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Ano VIII - nº 36 Junho / Julho 2017 www.antaq.gov.br COM O DECRETO Nº 9.048/17, A EXPECTATIVA É ATRAIR R$ 25 BILHÕES PARA O SISTEMA PORTUÁRIO BRASILEIRO NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS. ANTAQ REVISA SEUS NORMATIVOS PARA SE ADEQUAR AO NOVO REGRAMENTO Páginas 8 e 9 Francisval Mendes, o novo diretor da Agência Agência abre inscrições para edição de 2017 Páginas 4 e 5 Página 10 ENTREVISTA PRÊMIO ANTAQ INVESTIMENTOS À VISTA Foto: ANTAQ

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Ano VIII - nº 36 Junho / Julho 2017

www.antaq.gov.br

COM O DECRETO Nº 9.048/17, A EXPECTATIVA É ATRAIR R$ 25 BILHÕES PARA O SISTEMA PORTUÁRIO

BRASILEIRO NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS. ANTAQ REVISA SEUS NORMATIVOS PARA SE

ADEQUAR AO NOVO REGRAMENTO Páginas 8 e 9

Francisval Mendes, o novo diretor da Agência

Agência abre inscrições para edição de 2017

Páginas 4 e 5

Página 10

ENTREVISTA

PRÊMIO ANTAQ

INVESTIMENTOS À VISTA

Foto: ANTAQ

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2 Ano VIII | nº 36 | Junho / Julho de 2017

Jornal Navegando a Notícia

(versão impressa)

Ano VIII - N° 36 - Junho/Julho 2017

Adalberto Tokarski

Diretor-Geral

Mário Povia

Diretor

Francisval Mendes

Diretor

Produção

Assessoria de Comunicação Social - ANTAQ

Yara Rodrigues da Assunção

Chefe da Assessoria de Comunicação Social

Jorge Lúcio

Jornalista

Rodrigo Duhau

Jornalista

Amanda Gusmão

Estagiária/jornalismo

Maurício Marcelo | Tikinet

Designer Gráfico

Maria Inez Vaz Dias Albuquerque

Relações Públicas

Críticas e sugestões:

Ouvidoria: 08006445001 ou (61) 2029-6576

Assessoria de Comunicação Social (ASC)

SEPN Qd. 514 - Conj. E - 1° andar - Asa Norte

CEP: 70760-545 - Brasília - DF

Telefone: (61) 2029-6520

[email protected] - www.antaq.gov.br

EXPEDIENTE

CARTA AO LEITOR

Com o Decreto nº 9.048/17, que substitui o instituto 8.033/13 na

regulamentação da exploração dos portos organizados e instalações

portuárias do país, a expectativa é atrair R$ 25 bilhões em novos

investimentos para o sistema portuário brasileiro nos próximos dois

anos. O novo decreto é resultado do trabalho das equipes técnicas

do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e da Agência

Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ e foi elaborado com

base em um conjunto de propostas apresentadas ao governo por

associações empresariais do setor.

Para o diretor-geral da ANTAQ, Adalberto Tokarski, o decreto

vai permitir enfrentar uma série de situações que já vinham

ocorrendo no dia a dia do sistema portuário brasileiro com uma

regulamentação mais adequada e eficiente. Nesta edição do

Navegando a notícia, o leitor saberá todas as informações sobre

o decreto, além de saber que a Agência está revisando seus

normativos para se adequar ao decreto.

O entrevistado desta edição é Francisval Mendes, que ficará como

diretor da ANTAQ até fevereiro de 2021. Nessa entrevista, Mendes fala

sobre privatizações, navegações de cabotagem e interior, fiscalização

e sustentabilidade. “Os arrendamentos portuários são exemplos

da redução do papel do Estado em relação à prestação do serviço

público portuário, fomentando a competitividade no setor”, disse o

diretor.

Há também uma matéria sobre o Prêmio ANTAQ 2017. O

prêmio tem por finalidade reconhecer iniciativas que se destaquem

por sua contribuição na melhoria da prestação de serviços de

transportes aquaviários à sociedade, fomentar a pesquisa e a

produção acadêmica e disseminar as boas práticas na operação

e gestão do setor.

