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  • ISBN9788547217884

    Pereira,LeoneManualdeprocessodotrabalho/LeonePereira.4.ed.SoPaulo:Saraiva,2017.1.Direitoprocessualdotrabalho-Brasil2.Direitoprocessualdotrabalho-Leiselegislao-BrasilI.Ttulo.17-0135CDU347.9:331(81)

    ndicesparacatlogosistemtico:

    1.Brasil:Direitoprocessualdotrabalho347.9:331(81)

    2.Brasil:Processodotrabalho:Direitodotrabalho347.9:331(81)

    PresidenteEduardoMufarej

    Vice-presidenteClaudioLensing

    DiretoraeditorialFlviaAlvesBravin

    Conselhoeditorial

    PresidenteCarlosRagazzo

    GerentedeaquisioRobertaDensa

    ConsultoracadmicoMuriloAngeli

    GerentedeconcursosRobertoNavarro

    GerenteeditorialThasdeCamargoRodrigues

    EdioIrisFerro|LianaGanikoBritoCatenacci|SergioLopesdeCarvalho

    ProduoeditorialAnaCristinaGarcia(coord.)|LucianaCordeiroShirakawaClarissaBoraschiMaria(coord.)|KelliPriscilaPinto|MarliaCordeiro|MnicaLandi|TatianadosSantosRomo|

    TiagoDelaRosa

    Diagramao(LivroFsico)EdsonColobone

    RevisoBernardetedeSouzaMaurcio|MariadeLourdesAppas

    ComunicaoeMKTElaineCristinadaSilva

    CapaTiagoDelaRosa

    Livrodigital(E-pub)

    Produodoe-pubGuilhermeHenriqueMartinsSalvador

    ServioseditoriaisSuraneVellenich

  • Datadefechamentodaedio:24-1-2017

    Dvidas?

    Acessewww.editorasaraiva.com.br/direito

    NenhumapartedestapublicaopoderserreproduzidaporqualquermeioouformasemaprviaautorizaodaEditoraSaraiva.

    AviolaodosdireitosautoraiscrimeestabelecidonaLein.9.610/98epunidopeloartigo184doCdigoPenal.

    http://www.editorasaraiva.com.br/direito

  • ClaudiaRodriguesCosta,peloamor,carinho,compreenso,apoio,dedicao,inspiraoe

    estmulodurantetodaaelaboraodapresenteobra!

    minhafamlia:LeonePereiradaSilva,CeciliaSurianidaSilva,IreneSurianieLeandroSuriani

    daSilva,porserempessoasfundamentaisdaminhaexistncia.Agradeoimensamentetodooapoioe

    incentivo!

    ADeuseaJesusCristo,porseremafonteinspiradorainesgotveldeenergiaparaenfrentarmosas

    provaseexpiaesdajornadadavida.

    AtodososoperadoresdoDireitoMaterialeProcessualdoTrabalho,pormilitarem,estudareme

    discutiremumadascinciasjurdicasmaisbelas,comntidovissocialehumanitrio.

  • SUMRIO

    Prefcio4edio

    NotadoAutor4edio

    NotadoAutor3edio

    NotadoAutor2edio

    NotadoAutor

    I-HISTRIADODIREITOPROCESSUALDOTRABALHOBRASILEIRO

    1Introduo

    2Fasedeinstitucionalizao

    3Fasedeconstitucionalizao

    4Fasedeincorporao

    5Faseatual

    II-PROPEDUTICACONCEITO,FINALIDADES,NATUREZAJURDICA,AUTONOMIA,HERMENUTICAEFONTESDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO

    1Conceito

    2Finalidades

    3Naturezajurdica

    4Autonomia

    5Hermenutica

    5.1Interpretao

    5.2Integrao

    5.3Aplicao

    5.4Eficciadanormaprocessualtrabalhistanotempoenoespao

    5.4.1Eficcianotempo

    5.4.2Eficcianoespao

    6Fontes

    6.1Fontesmateriais

    III-PRINCPIOSDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO

    1Introduo

    2Princpiospeculiaresdodireitoprocessualdotrabalho

    2.1Princpiodasimplicidade

  • 2.2Princpiodainformalidade

    2.3Princpiodojuspostulandi

    2.4Princpiodaoralidade

    2.5Princpiodasubsidiariedade

    2.5.1AslacunasdaCLTeaaplicaosubsidiriadoDireitoProcessualCivilaoDireitoProcessualdoTrabalho

    2.5.2Apolmicadoart.15doCdigodeProcessoCivilde2015aplicaosupletivaesubsidiriaaoProcessodoTrabalho

    2.6Princpiodaceleridade

    2.7Princpiodaconciliao

    2.7.1Majoraodospoderesdojuizdotrabalhonadireodoprocesso

    2.7.2Protecionismotemperado(mitigadoourelativizado)aotrabalhador/princpiodoprotecionismoprocessual

    2.7.3Funosocialdoprocessodotrabalho

    2.8Princpiodabuscadaverdadereal

    2.9Princpiodaindisponibilidade

    2.10Princpiodanormatizaocoletiva

    2.11PrincpiosdoCdigodeProcessoCivilde2015

    IV-ORGANIZAODAJUSTIADOTRABALHO

    1Aspectosgerais

    2GarantiasevedaesdaMagistraturadoTrabalho

    3IngressonaMagistraturadoTrabalho

    4JuzesdoTrabalho(VarasdoTrabalho)

    5TribunaisRegionaisdoTrabalho(TRTs)

    6TribunalSuperiordoTrabalho

    7ServiosAuxiliaresdaJustiadoTrabalho

    7.1DistribuidoresdaJustiadoTrabalho

    8Corregedoria-GeraleRegionaldoTrabalhoerespectivasatribuies

    V-COMISSODECONCILIAOPRVIACCP

    1Noes

    2Objetivo

    3Caractersticas

    4ObrigatoriedadeounodaCCP

    VI-MINISTRIOPBLICODOTRABALHOMPT

    1Introduo

    2Conceitoecaractersticas

    3Previsoconstitucional

    4ComposiodoMinistrioPblico

    5PrincpiosinstitucionaisqueregemoMinistrioPblico

    5.1Princpiodaunidade

    5.2Princpiodaindivisibilidade

    5.3Princpiodaindependnciafuncional

  • 5.4Princpiodopromotornatural

    6FunesinstitucionaisdoMinistrioPblico

    7Garantias,vedaesedeveres

    7.1Garantias

    7.1.1Vitaliciedade

    7.1.2Inamovibilidade

    7.1.3Irredutibilidadedesubsdio

    7.2Vedaes

    7.3Deveres

    7.4Hiptesesdeimpedimentoesuspeio

    8MinistrioPblicodoTrabalho

    8.1rgosdoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.1.1Procurador-GeraldoTrabalho

    8.1.2ColgiodeProcuradoresdoTrabalho

    8.1.3ConselhoSuperiordoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.1.4CmaradeCoordenaoeRevisodoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.1.5CorregedoriadoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.1.6Subprocuradores-GeraisdoTrabalho

    8.1.7ProcuradoresRegionaisdoTrabalho

    8.1.8ProcuradoresdoTrabalho

    8.2CarreiradoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.3CompetnciadoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.4MeiosdeatuaodoMinistrioPblicodoTrabalho

    8.4.1Atuaojudicial

    8.4.2Atuaoextrajudicial

    VII-JURISDIOECOMPETNCIADAJUSTIADOTRABALHO

    1Jurisdio

    1.1Caractersticas

    1.1.1Cartersubstitutivo(substitutividade)

    1.1.2Definitividade

    1.1.3Lide

    1.2Princpiodainrcia(dainiciativadaparteoudispositivo)

    1.3Princpiodojuiznatural

    1.4Princpiodainafastabilidadedajurisdio(daindeclinabilidade/dodireitodeao/doacessoordemjurdicajusta)

    1.5Princpiodapublicidade

    1.6Princpiodaindelegabilidade

    1.7Princpiodainevitabilidade

    1.8Princpiodainvestiduraregular

    1.9Princpiodaadernciaaoterritrio(territorialidade)

    2Competncia

  • 2.1Introduo

    2.2Competnciaemrazodamatria(rationemateriae)

    2.3Competnciaemrazodapessoa(rationepersonae)

    2.4Competnciafuncional

    2.5Competnciaterritorial(rationeloci)

    2.6Competnciaemrazodovalordacausa

    3CompetnciamaterialeemrazodapessoadaJustiadoTrabalho

    3.1Art.114,caput,daCFcompeteJustiadoTrabalhoprocessarejulgar

    3.2Art.114,I,daCFaesoriundasdarelaodetrabalho,abrangidososentesdedireitopblicoexternoedaAdministraoPblicadiretaeindiretadaUnio,dosEstados,doDistritoFederaledosMunicpios

    3.2.11parte:aesoriundasdarelaodetrabalho

    3.2.22parte:entesdedireitopblicoexterno

    3.2.33parte:entesdaAdministraoPblicaDiretaeIndiretadaUnio,dosEstados,doDistritoFederaledosMunicpios

    3.2.44parte:previdnciacomplementarprivada

    3.3Aesqueenvolvamexercciododireitodegreve(art.114,II,daCF)

    3.3.1Aespossessriasqueenvolvamexercciododireitodegreve

    3.3.2Aesqueenvolvamagrevedosservidorespblicoscivis

    3.4Aessobrerepresentaosindical,entresindicatos,entresindicatosetrabalhadoreseentresindicatoseempregadores(art.114,III,daCF)

    3.5Mandadodesegurana,habeascorpusehabeasdata,quandooatoquestionadoenvolvermatriasujeitasuajurisdio(art.114,IV,daCF)

    3.5.1Mandadodesegurana

    3.5.2Habeascorpus

    3.5.3Habeasdata

    3.6Conflitosdecompetnciaentrergoscomjurisdiotrabalhista,ressalvadoodispostonoart.102,I,o,daConstituioFederalde1988(art.114,V,daCF)

    3.7Aesdeindenizaopordanomoraloupatrimonial,decorrentesdarelaodetrabalho(art.114,VI,daCF)

    3.8Aesrelativasspenalidadesadministrativasimpostasaosem-pregadorespelosrgosdefiscalizaodasrelaesdetrabalho(art.114,VII,daCF)

    3.9Execuo,deofcio,dascontribuiessociaisprevistasnoart.195,I,a,eII,eseusacrscimoslegais,decorrentesdassentenasqueproferir(art.118,VIII,daCF)

    3.10Outrascontrovrsiasdecorrentesdarelaodetrabalho,naformadalei(art.114,IX,daCF)

    4CompetnciaterritorialdaJustiadoTrabalho

    4.1Aspectosgerais

    4.2Regra:localdeprestaodosservios(caput)

    4.31exceo:agenteouviajantecomercial

    4.42exceo:empregadorquepromovarealizaodeatividadesforadolugardocontratodetrabalho(empregadorviajante)

    4.53exceo:competnciainternacionaldaJustiadoTrabalhodissdiosocorridosemagnciaoufilialnoestrangeiro

    4.6Forodeeleio(clusuladeeleiodeforo)noProcessodoTrabalho

    5CompetnciafuncionaldaJustiadoTrabalho

    5.1CompetnciafuncionaldasVarasdoTrabalho

    5.2CompetnciafuncionaldosTribunaisRegionaisdoTrabalho

  • 5.3CompetnciafuncionaldoTribunalSuperiordoTrabalho

    5.3.1CompetnciafuncionaldoTribunalPleno

    5.3.2CompetnciafuncionaldorgoEspecial

    5.3.3CompetnciafuncionaldaSeoEspecializadaemDissdiosColetivos(SDC)

    5.3.4CompetnciafuncionaldaSeoEspecializadaemDissdiosIndividuais(SDI)

    5.3.5CompetnciafuncionaldasTurmas

    5.3.6CompetnciafuncionaldaEscolaNacionaldeFormaoeAperfeioamentodeMagistradosdoTrabalho(ENAMAT)

    5.3.7CompetnciafuncionaldoConselhoSuperiordaJustiadoTrabalho(CSJT)

    5.3.8DisposiesgeraissobreacompetnciafuncionaldoTribunalSuperiordoTrabalho

    VIII-PARTESEPROCURADORESNAJUSTIADOTRABALHO

    1Partes

    2Capacidades

    3Juspostulandi

    3.1JuspostulandiforadaJustiadoTrabalho

    3.2JuspostulandinombitodaJustiadoTrabalho

    4Mandatotcito

    5Procurao(mandatoexpresso)

    5.1AtuaodoestagiriodeDireito

    6Atuaodosindicatocomosubstitutoprocessual

    6.1VantagensdaatuaoamplaeirrestritadosindicatocomosubstitutoprocessualnaJustiadoTrabalho

    6.2Entendimentosjurisprudenciaisconsolidadosrelevantes

    7Assistnciajudiciriaebenefciodajustiagratuita

    7.1Assistnciajudiciria

    7.2Benefciodajustiagratuita

    8Honorriosadvocatcios

    9Deveresdaspartesedosprocuradoreselitignciadem-fnoprocessodotrabalho

    10Assdioprocessual

    10.1Introduo

    10.2Conceito

    10.3Comportamentos

    10.4Requisitosouelementoscaracterizadores

    10.5Classificao

    10.6Objetotutelado

    10.7Diferenasentrelitignciadem-feassdioprocessual

    10.8Aodeindenizao

    IX-INTERVENODETERCEIROSNOPROCESSODOTRABALHO

    1Introduo

    2Conceitos

    3Fundamentos

  • 4Classificao

    5Relaesjurdicas

    6Procedimentosincompatveis

    7Controvrsiadoutrinriaejurisprudencialdocabimentodaintervenodeterceironoprocedimentocomumtrabalhista

    8Trmiteprocessual

    9Espciesdeintervenodeterceiro

    9.1Assistncia

    9.1.1Introduo

    9.1.2Conceito

    9.1.3Amparolegal

    9.1.4Interessejurdico

    9.1.5Classificao

    9.1.6Regras

    9.1.7Sequnciadeatosprocessuais

    9.1.8Justiadadeciso

    9.1.9ExemplosnoProcessodoTrabalho

    9.2Oposio

    9.2.1Conceito

    9.2.2Amparolegal

    9.2.3Classificao

    9.2.4Regras

    9.2.5Sequnciadeatosprocessuais

    9.2.6ExemplosnoProcessodoTrabalho

    9.3Nomeaoautoria

    9.3.1Introduo

    9.3.2Conceito

    9.4Denunciaodalide

    9.4.1Introduo

    9.4.2Conceito

    9.4.3Amparolegal

    9.4.4Duplafinalidade

    9.4.5Hiptesesdecabimento

    9.4.6Obrigatoriedadeoufacultatividade?

