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Boletim bimestral do Observat rio Europeu da Droga e da Toxicodependência Janeiro - Fevereiro 1998 Nº 9 os dias 27 e 28 de Novembro de 1997, o OEDT participou numa impor- tante Conferência Euro- peia sobre Drogas Sintéticas, realizada em Bruxelas e organizada pelo Parla- mento Europeu, a Presidência luxem- burguesa e a Comissão Europeia. Entre outros aspectos, a Conferência apelou à adopção de uma abordagem concer- tada na acção e no intercâmbio de informações, num momento em que os dados sobre os efeitos a curto prazo destas drogas se avolumam, mas os riscos a longo prazo estão longe de se encontrarem esclarecidos. No primeiro dia, sob a presidência de Sir Jack Stewart-Clark do Parlamento Europeu, a Sra. Hedy d’Ancona (deputa- da do Parlamento Europeu) e presiden- te da Comissão das Liberdades Públicas e dos Assuntos Internos, salientou a ne- cessidade de diálogo, pragmatismo e informações de boa qualidade no de- senvolvimento de estratégias para redu- zir os danos individuais e sociais rela- cionados com as drogas sintéticas. À alocução de abertura, proferida pelo vi- ce-presidente do Conselho de Admi- nistração do OEDT, Sr. Marcel Reimen, em nome do ministro da Justiça do Lu- xemburgo, Sr. Marc Fischbach, seguiu- se o discurso da comissária A n i t a Gradin. A Sra. Gradin falou à Con- ferência sobre a necessidade de um de- bate internacional mais amplo a respeito das drogas sintéticas, de produção fácil e a baixo preço, uma questão que será levantada na Sessão Especial sobre Drogas da Assembleia Geral das Nações Unidas, no próximo mês de Junho. Os senhores Georges Estievenart, direc- tor do OEDT, e Willy Bruggeman, coor- denador-adjunto da Unidade ”Droga” da Europol, apresentaram de seguida uma descrição em traços gerais da situação existente na União Europeia. O Sr. Estievenart salientou que as novas tendências em matéria de consumo de drogas sintéticas, devem ser vistas no contexto social e cultural das culturas juvenis europeias e não como um fenó- meno ligado à marginalização. Acres- centou, todavia, que embora estas ten- dências apresentem desafios especiais em termos de novas abordagens à mo- nitorização e à redução da procura, não se devem considerar desligadas do con- texto mais amplo do consumo de droga. O Sr. Bruggeman expôs uma panorâmi- ca complementar do ponto de vista da aplicação da lei e descreveu as medi- das técnicas e políticas que estão a ser tomadas, entre as quais se inclui uma maior cooperação com a indústria química. O primeiro dia terminou com uma esti- mulante comunicação do Sr. Juan Gamella, professor de A n t r o p o l o g i a Social da Universidade de Granada, Es- panha, que se debruçou sobre a questão do ”sucesso” do ecstasy numa perspectiva económica e cultural. Este partici- pante sugeriu que a combinação das acções farmacológicas estimu- lantes e psicadélicas se adequava per- feitamente às exigências psicológicas e culturais da cultura da dança e que a convergência deste factor com os inte- resses comerciais - tanto na comerciali- zação do próprio ecstasy, como através da utilização de imagens a ele associa- das para promover outros produtos - é uma importante força motriz para o ”sucesso” deste tipo de drogas. No segundo dia, as comunicações do PNUCID e dos Estados Unidos foram seguidas de uma série de ”Experiências no Terreno”. Esta série abarcava uma grande variedade de intervenções e projectos de monitorização e investiga- ção em toda a UE, nomeadamente em H a m b u rgo, Manchester, A m s t e r d ã o , Luxemburgo e incluia um estudo do consumo de ecstasy em cinco cidades. No seu conjunto, estas comunicações reforçaram a mensagem que as novas tendências presenciadas nos diferentes países não podem ser reduzidas a um estereótipo simples ou a uma única droga, representando, pelo contrário, um fenómeno mais complexo, que envolve diferentes grupos, drogas e contextos. Estes exigem abordagens pragmáticas e diferenciadas, fundamentadas em da- dos que reflictam as diferentes circuns- tâncias. A esta sessão seguiu-se uma outra sobre as consequências físicas e psicológicas das drogas sintéticas, onde se apresentaram provas dos efeitos a curto prazo sobre o humor e a memória, provocados pelo consumo de ecstasy. Por último, a Conferência dividiu-se em três ”workshops” sobre prevenção, informação e investigação, promoção da saúde e tratamento, redução da pro- cura e aplicação da lei. Os trabalhos terminaram com um painel de debate, tendo sido encerrados pelo Sr. Marcel Reimen, em nome da Presidência luxemburguesa. Richard Hartnoll 1 R ua da C ruz de Santa Apolónia 2 3 - 2 5 , 11 0 0 L isboa, Po r t u g a l Te l : (351 1) 8 11 30 00 Fax: (351 1) 813 17 11 e-mail: [email protected] ISSN 0873-5409 N Conferência de Bruxelas apela a uma ac o concertada Drogas Sintéticas Muitas drogas sint ticas s o vendidas utilizando s mbolos que s o familiares aos jovens e aos seguidores das modas. Uma nova publica o do OEDT sobre as novas drogas sint ticas foi recentemente publicada. Ver p.7 para mais informa es.

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Boletim bimestral do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência

Janeiro - Fevereiro 1998 • Nº 9

os dias 27 e 28de Novembrode 1997, o OEDT

participou numa impor-tante Conferência Euro-peia sobre Drogas Sintéticas, realizadaem Bruxelas e organizada pelo Parla-mento Europeu, a Presidência luxem-burguesa e a Comissão Europeia. Entreoutros aspectos, a Conferência apelouà adopção de uma abordagem concer-tada na acção e no intercâmbio deinformações, num momento em que osdados sobre os efeitos a curto prazodestas drogas se avolumam, mas osriscos a longo prazo estão longe de seencontrarem esclarecidos.

