iob - icms/ipi - são paulo - nº 35/2014 - 5ª sem agosto · a) documento de informação e...

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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Substituição tributária - Regime especial a ICMS - Quadro prático de operações com tratamento fiscal diferenciado a ICMS - Impressos personalizados ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 35/2014 São Paulo / a Federal IOF Operações de câmbio - Retificação 01 ITR DITR 2014 - Apresentação 01 / a Estadual ICMS Produtor rural 05 / a IOB Setorial Federal Tecnológico - IPI - Incentivos fiscais - Padis - Alíquota zero 11 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Obrigatoriedade da EFD aos contribuintes dispensados da entrega mensal da GIA 13 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS/SP Substituição tributária - Base de cálculo - Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos 14 Substituição tributária - Base de cálculo - Produtos de colchoaria 14 ISS/São Paulo Base de cálculo - Serviço de transporte - Utilização de veículos de terceiros 14 Prestador de serviços - Estabelecimento - Caracterização 14 Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

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Page 1: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº 35/2014 - 5ª Sem Agosto · a) Documento de Informação e Atualização Cadas-tral do ITR (Diac), por meio do qual devem ser prestadas à RFB as

Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Substituição tributária - Regime especial

a ICMS - Quadro prático de operações com tratamento fiscal diferenciado

a ICMS - Impressos personalizados

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 35/2014

São Paulo

/a FederalIOFOperações de câmbio - Retificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

ITRDITR 2014 - Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSProdutor rural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalTecnológico - IPI - Incentivos fiscais - Padis - Alíquota zero . . . . . . 11

/a IOB ComentaEstadualICMS - Obrigatoriedade da EFD aos contribuintes dispensados da entrega mensal da GIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasICMS/SPSubstituição tributária - Base de cálculo - Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos . . . . . . . . . . . . 14Substituição tributária - Base de cálculo - Produtos de colchoaria . . 14

ISS/São PauloBase de cálculo - Serviço de transporte - Utilização de veículos de terceiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Prestador de serviços - Estabelecimento - Caracterização . . . . . . . . . 14

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Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : ITR : DITR 2014 : apresentação .... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2228-6

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-08307 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

35-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

ITR

DITR 2014 - Apresentação SUMÁRIO 1. Introdução 2. Prazo 3. Obrigatoriedade 4. Apuração do ITR 5. Composição da declaração 6. Multa 7. Pagamento 8. Ato Declaratório Ambiental

1. InTROduçãOA disciplina da apuração e do

pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2014, ano-base de 2013, bem como do preenchimento e da apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), está prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014.

É importante destacar que as normas gerais sobre o mencionado tributo estão contidas na Instrução Nor mativa SRF nº 256/2002.

Examinaremos, neste texto, os principais aspec-tos pertinentes à apresentação da DITR e aos prazos de recolhimento no exercício de 2014.

(Instrução Normativa SRF nº 256/2002; Instrução Normati-va RFB nº 1.483/2014)

2. PRazO

A DITR deverá ser apresentada no período de 18.08 a 30.09.2014, pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

O serviço de recepção de declarações transmiti-das pela Internet será interrompido às 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 30.09.2014.

A comprovação da apresentação da DITR é feita por meio de recibo gravado após a sua

transmissão, em disco rígido de com-putador ou em mídia removível que

contenha a declaração transmitida, cuja impressão deve ser realizada pelo contribuinte mediante a utili-zação do programa ITR2014.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/ 2014, art. 7º)

3. OBRIgaTORIEdadE

Estão obrigados à apresentação da DITR do exercício de 2014, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto o imune ou o isento:

a) na data da efetiva apresentação:a.1) a pessoa física ou jurídica proprietária,

titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária;

a Federal

A DITR deverá ser apresentada

no período de 18.08 a 30.09.2014, pela Internet,

mediante utilização do programa de transmissão

Receitanet, disponível no site da RFB

IOF

Operações de câmbio - RetificaçãoSolicitamos aos Srs. Clientes procederem à seguinte retificação no procedimento publicado na Edição nº

17/2014, sob o título em epígrafe:

Na página 03, letra “t”, e na “Nota” que a segue, onde consta “360 dias”, considerar “180 dias”.N

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35-02 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a.2) um dos condôminos quando o imóvel ru-ral pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de con-trato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum;

a.3) um dos compossuidores quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural;

b) a pessoa física ou jurídica que, entre 1º.01.2014 e a data da efetiva apresentação da DITR, perdeu:b.1) a posse do imóvel rural, pela imissão

prévia do expropriante, em processo de desapropriação por necessidade ou utili-dade pública, ou por interesse social, in-clusive para fins de reforma agrária;

b.2) o direito de propriedade pela transferên-cia ou incorporação do imóvel rural ao pa-trimônio do expropriante, em decorrência de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária;

b.3) a posse ou a propriedade do imóvel ru-ral, em função de alienação ao Poder Pú-blico, inclusive às suas autarquias e fun-dações, ou às instituições de educação e de assistência social imunes do imposto;

c) a pessoa jurídica que recebeu o imóvel rural nas hipóteses descritas na letra “b”, desde que esses fatos tenham ocorrido entre 1º.01 e 30.09.2014; e

d) nos casos em que o imóvel rural pertencer a espólio, o inventariante enquanto não ultimada a partilha, ou, se esse não tiver sido nomeado, o cônjuge meeiro, o companheiro ou o suces-sor a qualquer título.

Está obrigado, também, à apresentação da DITR do exercício de 2014 aquele que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, imune ou isento, e para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural, ao seu titular, à com-posse ou ao condomínio, constantes do Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir), não comunicada à RFB, para fins de alteração no Cafir, se enquadre em qualquer das hipóteses anteriormente mencionadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 2º)

3.1 apresentação fora do prazo

Após o prazo previsto para a apresentação da DITR 2014 (30.09.2014), esta deverá ser realizada:

a) pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet; ou

b) em mídia removível, nas unidades da RFB, du-rante o seu horário de expediente.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 8º)

3.2 Retificação

O contribuinte poderá apresentar a declaração retificadora, sem interrupção do pagamento do imposto, antes de iniciado o procedimento de lan-çamento de ofício, caso ocorram erros, inexatidões ou omissões de informações na declaração anterior-mente apresentada.

A declaração retificadora tem a mesma natu-reza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente, devendo conter todas as informações anteriormente declaradas, com as alterações e exclusões necessárias, assim como as informações adicionais, se for o caso.

Para a elaboração e a transmissão da declaração retificadora, deverá ser informado o número constante do recibo de entrega da declaração anteriormente apresentada.

A declaração retificadora, apresentada dentro ou fora do prazo, deverá ser feita:

a) pela Internet, com a utilização do programa de transmissão Receitanet; ou

b) em mídia removível, nas unidades da RFB, du-rante o seu horário de expediente, se entregue após 30.09.2014.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 10)

3.3 Programa ITR/2014

A DITR deve ser elaborada com o uso de com-putador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2014 (ITR2014), disponível no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br).