    9.4.7Regrasprocessuais

    9.4.8ExemplosnoProcessodoTrabalho

    9.5Chamamentoaoprocesso

    9.5.1Introduo

    9.5.2Conceito

    9.5.3Amparolegal

    9.5.4Hiptesesdecabimento

  • 9.5.5Regrasprocessuais

    9.5.6ExemplosnoProcessodoTrabalho

    9.6Doincidentededesconsideraodapersonalidadejurdica

    9.7Doamicuscuriae

    X-ATOS,TERMOSEPRAZOSPROCESSUAISTRABALHISTAS

    1Introduo

    2Princpiosqueregemosatosprocessuais

    3Caractersticasdosatosprocessuais

    4Classificaodosatosprocessuais

    4.1Atosdaspartes

    4.2Atosdojuiz

    4.3Atosdosauxiliaresdajustia

    5Formasdecomunicaodosatosprocessuaistrabalhistas

    5.1NotificaodaFazendaPblicanaJustiadoTrabalho

    6Caractersticasdosatosprocessuaistrabalhistas

    7Prazosprocessuais

    7.1Classificaodosprazosprocessuais

    7.2Contagemdeprazosprocessuaistrabalhistas

    7.2.1Pontospolmicos

    8Prticadeatosprocessuaispelosistemadofac-smile(fax)

    9Prticadeatosprocessuaispore-mail(correioeletrnico)

    10Prticadeatosprocessuaispormeioseletrnicos

    11Termosprocessuais

    12Distribuioeregistro

    12.1Distribuiopordependncia

    13Custaseemolumentos

    14Ordemcronolgicadeconclusoparaadeciso

    XI-NULIDADESPROCESSUAISTRABALHISTAS

    1Conceito

    2Vciosoudefeitosdosatosprocessuais

    3Princpiosqueregemasnulidadesprocessuaistrabalhistas

    3.1Princpiodainstrumentalidadedasformasoudafinalidade(princpiodaprimaziadafinalidadesobreaformadoatoprocessual)

    3.2Princpiodoprejuzooudatranscendncia

    3.3Princpiodapreclusooudaconvalidao

    3.4Princpiodaeconomiaprocessual

    3.5Princpiodointeresse(aningumlcitoalegaraprpriatorpezaemjuzo)

    3.6Princpiodautilidade(dacausalidade,daconcatenaooudainterdependnciadosatosprocessuais)

    4AnlisedosartigosdoCdigodeProcessoCivilde2015

    XII-PETIOINICIALTRABALHISTA

  • 1Conceitoecaractersticas

    2Classificao

    2.1Reclamaotrabalhistaverbal

    2.2Petioinicialtrabalhistaescrita

    3Emendadapetioinicialtrabalhista

    4Indeferimentodapetioinicialtrabalhista

    5Aditamentodapetioinicialtrabalhista

    6PrincpiodaextrapetiooudaultrapetionoProcessodoTrabalho

    XIII-DEFESAS/RESPOSTASDORECLAMADO

    1Teoriageral

    2Revelia

    3Contestao

    3.1Compensao

    3.2Reteno

    4Exceesrituais

    4.1Exceodeincompetnciarelativa

    4.2Exceodesuspeioedeimpedimento

    5Reconveno

    5.1Origemeconceito

    5.2Naturezajurdica

    5.3Amparolegal

    5.4Denominaodaspartes

    5.5Requisitos

    5.6ExemplosdereconvenonaJustiadoTrabalho

    5.7Legitimidadeextraordinria(substituioprocessual)

    5.8Aspectosprocedimentais

    5.9Aesdplices

    5.10Hiptesesdenocabimento

    5.11ReconvenodereconvenonoDireitoProcessualdoTrabalho

    XIV-PRESCRIOEDECADNCIANOPROCESSODOTRABALHO

    1Prescrio

    1.1Conceitoeaspectosintrodutrios

    1.2Previsoconstitucionaleinfraconstitucional

    1.3Regra:prescrioquinquenalebienal

    1.4Excees

    1.4.1Aesmeramentedeclaratrias

    1.4.2Menor

    1.4.3FGTS

    1.5Rurcola

  • 1.6Trabalhadoravulso

    1.7Prescriototaleparcial

    1.7.1Introduo

    1.7.2Diferenas

    1.7.3Concluses

    1.7.4OutrosentendimentoscristalizadosdoTST

    1.8Suspensodocontratodetrabalhoesuspensodaprescrio

    1.9Interrupodaprescrio

    1.10EntendimentosconsolidadosdoTribunalSuperiordoTrabalho

    1.11PrescriodeofcioeseucabimentonoProcessodoTrabalho

    2Decadncia

    XV-AUDINCIASTRABALHISTAS

    1Conceito

    2Finalidadesehistria

    3Caractersticas

    4Atrasodojuizedaspartes

    5Audinciaunaepossibilidadedefracionamento

    6Obrigatoriedadedocomparecimentopessoaldaspartesemaudincia

    7Representaoprocessualdaspartesemaudincia

    7.1Representaoprocessualdoempregadoremaudincia

    7.2Representaoprocessualdoempregadoemaudinciatrabalhista

    8Ausnciadaspartesnodiadaaudincia

    9Tentativasobrigatriasdeconciliaonoprocedimentoordinrio

    XVI-PROVASTRABALHISTAS

    1.Teoriageraldasprovastrabalhistas

    1.1Conceito

    1.2Amparolegal

    1.3Princpios

    1.3.1Princpiosdodevidoprocessolegal,docontraditrioedaampladefesa

    1.3.2Princpiodaparidadedearmasprobatria(daigualdadeouisonomiaprobatria)

    1.3.3Princpiodoconvencimentomotivadooudapersuasoracionaldojuiz

    1.3.4Princpiodalicitudeeprobidadedaprova

    1.3.5Princpiodabuscadaverdadereal(princpioinquisitivoouinquisitrio)

    1.3.6Princpiodanecessidadedaprova

    1.3.7Princpiodaaquisioprocessual

    1.3.8Princpiodaimediatidade

    1.3.9Princpiodaoralidade

    1.4Finalidades

    1.5Objeto

  • 1.6nusdaprova

    1.7Observaesfinais

    2Provastrabalhistasemespcie

    2.1Provatestemunhal

    2.1.1Introduoeconceito

    2.1.2Caractersticas

    2.1.3Admissibilidadeevalorprobante

    2.1.4Limitelegaldonmerodetestemunhas

    2.1.5Capacidadeparadepor.Causasdeincapacidade,deimpedimentoedesuspeio

    2.1.6Qualificaoecompromissodedizeraverdade

    2.1.7Contradita

    2.1.8Comparecimentodatestemunhaemaudinciaindependentementedeintimao

    2.1.9Depsitoprviodoroldetestemunhas

    2.1.10Substituiodastestemunhas

    2.1.11Aspectosprocessuais

    2.1.12Acareao

    2.2Provapericial

    2.2.1Conceitoecabimento

    2.2.2Espcies

    2.2.3Perito

    2.2.4Produodaprovapericial

    2.2.5Assistentetcnico

    2.2.6Compromisso

    2.2.7Causasdeimpedimentoedesuspeio

    2.2.8Indeferimentodaprovapericial

    2.2.9Honorrios

    2.3Provadocumental

    2.3.1Conceito

    2.3.2Forma

    2.3.3Momentoprocessualdeproduo

    2.3.4CTPS(CarteiradeTrabalhoePrevidnciaSocial)

    2.3.5Cartodeponto

    XVII-PROCEDIMENTOSTRABALHISTASCLERES

    1Procedimentosumrio(dissdiodealada)

    2Procedimentosumarssimo

    2.1Aspectosgerais

    2.2Previsolegal

    2.3Caractersticas

    2.4Revogaoounodoprocedimentosumrio(dissdiodealada)

    2.5Observnciaobrigatriaoufacultativadoprocedimentosumarssimo

  • 2.6Conversodoprocedimentosumarssimoparaordinrio

    XVIII-SENTENATRABALHISTA

    1Pronunciamentosdojuiz

    2Conceitoenaturezajurdicadesentena

    3Classificaesdesentena

    4Aspectosprocedimentais

    5Importnciadasentena

    XIX-RECURSOSTRABALHISTAS

    1Teoriageraldosrecursostrabalhistas

    1.1Conceito,naturezajurdicaefundamentos

    1.2Princpiosqueregemosrecursostrabalhistas

    1.2.1Princpiododuplograudejurisdio

    1.2.2Princpiodataxatividade,dalegalidadeoudareservalegal

    1.2.3Princpiodaunirrecorribilidade,singularidadeouunicidaderecursal

    1.2.4Princpiodafungibilidadeoudaconversibilidaderecursal

    1.2.5Princpiodavedaodareformatioinpejus(nonreformatioinpejus)

    1.2.6Princpiodavariabilidaderecursal

    1.3DoduplograudejurisdioobrigatrioeseucabimentonoProcessodoTrabalho

    1.4Caractersticas/peculiaridadesdosrecursostrabalhistas

    1.4.1Prazosrecursaistrabalhistasuniformes/uniformidadedosprazosrecursaistrabalhistas

    1.4.2Irrecorribilidadeimediata/direta/emseparado/autnomadasdecisesinterlocutrias(emregra)

    1.4.3Osrecursostrabalhistassodotadosapenasdoefeitodevolutivo(emregra)

    1.4.4Inexigibilidadedefundamentao

    1.4.5Impossibilidadedeinterposioderecursosnoprocedimentosumrio(dissdiodealada)

    1.5Efeitosdosrecursostrabalhistas

    1.5.1Efeitodevolutivo

    1.5.2Efeitosuspensivo

    1.5.3Efeitotranslativo

    1.5.4Efeitoregressivo

    1.5.5Efeitosubstitutivo

    1.5.6Efeitoextensivoouexpansivo

    1.6Pressupostosrecursais

    1.6.1Previsolegal(cabimento)

    1.6.2Adequao

    1.6.3Tempestividade

    1.6.4Preparo

    1.6.5Regularidadeformal(regularidadederepresentao)

    1.6.6Legitimidade

    2Recursostrabalhistasemespcie

  • 2.1Embargosdedeclarao

    2.1.1Naturezajurdica

    2.1.2Amparolegal

    2.1.3Prazo

    2.1.4Preparo

    2.1.5Hiptesesdecabimento

    2.1.6Juzosdeadmissibilidaderecursal

    2.1.7Interrupodosprazosrecursais

    2.1.8Embargosdedeclaraoprotelatrios

    2.1.9Fichamento

    2.2Recursoordinrio

    2.2.1Introduo

    2.2.2Amparolegal

    2.2.3Prazo

    2.2.4Preparo

    2.2.5Hiptesesdecabimento

    2.2.6Juzosdeadmissibilidaderecursal

    2.2.7Procedimentosumarssimo

    2.3Agravodeinstrumento

    2.3.1Introduo

    2.3.2Amparolegal

    2.3.3Preparo

    2.3.4Hiptesedecabimento

    2.3.5Juzosdeadmissibilidaderecursal

    2.3.6Peasobrigatriasefacultativas

    2.3.7Sequnciadeatosprocessuais

    2.4Agravoregimental(agravointerno)

    2.4.1Introduo

    2.4.2Amparolegal

    2.4.3Prazo

    2.4.4Preparo

    2.4.5Hiptesesdecabimento

    2.4.6Juzosdeadmissibilidade

    2.5Recursoderevista

    2.5.1Introduo

    2.5.2Amparolegal

    2.5.3Prazo

    2.5.4Preparo

    2.5.5Hiptesesdecabimento

    2.5.6Juzosdeadmissibilidaderecursal

  • 2.5.7Pressupostosrecursaisextrnsecosespecficos

    2.5.8Fundamentaojurdica

    2.5.9Procedimentosumarssimo

    2.5.10Liquidaotrabalhistaeexecuotrabalhista

    2.5.11ExecuesfiscaisecontrovrsiasdafasedeexecuoqueenvolvamaCertidoNegativadeDbitosTrabalhistas(CNDT)

