isbn 9788547217884 - forumdeconcursos.com · 3.7 ações de indenização por ... competência...
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ISBN9788547217884
Pereira,LeoneManualdeprocessodotrabalho/LeonePereira.4.ed.SoPaulo:Saraiva,2017.1.Direitoprocessualdotrabalho-Brasil2.Direitoprocessualdotrabalho-Leiselegislao-BrasilI.Ttulo.17-0135CDU347.9:331(81)
ndicesparacatlogosistemtico:
1.Brasil:Direitoprocessualdotrabalho347.9:331(81)
2.Brasil:Processodotrabalho:Direitodotrabalho347.9:331(81)
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Datadefechamentodaedio:24-1-2017
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ClaudiaRodriguesCosta,peloamor,carinho,compreenso,apoio,dedicao,inspiraoe
estmulodurantetodaaelaboraodapresenteobra!
minhafamlia:LeonePereiradaSilva,CeciliaSurianidaSilva,IreneSurianieLeandroSuriani
daSilva,porserempessoasfundamentaisdaminhaexistncia.Agradeoimensamentetodooapoioe
incentivo!
ADeuseaJesusCristo,porseremafonteinspiradorainesgotveldeenergiaparaenfrentarmosas
provaseexpiaesdajornadadavida.
AtodososoperadoresdoDireitoMaterialeProcessualdoTrabalho,pormilitarem,estudareme
discutiremumadascinciasjurdicasmaisbelas,comntidovissocialehumanitrio.
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SUMRIO
Prefcio4edio
NotadoAutor4edio
NotadoAutor3edio
NotadoAutor2edio
NotadoAutor
I-HISTRIADODIREITOPROCESSUALDOTRABALHOBRASILEIRO
1Introduo
2Fasedeinstitucionalizao
3Fasedeconstitucionalizao
4Fasedeincorporao
5Faseatual
II-PROPEDUTICACONCEITO,FINALIDADES,NATUREZAJURDICA,AUTONOMIA,HERMENUTICAEFONTESDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO
1Conceito
2Finalidades
3Naturezajurdica
4Autonomia
5Hermenutica
5.1Interpretao
5.2Integrao
5.3Aplicao
5.4Eficciadanormaprocessualtrabalhistanotempoenoespao
5.4.1Eficcianotempo
5.4.2Eficcianoespao
6Fontes
6.1Fontesmateriais
III-PRINCPIOSDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO
1Introduo
2Princpiospeculiaresdodireitoprocessualdotrabalho
2.1Princpiodasimplicidade
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2.2Princpiodainformalidade
2.3Princpiodojuspostulandi
2.4Princpiodaoralidade
2.5Princpiodasubsidiariedade
2.5.1AslacunasdaCLTeaaplicaosubsidiriadoDireitoProcessualCivilaoDireitoProcessualdoTrabalho
2.5.2Apolmicadoart.15doCdigodeProcessoCivilde2015aplicaosupletivaesubsidiriaaoProcessodoTrabalho
2.6Princpiodaceleridade
2.7Princpiodaconciliao
2.7.1Majoraodospoderesdojuizdotrabalhonadireodoprocesso
2.7.2Protecionismotemperado(mitigadoourelativizado)aotrabalhador/princpiodoprotecionismoprocessual
2.7.3Funosocialdoprocessodotrabalho
2.8Princpiodabuscadaverdadereal
2.9Princpiodaindisponibilidade
2.10Princpiodanormatizaocoletiva
2.11PrincpiosdoCdigodeProcessoCivilde2015
IV-ORGANIZAODAJUSTIADOTRABALHO
1Aspectosgerais
2GarantiasevedaesdaMagistraturadoTrabalho
3IngressonaMagistraturadoTrabalho
4JuzesdoTrabalho(VarasdoTrabalho)
5TribunaisRegionaisdoTrabalho(TRTs)
6TribunalSuperiordoTrabalho
7ServiosAuxiliaresdaJustiadoTrabalho
7.1DistribuidoresdaJustiadoTrabalho
8Corregedoria-GeraleRegionaldoTrabalhoerespectivasatribuies
V-COMISSODECONCILIAOPRVIACCP
1Noes
2Objetivo
3Caractersticas
4ObrigatoriedadeounodaCCP
VI-MINISTRIOPBLICODOTRABALHOMPT
1Introduo
2Conceitoecaractersticas
3Previsoconstitucional
4ComposiodoMinistrioPblico
5PrincpiosinstitucionaisqueregemoMinistrioPblico
5.1Princpiodaunidade
5.2Princpiodaindivisibilidade
5.3Princpiodaindependnciafuncional
-
5.4Princpiodopromotornatural
6FunesinstitucionaisdoMinistrioPblico
7Garantias,vedaesedeveres
7.1Garantias
7.1.1Vitaliciedade
7.1.2Inamovibilidade
7.1.3Irredutibilidadedesubsdio
7.2Vedaes
7.3Deveres
7.4Hiptesesdeimpedimentoesuspeio
8MinistrioPblicodoTrabalho
8.1rgosdoMinistrioPblicodoTrabalho
8.1.1Procurador-GeraldoTrabalho
8.1.2ColgiodeProcuradoresdoTrabalho
8.1.3ConselhoSuperiordoMinistrioPblicodoTrabalho
8.1.4CmaradeCoordenaoeRevisodoMinistrioPblicodoTrabalho
8.1.5CorregedoriadoMinistrioPblicodoTrabalho
8.1.6Subprocuradores-GeraisdoTrabalho
8.1.7ProcuradoresRegionaisdoTrabalho
8.1.8ProcuradoresdoTrabalho
8.2CarreiradoMinistrioPblicodoTrabalho
8.3CompetnciadoMinistrioPblicodoTrabalho
8.4MeiosdeatuaodoMinistrioPblicodoTrabalho
8.4.1Atuaojudicial
8.4.2Atuaoextrajudicial
VII-JURISDIOECOMPETNCIADAJUSTIADOTRABALHO
1Jurisdio
1.1Caractersticas
1.1.1Cartersubstitutivo(substitutividade)
1.1.2Definitividade
1.1.3Lide
1.2Princpiodainrcia(dainiciativadaparteoudispositivo)
1.3Princpiodojuiznatural
1.4Princpiodainafastabilidadedajurisdio(daindeclinabilidade/dodireitodeao/doacessoordemjurdicajusta)
1.5Princpiodapublicidade
1.6Princpiodaindelegabilidade
1.7Princpiodainevitabilidade
1.8Princpiodainvestiduraregular
1.9Princpiodaadernciaaoterritrio(territorialidade)
2Competncia
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2.1Introduo
2.2Competnciaemrazodamatria(rationemateriae)
2.3Competnciaemrazodapessoa(rationepersonae)
2.4Competnciafuncional
2.5Competnciaterritorial(rationeloci)
2.6Competnciaemrazodovalordacausa
3CompetnciamaterialeemrazodapessoadaJustiadoTrabalho
3.1Art.114,caput,daCFcompeteJustiadoTrabalhoprocessarejulgar
3.2Art.114,I,daCFaesoriundasdarelaodetrabalho,abrangidososentesdedireitopblicoexternoedaAdministraoPblicadiretaeindiretadaUnio,dosEstados,doDistritoFederaledosMunicpios
3.2.11parte:aesoriundasdarelaodetrabalho
3.2.22parte:entesdedireitopblicoexterno
3.2.33parte:entesdaAdministraoPblicaDiretaeIndiretadaUnio,dosEstados,doDistritoFederaledosMunicpios
3.2.44parte:previdnciacomplementarprivada
3.3Aesqueenvolvamexercciododireitodegreve(art.114,II,daCF)
3.3.1Aespossessriasqueenvolvamexercciododireitodegreve
3.3.2Aesqueenvolvamagrevedosservidorespblicoscivis
3.4Aessobrerepresentaosindical,entresindicatos,entresindicatosetrabalhadoreseentresindicatoseempregadores(art.114,III,daCF)
3.5Mandadodesegurana,habeascorpusehabeasdata,quandooatoquestionadoenvolvermatriasujeitasuajurisdio(art.114,IV,daCF)
3.5.1Mandadodesegurana
3.5.2Habeascorpus
3.5.3Habeasdata
3.6Conflitosdecompetnciaentrergoscomjurisdiotrabalhista,ressalvadoodispostonoart.102,I,o,daConstituioFederalde1988(art.114,V,daCF)
3.7Aesdeindenizaopordanomoraloupatrimonial,decorrentesdarelaodetrabalho(art.114,VI,daCF)
3.8Aesrelativasspenalidadesadministrativasimpostasaosem-pregadorespelosrgosdefiscalizaodasrelaesdetrabalho(art.114,VII,daCF)
3.9Execuo,deofcio,dascontribuiessociaisprevistasnoart.195,I,a,eII,eseusacrscimoslegais,decorrentesdassentenasqueproferir(art.118,VIII,daCF)
3.10Outrascontrovrsiasdecorrentesdarelaodetrabalho,naformadalei(art.114,IX,daCF)
4CompetnciaterritorialdaJustiadoTrabalho
4.1Aspectosgerais
4.2Regra:localdeprestaodosservios(caput)
4.31exceo:agenteouviajantecomercial
4.42exceo:empregadorquepromovarealizaodeatividadesforadolugardocontratodetrabalho(empregadorviajante)
4.53exceo:competnciainternacionaldaJustiadoTrabalhodissdiosocorridosemagnciaoufilialnoestrangeiro
4.6Forodeeleio(clusuladeeleiodeforo)noProcessodoTrabalho
5CompetnciafuncionaldaJustiadoTrabalho
5.1CompetnciafuncionaldasVarasdoTrabalho
5.2CompetnciafuncionaldosTribunaisRegionaisdoTrabalho
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5.3CompetnciafuncionaldoTribunalSuperiordoTrabalho
5.3.1CompetnciafuncionaldoTribunalPleno
5.3.2CompetnciafuncionaldorgoEspecial
5.3.3CompetnciafuncionaldaSeoEspecializadaemDissdiosColetivos(SDC)
5.3.4CompetnciafuncionaldaSeoEspecializadaemDissdiosIndividuais(SDI)
5.3.5CompetnciafuncionaldasTurmas
5.3.6CompetnciafuncionaldaEscolaNacionaldeFormaoeAperfeioamentodeMagistradosdoTrabalho(ENAMAT)
5.3.7CompetnciafuncionaldoConselhoSuperiordaJustiadoTrabalho(CSJT)
5.3.8DisposiesgeraissobreacompetnciafuncionaldoTribunalSuperiordoTrabalho
VIII-PARTESEPROCURADORESNAJUSTIADOTRABALHO
1Partes
2Capacidades
3Juspostulandi
3.1JuspostulandiforadaJustiadoTrabalho
3.2JuspostulandinombitodaJustiadoTrabalho
4Mandatotcito
5Procurao(mandatoexpresso)
5.1AtuaodoestagiriodeDireito
6Atuaodosindicatocomosubstitutoprocessual
6.1VantagensdaatuaoamplaeirrestritadosindicatocomosubstitutoprocessualnaJustiadoTrabalho
6.2Entendimentosjurisprudenciaisconsolidadosrelevantes
7Assistnciajudiciriaebenefciodajustiagratuita
7.1Assistnciajudiciria
7.2Benefciodajustiagratuita
8Honorriosadvocatcios
9Deveresdaspartesedosprocuradoreselitignciadem-fnoprocessodotrabalho
10Assdioprocessual
10.1Introduo
10.2Conceito
10.3Comportamentos
10.4Requisitosouelementoscaracterizadores
10.5Classificao
10.6Objetotutelado
10.7Diferenasentrelitignciadem-feassdioprocessual
10.8Aodeindenizao
IX-INTERVENODETERCEIROSNOPROCESSODOTRABALHO
1Introduo
2Conceitos
3Fundamentos
-
4Classificao
5Relaesjurdicas
6Procedimentosincompatveis
7Controvrsiadoutrinriaejurisprudencialdocabimentodaintervenodeterceironoprocedimentocomumtrabalhista
8Trmiteprocessual
9Espciesdeintervenodeterceiro
9.1Assistncia
9.1.1Introduo
9.1.2Conceito
9.1.3Amparolegal
9.1.4Interessejurdico
9.1.5Classificao
9.1.6Regras
9.1.7Sequnciadeatosprocessuais
9.1.8Justiadadeciso
9.1.9ExemplosnoProcessodoTrabalho
9.2Oposio
9.2.1Conceito
9.2.2Amparolegal
9.2.3Classificao
9.2.4Regras
9.2.5Sequnciadeatosprocessuais
9.2.6ExemplosnoProcessodoTrabalho
9.3Nomeaoautoria
9.3.1Introduo
9.3.2Conceito
9.4Denunciaodalide
9.4.1Introduo
9.4.2Conceito
9.4.3Amparolegal
9.4.4Duplafinalidade
9.4.5Hiptesesdecabimento
9.4.6Obrigatoriedadeoufacultatividade?
