagógicas, a fim de

que os estudantes possam desenvolver-se, cognitivamente, de acordo com a etapa

de escolaridade em que se encontram.

Pensando nisso, sugerimos um roteiro com orientações sobre como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do SPAECE 2016, em cada disciplina

e etapa de escolaridade avaliadas. Esse roteiro aplica-se aos resultados divulgados

no site.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resultados da avaliação em larga escala,

é importante, ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Larga Escala, disponível

em www.spaece.caedufjf.net, bem como os padrões de desempenho estudantil,

os quais descrevem, pedagogicamente, o significado das médias alcançadas pelos

estudantes das redes estadual e municipal do Ceará que participaram do SPAECE

2016*.

*Para consultar os resultados de sua escola, acesse a aba [Resultados]/ [Escola].http://www.spaece.caedufjf.net/resultados-por-escola/

28 SPAECE 2016

Resultados apresentados

Proficiência média alcançada pela escola nas três últimas edições do SPAECE.

Essa é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada nas três últimas edições

do SPAECE, em cada disciplina e etapa de escola-

ridade avaliadas. A observação da média nos ajuda

a verificar a melhoria da qualidade da educação

ofertada, a partir da evolução do desempenho da

escola.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Boletim do Gestor Escolar - 29

Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SPAECE, em uma determinada disciplina e etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA MÉDIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Que hipóteses podem ser levantadas sobre a evolução dos resultados da sua escola ao longo

do tempo? Registrem o que vocês, da equipe gestora e coordenação, discutiram. Isso os ajudará

na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SPAECE.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SPAECE.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, o estudan-

te demonstra um determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

do estudante, mais elevado é o seu padrão de de-

sempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve traba-

lhar para que haja menos estudantes nos padrões

mais baixos, aumentando o percentual nos pa-

drões mais elevados, pois almejamos uma educa-

ção que seja de qualidade e para todos. Por isso,

essa análise é tão importante. Ela lhe dará informa-

ções fundamentais para o seu planejamento, para

a construção permanente do projeto político-pe-

dagógico e para a definição de metas, estratégias

e metodologias adequadas às necessidades dos

alunos.

30 SPAECE 2016

Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de

estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o

número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO MUITO CRÍTICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto à coordenação pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resultados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito

de aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Crítico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

Boletim do Gestor Escolar - 31

Dados de participação nas avaliações do SPAECE nas três últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,

para cada etapa de escolaridade avaliada, nos últimos anos.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO OBSERVAÇÃO

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SPAECE?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste e a sua frequência às aulas.

2015

2016

ATIVIDADE 3

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

32 SPAECE 2016

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

Depois que, junto à sua equipe, você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados

por sua escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los, pedagogica-

mente*.

A escala de proficiência é uma espécie de régua em que

os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são

apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados

e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau

de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que

alcançaram determinado nível de desempenho.

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e

cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da

escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do ní-

vel em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas

habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores também

indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento des-

sas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala

corresponde a diferentes características de aprendizagem: quan-

to maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de

desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

*Os tutoriais para acesso aos resultados estão disponíveis na aba [Resultados]/[Proficiência/Acerto/por Descritor].http://www.spaece.caedufjf.net/resultados/resultados-por-aluno/

Boletim do Gestor Escolar - 33

Disciplina Etapa de Escolaridade NÃO ALFABETIZADO ALFABETIZAÇÃO INCOMPLETA INTERMEDIÁRIO SUFICIENTE DESEJÁVEL

Língua Portuguesa

2º Ano EF até 75 75 a 100 100 a 125 125 a 150 acima de 150

Descrição

Os alunos que se encontram neste

Padrão de Desempenho demonstram um

desenvolvimento ainda incipiente das prin-

cipais habilidades associadas à sua etapa

de escolaridade, de acordo com a Matriz

de Referência. Nos testes de proficiência,

tendem a acertar apenas aqueles itens que

avaliam as habilidades consideradas basi-

lares, respondidos corretamente pela maior

parte dos alunos e, portanto, com maior

percentual de acertos. A localização neste

padrão indica carência de aprendizagem

em relação ao que é previsto pela Matriz de

Referência e aponta, à equipe pedagógica,

para a necessidade de planejar um proces-

so de recuperação com esses alunos, a fim

de que se desenvolvam em condições de

avançar aos padrões seguintes.