    2.5.12Divergnciaatual

    2.5.13PoderesdoMinistroRelator

    2.5.14Comprovaodadivergnciajurisprudencialacrdoparadigma

    2.5.15Regrasprocedimentais

    2.5.16Defeitoformalquenosereputegrave

    2.5.17Institutodosrecursosrepetitivosnombitodorecursoderevista

    2.6EmbargosnoTST

    2.6.1ReformanaCLT

    2.6.2Amparolegal

    2.6.3Embargosdedivergncia

    2.6.4Embargosinfringentes

    2.7Recursoextraordinrio

    2.8Agravodepetio

    2.8.1Amparolegal

    2.8.2Prazo

    2.8.3Preparo

    2.8.4Hiptesedecabimento

    2.8.5Juzosdeadmissibilidade

    2.8.6Pressupostorecursalespecfico

    2.8.7Contribuiessociais

    2.9Recursoadesivo

    2.9.1Introduo

    2.9.2Amparolegal

    2.9.3CompatibilidadecomoProcessodoTrabalho

    2.9.4Requisitosparaocabimentodorecursoadesivo

    2.9.5Recursosprincipaisquepodemseradesivados

    2.9.6Prazo

    2.9.7Preparo

    2.9.8Juzosdeadmissibilidade

    2.9.9Desnecessidadedevinculaodematrias

    2.10Recursodereviso(pedidodereviso)

    2.10.1Introduo

    2.10.2Amparolegal

    2.10.3Hiptesedecabimento

    2.10.4Trmiteprocessual

  • 2.10.5Peculiaridadesdorecursodereviso

    2.11Recursoordinrioconstitucional

    XX-LIQUIDAODESENTENATRABALHISTA

    1Conceito,naturezajurdicaeconsideraesiniciais

    2Amparolegal

    3Espciesdeliquidao

    3.1Liquidaoporclculo

    3.2Liquidaoporarbitramento

    3.3Liquidaoporartigos

    4Princpiodafidelidadesentenaexequenda

    5Impugnaocontadeliquidao(impugnaosentenadeliquidao)

    6Naturezajurdicadasentenadeliquidaoerespectivorecurso

    XXI-EXECUOTRABALHISTA

    1Aspectoshistricos

    2Introduo

    3Princpiosqueregemaexecuotrabalhista

    3.1Princpiodaefetividade

    3.2Princpiodahumanizaodaexecuo(princpiodadignidadedapessoadoexecutado/princpiodonoaviltamentododevedor)

    3.3Princpiodanaturezarealoudapatrimonialidade

    3.4Princpiodaexecuodeformamenosonerosaparaoexecutado(princpiodanoprejudicialidadeparaodevedor)

    3.5Princpiodaprimaziadocredortrabalhista

    3.6Princpiodapromooexofficiodaexecuotrabalhista(princpiodoimpulsooficialdaexecuotrabalhista)

    3.7Princpiodalimitaoexpropriatria

    3.8Princpiodamitigaodocontraditrio

    3.9Princpiodautilidade

    3.10Princpiodaespecificidade

    3.11Princpiodaresponsabilidadedasdespesasprocessuaispeloexecutado

    3.12Princpiodadisponibilidade

    3.13Princpiodafunosocialdaexecuotrabalhista

    4LacunanaCLTeaplicaosubsidiria

    5Regramentolegal

    6Autonomia

    7Ttulosexecutivostrabalhistas

    7.1Introduo

    7.2Ttulosexecutivosjudiciaistrabalhistas

    7.3Ttulosexecutivosextrajudiciaistrabalhistas

    7.4Roltaxativooumeramenteexemplificativo?

    8Competncia

    9Legitimidade

  • 9.1Legitimidadeativa

    9.2Legitimidadepassiva

    10Execuoporquantiacertacontradevedorsolvente

    11Procedimentodaexecuoporquantiacertafundadaemttuloexecutivoextrajudicialtrabalhista

    XXII-DISSDIOCOLETIVO

    1Formasdesoluodosconflitoscoletivosdetrabalho

    1.1Autotutela(autodefesa)

    1.2Autocomposio

    1.3Heterocomposio

    2OrigensdopodernormativodaJustiadoTrabalho

    3Conceito

    4Amparolegal

    5Diferenasentredissdiocoletivoedissdioindividual

    6PodernormativodaJustiadoTrabalho

    6.1VantagensedesvantagensdopodernormativodaJustiadoTrabalho

    6.2ExtinooulimitaodopodernormativodaJustiadoTrabalho?

    7Pressuposto

    8Classificao

    9EntendimentosconsolidadosdoTST

    10Sentenanormativa

    10.1Conceito

    10.2Vigncia

    10.3Prazomximodevigncia

    10.4Extenso

    10.5Reviso

    10.6Repercussonoscontratosindividuaisdetrabalho

    10.7Coisajulgada

    10.8Recursos

    11Sequnciadeatosprocessuaisemumdissdiocoletivo

    12Aodecumprimento

    12.1Conceito

    12.2Amparolegal

    12.3Fundamentodecriao

    12.4Naturezajurdica

    12.5Competncia

    12.6Legitimidade

    12.7Desnecessidadedotrnsitoemjulgadodasentenanormativaparaaproposituradaaodecumprimento

    12.8Produodeprovas

    12.9Prazoprescricional

    12.10OutrosentendimentosconsolidadosrelevantesdoTribunalSuperiordoTrabalhosobreaodecumprimento(SDI-1)

  • XXIII-AORESCISRIANAJUSTIADOTRABALHO

    1Introduo

    2Conceito

    3Naturezajurdica

    4Amparolegal

    5Requisitos

    6Competnciamaterialefuncional

    7Legitimidade

    8Hiptesesdecabimento

    8.1Severificarquefoidadaporforadeprevaricao,concussooucorrupodojuiz

    8.2Proferidaporjuizimpedidoouporjuzoabsolutamenteincompetente

    8.3Resultardedolooucoaodapartevencedoraemdetrimentodapartevencidaou,ainda,desimulaooucolusoentreaspartes,afimdefraudaralei

    8.4Ofenderacoisajulgada

    8.5Violarmanifestamentenormajurdica

    8.6Seforfundadaemprovacujafalsidadetenhasidoapuradaemprocessocriminalouvenhaaserdemonstradanaprpriaaorescisria

    8.7Obtiveroautor,posteriormenteaotrnsitoemjulgado,provanovacujaexistnciaignoravaoudequenopdefazeruso,capaz,porsis,delheassegurarpronunciamento

    8.8Fundadaemerrodefatoverificvelnoexamedosautos

    9Acordohomologadojudicialmente

    10Aspectosprocedimentais

    11Aorescisriaesuspensodocumprimentodadecisorescindenda

    12Honorriosadvocatcios

    13Prazodecadencial

    14OutrosentendimentosconsolidadosdoTribunalSuperiordoTrabalho

    XXIV-INQURITOJUDICIALPARAAPURAODEFALTAGRAVE

    1Conceitoenaturezajurdica

    2Amparolegal

    3Hiptesesdecabimento

    4Regrasprocedimentais

    5Efeitosdadeciso

    6Inquritojudicialparaapuraodefaltagrave(naturezadplice)ereconveno

    XXV-ESTUDOSDONOVOCDIGODEPROCESSOCIVILESEUSREFLEXOSNOPROCESSODOTRABALHO

    1IntroduoeprincpiosdoCdigodeProcessoCivilde2015

    2Princpiodasubsidiariedadeesupletividade

    2.1AslacunasdaCLTeaaplicaosubsidiriadoDireitoProcessualCivilaoDireitoProcessualdoTrabalho

    2.2Apolmicadoart.15doCdigodeProcessoCivilde2015aplicaosupletivaesubsidiriaaoProcessodoTrabalho

    3DaimperfeiodaaplicaosupletivaesubsidiriadoNovoCdigodeProcessoCivilaoProcessodoTrabalho

    4DoativismojudicialdoTribunalSuperiordoTrabalhocomoesforohermenuticojurisprudencialdeadaptaodosseusentendimentosconsolidadosaoNovoCdigodeProcessoCivil

  • Referncias

  • PREFCIO4EDIO

    ODireitoProcessualdoTrabalhopossuinormasprpriaseapresentapeculiaridadesqueodistinguem

    doDireitoProcessualCivil,noobstanteaprpriaConsolidaodasLeisdoTrabalhotenhaoprocesso

    comumcomosuafontesubsidiria,conformedispeemseuart.769.

    Oavanodalegislaoprocessualtrabalhista,aliadosedimentaodajurisprudncianestecampoe

    complexidadeaqueassistimosnasrelaesentreempregadoseempregadores,exigedoprofissional

    queprocuraatuarnestareaumaconstanteatualizao.

    Eis a a importncia de uma bibliografia completa e atualizada, a fim de auxiliar o estudante e o

    profissionaldoDireitonaexatacompreensodosfenmenosprocessuaisesuacorretaequao.Olivro

    ManualdeProcessodoTrabalho,daautoriadoadvogadoemestreemDireitoLeonePereira,constitui

    uminstrumentovaliosoparatodososquesededicamaesteestudo.

    OCaptuloIdolivroexaminaahistriadodireitoprocessualbrasileiro,enquantoosCaptulosIIeIII

    cuidam respectivamente dos conceitos bsicos da disciplina e dos princpios que informam oDireito

    ProcessualdoTrabalho.

    A seguir osCaptulos IV,V eVI dedicam-se ao estudodaorganizaoda Justia doTrabalho, das

    ComissesdeConciliaoPrviaedoMinistrioPblicodoTrabalho,ataquiseocupandooautordas

    questesintrodutriasfundamentaisparaaboacompreensodosfenmenosprocessuais.

    importante ressaltarqueo livro,ao finaldecadacaptulo,desdequepertinente,expeaposio

    doutrinriadoautor,almdetrazerquestesdeconcursospblicossobreosvariadostemas,oquetorna

    afontedeconsultaamaiscompletapossvel.

    Prossegueosumrio,comoCaptuloVII,agora j ingressandonoexamedoprocessopropriamente

    dito, com o exame da jurisdio e competncia da Justia do Trabalho, com todos os seus aspectos,

    apresentadosdeformadidtica,facilitandoaconsultaeacompreenso.

  • OestudodotemadasparteseprocuradoresedaintervenodeterceiroscompeosCaptulosVIIIe

    IX,comocuidadodeanalisarcadafiguraprocessual,almdaposiodoautor,quandopertinente.

    OsCaptulosXeXIdestinam-seaoexamedosatosprocessuais,dasnulidadesprocessuais,enquanto

    os Captulos XII e XIII cuidam da fase postulatria, tratando da petio inicial e da resposta do

    reclamado,sobasvriasformasecontedoquepodemassumir.Aprescrioeadecadncia,ligadas

    posiodoru,compemoCaptuloXIV.

    ProssegueaobracomosCaptulosXV,XVIeXVIIabordandoos temasdaaudincia,dasprovase

    dosdenominadosprocedimentoscleres,comoosprocedimentossumrioesumarssimo,semprecomas

    referidasquestesparaconcursos,aofinaldecadacaptulo,paraauxiliaroestudiosoarevisaramatria

    recm-exposta.

    OsCaptulosXVIIIeXIX,queseocupamdasentenatrabalhistaedosrecursoscabveisnoprocesso

    dotrabalho,concluemapartedolivrodedicadafasedeconhecimentodoprocessodotrabalho.

    OsCaptulosXXeXXIcuidamdafasedeliquidaoeexecuo,enquantoosCaptulosXXII,XXIIIe

    XXIV tratam respectivamente do dissdio coletivo, da ao rescisria e do inqurito judicial para

    apuraodefaltagrave.

    Oltimocaptulo (oXXV) tratadonovoCdigodeProcessoCivile seus reflexosnoprocessodo

    trabalho.

    Comovemos,olivroocupa-sedetodooprocessodotrabalho,comriquezadeinformaesedetalhes

    e,considerandosuaexcelentequalidadeeseucontedosuperior,alcanasua4edio,merecidamente.

    Otextoextremamenteatual,comainseroinclusivedaLein.13.015/2014,revelando-sedegrande

    importncia para o estudante e o profissional que se dedica ao direito processual, especialmente o

    processodotrabalho.

    OprofessoremestreLeonePereiradoutornoProgramadePs-GraduaodaPUC-SP,noqualtive

    ahonradeserseuorientador.professorconsagrado,comlargaexperincianomagistrio.

    AtualmentecoordenaareatrabalhistadoDamsioEducacional,ondelecionaDireitodoTrabalhoe

    ProcessodoTrabalho,almdelecionarnaEscolaSuperiordeAdvocaciaenaFundaoGetulioVargas.

    advogadomilitanteemSoPaulo,almdeconsultorjurdico,sendoautordediversasobraseartigos

  • jurdicos.

    OlivroqueLeonePereiraeaEditoraSaraivatrazemaopblico,emsua4edio,ocupaespaode

    destaquenaliteraturajurdica,especificamentenoDireitoProcessualdoTrabalho,constituindovalioso

    instrumentoparaamelhoriadaentregadaprestaojurisdicional.

    ProfessorDoutorPedroPauloTeixeiraManus

    DiretordaFaculdadedeDireitodaPUCSP

    ProfessorTitulardeDireitodoTrabalhodaPUCSP

    MinistroaposentadodoTribunalSuperiordoTrabalho

  • NOTADOAUTOR4EDIO

    Em primeiro lugar, agradecemos imensamente a todos os leitores e estudiosos desteManual! Com

    certeza,trata-sedeumgrandeincentivoacontinuarmosestudandocomafincoparasuaconstantereviso,

    atualizaoeampliao.