No primeiro dia, sob a presidência deSir Jack Stewart-Clark do ParlamentoEuropeu, a Sra. Hedy d’Ancona (deputa-da do Parlamento Europeu) e presiden-te da Comissão das Liberdades Públicase dos Assuntos Int e r n o s , salientou a ne-cessidade de diálogo, pragmatismo einformações de boa qualidade no de-senvolvimento de estratégias para redu-zir os danos individuais e sociais rela-cionados com as drogas sintéticas. Àalocução de abertura, proferida pelo vi-ce-presidente do Conselho de A d m i -nistração do OEDT, S r. Marcel Reimen,em nome do ministro da Justiça do Lu-x e m b u rgo, Sr. Marc Fischbach, s e g u i u -se o discurso da comissária A n i t aGradin. A Sra. Gradin falou à Con-f erência sobre a necessidade de um de-bate internacional mais amplo a respeitodas drogas sintéticas, de produção fácile a baixo preço, uma questão que serálevantada na Sessão Especial sobreDrogas da Assembleia Geral das NaçõesUnidas, no próximo mês de Junho.

Os senhores Georges Estievenart, direc-tor do OEDT, e Willy Bruggeman, coor-d e n a d o r-adjunto da Unidade ”Droga”da Europol, apresentaram de seguidauma descrição em traços gerais da situação existente na União Europeia.O Sr. Estievenart salientou que as novastendências em matéria de consumo dedrogas sintéticas, devem ser vistas nocontexto social e cultural das culturasjuvenis europeias e não como um fenó-

meno ligado à marginalização. A c r e s -centou, todavia, que embora estas t e n -dências apresentem desafios especiaisem termos de novas abordagens à mo-

nitorização e à redução da procura, nãose devem considerar desligadas do con-texto mais amplo do consumo de droga.O Sr. Bruggeman expôs uma panorâmi-ca complementar do ponto de vista daaplicação da lei e descreveu as m e d i -das técnicas e políticas que estão a s e rtomadas, entre as quais se inclui umamaior cooperação com a indústria química.

O primeiro dia terminou com uma esti-mulante comunicação do Sr. JuanGamella, professor de A n t r o p o l o g i aSocial da Universidade de Granada, Es-panha, que se debruçou sobre aquestão do ”sucesso” do ecstasy numa

perspectiva económicae cultural. Este partici-pante sugeriu que acombinação das acçõesfarmacológicas estimu-

lantes e psicadélicas se adequava per-feitamente às exigências psicológicas eculturais da cultura da dança e que aconvergência deste factor com os inte-resses comerciais - tanto na comerciali-zação do próprio ecstasy, como atravésda utilização de imagens a ele associa-das para promover outros produtos - éuma importante força motriz para o”sucesso” deste tipo de drogas.

No segundo dia, as comunicações doPNUCID e dos Estados Unidos foramseguidas de uma série de ”Experiênciasno Terreno”. Esta série abarcava umagrande variedade de intervenções eprojectos de monitorização e investiga-ção em toda a UE, nomeadamente emH a m b u rgo, Manchester, A m s t e r d ã o ,L u x e m b u rgo e incluia um estudo doconsumo de ecstasy em cinco cidades.No seu conjunto, estas comunicaçõesreforçaram a mensagem que as novastendências presenciadas nos diferentespaíses não podem ser reduzidas a umestereótipo simples ou a uma únicadroga, representando, pelo contrário, umfenómeno mais complexo, que envolvediferentes grupos, drogas e contextos.Estes exigem abordagens pragmáticas ediferenciadas, fundamentadas em da-dos que reflictam as diferentes circuns-tâncias. A esta sessão seguiu-se umaoutra sobre as consequências físicas epsicológicas das drogas sintéticas, ondese apresentaram provas dos efeitos acurto prazo sobre o humor e a memória,provocados pelo consumo de e c s t a s y.

Por último, a Conferência dividiu-seem três ”workshops” sobre prevenção,informação e investigação, promoçãoda saúde e tratamento, redução da pro-cura e aplicação da lei. Os trabalhosterminaram com um painel de debate,tendo sido encerrados pelo Sr. Marcel Reimen, em nome da Presidêncialuxemburguesa.

Richard Hartnoll

1

Rua da C ruz de Santa Apolón ia 2 3 - 2 5 , 11 0 0 L isboa , Po r t u g a l • Te l : (35 1 1) 8 11 30 00 • Fax : (351 1 ) 813 17 11 • e-mai l: [email protected]

ISSN 0873-5409

NConferência de Bruxelas apela a uma acção concertada

Drogas Sintéticas

Muitas drogas sintéticas são vendidas utilizando

símbolos que são familiares aos jovens e aos

seguidores das modas.

Uma nova publicação do OEDT sobre as novas drogas

sintéticas foi recentemente publicada. Ver p.7 para

mais informações.

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os dias 9 a 11 de Novembro, realizou-se na sede do OEDT um”workshop” correspondente à terceira e última etapa de umestudo encomendado pelo Observatório sobre a Redução da

procura no local de trabalho. Propondo-se avaliar as potencialidades dolocal de trabalho como campo de intervenção, o ”workshop” analisou ascondições específicas e os recursos disponíveis para realizar eaperfeiçoar acções de prevenção antidroga neste cenário.

Com o auxílio de inovadoras técnicas informáticas de conferência, queos participantes consideraram simultaneamente estimulantes e pro-dutivas, foi rapidamente possível expor ideias novas e produzir umrelatório final de consenso.

