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O GRITO DA TERRA INFORMATIVO PRESIDENTE DA COOPEROESTE AVALIA 2016 Para Celestino Persch, o ano passado foi o que mais apresentou oscilações no segmento lácteo Seções Notícia COOPERUNIÃO REINAUGURA FRIGORÍFICO DE AVES Geral REGIONAL DO MST SE REÚNE EM SÃO MIGUEL DO OESTE Geral “PREVISÕES PARA 2016 NÃO SE CONFIRMARAM”, AFIRMA VICE-PRESIDENTE DA COOPEROESTE Pág. 06 Pág. 07 Pág. 03 Fevereiro de 2017 Pág. 04 Geral Pág. 05 ACIDEZ: PRINCIPAL PROBLEMA NO LEITE NESTA ÉPOCA DO ANO ATENÇÃO PARA OS NOVOS NÚMEROS DE TELEFONES DAS FILIAIS 06 E 07 Filial 06: Agropecuária e Mercado Cooperoeste – Assentamento 25 de Maio, Abelardo Luz (SC). CEP: 89830-000. Telefone: (49) 9 9187-3708. Filial 07: Posto de Resfriamento – Assentamento José Maria, Abelardo Luz (SC). CEP: 89830-000. Telefone: (49) 9 9192-6519. NOVOS CONTATOS DE ATENDIMENTO VETERINÁRIO PARA SÃO MIGUEL DO OESTE E REGIÃO Horário comercial de segunda a sexta-feira, na Casa Agropecuária: (49) 3622-1646 ou 3621-1733. Fora do horário comercial, sábados, domingos e feriados na Cooperoeste pelo número: (49) 3631-0229, (49)9 9188-3728 ou (49) 9 9153-2659.

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O GRITO DA TERRAI N F O R M A T I V O

PRESIDENTE DA COOPEROESTE AVALIA 2016Para Celestino Persch, o ano passado foi o que mais apresentou oscilações no segmento lácteo

SeçõesNotícia

COOPERUNIÃO REINAUGURA FRIGORÍFICO DE AVES

Geral

REGIONAL DO MST SE REÚNE EM SÃO MIGUEL DO OESTE

Geral

“PREVISÕES PARA 2016 NÃO SE CONFIRMARAM”, AFIRMA VICE-PRESIDENTE DA COOPEROESTE

Pág. 06 Pág. 07Pág. 03

Fevereiro de 2017

Pág. 04

Geral

Pág. 05

ACIDEZ: PRINCIPAL PROBLEMA NO LEITE NESTA ÉPOCA DO ANO

ATENÇÃO PARA OS NOVOS NÚMEROS DE TELEFONES DAS FILIAIS 06 E 07Filial 06: Agropecuária e Mercado Cooperoeste – Assentamento 25 de Maio, Abelardo Luz (SC). CEP: 89830-000. Telefone: (49) 9 9187-3708.Filial 07: Posto de Resfriamento – Assentamento José Maria, Abelardo Luz (SC). CEP: 89830-000. Telefone: (49) 9 9192-6519.

NOVOS CONTATOS DE ATENDIMENTO VETERINÁRIO PARA SÃO MIGUEL DO OESTE E REGIÃO Horário comercial de segunda a sexta-feira, na Casa Agropecuária: (49) 3622-1646 ou 3621-1733. Fora do horário comercial, sábados, domingos e feriados na Cooperoeste pelo número: (49) 3631-0229, (49)9 9188-3728 ou (49) 9 9153-2659.