Em sua segunda edição, o Prêmio ANTAQ contemplará, este ano,

quatro categorias: Desempenho Ambiental; Iniciativas Inovadoras;

Artigo Técnico e Acadêmico; e Padrão de Atendimento ao Usuário.

Os três melhores em cada categoria receberão um troféu com a

respectiva classificação. Na categoria Artigo Técnico e Acadêmico,

além do troféu, os melhores artigos serão publicados em revista

técnica da ANTAQ. A premiação dos vencedores será realizada

no dia 9 de novembro. As inscrições para as categorias Iniciativas

Inovadoras e Artigo Técnico e Acadêmico deverão ser efetuadas até

4 de agosto.

Boa leitura.

Novo decreto, novo diretor

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OUTORGAS

ANTAQ aprova manuais do EVTEA e do Projeto Executivo

A ANTAQ aprovou, por meio da Resolução nº 5.464, de 23 de junho de 2017, o Manual de Análise de Estudos de Viabilidade Técnica,

Econômica e Ambiental (EVTEA). A Agência publicou a resolução no dia 29 de junho no Diário Oficial da União. Para conhecer o manual, acesse www.antaq.gov.br, clique em “legislação”, depois entre no Sistema Sophia (atos e normativos), digite o número da resolução e, em seguida, no próprio número da resolução. Por fim, clique em conteúdo digital.

O manual tem por objetivo estabelecer procedimentos padronizados de análise de EVTEA no âmbito da Gerência de Portos Organizados. O documento contempla procedimentos aplicáveis a todos os possíveis tipos de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, incluindo estudos sobre novos arrendamentos, bem como estudos sobre recomposição do equilíbrio econômico financeiro de contratos de arrendamento.

Projeto Executivo

Por meio da Resolução Nº 5408, a ANTAQ aprovou o Manual de Análise e Fiscalização do Projeto Executivo em Arrendamentos Portuários. O documento tem por objetivo estabelecer uma estrutura de apresentação para projetos de novos investimentos e orientação de procedimentos de análise desses projetos no âmbito da Gerência de Portos Organizados (GPO).

Conforme o manual, durante o desenvolvimento do projeto executivo por parte da arrendatária, é imprescindível que haja o envolvimento da administração do porto, com troca de informações e discussões

sobre o desenvolvimento da implantação dos novos investimentos, suas interferências com a operação portuária e a interferência com outros arrendatários e usuários do porto.

O projeto executivo deverá conter todos os elementos do empreendimento, como disposto na Lei nº 8.666/1993, definido que é como o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além disso, o projeto executivo deverá guardar aderência com o plano de investimentos aprovado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e também com o cronograma físico-financeiro que instruiu o equilíbrio econômico financeiro do aditivo contratual.

Para o gerente de Portos Organizados da ANTAQ, José Renato Fialho, o projeto executivo, com sua análise e a fiscalização da sua implantação, é uma ferramenta fundamental para a avaliação dos futuros investimentos pactuados nas prorrogações de contratos de arrendamento, mediante termo de aditamento contratual. Daí a necessidade de se estabelecer uma metodologia para apresentação, análise e fiscalização desses projetos, visando garantir que o interesse público seja preservado ao se conceder a prorrogação do contrato de arrendamento. “O Manual de Análise e Fiscalização do Projeto Executivo em Arrendamentos Portuários, recentemente aprovado, é o instrumento que instrui sobre essas necessidades de apresentação, análise e fiscalização desses projetos, servindo de guia tanto para as empresas arrendatárias como para as equipes da ANTAQ.”

Expectativa de Resultados com a Implementação do Manual do Projeto Executivo

a) Redução da assimetria de informação entre a arrendatária interessada em novos investimentos e a ANTAQ, o poder concedente e a administração do porto;b) Maior segurança das condições econômicas e financeiras contratadas entre o poder concedente e a empresa arrendatária;c) Redução dos riscos ao interesse público, provenientes da ausência de procedimento licitatório.d) Garantia do equilíbrio econômico-financeiro do contrato objeto de aditamento.