Os alunos deste padrão encontram-se

no limite da Escala de Proficiência em

relação ao padrão anterior, portanto re-

alizam tarefas que se aproximam das de-

scritas no Padrão de Desempenho Não

Alfabetizado. Todavia, é importante con-

siderar que o leitor mesmo que iniciante

já aciona conhecimentos linguísticos no

processo de busca dos sentidos para a lei-

tura, ou seja, mobiliza diferentes estraté-

gias leitoras que permitem ao professor

alfabetizador levantar hipóteses e aferir

relações de leitura que serão de funda-

mental importância para que a escola

ensine outras estratégias de leitura. Há es-

tratégias que são mobilizadas de forma in-

consciente pelo leitor desde a fase inicial

de apropriação do sistema alfabético e é

esse o ponto considerado neste padrão.

Neste Padrão de Desempenho,

os alunos ainda não demonstram o

desenvolvimento considerado apro-

priado das habilidades básicas avalia-

das pela Matriz de Referência, para a

etapa de escolaridade em que se en-

contram. Contudo, respondem itens

com menor percentual de acerto e

que avaliam habilidades mais com-

plexas, quando comparados com

o verificado no padrão anterior. A

equipe pedagógica deve elaborar um

planejamento em caráter de reforço

para os alunos que se encontram

neste padrão, de modo a consolidar

aquilo que eles já aprenderam, siste-

matizando esse conhecimento e dan-

do suporte para uma aprendizagem

mais ampla e densa.

As habilidades básicas e essenci-

ais para a etapa de escolaridade aval-

iada, baseadas na Matriz de Referên-

cia, são demonstradas pelos alunos

que se encontram neste Padrão de

Desempenho. Esses alunos demon-

stram atender às condições mínimas

para que avancem em seu proces-

so de escolarização, ao responder

aos itens que exigem maior domínio

quantitativo e qualitativo de com-

petências, em consonância com o

seu período escolar. É preciso estim-

ular atividades de aprofundamento

com esses alunos, para que possam

avançar ainda mais em seus conhe-

cimentos.

Quando o aluno demonstra, nos

testes de proficiência, ir além do que

é considerado básico para a sua etapa

escolar, como ocorre com os alunos

que se encontram neste Padrão de De-

sempenho, é necessário proporcionar

desafios a esse público, para manter seu

interesse pela escola e auxiliá-lo a apri-

morar cada vez mais seus conhecimen-

tos. Esses alunos costumam responder

corretamente, com base na Matriz de

Referência, a um maior quantitativo de

itens, englobando aqueles que aval-

iam as habilidades consideradas mais

complexas e, portanto, com menor

percentual de acertos, o que suge-

re a sistematização do processo de

aprendizagem de forma consolidada

para aquela etapa de escolaridade. En-

tretanto, há que se considerar que o

desenvolvimento cognitivo é contínuo,

permitindo aprendizagens constantes,

conforme os estímulos recebidos.

Você encontra as escalas de proficiência interativas de Língua Portuguesa e Matemática no endereço

www.spaece.caedufjf.net. Situe nelas os resultados da sua escola.

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola neste ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou mo-

dificou sua posição? Se sim, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

A seguir, apresentamos a descrição geral desses padrões. O detalhamento das habilidades, por disciplina

e etapa, pode ser consultado nos Boletins do Professor.

ATIVIDADE 4

34 SPAECE 2016

Disciplina Etapa de Escolaridade NÃO ALFABETIZADO ALFABETIZAÇÃO INCOMPLETA INTERMEDIÁRIO SUFICIENTE DESEJÁVEL

Língua Portuguesa

2º Ano EF até 75 75 a 100 100 a 125 125 a 150 acima de 150

Descrição

Os alunos que se encontram neste

Padrão de Desempenho demonstram um

desenvolvimento ainda incipiente das prin-

cipais habilidades associadas à sua etapa

de escolaridade, de acordo com a Matriz

de Referência. Nos testes de proficiência,

tendem a acertar apenas aqueles itens que

avaliam as habilidades consideradas basi-

lares, respondidos corretamente pela maior

parte dos alunos e, portanto, com maior

percentual de acertos. A localização neste

padrão indica carência de aprendizagem

em relação ao que é previsto pela Matriz de

Referência e aponta, à equipe pedagógica,

para a necessidade de planejar um proces-

so de recuperação com esses alunos, a fim

de que se desenvolvam em condições de

avançar aos padrões seguintes.