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EXPEDIENTE

MATRIZ

Informativo Grito da TerraTiragem: 1.800 exemplaresDistribuição gratuitaReportagem: Roger Brunetto (MT/SC 4472)Diagramação: Ipse Marketing Estratégico

Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste

Linha Bela Vista das Flores, BR 163 Km 76, São Miguel do Oeste – SC CEP 89900-000Fone/Fax: (49) 3631–[email protected]: 01.435.328/0001-01Insc. Est.: 253.319.250

Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste

Linha Bela Vista das Flores, BR 163 Km 76, São Miguel do Oeste – SC CEP 89900-000Fone/Fax: (49) 3631–[email protected]: 01.435.328/0002-84Insc. Est.: 253.660.998

Agropecuária Cooperoeste

Rua Marcílio Dias, Nº 2408 – CentroSão Miguel do Oeste – SCCEP 89900-000Fone/Fax: (49) 3622-1646CNPJ: 01.435.328/0003-65Insc. Est: 254.431.801

Indústria de Conservas Cooperoeste

Linha Imperatriz, interior, São José do Cedro – SC, CEP 89930-000Fone/Fax: (49) 3631-0200CNPJ: 01.435.328/0004-46Insc. Est: 254.894.038

Agropecuária e Mercado Cooperoeste

Assentamento 25 de Maio, interior Abelardo Luz – SC, CEP 89830-000Fone: (49) 9 9187-3708CNPJ: 01.435.328/0008-70Insc. Est.: 254.962.335

Posto de Resfriamento

Assentamento José MariaAbelardo Luz – SC, CEP 89830-000Fone: (49) 9 9192-6519CNPJ: 01.435.328/0007-99Inscr. Est.: 254.964.940

DIREÇÃO COOPEROESTE

PresidenteCelestino Roque PerschVice-presidenteAldo PostalSecretárioSebastião Vilanova1º Diretor FinanceiroNelson Foss da Silva2º Diretor FinanceiroJucelino da Silva

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Editorial Geral

PARA REFLETIR

PARA RIR

Se for feita uma pesquisa, o resultado será que o leite é um dos produtos mais afetados com as oscilações de preços – para não dizer que lidera essa nem um pouco confortável condição. Isso reflete diretamente na indústria e no produtor. Sem contar que sempre há pessoas que, nessas questões, mais atrapalham do que ajudam. Resultado: o agricultor fica confuso.No ano passado, a oscilação, num curto espaço de tempo, de oito foi para 80. Depois ocorreu outra mudança radical. Desta vez de 80 para oito. Essas condições dificultam o trabalho da indústria. Por isso que o produtor tem que ficar atendo e, principalmente, em alguns casos, desconfiar do que lhe dizem ou do famoso “ouviu dizer”. Nestes 20 anos, apesar de ter enfrentado inúmeras dificuldades e ter conseguido,

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.O que começou com um pequeno mal-entendido, explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.– Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez você tenha algum serviço para mim.– Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu irmão mais novo.Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.– Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.O homem ficou ali, trabalhando o dia inteiro.Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi construída ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido:– Você foi atrevido construindo essa ponte

No baile de Carnaval, o sujeito conta vantagem com o amigo: – Cara, eu já peguei todas as mulheres que estão nesse baile! Tirando as minhas duas irmãs, claro! – Que legal! – comenta o amigo – Comigo é exatamente o oposto! – O oposto? Como assim? – Até agora eu só consegui pegar as suas irmãs!

ao longo da jornada, superar os mais variados obstáculos - alguns, diga-se, surgidos de forma, no mínimo, suspeita - a Cooperoeste sempre priorizou o produtor e o consumidor. Inúmeras foram as empresas que, quando iniciaram as atividades, prometeram propostas mirabolantes e hoje quebraram. A Cooperoeste já provou, nessas duas décadas, que é uma empresa séria. Busca sempre o melhor para o consumidor e produtor, mas não esquece a conjuntura do mercado. E é justamente por isso que segue firme a mais de 20 anos. E isso os produtores de leite devem lembrar na hora de comercializar a produção. Há, ainda, outras questões como, por exemplo, ser uma empresa daqui e, consequentemente, os impostos ficam na região, dispor de equipe técnica/veterinária qualificada e foi a principal responsável por frear o êxodo rural no Extremo Oeste.

depois de tudo que lhe contei!Mas, ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Mas permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou:– Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.De repente, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte.O carpinteiro começou a fechar a sua caixa de ferramentas.– Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você!E o carpinteiro respondeu:– Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir... Como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e construíssemos pontes com nossos semelhantes e principalmente nossos inimigos...Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de mágoas e mal-entendidos. Deixemos isso de lado.Ninguém é perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo.