9.4.7Regrasprocessuais
9.4.8ExemplosnoProcessodoTrabalho
9.5Chamamentoaoprocesso
9.5.1Introduo
9.5.2Conceito
9.5.3Amparolegal
9.5.4Hiptesesdecabimento
-
9.5.5Regrasprocessuais
9.5.6ExemplosnoProcessodoTrabalho
9.6Doincidentededesconsideraodapersonalidadejurdica
9.7Doamicuscuriae
X-ATOS,TERMOSEPRAZOSPROCESSUAISTRABALHISTAS
1Introduo
2Princpiosqueregemosatosprocessuais
3Caractersticasdosatosprocessuais
4Classificaodosatosprocessuais
4.1Atosdaspartes
4.2Atosdojuiz
4.3Atosdosauxiliaresdajustia
5Formasdecomunicaodosatosprocessuaistrabalhistas
5.1NotificaodaFazendaPblicanaJustiadoTrabalho
6Caractersticasdosatosprocessuaistrabalhistas
7Prazosprocessuais
7.1Classificaodosprazosprocessuais
7.2Contagemdeprazosprocessuaistrabalhistas
7.2.1Pontospolmicos
8Prticadeatosprocessuaispelosistemadofac-smile(fax)
9Prticadeatosprocessuaispore-mail(correioeletrnico)
10Prticadeatosprocessuaispormeioseletrnicos
11Termosprocessuais
12Distribuioeregistro
12.1Distribuiopordependncia
13Custaseemolumentos
14Ordemcronolgicadeconclusoparaadeciso
XI-NULIDADESPROCESSUAISTRABALHISTAS
1Conceito
2Vciosoudefeitosdosatosprocessuais
3Princpiosqueregemasnulidadesprocessuaistrabalhistas
3.1Princpiodainstrumentalidadedasformasoudafinalidade(princpiodaprimaziadafinalidadesobreaformadoatoprocessual)
3.2Princpiodoprejuzooudatranscendncia
3.3Princpiodapreclusooudaconvalidao
3.4Princpiodaeconomiaprocessual
3.5Princpiodointeresse(aningumlcitoalegaraprpriatorpezaemjuzo)
3.6Princpiodautilidade(dacausalidade,daconcatenaooudainterdependnciadosatosprocessuais)
4AnlisedosartigosdoCdigodeProcessoCivilde2015
XII-PETIOINICIALTRABALHISTA
-
1Conceitoecaractersticas
2Classificao
2.1Reclamaotrabalhistaverbal
2.2Petioinicialtrabalhistaescrita
3Emendadapetioinicialtrabalhista
4Indeferimentodapetioinicialtrabalhista
5Aditamentodapetioinicialtrabalhista
6PrincpiodaextrapetiooudaultrapetionoProcessodoTrabalho
XIII-DEFESAS/RESPOSTASDORECLAMADO
1Teoriageral
2Revelia
3Contestao
3.1Compensao
3.2Reteno
4Exceesrituais
4.1Exceodeincompetnciarelativa
4.2Exceodesuspeioedeimpedimento
5Reconveno
5.1Origemeconceito
5.2Naturezajurdica
5.3Amparolegal
5.4Denominaodaspartes
5.5Requisitos
5.6ExemplosdereconvenonaJustiadoTrabalho
5.7Legitimidadeextraordinria(substituioprocessual)
5.8Aspectosprocedimentais
5.9Aesdplices
5.10Hiptesesdenocabimento
5.11ReconvenodereconvenonoDireitoProcessualdoTrabalho
XIV-PRESCRIOEDECADNCIANOPROCESSODOTRABALHO
1Prescrio
1.1Conceitoeaspectosintrodutrios
1.2Previsoconstitucionaleinfraconstitucional
1.3Regra:prescrioquinquenalebienal
1.4Excees
1.4.1Aesmeramentedeclaratrias
1.4.2Menor
1.4.3FGTS
1.5Rurcola
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1.6Trabalhadoravulso
1.7Prescriototaleparcial
1.7.1Introduo
1.7.2Diferenas
1.7.3Concluses
1.7.4OutrosentendimentoscristalizadosdoTST
1.8Suspensodocontratodetrabalhoesuspensodaprescrio
1.9Interrupodaprescrio
1.10EntendimentosconsolidadosdoTribunalSuperiordoTrabalho
1.11PrescriodeofcioeseucabimentonoProcessodoTrabalho
2Decadncia
XV-AUDINCIASTRABALHISTAS
1Conceito
2Finalidadesehistria
3Caractersticas
4Atrasodojuizedaspartes
5Audinciaunaepossibilidadedefracionamento
6Obrigatoriedadedocomparecimentopessoaldaspartesemaudincia
7Representaoprocessualdaspartesemaudincia
7.1Representaoprocessualdoempregadoremaudincia
7.2Representaoprocessualdoempregadoemaudinciatrabalhista
8Ausnciadaspartesnodiadaaudincia
9Tentativasobrigatriasdeconciliaonoprocedimentoordinrio
XVI-PROVASTRABALHISTAS
1.Teoriageraldasprovastrabalhistas
1.1Conceito
1.2Amparolegal
1.3Princpios
1.3.1Princpiosdodevidoprocessolegal,docontraditrioedaampladefesa
1.3.2Princpiodaparidadedearmasprobatria(daigualdadeouisonomiaprobatria)
1.3.3Princpiodoconvencimentomotivadooudapersuasoracionaldojuiz
1.3.4Princpiodalicitudeeprobidadedaprova
1.3.5Princpiodabuscadaverdadereal(princpioinquisitivoouinquisitrio)
1.3.6Princpiodanecessidadedaprova
1.3.7Princpiodaaquisioprocessual
1.3.8Princpiodaimediatidade
1.3.9Princpiodaoralidade
1.4Finalidades
1.5Objeto
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1.6nusdaprova
1.7Observaesfinais
2Provastrabalhistasemespcie
2.1Provatestemunhal
2.1.1Introduoeconceito
2.1.2Caractersticas
2.1.3Admissibilidadeevalorprobante
2.1.4Limitelegaldonmerodetestemunhas
2.1.5Capacidadeparadepor.Causasdeincapacidade,deimpedimentoedesuspeio
2.1.6Qualificaoecompromissodedizeraverdade
2.1.7Contradita
2.1.8Comparecimentodatestemunhaemaudinciaindependentementedeintimao
2.1.9Depsitoprviodoroldetestemunhas
2.1.10Substituiodastestemunhas
2.1.11Aspectosprocessuais
2.1.12Acareao
2.2Provapericial
2.2.1Conceitoecabimento
2.2.2Espcies
2.2.3Perito
2.2.4Produodaprovapericial
2.2.5Assistentetcnico
2.2.6Compromisso
2.2.7Causasdeimpedimentoedesuspeio
2.2.8Indeferimentodaprovapericial
2.2.9Honorrios
2.3Provadocumental
2.3.1Conceito
2.3.2Forma
2.3.3Momentoprocessualdeproduo
2.3.4CTPS(CarteiradeTrabalhoePrevidnciaSocial)
2.3.5Cartodeponto
XVII-PROCEDIMENTOSTRABALHISTASCLERES
1Procedimentosumrio(dissdiodealada)
2Procedimentosumarssimo
2.1Aspectosgerais
2.2Previsolegal
2.3Caractersticas
2.4Revogaoounodoprocedimentosumrio(dissdiodealada)
2.5Observnciaobrigatriaoufacultativadoprocedimentosumarssimo
-
2.6Conversodoprocedimentosumarssimoparaordinrio
XVIII-SENTENATRABALHISTA
1Pronunciamentosdojuiz
2Conceitoenaturezajurdicadesentena
3Classificaesdesentena
4Aspectosprocedimentais
5Importnciadasentena
XIX-RECURSOSTRABALHISTAS
1Teoriageraldosrecursostrabalhistas
1.1Conceito,naturezajurdicaefundamentos
1.2Princpiosqueregemosrecursostrabalhistas
1.2.1Princpiododuplograudejurisdio
1.2.2Princpiodataxatividade,dalegalidadeoudareservalegal
1.2.3Princpiodaunirrecorribilidade,singularidadeouunicidaderecursal
1.2.4Princpiodafungibilidadeoudaconversibilidaderecursal
1.2.5Princpiodavedaodareformatioinpejus(nonreformatioinpejus)
1.2.6Princpiodavariabilidaderecursal
1.3DoduplograudejurisdioobrigatrioeseucabimentonoProcessodoTrabalho
1.4Caractersticas/peculiaridadesdosrecursostrabalhistas
1.4.1Prazosrecursaistrabalhistasuniformes/uniformidadedosprazosrecursaistrabalhistas
1.4.2Irrecorribilidadeimediata/direta/emseparado/autnomadasdecisesinterlocutrias(emregra)
1.4.3Osrecursostrabalhistassodotadosapenasdoefeitodevolutivo(emregra)
1.4.4Inexigibilidadedefundamentao
1.4.5Impossibilidadedeinterposioderecursosnoprocedimentosumrio(dissdiodealada)
1.5Efeitosdosrecursostrabalhistas
1.5.1Efeitodevolutivo
1.5.2Efeitosuspensivo
1.5.3Efeitotranslativo
1.5.4Efeitoregressivo
1.5.5Efeitosubstitutivo
1.5.6Efeitoextensivoouexpansivo
1.6Pressupostosrecursais
1.6.1Previsolegal(cabimento)
1.6.2Adequao
1.6.3Tempestividade
1.6.4Preparo
1.6.5Regularidadeformal(regularidadederepresentao)
1.6.6Legitimidade
2Recursostrabalhistasemespcie
-
2.1Embargosdedeclarao
2.1.1Naturezajurdica
2.1.2Amparolegal
2.1.3Prazo
2.1.4Preparo
2.1.5Hiptesesdecabimento
2.1.6Juzosdeadmissibilidaderecursal
2.1.7Interrupodosprazosrecursais
2.1.8Embargosdedeclaraoprotelatrios
2.1.9Fichamento
2.2Recursoordinrio
2.2.1Introduo
2.2.2Amparolegal
2.2.3Prazo
2.2.4Preparo
2.2.5Hiptesesdecabimento
2.2.6Juzosdeadmissibilidaderecursal
2.2.7Procedimentosumarssimo
2.3Agravodeinstrumento
2.3.1Introduo
2.3.2Amparolegal
2.3.3Preparo
2.3.4Hiptesedecabimento
2.3.5Juzosdeadmissibilidaderecursal
2.3.6Peasobrigatriasefacultativas
2.3.7Sequnciadeatosprocessuais
2.4Agravoregimental(agravointerno)
2.4.1Introduo
2.4.2Amparolegal
2.4.3Prazo
2.4.4Preparo
2.4.5Hiptesesdecabimento
2.4.6Juzosdeadmissibilidade
2.5Recursoderevista
2.5.1Introduo
2.5.2Amparolegal
2.5.3Prazo
2.5.4Preparo
2.5.5Hiptesesdecabimento
2.5.6Juzosdeadmissibilidaderecursal
-
2.5.7Pressupostosrecursaisextrnsecosespecficos
2.5.8Fundamentaojurdica
2.5.9Procedimentosumarssimo
2.5.10Liquidaotrabalhistaeexecuotrabalhista
2.5.11ExecuesfiscaisecontrovrsiasdafasedeexecuoqueenvolvamaCertidoNegativadeDbitosTrabalhistas(CNDT)
2.5.12Divergnciaatual
2.5.13PoderesdoMinistroRelator
2.5.14Comprovaodadivergnciajurisprudencialacrdoparadigma
2.5.15Regrasprocedimentais
2.5.16Defeitoformalquenosereputegrave
2.5.17Institutodosrecursosrepetitivosnombitodorecursoderevista
2.6EmbargosnoTST
2.6.1ReformanaCLT
2.6.2Amparolegal
2.6.3Embargosdedivergncia
2.6.4Embargosinfringentes
2.7Recursoextraordinrio
2.8Agravodepetio
2.8.1Amparolegal
2.8.2Prazo
2.8.3Preparo
2.8.4Hiptesedecabimento
2.8.5Juzosdeadmissibilidade
2.8.6Pressupostorecursalespecfico
2.8.7Contribuiessociais
2.9Recursoadesivo
2.9.1Introduo
2.9.2Amparolegal
2.9.3CompatibilidadecomoProcessodoTrabalho
2.9.4Requisitosparaocabimentodorecursoadesivo
2.9.5Recursosprincipaisquepodemseradesivados
2.9.6Prazo
2.9.7Preparo
2.9.8Juzosdeadmissibilidade
2.9.9Desnecessidadedevinculaodematrias
2.10Recursodereviso(pedidodereviso)
2.10.1Introduo
2.10.2Amparolegal
2.10.3Hiptesedecabimento
2.10.4Trmiteprocessual
-
2.10.5Peculiaridadesdorecursodereviso
2.11Recursoordinrioconstitucional
XX-LIQUIDAODESENTENATRABALHISTA
1Conceito,naturezajurdicaeconsideraesiniciais
2Amparolegal
3Espciesdeliquidao
3.1Liquidaoporclculo
3.2Liquidaoporarbitramento
3.3Liquidaoporartigos
4Princpiodafidelidadesentenaexequenda
5Impugnaocontadeliquidao(impugnaosentenadeliquidao)
6Naturezajurdicadasentenadeliquidaoerespectivorecurso
XXI-EXECUOTRABALHISTA
1Aspectoshistricos
2Introduo
3Princpiosqueregemaexecuotrabalhista
3.1Princpiodaefetividade
3.2Princpiodahumanizaodaexecuo(princpiodadignidadedapessoadoexecutado/princpiodonoaviltamentododevedor)
3.3Princpiodanaturezarealoudapatrimonialidade
3.4Princpiodaexecuodeformamenosonerosaparaoexecutado(princpiodanoprejudicialidadeparaodevedor)
3.5Princpiodaprimaziadocredortrabalhista
3.6Princpiodapromooexofficiodaexecuotrabalhista(princpiodoimpulsooficialdaexecuotrabalhista)
3.7Princpiodalimitaoexpropriatria
3.8Princpiodamitigaodocontraditrio
3.9Princpiodautilidade
3.10Princpiodaespecificidade
3.11Princpiodaresponsabilidadedasdespesasprocessuaispeloexecutado
3.12Princpiodadisponibilidade
3.13Princpiodafunosocialdaexecuotrabalhista
4LacunanaCLTeaplicaosubsidiria
5Regramentolegal
6Autonomia
7Ttulosexecutivostrabalhistas
7.1Introduo
7.2Ttulosexecutivosjudiciaistrabalhistas
7.3Ttulosexecutivosextrajudiciaistrabalhistas
7.4Roltaxativooumeramenteexemplificativo?