Os alunos deste padrão encontram-se

no limite da Escala de Proficiência em

relação ao padrão anterior, portanto re-

alizam tarefas que se aproximam das de-

scritas no Padrão de Desempenho Não

Alfabetizado. Todavia, é importante con-

siderar que o leitor mesmo que iniciante

já aciona conhecimentos linguísticos no

processo de busca dos sentidos para a lei-

tura, ou seja, mobiliza diferentes estraté-

gias leitoras que permitem ao professor

alfabetizador levantar hipóteses e aferir

relações de leitura que serão de funda-

mental importância para que a escola

ensine outras estratégias de leitura. Há es-

tratégias que são mobilizadas de forma in-

consciente pelo leitor desde a fase inicial

de apropriação do sistema alfabético e é

esse o ponto considerado neste padrão.

Neste Padrão de Desempenho,

os alunos ainda não demonstram o

desenvolvimento considerado apro-

priado das habilidades básicas avalia-

das pela Matriz de Referência, para a

etapa de escolaridade em que se en-

contram. Contudo, respondem itens

com menor percentual de acerto e

que avaliam habilidades mais com-

plexas, quando comparados com

o verificado no padrão anterior. A

equipe pedagógica deve elaborar um

planejamento em caráter de reforço

para os alunos que se encontram

neste padrão, de modo a consolidar

aquilo que eles já aprenderam, siste-

matizando esse conhecimento e dan-

do suporte para uma aprendizagem

mais ampla e densa.

As habilidades básicas e essenci-

ais para a etapa de escolaridade aval-

iada, baseadas na Matriz de Referên-

cia, são demonstradas pelos alunos

que se encontram neste Padrão de

Desempenho. Esses alunos demon-

stram atender às condições mínimas

para que avancem em seu proces-

so de escolarização, ao responder

aos itens que exigem maior domínio

quantitativo e qualitativo de com-

petências, em consonância com o

seu período escolar. É preciso estim-

ular atividades de aprofundamento

com esses alunos, para que possam

avançar ainda mais em seus conhe-

cimentos.

Quando o aluno demonstra, nos

testes de proficiência, ir além do que

é considerado básico para a sua etapa

escolar, como ocorre com os alunos

que se encontram neste Padrão de De-

sempenho, é necessário proporcionar

desafios a esse público, para manter seu

interesse pela escola e auxiliá-lo a apri-

morar cada vez mais seus conhecimen-

tos. Esses alunos costumam responder

corretamente, com base na Matriz de

Referência, a um maior quantitativo de

itens, englobando aqueles que aval-

iam as habilidades consideradas mais

complexas e, portanto, com menor

percentual de acertos, o que suge-

re a sistematização do processo de

aprendizagem de forma consolidada

para aquela etapa de escolaridade. En-

tretanto, há que se considerar que o

desenvolvimento cognitivo é contínuo,

permitindo aprendizagens constantes,

conforme os estímulos recebidos.

Boletim do Gestor Escolar - 35

DisciplinaEtapa de

escolaridade

Língua

Portuguesa

5º Ano EF até 125 125 a 175 175 a 225 acima de 225

9º Ano EF até 200 200 a 250 250 a 300 acima de 300

3ª Série EM até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

Matemática

5º Ano EF até 150 150 a 200 200 a 250 acima de 250

9º Ano EF até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

3ª Série EM até 250 250 a 300 300 a 350 acima de 350

Descrição

Os alunos que se encontram neste Padrão de Desempenho demonstram um desenvolvimento ainda incipiente das principais habilidades associadas à sua etapa de escolaridade, de acordo com a Matriz de Referência. Nos tes-tes de proficiência, tendem a acertar apenas aqueles itens que avaliam as habilidades consideradas mínimas, res-pondidos corretamente pela maior par-te dos alunos e, portanto, com maior percentual de acertos. A localização neste padrão indica carência de apren-dizagem em relação ao que é previsto pela Matriz de Referência e aponta, à equipe pedagógica, para a necessidade de planejar um processo de recupera-ção com esses alunos, a fim de que se desenvolvam em condições de avançar aos padrões seguintes.