Autor: Desconhecido.

“PREVISÕES PARA 2016 NÃO SE CONFIRMARAM”, AFIRMA VICE-PRESIDENTE DA COOPEROESTE

“CRISE POLÍTICA/ECONÔMICA MARCOU 2016”, AVALIA 1º DIRETOR FINANCEIRO DA COOPEROESTE

foi o elevado percentual de importações. “A grande quantidade de produtos lácteos de outros países derrubou os preços no Brasil”, afirma Alto Postal. Segundo ele, hoje, numa economia globalizada, tem que se avaliar o mercado externo. Segundo ele, de agosto para cá os valores para a indústria e produtores baixaram. Postal espera que a situação se reverta o quanto antes. “Do contrário, haverá problemas na cadeia produtiva do leite”, prevê.

INVESTIMENTOSAlém de iniciar o envaze de leite longa-vida no Paraná e inaugurar um mercado e uma agropecuária em Passos Maia, no ano passado a Cooperoeste também investiu na fabricação de ração e sal mineral. A indústria fica em Bom Jesus do Oeste. “Essa era uma das

Florianópolis, Porto Alegre, entre outras onde foram registrados grandes retrações de consumo. “Na média, para a indústria, foi um ano muito ruim”, resume. A expectativa é que os preços se normalizem a partir de fevereiro. Para o 1º diretor financeiro, a crise deve continuar em 2017, mas nossa região, devido a suas peculiaridades, não deve ser atingida tão significativamente. Além disso, a safra de grãos, novamente, deverá ser boa. CRÍTICAS AO NOVO GOVERNONelson Foss da Silva faz duras críticas ao governo Temer que, para ele, até agora, na prática, não demonstrou a que veio. “Aliás, mostrou. Até o momento só falou em cortes de despesas, mas em forma de retirar financiamentos públicos como o Minha Casa Minha Vida, que, além de oferecer moradia digna às pessoas que precisavam de uma habitação, movimentava a economia”, cita. O cooperativista acrescenta, ainda, a intenção do governo de acabar com o Programa Bolsa Família e retirar benefícios dos trabalhadores como 13º salário, férias, além de mexer na previdência e outras conquistas. “Além de não ser certo, isso não fortalecerá a economia, pois sabemos que o Brasil só foi bem quando o

Para o vice-presidente da Cooperoeste, as projeções não se confirmaram por que somente foi analisado o mercado interno e não foi considerado o externo. Prova disso

No entender do 1º diretor financeiro da Cooperoeste a crise política/econômica do ano passado afetou - em maior ou menor proporção - todos os segmentos. Nelson Foss da Silva cita, ainda, o alto índice de desemprego. “Um problema que já tinha sido superado, mas que, infelizmente, voltou”, diz, acrescentando que a falta de emprego não foi tão acentuada no Extremo Oeste em comparação a outras regiões do país. “A questão é que mais de 95% de nossos produtos são comercializados em grandes centros. Desta forma fomos atingidos”, destaca, citando, como exemplo, as regiões metropolitanas de Curitiba,

antigas metas da cooperativa”, comenta Postal, acrescentando que a produção aumenta a cada dia e o número de parcerias para comercialização cresce mensalmente. A previsão é que até o final de março a capacidade de produção atinja 70 toneladas diárias. “Entramos e nos mantemos firmes no mercado. Isso por que focamos na qualidade da ração e do sal mineral”, ressalta. Ele acrescenta que em janeiro foi realizada uma campanha para que os produtores experimentem a ração e o sal mineral no plantel e confirmem a qualidade.

PERSPECTIVAS O vice-presidente da Cooperoeste espera que 2017 seja melhor que o ano passado que, no seu entender, foi marcado pela falta de estabilidade no setor lácteo, além da conturbada questão política/econômica.

pobre teve melhor poder aquisitivo”, opina.