8Competncia
9Legitimidade
-
9.1Legitimidadeativa
9.2Legitimidadepassiva
10Execuoporquantiacertacontradevedorsolvente
11Procedimentodaexecuoporquantiacertafundadaemttuloexecutivoextrajudicialtrabalhista
XXII-DISSDIOCOLETIVO
1Formasdesoluodosconflitoscoletivosdetrabalho
1.1Autotutela(autodefesa)
1.2Autocomposio
1.3Heterocomposio
2OrigensdopodernormativodaJustiadoTrabalho
3Conceito
4Amparolegal
5Diferenasentredissdiocoletivoedissdioindividual
6PodernormativodaJustiadoTrabalho
6.1VantagensedesvantagensdopodernormativodaJustiadoTrabalho
6.2ExtinooulimitaodopodernormativodaJustiadoTrabalho?
7Pressuposto
8Classificao
9EntendimentosconsolidadosdoTST
10Sentenanormativa
10.1Conceito
10.2Vigncia
10.3Prazomximodevigncia
10.4Extenso
10.5Reviso
10.6Repercussonoscontratosindividuaisdetrabalho
10.7Coisajulgada
10.8Recursos
11Sequnciadeatosprocessuaisemumdissdiocoletivo
12Aodecumprimento
12.1Conceito
12.2Amparolegal
12.3Fundamentodecriao
12.4Naturezajurdica
12.5Competncia
12.6Legitimidade
12.7Desnecessidadedotrnsitoemjulgadodasentenanormativaparaaproposituradaaodecumprimento
12.8Produodeprovas
12.9Prazoprescricional
12.10OutrosentendimentosconsolidadosrelevantesdoTribunalSuperiordoTrabalhosobreaodecumprimento(SDI-1)
-
XXIII-AORESCISRIANAJUSTIADOTRABALHO
1Introduo
2Conceito
3Naturezajurdica
4Amparolegal
5Requisitos
6Competnciamaterialefuncional
7Legitimidade
8Hiptesesdecabimento
8.1Severificarquefoidadaporforadeprevaricao,concussooucorrupodojuiz
8.2Proferidaporjuizimpedidoouporjuzoabsolutamenteincompetente
8.3Resultardedolooucoaodapartevencedoraemdetrimentodapartevencidaou,ainda,desimulaooucolusoentreaspartes,afimdefraudaralei
8.4Ofenderacoisajulgada
8.5Violarmanifestamentenormajurdica
8.6Seforfundadaemprovacujafalsidadetenhasidoapuradaemprocessocriminalouvenhaaserdemonstradanaprpriaaorescisria
8.7Obtiveroautor,posteriormenteaotrnsitoemjulgado,provanovacujaexistnciaignoravaoudequenopdefazeruso,capaz,porsis,delheassegurarpronunciamento
8.8Fundadaemerrodefatoverificvelnoexamedosautos
9Acordohomologadojudicialmente
10Aspectosprocedimentais
11Aorescisriaesuspensodocumprimentodadecisorescindenda
12Honorriosadvocatcios
13Prazodecadencial
14OutrosentendimentosconsolidadosdoTribunalSuperiordoTrabalho
XXIV-INQURITOJUDICIALPARAAPURAODEFALTAGRAVE
1Conceitoenaturezajurdica
2Amparolegal
3Hiptesesdecabimento
4Regrasprocedimentais
5Efeitosdadeciso
6Inquritojudicialparaapuraodefaltagrave(naturezadplice)ereconveno
XXV-ESTUDOSDONOVOCDIGODEPROCESSOCIVILESEUSREFLEXOSNOPROCESSODOTRABALHO
1IntroduoeprincpiosdoCdigodeProcessoCivilde2015
2Princpiodasubsidiariedadeesupletividade
2.1AslacunasdaCLTeaaplicaosubsidiriadoDireitoProcessualCivilaoDireitoProcessualdoTrabalho
2.2Apolmicadoart.15doCdigodeProcessoCivilde2015aplicaosupletivaesubsidiriaaoProcessodoTrabalho
3DaimperfeiodaaplicaosupletivaesubsidiriadoNovoCdigodeProcessoCivilaoProcessodoTrabalho
4DoativismojudicialdoTribunalSuperiordoTrabalhocomoesforohermenuticojurisprudencialdeadaptaodosseusentendimentosconsolidadosaoNovoCdigodeProcessoCivil
-
Referncias
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PREFCIO4EDIO
ODireitoProcessualdoTrabalhopossuinormasprpriaseapresentapeculiaridadesqueodistinguem
doDireitoProcessualCivil,noobstanteaprpriaConsolidaodasLeisdoTrabalhotenhaoprocesso
comumcomosuafontesubsidiria,conformedispeemseuart.769.
Oavanodalegislaoprocessualtrabalhista,aliadosedimentaodajurisprudncianestecampoe
complexidadeaqueassistimosnasrelaesentreempregadoseempregadores,exigedoprofissional
queprocuraatuarnestareaumaconstanteatualizao.
Eis a a importncia de uma bibliografia completa e atualizada, a fim de auxiliar o estudante e o
profissionaldoDireitonaexatacompreensodosfenmenosprocessuaisesuacorretaequao.Olivro
ManualdeProcessodoTrabalho,daautoriadoadvogadoemestreemDireitoLeonePereira,constitui
uminstrumentovaliosoparatodososquesededicamaesteestudo.
OCaptuloIdolivroexaminaahistriadodireitoprocessualbrasileiro,enquantoosCaptulosIIeIII
cuidam respectivamente dos conceitos bsicos da disciplina e dos princpios que informam oDireito
ProcessualdoTrabalho.
A seguir osCaptulos IV,V eVI dedicam-se ao estudodaorganizaoda Justia doTrabalho, das
ComissesdeConciliaoPrviaedoMinistrioPblicodoTrabalho,ataquiseocupandooautordas
questesintrodutriasfundamentaisparaaboacompreensodosfenmenosprocessuais.
importante ressaltarqueo livro,ao finaldecadacaptulo,desdequepertinente,expeaposio
doutrinriadoautor,almdetrazerquestesdeconcursospblicossobreosvariadostemas,oquetorna
afontedeconsultaamaiscompletapossvel.
Prossegueosumrio,comoCaptuloVII,agora j ingressandonoexamedoprocessopropriamente
dito, com o exame da jurisdio e competncia da Justia do Trabalho, com todos os seus aspectos,
apresentadosdeformadidtica,facilitandoaconsultaeacompreenso.
-
OestudodotemadasparteseprocuradoresedaintervenodeterceiroscompeosCaptulosVIIIe
IX,comocuidadodeanalisarcadafiguraprocessual,almdaposiodoautor,quandopertinente.
OsCaptulosXeXIdestinam-seaoexamedosatosprocessuais,dasnulidadesprocessuais,enquanto
os Captulos XII e XIII cuidam da fase postulatria, tratando da petio inicial e da resposta do
reclamado,sobasvriasformasecontedoquepodemassumir.Aprescrioeadecadncia,ligadas
posiodoru,compemoCaptuloXIV.
ProssegueaobracomosCaptulosXV,XVIeXVIIabordandoos temasdaaudincia,dasprovase
dosdenominadosprocedimentoscleres,comoosprocedimentossumrioesumarssimo,semprecomas
referidasquestesparaconcursos,aofinaldecadacaptulo,paraauxiliaroestudiosoarevisaramatria
recm-exposta.
OsCaptulosXVIIIeXIX,queseocupamdasentenatrabalhistaedosrecursoscabveisnoprocesso
dotrabalho,concluemapartedolivrodedicadafasedeconhecimentodoprocessodotrabalho.
OsCaptulosXXeXXIcuidamdafasedeliquidaoeexecuo,enquantoosCaptulosXXII,XXIIIe
XXIV tratam respectivamente do dissdio coletivo, da ao rescisria e do inqurito judicial para
apuraodefaltagrave.
Oltimocaptulo (oXXV) tratadonovoCdigodeProcessoCivile seus reflexosnoprocessodo
trabalho.
Comovemos,olivroocupa-sedetodooprocessodotrabalho,comriquezadeinformaesedetalhes
e,considerandosuaexcelentequalidadeeseucontedosuperior,alcanasua4edio,merecidamente.
Otextoextremamenteatual,comainseroinclusivedaLein.13.015/2014,revelando-sedegrande
importncia para o estudante e o profissional que se dedica ao direito processual, especialmente o
processodotrabalho.
OprofessoremestreLeonePereiradoutornoProgramadePs-GraduaodaPUC-SP,noqualtive
ahonradeserseuorientador.professorconsagrado,comlargaexperincianomagistrio.
AtualmentecoordenaareatrabalhistadoDamsioEducacional,ondelecionaDireitodoTrabalhoe
ProcessodoTrabalho,almdelecionarnaEscolaSuperiordeAdvocaciaenaFundaoGetulioVargas.
advogadomilitanteemSoPaulo,almdeconsultorjurdico,sendoautordediversasobraseartigos
-
jurdicos.
OlivroqueLeonePereiraeaEditoraSaraivatrazemaopblico,emsua4edio,ocupaespaode
destaquenaliteraturajurdica,especificamentenoDireitoProcessualdoTrabalho,constituindovalioso
instrumentoparaamelhoriadaentregadaprestaojurisdicional.
ProfessorDoutorPedroPauloTeixeiraManus
DiretordaFaculdadedeDireitodaPUCSP
ProfessorTitulardeDireitodoTrabalhodaPUCSP
MinistroaposentadodoTribunalSuperiordoTrabalho
-
NOTADOAUTOR4EDIO
Em primeiro lugar, agradecemos imensamente a todos os leitores e estudiosos desteManual! Com
certeza,trata-sedeumgrandeincentivoacontinuarmosestudandocomafincoparasuaconstantereviso,
atualizaoeampliao.
Ficamosdisposioparacrticasconstrutivasesugestes.Serviroparaocontnuoaprimoramento
daobra.
Estamosfazendoolanamentodestaedioparaoinciodasatividadesacadmicaseletivas,oque
nosdeixamuitofelizeseempolgados.
EsperamosqueelapossacontribuirparaocrescimentodareaJurdicaTrabalhista,servindodebase
paraosestudosdosacadmicosdoDireito,estudiososdereascorrelatas,pesquisadores,daquelesque
sepreparamparaExamedeOrdemeConcursosPblicos,bemcomoparaosoperadoresemilitantesda
praxe forense (advogados, magistrados trabalhistas, procuradores do trabalho, analistas e tcnicos,
procuradoresetc.).
Aobraapresenta,comlinguagemdidticaeacessvel,osgrandesinstitutosdoDireitoProcessualdo
Trabalho,aliandoalegislao,adoutrinaeajurisprudnciacorrelata.
Aborda,tambm,asgrandeseatuaiscontrovrsiasdoutrinriasejurisprudenciais.
Ademais, apresenta como grande destaque a abordagem da entrada em vigor do Novo Cdigo de
Processo Civil e seus reflexos no Processo do Trabalho, consignando as Resolues 203 a 214 do
TribunalSuperiordoTrabalho.