Expectativa de Resultados com a Implementação do Manual do EVTEA

a) Completeza da análise, de forma a cobrir todos os pontos envolvidos no EVTEA;b) Maior celeridade decorrente da pronta identificação de questões omissas, faltantes, pendentes ou incompletas e da tomada de providências imediata para correção;c) Padronização da análise e das conclusões, de forma que as manifestações técnicas resultantes da análise sejam consistentes e unívocas; ed) Mitigação de pontos críticos, através de procedimentos de circularização de informações sensíveis.

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4 Ano VIII | nº 36 | Junho / Julho de 2017

Como o senhor analisa o papel da ANTAQ para o setor de transportes brasileiro?

A flexibilização dos monopólios estatais e as privatizações do Programa Nacional de Privatização, com crescente redução das estruturas públicas de intervenção direta na ordem econômica, ampliaram a necessidade de regulação e fiscalização dos serviços públicos e atividades econômicas no Brasil. O setor aquaviário não ficou de fora dessas transformações. Ele é um grande exemplo de transferência ao setor privado de atividades antes exercidas pelo Estado, especialmente na área portuária onde o Estado abriu mão de sua função de protagonista e passou a zelar pela boa prestação do serviço. A ANTAQ representa no setor do transporte aquaviário o Estado no planejamento, regulação e fiscalização, além das tarefas de fomento da competitividade e arbitragem de conflitos.

ENTREVISTA

Francisval Mendes ficará como diretor da ANTAQ até fevereiro de 2021. Nessa entrevista, Mendes fala sobre privatizações, navegações de cabotagem e interior, fiscalização e sustentabilidade. “Os arrendamentos portuários são exemplos da redução do papel do Estado em relação à prestação do serviço público portuário, fomentando a competitividade no setor”, disse o diretor.

Na sua opinião, qual a importância dos leilões para os arrendamentos de áreas portuárias que a Agência vem realizando?

Os arrendamentos portuários são exemplos da redução do papel do Estado em relação à prestação do serviço público portuário, fomentando a competitividade no setor.

Como o senhor vê a navegação de cabotagem brasileira?

O Brasil, com sua longa costa, concentração costeira da distribuição demográfica e dos setores produtivos, tem largo potencial para desenvolvimento da cabotagem. Contamos com um número expressivo de portos marítimos, o que favorece o crescimento da navegação de cabotagem. A privatização dos portos e o crescimento dos TUPs devem impulsionar a cabotagem. Há grande interesse dos setores produtivos brasileiros na utilização do modal. Com a retomada do crescimento econômico, a cabotagem deve assumir novo papel no transporte de cargas.

““A ANTAQ vem contribuindo para o desenvolvimento sustentável do

Brasil

A flexibilização dos monopólios estatais e as privatizações do

Programa Nacional de Privatização ampliaram a necessidade de

regulação e fiscalização dos serviços públicos e atividades econômicas no

Brasil E a navegação interior? Como desenvolvê-la ainda

mais? Como todo modal de transporte, a navegação interior

necessita de fortes investimentos e infraestruturas, como eclusas, dragagens, instalações portuárias e renovação das embarcações. O Brasil possui 41.635 quilômetros de vias navegáveis e esse potencial tem sido pouco aproveitado. Apenas uma pequena porcentagem da carga movimentada no Brasil ocorre por meio da

Quais são as prioridades do seu mandato? Cumprir o planejamento estratégico já definido pela

ANTAQ, bem como também aprofundar o papel de fomento da competitividade, melhoria da qualidade dos serviços públicos e sua universalização.

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ENTREVISTA

navegação interior, com pouco mais de 86 milhões de toneladas por ano. A ANTAQ tem papel relevante, pois pode diminuir os entraves regulatórios.

Atualmente, a questão ambiental ganhou grande relevância. Como a ANTAQ pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do país?