Neste Padrão de Desempenho, os alu-nos ainda não demonstram o desenvol-vimento considerado apropriado das habilidades básicas avaliadas pela Matriz de Referência, para a etapa de escolari-dade em que se encontram. Contudo, respondem itens com menor percentu-al de acerto e que avaliam habilidades mais complexas, quando comparados com o verificado no padrão anterior. A equipe pedagógica deve elaborar um planejamento em caráter de reforço para os alunos que se encontram nes-te padrão, de modo a consolidar aquilo que eles já aprenderam, sistematizando esse conhecimento e dando suporte para uma aprendizagem mais ampla e densa.

As habilidades básicas e essenciais para a etapa de escolaridade avaliada, baseadas na Matriz de Referência, são demonstra-das pelos alunos que se encontram nes-te Padrão de Desempenho. Esses alunos demonstram atender às condições míni-mas para que avancem em seu processo de escolarização, ao responderem aos itens que exigem maior domínio quan-titativo e qualitativo de competências, em consonância com o seu período es-colar. É preciso estimular atividades de aprofundamento com esses alunos, para que possam avançar ainda mais em seus conhecimentos.

Quando o aluno demonstra, nos tes-tes de proficiência, ir além do que é considerado mínimo para a sua etapa escolar, como ocorre com os alunos que se encontram neste Padrão de De-sempenho, é necessário proporcionar desafios a esse público, para manter seu interesse pela escola e auxiliá-lo a aprimorar cada vez mais seus co-nhecimentos. Esses alunos costumam responder corretamente, com base na Matriz de Referência, a um maior quan-titativo de itens, englobando aqueles que avaliam as habilidades considera-das mais complexas e, portanto, com menor percentual de acertos, o que sugere a sistematização do processo de aprendizagem de forma consolida-da para aquela etapa de escolaridade. Entretanto, há que se considerar que o desenvolvimento cognitivo é contínuo, permitindo aprendizagens constantes, conforme os estímulos recebidos.

MUITO CRÍTICO CRÍTICO

36 SPAECE 2016

DisciplinaEtapa de

escolaridade

Língua

Portuguesa

5º Ano EF até 125 125 a 175 175 a 225 acima de 225

9º Ano EF até 200 200 a 250 250 a 300 acima de 300

3ª Série EM até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

Matemática

5º Ano EF até 150 150 a 200 200 a 250 acima de 250

9º Ano EF até 225 225 a 275 275 a 325 acima de 325

3ª Série EM até 250 250 a 300 300 a 350 acima de 350

Descrição

Os alunos que se encontram neste Padrão de Desempenho demonstram um desenvolvimento ainda incipiente das principais habilidades associadas à sua etapa de escolaridade, de acordo com a Matriz de Referência. Nos tes-tes de proficiência, tendem a acertar apenas aqueles itens que avaliam as habilidades consideradas mínimas, res-pondidos corretamente pela maior par-te dos alunos e, portanto, com maior percentual de acertos. A localização neste padrão indica carência de apren-dizagem em relação ao que é previsto pela Matriz de Referência e aponta, à equipe pedagógica, para a necessidade de planejar um processo de recupera-ção com esses alunos, a fim de que se desenvolvam em condições de avançar aos padrões seguintes.

Neste Padrão de Desempenho, os alu-nos ainda não demonstram o desenvol-vimento considerado apropriado das habilidades básicas avaliadas pela Matriz de Referência, para a etapa de escolari-dade em que se encontram. Contudo, respondem itens com menor percentu-al de acerto e que avaliam habilidades mais complexas, quando comparados com o verificado no padrão anterior. A equipe pedagógica deve elaborar um planejamento em caráter de reforço para os alunos que se encontram nes-te padrão, de modo a consolidar aquilo que eles já aprenderam, sistematizando esse conhecimento e dando suporte para uma aprendizagem mais ampla e densa.

As habilidades básicas e essenciais para a etapa de escolaridade avaliada, baseadas na Matriz de Referência, são demonstra-das pelos alunos que se encontram nes-te Padrão de Desempenho. Esses alunos demonstram atender às condições míni-mas para que avancem em seu processo de escolarização, ao responderem aos itens que exigem maior domínio quan-titativo e qualitativo de competências, em consonância com o seu período es-colar. É preciso estimular atividades de aprofundamento com esses alunos, para que possam avançar ainda mais em seus conhecimentos.