Realmente, estemomentohistricoprocessual trabalhista dopas consubstanciaumgrande estmulo
para os estudiosos da cincia processual laboral, que participaro in natura da evoluo e
aprimoramentodosistemaprocessualtrabalhistaedamelhoriadaprestaojurisdicionallaboral.
-
Vale ressaltar que, como o tema complexo e novo, vem gerando grande ciznia doutrinria e
jurisprudencial,oquenodeverepresentardesestmuloouilaoobstaculizanteparaocontnuoestudo
dacincia.Muitopelocontrrio!Oenfrentamentodedesafiosfundamentalparaocrescimentopessoal
eaevoluodasociedadecomoumtodo!
Reiteramososagradecimentos,decorao,pelaconfiananonossotrabalho!
Continuaremos estudando, trabalhando e aproveitando toda a nossa experincia acadmica para o
constanteaperfeioamentodaobra!
Odesafiocontinua!Esemprecontinuar...
Abaixoestotodasasminhasredessociais.
Umforteabraoebonsestudos!
Pensamentopositivoenimofirme!
Dezembro/2016
Instagram:professorleonepereira
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Periscope:@ProfLeone
Site:www.professorleonepereira.com.br
E-mail:[email protected]
NOTADOAUTOR3EDIO
http://www.professorleonepereira.com.brmailto:[email protected]
-
Caro(a)Leitor(a),
Emprimeirolugar,agradeoimensamentealeituradomeuManualdeProcessodoTrabalho.
Aobrafoitotalmenterevista,atualizadaeampliada,combasenanecessidadeprticadosquemilitam
nareatrabalhista,bemcomodaquelesquesepreparamparaasprovasdeExamedeOrdemeConcursos
Pblicos,certamescadavezmaiscomplexoseconcorridos.
IncluumnovoCaptulo,destinadoaoInquritoJudicialparaApuraodeFaltaGrave,ampliandoos
estudosdosProcedimentosEspeciaiscabveisnaJustiadoTrabalho.
Ademais,inclunovasquestesemtodososCaptulos.Continuoreforandoatesedanecessidadedo
treinodos estudos.Humhiatomuitogrande entre saber amatria e ir bemnos testes.Somente com
treinointensodemuitostestespossvelchegartosonhadaaprovao.Comosempredigo,nopain,
nogain!(semdor,nohganho!).
Reiteroque aminha intenono foi esgotar todas asdiscussesdoutrinrias e jurisprudenciais do
DireitoProcessualdoTrabalho.Nunca tereiessapretenso.Aminha ideiafoialinhavarumaobraque
proporcionasseumestudodidticodacinciaprocessuallaboral.
Espero, sinceramente, que esta obra continue atendendo s necessidades dos estudantes de Direito
(alunosdegraduaoeps-graduao),dosquesepreparamparaosconcursospblicos(Magistratura
do Trabalho, doMinistrio Pblico do Trabalho, de Analista e Tcnico dos Tribunais Regionais do
Trabalho e doTribunal Superior doTrabalho, deAuditor-Fiscal doTrabalho, das Procuradorias, das
Defensorias etc.), dos estagirios, advogados, procuradores do trabalho, juzes, desembargadores e
ministros do trabalho e de todos aqueles que queiram conhecer mais o magnfico ramo do Direito
ProcessualdoTrabalho.
Ficodisposioparaorecebimentodecolaboraes,crticasesugestes,quesempreserobem-
vindasparaoengrandecimentodaobraeparaapublicaodasnovasedies.
Boaleitura!
LeonePereira
-
Julhode2014
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Instagram:professorleonepereira
NOTADOAUTOR2EDIO
Caro(a)Leitor(a),
Comimensasatisfaoapresentoa2EdiodomeuManualdeprocessodotrabalhopublicadopela
EditoraSaraiva!
Elafoitotalmenterevista,atualizadaeampliada.
frutodeaproximadamente10anosdeintensomagistrionaGraduao,Ps-Graduao,bemcomo
emdiversoscursospreparatriosparaoExamedeOrdemeConcursosPblicos.
Tambm,asdiversaspalestrasquetenhoproferidoemtodooBrasilcontriburamsignificativamente
paraoaperfeioamentodaobra.
Atualmente,souoCoordenadordareaTrabalhistadotradicionalComplexoEducacionalDamsiode
Jesus e Professor de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Prtica Trabalhista na mesma
instituio.
Mantiveaexposiodidticadosgrandestemastradicionais,atuaisepolmicos.
Trouxediversosquadros sinticos, emuitasquestes atualizadas e cuidadosamente selecionadas ao
mailto:[email protected]://www.professorleonepereira.com.br
-
finaldecadacaptulo,oquecontribuiremmuitoparaacompreensoefixaodamatria.
Dei especial ateno jurisprudncia trabalhista, com a meno das Smulas, Orientaes
Jurisprudenciais e Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho, do Supremo Tribunal
FederaledoSuperiorTribunaldeJustia.
Fiz a consignao dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais para trazer celeridade na
leitura.
A Editora Saraiva fez um excelente trabalho editorial, que auxiliar substancialmente a leitura
agradveldacomplexaCincia.
Fico disposio para o envio de crticas construtivas e sugestes, que serviro para o
engrandecimentodaobra.
Continueestudandocomdedicao,disciplina,pacinciaeperseverana!
NoimportaseosseusestudossodirecionadosparaaGraduao,Ps-Graduao,ExamedeOrdem,
ConcursosPblicos,pesquisaouatuaoprofissional,todooesforoserrecompensado!
Comoeusempredigonasminhasaulasenasredessociais,PensamentoPositivoenimoFirme!
LeonePereira
Janeirode2013
www.professorleonepereira.com.br
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NOTADOAUTOR
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Depoisdemuitadedicaoedisciplina,conseguifinalizaraminhaprimeiraobradeflego!
Nomomentodarevisofinaldaobra,fuilembrandoondeestavaquandoescrevicadapgina,quantas
horas de renncia ao lazer, ao convvio com a famlia, os amigos... Mas todo o esforo ser
recompensado,eesperoquevoc,leitor,nelaencontreocontedonecessrioparaoseuaprendizadoe,
porconsequncia,obtenhasucessonasprovasdeExamedeOrdemouConcursosPblicosounaprpria
carreira profissional! Que seja estemais um trabalho a engrandecer a cincia laboral trabalhista e a
condiosocialdotrabalhadoredasociedade!
Confesso que ao assumir o compromisso de lanar umManual pela Editora Saraiva, tinha pouca
noodoqueeraescreverumlivrocomoeste!Hoje,quandoentroemumalivrariaoubiblioteca,fico
imaginandoquantashorasosautorestambmabrirammodesuavidapessoalembenefciodacultura,
deumasociedademelhor!Aquiexpressosincerahomenagematodososautores!Desejo,decorao,que
continuemcomopensamentopositivoeonimofirmeemproldosestudosjurdicos!Osoperadoresdo
Direitoprecisamdesuacontribuio!
A obra destina-se aos estudantes da Graduao e Ps-Graduao, do Exame de Ordem e dos
ConcursosPblicoseaosprofissionaisquemilitamnasearatrabalhista.
Nossadidticacompreendeuaseleodecitaesdoutrinriaspertinentesaosinstitutosemestudo,a
abordagemdosassuntosmaiscobradospelasbancasexaminadoras,bemcomoaquelesentendidoscomo
tradicionais, atuais e polmicos.Ao final, para a fixaodamatria, reunimosquestes doExameda
OABedosconcursospblicosmaisconcorridos.
Decorridoscercade10anosdemilitnciaemsaladeaulacomapreparaodosalunosemExamede
OrdemeConcursosPblicos,surgiuaideiadepublicaroManual.
Na verdade, a carreira como professor iniciou-se na Graduao, quando era assistente de Direito
ProcessualCivil.Apsas aulaseantesdasprovas, eramonitor e lecionavaparaumgrupodealunos
maisinteressadosquequeriamteraulasalmdohorrionormal.
-
Depois,comoreforonapreparaodosalunosparaa1FasedoExamedeOrdem,fuimonitorno
Complexo Educacional Damsio de Jesus, onde lecionava tarde Direito do Trabalho, Direito
ProcessualdoTrabalho,DireitoProcessualCivileDireitoConstitucional.
Fui tambmprofessordoCentraldeConcursos,cursinhoporque tenhomuitagratido,pois lpude
pegar o palco da aula. Ministrava aulas de Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito
Processual Civil, Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho para concursos que exigem
formaoemensinomdioe superior.Chegavaa lecionar12horas/aulade segundaa sexta, emais8
horas/aula nos sbados e domingos, completando 76 horas/aula na semana. Mas alm de trabalhar
freneticamente,a semanacomportavaaulasem todasasunidades (CentrodeSoPaulo,SantoAmaro,
SantoAndreAlphaville).Eramuitocomum lecionardemanhemAlphaville, tardenoCentroe
noiteemSantoAmaro.Masvaleumuitotodoesseesforo,poisenfrentavatodosostiposdealunos:os
educados,osdesafiadores,osindiferentes,osinteressados.Salascommaisde200alunospresenciais.
Difcilesquecerumacenamarcante:eraomeuprimeirodia,eaoentraremsalaumasenhoramedisse:
Noacreditoquevouteraulacomalgummaisnovodoqueeu.Caaramumalunoparadaraula.Ela
levantouefoiembora,semmedaroportunidadeparadizerboa-noite.Bem,soosossosdoofcio...
TenhotambmgrandegratidopeloCursoIdejur,emSantoAndr,ondeministreiaulasdeDireitodo
TrabalhoeProcessodoTrabalhoparaa1e2FasesdoExamedeOrdem!
No Centro de So Paulo, dei aula emmuitos outros cursinhos: Foco; Soluo; Sucesso; Legale; e
Formao.
AgradeotambmimensamenteaoCursoRobortella,poislecioneimuitosanosDireitodoTrabalhoe
DireitoProcessualdoTrabalhonosseuscursostrabalhistas,umdosmaisconhecidoseconsagradosna
reatrabalhistadoBrasil!
Apsessalongatrajetria,perodoemquechegueiatrabalhar6mesessemnenhumdiadefolga(de
segunda a segunda), fui lecionar como professor-assistente no Complexo Jurdico Damsio de Jesus,
instituiopelaqualsempretivemuitaadmiraoerespeito!MeupaifoialunodoProfessorDamsiode
Jesus no Instituto Toledo de Ensino em Bauru e eu, aluno do Complexo por 2 anos durante a minha
graduao.
Ento, cheguei aprofessor titulardeDireitodoTrabalho,DireitoProcessualdoTrabalhoeDireito
-
ProcessualCivil,aoladoderenomadosprofessores.
Por fim,chegueiaoImprioLFG(RededeEnsinoLuizFlvioGomes),atualmenteomaiorcurso
telepresencialdoBrasil!Descobrioquesernacionalmenteconhecido,compessoasocumprimentando
emaeroportos,nas ruas,emshoppingcenters, emrestaurantesetc.Hojeeubrincoqueseumapessoa
ficarmeolhandomais de 3 segundos, nohesito emcumpriment-la!Alis, tive a sensaodoque
ministraraulasparamilharesdepessoasespalhadaspormaisde400cidadesportodooBrasil!
Diantedoquedescreviacercademinhatrajetriaacadmica,acreditoquepudeadquirirbagagemo
suficienteparaescreverestaobra.
Em nenhum momento tive a inteno de esgotar os assuntos do complexo Direito Processual do
Trabalho!Querodizerqueaseventuaisfalhascontidasnestelivrosoatribudasexclusivamenteamim!
Prometoquevoumeempenharparafazersempreomelhoracadanovaedio!
TerminoaNotadoAutorcomagradecimentosespeciais.EmprimeirolugaraDeus,porproporcionar
tudooqueexiste!
Tambm minha esposa, verdadeiro brao direito sempre me apoiou e soube compreender a
minhaausnciaemproldapesquisaeproduocientfica.Teamoverdadeiramente!
minhafamlia,porrepresentaroalicercedosmeusvaloresticosemorais,queforamfundamentais
paraosucessodaminhacarreira!
Ao Jnatas JunqueiradeMello, pela sua ateno e dedicao ao autor realmente, isso fez toda a
diferenanaproduodaobraerepresentaumgrandediferencialparaaEditoraSaraiva,queamaior
doBrasil!
Estouabertoacrticasesugestes.Deixomeue-mail,abaixoconsignado.
BonsestudosefiquemcomDeus!
Pacincia, perseverana, pensamentopositivo, nimo firme, f inabalvel emDeus e confiana em
seupotencial!Assim,lograrxitoemseusobjetivos!
LeonePereira
-
Dezembrode2010
www.professorleonepereira.com.br
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-
I
HISTRIADODIREITOPROCESSUALDOTRABALHOBRASILEIRO
1INTRODUO
AhistriadoDireitoProcessualdoTrabalhonoseconfundecomadoDireitoProcessualCivil.No
caso do ordenamento processual trabalhista, a sua respectiva histria se entrelaa com a da prpria
histriadaorganizaojudiciriatrabalhista.