A ANTAQ vem contribuindo e muito para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Como exemplo, o prêmio de desempenho ambiental que premia as autoridades portuárias dos portos organizados que se destacam na avaliação do Índice de Desempenho Ambiental, o IDA. O maior patrimônio do transporte aquaviário é o meio ambiente. Como atividade impactante, a regulação da ANTAQ sempre deve observar a premissa da proteção ambiental.

Na sua opinião, como deve ser a fiscalização da Agência?

Às agências reguladoras, cabe regulamentar e fiscalizar as atividades reguladas. Seu poder fiscalizatório e sancionador não visa apenas evitar

““O Brasil, com sua longa costa, tem largo potencial para desenvolvimento

da cabotagem

““O maior patrimônio do transporte aquaviário é o meio ambiente. Como atividade impactante, a regulação da ANTAQ sempre deve observar a premissa

da proteção ambiental

condutas contrárias ao interesse público, mas promover ativamente a qualidade dos serviços, o que torna a fiscalização tarefa essencial para atuação eficiente do ente regulador. Não há como fortalecer o papel regulador sem uma fiscalização e processo sancionatório eficazes, portanto, à ANTAQ cabe uma fiscalização eficiente, presente e sem excessos.

A ANTAQ possui capilaridade com suas unidades regionais e postos avançados. Por que isso é importante?

O Brasil tem dimensão continental e as unidades regionais da ANTAQ garantem sua presença em todo o território nacional, traduzindo em eficiência na sua atuação.

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ANTAQ reduz em 35% tempo médio de resposta às demandas do e-SIC

A ANTAQ reduziu em 35% o tempo médio de resposta aos pedidos encaminhados por intermédio do Sistema Eletrônico do Serviço

de Informações ao Cidadão (e-SIC). Em 2016, esse número foi de 5,3 dias contra 8,18 dias em 2015. No ano passado, houve 1669 solicitações enviadas à Agência, 28% a mais que em 2015, quando 1302 demandas chegaram à Agência. Os dados são de um relatório elaborado pela Secretaria-Geral da ANTAQ.

“A redução de 35% no tempo médio de resposta da ANTAQ em 2016, mesmo diante do aumento de demandas, deve-se às boas práticas adotadas pela Secretaria-Geral quanto à divulgação de rankings trimestrais das demandas do e-SIC, pois permitiu aos setores da Agência conhecer a sua quantidade de demandas, bem como o seu tempo médio de resposta. Esse método pode ter despertado uma maneira satisfatória de competição entre os setores, suscitando um ganho para a sociedade, que obtém sua resposta ao pedido de informação com bastante agilidade. Além disso, é importante destacar o engajamento dos servidores da Agência na concepção de um atendimento de qualidade”, afirma Bruna

Carvalho, atendente do e-SIC e técnica administrativa da Secretaria-Geral da ANTAQ.

Conforme o relatório, a ANTAQ ficou em primeiro lugar no ranking de eficiência entre as agências reguladoras federais. Em relação aos órgãos/entidades da Administração Federal mais demandados, a ANTAQ ficou em quarto lugar, atrás apenas do Banco Central (2,96 dias); da Superintendência de Seguros Privados (Susep) (3,16 dias); e do Ministério da Fazenda (4,75 dias). A ANTAQ foi o 16º órgão mais demandado da Administração Pública Federal de um total de 312.

A ANTAQ, desde a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação (LAI) (Lei nº 12.527/2011), tem feito um grande esforço para cumprir a lei da forma mais eficiente possível. O normativo regulamenta o direito constitucional de acesso à informação.

“A transparência é conceito e, frisa-se, atitude que corporifica o significado da coisa pública, pois desnuda tudo aquilo que deve ser do conhecimento do povo, este sim, início e fim de um estado democrático de direito de fato. Assim, alçada a princípio constitucional, a transparência foi regulamentada no Brasil pela LAI, que é instrumentalizada, dentre outros mecanismos, pelo e-SIC,

No ano passado, houve 1669 solicitações enviadas à Agência,

28% a mais que em 2015

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Saiba mais

Tempo médio de resposta de todos os órgãos/entidades da Administração Pública Federal, que fazem uso do e-SIC: 14,80 dias em 2016.