REATIVAR PROGRAMAS SOCIAIS O 1º diretor financeiro entende que há dois pacotes. Um auxilia meia dúzia de pessoas e concentra a riqueza nas mãos de poucos ricos, marginalizando grande parte da população, sobretudo os mais pobres. O outro, que foi exercido nos últimos anos, distribui a renda de forma mais igualitária e, principalmente, diminui a desigualdade social. Nelson Foss da Silva entende que a solução para reaquecer a economia é a reativação dos programas sociais. Ele comenta, também, sobre o projeto da reforma da previdência que prevê que, para se aposentar, o agricultor tenha que ter, no mínimo, 65 anos de idade e a agricultora 60. “Isso é um desestímulo muito grande para quem trabalha no campo e hoje está com 30, 35 anos”, assinala, acrescentando que se isso, de fato, ocorrer o êxodo rural aumentará de forma significativa. “Um país que não se preocupa com quem produz alimentos, no caso, a agricultura familiar, não terá um futuro promissor”, complementa. O cooperativista acredita que a população não aceitará as medidas pacificamente e acontecerão manifestações, principalmente dos movimentos sociais, para garantir os direitos dos trabalhadores conquistados ao longo dos anos.

Vice-Peresidente da Cooperoeste, Aldo Postal

Nelson Foss da Silva

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Matéria de Capa Geral

Durante o Verão a acidez do leite costuma ser a maior dor de cabeça dos produtores e indústria que, dependendo do caso, obriga-se a descartar todo o leite recolhido da propriedade, nos dias que o problema é detectado. O percentual de leite ácido nos meses da estação mais quente do ano chega a 30%. O freteiro tem que ter muito cuidado. É que o leite ácido de um agricultor pode contaminar o resto e toda a carga é perdida.

Os fiscais do trabalho não poderão mais emitir, automaticamente, autos de infração e multa ao proprietário rural nos casos relacionados ao operador de máquinas e equipamentos agrícolas.Com a mudança, formalizada na Instrução Normativa nº 129, do Ministério do Trabalho, o fiscal deverá adotar o critério da dupla visita, com prazo de até 12 meses para o proprietário se adequar aos termos identificados pela fiscalização. Até

ALTA TEMPERATURA É A PRINCIPAL CAUSAO técnico agrícola da Cooperoeste, Alex da Rosa, aponta o calor excessivo como a principal causa da acidez. Neste sentido, a equipe técnica/veterinária da cooperativa trabalha na orientação dos produtores. Alex salienta que é preciso ficar atento à regulagem da temperatura do resfriador. “Muitas vezes, por exemplo, o equipamento marca 2º graus, mas ao conferir com o termômetro a temperatura é de 7º graus”, alerta. “É preciso regular os resfriadores com frequência”, indica. A acidez também causa outros transtornos. Um deles é o aumento da contagem bacteriana

MEDIDAS PREVENTIVASDe acordo com o técnico agrícola, além de regular constantemente o resfriador, o produtor tem que usar um tamponante para tirar o ácido do organismo do animal. “As pastagens sementadas causam muita acidez”, salienta. O profissional destaca que, muitas vezes, os produtores não sabem que

então, o Auditor Fiscal emitia o auto de infração ao encontrar alguma irregularidade no momento da visita. No mesmo ato, o agricultor já recebia a multa, esclarece o assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Batista de Queiroz.A Instrução Normativa vigora desde o dia 12 deste mês, quando o texto foi publicado no Diário Oficial da União, alterando a Norma Regulamentadora 12

o leite está ácido. É que quem faz o teste, denominado de alizarol, para aferir a acidez, é o freteiro. Conforme o resultado, ele pode não carregar o leite. “Inclusive estamos orientando os freteiros para que não carreguem leite ‘duvidoso’ para que não estrague o resto”, comenta. “Um tanque de leite descartado é prejuízo para o produtor, ao freteito e à indústria”, complementa.