Assim,podemosdividirahistriadoDireitoProcessualdoTrabalhoemquatrofases:
fasedeinstitucionalizao;
fasedeconstitucionalizao;
fasedeincorporao;
faseatual.
Passaremosatecercomentriossobreasaludidasfases.
2FASEDEINSTITUCIONALIZAO
Estafasedeinstitucionalizaocompreendetrsperodos.
OprimeiromarcadopelosurgimentodosConselhosPermanentesdeConciliaoeArbitragem,
delineadospelaLein.1.637,de5denovembrode1907.Nessapoca,osprocedimentos referentes
conciliaoeramdisciplinadospeloregimentointernodoprprioConselho.Deoutrasorte,aarbitragem
eradisciplinadapeloDireitoComum.
OsegundoperodoapresentacomocaractersticamarcanteosurgimentodoPatronatoAgrcola,em
SoPaulo,criadoparasolucionarascontrovrsiasentreproprietriosruraisecamponeses(1911).Anos
-
depois, surgemosTribunaisRurais de So Paulo (Lei n. 1.869, de 10-10-1922), por influncia das
constituiesmexicana,de1917,edeWeimar,de1919.Napoca,competiam-lhessolucionarconflitos
de interessesoriundosda interpretaoeexecuodoscontratosdeserviosagrcolas,cujovalorno
poderiaexcederaquinhentosmil-ris.AreferidaleifoiregulamentadapeloDecreton.3.548,de12de
dezembrode1922.Acrescente-sequeosTribunaisRuraisapresentavamapeculiaridadedeadotarum
procedimentosumrio:tomava-seodepoimentodaspartes,procedia-secolheitadasdemaisprovase
proferia-seasentena,umavezquetodoesseritoeraconsubstanciadonomesmoato.
Porfim,noterceiroperodoforamcriadasasComissesMistasdeConciliao(Decreton.21.396,
de12-5-1932) e asJuntas deConciliao e Julgamento (Decreto n. 22.132, de 25-11-1932). Essas
comissestinhamcompetnciaparaconciliarosdissdioscoletivos.EasJuntas,paraconciliarejulgar
osdissdiosindividuaisentreempregadoseempregadores,desdequeosobreirosfossemsindicalizados.
Vale ressaltarqueasComissesMistasdetinhamcompetnciameramenteconciliatria, tendoemvista
queadecisoeradeincumbnciadoMinistrodoTrabalho,mediantelaudoarbitral,consoanteaduziao
Decreton.21.396/32.Outrossim,asdecisesdasJuntasdeConciliaoeJulgamentoeramexecutadas
pelosjuzesfederais.
Nessediapaso,cumprefrisarque,nesseperodo,houveosurgimentodasJuntas,quefuncionavamno
mbitodasDelegaciasdoTrabalhoMartimo(1933)edoConselhoNacionaldoTrabalho(1934).
3FASEDECONSTITUCIONALIZAO
EstafaserecebeessadenominaoporqueasConstituiesFederaisde1934e1937estabeleceram
dispositivosconcernentesJustiadoTrabalho,noobstanteaindanoinclusacomorgodoPoder
Judicirio.Como exemplo, podemos citar o art. 122 daConstituio de 1934, que integrava o Ttulo
referenteOrdemEconmicaeSocial,queassimprevia:Paradirimirquestesentreempregadorese
empregados,regidaspelalegislaosocial,ficainstitudaaJustiadoTrabalho,qualnoseaplicao
disposto noCaptulo IV, doTtulo I (destacamos). EsseCaptulo versava sobre o Poder Judicirio.
Com efeito, o art. 139 daConstituio de 1937 (damesma forma inserido na parte relativa Ordem
Econmica)referia-seJustiadoTrabalhoesuacompetncia,ressalvandoqueaelanoseaplicam
asdisposiesdestaConstituiorelativascompetncia,aorecrutamentoesprerrogativasdajustia
comum. Na mesma linha de raciocnio, o mencionado dispositivo constitucional asseverava que a
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greveeolock-outsodeclaradosrecursosantissociais,nocivosaotrabalhoeaocapitaleincompatveis
com os superiores interesses da produo nacional. Ao interpretarmos essa regra, devemos
contextualiz-laluzdoregimepolticoquevigoravanapoca.
Namesmalinhadeentendimento,oDecreto-Lein.1.237,de2demaiode1939,institucionalizoua
JustiadoTrabalho nosparmetrosqueconhecemosatualmente.Depois, odiploma foi alteradopelo
Decreto-Lein.2.851,de10dedezembrode1940,eesteregulamentadoposteriormentepeloDecreto-Lei
n.6.996,de12dedezembro.
No dia 1 de maio de 1941, instala-se a Justia do Trabalho sob o Governo Getlio Vargas, em
solenidade realizada no estdio do Clube de Regatas Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, onde
comparecerammilharesdetrabalhadores,especialmenteconvocadosparaaocasio,marcadaporpompa
edestaque.
Em10denovembrode1943,entraemvigoraConsolidaodasLeisdoTrabalho (Decreto-Lein.
5.452, de 1-5-1943), trazendo normas processuais trabalhistas, dentre muitas outras disposies.
Inequivocamente, a entrada em vigor do Diploma Consolidado representou um divisor de guas,
consubstanciandoummarcoinicialdahistriamodernadodireitoprocessualdotrabalho.Bastalembrar
queoperodoanterioraoadventodaCLTfoirepresentadopornormastrabalhistasesparsaseescassas.
4FASEDEINCORPORAO
Como o prprio nome denota, a fasemarcada pela incorporao da Justia do Trabalho como
rgodoPoderJudicirionacional.Essa integraofoiefetivadapeloDecreto-Lein.9.777,de9de
setembrode1946,quedispunhasobreaorganizaodaJustiaLaboral.
Todavia,omarcodedestaquefoioadventodaConstituioFederalde1946,quefoiaprimeiraa
integrar a Justia do Trabalho ao Poder Judicirio (arts. 122 e 123). Com efeito, o antigo Conselho
Nacional do Trabalho deu lugar ao Tribunal Superior do Trabalho, e os Conselhos Regionais do
TrabalhoforamsubstitudospelosTribunaisRegionaisdoTrabalho.
5FASEATUAL
Atualmente, temos como caracterstica marcante a morosidade do Poder Judicirio Trabalhista na
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entregadaprestaojurisdicional,caracterizandoumaverdadeiracrisedeefetividade.
PensamosqueamorosidadedoPoderJudiciriotrabalhistanaentregadaprestaojurisdicionalum
assuntocomplexo,queresultadediversosfatores:
nmeroinsuficientedejuzesdotrabalhoeauxiliaresdajustia,tendoemvistaoelevadonmerode
aes trabalhistas, o incremento veemente da populao, a conscientizao dos trabalhadores em
relaoaosseusdireitostrabalhistas;
estruturadosrgosdaJustiadoTrabalhodeficiente,diantedograndemovimentojurisdicional;
procedimentosinternosburocrticosearcaicosemrelaosnecessidadesdosdiasatuais;
regrasprocessuaiseprocedimentaisnoconsentneascomosideriosdaefetividadeeceleridade
processual;
comportamentos procrastinatrios do reclamado, sem consequncias processuais realmente
inibidorasetc.
Entretanto, ainda que de forma paulatina, observam-se propostas de lei e formas alternativas de
soluodosconflitostrabalhistascomointuitodeagilizarojudiciriotrabalhista,como:
procedimentosumarssimo;
comissodeconciliaoprvia;
mediaoearbitragem.
Pensamosquepossveissadasparaarealefetividadedoprocessosejamasseguintes:
criao de um Cdigo de Processo do Trabalho, representando a modernizao da legislao
processualtrabalhista;
estruturaodosrgosdoPoderJudicirioTrabalhistaemtodososgrausdejurisdio,mximenos
locaisondepossuemmaiordemanda;
criaodeumJuizadoEspecialTrabalhista,especializadonosprocedimentosclerestrabalhistas.
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II
PROPEDUTICACONCEITO,FINALIDADES,NATUREZAJURDICA,AUTONOMIA,HERMENUTICAEFONTESDODIREITOPROCESSUALDOTRABALHO
1CONCEITO
DireitoProcessualdoTrabalhoo ramodacincia jurdicaque se constitui deumconjuntode
princpios,regras,instituieseinstitutosprpriosqueregulamaaplicaodoDireitodoTrabalho
s lides trabalhistas (relao de emprego e relao de trabalho), disciplinando as atividades da
JustiadoTrabalho, dosoperadoresdoDireito edaspartes, nosprocessos individuais, coletivos e
transindividuaisdotrabalho.
MauroSchiavi1assimdefineoDireitoProcessualdoTrabalho:oconjuntodeprincpios,normase
instituiesqueregemaatividadedaJustiadoTrabalho,comoobjetivodedarefetividadelegislao
trabalhista e social, assegurar o acesso do trabalhador Justia e dirimir, com justia, o conflito
trabalhista.
NavisodeCarlosHenriqueBezerraLeite2,oramodacinciajurdica,constitudoporumsistema
denormas,princpios, regrase instituiesprprias,que temporobjetopromoverapacificao justa
dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relaes de
emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento dos rgos que compem a Justia do
Trabalho.
2FINALIDADES
ODireitoProcessualdoTrabalhoapresentaasseguintesfinalidades:
1)darefetividadelegislaotrabalhistaesocialaoDireitoMaterialdoTrabalho;
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2)asseguraraotrabalhadoroacessoJustiadoTrabalhoordemjurdicajusta;
3)resguardaradignidadedapessoadotrabalhador;
4)garantirosvaloressociaisdotrabalho;
5)trazerapacificaosocial;
6)promoverajustacomposiodosconflitosindividuais,coletivosemetaindividuaistrabalhistas.
3NATUREZAJURDICA
Emprimeirolugar,importantetrazerumadefiniodoquesejanaturezajurdica.Emnossasaulas,
semprenosdeparamoscomumagrandepreocupaoalis,naturaldosalunoscomamemorizaoeo
entendimento da natureza jurdica dos inmeros institutos jurdicos, mas dificilmente paramos para
pensaroquenaturezajurdica.
Anaturezajurdicaformadaporduasideiascentrais:
1)definiobuscadaessncia;
2)classificaobuscadoposicionamentocomparativo.
Estaafrmuladanaturezajurdica:definio+classificao.
Nessa linha de raciocnio, oportuno consignar os ensinamentos do ProfessorMauricio Godinho
Delgado3:
EncontraranaturezajurdicadeuminstitutodoDireito(ouatdeumramojurdico,comooDireito do Trabalho) consiste em se apreenderem os elementos fundamentais que integram suacomposioespecfica,contrapondo-os,emseguida,aoconjuntomaisprximodefigurasjurdicas(ou de segmentos jurdicos, no caso do ramo justrabalhista), de modo a classificar o institutoenfocadonouniversodefigurasexistentesnoDireito.
(...)
Encontrar a natureza jurdica do Direito do Trabalho consiste em se fixarem seus elementoscomponentes essenciais, contrapondo-os ao conjunto mais prximo de segmentos jurdicossistematizados, demodo a classificar aquele ramo jurdico no conjunto do universo doDireito.medidaqueesseuniversodoDireitotemsidosubdivididoemdoisgrandesgrupos(DireitoPblicoversus Direito Privado), a pesquisa da natureza jurdica do Direito do Trabalho importa em
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classificartalramoespecializadoemalgumdosgrandesgruposclssicoscomponentesdoDireito.
O Direito Processual do Trabalho ramo do Direito Pblico. E compe-se de um conjunto de
princpios,regras,instituieseinstitutosprpriosdefinidoemnormasestataiscogentes,imperativasou
deordempblica,deobservnciaobrigatria.
Comaevoluodasociedade,oEstadochamouparasi,deformaquasemonopolizada,oexerccioda
funojurisdicional.Naverdade,essepapeldoentepblicoopoder,odever,afunoouaatividade
de, imparcialmente,substituiravontadedaspartes,dizerodireitoeaplicarodireitoobjetivoaocaso
concretopararesolveralidelembrando,peladefiniotradicional,quealideconsistenoconflitode
interessesqualificadoporumapretensoresistidadeinteresses,objetivandoasuajustacomposioea
pacificaosocial.
Assim,sendoajurisdiograndeexemplodeheterocomposioeaformamaiscomumdesoluodos
conflitosdeinteresses,odireitoprocessualemgeral,abrangendoodireitoprocessualtrabalhista,civil
epenal,classificadocomopertencenteaoDireitoPblico.
Confirmandoaposioacimaadotada,oDireitoProcessualdoTrabalhopossuisuasfontesnormativas
oriundas do ordenamento jurdico estatal. Com efeito, a edio de normas processuais trabalhistas
somentepodeserconduzidapeloEstado,combasenoprincpiodalegalidade.