Quantidade de demandas que a ANTAQ respondeu no mesmo dia: 315 demandas. Ou seja, aproximadamente 20% da demanda total.

sendo, portanto, serviço público precursor para o exercício de diversos direitos fundamentais, como o de acessar informação de interesse pessoal ou coletivo, peticionar perante o poder público, viabilizar o controle social, entre outros. Portanto, a LAI é essencial para a democracia”, destaca o Coordenador de Gestão de Documentos da Secretaria-Geral da ANTAQ, Vinícius Lima.

Para que os órgãos e entidades consigam seguir as regras, prazos e orientações fixados pela lei, a Controladoria-Geral da União (CGU) desenvolveu o e-SIC. O sistema funciona na internet e centraliza os pedidos e recursos dirigidos ao Poder Executivo Federal, suas entidades vinculadas e empresas estatais. O e-SIC está disponível no site www.esic.cgu.gov.br.

O Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) permite que qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhe pedidos de acesso à informação, acompanhe o prazo e receba a resposta da solicitação

realizada para órgãos e entidades do Executivo Federal. O cidadão ainda pode entrar com recursos e apresentar reclamações sem burocracia.

De acordo com a Secretaria-Geral, os dados revelam que a Agência chegou ao nível de excelência no tratamento do e-SIC, elevando a autarquia à posição de destaque no cenário nacional. Entretanto, para o órgão, é certo que há espaço para maior celeridade e melhor qualidade no atendimento.

Lei no 12.527 regulamenta direito de acesso à informação

A Lei nº 12.527, sancionada pela Presidência da República em 18 de novembro de 2011, regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas. Seus dispositivos são aplicáveis aos três poderes da União, estados, Distrito Federal e municípios.

A publicação da Lei de Acesso a Informações significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar possível uma maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da sociedade às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública.

Para saber mais sobre a lei e seus direitos, acesse o site www.acessoainformacao.gov.br. Com informações da CGU.

DADOS

A ANTAQ internalizou a noção de qualidade no atendimento, ou seja, deixou para trás uma visão

ultrapassada de atendimento dos prazos legais e avançou na

diminuição dos prazos de resposta ao cidadão

Joelson MirandaSecretário-geral da ANTAQ

Joelson Miranda: qualidade no atendimento à sociedade

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Decreto dos portos prevê R$ 25bi em investimentos no setor nos próximos anos

Com o Decreto nº 9.048/17, que substitui o instituto 8.033/13 na regulamentação da exploração dos portos organizados e instalações portuárias

do país, a expectativa é atrair R$ 25 bilhões em novos investimentos para o sistema portuário brasileiro, nos próximos dois anos. O montante envolve licitações de áreas e infraestruturas portuárias, renovações antecipadas e ordinárias de contratos de arrendamento e novas outorgas de autorização para instalação e operação de terminais privados.

O novo decreto é resultado do trabalho das equipes técnicas do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ e foi elaborado com base em um conjunto de propostas apresentadas ao governo por associações empresariais do setor, como Abtra, Abratec, ABTP, ATP, ABTL e Fenop.

Para o diretor-geral da ANTAQ, Adalberto Tokarski, o decreto vai permitir enfrentar uma série de situações que já vinham ocorrendo no dia a dia do sistema portuário brasileiro com uma regulamentação mais adequada e eficiente. “Nós já vínhamos atuando de uma forma prática e, junto com o Ministério dos Transportes, buscamos viabilizar, no novo regramento, um ambiente mais propicio para simplificar os processos de outorga

e destravar os investimentos, o que é fundamental para atrair mais recursos privados e oferecimento de infraestrutura portuária”, apontou.

De acordo com Tokarski, o trabalho compreendeu medidas de flexibilização e simplificação de procedimentos, todas situadas no plano infralegal, que visaram “eliminar normas excessivamente restritivas e promover a estabilização das relações entre governo e empresários, com a geração imediata de investimentos, instalação de novos empregos e retomada do crescimento no setor”.