A DITR apresentada em desacordo com o men-cionado programa será cancelada de ofício.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 4º)

4. aPuRaçãO dO ITR

Toda pessoa física ou jurídica está obrigada à apuração do imposto na DITR, desde que o imóvel não se enquadre nas condições de imunidade ou de isenção (conforme descrito nos subitens 5.1.1 e 5.1.2), inclusive na hipótese da letra “b” do item 3.

A pessoa física ou jurídica, expropriada ou alienante, de que trata a letra “b” do item 3, deverá

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35-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

apurar o imposto considerando a área desapropriada ou alienada como integrante da área total do imóvel rural, mesmo que este tenha sido, após 1º.01.2014, total ou parcialmente:

a) desapropriado ou alienado a entidades imu-nes ao ITR;

b) desapropriado por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de ser-viço público.

A apuração e o pagamento do ITR, na hipótese da letra “b” do item 3, serão efetuados no mesmo período e nas mesmas condições dos demais contribuintes, considerando-se antecipação o pagamento feito anteriormente ao referido período.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 5º)

4.1 Área tributável

É considerada área tributável a área total do imó-vel rural, excluídas aquelas:

a) de preservação permanente;b) de reserva legal;c) de reserva particular do patrimônio natural;d) sob regime de servidão ambiental;e) de interesse ecológico para a proteção dos

ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente (federal ou estadual) e que ampliem as restrições de uso previstas para as áreas de preservação permanente e de reserva legal;

f) comprovadamente imprestáveis para a ativi-dade rural, declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente (federal ou estadual);

g) cobertas por florestas nativas, primárias ou se-cundárias em estágio médio ou avançado de regeneração; e

h) alagadas para fins de constituição de reserva-tório de usinas hidrelétricas autorizadas pelo Poder Público.

O art. 80 da Lei nº 12.651/2012, cujo diploma dis-põe sobre a proteção da vegetação nativa, deu nova redação à alínea “d” do § 1º do inciso II do art. 10 da Lei nº 9.393/1996, a qual estabelece que para efeitos de apuração do ITR considera-se área tributável a área total do imóvel, subtraídas as áreas (entre outras) sob o regime de servidão ambiental (letra “d”).

(Lei nº 9.393/1996, art. 10, § 1º, II, “d”; Lei nº 12.651/2012, art. 80; Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 9º, caput, I a VIII)

5. COMPOSIçãO da dEClaRaçãO

A DITR correspondente a cada imóvel rural é composta dos seguintes documentos:

a) Documento de Informação e Atualização Cadas-tral do ITR (Diac), por meio do qual devem ser prestadas à RFB as informações cadastrais cor-respondentes a cada imóvel rural e a seu titular;

b) Documento de Informação e Apuração do ITR (Diat), mediante o qual devem ser prestadas à RFB as informações necessárias ao cálculo do ITR e apurado o valor do imposto correspon-dente a cada imóvel rural.

As informações constantes no Diac devem fazer parte do Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir), cuja admi-nistração cabe à RFB, que pode, a qualquer tempo, solicitar informações que visem à sua atualização.

Observe-se que é dispensado o preenchimento do Diat no caso de imóvel imune ou isento do ITR.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 3º)

5.1 Hipóteses de imunidade e de isenção

5.1.1 Imunidade

São imunes ao ITR:

a) a pequena gleba rural, desde que o proprietá-rio, titular do domínio útil ou possuidor a qual-quer título a explore sozinho ou com sua famí-lia e não possua outro imóvel;

b) os imóveis rurais pertencentes à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;

c) os imóveis rurais pertencentes às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que vinculados às suas finali-dades essenciais ou às delas decorrentes;

d) os imóveis rurais das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, desde que vinculados às suas finalidades essenciais.

Notas

(1) Pequena gleba rural é o imóvel com área igual ou inferior a:

a) 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Oci-dental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

b) 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;

c) 30 ha, se localizado em qualquer outro município.

As regiões e os municípios referidos anteriormente estão relacionados na Instrução Normativa SRF nº 256/2002, Anexo I.

(2) Está sujeita à incidência do ITR a pequena gleba rural que tenha área explorada por contrato de arrendamento, comodato ou parceria.

(Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 2º, §§ 1º a 3º, Anexo I)

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35-04 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.1.2 Isenção

São isentos do imposto:

a) o imóvel rural compreendido em programa ofi-cial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamen-to, que, cumulativamente, atenda aos seguin-tes requisitos:a.1) seja explorado por associação ou coope-

rativa de produção;a.2) cuja fração ideal por família assentada

não ultrapasse os limites da pequena gleba rural, conforme descrito na nota 1 do subitem 5.1.1;

a.3) cujo assentado não possua outro imóvel;b) o conjunto de imóveis rurais de um mesmo

proprietário, titular do domínio útil ou possui-dor a qualquer título, cuja área total em cada região observe o respectivo limite da pequena gleba (descrito na nota 1 do subitem 5.1.1), desde que, cumulativamente, o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qual-quer título:b.1) explore-o sozinho ou com sua família, ad-

mitida ajuda eventual de terceiros;b.2) não possua imóvel urbano.

Notas

(1) Estão sujeitos ao pagamento do ITR os imóveis rurais que tenham áreas exploradas por contrato de arrendamento, comodato ou parceria.

(2) Entende-se por ajuda eventual de terceiros o trabalho, remunerado ou não, de natureza eventual ou temporária, realizado nas épocas de maior serviço.

(3) Para fins do disposto na letra “b”, deve ser considerada a soma das áreas dos imóveis rurais por região em que se localizem, a qual não poderá suplantar o limite da pequena gleba rural da respectiva região.

(Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 3º)

6. MulTa

A apresentação da DITR fora do prazo previsto sujeita o contribuinte à multa de:

a) 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00, no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, sem prejuízo da multa e dos juros de mora devidos pela falta ou insuficiência do re-colhimento do imposto ou quota; ou

b) R$ 50,00, no caso de imóvel rural imune ou isento do ITR.

A multa é objeto de lançamento de ofício e tem, por termo inicial, o 1º dia subsequente ao fixado para

a entrega da declaração e, por termo final, o mês da apresentação da DITR.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 9º)

7. PagaMEnTO

O pagamento do ITR poderá ser efetuado em até 4 quotas iguais, mensais e sucessivas, observando--se o seguinte:

a) nenhuma quota deverá ser inferior a R$ 50,00;b) o ITR de valor inferior a R$ 100,00 deverá ser

pago em quota única;c) a 1ª quota ou quota única deverá ser paga até

30.09.2014;d) as demais quotas deverão ser pagas até o último

dia útil de cada mês, acrescidas de juros equi-valentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de outubro/2014 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento.

Notas

(1) É facultado ao contribuinte:

a) antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não sendo necessário, nesse caso, apresentar declaração retificadora com a nova opção de pagamento; ou

b) ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na de-claração, até a data de vencimento da última quota pretendida, ob-servadas as regras anteriormente descritas, mediante apresentação de declaração retificadora.

(2) Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00.