O enquadramento do Direito Processual do Trabalho como ramo do Direito Pblico correto e
encontra fundamento na prpria Constituio Cidad de 1988, em seu art. 22, I, que aduz competir
privativamenteUniolegislarsobredireitoprocessual.
4AUTONOMIA
SobreaautonomiadeumdeterminadoramodoDireito,instaconsignarosensinamentosdoeminente
juristaMauricioGodinhoDelgado4:
Autonomia(dogregoauto,prprio,enom,regra),noDireito,traduzaqualidadeatingidapordeterminadoramo jurdicode terenfoques,princpios, regras, teoriasecondutasmetodolgicasprpriasdeestruturaoedinmica.
Aconquistadaautonomiaconfirmaamaturidadealcanadapeloramojurdico,quesedesgarradoslaosmaisrgidosqueoprendiamaramo(s)prximo(s),sedimentandoviaprpriadeconstruoe
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desenvolvimentodeseuscomponentesespecficos.Nessalinha,pode-seafirmarqueumdeterminadocomplexo de princpios, regras e institutos jurdicos assume carter de ramo jurdico especfico eprprioquandoalcanaautonomiaperanteosdemais ramosdoDireitoque lhe sejamprximosoucontrapostos.
OproblemadaautonomianoexclusivodoDireitoeseusramosintegrantes.Asprpriascinciasoenfrentam,necessariamente.Nesteplanocientficoespecfico,pode-sedizerqueumdeterminadoconjunto de proposies, mtodos e enfoques de pesquisa acerca de um universo de problemasassumeocarterderamodeconhecimentoespecficoeprprioquandotambmalcanaautonomiaperanteosdemaisramosdepesquisaesaberquelhesejamcorrelatosoucontrapostos.
QuaissoosrequisitosparaaafirmaoautonmicadecertocampodoDireito?
OjuristaitalianoAlfredoRoccosintetizou,comrarafelicidade,a tradederequisitosnecessriosaoalcancedeautonomiaporcertoramojurdico.Trata-se,deumlado,daexistncia,emseuinterior,deumcampotemticovastoeespecfico;deoutrolado,aelaboraodeteoriasprpriasaomesmoramo jurdico investigado; por fim, a observncia de metodologia prpria de construo ereproduodaestruturaedinmicadesseramojurdicoenfocado.
Aessestrsrequisitos,acrescentaramosumquarto,consubstanciadonaexistnciadeperspectivasequestionamentosespecficoseprprios,emcontraposioaosprevalecentesnosramosprximosoucorrelatos.
HumagrandecizniadoutrinriaejurisprudencialquantoautonomiaounodoDireitoProcessual
doTrabalhoemrelaoaoDireitoProcessualCivil.
Existemduascorrentessobreessacontrovrsia:
a)Teoriamonista sustenta que oDireito Processual comum, abrangendo oDireito Processual
Civil,oDireitoProcessualdoTrabalho,oDireitoProcessualPenaletc.Almdisso,asseveraquenoh
diferenasubstancialentreoProcessodoTrabalhoeoProcessoCivilcapazdejustificaraautonomiada
leiadjetivatrabalhista.Naverdade,oDireitoProcessualdoTrabalhoseriasimplesdesdobramentodo
ProcessoCivil, da a improcedncia de se justificar a tese de sua autonomia, namedida em que no
contaria comprincpios e institutos prprios.Renomados juristas defendemaTeoriaMonista, embora
representem,atualmente,aposiominoritria:
Valentin Carrion5: (...) o direito processual do trabalho no autnomo com referncia aoprocessualcivilenosurgedodireitomateriallaboral.Odireitoprocessualdotrabalhonopossui
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princpioprprioalgum,poistodososqueonorteiamsodoprocessocivil(oralidade,celeridadeetc.);apenasdeu(oupretendeudar)aalgunsdelesmaiornfaseerelevo.Oprincpiodeemdvidapelomseronopodeser levadoasrio,pois,sesetratardedvidanainterpretaodosdireitosmateriais,serumaquestodedireitodotrabalhoenodedireitoprocessual.E,sesetratardeste,asdvidasseresolvemporoutrosmeios:nusdaprova,plausibilidade,fontesdeexperinciacomum,pelaobservaodoqueordinariamenteacontece (CPC/15,art.376)oucontraquempossuamaiorfacilidadedeprovaretc.(...).
ChristovoPiragibeTostesMalta6: a circunstncia de o processo trabalhista poder apresentarpeculiaridades,noentanto,nojustificaaconclusodequeautnomoquandosimultaneamenteseproclama que existe autonomia de um ramo do direito se possui campo, princpios e fundamentosprprios,oquenosucedeconfrontando-seosprocessosciviletrabalhista.
Almdisso,humatendnciadosestudiososdodireitoprocessualdotrabalhodeestenderemaesteinovaesdedireitoprocessualcivil,assimvisandoaobtermaiorceleridadeemelhoriatcnicanasoluodaslideslaborais,oque,noentanto,notemsidoalcanado.
(...) os princpios que regem o direito processual trabalhista so os mesmos que presidem oprocessocivil,emboracomalgumasadaptaes.Oessencial,contudo,queosprincpiosemsisoosmesmos.
Os princpios processuais, alis, so, como regra geral, universais, e o processo do trabalho namaioria dos pases o processo civil, o que bem mostra que no mximo se poderia falar emautonomia do direito processual do trabalho brasileiro emparalelo como direito processual civilbrasileiro.
No se encontram, ainda, evidenciados fundamentos processuais trabalhistas diferentes dosfundamentosdodireitoprocessualcivil.Oestudodosinstitutosprocessuaisbsicos(ao,processo,jurisdio etc.) bemmostra que a estrutura do direito processual trabalhista amesma do direitoprocessual civil. So, por exemplo, tratadas no processo civil e trabalhista de modo anlogo squestesconcernentescontagemdeprazo,precluso,partes,coisajulgadaemuitasoutras.
Atualmente,humainclinaodajurisprudnciaedadoutrinalaboraisnosentidoderecepcionaremmuitosinstitutosdodireitoprocessualcivilcomoaaomonitriaeaexceodapr-executividade,queatentamcontraasimplicidade,quedeveserumatnicadodireitoprocessualtrabalhista.
H, enfim, vrios institutos que so tratados de modo anlogo no direito processual civil e notrabalhistabrasileiros:enquantooutrosmerecemtratamentobastantediferente.
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Acircunstncia de poder aplicar-se o direito processual civil ao trabalhista, quando no houverincompatibilidade entre ambos, tambm contribui para proclamar-se que o direito processualtrabalhistanoautnomo.
b)TeoriadualistasustentaqueoDireitoProcessualdoTrabalhoautnomoemrelaoaoDireito
Processual Civil, apresentando diferenas substanciais que justificam a sua autonomia. Atualmente,
representaaposiomajoritria,defendidaporjuristasdenomeada:
MauroSchiavi7: Estamos convencidosdeque, emboraoDireitoProcessual doTrabalho, hoje,estejamaisprximodoDireitoProcessualCivilesofraosimpactosdosPrincpiosConstitucionaisdoProcesso,nohcomosedeixardereconheceralgunsprincpiospeculiaresdoDireitoProcessualdoTrabalhoosquaislhedoautonomiaeodistinguemdoDireitoProcessualComum.
Deoutro lado,emboraalgunsprincpiosdoDireitoMaterialdoTrabalho, taiscomoprimaziadarealidade, razoabilidade, boa-f, sejam aplicveis tambm ao Direito Processual do Trabalho, anossover,osPrincpiosdoDireitoMaterialdoTrabalhonosoosmesmosdoProcesso,umavezqueoprocessotemcarterinstrumentaleosprincpiosconstitucionaisdaisonomiaeimparcialidade,aplicveisaoProcessodoTrabalho,impedemqueoDireitoProcessualdoTrabalhotenhaamesmaintensidadedeproteodotrabalhadorprpriadoDireitoMaterialdoTrabalho.Noobstante,nohcomosenegarumcertocarterprotecionistanoDireitoProcessualdoTrabalho,queparaalgunsprincpiopeculiardoProcessodoTrabalhoeparaoutroscaractersticasdoprocedimentotrabalhista,paraasseguraroacessoefetivodotrabalhadorJustiadoTrabalhoetambmaumaordemjurdicajusta.
TambmmilitaemproldaautonomiadoDireitoProcessualdoTrabalho,oBrasilpossuirumramoespecializadodojudicirioparadirimiraslidestrabalhistas,umalegislaoprpriaquedisciplinaoProcessodoTrabalho(CLT,Lein.5.584/70eLein.7.701/88),umobjetoprpriodeestudoevastabibliografiasobreamatria.
Reconhecemos,poroutrolado,queascinciasprocessuaisdevemcaminharjuntas,eoProcessodoTrabalho,emrazodosprincpiosdasubsidiariedade,doacesso justia,daduraorazoveldoprocesso,podeseaproveitardosbenefciosobtidospeloProcessoComum.
Almdisso,aautonomiadodireitoprocessualdotrabalhonopodesermotivoparaisolamentoeacomodaodointrprete.Hnecessidadedeconstantedilogoentreodireitoprocessualdotrabalhoeosoutrosramosdodireitoprocessual,principalmentecomosprincpiosfundamentaisdoprocessoconsagradosnaConstituioFederal(destaquesnossos).
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CarlosHenriqueBezerraLeite8:(...)afigura-se-nosqueodireitoprocessualdotrabalhodispedeautonomiaemrelaoaodireitoprocessualcivil(oudireitoprocessualnopenal).
Comefeito,odireitoprocessualdo trabalhodispedevastamatria legislativa,possuindo ttuloprprionaConsolidaodasLeisdoTrabalho,que,inclusive,confereaodireitoprocessualcivilopapeldemerocoadjuvante.
Por outro lado, (...) existem princpios peculiares ao direito processual do trabalho, como osprincpios da proteo, da finalidade social, da indisponibilidade, da busca da verdade real, danormatizaocoletivaedaconciliao.
Ademais,nohnegarqueodireitoprocessualdo trabalhopossui institutosprprios,como,porexemplo, uma Justia especializada com juzes especializados e o poder normativo exercidooriginariamentepelosTribunaisdoTrabalho.
De outra parte, convm lembrar que o direito processual do trabalho dispe, atualmente, deautonomia didtica, pois a disciplina tem sido ofertada separadamente nas grades curriculares; deautonomia jurisdicional, noapenasnoBrasil (CF, art. 114)mas, tambm,emoutrospases, comoAlemanha,Argentina,Uruguai,Mxico e Espanha; de autonomia doutrinria, pois so inmeras asobras,nacionaiseestrangeiras,versandoapenasdireitoprocessualdotrabalho.
Renato Saraiva9: Em ltima anlise, embora seja verdade que a legislao instrumentaltrabalhista ainda modesta, carecendo de um Cdigo de Processo do Trabalho, definindo maisdetalhadamente os contornos do processo laboral, no h dvida que o Direito Processual doTrabalho autnomo em relao ao processo civil, uma vez que possui matria legislativaespecfica regulamentada na Consolidao das Leis do Trabalho, sendo dotado de institutos,princpios e peculiaridades prprios, alm de independncia didtica e jurisdicional (destaquesnossos).
No se pode dizer, assim, que haja uma autonomia legislativa do processo do trabalho, pelainexistncia de um cdigo sobre a matria. certo, porm, que o Brasil, ao contrrio de outrospases, como a Itlia, no tem as regras de processo do trabalho insertas no Cdigo de ProcessoCivil. Entretanto, existe um nmero suficientemente grande de normas a tratar do processo dotrabalho,sejanaCLTounalegislaoesparsa.
Dopontodevistadoutrinrio,hautonomiadoprocessodotrabalho.
OBrasil,pode-sedizer,umdospasesquemaistemobrassobreDireitoProcessualdoTrabalho,muitasdelasdequalidadereconhecidainternacionalmente.
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Noquedizrespeitoaodesenvolvimentodidtico,muitasfaculdadesdeDireitoministramamatriaDireitoProcessualdoTrabalhohmuitosanosnocursodebachareladosejaemumano,sejaemumsemestre.Hoje, existemmuitos cursosque esto se especializandonapreparaopara ingressonamagistraturadotrabalho,possuindomatriaespecficasobreprocessodotrabalho.
NosexamesdaOrdemdosAdvogadosdoBrasilsoexigidosconhecimentosespecficosdeDireitodoTrabalhoeProcessodoTrabalhoparahabilitarobacharelaatuarcomoadvogado.
NoBrasil,aautonomiajurisdicionaldoprocessodotrabalhoestbemcaracterizadadesde1946,quandoaConstituioincluiuaJustiadoTrabalhocomorgointegrantedoPoderJudicirio.
Aautonomiajurisdicionalnoumcritrioprecisoparacaracterizaraautonomiadoprocessodotrabalho.Aautonomianoderiva,porm,dajurisdio,quenocausa,masoefeitodaautonomia.