Os peritos presentes no encontro consideraram que o local de trabalho éum cenário onde as acções de prevenção são, não só possíveis, comoaconselháveis, embora no momento em que as pessoas chegam a essecenário os seus valores e padrões de comportamento já tenham sidomoldados pela família, os grupos de pares e a escola (a fase da ”primeirasocialização”). Sendo assim, concluiu-se que, para obterem o apoionecessário, as intervenções de prevenção neste terreno terão de adoptarestratégias diferentes das utilizadas em acções como as campanhas nasescolas ou entre os grupos de pares.

Os participantes no estudo chegaram à conclusão de que os elementosmais importantes da prevenção antidroga no local de trabalho eram denatureza organizativa: assegurar o envolvimento dos trabalhadores e dosquadros intermédios no desenvolvimento e execução dos programas,assim como nas estratégias de formação e informação. A realização deanálises para rastreio de droga entre os trabalhadores foi consideradainadequada como abordagem preventiva.

O estudo, assim concluído no ”workshop” identificou algumas matériasque deverão ser objecto de novos estudos, nomeadamente: conceitos,programas, especialistas e saberes especializados, a amplitude doproblema da droga no local de trabalho e os custos e benefícios dosprogramas existentes. O estudo revelou ainda que esta investigaçãoadicional não tinha necessariamente um carácter epidemiológico, umavez que a situação nas empresas não favorecia uma recolha de dadosfiáveis e qualitativos.

Gregor Burkhart

N

”Biblioteca Virtual”

Reitox: Conclusão do

estudo de viabilidade

s resultados do estudo deviabilidade do projecto REITO Xrelativo à criação de uma ba-

se de dados repartida sobre o consumode drogas foram apresentados peloso rganismos participantes* numa reu-nião de avaliação final realizada emParis no dia 2 de Outubro. Com oobjectivo de estabelecer a longo prazouma ligação técnica entre as bases dedados internas existentes na redeR E I TOX, o projecto proporciona aoObservatório e à rede uma primeiraexperiência de interligação de centrosde documentação europeus. Esteprojecto concentra-se, em especial, nanormalização e na acessibilidade dasbases de dados bibliográficos europeiasexistentes nos servers da Web.

Esta ”biblioteca virtual” será desen-volvida ao longo do ano de 1998, deacordo com as estratégias de docu-mentação e informação da REITO X .Envolverá novos participantes (Co-missão Europeia, OEDT, Portugal,Suécia) e proporá serviços comple-mentares aos utilizadores. Presente-mente, a base de dados contém cerc ade 700 registos pormenorizados, comresumos e indexação em matéria deepidemiologia e políticas nacionais,sendo por isso considerada como umimportante instrumento de investigaçãopara os profissionais. Esta base de dadosencontra-se disponível na We b, noseguinte endereço: http://www.ofdt.fr/reitox65

Adelaide Seita Duarte

* OEDT; ISDD (Reino Unido); Toxibase (França); eTr i m b o s - I n s t i t u u t (Países Baixos). Três observadores CAN(Suécia); Ponto Focal CE e Observatório Vida (Portugal). Aprimeira fase do projecto foi coordenada como uma sub-tarefa do programa REITOX pela Toxibase (França) sob asupervisão do OFDT.

O

DO OEDT

Redução da procura no local de trabalho

Nem todos os toxicodependentes são desempregados. O trabalho é um local

importante na prevenção do consumo de estupefacientes.

3

B I B L I O T E C A

Estudos do UNRISD

O Instituto de Investigação das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento Social(UNRISD) publica uma série de estudosnacionais que se propõe aumentar aconsciência sobre os custos e as conse-quências das actuais políticas de com-bate à droga, e suscitar a reflexão sobreas implicações das soluções propostaspara as regiões em desenvolvimento.

Esta série tem o objectivo de aumentara qualidade dos debates políticos me-diante a apresentação de uma análisecuidadosa de algumas experiênciasefectuadas em determinados países.Entre os títulos presentes na série inclu-em-se os seguintes: ”Bolivia and Coca:A Study in Dependency” (A Bolívia e acoca: um estudo sobre dependência);”Political Economy and Illegal Drugs inColombia” (Economia Política e DrogasIlegais na Colômbia); ”Mexico’s Wa ron Drugs: Causes and Consequences”(A guerra do México às drogas: causase consequências); ”Unintended Conse-quences: Illegal Drugs and Drug Polici-es in Nine Countries” (Consequênciasimprevisíveis: drogas ilegais e políticasantidroga em nove países); ”Marijuanain the Third World: Appalachia, US”(Marijuana no Te rceiro Mundo: A p p a -lachia, EUA) e ”The Burmese Connecti-on: Illegal Drugs and the Making of theGolden Triangle” (A ligação birmanesa:drogas ilegais e o desenvolvimento dotriângulo dourado).

Publicado por: UNRISD, Lynne Reiner, UnitedNations University. A u t o r e s : Vários. D a t a :1991-1997. L í n g u a s : Inglês. P r e ç o : V á r i o s .I S B N : Vários. Ver catálogo do UNRISD. P a r amais informações, é favor contactar: RosemaryMax, UNRISD, Palais des Nations, CH-1211Geneva 10, Suíça. Tel: ++ 41 22 798 8400. Fax:++ 41 22 740 0791. e-mail: [email protected]

O OEDT é responsável pela selecção de materiaispara a ”Montra de Livros” e pelo texto apresentado.Todavia, o conteúdo dos livros e as opiniões nelesexpressas são da responsabilidade exclusiva dosrespectivos autores.

OEDT e o Programa COST A-6* da Comissão Europeiapara o estudo da avaliação no

domínio do consumo de drogas orga-nizaram um seminário conjunto nosdias 1 e 2 de Dezembro, em Zurique,para avaliar os progressos do progra-ma e desenvolver perspectivas parafuturas acções europeias.