(3) O pagamento integral do ITR ou de suas quotas e de seus respecti-vos acréscimos legais poderá ser efetuado:

a) por transferência eletrônica de fundos, por meio de sistemas eletrô-nicos das instituições financeiras autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação; ou

b) em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, por meio do Documento de Arrecadação de Recei-tas Federais (Darf), no caso de pagamento efetuado no Brasil.

(Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 11)

7.1 Códigos de arrecadação

Os códigos para pagamento do ITR são os seguintes:

a) 1070, para pagamento das quotas ou quota única; e

b) 5300, para pagamento da multa por atraso na entrega da DITR.

(Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 62)

8. aTO dEClaRaTóRIO aMBIEnTal

É tributável pelo ITR a área total do imóvel, excluí- das as não tributáveis, relacionadas no subitem 4.1.

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35-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Para fins de reconhecimento da exclusão das citadas áreas da apuração do ITR, o contribuinte que lançar no Diat áreas sujeitas ao desconto do imposto deverá apresentar, anualmente, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová- veis (Ibama), o Ato Declaratório Ambiental (ADA).

O ADA deverá ser apresentado por meio da Internet, com utilização de formulário eletrônico (sis-

tema ADA Web), disponível no site do Ibama (www.ibama.gov.br).

O usuário deverá posicionar o ponteiro do mouse sobre o link “Serviços On-line”. Será aberto um menu ao lado, no qual o usuário deverá clicar em “Ato Declaratório Ambiental - ADA”, como demonstrado na ilustração a seguir, quando será apresentada a tela principal do ADA:

a EstadualICMS

Produtor rural SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Inscrição estadual 4. Nota Fiscal de Produtor 5. Recolhimento do imposto pelo produtor 6. Pagamento do imposto pelo destinatário 7. Crédito de imposto 8. Sistema e-CredRural 9. Escrituração fiscal - Livro Registro de Entradas

1. InTROduçãO

Veremos, neste texto, as principais normas aplicá-veis ao produtor rural previstas na legislação do ICMS paulista, inclusive quanto à utilização de crédito fiscal.

2. COnCEITO

Considera-se produtor rural o empresário rural, pessoa natural, não equiparado a comerciante ou industrial, que realize profissionalmente atividade agropecuária, de extração e exploração vegetal ou animal, de pesca ou de armador de pesca.

Considera-se comercial ou industrial o estabele-cimento rural:

a) cujo titular for pessoa jurídica;b) que estiver autorizado pelo Fisco à observân-

cia das disposições a que se sujeitarem os es-tabelecimentos de comerciantes ou de indus-triais; ou

c) que industrializar a sua própria produção.

As disposições aplicáveis ao produtor aplicam-se igualmente à sociedade em comum de produtor rural, assim considerada a sociedade que, cumulativamente:

a) tenha como sócios apenas pessoas naturais;b) não seja inscrita no Registro Público de Em-

presas Mercantis;c) realize profissionalmente atividade agropecu-

ária, de extração e/ou exploração vegetal ou animal, de pesca ou de armador de pesca.

(RICMS-SP/2000, art. 17, III, e art. 32, §§ 1º e 2º)

3. InSCRIçãO ESTadual

O contribuinte do imposto é qualquer pessoa, natural ou jurídica, que, de modo habitual ou em

(Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 9º, § 3º; Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 6º; Instrução Normativa Ibama nº 5/2009, art. 6º, caput)

8.1 Prazo de entrega do adaO ADA relacionado à DITR/2014 deve ser apresentado no período de 1º.01 a 30.09.2014.

A retificação do ADA anteriormente entregue poderá ser feita até 31.12.2014.(Decreto nº 4.382/2002, art. 10, § 3º; Instrução Normativa RFB nº 1.483/2014, art. 6º; Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art.

9º, § 3º, I; Instrução Normativa Ibama nº 5/2009, art. 6º, § 3º)

N

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35-06 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

volume que caracterize intuito comercial, realize ope-rações relativas à circulação de mercadorias.

Nesse sentido, o produtor que pretenda praticar com habitualidade operações relativas à circulação de mercadorias deverá, antes do início de suas ati-vidades, providenciar sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS.

(RICMS-SP/2000, arts. 9º e 19, I; Comunicado CAT nº 45/2008)

4. nOTa FISCal dE PROduTOR

O estabelecimento de produtor (não equiparado a comerciante ou a industrial) emitirá Nota Fiscal de Produtor, modelo 4:

a) sempre que promover a saída de mercadoria;b) na transmissão de propriedade de mercadoria;c) sempre que, no estabelecimento, entrarem

bens ou mercadorias, real ou simbolicamen-te, nas hipóteses previstas no art. 136, I do RICMS-SP/2000;

d) em outras hipóteses previstas na legislação.

Nas hipóteses de entrada de mercadoria ou bem na propriedade rural, a qualquer título, quando o reme-tente não estiver obrigado à emissão de documento fiscal, o emitente (produtor) deverá especificar essa circunstância no campo “Natureza da Operação”.

O produtor rural deverá emitir Nota Fiscal de Pro-dutor, nos termos dos arts. 139 a 145 do Regulamento do ICMS, e o destinatário dos seus produtos, contri-buinte paulista, deverá emitir nota fiscal de entrada conforme disposto nos arts. 136, I, “a”, 138 e 141, § 1º, do RICMS-SP/2000, além de cumprir as demais obrigações previstas na legislação.

A autorização para confecção de impressos de Nota Fiscal de Produtor deverá ser solicitada por meio do Sistema AIDF Eletrônica, disponível no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz), no endereço eletrô-nico www.fazenda.sp.gov.br.

Observa-se que o produtor credenciado no Sis-tema Gerenciador de Crédito de Produtor Rural e de Cooperativa de Produtores Rurais (Sistema e-CredRural) estará obrigado a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), em substituição à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, relativamente a todas as operações que efetuar.

(RICMS-SP/2000, arts. 136, I, “a”, 138, 139 a 145; Comu-nicado CAT nº 45/2008; Portaria CAT nº 153/2011, arts. 8º e 9º)

5. RECOlHIMEnTO dO IMPOSTO PElO PROduTOR

O ICMS será recolhido pelo estabelecimento rural de produtor, mediante guia de recolhimentos espe-

ciais (quando não estiver atribuída ao destinatário a responsabilidade pelo recolhimento), nas hipóteses e nos momentos a seguir indicados:

HIPÓTESES DE RECOLHIMENTO DO ICMS PELO PRODUTOR

Hipóteses Prazo

a) saída de mercadoria com destino a outro Estado, ao exterior ou a pessoa de direito público ou privado não inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS

no momento da saída da mercadoria

b) transmissão de propriedade de merca-doria depositada em nome do produtor em armazém-geral ou em qualquer outro local, quando não transitar pelo estabelecimento depositante ou deste tiver saído sem pa-gamento do imposto, salvo se o adquirente for comerciante, industrial, cooperativa ou pessoa de direito público ou privado inscri-ta no Cadastro de Contribuintes do ICMS, estabelecido neste Estado

no momento da saída da mercadoria

c) saída de mercadoria sem destinatário certo

no momento da saída da mercadoria

d) saída de mercadoria com destino a con-sumidor ou a outro produtor

até o dia 15 do mês seguinte à saída

Saliente-se que na hipótese descrita na letra “a”, nos reportamos à saída de mercadoria com destino ao exterior, prevista no art. 115, II, “a”, do RICMS--SP/2000. Contudo, as operações de exportação estão ao abrigo da não incidência do ICMS, nos termos do art. 7º, V do RICMS-SP/2000.