    Ficamosdisposioparacrticasconstrutivasesugestes.Serviroparaocontnuoaprimoramento

    daobra.

    Estamosfazendoolanamentodestaedioparaoinciodasatividadesacadmicaseletivas,oque

    nosdeixamuitofelizeseempolgados.

    EsperamosqueelapossacontribuirparaocrescimentodareaJurdicaTrabalhista,servindodebase

    paraosestudosdosacadmicosdoDireito,estudiososdereascorrelatas,pesquisadores,daquelesque

    sepreparamparaExamedeOrdemeConcursosPblicos,bemcomoparaosoperadoresemilitantesda

    praxe forense (advogados, magistrados trabalhistas, procuradores do trabalho, analistas e tcnicos,

    procuradoresetc.).

    Aobraapresenta,comlinguagemdidticaeacessvel,osgrandesinstitutosdoDireitoProcessualdo

    Trabalho,aliandoalegislao,adoutrinaeajurisprudnciacorrelata.

    Aborda,tambm,asgrandeseatuaiscontrovrsiasdoutrinriasejurisprudenciais.

    Ademais, apresenta como grande destaque a abordagem da entrada em vigor do Novo Cdigo de

    Processo Civil e seus reflexos no Processo do Trabalho, consignando as Resolues 203 a 214 do

    TribunalSuperiordoTrabalho.

    Realmente, estemomentohistricoprocessual trabalhista dopas consubstanciaumgrande estmulo

    para os estudiosos da cincia processual laboral, que participaro in natura da evoluo e

    aprimoramentodosistemaprocessualtrabalhistaedamelhoriadaprestaojurisdicionallaboral.

  • Vale ressaltar que, como o tema complexo e novo, vem gerando grande ciznia doutrinria e

    jurisprudencial,oquenodeverepresentardesestmuloouilaoobstaculizanteparaocontnuoestudo

    dacincia.Muitopelocontrrio!Oenfrentamentodedesafiosfundamentalparaocrescimentopessoal

    eaevoluodasociedadecomoumtodo!

    Reiteramososagradecimentos,decorao,pelaconfiananonossotrabalho!

    Continuaremos estudando, trabalhando e aproveitando toda a nossa experincia acadmica para o

    constanteaperfeioamentodaobra!

    Odesafiocontinua!Esemprecontinuar...

    Abaixoestotodasasminhasredessociais.

    Umforteabraoebonsestudos!

    Pensamentopositivoenimofirme!

    Dezembro/2016

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    NOTADOAUTOR3EDIO

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  • Caro(a)Leitor(a),

    Emprimeirolugar,agradeoimensamentealeituradomeuManualdeProcessodoTrabalho.

    Aobrafoitotalmenterevista,atualizadaeampliada,combasenanecessidadeprticadosquemilitam

    nareatrabalhista,bemcomodaquelesquesepreparamparaasprovasdeExamedeOrdemeConcursos

    Pblicos,certamescadavezmaiscomplexoseconcorridos.

    IncluumnovoCaptulo,destinadoaoInquritoJudicialparaApuraodeFaltaGrave,ampliandoos

    estudosdosProcedimentosEspeciaiscabveisnaJustiadoTrabalho.

    Ademais,inclunovasquestesemtodososCaptulos.Continuoreforandoatesedanecessidadedo

    treinodos estudos.Humhiatomuitogrande entre saber amatria e ir bemnos testes.Somente com

    treinointensodemuitostestespossvelchegartosonhadaaprovao.Comosempredigo,nopain,

    nogain!(semdor,nohganho!).

    Reiteroque aminha intenono foi esgotar todas asdiscussesdoutrinrias e jurisprudenciais do

    DireitoProcessualdoTrabalho.Nunca tereiessapretenso.Aminha ideiafoialinhavarumaobraque

    proporcionasseumestudodidticodacinciaprocessuallaboral.

    Espero, sinceramente, que esta obra continue atendendo s necessidades dos estudantes de Direito

    (alunosdegraduaoeps-graduao),dosquesepreparamparaosconcursospblicos(Magistratura

    do Trabalho, doMinistrio Pblico do Trabalho, de Analista e Tcnico dos Tribunais Regionais do

    Trabalho e doTribunal Superior doTrabalho, deAuditor-Fiscal doTrabalho, das Procuradorias, das

    Defensorias etc.), dos estagirios, advogados, procuradores do trabalho, juzes, desembargadores e

    ministros do trabalho e de todos aqueles que queiram conhecer mais o magnfico ramo do Direito

    ProcessualdoTrabalho.

    Ficodisposioparaorecebimentodecolaboraes,crticasesugestes,quesempreserobem-

    vindasparaoengrandecimentodaobraeparaapublicaodasnovasedies.

    Boaleitura!

    LeonePereira

  • Julhode2014

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    NOTADOAUTOR2EDIO

    Caro(a)Leitor(a),

    Comimensasatisfaoapresentoa2EdiodomeuManualdeprocessodotrabalhopublicadopela

    EditoraSaraiva!

    Elafoitotalmenterevista,atualizadaeampliada.

    frutodeaproximadamente10anosdeintensomagistrionaGraduao,Ps-Graduao,bemcomo

    emdiversoscursospreparatriosparaoExamedeOrdemeConcursosPblicos.

    Tambm,asdiversaspalestrasquetenhoproferidoemtodooBrasilcontriburamsignificativamente

    paraoaperfeioamentodaobra.

    Atualmente,souoCoordenadordareaTrabalhistadotradicionalComplexoEducacionalDamsiode

    Jesus e Professor de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Prtica Trabalhista na mesma

    instituio.

    Mantiveaexposiodidticadosgrandestemastradicionais,atuaisepolmicos.

    Trouxediversosquadros sinticos, emuitasquestes atualizadas e cuidadosamente selecionadas ao

    mailto:[email protected]://www.professorleonepereira.com.br

  • finaldecadacaptulo,oquecontribuiremmuitoparaacompreensoefixaodamatria.

    Dei especial ateno jurisprudncia trabalhista, com a meno das Smulas, Orientaes

    Jurisprudenciais e Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho, do Supremo Tribunal

    FederaledoSuperiorTribunaldeJustia.

    Fiz a consignao dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais para trazer celeridade na

    leitura.

    A Editora Saraiva fez um excelente trabalho editorial, que auxiliar substancialmente a leitura

    agradveldacomplexaCincia.

    Fico disposio para o envio de crticas construtivas e sugestes, que serviro para o

    engrandecimentodaobra.

    Continueestudandocomdedicao,disciplina,pacinciaeperseverana!

    NoimportaseosseusestudossodirecionadosparaaGraduao,Ps-Graduao,ExamedeOrdem,

    ConcursosPblicos,pesquisaouatuaoprofissional,todooesforoserrecompensado!

    Comoeusempredigonasminhasaulasenasredessociais,PensamentoPositivoenimoFirme!

    LeonePereira

    Janeirode2013

    [email protected]

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    NOTADOAUTOR

    mailto:[email protected]://www.leonepereira.com.br

  • Depoisdemuitadedicaoedisciplina,conseguifinalizaraminhaprimeiraobradeflego!

    Nomomentodarevisofinaldaobra,fuilembrandoondeestavaquandoescrevicadapgina,quantas

    horas de renncia ao lazer, ao convvio com a famlia, os amigos... Mas todo o esforo ser

    recompensado,eesperoquevoc,leitor,nelaencontreocontedonecessrioparaoseuaprendizadoe,

    porconsequncia,obtenhasucessonasprovasdeExamedeOrdemouConcursosPblicosounaprpria

    carreira profissional! Que seja estemais um trabalho a engrandecer a cincia laboral trabalhista e a

    condiosocialdotrabalhadoredasociedade!

    Confesso que ao assumir o compromisso de lanar umManual pela Editora Saraiva, tinha pouca

    noodoqueeraescreverumlivrocomoeste!Hoje,quandoentroemumalivrariaoubiblioteca,fico

    imaginandoquantashorasosautorestambmabrirammodesuavidapessoalembenefciodacultura,

    deumasociedademelhor!Aquiexpressosincerahomenagematodososautores!Desejo,decorao,que

    continuemcomopensamentopositivoeonimofirmeemproldosestudosjurdicos!Osoperadoresdo

    Direitoprecisamdesuacontribuio!

    A obra destina-se aos estudantes da Graduao e Ps-Graduao, do Exame de Ordem e dos

    ConcursosPblicoseaosprofissionaisquemilitamnasearatrabalhista.

    Nossadidticacompreendeuaseleodecitaesdoutrinriaspertinentesaosinstitutosemestudo,a

    abordagemdosassuntosmaiscobradospelasbancasexaminadoras,bemcomoaquelesentendidoscomo

    tradicionais, atuais e polmicos.Ao final, para a fixaodamatria, reunimosquestes doExameda

    OABedosconcursospblicosmaisconcorridos.

    Decorridoscercade10anosdemilitnciaemsaladeaulacomapreparaodosalunosemExamede

    OrdemeConcursosPblicos,surgiuaideiadepublicaroManual.

    Na verdade, a carreira como professor iniciou-se na Graduao, quando era assistente de Direito

    ProcessualCivil.Apsas aulaseantesdasprovas, eramonitor e lecionavaparaumgrupodealunos

    maisinteressadosquequeriamteraulasalmdohorrionormal.

  • Depois,comoreforonapreparaodosalunosparaa1FasedoExamedeOrdem,fuimonitorno

    Complexo Educacional Damsio de Jesus, onde lecionava tarde Direito do Trabalho, Direito

    ProcessualdoTrabalho,DireitoProcessualCivileDireitoConstitucional.

    Fui tambmprofessordoCentraldeConcursos,cursinhoporque tenhomuitagratido,pois lpude

    pegar o palco da aula. Ministrava aulas de Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito

    Processual Civil, Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho para concursos que exigem

    formaoemensinomdioe superior.Chegavaa lecionar12horas/aulade segundaa sexta, emais8

    horas/aula nos sbados e domingos, completando 76 horas/aula na semana. Mas alm de trabalhar

    freneticamente,a semanacomportavaaulasem todasasunidades (CentrodeSoPaulo,SantoAmaro,

    SantoAndreAlphaville).Eramuitocomum lecionardemanhemAlphaville, tardenoCentroe

    noiteemSantoAmaro.Masvaleumuitotodoesseesforo,poisenfrentavatodosostiposdealunos:os

    educados,osdesafiadores,osindiferentes,osinteressados.Salascommaisde200alunospresenciais.

    Difcilesquecerumacenamarcante:eraomeuprimeirodia,eaoentraremsalaumasenhoramedisse:

    Noacreditoquevouteraulacomalgummaisnovodoqueeu.Caaramumalunoparadaraula.Ela

    levantouefoiembora,semmedaroportunidadeparadizerboa-noite.Bem,soosossosdoofcio...

    TenhotambmgrandegratidopeloCursoIdejur,emSantoAndr,ondeministreiaulasdeDireitodo

    TrabalhoeProcessodoTrabalhoparaa1e2FasesdoExamedeOrdem!

    No Centro de So Paulo, dei aula emmuitos outros cursinhos: Foco; Soluo; Sucesso; Legale; e

    Formao.

    AgradeotambmimensamenteaoCursoRobortella,poislecioneimuitosanosDireitodoTrabalhoe

    DireitoProcessualdoTrabalhonosseuscursostrabalhistas,umdosmaisconhecidoseconsagradosna

    reatrabalhistadoBrasil!

    Apsessalongatrajetria,perodoemquechegueiatrabalhar6mesessemnenhumdiadefolga(de

    segunda a segunda), fui lecionar como professor-assistente no Complexo Jurdico Damsio de Jesus,

    instituiopelaqualsempretivemuitaadmiraoerespeito!MeupaifoialunodoProfessorDamsiode

    Jesus no Instituto Toledo de Ensino em Bauru e eu, aluno do Complexo por 2 anos durante a minha

    graduao.

    Ento, cheguei aprofessor titulardeDireitodoTrabalho,DireitoProcessualdoTrabalhoeDireito

  • ProcessualCivil,aoladoderenomadosprofessores.

    Por fim,chegueiaoImprioLFG(RededeEnsinoLuizFlvioGomes),atualmenteomaiorcurso

    telepresencialdoBrasil!Descobrioquesernacionalmenteconhecido,compessoasocumprimentando

    emaeroportos,nas ruas,emshoppingcenters, emrestaurantesetc.Hojeeubrincoqueseumapessoa

    ficarmeolhandomais de 3 segundos, nohesito emcumpriment-la!Alis, tive a sensaodoque

    ministraraulasparamilharesdepessoasespalhadaspormaisde400cidadesportodooBrasil!

    Diantedoquedescreviacercademinhatrajetriaacadmica,acreditoquepudeadquirirbagagemo

    suficienteparaescreverestaobra.

    Em nenhum momento tive a inteno de esgotar os assuntos do complexo Direito Processual do

    Trabalho!Querodizerqueaseventuaisfalhascontidasnestelivrosoatribudasexclusivamenteamim!

    Prometoquevoumeempenharparafazersempreomelhoracadanovaedio!

    TerminoaNotadoAutorcomagradecimentosespeciais.EmprimeirolugaraDeus,porproporcionar

    tudooqueexiste!

    Tambm minha esposa, verdadeiro brao direito sempre me apoiou e soube compreender a

    minhaausnciaemproldapesquisaeproduocientfica.Teamoverdadeiramente!

    minhafamlia,porrepresentaroalicercedosmeusvaloresticosemorais,queforamfundamentais

    paraosucessodaminhacarreira!