O primeiro dia do seminário centrou-se nos progressos realizados pelos cin-co grupos de trabalho COST A-6 emmatéria de avaliação da prevenção, dotratamento e da política antidroga. Es-tes foram os temas das três sessões detrabalho realizadas no segundo dia,nas quais se analisaram de modo maisaprofundado os métodos a utilizar para

desenvolver o trabalho do COST A-6 edo OEDT tendo em vista a promoçãoda cultura de avaliação e o aperfeiçoa-mento da metodologia.

Na sessão de trabalho sobre preven-ção, as Directrizes para a avaliação daprevenção antidroga do OEDT e umprojecto de referência do COST A - 6sobre o mesmo tema (que inclui defini-ções no domínio da avaliação) servi-ram de ponto de partida para o debate.Foi focada em particular a utilizaçãode instrumentos qualitativos e partici-pativos, como os que foram usados naavaliação da Rede de Escolas Promoto-ras de Saúde da OMS, e de uma com-binação de abordagens quantitativas equalitativas empregues em estudosetnográficos acerca das drogas sintéti-cas em Espanha.

Na sessão de trabalho sobre avaliaçãodo tratamento foram proferidas comu-nicações por dois peritos dos Estados

O

Unidos, os quais sugeriram que em-bora os estudos de avaliação te-nham impacto nos responsáveispolíticos, especialmente no que res-peita as decisões de financiamento,não têm contribuído para o melho-ramento dos serviços. Vários projec-tos relativos à avaliação do trata-mento foram considerados especial-mente prometedores, entre os quaisas directrizes do COST A-6, osmanuais da OMS e as acções de

avaliação do OEDT espe-cíficamente ligadas à difu-são dos conhecimentos.Tanto no caso da avalia-ção da prevenção comono da avaliação do trata-mento, reconheceu-se queera necessário fazer umatransferência de conheci-mentos efectiva do nívelda investigação para o daprática, através da difusãode directrizes e do investi-mento na formação dosprofissionais.

Por último, a sessão de trabalhosobre políticas antidroga concluiuque um ponto de partida para a suaavaliação era a existência de umaboa descrição dessas políticas.Dada a complexidade das variáveisem presença, considerou-se que taldescrição constituía um desafio emsi mesma, realçando-se a necessida-de de estabelecer um amplo enqua-dramento teórico que permitacompreender a estruturação das po-líticas antidroga e o seu impacto.Com base no trabalho do programaCOST A-6, o OEDT está a pon-derar a convocação de um grupoem foco para 1998, a fim de estabe-lecer a agenda de investigação.

Margareta Nilson

Programa quinquenal (1993-1997) dirigido pelaDGXII (Ciência, Investigação e Desenvolvimento) daComissão Europeia, que visa obter informaçõesválidas sobre o impacto de diversos conceitos emedidas de política antidroga na amplitude, naturezae consequências do consumo de droga.

Seminário conjunto OEDT /COST A-6 sobre a

Avaliação da Acção contra o Consumo de

Drogas na Europa

The BurmeseConnection

ILLEGAL DRUGS &THE MAKING OF

THE GOLDENTRIANGLE

Bolivia& Coca

A STUDY INDEPENDENCY

James Painter

S T U D I E SON THE IMPACT

OF THEILLEGAL DRUG

T R A D E V OL U M E O N E

S T U D I E SON THE IMPACT

OF THEILLEGAL DRUG

T R A D E

Marijuanain the

“Third World”APPALACHIA,

U.S.A.

Richard R. Clayton

VO L UM E F I V E

4

HIV e hepatite entre osconsumidores de droga por via

intravenosa

o Relatório A n u a l do OEDTde 1997, foram, pela primeiravez, apresentados dados naci-

onais sobre a disseminação do HIV eda hepatite entre os consumidores dedroga por via intravenosa na União Eu-ropeia. Embora o problema do HIV sejabem conhecido, é difícil encontrardados a seu respeito a nível europeu,visto não existir um sistema de monito-rização uniforme que acompanhe as

tendências em matéria de prevalência ede incidência.

Os casos de SIDA são comunicados,mas o facto de a doença só se declararanos depois do contágio com o HIVtorna a monitorização da SIDA i n a d e -quada para uma rápida resposta aosnovos surtos de infecção com esse ví-rus. O Relatório A n u a l mostrava que,embora a prevalência do HIV se en-contre estabilizada na maioria dos paí-ses da UE, está ainda a aumentar emPortugal e na Bélgica, o que exige aadopção de medidas imediatas.

Entre 1995 e 1997, o OEDT participounuma Acção concertada c o m u n i t á r i a * ,que analisou os cenários possíveis daexpansão da SIDA/HIV na Europa e oimpacto epidemiológico, económico esocial da doença. Este projecto, quereuniu peritos de muitos países, utili-zou cálculos retroactivos para estimaras tendências actuais e futuras da disse-minação do HIV. Desenvolveu igual-mente estimativas por país, porcategoria de transmissão e ano de nas-cimento, investigando os efeitos da mu-dança de terapia e outros factoresatravés da utilização de modelos dinâ-

Nmicos. O projecto chegou a uma sériede conclusões, frequentemente degrande pertinência política, tais como a de que os jovens em risco não sãoadequadamente atingidos pelas inter-venções.