(RICMS-SP/2000, art. 7º, V, e art. 115, II)

6. PagaMEnTO dO IMPOSTO PElO dESTInaTÁRIO

Na saída promovida por produtor situado em ter-ritório paulista com destino a comerciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, exceto produtor, o imposto será arrecadado e pago pelo des-tinatário deste Estado, quando devidamente indicado na documentação correspondente, no período em que a mercadoria entrar no estabelecimento.

Nesse caso, o destinatário deverá, no período de ocorrência da entrada da mercadoria em seu estabe-lecimento, observar os seguintes procedimentos:

a) o imposto deverá ser escriturado no livro Re-gistro de Apuração do ICMS, no quadro “Débi-to do Imposto - Outros Débitos”, com a expres-são “Entradas com Imposto a Pagar”;

b) o imposto deverá ser computado como crédito (se de direito) no livro Registro de Entradas, no mesmo período em que a mercadoria tiver entrado no estabelecimento.

Esse procedimento, entretanto, não se aplica às seguintes hipóteses:

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35-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a) à operação ou prestação em que o lançamen-to do imposto deva ser efetuado em momen-to subsequente, hipótese em que será obser-vado o procedimento previsto no art. 430 do RICMS-SP/2000;

b) quando o regulamento conferir ao estabele-cimento destinatário a obrigação de recolher, mediante guia de recolhimentos especiais, o imposto relativo ao serviço tomado ou à mer-cadoria entrada em seu estabelecimento, hi-pótese em que:b.1) o imposto a pagar será recolhido nos

prazos fixados no RICMS-SP/2000;b.2) o imposto será computado como crédito,

quando cabível, no período em que for efetivamente recolhido, unicamente no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Crédito do Imposto - Outros Cré-ditos”, com a expressão “Entradas com imposto a pagar mediante guia de reco-lhimentos especiais” ou “Utilização de serviços com imposto a pagar mediante guia de recolhimentos especiais”.

(RICMS-SP/2000, arts. 116, 260 e 430)

7. CRédITO dE IMPOSTO

Desde 1º.01.2012, estão em vigor novas regras para utilização e transferência do crédito do ICMS por esta-belecimento rural de produtor ou por estabelecimento de cooperativa de produtores rurais, que passa a ser admi-nistrado por meio do Sistema e-CredRural (veja item 8).

Dessa forma, o produtor rural e a cooperativa de produtores rurais, por seus estabelecimentos, poderão utilizar o crédito do ICMS que possuem em razão de suas atividades para transferência, incorpo-ração, liquidação de débito mediante compensação, ou dedução do imposto a pagar as quais serão consideradas nos subitens seguintes.

Nota

Conforme mencionado no item 2, essas novas disposições aplicam-se igualmente à sociedade em comum de produtores rurais.

(RICMS-SP/2000, arts. 70-A a 70-G; Portaria CAT nº 153/2011, art. 1º)

7.1 abatimento na própria guia de recolhimento

Nas hipóteses descritas no item 5, em que o produtor é responsável pelo recolhimento do imposto, poderá ele abater na própria guia de recolhimentos especiais o crédito do imposto a que tiver direito.

A dedução do ICMS poderá ser parcial ou total e será solicitado por meio do Sistema e-CredRural. Após

o deferimento do pedido, será feito o lançamento na conta-corrente do Sistema com o devido visto eletrônico.

A Guia de Arrecadação Estadual (Gare-ICMS) deverá conter um demonstrativo da dedução do ICMS e o visto eletrônico. Será também disponibilizado no site da Sefaz o certificado de realização da dedução do imposto.

(RICMS-SP/2000, art. 115, § 1º; Portaria CAT nº 153/2011, arts. 1º, IV, e 39)

7.2 Transferência do produtor para o destinatário

Conforme mencionado no item 7, o produtor poderá transferir crédito do ICMS para o estabeleci-mento destinatário localizado neste Estado, em saída tributada, isenta ou não tributada por ele promovida, quando não estiver obrigado ao pagamento do imposto em seu próprio nome.

Nesta hipótese, o produtor rural deverá observar os seguintes procedimentos:

a) a transferência dependerá de prévia autoriza-ção da Sefaz;

b) será requerida do produtor rural, relativamente a créditos decorrentes de fatos geradores ocor-ridos desde 1º.01.2012, a elaboração de arqui-vo digital contendo informações sobre o crédito do imposto a ser utilizado (veja subitem 8.8);

c) não será admitida transferência de crédito em saída de mercadoria que deva retornar ao es-tabelecimento do produtor.

(RICMS-SP/2000, art. 70-A, I, “a”, § 1º, 1, art. 70-C; Portaria CAT nº 141/2010, art. 1º)

7.3 Transferência de produtor para outro estabelecimento rural

É permitida a transferência de crédito para outro estabelecimento rural pertencente ao mesmo titular.

Consideram-se estabelecimentos rurais perten-centes ao mesmo titular aqueles que possuírem os mesmos titulares, detendo cada um desses titulares a mesma participação em cada um dos estabelecimentos.

(RICMS-SP/2000, art. 70-A, I, “c”, § 5º)

7.4 Transferência do produtor para pagamento de aquisição de mercadorias ou de bens

É também permitida a transferência de crédito do imposto por estabelecimento rural de produtor para pagamento de aquisição de mercadorias ou de bens, desde que destinados exclusivamente à utilização na atividade rural do próprio estabelecimento ou de esta-belecimento rural situado neste Estado pertencente ao mesmo titular, quando adquiridos de:

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35-08 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) fabricante ou revendedor autorizado, tratando--se de máquinas e implementos agrícolas dis-criminados na relação constante da Resolu-ção SF nº 4/1998; e

b) fabricante ou revendedor, tratando-se de insu-mos agropecuários, sacaria nova e outros ma-teriais de embalagem;

c) revendedor de combustíveis, conforme de-finido na legislação federal, tratando-se de combustíveis utilizados para movimentação de máquinas e implementos agrícolas ou para abastecimento de veículo de propriedade do produtor, utilizado exclusivamente para trans-porte de carga na atividade rural;

d) empresa concessionária de serviço público, tratando-se de energia elétrica;

e) cooperativa, inclusive de eletrificação rural, da qual faça parte, tratando-se de máquinas e im-plementos agrícolas discriminados na relação constante da Resolução SF nº 4/1998, insumos agropecuários, energia elétrica, sacaria nova e outros materiais de embalagem.

Na hipótese de aquisição de mercadorias por pro-dutor rural que possuir mais de um estabelecimento em território paulista, a transferência do crédito ao fornecedor, a título de pagamento, poderá ser feita por meio de um único estabelecimento ou diretamente por cada um dos seus estabelecimentos.