    Ao Jnatas JunqueiradeMello, pela sua ateno e dedicao ao autor realmente, isso fez toda a

    diferenanaproduodaobraerepresentaumgrandediferencialparaaEditoraSaraiva,queamaior

    doBrasil!

    Estouabertoacrticasesugestes.Deixomeue-mail,abaixoconsignado.

    BonsestudosefiquemcomDeus!

    Pacincia, perseverana, pensamentopositivo, nimo firme, f inabalvel emDeus e confiana em

    seupotencial!Assim,lograrxitoemseusobjetivos!

    LeonePereira

  • Dezembrode2010

    [email protected]

    www.professorleonepereira.com.br

    Twitter:@Profleone

    mailto:[email protected]://www.professorleonepereira.com.br

  • I

    HISTRIADODIREITOPROCESSUALDOTRABALHOBRASILEIRO

    1INTRODUO

    AhistriadoDireitoProcessualdoTrabalhonoseconfundecomadoDireitoProcessualCivil.No

    caso do ordenamento processual trabalhista, a sua respectiva histria se entrelaa com a da prpria

    histriadaorganizaojudiciriatrabalhista.

    Assim,podemosdividirahistriadoDireitoProcessualdoTrabalhoemquatrofases:

    fasedeinstitucionalizao;

    fasedeconstitucionalizao;

    fasedeincorporao;

    faseatual.

    Passaremosatecercomentriossobreasaludidasfases.

    2FASEDEINSTITUCIONALIZAO

    Estafasedeinstitucionalizaocompreendetrsperodos.

    OprimeiromarcadopelosurgimentodosConselhosPermanentesdeConciliaoeArbitragem,

    delineadospelaLein.1.637,de5denovembrode1907.Nessapoca,osprocedimentos referentes

    conciliaoeramdisciplinadospeloregimentointernodoprprioConselho.Deoutrasorte,aarbitragem

    eradisciplinadapeloDireitoComum.

    OsegundoperodoapresentacomocaractersticamarcanteosurgimentodoPatronatoAgrcola,em

    SoPaulo,criadoparasolucionarascontrovrsiasentreproprietriosruraisecamponeses(1911).Anos

  • depois, surgemosTribunaisRurais de So Paulo (Lei n. 1.869, de 10-10-1922), por influncia das

    constituiesmexicana,de1917,edeWeimar,de1919.Napoca,competiam-lhessolucionarconflitos

    de interessesoriundosda interpretaoeexecuodoscontratosdeserviosagrcolas,cujovalorno

    poderiaexcederaquinhentosmil-ris.AreferidaleifoiregulamentadapeloDecreton.3.548,de12de

    dezembrode1922.Acrescente-sequeosTribunaisRuraisapresentavamapeculiaridadedeadotarum

    procedimentosumrio:tomava-seodepoimentodaspartes,procedia-secolheitadasdemaisprovase

    proferia-seasentena,umavezquetodoesseritoeraconsubstanciadonomesmoato.

    Porfim,noterceiroperodoforamcriadasasComissesMistasdeConciliao(Decreton.21.396,

    de12-5-1932) e asJuntas deConciliao e Julgamento (Decreto n. 22.132, de 25-11-1932). Essas

    comissestinhamcompetnciaparaconciliarosdissdioscoletivos.EasJuntas,paraconciliarejulgar

    osdissdiosindividuaisentreempregadoseempregadores,desdequeosobreirosfossemsindicalizados.

    Vale ressaltarqueasComissesMistasdetinhamcompetnciameramenteconciliatria, tendoemvista

    queadecisoeradeincumbnciadoMinistrodoTrabalho,mediantelaudoarbitral,consoanteaduziao

    Decreton.21.396/32.Outrossim,asdecisesdasJuntasdeConciliaoeJulgamentoeramexecutadas

    pelosjuzesfederais.

    Nessediapaso,cumprefrisarque,nesseperodo,houveosurgimentodasJuntas,quefuncionavamno

    mbitodasDelegaciasdoTrabalhoMartimo(1933)edoConselhoNacionaldoTrabalho(1934).

    3FASEDECONSTITUCIONALIZAO

    EstafaserecebeessadenominaoporqueasConstituiesFederaisde1934e1937estabeleceram

    dispositivosconcernentesJustiadoTrabalho,noobstanteaindanoinclusacomorgodoPoder

    Judicirio.Como exemplo, podemos citar o art. 122 daConstituio de 1934, que integrava o Ttulo

    referenteOrdemEconmicaeSocial,queassimprevia:Paradirimirquestesentreempregadorese

    empregados,regidaspelalegislaosocial,ficainstitudaaJustiadoTrabalho,qualnoseaplicao

    disposto noCaptulo IV, doTtulo I (destacamos). EsseCaptulo versava sobre o Poder Judicirio.

    Com efeito, o art. 139 daConstituio de 1937 (damesma forma inserido na parte relativa Ordem

    Econmica)referia-seJustiadoTrabalhoesuacompetncia,ressalvandoqueaelanoseaplicam

    asdisposiesdestaConstituiorelativascompetncia,aorecrutamentoesprerrogativasdajustia

    comum. Na mesma linha de raciocnio, o mencionado dispositivo constitucional asseverava que a

  • greveeolock-outsodeclaradosrecursosantissociais,nocivosaotrabalhoeaocapitaleincompatveis

    com os superiores interesses da produo nacional. Ao interpretarmos essa regra, devemos

    contextualiz-laluzdoregimepolticoquevigoravanapoca.

    Namesmalinhadeentendimento,oDecreto-Lein.1.237,de2demaiode1939,institucionalizoua

    JustiadoTrabalho nosparmetrosqueconhecemosatualmente.Depois, odiploma foi alteradopelo

    Decreto-Lein.2.851,de10dedezembrode1940,eesteregulamentadoposteriormentepeloDecreto-Lei

    n.6.996,de12dedezembro.

    No dia 1 de maio de 1941, instala-se a Justia do Trabalho sob o Governo Getlio Vargas, em

    solenidade realizada no estdio do Clube de Regatas Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, onde

    comparecerammilharesdetrabalhadores,especialmenteconvocadosparaaocasio,marcadaporpompa

    edestaque.

    Em10denovembrode1943,entraemvigoraConsolidaodasLeisdoTrabalho (Decreto-Lein.

    5.452, de 1-5-1943), trazendo normas processuais trabalhistas, dentre muitas outras disposies.

    Inequivocamente, a entrada em vigor do Diploma Consolidado representou um divisor de guas,

    consubstanciandoummarcoinicialdahistriamodernadodireitoprocessualdotrabalho.Bastalembrar

    queoperodoanterioraoadventodaCLTfoirepresentadopornormastrabalhistasesparsaseescassas.

    4FASEDEINCORPORAO

    Como o prprio nome denota, a fasemarcada pela incorporao da Justia do Trabalho como

    rgodoPoderJudicirionacional.Essa integraofoiefetivadapeloDecreto-Lein.9.777,de9de

    setembrode1946,quedispunhasobreaorganizaodaJustiaLaboral.

    Todavia,omarcodedestaquefoioadventodaConstituioFederalde1946,quefoiaprimeiraa

    integrar a Justia do Trabalho ao Poder Judicirio (arts. 122 e 123). Com efeito, o antigo Conselho

    Nacional do Trabalho deu lugar ao Tribunal Superior do Trabalho, e os Conselhos Regionais do

    TrabalhoforamsubstitudospelosTribunaisRegionaisdoTrabalho.

    5FASEATUAL

    Atualmente, temos como caracterstica marcante a morosidade do Poder Judicirio Trabalhista na

  • entregadaprestaojurisdicional,caracterizandoumaverdadeiracrisedeefetividade.

    PensamosqueamorosidadedoPoderJudiciriotrabalhistanaentregadaprestaojurisdicionalum

    assuntocomplexo,queresultadediversosfatores:

    nmeroinsuficientedejuzesdotrabalhoeauxiliaresdajustia,tendoemvistaoelevadonmerode

    aes trabalhistas, o incremento veemente da populao, a conscientizao dos trabalhadores em

    relaoaosseusdireitostrabalhistas;

    estruturadosrgosdaJustiadoTrabalhodeficiente,diantedograndemovimentojurisdicional;

    procedimentosinternosburocrticosearcaicosemrelaosnecessidadesdosdiasatuais;

    regrasprocessuaiseprocedimentaisnoconsentneascomosideriosdaefetividadeeceleridade

    processual;

    comportamentos procrastinatrios do reclamado, sem consequncias processuais realmente

    inibidorasetc.

    Entretanto, ainda que de forma paulatina, observam-se propostas de lei e formas alternativas de

    soluodosconflitostrabalhistascomointuitodeagilizarojudiciriotrabalhista,como:

    procedimentosumarssimo;

    comissodeconciliaoprvia;

    mediaoearbitragem.

    Pensamosquepossveissadasparaarealefetividadedoprocessosejamasseguintes:

    criao de um Cdigo de Processo do Trabalho, representando a modernizao da legislao

    processualtrabalhista;

    estruturaodosrgosdoPoderJudicirioTrabalhistaemtodososgrausdejurisdio,mximenos

    locaisondepossuemmaiordemanda;

    criaodeumJuizadoEspecialTrabalhista,especializadonosprocedimentosclerestrabalhistas.

  • II

    PROPEDUTICACONCEITO,FINALIDADES,NATUREZAJURDICA,AUTONOMIA,HERMENUTICAEFONTESDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO

    1CONCEITO

    DireitoProcessualdoTrabalhoo ramodacincia jurdicaque se constitui deumconjuntode

    princpios,regras,instituieseinstitutosprpriosqueregulamaaplicaodoDireitodoTrabalho

    s lides trabalhistas (relao de emprego e relao de trabalho), disciplinando as atividades da

    JustiadoTrabalho, dosoperadoresdoDireito edaspartes, nosprocessos individuais, coletivos e

    transindividuaisdotrabalho.

    MauroSchiavi1assimdefineoDireitoProcessualdoTrabalho:oconjuntodeprincpios,normase

    instituiesqueregemaatividadedaJustiadoTrabalho,comoobjetivodedarefetividadelegislao

    trabalhista e social, assegurar o acesso do trabalhador Justia e dirimir, com justia, o conflito

    trabalhista.

    NavisodeCarlosHenriqueBezerraLeite2,oramodacinciajurdica,constitudoporumsistema

    denormas,princpios, regrase instituiesprprias,que temporobjetopromoverapacificao justa

    dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relaes de

    emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento dos rgos que compem a Justia do

    Trabalho.

    2FINALIDADES

    ODireitoProcessualdoTrabalhoapresentaasseguintesfinalidades:

    1)darefetividadelegislaotrabalhistaesocialaoDireitoMaterialdoTrabalho;

  • 2)asseguraraotrabalhadoroacessoJustiadoTrabalhoordemjurdicajusta;

    3)resguardaradignidadedapessoadotrabalhador;

    4)garantirosvaloressociaisdotrabalho;

    5)trazerapacificaosocial;

    6)promoverajustacomposiodosconflitosindividuais,coletivosemetaindividuaistrabalhistas.

    3NATUREZAJURDICA

    Emprimeirolugar,importantetrazerumadefiniodoquesejanaturezajurdica.Emnossasaulas,

    semprenosdeparamoscomumagrandepreocupaoalis,naturaldosalunoscomamemorizaoeo

    entendimento da natureza jurdica dos inmeros institutos jurdicos, mas dificilmente paramos para

    pensaroquenaturezajurdica.

    Anaturezajurdicaformadaporduasideiascentrais:

    1)definiobuscadaessncia;

    2)classificaobuscadoposicionamentocomparativo.

    Estaafrmuladanaturezajurdica:definio+classificao.

    Nessa linha de raciocnio, oportuno consignar os ensinamentos do ProfessorMauricio Godinho

    Delgado3:

    EncontraranaturezajurdicadeuminstitutodoDireito(ouatdeumramojurdico,comooDireito do Trabalho) consiste em se apreenderem os elementos fundamentais que integram suacomposioespecfica,contrapondo-os,emseguida,aoconjuntomaisprximodefigurasjurdicas(ou de segmentos jurdicos, no caso do ramo justrabalhista), de modo a classificar o institutoenfocadonouniversodefigurasexistentesnoDireito.

    (...)

    Encontrar a natureza jurdica do Direito do Trabalho consiste em se fixarem seus elementoscomponentes essenciais, contrapondo-os ao conjunto mais prximo de segmentos jurdicossistematizados, demodo a classificar aquele ramo jurdico no conjunto do universo doDireito.medidaqueesseuniversodoDireitotemsidosubdivididoemdoisgrandesgrupos(DireitoPblicoversus Direito Privado), a pesquisa da natureza jurdica do Direito do Trabalho importa em

  • classificartalramoespecializadoemalgumdosgrandesgruposclssicoscomponentesdoDireito.

    O Direito Processual do Trabalho ramo do Direito Pblico. E compe-se de um conjunto de

    princpios,regras,instituieseinstitutosprpriosdefinidoemnormasestataiscogentes,imperativasou

    deordempblica,deobservnciaobrigatria.