Muito mais difícil de prevenir, devidoao maior grau de infecciosidade, ecomparável à infecção com o HIV emtermos de doença e de mortalidade, a

hepatite foi assinalada no R e l a t ó r i oA n u a l como um grave problema desaúde entre os consumidores de drogapor via intravenosa, em toda a Europa.O relatório apresentou os primeiros da-dos europeus sobre a prevalência dahepatite B e C, os quais indicam de for-ma consistente uma prevalência extre-mamente elevada destas infecções,especialmente da hepatite C. Nele foiainda referida uma estimativa, calcula-da num estudo francês, que aponta pa-ra a existência de cerca de 500.000consumidores de droga por via intrave-

Mesmo quando outras

doenças infecciosas

decorrentes do uso de

drogas são raras, em

geral mais de metade

daqueles que se

injectam foi infectada

com hepatite C.

Preocupante em si

mesmo porque implica

que o comportamento de

risco de contágio pelo

HIV vai continuar.

OEDT Relatório Anual

1997.

nosa infectados, em toda a UE. A maio-ria dessas pessoas sofrerá uma gravedeterioração do fígado ao longo dosanos, susceptível de causar cancro dofígado e uma morte prematura.

Não existe uma resposta europeia àexpansão maciça da hepatite. As medi-das preventivas adoptadas para comba-ter as infecções com HIV entre osconsumidores de droga por via intrave-nosa, já de si muitas vezes insuficien-tes, são certamente inadequadas paraimpedir a disseminação da hepatite. Asnovas abordagens (p.ex. na A u s t r á l i a )esforçam-se sobretudo por rodear aprática da injecção da mais absolutahigiene. Outros projectos de prevençãoanalisam as formas de estimular atransição do consumo intravenoso parao fumo ou a inalação.

Além de apresentar dados sobre o HIVe a hepatite no segundo Relatório A n u a l , um grupo de trabalho OEDT/REITOX examinou as possibilidades deutilização dos dados sobre as doençasinfecciosas como um indicador do con-sumo de droga por via intravenosa. Oprojecto analisou as diversas fontes dedados existentes em França, Alemanha,Irlanda, Países Baixos e Reino Unido eas potencialidades da sua utilização namonitorização a nível europeu. Empre-endeu também uma análise bibliográfi-ca, tendo reunido dados sobre astendências em matéria de HIV e de he-patite. Na continuação deste projectoaumentará o número de países partici-pantes e serão mais profundamenteanalisadas as questões organizativas dodesenvolvimento de uma monitoriza-ção das doenças infecciosas entre osconsumidores de droga por via intrave-nosa a nível europeu.

Lucas Wiessing

* Acção Concertada: um projecto a nível europeu comfinanciamento comunitário. Este projecto foi coordenadopelo RIVM (Instituto Nacional da Saúde Pública e do MeioAmbiente) dos Países Baixos.

Foto: Diário de Notícias/Ana Baião

Novas investigações na prática preventiva estudam as formas de estimular a passagem da

injecção para o fumo ou a inalação.

o dia 25 de Novembro de1997, teve lugar a oitava reu-nião do Conselho Científico do

OEDT, na qual este emitiu o seu pare-cer sobre o programa de trabalho para1998 e a aplicação do artigo 4º (avalia-ção de riscos) da Acção comum no do-mínio das novas drogas sintéticas.Abordou-se igualmente de forma su-mária, a questão da garantia de quali-dade dos Pontos Focais Nacionais.

No seu parecer a respeito do programade trabalho para 1998, o Comité Cien-tífico recomendou que este programaincluísse projectos sobre os dados rela-tivos ao sistema policial e judicial (talcomo fora aprovado no programa detrabalho trienal) e propôs que o Obser-vatório promovesse e apoiasse acti-vamente a avaliação científica dosprogramas de intervenção, incluindo otratamento. Além disso, o Comité sali-entou que as tarefas que a A c ç ã oc o m u m lhe consignara, em conjuntocom o Observatório, exigiam apoiocientífico adequado que deveria ter reflexos em termos orçamentais. Defendeu ainda a necessidade de seempreenderem estudos claramente di-reccionados, visto serem os mais sus-ceptíveis de fornecer dados cientí-

5

convite da Comissão Europeia,o OEDT participou no Primei-ro Seminário Internacional

sobre as Drogas e as Cidades, realiza-do em Santiago do Chile nos dias 10 e11 de Novembro de 1997, no âmbitodo programa comunitário URB-AL*.Neste seminário, muitas cidades euro-peias e municípios latino-americanosdebateram as suas respectivas situaçõese identificaram algumas possibilidadesde cooperação, em projectos a co-fi-nanciar pela Comissão Europeia. Estefórum proporcionou uma excelenteoportunidade ao OEDT para apresen-tar as suas actividades, o seu segundoRelatório Anual e as conclusões preli-minares sobre a delinquência urbanarelacionada com a droga. Além disso,muitos participantes solicitaram oapoio do Observatório na preparaçãode projectos conjuntos a submeter àComissão na Primavera de 1998.

* Projecto com a duração de quatro anos lançado pelaComissão Europeia em Setembro de 1997, visando criarredes de cidades e autarquias na Europa e na AméricaLatina, sobre questões de interesse mútuo.

ficos de qualidade para a tomada de decisões políticas.

Em relação à Acção comum, o Comitépropôs a constituição de um Grupo deDirecção composto pelo seu presiden-te, o vice-presidente e três outros mem-bros, o qual funcionaria comoprincipal organismo de avaliação dosriscos em caso de pedido por parte deum Estado-membro. O grupo foi espe-cialmente incumbido de desenvolveraté 1 de Junho de 1998, um conjuntode directrizes destinadas a apoiar arealização das avaliações de riscos pre-

A

Conselho de Administração

Nos dias 3 e 4 de Novembro de 1997, realizou-se em Lisboa umareunião extraordinária do Conselho de Administração do OEDT,durante a qual foram aprovados o programa de trabalho trienal e oprograma de trabalho para 1998 e se discutiu o orçamento. Entre outrasquestões, os membros do Conselho de Administração analisaram ascondições necessárias para a aplicação do sistema de alerta precoce nodomínio das novas drogas sintéticas, nos termos da Acção comumaprovada a 16 de Junho de 1997.