Para a autorização de transferência de crédito, o produtor deverá observar algumas condições existentes relativamente à aquisição de máquinas e implementos agrícolas:

a) fica condicionada a que a máquina ou o im-plemento adquirido pelo produtor com crédito fiscal seja efetivamente utilizada em sua ativi-dade pelo prazo mínimo de 1 ano contado da data de sua aquisição;

b) será anulada, em caso de inobservância da condição estabelecida na letra “a”, devendo o valor do crédito anteriormente transferido ser recolhido com os acréscimos legais, por meio de Gare-ICMS, no prazo de 15 dias contados da ocorrência.

(RICMS-SP/2000, art. 70-A, I, “b”, § 1º, item 2 e § 3º; Porta-ria CAT nº 153/2011, art. 24, §§ 3º e 4º; Resolução SF nº 4/1998)

7.5 Transferência por estabelecimento de cooperativa de produtores rurais para pagamento de aquisição de mercadorias

Por fim, é permitida ainda a transferência por esta-belecimento de cooperativa de produtores rurais, do cré- dito recebido em transferência de seus cooperados, para

pagamento de aquisição das mercadorias a seguir indi-cadas, desde que destinadas exclusivamente à revenda aos seus cooperados, aos seguintes estabelecimentos:

a) fabricante ou revendedor autorizado, tratando--se de máquinas e implementos agrícolas dis-criminados na relação constante da Resolu-ção SF nº 4/1998;

b) fabricante ou revendedor, tratando-se de insu-mos agropecuários, sacaria nova e outros ma-teriais de embalagem.

(RICMS-SP/2000, art. 70-A, II, § 3º, item 1 e § 5º)

8. SISTEMa E-CREdRuRal

Para a utilização do crédito do ICMS nas formas anteriormente mencionadas, a Sefaz desenvolveu o Sistema e-CredRural, que será responsável pela administração do referido crédito.

Para a utilização do e-CredRural, o contribuinte deverá efetuar o credenciamento do estabelecimento por meio do site da Sefaz, sendo que o contribuinte que utilizá-lo estará dispensado da escrituração do livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A.

O crédito dos estabelecimentos mencionados no item 7 será:

a) informado, quando declarado o respectivo va-lor no e-CredRural;

b) utilizável, quando o valor correspondente for disponibilizado pelo Fisco, em conta-corrente do sistema.

(RICMS-SP/2000, art. 70-B; Portaria CAT nº 153/2011, arts. 2º e 3º; Comunicado CAT nº 29/2011)

8.1 Credenciamento e acesso ao sistema

Como mencionado, o credenciamento será feito no e-CredRural, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br.

O contribuinte que solicitou o respectivo cre-denciamento terá o pedido analisado e, a critério da autoridade fiscal, poderá ser notificado a apresentar informações, livros e documentos fiscais.

A decisão do pedido será disponibilizada por meio do próprio sistema e, para o credenciamento, o contribuinte deverá estar previamente credenciado a:

a) emitir NF-e; eb) receber comunicação eletrônica por meio do

Domicílio Eletrônico do Contribuinte (DEC).

O acesso ao Sistema e-CredRural poderá ser feito:

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35-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

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Manual de Procedimentos

a) mediante senha para uso dos serviços fiscais do Posto Fiscal Eletrônico (PFE), disponibili-zando-se as seguintes funções:a.1) credenciamento no Sistema e-CredRural;a.2) registro do aceite de transferência ou de-

volução de crédito;a.3) consulta ao Sistema e-CredRural; e

b) mediante certificado digital emitido conforme os critérios estabelecidos pela Infraestrutu-ra de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), disponibilizando-se todas as funções.

(Portaria CAT nº 153/2011, arts. 4º e 5º, caput)

8.2 Procedimentos adotados pelo destinatário da transferência

Feito o pedido de transferência de crédito, a Sefaz enviará mensagem por meio do Sistema e-CredRural ao detentor do crédito e ao destinatário da transferência.

A autorização da transferência fica condicionada:

a) ao aceite do destinatário da transferência, no prazo de 10 dias, contado do primeiro dia útil posterior à data do envio da mensagem; e

b) à verificação de documentos e informações, a critério da autoridade fiscal.

O valor do crédito recebido em transferência deverá ser lançado conforme segue:

a) tratando-se de estabelecimento que recebe ou fornece mercadoria a produtor rural, no livro Re-gistro de Apuração do ICMS e na correspondente GIA, no quadro “Crédito do Imposto”, utilizando o item “007 - Outros Créditos”, subitem “007.44 - Recebimento de Crédito de Estabelecimento de Produtor ou de estabelecimento de Coope-rativas de Produtores Rurais mediante Autori- zação Eletrônica”, todos com o visto eletrônico;

b) tratando-se de estabelecimento de produtor rural ou de cooperativa de produtores rurais credenciado no Sistema e-CredRural, pelo Fis-co, em conta-corrente do sistema.

Quando o destinatário, em razão da entrada em seu estabelecimento de mercadoria remetida por esta-belecimento de produtor, tiver que recolher o imposto diferido por meio de Gare-ICMS, o valor do crédito de ICMS recebido em transferência relativo àquela mercadoria poderá ser deduzido do imposto a recolher mediante demonstrativo indicado na própria guia, cuja cópia será juntada à nota fiscal relativa à entrada.

Quando o valor do imposto devido em razão da entrada da mercadoria em seu estabelecimento for

igual ao valor do crédito de ICMS recebido em trans-ferência, tal circunstância deverá ser indicada na nota fiscal relativa à entrada na qual será juntada cópia da Gare-ICMS, com o demonstrativo.

O valor descontado em Gare deverá ser debitado no livro Registro de Apuração do ICMS e na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA) correspondente.

O número do protocolo do Sistema e-CredRural e o visto eletrônico deverão estar informados no demonstrativo da Gare-ICMS e nos livros fiscais.

(Portaria CAT nº 153/2011, arts. 25, 27 e 28)

8.3 devolução do crédito para o produtor

Sobrevindo o desfazimento do negócio ou ato que justificou a transferência, o crédito transferido, desde que não utilizado pelo destinatário, será devolvido ao estabelecimento de origem:

a) totalmente, se total o desfazimento; oub) parcialmente, se parcial o desfazimento, em

importância igual à que exceder o valor final do negócio ou ato.

O estabelecimento de origem, para receber o crédito em devolução, deverá previamente requerer autorização, por meio do Sistema e-CredRural.

O estabelecimento que devolver o crédito rece-bido deverá acessar o sistema e registrar seu aceite ao pedido de devolução.

Autorizada a devolução, o estabelecimento que devolver o crédito recebido deverá lançar o valor devolvido no livro Registro de Apuração do ICMS (RAICMS) com a correspondente transcrição na GIA, no quadro item “002 - Outros Débitos”, subitem “002.23 - Devolução de Crédito Recebido de Produtor Rural ou Cooperativa de Produtores Rurais mediante Autorização Eletrônica”, todos com o visto eletrônico.