    Comaevoluodasociedade,oEstadochamouparasi,deformaquasemonopolizada,oexerccioda

    funojurisdicional.Naverdade,essepapeldoentepblicoopoder,odever,afunoouaatividade

    de, imparcialmente,substituiravontadedaspartes,dizerodireitoeaplicarodireitoobjetivoaocaso

    concretopararesolveralidelembrando,peladefiniotradicional,quealideconsistenoconflitode

    interessesqualificadoporumapretensoresistidadeinteresses,objetivandoasuajustacomposioea

    pacificaosocial.

    Assim,sendoajurisdiograndeexemplodeheterocomposioeaformamaiscomumdesoluodos

    conflitosdeinteresses,odireitoprocessualemgeral,abrangendoodireitoprocessualtrabalhista,civil

    epenal,classificadocomopertencenteaoDireitoPblico.

    Confirmandoaposioacimaadotada,oDireitoProcessualdoTrabalhopossuisuasfontesnormativas

    oriundas do ordenamento jurdico estatal. Com efeito, a edio de normas processuais trabalhistas

    somentepodeserconduzidapeloEstado,combasenoprincpiodalegalidade.

    O enquadramento do Direito Processual do Trabalho como ramo do Direito Pblico correto e

    encontra fundamento na prpria Constituio Cidad de 1988, em seu art. 22, I, que aduz competir

    privativamenteUniolegislarsobredireitoprocessual.

    4AUTONOMIA

    SobreaautonomiadeumdeterminadoramodoDireito,instaconsignarosensinamentosdoeminente

    juristaMauricioGodinhoDelgado4:

    Autonomia(dogregoauto,prprio,enom,regra),noDireito,traduzaqualidadeatingidapordeterminadoramo jurdicode terenfoques,princpios, regras, teoriasecondutasmetodolgicasprpriasdeestruturaoedinmica.

    Aconquistadaautonomiaconfirmaamaturidadealcanadapeloramojurdico,quesedesgarradoslaosmaisrgidosqueoprendiamaramo(s)prximo(s),sedimentandoviaprpriadeconstruoe

  • desenvolvimentodeseuscomponentesespecficos.Nessalinha,pode-seafirmarqueumdeterminadocomplexo de princpios, regras e institutos jurdicos assume carter de ramo jurdico especfico eprprioquandoalcanaautonomiaperanteosdemais ramosdoDireitoque lhe sejamprximosoucontrapostos.

    OproblemadaautonomianoexclusivodoDireitoeseusramosintegrantes.Asprpriascinciasoenfrentam,necessariamente.Nesteplanocientficoespecfico,pode-sedizerqueumdeterminadoconjunto de proposies, mtodos e enfoques de pesquisa acerca de um universo de problemasassumeocarterderamodeconhecimentoespecficoeprprioquandotambmalcanaautonomiaperanteosdemaisramosdepesquisaesaberquelhesejamcorrelatosoucontrapostos.

    QuaissoosrequisitosparaaafirmaoautonmicadecertocampodoDireito?

    OjuristaitalianoAlfredoRoccosintetizou,comrarafelicidade,a tradederequisitosnecessriosaoalcancedeautonomiaporcertoramojurdico.Trata-se,deumlado,daexistncia,emseuinterior,deumcampotemticovastoeespecfico;deoutrolado,aelaboraodeteoriasprpriasaomesmoramo jurdico investigado; por fim, a observncia de metodologia prpria de construo ereproduodaestruturaedinmicadesseramojurdicoenfocado.

    Aessestrsrequisitos,acrescentaramosumquarto,consubstanciadonaexistnciadeperspectivasequestionamentosespecficoseprprios,emcontraposioaosprevalecentesnosramosprximosoucorrelatos.

    HumagrandecizniadoutrinriaejurisprudencialquantoautonomiaounodoDireitoProcessual

    doTrabalhoemrelaoaoDireitoProcessualCivil.

    Existemduascorrentessobreessacontrovrsia:

    a)Teoriamonista sustenta que oDireito Processual comum, abrangendo oDireito Processual

    Civil,oDireitoProcessualdoTrabalho,oDireitoProcessualPenaletc.Almdisso,asseveraquenoh

    diferenasubstancialentreoProcessodoTrabalhoeoProcessoCivilcapazdejustificaraautonomiada

    leiadjetivatrabalhista.Naverdade,oDireitoProcessualdoTrabalhoseriasimplesdesdobramentodo

    ProcessoCivil, da a improcedncia de se justificar a tese de sua autonomia, namedida em que no

    contaria comprincpios e institutos prprios.Renomados juristas defendemaTeoriaMonista, embora

    representem,atualmente,aposiominoritria:

    Valentin Carrion5: (...) o direito processual do trabalho no autnomo com referncia aoprocessualcivilenosurgedodireitomateriallaboral.Odireitoprocessualdotrabalhonopossui

  • princpioprprioalgum,poistodososqueonorteiamsodoprocessocivil(oralidade,celeridadeetc.);apenasdeu(oupretendeudar)aalgunsdelesmaiornfaseerelevo.Oprincpiodeemdvidapelomseronopodeser levadoasrio,pois,sesetratardedvidanainterpretaodosdireitosmateriais,serumaquestodedireitodotrabalhoenodedireitoprocessual.E,sesetratardeste,asdvidasseresolvemporoutrosmeios:nusdaprova,plausibilidade,fontesdeexperinciacomum,pelaobservaodoqueordinariamenteacontece (CPC/15,art.376)oucontraquempossuamaiorfacilidadedeprovaretc.(...).

    ChristovoPiragibeTostesMalta6: a circunstncia de o processo trabalhista poder apresentarpeculiaridades,noentanto,nojustificaaconclusodequeautnomoquandosimultaneamenteseproclama que existe autonomia de um ramo do direito se possui campo, princpios e fundamentosprprios,oquenosucedeconfrontando-seosprocessosciviletrabalhista.

    Almdisso,humatendnciadosestudiososdodireitoprocessualdotrabalhodeestenderemaesteinovaesdedireitoprocessualcivil,assimvisandoaobtermaiorceleridadeemelhoriatcnicanasoluodaslideslaborais,oque,noentanto,notemsidoalcanado.

    (...) os princpios que regem o direito processual trabalhista so os mesmos que presidem oprocessocivil,emboracomalgumasadaptaes.Oessencial,contudo,queosprincpiosemsisoosmesmos.

    Os princpios processuais, alis, so, como regra geral, universais, e o processo do trabalho namaioria dos pases o processo civil, o que bem mostra que no mximo se poderia falar emautonomia do direito processual do trabalho brasileiro emparalelo como direito processual civilbrasileiro.

    No se encontram, ainda, evidenciados fundamentos processuais trabalhistas diferentes dosfundamentosdodireitoprocessualcivil.Oestudodosinstitutosprocessuaisbsicos(ao,processo,jurisdio etc.) bemmostra que a estrutura do direito processual trabalhista amesma do direitoprocessual civil. So, por exemplo, tratadas no processo civil e trabalhista de modo anlogo squestesconcernentescontagemdeprazo,precluso,partes,coisajulgadaemuitasoutras.

    Atualmente,humainclinaodajurisprudnciaedadoutrinalaboraisnosentidoderecepcionaremmuitosinstitutosdodireitoprocessualcivilcomoaaomonitriaeaexceodapr-executividade,queatentamcontraasimplicidade,quedeveserumatnicadodireitoprocessualtrabalhista.

    H, enfim, vrios institutos que so tratados de modo anlogo no direito processual civil e notrabalhistabrasileiros:enquantooutrosmerecemtratamentobastantediferente.

  • Acircunstncia de poder aplicar-se o direito processual civil ao trabalhista, quando no houverincompatibilidade entre ambos, tambm contribui para proclamar-se que o direito processualtrabalhistanoautnomo.

    b)TeoriadualistasustentaqueoDireitoProcessualdoTrabalhoautnomoemrelaoaoDireito

    Processual Civil, apresentando diferenas substanciais que justificam a sua autonomia. Atualmente,

    representaaposiomajoritria,defendidaporjuristasdenomeada:

    MauroSchiavi7: Estamos convencidosdeque, emboraoDireitoProcessual doTrabalho, hoje,estejamaisprximodoDireitoProcessualCivilesofraosimpactosdosPrincpiosConstitucionaisdoProcesso,nohcomosedeixardereconheceralgunsprincpiospeculiaresdoDireitoProcessualdoTrabalhoosquaislhedoautonomiaeodistinguemdoDireitoProcessualComum.

    Deoutro lado,emboraalgunsprincpiosdoDireitoMaterialdoTrabalho, taiscomoprimaziadarealidade, razoabilidade, boa-f, sejam aplicveis tambm ao Direito Processual do Trabalho, anossover,osPrincpiosdoDireitoMaterialdoTrabalhonosoosmesmosdoProcesso,umavezqueoprocessotemcarterinstrumentaleosprincpiosconstitucionaisdaisonomiaeimparcialidade,aplicveisaoProcessodoTrabalho,impedemqueoDireitoProcessualdoTrabalhotenhaamesmaintensidadedeproteodotrabalhadorprpriadoDireitoMaterialdoTrabalho.Noobstante,nohcomosenegarumcertocarterprotecionistanoDireitoProcessualdoTrabalho,queparaalgunsprincpiopeculiardoProcessodoTrabalhoeparaoutroscaractersticasdoprocedimentotrabalhista,paraasseguraroacessoefetivodotrabalhadorJustiadoTrabalhoetambmaumaordemjurdicajusta.

    TambmmilitaemproldaautonomiadoDireitoProcessualdoTrabalho,oBrasilpossuirumramoespecializadodojudicirioparadirimiraslidestrabalhistas,umalegislaoprpriaquedisciplinaoProcessodoTrabalho(CLT,Lein.5.584/70eLein.7.701/88),umobjetoprpriodeestudoevastabibliografiasobreamatria.

    Reconhecemos,poroutrolado,queascinciasprocessuaisdevemcaminharjuntas,eoProcessodoTrabalho,emrazodosprincpiosdasubsidiariedade,doacesso justia,daduraorazoveldoprocesso,podeseaproveitardosbenefciosobtidospeloProcessoComum.

    Almdisso,aautonomiadodireitoprocessualdotrabalhonopodesermotivoparaisolamentoeacomodaodointrprete.Hnecessidadedeconstantedilogoentreodireitoprocessualdotrabalhoeosoutrosramosdodireitoprocessual,principalmentecomosprincpiosfundamentaisdoprocessoconsagradosnaConstituioFederal(destaquesnossos).

  • CarlosHenriqueBezerraLeite8:(...)afigura-se-nosqueodireitoprocessualdotrabalhodispedeautonomiaemrelaoaodireitoprocessualcivil(oudireitoprocessualnopenal).

    Comefeito,odireitoprocessualdo trabalhodispedevastamatria legislativa,possuindo ttuloprprionaConsolidaodasLeisdoTrabalho,que,inclusive,confereaodireitoprocessualcivilopapeldemerocoadjuvante.

    Por outro lado, (...) existem princpios peculiares ao direito processual do trabalho, como osprincpios da proteo, da finalidade social, da indisponibilidade, da busca da verdade real, danormatizaocoletivaedaconciliao.

    Ademais,nohnegarqueodireitoprocessualdo trabalhopossui institutosprprios,como,porexemplo, uma Justia especializada com juzes especializados e o poder normativo exercidooriginariamentepelosTribunaisdoTrabalho.

    De outra parte, convm lembrar que o direito processual do trabalho dispe, atualmente, deautonomia didtica, pois a disciplina tem sido ofertada separadamente nas grades curriculares; deautonomia jurisdicional, noapenasnoBrasil (CF, art. 114)mas, tambm,emoutrospases, comoAlemanha,Argentina,Uruguai,Mxico e Espanha; de autonomia doutrinria, pois so inmeras asobras,nacionaiseestrangeiras,versandoapenasdireitoprocessualdotrabalho.

    Renato Saraiva9: Em ltima anlise, embora seja verdade que a legislao instrumentaltrabalhista ainda modesta, carecendo de um Cdigo de Processo do Trabalho, definindo maisdetalhadamente os contornos do processo laboral, no h dvida que o Direito Processual doTrabalho autnomo em relao ao processo civil, uma vez que possui matria legislativaespecfica regulamentada na Consolidao das Leis do Trabalho, sendo dotado de institutos,princpios e peculiaridades prprios, alm de independncia didtica e jurisdicional (destaquesnossos).

    No se pode dizer, assim, que haja uma autonomia legislativa do processo do trabalho, pelainexistncia de um cdigo sobre a matria. certo, porm, que o Brasil, ao contrrio de outrospases, como a Itlia, no tem as regras de processo do trabalho insertas no Cdigo de ProcessoCivil. Entretanto, existe um nmero suficientemente grande de normas a tratar do processo dotrabalho,sejanaCLTounalegislaoesparsa.

    Dopontodevistadoutrinrio,hautonomiadoprocessodotrabalho.

    OBrasil,pode-sedizer,umdospasesquemaistemobrassobreDireitoProcessualdoTrabalho,muitasdelasdequalidadereconhecidainternacionalmente.

  • Noquedizrespeitoaodesenvolvimentodidtico,muitasfaculdadesdeDireitoministramamatriaDireitoProcessualdoTrabalhohmuitosanosnocursodebachareladosejaemumano,sejaemumsemestre.Hoje, existemmuitos cursosque esto se especializandonapreparaopara ingressonamagistraturadotrabalho,possuindomatriaespecficasobreprocessodotrabalho.

    NosexamesdaOrdemdosAdvogadosdoBrasilsoexigidosconhecimentosespecficosdeDireitodoTrabalhoeProcessodoTrabalhoparahabilitarobacharelaatuarcomoadvogado.