N

liminares. Os resultados destas investi-gações preliminares seriam depoisapresentados numa reunião do ComitéCientífico, em presença de outros peri-tos, sendo posteriormente enviado umrelatório aos Estados-membros e àComissão Europeia. As referidas direc-trizes serão continuamente revistas eactualizadas pelo Comité Científico,tendo em conta o desenvolvimento dasmetodologias no domínio da avaliaçãode riscos.

Por último, no que se refere à garantiade qualidade dos Pontos Focais nacio-nais, realçou-se a necessidade de pro-p o rcionar programas de formaçãoespecífica em matéria de epidemiolo-gia ao pessoal desses organismos.

Kathleen Hernalsteen

CORPOS ESTATUTÁRIOS DO OEDT

Comité Científico

OEDT Participa no FórumCidades

URB-AL: para mais informações é favor contactar Jerome Poussielgue, DG 1B, Rue de la Science,

14-4/79, 1049 Bruxelas, Bélgica. Tel: ++32 2 299 0749. Fax: ++ 32 2 299 3941.

6

4 de Dezembro de 1997, os minis-tros da Saúde, dos

Assuntos Internos e da Jus-tiça do Conselho da UniãoEuropeia participaram numareunião informal organizadaem Bruxelas pela Presidêncialuxemburguesa, para debaterdiversos aspectos do pro-blema da droga. Na reunião,realçaram a necessidade deuma abordagem integrada ede uma colaboração maisestreita entre os seus minis-térios, a nível da União. Apresidente do Grupo Hori-zontal sobre Drogas* doConselho, a senhora AndréeClemang, apresenta, no textoque se segue, outros aspectosfundamentais da presidência semestral.

Três iniciativas fundamentais nosocorrem de imediato, quando pen-samos na Presidência luxemburguesa e na luta contra a droga. A primeira foi um seminário organizado emSetembro, com a anterior Presidênciaholandesa do Conselho, no qual seidentificaram as prioridades para asactividades de investigação sobre oconsumo das drogas sintéticas. A e s t ainiciativa seguiram-se, em Novem-bro, dois outros seminários: o primeirosobre a formação no domínio da droga,que visava identificar as necessidadesde formação profissional existentes nosEstados-membros, e o segundo onde sepretendia dar uma panorâmica geraldas drogas sintéticas, como é referidono início deste boletim.

Na esteira dos esforços das pre-sidências anteriores no sentido deimplementar o Plano de Acção noCombate à Droga aprovado peloConselho Europeu de Madrid, emDezembro de 1995, e tendo em menteas prioridades definidas pela Cimeirade Dublin em Dezembro de 1996, aPresidência luxemburguesa prosseguiuactivamente com a aplicação dosinstrumentos recentemente adoptadosna luta contra a droga.

Foi dado especial ênfase à A c ç ã oc o m u m aprovada pelo Conselho emDezembro de 1996 relativa à”aproximação das legislações e daspráticas da polícia, serviços aduaneirose autoridades judiciais tendo em vista aluta contra a toxicodependência e aprevenção e o combate ao tráfico ilícito

de drogas”, bem como aos preparativospara a aplicação cabal da A c ç ã ocomum relativa às drogas sintéticas,aprovada a 16 de Junho de 1997. Estafase preparatória beneficiou daexcelente cooperação do OEDT e daUnidade ”Droga” da Europol.

A execução do Plano de Acção contrao Crime Org a n i z a d o aprovado pelaCimeira de Amesterdão em Junho de1997 levou à aprovação de uma Acçãocomum estabelecendo um programa dei n t e rcâmbio, formação e cooperaçãopara as pessoas responsáveis pela

acção contra o crime org a n i z a -do (Programa Falcon). Também seregistaram progressos nas negociaçõesrelativas aos instrumentos a utilizarpara melhorar as estratégias dosserviços aduaneiros e a assistênciamútua entre as autoridades aduaneiras(Convenção de Nápoles II e Resoluçãosobre o programa de acção estratégicapara as autoridades aduaneiras). Nesteaspecto, dar-se-á um novo impulso àluta contra a droga através da iminen-te entrada em vigor da Convenção da Europol.

Quanto à cooperação inter-nacional no combate à droga,realizaram-se importantesesforços no sentido de criarum mecanismo de coorde-nação entre a União Europeiae os Estados da A m é r i c aLatina e das Caraíbas. Nasequência de uma reuniãoministerial entre a UniãoEuropeia e o Grupo do Rio,em Dezembro de 1997,especialistas de ambas asregiões reuniram-se em Bru-xelas com o intuito de re-forçar a cooperação nodomínio da droga. São tam-bém de registar a realizaçãode uma reunião sobre otráfico de droga, org a n i z a d apor grupos latino-americanos

em Setembro de 1997 na cidade deValência, e de outra reunião dosagentes de ligação da luta antidrogarealizada em Outubro, na cidade de Bogotá.

No que se refere à região das Caraíbas,a Comissão Europeia e os Estados-membros envolvidos prosseguiramactivamente com a execução do Planode Acção Antidroga nas Caraíbas. Odiálogo transatlântico centrou-se naimplementação do plano supramen-cionado e no controlo das substânciasprecursoras, enquanto a cooperaçãocom a Europa Central e Oriental deuprioridade às drogas sintéticas e aobranqueamento de capitais.

Por último, no contexto das reu-niões preparatórias da Comissão dosEstupefacientes para a sessão especialsobre a droga da Assembleia Geral dasNações Unidas em 1998, a Presidênciapromoveu activamente a adopção de posições concertadas entre osEstados-membros relativamente aosprecursores, às drogas sintéticas, aobranqueamento de capitais, à co-operação jurídica, à redução daprocura e ao desenvolvimento al-ternativo.