Confirmado, pelo Fisco, o mencionado lança-mento, o valor devolvido será lançado a crédito na conta-corrente do sistema informatizado.

Quando o crédito transferido tiver sido utilizado pelo destinatário, o valor deverá ser recolhido pelo estabelecimento de origem, por meio de Gare-ICMS, com os acréscimos legais contados a partir do último dia do mês em que ocorreu a transferência.

O valor do imposto efetivamente recolhido poderá ser objeto de solicitação para seu lançamento pelo Fisco a crédito na conta-corrente do sistema informatizado.

(RICMS-SP/2000, art. 70-E; Portaria CAT nº 153/2011, arts. 29 e 30)

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.4 Vedação

São vedadas as transferências de crédito de produtor rural e de cooperativas de produtores rurais que, por qualquer estabelecimento paulista, tiverem débito fiscal relativo ao imposto sujeito às mesmas condições previstas no art. 82 do RICMS-SP/2000.

(RICMS-SP/2000, art. 70-H)

8.5 nF-e

O contribuinte que optar por credenciar-se no Sistema e-CredRural fica obrigado a emitir a NF-e em substituição a Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, relativamente a todas as operações que efetuar.

Na hipótese em que a NF-e não puder ser emitida, o contribuinte poderá emitir a Nota Fiscal de Produtor, para acobertar o transporte da mercadoria, desde que:

a) até o último dia do mês, seja emitida a NF-e fazendo referência à Nota Fiscal de Produtor;

b) seja encaminhado ao destinatário da merca-doria o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Ele-trônica (Danfe) no 1º dia útil subsequente ao da emissão da NF-e.

A Nota Fiscal de Produtor emitida em substituição à NF-e deverá:

a) ser preenchida com o CFOP 5.949 - Outras Saí-das, na operação interna de Simples Remessa;

b) conter a seguinte expressão: “A validade des-te documento fica condicionada à emissão da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e correspondente (art. 8º da Portaria CAT nº 153/2011)”.

(Portaria CAT nº 153/2011, art. 8º)

8.6 dispensa da emissão da nota Fiscal de Produtor ou nF-e

É dispensada a emissão de Nota Fiscal de Produ-tor ou NF-e pelo produtor rural:

a) nas saídas internas de mercadorias de produção própria, destinadas diretamente a consumidor final não contribuinte, quando cumulativamente:a.1) o adquirente da mercadoria não exigir o

documento fiscal;a.2) o valor da operação for inferior ao equi-

valente a 50% da Unidade Fiscal do Es-tado de São Paulo (UFESP);

b) no transporte manual de produto da agricultu-ra ou da criação ou seus derivados, excluída a condução de rebanho.

Na hipótese da letra “a”, ao final de cada dia, o contribuinte deverá emitir NF-e englobando o total das saídas para as quais não tenha emitido o documento.

Poderá ser concedido regime especial para dispen-sar a emissão de documentação fiscal além das hipóte-ses descritas nas letras “a” e “b” ou no RICMS-SP/2000, observada disciplina estabelecida pela Sefaz.

(RICMS-SP/2000, art. 139, §§ 1º e 2º; Portaria CAT nº 153/2011, art. 10)

8.7 nota fiscal complementar

Nas hipóteses de emissão de nota fiscal com-plementar, previstas na legislação, além dos demais requisitos, deverá ser indicada:

a) a nota fiscal que acobertou a remessa da mer-cadoria;

b) a correspondente nota fiscal relativa à entra-da, emitida pelo destinatário.

(Portaria CAT nº 153/2011, art. 11)

8.8 arquivo digital relativo às informações fiscais a serem prestadas por produtores rurais

A partir da data do credenciamento no sistema, o produtor rural, por seu estabelecimento, deverá enviar à Sefaz, mensalmente, até o último dia do mês ime-diatamente seguinte ao da referência, arquivo digital com informações fiscais, mesmo que em determinada referência não haja qualquer entrada de mercadorias ou serviço tomado com direito a crédito do imposto.

O arquivo será validado mediante utilização de programa validador e o envio mediante a utilização do programa de Transmissão Eletrônica de Documentos (TED). Na hipótese de regular recepção do arquivo digital, será disponibilizado ao contribuinte o compro-vante de recebimento de arquivo.

Após a recepção do arquivo digital, a Sefaz realizará a segunda fase de validações e comunicará ao contribuinte, por meio do Sistema e-CredRural, a ocorrência de um dos seguintes eventos:

a) recusa do arquivo digital, hipótese em que será informada a causa;

b) acolhimento do arquivo.

(Portaria CAT nº 153/2011, arts. 12 a 14)

8.8.1 Substituição do arquivo

A substituição do arquivo digital acolhido na Sefaz poderá ser feita pelo contribuinte mediante solicitação ou notificação da autoridade fiscal.

Na hipótese de substituição por solicitação do con-tribuinte, esta deverá ser apresentada ao posto fiscal de vinculação do estabelecimento requerente, em 2 vias, uma para formar expediente no Sistema de Gestão de

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35-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

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Manual de Procedimentos

Documentos (GDOC) e outra para ser devolvida ao contribuinte, contendo as seguintes informações:

a) o nome, o endereço e os números de inscrição estadual e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

b) os motivos da substituição do arquivo digital;

c) a descrição sucinta das correções pretendi-das e alteração do valor do crédito do impos-to, se for o caso.

O novo arquivo digital será enviado da mesma forma que o original e deverá conter todas as infor-mações do período de referência, incluindo aquelas objeto de correção, bem como o respectivo código de finalidade do arquivo, conforme previsto em tabela de finalidade contida no “Manual de Orientação da Formação do Arquivo Digital Relativo às Informações Fiscais a Serem Prestadas por Produtores Rurais”.

Finalizadas as validações do arquivo digital, caberá à autoridade fiscal competente disponibilizar os créditos na conta-corrente do Sistema e-CredRural, podendo ser requeridas informações adicionais.

(Portaria CAT nº 153/2011, arts. 15 e 16)

9. ESCRITuRaçãO FISCal - lIVRO REgISTRO dE EnTRadaS

A obrigatoriedade de manutenção e escrituração dos livros fiscais não se aplica aos produtores, salvo quanto ao livro Registro de Entradas, em hipótese e forma estabelecidas pela Sefaz.

Entretanto, conforme mencionado no item 8, o produtor credenciado no e-CredRural está dispen-sado da escrituração desse livro.

(RICMS-SP/2000, art. 213, § 12; Portaria CAT nº 153/2011, art. 2º, parágrafo único)

N

a IOB SetorialFEdERal

Tecnológico - IPI - Incentivos fiscais - Padis - Alíquota zero

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) envolve, entre outros projetos e sistemas, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), sendo que este último está estruturado, basicamente, pelos seguintes atos:

a) Lei nº 11.484/2007 - dispõe sobre os incenti-vos às indústrias de equipamentos para TV Di-gital e de componentes eletrônicos semicon-dutores e sobre a proteção à propriedade in-telectual das topografias de circuitos integra-dos, instituindo o Padis;

b) Decreto nº 6.233/2007 - estabelece os critérios para efeito de habilitação de empresas ao Padis;

c) Instrução Normativa RFB nº 852/2008 - estabe-lece procedimentos para habilitação ao Padis;

d) Portaria Interministerial MCT/MDIC nº 290/2008 - aprova as instruções para apresentação dos projetos a que se refere o § 4º do art. 6º do Decreto nº 6.233/2007, para fins de concessão dos incentivos fiscais do Padis; e

e) Portaria MCT nº 697/2013 - Aprova instruções para a elaboração dos relatórios demons-trativos de que trata o art. 9º do Decreto nº

6.233/2007, referentes ao ano-base de 2012 e demais anos-base subsequentes.

