isei angola
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ISEI ANGOLATRANSCRIPT
[ÍNDICE DE SEGURANÇA ENERGÉTICA INTELIGENTE UL - CPLP BRIEFING REPORT] 29 de Maio de 2012
10
Angola
2008 2009
Dependência Energética
0%
0%
Ponderadores Índice Desenvolvimento Energético AIE
10%
Índice de Segurança Energética Inteligente
0,36 0,34
Angola é o terceiro país da CPLP com o melhor desempenho do ISEI (0,36 e 0,34), sendo a inexistência
de dependência energética e as elevadas percentagens de energia primária renovável e de eletricidade
verde os principais contribuidores para este resultado.
Contudo, o índice verificou uma diminuição entre 2008 e 2009 devido sobretudo ao aumento da
intensidade energética da economia, dado que por ser um país em arranque na sua fase de
desenvolvimento, ainda não possui um sistema energético maturo, eficiente e que assegure a
universidade do acesso aos serviços energéticos à população no seu todo.
Ciente desta realidade, o governo angolano tem desenvolvido uma série de iniciativas recentes para
debelar estas fragilidades, para não só melhorar a distribuição e a estabilidade do sistema elétrico nas
zonas urbanas, como também no aproveitamento das energias renováveis para abastecimento
energético das populações localizadas no interior do país.
Tendo em conta o perfil energético da economia angolana, para que esta consiga reforçar de forma
inteligente a sua segurança energética, propõe-se as seguintes linhas de política:
• Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua
maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem
agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Por exemplo,
na iniciativa Aldeia Solar (instalação de painéis solares nos pequenos povoados) estudar a
introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos, em que se
utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode servir de
fornecimento energético para instalação de novas indústrias.
• Fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação,
criando emprego sustentado a nível local, bem como estudar formas de utilização racional do
gás natural
• Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos, sendo possível
neste domínio estabelecer iniciativas de cooperação técnico-científica com Portugal, devido ao
conhecimento e boas práticas portuguesas neste domínio
• Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não
convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) em território nacional, sobretudo no pré-sal
angolano, fomentando projetos de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D)
nestes domínios com países da CPLP (p.e. Brasil, Portugal, Moçambique e Timor-Leste).