O que muda

Uma das mudanças consideradas de maior impacto no novo regramento é a que amplia os prazos dos contratos de arrendamento, que, agora, passam a ser de 35 anos, dez a mais do que no instituto anterior. Os contratos também poderão ser prorrogados por sucessivas vezes até o limite de 70 anos, vinte a mais do que o previsto no Decreto nº 8.033/13. A medida deve ajudar a alavancar boa parte dos R$ 25 bilhões esperados pelo governo para inversão no setor.

Outra medida de impacto imediato nos investimentos é a possibilidade de o arrendatário investir em áreas

Uma das mudanças consideradas de maior impacto no novo regramento é a que amplia

os prazos dos contratos de arrendamento

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PORTOS

comuns do porto, fora do arrendamento. Agora, o arrendatário poderá realizar investimentos em instalações do porto organizado que antes eram exclusivas do poder concedente, tais como dragagem, píer e acessos terrestres, tendo como contrapartida a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do seu contrato de arrendamento. O decreto também abre a possibilidade da realização de investimentos imediatos por conta do arrendatário, por meio de um “Termo de Risco de Investimento”.

Ainda com relação aos contratos de concessão e aos arrendamentos dentro das áreas dos portos organizados, o decreto incluiu a possibilidade de substituição da área arrendada e a adaptação dos contratos de arrendamento em vigor, e alterou a previsão de exploração direta ou indireta de áreas não afetas às operações portuárias - áreas não-operacionais do porto, como estacionamento, lojas e restaurantes.

As regras para instalações de uso privado também sofreram várias alterações. O prazo para o início das operações dos terminais privados, por exemplo, foi estendido e acabou a obrigatoriedade de garantias para projeto e execução dos empreendimentos. O decreto também simplificou o trâmite da documentação a ser emitida pela Secretaria do Patrimônio da União – SPU, assim como incluiu a autorização para aquela Secretaria destinar a cessão da área da União em favor do outorgado para construir ou ampliar a instalação portuária.

Ainda com relação às instalações autorizadas, o novo regramento extinguiu o limite de 25% para a ampliação dos TUPs localizados dentro dos portos organizados, e retirou a necessidade de consulta pública para as ampliações acima de 25% a que estavam submetidos os terminais privados localizados fora da área do porto organizado pela regra anterior.

ANTAQ revisa seus normativos

Com a entrada em vigor do novo decreto, várias portarias e resoluções oriundas da antiga SEP e da ANTAQ serão revistas, como a Portaria Conjunta ANTAQ/SEP n° 140/2014, que detalha a metodologia para a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de arrendamento, e a Portaria SEP nº 349/2014, que regulamenta o art. 57 da Lei n° 12.815/13 Lei dos Portos), que trata das prorrogações antecipadas.

Na entrevista, a seguir, a superintendente de Regulação da ANTAQ, Flávia Takafashi, fala sobre o andamento da revisão dos normativos da Agência. A previsão é fazer a consulta e as audiência públicas e começar a colocar os primeiros documentos em vigor a partir de setembro próximo.

Navegando – A ANTAQ já está trabalhando na revisão dos seus normativos? Flávia – Desde a publicação do Decreto nº 9.048/17 que a ANTAQ está trabalhando na revisão dos normativos que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias privadas. Inicialmente, foi realizado o levantamento dos pontos específicos dos normativos que necessitam de revisão para serem alinhados com as alterações trazidas pelo decreto, e atualmente existe uma força tarefa trabalhando na confecção das minutas de normas a serem aprovadas.