O Padis reduz a zero a alíquota do IPI incidente na importação realizada por pessoa jurídica devidamente habilitada, ou na saída do estabelecimento industrial ou equiparado, em razão de aquisição efetuada no mer-cado interno por pessoa jurídica também habilitada, de:

a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipa-mentos, para incorporação ao ativo imobiliza-do da importadora, destinados às atividades mencionadas nas letras “a” a “c” seguintes;

b) ferramentas computacionais (softwares) e in-sumos relacionados às mesmas atividades.

Poderá pleitear habilitação ao Padis a pessoa jurí-dica que invista, anualmente, em pesquisa e desen-volvimento (P&D) no País e que exerça, isoladamente ou em conjunto:

a) em dispositivos eletrônicos semicondutores classificados nas posições 85.41 e 85.42 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (TIPI), as atividades de:a.1) concepção, desenvolvimento e projeto

(design);a.2) difusão ou processamento físico-quími-

co; oua.3) corte, encapsulamento e teste;

b) em mostradores de informações (displays), as atividades de:

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35-12 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

b.1) concepção, desenvolvimento e projeto (design);

b.2) fabricação dos elementos fotossensíveis, foto ou eletroluminescentes e emissores de luz; ou

b.3) montagem final do mostrador e testes elétricos e ópticos; e

c) em insumos e equipamentos dedicados e des-tinados à industrialização dos produtos descri-tos nas letras “a” e “b” anteriores, a atividade de fabricação conforme processo produtivo básico (PPB) estabelecido pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Nas vendas dos dispositivos eletrônicos semi-condutores, mostradores de informação (displays) e insumos e equipamentos dedicados e destinados à fabricação destes componentes, referidos nas letras “a” a “c” anteriores, efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do Padis, fica reduzida a zero a alíquota do IPI incidente na saída do estabelecimento industrial.

Quanto aos mostradores de informações (dis-plays), o programa:

a) alcança somente os relacionados no Anexo I do Decreto nº 6.233/2007, com tecnologia baseada em componentes de cristal líquido (LCD), fotoluminescentes (painel mostrador de plasma - PDP), eletroluminescentes (dio-dos emissores de luz - LED, diodos emissores de luz orgânicos - OLED ou displays eletrolu-minescentes a filme fino - TFEL) ou similares com microestruturas de emissão de campo elétrico, destinados à utilização como insumo em equipamentos eletrônicos; e

b) não alcança os tubos de raios catódicos (CRT).

O investimento em P&D e o exercício das ativida-des abrangidas pelo programa devem ser efetuados de acordo com projetos aprovados em portaria con-junta dos Ministros de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e poderão ser apresentados até 22.01.2015.

Para efeito de fruição do benefício fiscal em re-ferência, considera-se que a pessoa jurídica exerce as atividades, isoladamente ou em conjunto, quando executar todas as etapas anteriormente descritas, em relação às quais estiver enquadrada.

Nesse sentido, os projetos apresentados pelas empresas interessadas em beneficiar-se dos incenti-vos do Padis deverão atender às normas da Portaria Interministerial MCT/MDIC nº 290/2008, pois, caso contrário, serão rejeitados.

A Portaria em referência estabelece que o projeto de investimento em P&D poderá ser alterado a qualquer tempo, mediante a apresentação de prévia justifica- tiva escrita e das informações solicitadas nas Seções A e B de seu anexo, podendo ser exigidas outras informações relevantes para a análise da proposta.

A aprovação do projeto está condicionada à com-provação da regularidade fiscal da pessoa jurídica interessada, em relação aos impostos e às contribui-ções administrados pela RFB.

A pessoa jurídica beneficiária do Padis deverá investir, anualmente, em atividades de P&D, a serem realizadas no País, no mínimo 5% do seu faturamento bruto no mercado interno, deduzidos os impostos inci-dentes na comercialização dos dispositivos, insumos e equipamentos e o valor das aquisições de produtos incentivados abrangidos pelo Padis.

Para as pessoas jurídicas beneficiárias do Padis, e exclusivamente sobre o faturamento bruto decor-rente da comercialização dos dispositivos, insumos e equipamentos, no mercado interno, o percentual para investimento em P&D fica reduzido:

a) de 5% para 3%, de 1º.01.2014 a 31.12.2015; e b) de 5% para 4%, de 1º.01.2016 a 31.12.2018.

A pessoa jurídica beneficiária do Padis deverá encaminhar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, até 31 de julho de cada ano, os relatórios demonstrativos do cumprimento, no ano-calendário anterior, das obrigações pertinentes ao programa.

Nota

A Portaria MCT nº 697/2013 aprova instruções para a elaboração dos relatórios demonstrativos ora referidos.

No caso de os investimentos em P&D não atin-girem, em determinado ano, o percentual mínimo fixado nos termos da regulamentação específica, a pessoa jurídica beneficiária do Padis deverá aplicar o valor residual no Fundo Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (FNDCT) (CT-Info ou CT-Amazônia), acrescido de multa de 25% e de juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquida-ção e de Custódia (Selic), calculados desde 1º de janeiro do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual até a data da efetiva aplicação.

A pessoa jurídica beneficiária do Padis deverá efetuar a aplicação até o último dia útil do mês de março do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual.

A não realização da aplicação no referido prazo obriga o contribuinte ao pagamento de juros e de multa de mora, na forma da lei tributária, referentes ao imposto não pago em decorrência da redução das alíquotas.

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35-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Os juros e a multa serão recolhidos isoladamente e devem ser calculados, a partir da data da saída do produto do estabelecimento industrial, sobre o valor do imposto não recolhido, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de aplicações em P&D fixado e o efetivamente realizado.

Os pagamentos efetuados não desobrigam a pessoa jurídica beneficiária do Padis do dever de efe-tuar a aplicação no FNDCT (CT-Info ou CT-Amazônia).

A falta ou a irregularidade do recolhimento sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com apli-cação de multa de ofício na forma da lei tributária.

A pessoa jurídica beneficiária do Padis será punida, a qualquer tempo, com a suspensão dos benefícios fiscais, sem prejuízo da aplicação de pena-lidades específicas, no caso das seguintes infrações:

a) não apresentação ou não aprovação de relató-rios;

b) descumprimento da obrigação de efetuar in-vestimentos em P&D;

c) infringência aos dispositivos de regulamenta-ção do Padis; ou

d) irregularidade em relação a impostos ou con-tribuições administrados pela RFB.