H,contudo,instituioprpria,queaJustiadoTrabalho.
Notocanteautonomiacientfica,podemosverificarqueasinstituiesdoprocessodotrabalhoso diversas das demais reas do Direito. Exemplo disso termos uma justia especializada emcausastrabalhistas,integrantedoPoderJudicirio.
Hconceitosprpriosnoprocessodotrabalho,comodeaodecumprimentoparaaobservnciadedissdiocoletivo,reclamaesplrimas,podernormativoetc.
Podemos concluir que o processo do trabalho em muitos aspectos j era autnomo, mas suaautonomiatotalvinhasendoconquistadapassoapasso.
Enfim,oprocessodotrabalhovemmerecendoestudosdeconjunto,adequadoseparticulares,quemostram ser ele umamatria vasta.Adoutrina se sedimentou no sentido de que existem conceitosgeraiscomunscompletamentedistintosdosconceitosgeraisdoprocessocomum.Temoprocessodotrabalhoprincpiosdistintosquevisamoconhecimentodamatriaqueobjetodesuainvestigao.Temtambminstituioprpria,queaJustiadoTrabalho.Logo,pode-sedizerqueautnomodoProcessoCivil, embora ligadoaoDireitoProcessual, queognero.Essa autonomia,porm,noquerdizerqueestisoladodoDireito,poisespciedogneroDireito(destaquesnossos).
AmauriMascaroNascimento10:Aautonomiadodireitoprocessualdotrabalho,nuncadeformaaseparar-sedodireitoprocessualcivil,afirma-sediantedosseguintesaspectos:
jurisdioespecialdestinadaajulgardissdiosindividuais;
dissdiocoletivoeconmico,jurdicoedegrevecomoumadassuaspeculiaridades;
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existncia de lei processual especfica, embora com larga aplicao subsidiria do direito
processualcomum;
singularidade do tipo de contrato que interpreta, o vnculo de trabalho, que, diante da
inafastabilidadeentreo trabalhoeapessoaqueopresta,diferedoscontratosdedireitocivil,na
medidaemqueemseuobjetoestenvolvidaapessoaquetrabalha,seusdireitosdepersonalidadee
o poder de direo daquele que beneficiado pelo trabalho, numa troca salrio-trabalho, mas,
tambm, diante das pessoas tpicas que figuram como sujeitos do vnculo, o empregado e o
empregador.
Cleber Lcio de Almeida11: O direito processual do trabalho autnomo, namedida em queconta com diplomas legais especficos (autonomia legislativa), doutrina prpria (autonomiadoutrinria),princpiosefinsprprios(autonomiacientfica),objetivoprprio(soluodosconflitosdeinteressesoriundosderelaodetrabalhoouaelaconexos)eaplicadoporrgosjurisdicionaisespeciais (autonomia jurisdicional). O direito processual do trabalho no , portanto, um ramoparticulardodireitoprocessualcivil(destaquenosso).
Wagner D. Giglio12: Considerado do ngulo cientfico, porm, entendemos que o DireitoProcessualdoTrabalhojautnomo.
JosAugustoRodriguesPinto13: Nounnimeaopiniodosprocessualistasptrios sobre aexistncia autnoma do Direito Processual do Trabalho brasileiro. At mesmo juslaboralistas deportealudemacaractersticasprpriasquelheasseguramrelativaautonomia.Semdvida,atentamos que assim pensam para a larga aplicao supletiva das regras doDireitoComumde processo,amarra,alis,daqualosintrpreteseaplicadoresdenossalegislaoprocessualdotrabalho,maisdoqueelamesma,estoprecisandolibertar-se,emfavordesuaeficincia.
Ainda assim,mantemos um alinhamento convicto com os que lhe reconhecem autonomia plena,poissuamatriaextensa,suadoutrinahomogneaetemmtodoprprio.
OscaminhosparaaautonomiadoDireitoProcessualdoTrabalho,emfacedoprocessocomum,nopoderiamserdiversosdosseguidosportodososramosqueobtiveramidentidadeprpria,dentrodaunidade cientfica do Direito. Foram por ele observados os estgios clssicos da formao deprincpiosedoutrinapeculiares,legislaotpicaeaplicaodidticaregular.
Todos esses estgios esto cumpridos, no Brasil, sucessivamente, pelo Direito Processual doTrabalho.Acha-seelesustentadoporprincpiospeculiares,aindaqueharmonizadoscomosgerais
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do processo, por ampla construo doutrinria, que se retrata em consistente refernciabibliogrfica,eporumsistema legalcaracterstico, incluindo-se,almdomais,noscurrculosdegraduaoemDireito,nacondiodedisciplinanuclear.Aduza-se,ainda,aobservaodeCoqueijoCostasobreterjuizprprio,ouseja, jurisdioespecial,oquenemchegaaocorreremtodosospasesdomundoocidentalindustrializado.
Nossaposio:TeoriaDualista
DefendemosaTeoriaDualista, demodo que, inegavelmente, oDireitoProcessual do Trabalho autnomo em
relaoaoDireitoProcessualCivil.
O Processo do Trabalho uma cincia extremamente complexa, e merece estudo cuidadoso, diferenciado e
especfico,atendendo-sessuaspeculiaridades.
O Direito Processual do Trabalho apresenta quatro grandes caractersticas que justificam a sua autonomia
enquantoramodacinciajurdica:
1)campotemticovastoeespecfico;
2)teoriasprprias;
3)metodologiaprpria;
4)perspectivasequestionamentosespecficoseprprios.
Sofundamentosdamencionadaautonomia:
autonomia cientfica: vasta matria, princpios peculiares e instituies prprias, por exemplo, o princpio danormatizaocoletivaeojuspostulandi;
autonomiadidtica:cadeiraprprianagraduaoemDireito;
autonomiadoutrinria: grandenmerodeobrasqueversamsobreoDireitoProcessualdoTrabalho,bemcomoinmerosjuristasdenomeadaeestudiososdoramoemexame;
autonomia funcional: apresenta finalidade especfica, qual seja, solucionar os conflitos de interesses individuais,coletivosemetaindividuaistrabalhistas;
autonomiajurisdicional:aJustiadoTrabalhoumadastrsJustiasEspecializadasouEspeciaisdoordenamentojurdicobrasileiro;
autonomia legislativa: alm da Consolidao das Leis do Trabalho, temos uma vasta legislao processualtrabalhistaesparsa,comoasLeisn.5.584/70e7.701/88.
Noobstante,restanecessriaaevoluodalegislaoprocessualtrabalhistaluzdasuaadequaosmodernas
e complexas relaes trabalhistas da sociedade hodierna. Com efeito, os operadores e os estudiosos do Direito
ProcessualdoTrabalhonopoderomediresforosparaoseucaminharevolutivoenquantocinciajurdicaautnoma,
utilizandodeformasubsidiriaesupletivainstitutosdoProcessoCivilquesocompatveis.
Por derradeiro, no podemos perder a esperana de que um dia teremos um Cdigo de Processo do Trabalho
(CPTrab),entabuladoporgrandesjuristaslaboraisqueconhecemasidiossincrasiasdamilitnciaprticanaJustiado
Trabalho.Assim,teremosaplenaconvicodequeoDireitoProcessualdoTrabalhoumacinciajurdicaautnoma,
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evoluda,semolvidarosbenefciosevolutivosdoProcessoCivil.
5HERMENUTICA
OtermohermenuticatemorigememHerms,deusgregoqueatuavacomomensageirodosdeuses.
Assim,tinhaaincumbnciadeexplicareinterpretarasmensagensenviadasaosmortais.
Ahermenuticapodeserconceituadacomoacinciaquetemporobjetooestudoeasistematizao
dosprocessosaplicveisdeterminaodosentidoealcancedasexpressesdoDireito.
Portanto,ahermenuticacompreende:
ainterpretao;
aintegrao;
aaplicaodoDireito.
Sobreotema,discorreoProfessorMauricioGodinhoDelgado14:
AHermenuticaJurdica,dopontodevistaestrito,corresponde,tecnicamente,cincia(ouramodaCinciadoDireito)quetratadoprocessodeinterpretaodasnormasjurdicas.
Na medida em que os processos de integrao e aplicao de normas so muito prximos,correlatos e combinados dinmica de interpretao, tende-se a arrolar, ainda, no conjunto daHermenutica apreendida, desse modo, no sentido amplo tambm esses dois processos afins(integraoeaplicao).Ajustificativaparaessacondutanitidamentedidticaporserfuncionalareuniodostemasdainterpretao,integraoeaplicaodoDireito,emboranoatendaaomaisapuradorigortcnico.
Distingue-se aHermenutica (no sentido estrito) da interpretao. Esta, como visto, traduz, noDireito,acompreensoereproduointelectualdeumadadarealidadeconceitualounormativa,aopassoqueaHermenuticatraduzoconjuntodeprincpios,teoriasemtodosquebuscaminformaroprocessodecompreensoereproduointelectualdoDireito.Interpretao,pois,adeterminaodo sentido e alcance das expresses de direito; Hermenutica Jurdica, a cincia que buscasistematizarprincpios, teoriasemtodosaplicveisaoprocessode interpretao.AHermenuticaapreende e fixa os critrios que devem reger a interpretao que os absorve e concretiza nadinmicainterpretativa.
Ainterpretao,emsntese,umprocesso,enquantoaHermenuticaacinciavoltadaaestudaro
-
referidoprocesso,lanando-lheprincpios,teoriasemtodosdeconcretizao.
5.1Interpretao
Por meio da interpretao determina-se o contedo, sentido e alcance das normas jurdicas. Em
outraspalavras,descobre-seosentidoeoalcancedasexpressescontidasnasnormasjurdicas.
oportunoconsignarqueainterpretaodanormajurdicaantecedeasuarespectivaaplicao.
Comefeito,noatode interpretar,o intrpretebuscaosprincpios, teoriasemtodosdesenvolvidos
pelaHermenutica,queacinciavoltadaaestudaroprocessodeinterpretao.
Afuno interpretativarealizadaprincipalmentepelo juizdo trabalho.Ainterpretaodosdemais
operadores do Direito, como advogados, procuradores do trabalho e jurisdicionados, apenas produz
efeitosatopronunciamentojurisdicional.
No h um nico mtodo de interpretao nem nico mtodo correto. As diversas tcnicas
interpretativas complementam-se. Ademais, no h hierarquia entre as mltiplas tcnicas de
interpretao.Apenasointrpretedeverpautarasuainterpretaoemcritrioscomojustia,segurana
ouoportunidade.
OsmeiosdeinterpretaomaisimportantesparaosconcursospblicosouExamesdeOrdemsoos
seguintes,deacordocomasrespectivasclassificaes:
I)Quantoorigem:
a)Interpretaoautnticaainterpretaodomesmorgoqueconstruiuanormajurdica.Como
exemplo,temosainterpretaododispositivolegalefetuadapeloprprioPoderLegislativopormeioda
ediodeumanovalei.
b) Interpretao jurisprudencial feita pelos tribunais, consolida-se a partir da reiterao de
decisessimilarestomadasemfacedecasossemelhantes.Ajurisprudnciapodeserconceituadacomo
o conjunto de decises dos tribunais sobre uma determinadamatria, emumdeterminado sentido.Da
mesmasorte,asmulaouaorientaojurisprudencialseriaacristalizaodajurisprudncia.
c)InterpretaodoutrinriaaqueprovmdosestudiososdoDireitosobreasnormasjurdicas
integrantesdoordenamento jurdico.Emboranopossuavalorvinculativo, extremamente importante
-
paraacompreensodosdiversosinstitutosjurdicos.
II)Quantoaosresultadosdainterpretao:
a)Interpretaodeclarativacaracteriza-sepelaexatacorrespondnciaentreocontedoescritoe
avontadedanorma(ratiolegisoumenslegis),nohavendonecessidadedeampliaoourestrioda
razodanorma.
b)Interpretaoextensiva a que no estabelece correspondncia entre o contedo escrito e a
vontade da norma, havendo necessidade deampliao da razo da norma.A leidissemenos do que
queria,ecabeaointrpreteampliarosentidodotextoescritoparaalcanarosentidorealdanorma.
c) Interpretao restritiva diferentemente da interpretao extensiva, diante da no
correspondnciaentreocontedoescritoeavontadedanorma,hnecessidadedereduodarazoda
norma.Comoesperado,aleidissemaisdoquequeria,ecabeaointrpretereduzirosentidodotexto
escritoparaalcanarosentidorealdanorma.
III)Quantoaosmtodos:
a)Gramatical(literal,semntico,filolgicooulingustico)significaanalisarosentido literaldas
palavras presentes nas normas jurdicas, e a observncia das regras de gramtica e lingustica
imprescindvel.Fundamentamessemtodoosideriosdeseguranajurdicaejustia.