    NoBrasil,aautonomiajurisdicionaldoprocessodotrabalhoestbemcaracterizadadesde1946,quandoaConstituioincluiuaJustiadoTrabalhocomorgointegrantedoPoderJudicirio.

    Aautonomiajurisdicionalnoumcritrioprecisoparacaracterizaraautonomiadoprocessodotrabalho.Aautonomianoderiva,porm,dajurisdio,quenocausa,masoefeitodaautonomia.

    H,contudo,instituioprpria,queaJustiadoTrabalho.

    Notocanteautonomiacientfica,podemosverificarqueasinstituiesdoprocessodotrabalhoso diversas das demais reas do Direito. Exemplo disso termos uma justia especializada emcausastrabalhistas,integrantedoPoderJudicirio.

    Hconceitosprpriosnoprocessodotrabalho,comodeaodecumprimentoparaaobservnciadedissdiocoletivo,reclamaesplrimas,podernormativoetc.

    Podemos concluir que o processo do trabalho em muitos aspectos j era autnomo, mas suaautonomiatotalvinhasendoconquistadapassoapasso.

    Enfim,oprocessodotrabalhovemmerecendoestudosdeconjunto,adequadoseparticulares,quemostram ser ele umamatria vasta.Adoutrina se sedimentou no sentido de que existem conceitosgeraiscomunscompletamentedistintosdosconceitosgeraisdoprocessocomum.Temoprocessodotrabalhoprincpiosdistintosquevisamoconhecimentodamatriaqueobjetodesuainvestigao.Temtambminstituioprpria,queaJustiadoTrabalho.Logo,pode-sedizerqueautnomodoProcessoCivil, embora ligadoaoDireitoProcessual, queognero.Essa autonomia,porm,noquerdizerqueestisoladodoDireito,poisespciedogneroDireito(destaquesnossos).

    AmauriMascaroNascimento10:Aautonomiadodireitoprocessualdotrabalho,nuncadeformaaseparar-sedodireitoprocessualcivil,afirma-sediantedosseguintesaspectos:

    jurisdioespecialdestinadaajulgardissdiosindividuais;

    dissdiocoletivoeconmico,jurdicoedegrevecomoumadassuaspeculiaridades;

  • existncia de lei processual especfica, embora com larga aplicao subsidiria do direito

    processualcomum;

    singularidade do tipo de contrato que interpreta, o vnculo de trabalho, que, diante da

    inafastabilidadeentreo trabalhoeapessoaqueopresta,diferedoscontratosdedireitocivil,na

    medidaemqueemseuobjetoestenvolvidaapessoaquetrabalha,seusdireitosdepersonalidadee

    o poder de direo daquele que beneficiado pelo trabalho, numa troca salrio-trabalho, mas,

    tambm, diante das pessoas tpicas que figuram como sujeitos do vnculo, o empregado e o

    empregador.

    Cleber Lcio de Almeida11: O direito processual do trabalho autnomo, namedida em queconta com diplomas legais especficos (autonomia legislativa), doutrina prpria (autonomiadoutrinria),princpiosefinsprprios(autonomiacientfica),objetivoprprio(soluodosconflitosdeinteressesoriundosderelaodetrabalhoouaelaconexos)eaplicadoporrgosjurisdicionaisespeciais (autonomia jurisdicional). O direito processual do trabalho no , portanto, um ramoparticulardodireitoprocessualcivil(destaquenosso).

    Wagner D. Giglio12: Considerado do ngulo cientfico, porm, entendemos que o DireitoProcessualdoTrabalhojautnomo.

    JosAugustoRodriguesPinto13: Nounnimeaopiniodosprocessualistasptrios sobre aexistncia autnoma do Direito Processual do Trabalho brasileiro. At mesmo juslaboralistas deportealudemacaractersticasprpriasquelheasseguramrelativaautonomia.Semdvida,atentamos que assim pensam para a larga aplicao supletiva das regras doDireitoComumde processo,amarra,alis,daqualosintrpreteseaplicadoresdenossalegislaoprocessualdotrabalho,maisdoqueelamesma,estoprecisandolibertar-se,emfavordesuaeficincia.

    Ainda assim,mantemos um alinhamento convicto com os que lhe reconhecem autonomia plena,poissuamatriaextensa,suadoutrinahomogneaetemmtodoprprio.

    OscaminhosparaaautonomiadoDireitoProcessualdoTrabalho,emfacedoprocessocomum,nopoderiamserdiversosdosseguidosportodososramosqueobtiveramidentidadeprpria,dentrodaunidade cientfica do Direito. Foram por ele observados os estgios clssicos da formao deprincpiosedoutrinapeculiares,legislaotpicaeaplicaodidticaregular.

    Todos esses estgios esto cumpridos, no Brasil, sucessivamente, pelo Direito Processual doTrabalho.Acha-seelesustentadoporprincpiospeculiares,aindaqueharmonizadoscomosgerais

  • do processo, por ampla construo doutrinria, que se retrata em consistente refernciabibliogrfica,eporumsistema legalcaracterstico, incluindo-se,almdomais,noscurrculosdegraduaoemDireito,nacondiodedisciplinanuclear.Aduza-se,ainda,aobservaodeCoqueijoCostasobreterjuizprprio,ouseja, jurisdioespecial,oquenemchegaaocorreremtodosospasesdomundoocidentalindustrializado.

    Nossaposio:TeoriaDualista

    DefendemosaTeoriaDualista, demodo que, inegavelmente, oDireitoProcessual do Trabalho autnomo em

    relaoaoDireitoProcessualCivil.

    O Processo do Trabalho uma cincia extremamente complexa, e merece estudo cuidadoso, diferenciado e

    especfico,atendendo-sessuaspeculiaridades.

    O Direito Processual do Trabalho apresenta quatro grandes caractersticas que justificam a sua autonomia

    enquantoramodacinciajurdica:

    1)campotemticovastoeespecfico;

    2)teoriasprprias;

    3)metodologiaprpria;

    4)perspectivasequestionamentosespecficoseprprios.

    Sofundamentosdamencionadaautonomia:

    autonomia cientfica: vasta matria, princpios peculiares e instituies prprias, por exemplo, o princpio danormatizaocoletivaeojuspostulandi;

    autonomiadidtica:cadeiraprprianagraduaoemDireito;

    autonomiadoutrinria: grandenmerodeobrasqueversamsobreoDireitoProcessualdoTrabalho,bemcomoinmerosjuristasdenomeadaeestudiososdoramoemexame;

    autonomia funcional: apresenta finalidade especfica, qual seja, solucionar os conflitos de interesses individuais,coletivosemetaindividuaistrabalhistas;

    autonomiajurisdicional:aJustiadoTrabalhoumadastrsJustiasEspecializadasouEspeciaisdoordenamentojurdicobrasileiro;

    autonomia legislativa: alm da Consolidao das Leis do Trabalho, temos uma vasta legislao processualtrabalhistaesparsa,comoasLeisn.5.584/70e7.701/88.

    Noobstante,restanecessriaaevoluodalegislaoprocessualtrabalhistaluzdasuaadequaosmodernas

    e complexas relaes trabalhistas da sociedade hodierna. Com efeito, os operadores e os estudiosos do Direito

    ProcessualdoTrabalhonopoderomediresforosparaoseucaminharevolutivoenquantocinciajurdicaautnoma,

    utilizandodeformasubsidiriaesupletivainstitutosdoProcessoCivilquesocompatveis.

    Por derradeiro, no podemos perder a esperana de que um dia teremos um Cdigo de Processo do Trabalho

    (CPTrab),entabuladoporgrandesjuristaslaboraisqueconhecemasidiossincrasiasdamilitnciaprticanaJustiado

    Trabalho.Assim,teremosaplenaconvicodequeoDireitoProcessualdoTrabalhoumacinciajurdicaautnoma,

  • evoluda,semolvidarosbenefciosevolutivosdoProcessoCivil.

    5HERMENUTICA

    OtermohermenuticatemorigememHerms,deusgregoqueatuavacomomensageirodosdeuses.

    Assim,tinhaaincumbnciadeexplicareinterpretarasmensagensenviadasaosmortais.

    Ahermenuticapodeserconceituadacomoacinciaquetemporobjetooestudoeasistematizao

    dosprocessosaplicveisdeterminaodosentidoealcancedasexpressesdoDireito.

    Portanto,ahermenuticacompreende:

    ainterpretao;

    aintegrao;

    aaplicaodoDireito.

    Sobreotema,discorreoProfessorMauricioGodinhoDelgado14:

    AHermenuticaJurdica,dopontodevistaestrito,corresponde,tecnicamente,cincia(ouramodaCinciadoDireito)quetratadoprocessodeinterpretaodasnormasjurdicas.

    Na medida em que os processos de integrao e aplicao de normas so muito prximos,correlatos e combinados dinmica de interpretao, tende-se a arrolar, ainda, no conjunto daHermenutica apreendida, desse modo, no sentido amplo tambm esses dois processos afins(integraoeaplicao).Ajustificativaparaessacondutanitidamentedidticaporserfuncionalareuniodostemasdainterpretao,integraoeaplicaodoDireito,emboranoatendaaomaisapuradorigortcnico.

    Distingue-se aHermenutica (no sentido estrito) da interpretao. Esta, como visto, traduz, noDireito,acompreensoereproduointelectualdeumadadarealidadeconceitualounormativa,aopassoqueaHermenuticatraduzoconjuntodeprincpios,teoriasemtodosquebuscaminformaroprocessodecompreensoereproduointelectualdoDireito.Interpretao,pois,adeterminaodo sentido e alcance das expresses de direito; Hermenutica Jurdica, a cincia que buscasistematizarprincpios, teoriasemtodosaplicveisaoprocessode interpretao.AHermenuticaapreende e fixa os critrios que devem reger a interpretao que os absorve e concretiza nadinmicainterpretativa.

    Ainterpretao,emsntese,umprocesso,enquantoaHermenuticaacinciavoltadaaestudaro

  • referidoprocesso,lanando-lheprincpios,teoriasemtodosdeconcretizao.

    5.1Interpretao

    Por meio da interpretao determina-se o contedo, sentido e alcance das normas jurdicas. Em

    outraspalavras,descobre-seosentidoeoalcancedasexpressescontidasnasnormasjurdicas.

    oportunoconsignarqueainterpretaodanormajurdicaantecedeasuarespectivaaplicao.

    Comefeito,noatode interpretar,o intrpretebuscaosprincpios, teoriasemtodosdesenvolvidos

    pelaHermenutica,queacinciavoltadaaestudaroprocessodeinterpretao.

    Afuno interpretativarealizadaprincipalmentepelo juizdo trabalho.Ainterpretaodosdemais

    operadores do Direito, como advogados, procuradores do trabalho e jurisdicionados, apenas produz

    efeitosatopronunciamentojurisdicional.

    No h um nico mtodo de interpretao nem nico mtodo correto. As diversas tcnicas

    interpretativas complementam-se. Ademais, no h hierarquia entre as mltiplas tcnicas de

    interpretao.Apenasointrpretedeverpautarasuainterpretaoemcritrioscomojustia,segurana

    ouoportunidade.

    OsmeiosdeinterpretaomaisimportantesparaosconcursospblicosouExamesdeOrdemsoos

    seguintes,deacordocomasrespectivasclassificaes:

    I)Quantoorigem:

    a)Interpretaoautnticaainterpretaodomesmorgoqueconstruiuanormajurdica.Como

    exemplo,temosainterpretaododispositivolegalefetuadapeloprprioPoderLegislativopormeioda

    ediodeumanovalei.

    b) Interpretao jurisprudencial feita pelos tribunais, consolida-se a partir da reiterao de

    decisessimilarestomadasemfacedecasossemelhantes.Ajurisprudnciapodeserconceituadacomo

    o conjunto de decises dos tribunais sobre uma determinadamatria, emumdeterminado sentido.Da

    mesmasorte,asmulaouaorientaojurisprudencialseriaacristalizaodajurisprudncia.

    c)InterpretaodoutrinriaaqueprovmdosestudiososdoDireitosobreasnormasjurdicas

    integrantesdoordenamento jurdico.Emboranopossuavalorvinculativo, extremamente importante

  • paraacompreensodosdiversosinstitutosjurdicos.

    II)Quantoaosresultadosdainterpretao:

    a)Interpretaodeclarativacaracteriza-sepelaexatacorrespondnciaentreocontedoescritoe

    avontadedanorma(ratiolegisoumenslegis),nohavendonecessidadedeampliaoourestrioda

    razodanorma.

    b)Interpretaoextensiva a que no estabelece correspondncia entre o contedo escrito e a

    vontade da norma, havendo necessidade deampliao da razo da norma.A leidissemenos do que

    queria,ecabeaointrpreteampliarosentidodotextoescritoparaalcanarosentidorealdanorma.

    c) Interpretao restritiva diferentemente da interpretao extensiva, diante da no

    correspondnciaentreocontedoescritoeavontadedanorma,hnecessidadedereduodarazoda

    norma.Comoesperado,aleidissemaisdoquequeria,ecabeaointrpretereduzirosentidodotexto

    escritoparaalcanarosentidorealdanorma.

    III)Quantoaosmtodos:

    a)Gramatical(literal,semntico,filolgicooulingustico)significaanalisarosentido literaldas

    palavras presentes nas normas jurdicas, e a observncia das regras de gramtica e lingustica

    imprescindvel.Fundamentamessemtodoosideriosdeseguranajurdicaejustia.