CCS E CBTAlex da Rosa destaca que a equipe técnica/veterinária da Cooperoeste está à disposição dos produtores para qualquer esclarecimento para evitar a acidez e outros problemas que afetam o rebanho leiteiro. “Verificamos um crescimento da Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT), inclusive no Inverno”, menciona. O técnico agrícola reitera que, cada vez mais, a qualidade será mais importante do que a quantidade. A intenção é que o Brasil produza um leite que possa ser exportado. “E, para isso, a qualidade é fundamental”, observa.

(NR-12) que trata das inspeções sobre segurança do trabalho na área rural.Casos mais complexos terão tratamento específico. Se o produtor comprovar inviabilidade técnica ou financeira para o cumprimento das adequações solicitadas, ele poderá elaborar um plano de trabalho, em até 30 dias, após o recebimento da notificação, propondo cronograma alternativo na solução das pendências.

ACIDEZ: PRINCIPAL PROBLEMA NO LEITE NESTA ÉPOCA DO ANO

GOVERNO MUDA FISCALIZAÇÃO TRABALHISTA PARA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

Técnico agrícola, Alex da Rosa

PRESIDENTE DA COOPEROESTE AVALIA 2016 PARA O SETOR LÁCTEO

Começou mal, melhorou e depois voltou a ficar ruim. Este é o resumo do presidente da Cooperoeste em relação ao setor lácteo em 2016. Segundo Celestino Persch, no ano passado, de janeiro a maio, indústrias e produtores enfrentaram dificuldades, principalmente em relação a preços.

“A partir de maio aconteceu uma reviravolta. As vendas aumentaram. Os valores recebidos pelas fábricas também. Teve períodos que o litro de leite longa vida passou de R$ 1,80 para R$ 3,20. Consequentemente o preço pago ao produtor melhorou significativamente. Em alguns casos foram registrados reajustes de até 70%”, relata.

Porém, a partir de agosto, conforme o cooperativista, outra alteração no cenário reduziu drasticamente os valores. Na opinião de Persch, um dos motivos da diminuição foi o fato das empresas de grande poderio financeiro, no período das ‘vacas gordas’, importarem desenfreadamente produtos lácteos, sem interferência dos órgãos controladores nem do governo federal. Resultado: oferta maior que procura. Situação, esta, que persiste até hoje. Conforme dados do Sindileite, o volume de importação em 2016 equivale à produção de um ano inteiro de Santa Catarina, um dos Estados que mais produz leite no país. “Os maiores prejudicados são as indústrias e os

agricultores, devido à elevação no custo de produção”, enfatiza, acrescentando que os produtores precisam saber as circunstâncias de todo o processo. “Desta forma compreenderão por que o preço pago baixou”, acrescenta.

INTERFERÊNCIA DA CRISEPara o presidente da Cooperoeste, a crise política/econômica também influenciou na redução de ganhos tanto das indústrias quanto dos produtores. “Criou-se uma expectativa de que tudo melhoraria com a troca de presidente, mas até agora não se percebeu nada”, critica. “Outros segmentos também foram afetados”, complementa. Celestino Persch menciona, ainda, que desde 2015 os Bancos retiraram as linhas de financiamento com juros acessíveis. “Quem precisou de recursos financeiros teve que pagar taxas nada compensadoras. Em muitos casos, ao invés de melhorar, a situação piorou”, comenta. “E a tendência, pelo que se percebe, é que as coisas podem se agravar”, analisa, preocupado, o diretor. De acordo com Persch, diante da atual conjuntura fica complicado fazer qualquer tipo de projeção para 2017.O presidente da cooperativa também aponta a grande mídia como responsável pelo atual panorama. “Quando o preço do leite aumentou a imprensa fez muitas críticas. No entanto, não teve a mesma postura em relação a outros produtos”, reclama, enfatizando que o custo para o agricultor produzir é elevado e o mesmo vale para a indústria.

EXPANSÃOO presidente da cooperativa menciona que em 2016 a Cooperoeste iniciou o envaze de leite longa-vida no Paraná. A industrialização é feita por meio

de parceria - terceirização - com um lacticínio de Francisco Beltrão, PR.

Também inaugurou um mercado e uma agropecuária em Passos Maia, SC, além da fábrica de ração e sal-mineral, em Bom Jesus do Oeste, SC.