Navegando – Quais resoluções serão alteradas?Flávia – São: a Resolução Normativa nº 7/2016 - Regula a exploração de áreas e instalações portuárias sob gestão da Administração do Porto, no âmbito dos portos organizados; Resolução Normativa 15/2016 - Dispõe sobre o Manual de Contas das Autoridades Portuárias; Resolução 3.220/2014 - Estabelece procedimentos para a elaboração de projetos de arrendamentos e define a metodologia de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de arrendamento de áreas e instalações portuárias nos portos organizados; Resolução 3.274/2014 - Dispõe sobre a fiscalização da prestação dos serviços portuários e estabelece infrações administrativas; e Resolução 3.290/2014 - Dispõe sobre a autorização para a construção, exploração e ampliação de terminal de uso privado, de estação de transbordo de carga, de instalação portuária pública de pequeno porte e de instalação portuária de turismo.

Adalberto Tokarski: simplificação de

procedimentos

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Agência abre inscrições para o Prêmio ANTAQ 2017

EVENTOS

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários está realizando o Prêmio ANTAQ 2017. O Prêmio tem por finalidade reconhecer iniciativas que se destaquem

por sua contribuição na melhoria da prestação de serviços de transportes aquaviários à sociedade, fomentar a pesquisa e a produção acadêmica e disseminar as boas práticas na operação e gestão do setor.

Em sua segunda edição, o Prêmio ANTAQ contemplará, este ano, quatro categorias: Desempenho Ambiental; Iniciativas Inovadoras; Artigo Técnico e Acadêmico; e Padrão de Atendimento ao Usuário.

Os três melhores em cada categoria receberão um troféu com a respectiva classificação. Na categoria Artigo Técnico e Acadêmico, além do troféu, os melhores artigos serão publicados em revista técnica da ANTAQ. A premiação dos vencedores será realizada no dia 9 de novembro.

As inscrições para as categorias Iniciativas Inovadoras e Artigo Técnico e Acadêmico deverão ser efetuadas até 4 de agosto, exclusivamente por remessa postal registrada. As regras para participação em cada uma das quatro categorias do Prêmio ANTAQ 2017 estão disponíveis no portal da Agência na internet, no link (http://portal.antaq.gov.br/index.php/premio-antaq-2017-de-sustentabilidade-aquaviaria/).

Categorias

Na categoria Desempenho Ambiental, serão premiadas as autoridades portuárias dos portos organizados que se destacarem na avaliação do índice de Desempenho Ambiental – IDA, em duas modalidades: Maior Índice de Desempenho Ambiental 2017; e Maior Evolução Anual do IDA.

Na primeira modalidade, serão premiadas as três autoridades portuárias responsáveis pelos portos organizados que apresentarem os melhores índices de desempenho ambiental apurados no primeiro semestre. Já na modalidade de Maior Evolução Anual do IDA, serão premiadas as três autoridades portuárias dos portos organizados que apresentarem as maiores variações positivas do IDA apurado no primeiro semestre de 2017 em relação ao apurado no primeiro semestre do ano passado.

Na categoria Iniciativas Inovadoras, serão premiadas as empresas do setor aquaviário que tenham adotado iniciativas geradoras de melhorias operacionais, ambientais ou de gestão, contribuindo para o aprimoramento do atendimento das demandas da sociedade e para o aumento da eficiência e sustentabilidade na prestação de serviços e que possam servir de referência para outros empreendimentos.

Poderão concorrer nessa categoria trabalhos individuais ou em grupo que tenham sido implementados

em portos públicos, terminais privados (TUPs, ETCs ou instalações registradas), empresas brasileiras de navegação e, ainda, pessoas, entidades ou empresas cujas iniciativas trouxeram benefícios expressivos ao setor aquaviário.

Na categoria Artigo Técnico e Acadêmico, serão premiados trabalhos nas áreas de Direito, Economia, Regulação, Meio Ambiente, Gestão, Ciências Sociais, Geografia, Políticas Públicas e Infraestrutura e Logística que apresentem relevância acadêmica e institucional em conformidade com as áreas de atuação de competência da ANTAQ. Poderão concorrer pessoas físicas, graduandos e graduados de nível superior e pós-graduados.

Por fim, a categoria Padrão de Atendimento ao Usuário premiará as empresas brasileiras de navegação autorizadas pela Agência que se destacam na prestação de serviços de transporte misto na navegação interior de percurso longitudinal interestadual e internacional de competência da União.