    Omtodoemcomentomuitoutilizadonosistemajurdicoromano-germnico(civillaw),quetraduz

    umdireitoescrito,aopassoquenospasesqueadotamosistemajurdicoanglo-saxnico(commonlaw),

    representandoumdireitoconsuetudinrio,oscostumeseastradiesprevalecem.

    UmgrandeexemplodeaplicaodomtodogramaticalouliteralnoDireitoProcessualdoTrabalho

    aanliserealizadapeloJudicirioTrabalhistadocabimentoounodosrecursostrabalhistasdenatureza

    extraordinria, que so aqueles que no admitem o reexame de fatos e provas (recurso de revista e

    embargos no TST Smula 126 do TST). Uma das hipteses de cabimento do recurso de revista

    (fundamentao jurdica) a prevista na alnea c do art. 896 da CLT, ou seja, quando o acrdo do

    TribunalRegionaldoTrabalhoforproferidocomviolaoliteraldedisposiodeleifederalouafronta

    diretaeliteralConstituioFederal.

    b)Lgicoouracionalutiliza-sederaciocnios lgicos.O intrprete fazusode tcnicasda lgica

  • comumedalgicajurdica,analisandoosperodosdaleierealizandoacombinaoentreeles,como

    objetivo de se chegar a uma perfeita compatibilidade. Exemplos: a maioria das regras jurdicas

    relativa,comportandoexceo.Oprazode8(oito)diasparaa interposioderecursos trabalhistas

    uma regra.Assim,omencionadoprazocomportaexceo.Outrossim,acompreensodedeterminados

    institutosjurdicosdependedainterpretaolgica,comoapreclusolgica,queaperdadafaculdade

    depraticarumatoprocessualpela incompatibilidadelgicaentreumatoprocessual jpraticadoeum

    ato processual a ser praticado. Assim, o reclamado, que reconhece o teor da sentena trabalhista

    condenatria e paga as verbas rescisrias ao empregado/reclamante, no pode interpor o recurso

    ordinrionoprazode8(oito)diasart.1.000doCPC/2015.

    c)Histrico como o prprio nome indica, por meio desta tcnica o intrprete busca as razes

    histricas que motivaram a formao da norma (ratio legis), tendo por base o contexto econmico,

    social, poltico, cultural e filosfico da poca da edio da lei. Alis, o processo produtivo que

    antecedeuapublicaoeavignciadanormalevadoemcontanomtodohistrico.

    Comoexemplo,podemosmencionarquemuitasregrascontidasnaConsolidaodasLeisdoTrabalho

    deverosercontextualizadassegundoomomentohistricodesuaedio,qualsejaaEraGetlioVargas

    (EstadoNovo),vistoqueoDiplomaConsolidadoteveporbaseaCartadelLavorode1927dodireito

    italiano.AItliaeragovernadaporBenitoMussolini.Assim,osideriosdecorporativismoefascismo

    esto naturalmente presentes no ordenamento justrabalhista vigente atualmente, como a contribuio

    sindicalobrigatria,oprincpiodaunicidadesindical,oPoderNormativodaJustiadoTrabalhoetc.

    Comodizemosgrandeshistoriadores,paraacompreensodopresente,imprescindveloestudodo

    passado,revelandoaenormeimportnciadoestudodaHistria.

    d)SistemticopartedapremissadoDireitocomoum todo,comoumsistema.Assim,asnormas

    jurdicas no devem ser interpretadas isoladamente, mas inseridas em um sistema, em um conjunto

    harmnico.

    Omtodosistemticorepresentaainterpretaodanormajurdicainseridaemumsistemacoerente,

    oqueexigedointrpreteamploconhecimentodasnormasqueintegramoordenamentojurdico.

    Emfacedacoernciadosistemajurdico,daharmoniadoordenamentojurdicovigente,emhavendo

    conflitodenormas(antinomia),oprpriosistemadeveprevercritriosdesoluo.

  • d.1)Antinomiacritriosdesoluo

    Aantinomiapodeserconceituadacomoofenmenojurdicocaracterizadopelaexistnciadeduas

    normasjurdicasconflitantes,vlidaseemanadasdeautoridadecompetente.Ademais,aocorrnciada

    antinomia parte da ideia da indeterminao de qual das normas conflitantes ser aplicada ao caso

    concretoemanlise.

    Acaracterizaodeumaverdadeiraantinomiajurdicadependedopreenchimentodetrsrequisitos

    cumulativos:

    1)incompatibilidade;

    2)indecidibilidade;

    3)necessidadededeciso.

    Sobreotema,ensinaaProfessoraMariaHelenaDiniz15:

    Antinomiaoconflitoentreduasnormas,doisprincpios,oudeumanormaeumprincpiogeraldedireito em sua aplicaoprtica a umcasoparticular. (...) paraque se tenhapresenteuma realantinomia,soimprescindveistrselementos:incompatibilidade,indecidibilidadeenecessidadededeciso. S haver antinomia real se, aps a interpretao adequada das duas normas, aincompatibilidadeentre elasperdurar.Paraquehaja antinomia sermister a existnciadeduasoumaisnormasrelativasaomesmocaso,imputando-lhesolueslogicamenteincompatveis.

    Nocasodeantinomia,existemtrscritriosdesoluo:

    d.1.1)Critriohierrquiconormasuperiorprevalecesobrenormainferior.ocritriomaisforte,

    tendoemvistaque,napirmidedeHansKelsen,todasasnormasjurdicasdevemsubservinciaaoTexto

    Constitucional,demodoqueanormainferiordeverespeitar,sercompatveleencontrarseufundamento

    devalidadedanormasuperior,encontrando-senopiceaLeiMaior.

    d.1.2) Critrio da especialidade norma especial prevalece sobre norma geral. o critrio

    intermedirio.

    d.1.3)Critrio cronolgico norma posterior prevalece sobre norma inferior. o critrio mais

    fraco.

    IQuantoaoscritriosenvolvidos,asantinomiassoclassificadasem:

  • d.1.3.1)Antinomiadeprimeirograuquandoapenasumdoscritriosacimadelineadosforutilizado

    paraasoluodoconflitodenormas.

    d.1.3.2)Antinomiadesegundograuquandomaisdeummetacritrioacimadelineadoforutilizado

    paraasoluodoconflitodenormas.

    IIQuantopossibilidade,ouno,desoluodoconflitodenormas,asantinomiasclassificam-se

    em:

    d.1.3.3) Antinomia aparente quando os metacritrios acima expostos so suficientes para a

    soluodoconflitodenormas.

    d.1.3.4)Antinomiarealquandoosmetacritriosacimaexpostosnososuficientesparaasoluo

    doconflitodenormas.

    Perceba o leitor que, no caso de antinomia de primeiro grau, a soluo singela, devendo ser

    observadaaordemdoscritriosquefoiapresentada,ouseja,oprimeirocritrioaserobservadoo

    hierrquico,depoisodaespecialidadeeporfimocronolgico:

    no caso de conflito entre norma superior e norma inferior, deve prevalecer a primeira (critrio

    hierrquicoantinomiadeprimeirograuaparente);

    no caso de conflito entre norma especial e norma geral, deve prevalecer a primeira (critrio da

    especialidadeantinomiadeprimeirograuaparente);

    no caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, deve prevalecer a primeira (critrio

    cronolgicoantinomiadeprimeirograuaparente).

    Continuando o estudo, nas hipteses de antinomias de segundo grau, as situaes so mais

    complexas,abaixoalinhavadas:

    no caso de conflito entre norma superior anterior e norma inferior posterior, deve prevalecer o

    critriohierrquico,prevalecendoaprimeira(antinomiadesegundograuaparente);

    nocasodeconflitoentrenormaespecialanteriorenormageralsuperior,deveprevalecerocritrio

    daespecialidade,prevalecendoaprimeiranorma(antinomiadesegundograuaparente);

    no caso de conflito de norma geral superior e norma especial inferior, temos uma antinomia de

  • segundograureal,naqualosmetacritriosdesoluodeconflitosdenormasnososuficientes,

    porsiss.

    Nahiptesedeantinomiadesegundograureal,caracterizadopeloconfrontoentreoscritriosda

    hierarquia e da especialidade,duas linhas de interpretao so apresentadas pela doutrina para a

    respectivasoluo:

    1)soluoapresentadapeloPoderLegislativoediodeumaterceiranormaaduzindoqualdasduasnormasconflitantesdeverseraplicadaaocasoconcreto;

    2)soluoapresentadapeloPoderJudicirio:omagistrado,deacordocomassuasconvices,epautado em critrios axiolgicos extrados da cultura, da tica, dos princpios fundamentais, doprincpio da proporcionalidade, da razoabilidade etc., aplicar uma das duas normas jurdicasconflitantes,paraasoluodaceleuma.AsoluodoJudiciriochamadapeladoutrinadeprincpiomximodejustia,comfulcronosarts.4e5daLINDB.Dessaforma,quandoaleiforomissa,ojuiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.Naaplicaodalei,ojuizatenderaosfinssociaisaqueelasedirigeesexignciasdobemcomum.

    Sobreotemaantinomiadesegundograureal,explicitaaProfessoraMariaHelenaDiniz16:

    Noconflitoentreocritriohierrquicoeodeespecialidade,havendoumanormasuperior-geraleoutra inferior-especial, no ser possvel estabelecer uma metarregra geral dando prevalncia aocritrio hierrquico, ou vice-versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito. Poder-se-, ento,preferir qualquer umdos critrios, no existindo, portanto, qualquer predominncia de um sobre ooutro.(...)naprtica,aexignciadeseaplicaremasnormasgeraisdeumaConstituioasituaesnovaslevaria,svezes,aplicaodeumaleiespecial,aindaqueordinria,sobreaConstituio.Asupremacia do critrio de especialidade s se justificaria, nessa hiptese, a partir do mais altoprincpiodajustia:suumcuiquetribuere,baseadonainterpretaodequeoqueigualdevesertratadocomoigualeoquediferente,demaneiradiferente.

    Emcasoextremodefaltadeumcritrioquepossaresolveraantinomiadesegundograu,ocritriodoscritriosparasolucionaroconflitonormativoseriaodoprincpiosupremodajustia:entreduasnormasincompatveisdever-se-escolheramaisjusta.

    e)Teleolgico(sociolgicooufinalstico):temporescopoafinalidadedanorma,osfinssociaisda

    normajurdica.Procuraadaptarafinalidadedanormarealidadeeconmica,socialepolticadocaso

    concreto.

  • Comefeito,oart.5daLINDBaduzque,naaplicaodalei,ojuizatenderaosfinssociaisaqueela

    sedirigeesexignciasdobemcomum.

    Semdvida,omtodoteleolgicoousociolgicooquemelhorsecoadunacomasfinalidadesdo

    ProcessodoTrabalho,quaissejam,promoverefetividadelegislaotrabalhistaesocial,asseguraro

    acessodotrabalhadorJustiaerealizarajustiasocialnocampodasrelaeslaborais.

    f)InterpretaoconformeaConstituio:deautoriadoeminenteconstitucionalistaportugusJ.J.

    Gomes Canotilho, o intrprete deve realizar, sempre que possvel, e aps esgotar os mtodos

    tradicionais de interpretao, a interpretao das normas jurdicas em conformidade com a

    Constituio,dandoamplitudeourestriodeinterpretaodanorma,semafrontarasualiteralidadeou

    a vontade do legislador, renunciando ao excesso de formalismo jurdico e atendendo aos iderios de

    justiamaterialedaseguranajurdica.

    Sobreaaludidainterpretao,explicaoProfessorPedroLenza17:

    Diantedenormasplurissignificativasoupolissmicas(quepossuemmaisdeumainterpretao),deve-sepreferiraexegesequemaisseaproximedaConstituioe,portanto,nosejacontrriaaotextoconstitucional,deondesurgemvriasdimensesaseremconsideradas,sejapeladoutrina,sejapelajurisprudncia,destacando-sequeainterpretaoconformeserimplementadapeloJudicirioe,emltimainstncia,demaneirafinal,pelaSupremaCorte:

    prevalnciadaConstituio:deve-sepreferirainterpretaonocontrriaConstituio;

    conservao de normas: percebendo o intrprete que uma lei pode ser interpretada em

    conformidadecomaConstituio,eledeveassimaplic-laparaevitarasuanocontinuidade;

    exclusodainterpretaocontralegem:ointrpretenopodecontrariarotextoliteraleosentido

    danormaparaobterasuaconcordnciacomaConstituio;

    espaodeinterpretao:sseadmiteainterpretaoconformeaConstituioseexistirumespao

    dedecisoe,dentreasvriasaquesechegar,deverseraplicadaaquelaemconformidadecoma

    Constituio;

    rejeio ou no aplicao de normas inconstitucionais: uma vez realizada a interpretao da

    norma,pelosvriosmtodos,seojuizchegaraumresultadocontrrioConstituio,emrealidade,

    deverdeclararainconstitucionalidadedanorma,proibindoasuacorreocontraaConstituio;

  • intrprete no pode atuar como legislador positivo: no se aceita a interpretao conforme a

    Constituioquando,peloprocessodehermenutica,seobtiverumaregranovaedistintadaquela

    objetivada pelo legislador e com ela contraditria, em seu sentido literal ou objetivo. Deve-se,

    portanto, afastar qualquer inte