Quando o aluno demonstra, nos tes-tes de proficiência, ir além do que é considerado mínimo para a sua etapa escolar, como ocorre com os alunos que se encontram neste Padrão de De-sempenho, é necessário proporcionar desafios a esse público, para manter seu interesse pela escola e auxiliá-lo a aprimorar cada vez mais seus co-nhecimentos. Esses alunos costumam responder corretamente, com base na Matriz de Referência, a um maior quan-titativo de itens, englobando aqueles que avaliam as habilidades considera-das mais complexas e, portanto, com menor percentual de acertos, o que sugere a sistematização do processo de aprendizagem de forma consolida-da para aquela etapa de escolaridade. Entretanto, há que se considerar que o desenvolvimento cognitivo é contínuo, permitindo aprendizagens constantes, conforme os estímulos recebidos.

INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

Boletim do Gestor Escolar - 37

ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

38 SPAECE 2016

Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

Boletim do Gestor Escolar - 39

Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

40 SPAECE 2016

DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

Boletim do Gestor Escolar - 41

Roteiro de ação

Apresentamos, agora, uma proposta de uso dos

resultados das avaliações em larga escala e de indica-

dores educacionais, com o propósito de construção

de uma agenda de ações com impacto no ensino e

na aprendizagem.

Os processos de análises dos resultados e de pla-

nejamento de ações aqui propostos visam fortalecer

a gestão democrática, valorizando os procedimentos

coletivos de reflexão, tomadas de decisão e divisão de

responsabilidades.

Em linhas gerais, a proposta pauta-se em quatro

etapas de execução: (1) diagnóstico institucional; (2)

definição do foco das ações; (3) elaboração da agen-

da de ações pedagógicas; e (4) monitoramento e ava-

liação das ações.

C Identificação coletiva dos problemas

prioritários.

C Definição coletiva das metas e ações

pedagógicas de intervenção.

C Decisão coletiva das atividades a serem

executadas e divisão de responsabili-

dades.

C Elaboração coletiva de um diagnóstico

institucional com base nos resultados

da avaliação em larga escala e indica-

dores educacionais.

C Acompanhamento e avaliação das

ações executadas.

1Diagnóstico

institucional

4Monitoramento

e Avaliação

2Definição do

foco das ações

3Elaboração da

agenda de ações

pedagógicas

42 SPAECE 2016

O objetivo desta etapa é a construção de um diag-

nóstico institucional com base na análise dos indica-

dores educacionais e resultados das avaliações ex-

ternas e internas. Para a realização desse processo,

sugere-se que a equipe gestora e os demais profissio-

nais da escola entrem em consenso sobre os princi-

pais problemas de ensino e de aprendizagem.

A seguir, apresentamos os passos para a realização

desta etapa:

Etapa 1. Autoavaliação Institucional

Definição das fontes de dados e preparação da apresentação dos resultados para o corpo

docente.

C Após a leitura e interpretação pedagógica dos resultados do SPAECE, a equipe gestora

deverá preparar a apresentação desses resultados para o corpo docente.

C Além dos dados fornecidos pelo SPAECE, a equipe gestora poderá enriquecer a apre-

sentação com dados da avaliação interna. Indicadores educacionais como o IDEB e ISE

da escola, taxas de rendimento e frequência poderão potencializar a análise dos dados

e a discussão coletiva em torno deles. Caberá à equipe gestora definir quais dados são

mais relevantes para a identificação dos fatores que interferem na aprendizagem e obs-

táculos a serem superados.

C Ao preparar a apresentação, é importante que a equipe facilite a leitura das informações

pelos participantes. Para isso, poderá utilizar gráficos comparativos com comentários

ilustrativos, favorecendo a análise dos resultados. E, para motivar o debate, a equipe po-

derá apresentar uma bateria de questões que provoquem reflexões sobre os resultados

alcançados pela escola e o levantamento de hipóteses sobre as causas dos problemas

de ensino e aprendizagem.

1º PASSO

Boletim do Gestor Escolar - 43

Definição de uma agenda de encontros.

C A equipe gestora deverá elaborar um cronograma de reuniões coletivas para a apre-

sentação dos resultados e elaboração do diagnóstico e da agenda de ações. É im-

portante possibilitar a participação do maior número possível de profissionais da es-

cola. Por isso, é fundamental agendar e comunicar com antecedência as datas das

reuniões de diagnóstico e planejamento.