De acordo com Celestino Persch, a meta para 2017 é começar a industrialização de queijo - tipo colonial - em Campos Novos, SC, além da implantação de um posto de resfriamento em Panambi, RS, e a industrialização do leite - embalagens UHT - em parceria com uma empresa de Pelotas, RS.

PREVISÃOPersch comenta que, ao longo das duas décadas da Cooperoeste, foram registrados anos bons e ruins. “Não me refiro apenas em relação aos preços, mas, também, outras situações como, por exemplo, períodos de estiagem”, lembra. Ele espera que o cenário se altere para 2017 e para isso acontecer é fundamental que a crise pelo menos amenize e que os investimentos para a agricultura, principalmente a familiar, retornem. “Do contrário, haverá mais ‘quebradeiras’”, prevê.

CAMPANHA DE PRÊMIOSPara comemorar duas décadas de existência, a Cooperoeste lançou a campanha de prêmios que vai sortear um Fiat Strada zero quilômetro, duas motos e mais 17 valiosos prêmios.

Podem participar todos os associados e não sócios que comercializam com a cooperativa. Quem comprar nos mercados e nas casas agropecuárias da Cooperoeste também concorre. Cada R$ 500,00 em compras dá direito a um cupom.

O sorteio acontece no final de março.

Peresidente da Cooperoeste, Celestino Persch

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Geral

COOPERUNIÃO REINAUGURA FRIGORÍFICO DE AVES

RECURSOS A FUNDO PERDIDOOs recursos foram obtidos no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através de uma linha de crédito do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat). “E o mais importante é que os recursos foram obtidos a fundo perdido. Ou seja: não precisaremos devolver”, enfatiza Rodrigues. Com a ampliação, a capacidade de produção passou para 3.500 aves/hora - o que significa uma produção em torno de 90 a 100 toneladas de carne por dia.

A Cooperunião, localizada no Assentamento Conquista na Fronteira, em Dionísio Cerqueira, reinaugurou seu frigorífico de aves. O presidente da cooperativa enfatiza que o frigorífico foi inaugurado há 11 anos com capacidade de abate de 1.000 aves/ hora, porém, com o decorrer do tempo, a produção se tornou pequena devido à demanda do produto. Com isso, conforme Luiz Rodrigues, foi elaborado um novo projeto para ampliação da capacidade de abate no valor de R$ 10 milhões.

MATÉRIA PRIMAFoi selada uma parceria com antigos produtores da BRF/Sadia, em Dois Vizinhos, PR, que fornecerão 60% da matéria prima. A Cooperunião e a Cooperoeste ficarão responsáveis pelos 40% restantes. A comercialização se dará na área de atuação da Cooperoeste (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os frangos serão comercializados com a marca Terra Viva.

ESTUDO APONTOU PELA VIABILIDADELuiz Rodrigues salienta que antes da reestruturação foi elaborado um estudo de viabilidade econômica que apontou pela execução do projeto. Com a ampliação aumentou o número de funcionários. Hoje o frigorífico gera em torno de 100 empregos diretos e, quando atingir a capacidade máxima de produção, serão 600 indiretos. A expectativa é que até julho a indústria esteja operando em capacidade máxima.

Integrantes da regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Extremo Oeste estiveram reunidos em São Miguel do Oeste. O objetivo foi a elaboração de pautas que serão debatidas em 2017. De acordo com o membro estadual do MST, Álvaro Santin, atualmente o país vivencia uma crise política, econômica, cultural e ambiental que também reflete nos assentamentos e acampamentos. “E nós, do MST, estamos nos preparando para o enfrentamento”, diz. Santin classifica o atual governo de golpista, da maldade e ilegítimo. Para ele, as medidas de Michel Temer para salvar o capital estão prejudicando a classe trabalhadora. Como exemplo ele aponta o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 41 que limita os gastos públicos por 20 anos. “Se nossa situação de saúde e educação já está difícil, imagina como ficará se não houver investimento durante duas décadas nas demandas sociais”, reflete, acrescentando que o PEC prejudica os trabalhadores urbanos e rurais, principalmente os mais pobres. “Hoje é complicado conseguir autorização para realização de consultas e exames e, com a medida, a tendência é que a situação piore a cada ano”, afirma.