A suspensão será convertida em cancelamento da redução a zero das alíquotas do IPI no caso de a pessoa jurídica beneficiária do Padis não sanar a infração no prazo de 90 dias contados da notifica-ção da suspensão. A penalidade de cancelamento somente poderá ser revertida após 2 anos de sanada a infração que a motivou.

A pessoa jurídica que der causa a duas suspen-sões em prazo inferior a 2 anos-calendário será punida com o cancelamento do benefício fiscal relativo ao Padis (redução a zero das alíquotas do IPI).

(Lei nº 11.484/2007, arts. 1º a 11; Decreto nº 6.233/2007, arts. 2º, caput, III, 4º, caput, II, 6º, 7º, 8º, caput, § 5º, 9º, caput, 10 e 11, § 2º, Anexo I; RIPI/2010, arts. 150 a 157; Instrução Norma-tiva RFB nº 852/2008; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Portaria In-terministerial MCT/MDIC nº 290/2008; Portaria MCT nº 697/2013)

N

a IOB ComentaESTadual

ICMS - Obrigatoriedade da EFD aos contribuintes dispensados da entrega mensal da GIA

A legislação dispõe que os contribuintes esta-belecidos no Estado de São Paulo são obrigados à Escrituração Fiscal Digital (EFD) desde 1º.01.2014, sendo dispensado o estabelecimento de:

a) microempreendedor individual (MEI) optan-te pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei); e

b) microempresa (ME) e empresa de peque-no porte (EPP) optantes pelo Simples Nacio-

nal, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do § 1º do art. 20 da Lei Complementar nº 123/2006, cuja obrigatoriedade se iniciará em 1º.01.2016.

Por meio do Comunicado Deat/EFD nº 2/2014, foi estabelecida a obrigatoriedade da EFD a todos os estabelecimentos dos contribuintes enquadrados no Regime Periódico de Apuração (RPA), dispensados da entrega mensal da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA).

Nos termos do art. 21 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/1998, são dispensados da entrega mensal da GIA os contribuintes enquadrados no RPA perten-centes às seguintes atividades econômicas, corres-pondentes aos seguintes códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE-Fiscal):

Atividade econômica CNAE-Fiscal

Órgãos da administração pú-blica direta, autarquias e fun-dações mantidas pelo Estado

6410-7/00, 8411-6/00, 8412-4/00, 8413-2/00, 8414-1/00, 8421-3/00, 8422-1/00, 8423-0/00, 8424-8/00, 8425-6/ 00, 8430-2/00, 8511-2/00, 8512-1/00, 8513-9/00, 8520-1/00, 8531-7/00, 8532-5/00, 8533-3/00, 8541-4/00, 9900-8/00

Hospital e casa de saúde 8610-1/01, 8610-1/02, 8630-5/01, 8630-5/02, 8630-5/03, 8711-5/01, 8711-5/03, 8711-5/04, 8712-3/00, 8720-4/ 01, 8720-4/99, 8730-1/99, 8630-5/04, 8630-5/05, 8630-5/06, 8630-5/99, 8640-2/01, 8640-2/02, 8640-2/03, 8640-2/04, 8640-2/05, 8640-2/10, 8640-2/11, 8640-2/12, 8640-2/06, 8650-0/01, 8650-0/02, 8650-0/03, 8650-0/ 04, 8650-0/05, 8650-0/06, 8650-0/07, 8650-0/99, 8660-7/00, 8690-9/01, 8690-9/01, 8690-9/02, 8630-5/07, 8640-2/14, 8622-4/00, 8690-9/99

Entidade assistencial 8711-5/02, 8730-1/01, 8730-1/02, 8720-4/99, 8711-5/05, 8720-4/99, 8730-1/99, 8720-4/01, 8800-6/00Despachante aduaneiro 5250-8/02

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35-14 SP Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 35 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

A obrigatoriedade se aplica desde a competência do mês de janeiro/2014 ou do início da atividade do estabelecimento, se posterior.

Também foi prorrogado para o dia 25.02.2015 o prazo para envio dos arquivos da EFD referentes a 2014 para esses contribuintes.

(Protocolo ICMS nº 3/2011, cláusula primeira, § 2º, e cláusula segunda, caput; Portaria CAT nº 92/1998, Anexo IV, art. 21; Co-municado Deat/EFD nº 2/2014)

N

a IOB Perguntas e RespostasICMS/SP

Substituição tributária - Base de cálculo - Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e

automáticos

1) Qual é a base de cálculo da substituição tributá-ria nas operações com máquinas e aparelhos mecâni-cos, elétricos, eletromecânicos e automáticos?

No período de 1º.07.2014 a 31.03.2016, para o cálculo da substituição tributária nas operações com máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletrome-cânicos e automáticos destinados a estabelecimento localizado em território paulista, deverá ser observado o Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) previsto na Portaria CAT nº 58/2014.

(Portaria CAT nº 58/2014)

Substituição tributária - Base de cálculo - Produtos de colchoaria

2) Qual é a base de cálculo da substituição tributá-ria nas operações com produtos de colchoaria?

No período de 1º.06.2014 a 31.12.2015, para o cálculo da substituição tributária nas operações com produtos de colchoaria destinados a estabelecimento localizado em território paulista, deverá ser observado o Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) previsto na Portaria CAT nº 59/2014.

(Portaria CAT nº 59/2014)

ISS/SãO PaulOBase de cálculo - Serviço de transporte - Utilização

de veículos de terceiros

3) Qual é a base de cálculo do ISS na prestação de serviço de transporte quando for utilizado veículo de terceiro?

Quando forem utilizados veículos de terceiros para realizar o serviço de transporte, considera-se receita bruta das transportadoras a diferença entre

o preço recebido e o preço pago ao transportador efetivo, desde que este:

a) seja inscrito no Cadastro de Contribuintes Mo-biliários (CCM); e

b) emita nota fiscal ou outro documento exigido pela administração.

(RISS/São Paulo, art. 51)

Prestador de serviços - Estabelecimento - Caracterização

4) Quais elementos caracterizam a existência de um estabelecimento prestador de serviços?

A existência de estabelecimento prestador que configure unidade econômica ou profissional é indi-cada pela conjugação, parcial ou total, dos seguintes elementos:

a) manutenção de pessoal, material, máquinas, instrumentos e equipamentos próprios ou de terceiros necessários à execução dos serviços;

b) estrutura organizacional ou administrativa;c) inscrição nos órgãos previdenciários;d) indicação como domicílio fiscal para efeito de

outros tributos; ee) permanência ou ânimo de permanecer no lo-

cal, para a exploração econômica de atividade de prestação de serviços, exteriorizada, inclu-sive, através da indicação do endereço em im-pressos, formulários, correspondências, site na Internet, propaganda ou publicidade, contra-tos, contas de telefone, contas de fornecimento de energia elétrica, água ou gás, em nome do prestador, seu representante ou preposto.

São também considerados estabelecimentos prestadores, os locais onde forem exercidas as atividades de prestação de serviços de diversões públicas de natureza itinerante.

(RISS/São Paulo, art. 4º, §§ 1º e 3º)