2º PASSO

3º PASSO

Reunião de análise dos resultados e elaboração do diagnóstico institucional.

C A dinâmica da reunião deve estar fundamentada na promoção do traba-

lho colaborativo, no estabelecimento de consenso entre os profissio-

nais da escola e na criação de um ambiente participativo.

C À medida que os gráficos e comentários forem exibidos, a equi-

pe gestora deverá apresentar questões que promovam o levan-

tamento de hipóteses sobre os possíveis fatores escolares que

contribuíram para o alcance dos resultados alcançados pela

escola.

C Esses procedimentos deverão ser utilizados para todos os

resultados selecionados para análise.

C É importante que um membro da equipe registre todas

as informações relevantes e as hipóteses apontadas

pelos docentes sobre os dados analisados. Esses re-

gistros serão fundamentais para a consolidação da

autoavaliação institucional. Para facilitar o registro

das informações, a equipe gestora poderá criar

formulários.

44 SPAECE 2016

QUADRO 1: QUESTÕES PARA DEBATE

Resultados Questões para o debate

PARTICIPAÇÃO

DOS ESTUDANTES

NA AVALIAÇÃO

EXTERNA

Houve queda do índice de participação da escola, ao longo das

edições da avaliação externa?

Quais são as possíveis razões para o atual índice de participação da

escola, em relação aos anos anteriores?

Caso tenha havido queda no índice de participação, que tipo de

ação pode ser implementada, no âmbito da escola, para elevar a

participação dos alunos na avaliação externa?

PROFICIÊNCIA

MÉDIA DA

ESCOLA

Houve crescimento contínuo das proficiências médias ao longo

dos anos?

Que fatores escolares poderiam ajudar a explicar a variação (evolu-

ção ou queda) da proficiência média da escola ao longo dos anos?

Houve avanço da proficiência média com alteração do padrão de

desempenho?

PADRÕES DE

DESEMPENHO

Em relação à distribuição de alunos da escola por padrão de de-

sempenho no último ano, em qual padrão se encontra o percentual

mais alto de alunos?

A escola consegue identificar quais são os alunos que se encontram

nos padrões mais baixos? Que fatores escolares ajudariam a expli-

car o percentual de alunos alocados nestes padrões?

São pensadas ações pedagógicas para que os alunos possam me-

lhorar o seu desempenho?

ANÁLISE DO

PERCENTUAL

DE ACERTO POR

DESCRITOR

Ao comparar os percentuais de acerto por descritores e o desem-

penho das turmas, há variação ou semelhança de desempenho en-

tre as turmas?

Quais seriam os possíveis fatores que contribuíram para a variação

ou semelhança de desempenho entre as turmas?

Quais seriam os possíveis fatores que contribuíram para que alguns

descritores apresentassem percentuais mais baixos?

Os quadros seguintes apresentam, respectivamente, sugestões de questões

para promoção do debate em torno dos resultados alcançados pela escola e um

formulário de registro para as hipóteses e considerações feitas pelos professores:

Boletim do Gestor Escolar - 45

QUADRO 2: FORMULÁRIO DE REGISTRO

Resultados Hipóteses levantadas e considerações feitas pelos professores

PARTICIPAÇÃO DOS

ESTUDANTES NA AVALIAÇÃO

EXTERNA

PROFICIÊNCIA MÉDIA DA

ESCOLA

PADRÕES DE DESEMPENHO

ANÁLISE DO PERCENTUAL DE

ACERTO POR DESCRITOR

Consolidação das análises feitas pelos docentes.

C Após a reunião de análise de resultados, a equipe gestora deverá se encon-

trar para consolidar as informações levantadas. A tarefa da equipe será or-

ganizar as informações produzidas e elaborar uma listagem dos problemas

de ensino e de aprendizagem identificados pelos docentes.

C Sugere-se que a equipe separe os problemas por três categorias: (1) pro-

blemas que poderão ser resolvidos no âmbito da escola; (2) problemas que

demandam apoio de órgãos superiores para serem resolvidos; e (3) pro-

blemas que poderão ser resolvidos exclusivamente por órgãos superiores.