APOSENTADORIA Santin menciona, ainda, a reforma da previdência que, para ele, se aprovada, seria um dos maiores retrocessos para quem vive da agricultora. Ele comenta que, historicamente, o Extremo Oeste foi uma das regiões destaques na luta para conquistar o direito da aposentadoria da mulher camponesa, do salário maternidade e a idade mínima para se aposentar (55 anos).

“A proposta, agora, é que a idade média para se aposentar seja de 65 anos para as agricultoras”, reclama. Conforme Santin, desde já o MST convoca a população para se manifestar contra a medida que também atinge os trabalhadores urbanos. “Não podemos admitir que haja um retrocesso”, assinala. “Foram muitos anos de batalha para conquistar direitos trabalhistas. Agora, com uma justificativa que a previdência é deficitária, querem mudar as regras atingindo os mais pobres”, enfatiza. O representante do MST estranha que a proposta não mexe nas aposentadorias vitalícias dos que, por exemplo, trabalham apenas quatro anos - casos dos governadores - e parte dos militares das Forças Armadas que a aposentadoria se estende a viúva e descendentes.Outro exemplo, cita Santin, é uma pessoa que comece a trabalhar com 16 anos numa indústria. “Terá que labutar 49 anos para se aposentar”, assinala. E acrescenta: “Imagina se essa pessoa exercer um serviço contínuo, numa indústria como um frigorífico, cortando frango. Com certeza desenvolverá uma sequela antes de atingir a idade mínima de se aposentar”. No caso dos agricultores, segundo o integrante do MST, é sabido que muitos começam na lida antes dos 15 anos de idade. Isso significa dizer que terão que trabalhar mais de 50 anos na lavoura.

JORNADA DE TRABALHO Santin também condena a ideia de aumentar a jornada semanal de trabalho de 44 para 48 horas. Desta forma, o trabalhador terá somente o domingo para descansar. Ele lembra que hoje

já se enfrentam problemas com os comerciários, pois muito empregados têm que trabalhar em sábados à tarde e até mais tarde em vésperas de datas comemorativas. “A compensação só acontece em dias da semana. Isso afeta, inclusive, laços familiares que se encontram aos domingos”, reclama.

INÍCIO DAS MANIFESTAÇÕESAs manifestações começam a partir de março - que caracteriza a jornada de lutas das mulheres, no dia 08. Em todas as regiões serão desenvolvidas atividades focadas, principalmente, na questão previdenciária.

REGIONAL DO MST SE REÚNE EM SÃO MIGUEL DO OESTE Notícia

GRITO DA TERRAGRITO DA TERRAOuça todos os sábados o Programa

Cedro FM 90,7 Mhz – 13h05 - São José do CedroPeperi AM 1370 Khz – 13h15 - São Miguel do Oeste

ATENÇÃO PRODUTOR

CONTATOS PARA ATENDIMENTOS VETERINÁRIOSAtendimento veterinário para São Miguel do Oeste e região:

Atenção produtores de Abelardo Luz e região para a alteração de contatos para atendimento veterinário:

Horário comercial de segunda a sexta-feira, na Casa Agropecuária: (49) 3622-1646 ou (49)3621-1733.Fora do horário comercial, sábados, domingos e feriados na Cooperoeste pelo número: (49) 3631-0229, 9 9188-3728 e 9 9153-2659

Horário comercial de segunda a sexta, no Mercado e na Casa Agropecuária da Cooperoeste: (49) 9 9187-3708 e no Posto de Resfriamento: (49) 9 9192-6519.Fora do horário comercial, sábados, domingos e feriados, em sistema de plantão:Osório: 9 9195-4729Paulo: 9 9119-4693

Capacidade de produção passou de 1.000 para 3.500 aves/hora. Investimento foi de R$ 10 milhões a fundo perdido

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