Andrée Clemang,

Presidente do Grupo Horizontal sobre Drogas

* Grupo Horizontal sobre Drogas da UE - Grupo de

trabalho transversal aos três pilares, incumbido pelo

COREPER de facilitar a coordenação do trabalho sobre

questões relacionadas com a droga nos três pilares da

UE/CE, designadamente: saúde pública, política externa e

de segurança comum e cooperação nos domínios da

justiça e dos assuntos internos.

AA Presidência Luxemburguesa e as Drogas

Em Foco

ste primeiro volume de umanova série de Monografiascientíficas do OEDT, intitula-do ”Estimating the Prevalen-

ce of Problem Drug Use in Europe” (Estimativa da prevalência do consumode droga problemática na Europa) já seencontra disponível em inglês, junto doOEDT. A monografia apresenta, em 24capítulos, os mais recentes progressosem matéria de estimativa da prevalên-cia na Europa, analisando os diversosmétodos utilizados e referindo os respectivos pontos fortes e fracos. Versão francesa a seguir.

7

E

Monografias

Científicas

”Insights” do OEDT

importância das políticas deredução da procura e de redu-ção dos danos nos 15 Estados-

membros da União Europeia foireforçada pela Comissão das Liberda-des Públicas e dos Assuntos Internos doParlamento Europeu, a 3 de Novembrode 1997, através de uma proposta derecomendação sobre a H a r m o n i z a ç ã oda Legislação no Domínio da Droga.Aprovada por uma pequena maioria, aproposta reconhece a necessidade deestratégias antidroga pragmáticas eexorta os Estados-membros a actualiza-

A

Últimas notícias sobre drogas e

questões legais

D R U G S - L E X

oram recentemente pu-blicados dados compará-veis sobre o consumo de

álcool, tabaco e outras drogas en-tre os estudantes europeus numrelatório do Projecto de inquéritosobre o álcool e outras drogas nasescolas europeias (ESPAD). Inicia-do e coordenado pelo Conselhosueco para a informação sobre oálcool e outras drogas (CAN) eapoiado pelo Grupo Pompidou, oprojecto decorreu em 26 paísesdurante o ano de 1995. A recolhade dados teve lugar nas salas deaula, através de questionários auto-administrados numa amostra deturmas escolhida aleatoriamente,de modo a ser representativa anível nacional. Para tornar osresultados tão comparáveis quantopossível, a metodologia utilizadafoi rigorosamente normalizada.

”The 1995 ESPAD Report” (relatório ESPAD de1995) pode ser pedido ao Swedish Council forInformation on Alcohol and Other Drugs, CAN,Suécia. Fax: ++46 8 10 46 41. Preço: SEK 400.

relatório final da Confe-rência internacional sobreDrogas, dependência e

i n t e r d e p e n d ê n c i a , o rganizada emLisboa em Março de 1996 peloCentro Norte-Sul do Conselho daEuropa e o Centro de investigação

F

O

Notícias sobre droga em torno

da União Europeia

F O R U M

sobre ambiente e desenvolvimen-to, em colaboração com o OEDTe o Grupo Pompidou, está dispo-nível, a título gratuito, junto doendereço abaixo indicado. A Con-ferência abordou a questão dasdrogas na perspectiva da existên-cia de uma interdependência glo-bal e apresentou uma descriçãoem traços gerais dos diversosaspectos do problema, vistos doângulo da economia, do desen-volvimento, do ambiente e dosdireitos humanos.

Para mais informações contactar: Centro Norte-Suldo Conselho da Europa, Av. da Liberdade, 229-4º,1250 Lisboa, Portugal. Tel: ++351 1 352 49 54.Fax: ++351 1 352 49 66. E-mail : [email protected]

partir de 1 de Fevereirode 1998 entrará em fun-cionamento uma ”Help

Desk” (serviço de apoio) destina-da a estimular e auxiliar os estu-dos locais sobre prevalênciautilizando a técnica da ”captura-recaptura”. Os interessados de-vem contactar: Mr. Gordon Hay,na seguinte morada:

Centre for Drug Misuse Research, University ofGlasgow, Glasgow, G12 8QG, UK.E-mail: g k u a 2 4 @ u d c f . g l a . a c . u kFax: ++44 141 339 5881.

Os contributos para a secção Fórum devem serenviados para o editor K.Robertson.

rem as legislações nacionais de modo apô-las em consonância com o modocomo são aplicadas na prática. Nessaproposta, o OEDT é instado a estudaros indicadores susceptíveis de permitiruma avaliação independente dos resul-tados das medidas políticas a n t i d r o g anos Quinze e a ponderar a inclusão daEuropa Central e do Chipre na r e d eR E I TOX. A proposta será submetida àaprovação da sessão plenária do Par-lamento Europeu em Janeiro de 1998.

Danilo Ballotta

A

PUBLICAÇÕES

DO OEDT

obra ”New Trends inSynthetic Drugs in theEuropean Union” ( N o v a stendências no domínio

das drogas sintéticas na UniãoEuropeia) é o primeiro título da novasérie I n s i g h t s ( P e rcepções) do OEDT,uma colecção destinada a transmitir osresultados de estudos, inquéritos eprojectos-piloto realizados pelo OEDTno âmbito dos seus programas detrabalho presentes e futuros. Estaedição baseia-se em dois estudosencomendados pelo OEDT sobre aepidemiologia do consumo de drogassintéticas e as acções de redução da procura com ele relacionadas, na UE. Versão inglesa disponível juntodo OEDT.