Omtodoemcomentomuitoutilizadonosistemajurdicoromano-germnico(civillaw),quetraduz
umdireitoescrito,aopassoquenospasesqueadotamosistemajurdicoanglo-saxnico(commonlaw),
representandoumdireitoconsuetudinrio,oscostumeseastradiesprevalecem.
UmgrandeexemplodeaplicaodomtodogramaticalouliteralnoDireitoProcessualdoTrabalho
aanliserealizadapeloJudicirioTrabalhistadocabimentoounodosrecursostrabalhistasdenatureza
extraordinria, que so aqueles que no admitem o reexame de fatos e provas (recurso de revista e
embargos no TST Smula 126 do TST). Uma das hipteses de cabimento do recurso de revista
(fundamentao jurdica) a prevista na alnea c do art. 896 da CLT, ou seja, quando o acrdo do
TribunalRegionaldoTrabalhoforproferidocomviolaoliteraldedisposiodeleifederalouafronta
diretaeliteralConstituioFederal.
b)Lgicoouracionalutiliza-sederaciocnios lgicos.O intrprete fazusode tcnicasda lgica
-
comumedalgicajurdica,analisandoosperodosdaleierealizandoacombinaoentreeles,como
objetivo de se chegar a uma perfeita compatibilidade. Exemplos: a maioria das regras jurdicas
relativa,comportandoexceo.Oprazode8(oito)diasparaa interposioderecursos trabalhistas
uma regra.Assim,omencionadoprazocomportaexceo.Outrossim,acompreensodedeterminados
institutosjurdicosdependedainterpretaolgica,comoapreclusolgica,queaperdadafaculdade
depraticarumatoprocessualpela incompatibilidadelgicaentreumatoprocessual jpraticadoeum
ato processual a ser praticado. Assim, o reclamado, que reconhece o teor da sentena trabalhista
condenatria e paga as verbas rescisrias ao empregado/reclamante, no pode interpor o recurso
ordinrionoprazode8(oito)diasart.1.000doCPC/2015.
c)Histrico como o prprio nome indica, por meio desta tcnica o intrprete busca as razes
histricas que motivaram a formao da norma (ratio legis), tendo por base o contexto econmico,
social, poltico, cultural e filosfico da poca da edio da lei. Alis, o processo produtivo que
antecedeuapublicaoeavignciadanormalevadoemcontanomtodohistrico.
Comoexemplo,podemosmencionarquemuitasregrascontidasnaConsolidaodasLeisdoTrabalho
deverosercontextualizadassegundoomomentohistricodesuaedio,qualsejaaEraGetlioVargas
(EstadoNovo),vistoqueoDiplomaConsolidadoteveporbaseaCartadelLavorode1927dodireito
italiano.AItliaeragovernadaporBenitoMussolini.Assim,osideriosdecorporativismoefascismo
esto naturalmente presentes no ordenamento justrabalhista vigente atualmente, como a contribuio
sindicalobrigatria,oprincpiodaunicidadesindical,oPoderNormativodaJustiadoTrabalhoetc.
Comodizemosgrandeshistoriadores,paraacompreensodopresente,imprescindveloestudodo
passado,revelandoaenormeimportnciadoestudodaHistria.
d)SistemticopartedapremissadoDireitocomoum todo,comoumsistema.Assim,asnormas
jurdicas no devem ser interpretadas isoladamente, mas inseridas em um sistema, em um conjunto
harmnico.
Omtodosistemticorepresentaainterpretaodanormajurdicainseridaemumsistemacoerente,
oqueexigedointrpreteamploconhecimentodasnormasqueintegramoordenamentojurdico.
Emfacedacoernciadosistemajurdico,daharmoniadoordenamentojurdicovigente,emhavendo
conflitodenormas(antinomia),oprpriosistemadeveprevercritriosdesoluo.
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d.1)Antinomiacritriosdesoluo
Aantinomiapodeserconceituadacomoofenmenojurdicocaracterizadopelaexistnciadeduas
normasjurdicasconflitantes,vlidaseemanadasdeautoridadecompetente.Ademais,aocorrnciada
antinomia parte da ideia da indeterminao de qual das normas conflitantes ser aplicada ao caso
concretoemanlise.
Acaracterizaodeumaverdadeiraantinomiajurdicadependedopreenchimentodetrsrequisitos
cumulativos:
1)incompatibilidade;
2)indecidibilidade;
3)necessidadededeciso.
Sobreotema,ensinaaProfessoraMariaHelenaDiniz15:
Antinomiaoconflitoentreduasnormas,doisprincpios,oudeumanormaeumprincpiogeraldedireito em sua aplicaoprtica a umcasoparticular. (...) paraque se tenhapresenteuma realantinomia,soimprescindveistrselementos:incompatibilidade,indecidibilidadeenecessidadededeciso. S haver antinomia real se, aps a interpretao adequada das duas normas, aincompatibilidadeentre elasperdurar.Paraquehaja antinomia sermister a existnciadeduasoumaisnormasrelativasaomesmocaso,imputando-lhesolueslogicamenteincompatveis.
Nocasodeantinomia,existemtrscritriosdesoluo:
d.1.1)Critriohierrquiconormasuperiorprevalecesobrenormainferior.ocritriomaisforte,
tendoemvistaque,napirmidedeHansKelsen,todasasnormasjurdicasdevemsubservinciaaoTexto
Constitucional,demodoqueanormainferiordeverespeitar,sercompatveleencontrarseufundamento
devalidadedanormasuperior,encontrando-senopiceaLeiMaior.
d.1.2) Critrio da especialidade norma especial prevalece sobre norma geral. o critrio
intermedirio.
d.1.3)Critrio cronolgico norma posterior prevalece sobre norma inferior. o critrio mais
fraco.
IQuantoaoscritriosenvolvidos,asantinomiassoclassificadasem:
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d.1.3.1)Antinomiadeprimeirograuquandoapenasumdoscritriosacimadelineadosforutilizado
paraasoluodoconflitodenormas.
d.1.3.2)Antinomiadesegundograuquandomaisdeummetacritrioacimadelineadoforutilizado
paraasoluodoconflitodenormas.
IIQuantopossibilidade,ouno,desoluodoconflitodenormas,asantinomiasclassificam-se
em:
d.1.3.3) Antinomia aparente quando os metacritrios acima expostos so suficientes para a
soluodoconflitodenormas.
d.1.3.4)Antinomiarealquandoosmetacritriosacimaexpostosnososuficientesparaasoluo
doconflitodenormas.
Perceba o leitor que, no caso de antinomia de primeiro grau, a soluo singela, devendo ser
observadaaordemdoscritriosquefoiapresentada,ouseja,oprimeirocritrioaserobservadoo
hierrquico,depoisodaespecialidadeeporfimocronolgico:
no caso de conflito entre norma superior e norma inferior, deve prevalecer a primeira (critrio
hierrquicoantinomiadeprimeirograuaparente);
no caso de conflito entre norma especial e norma geral, deve prevalecer a primeira (critrio da
especialidadeantinomiadeprimeirograuaparente);
no caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, deve prevalecer a primeira (critrio
cronolgicoantinomiadeprimeirograuaparente).
Continuando o estudo, nas hipteses de antinomias de segundo grau, as situaes so mais
complexas,abaixoalinhavadas:
no caso de conflito entre norma superior anterior e norma inferior posterior, deve prevalecer o
critriohierrquico,prevalecendoaprimeira(antinomiadesegundograuaparente);
nocasodeconflitoentrenormaespecialanteriorenormageralsuperior,deveprevalecerocritrio
daespecialidade,prevalecendoaprimeiranorma(antinomiadesegundograuaparente);
no caso de conflito de norma geral superior e norma especial inferior, temos uma antinomia de
-
segundograureal,naqualosmetacritriosdesoluodeconflitosdenormasnososuficientes,
porsiss.
Nahiptesedeantinomiadesegundograureal,caracterizadopeloconfrontoentreoscritriosda
hierarquia e da especialidade,duas linhas de interpretao so apresentadas pela doutrina para a
respectivasoluo:
1)soluoapresentadapeloPoderLegislativoediodeumaterceiranormaaduzindoqualdasduasnormasconflitantesdeverseraplicadaaocasoconcreto;
2)soluoapresentadapeloPoderJudicirio:omagistrado,deacordocomassuasconvices,epautado em critrios axiolgicos extrados da cultura, da tica, dos princpios fundamentais, doprincpio da proporcionalidade, da razoabilidade etc., aplicar uma das duas normas jurdicasconflitantes,paraasoluodaceleuma.AsoluodoJudiciriochamadapeladoutrinadeprincpiomximodejustia,comfulcronosarts.4e5daLINDB.Dessaforma,quandoaleiforomissa,ojuiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.Naaplicaodalei,ojuizatenderaosfinssociaisaqueelasedirigeesexignciasdobemcomum.
Sobreotemaantinomiadesegundograureal,explicitaaProfessoraMariaHelenaDiniz16:
Noconflitoentreocritriohierrquicoeodeespecialidade,havendoumanormasuperior-geraleoutra inferior-especial, no ser possvel estabelecer uma metarregra geral dando prevalncia aocritrio hierrquico, ou vice-versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito. Poder-se-, ento,preferir qualquer umdos critrios, no existindo, portanto, qualquer predominncia de um sobre ooutro.(...)naprtica,aexignciadeseaplicaremasnormasgeraisdeumaConstituioasituaesnovaslevaria,svezes,aplicaodeumaleiespecial,aindaqueordinria,sobreaConstituio.Asupremacia do critrio de especialidade s se justificaria, nessa hiptese, a partir do mais altoprincpiodajustia:suumcuiquetribuere,baseadonainterpretaodequeoqueigualdevesertratadocomoigualeoquediferente,demaneiradiferente.
Emcasoextremodefaltadeumcritrioquepossaresolveraantinomiadesegundograu,ocritriodoscritriosparasolucionaroconflitonormativoseriaodoprincpiosupremodajustia:entreduasnormasincompatveisdever-se-escolheramaisjusta.
e)Teleolgico(sociolgicooufinalstico):temporescopoafinalidadedanorma,osfinssociaisda
normajurdica.Procuraadaptarafinalidadedanormarealidadeeconmica,socialepolticadocaso
concreto.
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Comefeito,oart.5daLINDBaduzque,naaplicaodalei,ojuizatenderaosfinssociaisaqueela
sedirigeesexignciasdobemcomum.
Semdvida,omtodoteleolgicoousociolgicooquemelhorsecoadunacomasfinalidadesdo
ProcessodoTrabalho,quaissejam,promoverefetividadelegislaotrabalhistaesocial,asseguraro
acessodotrabalhadorJustiaerealizarajustiasocialnocampodasrelaeslaborais.
f)InterpretaoconformeaConstituio:deautoriadoeminenteconstitucionalistaportugusJ.J.
Gomes Canotilho, o intrprete deve realizar, sempre que possvel, e aps esgotar os mtodos
tradicionais de interpretao, a interpretao das normas jurdicas em conformidade com a
Constituio,dandoamplitudeourestriodeinterpretaodanorma,semafrontarasualiteralidadeou
a vontade do legislador, renunciando ao excesso de formalismo jurdico e atendendo aos iderios de
justiamaterialedaseguranajurdica.
Sobreaaludidainterpretao,explicaoProfessorPedroLenza17:
Diantedenormasplurissignificativasoupolissmicas(quepossuemmaisdeumainterpretao),deve-sepreferiraexegesequemaisseaproximedaConstituioe,portanto,nosejacontrriaaotextoconstitucional,deondesurgemvriasdimensesaseremconsideradas,sejapeladoutrina,sejapelajurisprudncia,destacando-sequeainterpretaoconformeserimplementadapeloJudicirioe,emltimainstncia,demaneirafinal,pelaSupremaCorte:
prevalnciadaConstituio:deve-sepreferirainterpretaonocontrriaConstituio;
conservao de normas: percebendo o intrprete que uma lei pode ser interpretada em
conformidadecomaConstituio,eledeveassimaplic-laparaevitarasuanocontinuidade;
exclusodainterpretaocontralegem:ointrpretenopodecontrariarotextoliteraleosentido
danormaparaobterasuaconcordnciacomaConstituio;
espaodeinterpretao:sseadmiteainterpretaoconformeaConstituioseexistirumespao
dedecisoe,dentreasvriasaquesechegar,deverseraplicadaaquelaemconformidadecoma
Constituio;
rejeio ou no aplicao de normas inconstitucionais: uma vez realizada a interpretao da
norma,pelosvriosmtodos,seojuizchegaraumresultadocontrrioConstituio,emrealidade,
deverdeclararainconstitucionalidadedanorma,proibindoasuacorreocontraaConstituio;
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intrprete no pode atuar como legislador positivo: no se aceita a interpretao conforme a
Constituioquando,peloprocessodehermenutica,seobtiverumaregranovaedistintadaquela
objetivada pelo legislador e com ela contraditria, em seu sentido literal ou objetivo. Deve-se,
portanto, afastar qualquer inte