4º PASSO

46 SPAECE 2016

O objetivo desta etapa é definir o foco das ações

que serão propostas na agenda de ações pedagógi-

cas. Para tanto, a equipe gestora e o corpo docen-

te tomarão por base a listagem de problemas da

categoria um, ou seja, aqueles que podem ser

resolvidos no âmbito da escola. Em seguida,

deverão classificá-los em ordem de priorida-

de e propor ações pedagógicas, visando à

melhoria da aprendizagem.

Apresentam, a seguir, os passos para

a realização dessa etapa:

Etapa 2.

Definição do foco das ações pedagógicas

Reunião para definição do foco das ações.

C Prosseguindo com o cronograma de reu-

niões, a equipe gestora deverá expor para

o corpo docente a consolidação das aná-

lises dos resultados feitas na reunião an-

terior, para que sejam validadas por todos

profissionais. Em seguida, deverá apresen-

tar a listagem dos problemas, iniciando o

debate sobre a priorização dos problemas

a serem superados e proposição de ações

pedagógicas prioritárias.

1º PASSO

Definição de objetivos quantificados.

C Após a definição das ações prioritárias, a equipe gestora deverá conduzir o debate para a definição dos objeti-

vos quantificados das ações, ou seja, deverá definir metas para cada ação.

C Atenção! A definição da meta é muito importante, pois permitirá o monitoramento e a avaliação das ações

prioritárias.

C O enunciado do objetivo quantificado (meta) deverá conter pelo menos três variáveis: “o que fazer”, “o quan-

to fazer” e “quando fazer (prazo)”. É importante que fique bem claro para todos o que, em que medida e em

quanto tempo se pretende fazer.

C Um exemplo: “reduzir em 5% o percentual de alunos que estão no padrão de desempenho Muito Crítico, no

decorrer do ano de 2017”.

C Para alcançar a meta dessa ação prioritária, a equipe deverá pensar em um conjunto de ações estratégicas, ati-

vidades ou projetos. O próximo passo da equipe gestora e dos docentes será construir uma agenda de ações

pedagógicas para concretizar as metas definidas pelo grupo.

2º PASSO

Boletim do Gestor Escolar - 47

Etapa 3.

Elaboração da agenda de ações pedagógicas

O objetivo desta etapa é a criação de uma agenda de ações pedagógicas com impacto nos

problemas identificados pelo grupo. Como nas etapas anteriores, seguindo os princípios da gestão

participativa, as tomadas de decisão e a divisão de responsabilidades também acontecerão no

coletivo da escola. Dessa forma, a tarefa da equipe gestora será conduzir o grupo no processo de

decisão sobre o que fazer para alcançar as metas definidas no encontro anterior. Com base nas

metas das ações prioritárias, o grupo deverá decidir: “o que será feito”; “como será feito”; “quando

será feito”; e “por quem será feito”.

Apresentamos uma sugestão de formulário de registro para ser preenchido no decorrer da reu-

nião pelos profissionais que atuam na escola:

48 SPAECE 2016

QUADRO 3: AGENDA DE AÇÕES PEDAGÓGICAS

AGENDA DE AÇÕES PEDAGÓGICAS

Decisões de Execução

Nome da ação prioritária 1:

Objetivo quantificado:

O que será feito? Como será feito? Quando será feito? Por quem será feito?

Nome da ação prioritária 2:

Objetivo quantificado:

O que será feito? Como será feito? Quando será feito? Por quem será feito?

Boletim do Gestor Escolar - 49

O objetivo desta etapa é monitorar a execução das ações pedagógicas e

avaliar os seus resultados. Os instrumentos de avaliação interna podem se cons-

tituir em excelentes ferramentas de acompanhamento dos alunos participantes

das atividades propostas. Outros instrumentos de monitoramento podem ser

criados pelo grupo, como relatórios mensais que apresentem os avanços e obs-

táculos identificados no decorrer da execução das atividades.

Encerramos este roteiro apresentando uma sugestão de formulário para

acompanhamento das atividades.

Etapa 4 Monitoramento e avaliação das ações

50 SPAECE 2016

QUADRO 4: FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS

ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS

Nome da ação prioritária 1:

Objetivo quantificado:

Resultados apresentados até o momento Obstáculos encontrados

Nome da ação prioritária 2:

Objetivo quantificado:

Resultados apresentados até o momento Obstáculos encontrados

Boletim do Gestor Escolar - 51

GESTOR ESCOLAR

boletim do

>>> SPAECE 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1982-7644