A

Breve perspectiva sobre

um Ponto Focal Nacional

Em virtude de, na década de 80, a situ-ação da Finlândia em matéria de droganão ser preocupante, enviaram-se pou-cos esforços no sentido de desenvolversistemas de informação específicos pa-ra esse problema. Porém, a rápida dete-rioração da situação nos anos 90,juntamente com o crescente interessedos meios de comunicação social pelasquestões relacionadas com a droga,gerou um impulso entre os actores daluta antidroga que estimulou a realiza-ção de projectos até aos nossos dias.

Além do Ponto Focal, o STAKES dirigeoutras unidades envolvidas nas questõesda droga. O seu Grupo de promoçãoda segurança social e da saúde especi-alizou-se em inquéritos sobre os hábi-tos de saúde juvenis, que inclui arecolha de informações sobre os hábi-tos de consumo de drogas. Este grupo

também fornece consulto-ria aos responsáveis muni-cipais no desenvolvimentode programas de preven-ção e tratamento da toxi-codependência. Além disso,a Unidade de investigaçãosocial para estudos sobre oálcool controla a posição

dos toxicodependentes nos serviços desaúde e sociais, sendo especializadaem inquéritos à população em geral e àpopulação escolar, no que respeita oconsumo de álcool e de drogas.

Num futuro próximo, os principaisdesafios que se colocam ao Ponto Fo-cal Nacional finlandês serão: a criaçãode um sistema de informação perma-nente sobre a procura de tratamentopara problemas de droga; a coordena-ção das actividades relacionadas com o

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esde o início de 1996 que oPonto Focal Nacional finlan-dês se encontra instalado no

Centro de Cooperação Nacional de In-vestigação e Desenvolvimento para aSegurança Social e a Saúde (STA K E S ) ,uma organização empenhada na defe-sa do futuro da segurança social e dasaúde na Finlândia, e na promoção deserviços de grande qualidade e eficiên-cia em termos de custo-benefício paratodos os cidadãos.

O Ponto Focal Nacional finlandês éconstituído por uma equipa de duaspessoas integrada na uni-dade de estatísticas e re-gistos do STAKES. As suasprincipais funções são arecepção e a difusão deinformações sobre a drogana Finlândia e o desenvol-vimento dos sistemas deinformação existentes nes-te domínio. O Ponto Focal recorre omais possível às associações já existen-tes para criar novas redes de informa-ção no domínio da droga. Esteobjectivo é proseguido através de pro-jectos relacionados com vários fenóme-nos associados à droga, em cooperaçãocom as autoridades e outras instituiçõesque trabalham nesta área. Os parceirosdo Ponto Focal são em grande parteconstituídos por produtores de informa-ção, ONG e institutos de investigação.

Um dos projectos centrais do Ponto Fo-cal é a compilação anual do RelatórioN a c i o n a l finlandês (no âmbito dapreparação do Relatório A n u a l d oOEDT), uma actividade que se revelouútil para quem trabalha no domínio dadroga. O desenvolvimento dos sistemasde informação sobre droga na Finlân-dia, estimulado pela necessidade decolmatar lacunas informativas, foi in-tensificado pelos projectos da REITO Xe do OEDT. Através da utilização e dacombinação dos dados dos registosgerais existentes foi possível criarindicadores e pacotes de indicadoresde melhor qualidade, para avaliardiversos fenómenos relacionados coma droga, tais como a mortalidade, ascondenações e a mortalidade. O observatório nacional tem tido, nesteprocesso, o papel de lançar ideias no-vas e incentivar os outros parceiros aempreenderem trabalhos nestas áreas.

D

Calendário do OEDT

26-27 de Janeiro -

29 de Janeiro -

5-6 de Fevereiro - º

26-27 de Fevereiro -

Reuniões da UE

s e l e c c i o n a d a s

13 Janeiro -

11 Fevereiro -

Finlândia

Editor Oficial: Serviço de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias • Proprietário: Observatório Europeu da Droga e da Toxicode-

pendência, Rua da Cruz de Santa Apolónia, 23-25, P-1100 Lisboa • Director: Georges Estievenart • Redactora/Coordenadora: Kathy

Robertson • A s s i s t e n t e : Aurore Coutinho • T r a d u ç ã o : Centro da Tradução dos Organismos da União Europeia • Impressão: Cromotipo,

Artes Gráficas, Lda • Design e Lay o u t : Carlos Luís, Design de Comunicação, Rua João Gomes Abreu, Nº13-1ºEsq, 2810 Feijó •

ISSN - 0873-5409DrugNet Europe • Editado em Portugal • AO-AA-98-001-PT-C Impresso em papel 100% ecológico.

oncurso de fotografia: Para os leitores que não tenham lido asúltimas edições do DrugNet Europe, informamos que o OEDTlançou um concurso de fotografia visando estimular a reflexão

sobre as imagens da droga nos meios de comunicação social. O concursoirá decorrer até 1 de Março de 1998. Para mais informações é favorcontactar o OEDT ou consultar os números 7 e 8 da DrugNet Europe ou owebsite do Observatório no seguinte endereço: http://www. e m c d d a . o rg

C

O.E.D.T

PAINEL DE AVISOS

sistema de alerta precoce no domíniodas drogas sintéticas e a criação de umsistema regular de avaliação da preva-lência da toxicodependência ou, naterminologia finlandesa, da prevalên-cia do ”consumo de drogas duras”.

Para mais informações é favor contactar: Sr. Ari Vi r t a n e n ,National Research and Development Centre for We l f a r eand Health (STAKES), Siltasaarenkatu, 18C (3rd floor), SF-00351 Helsinki. Finlândia. Tel: ++358 9 3967 2378.Fax: ++358 9 3967 2324. E-mail: [email protected]

National Research &Development Centre for

Welfare & Health