Nessa categoria, serão selecionadas cinco EBNs, segundo os atributos de generalidade, que é a prestação do serviço sem qualquer discriminação a quem o solicita; atualidade, que se constitui na modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações e a sua conservação; conforto (bem-estar dos usuários); higiene (bem-estar, saúde e limpeza); e preservação do meio ambiente (coleta seletiva e sinalização para correta destinação do lixo).

Cronograma do Prêmio

Inscrições:Até 4 de agosto de 2017Avaliação:7 de agosto a 6 de outubro de 2017Comunicação aos finalistas:9 e 10 de outubro de 2017Premiação:9 de novembro de 2017

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DADOS

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11Ano VIII | nº 36 | Junho / Julho de 2017

FISCALIZAÇÃO

ANTAQ realiza 579 procedimentos no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2017, a ANTAQ realizou 579 fiscalizações, sendo 404 por intermédio do Plano Anual de Fiscalização (PAF) e 175

extraordinárias: queda de 12% em relação com igual período do ano passado. Foram 45,77% de procedimentos relativos a portos; 29,70% sobre navegação interior; e 24,53% na navegação marítima.

Analisando as unidades regionais, o escritório do Rio de Janeiro foi o que mais fiscalizou, com 75 procedimentos pelo plano e 26 extraordinários. A Unidade Regional de Belém ficou em segundo: 60 pelo PAF; e 23 fiscalizações extraordinárias. Em terceiro, aparece a Unidade Regional de Manaus, com 56 e 16 ações fiscalizatórias, respectivamente.

No primeiro semestre do ano passado, a Agência realizou 657 fiscalizações, sendo 388 através do plano anual e 269 extraordinárias. Foram 36,99% de procedimentos relativos a portos; 35,46% sobre navegação interior; e 27,55% na navegação marítima.

Nos primeiros seis meses de 2016, o escritório do Rio de Janeiro foi o que mais fiscalizou, com 45 procedimentos pelo plano e 80 extraordinários. A Unidade Regional de Belém ficou em segundo: 83 pelo PAF; e 23 fiscalizações extraordinárias. Em terceiro, aparece a Unidade Regional de Manaus, com 56 e 27 ações fiscalizatórias, respectivamente.

O superintendente de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais da ANTAQ, Bruno Pinheiro, explica que houve uma redução no número de fiscalizações devido a um aumento na efetividade do trabalho da Agência. Além disso, houve redução no

tempo de tramitação dos processos. “Com a celeridade de nossas análises, diminui a sensação de impunidade por parte do regulado”, diz Pinheiro.

No primeiro semestre de 2017, a ANTAQ emitiu 80 multas a partir dos processos sancionadores e 39 advertências. No mesmo período em 2016, foram 130 multas, com 59 advertências. Em relação aos autos de infração, foram 164 no primeiro semestre de 2017 contra 252 no mesmo período de 2016: redução de 35%. Levando-se em conta as notificações, os números foram: 243 nos primeiros seis meses de 2016 e 140 no primeiro semestre de 2017: queda de 42%. “Os regulados estão presenciando a efetividade da Agência e estão preferindo agir conforme os normativos do que serem punidos”, destacou o superintendente.

Entre as causas mais comuns para a elaboração dos autos de infração no primeiro semestre de 2017 está o descumprimento do artigo 23, inciso IV, da Resolução 2920/13: “não encaminhar à ANTAQ, no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos, a contar da data do registro ou da autorização do afretamento/subafretamento, cópia autenticada do contrato de afretamento ou tradução juramentada”. Já no primeiro semestre de 2016, um dos descumprimentos mais comuns foi o relacionado ao artigo 20, inciso XXIII, da Resolução 912/07: “deixar de prestar informações de natureza técnica, operacional, econômica, financeira, jurídica e contábil, vinculadas à autorização, nos prazos que lhe forem assinalados, ou ainda, omitir, retardar ou, por qualquer forma, prejudicar o fornecimento das referidas informações”.

Números da fiscalização refletem maior efetividade da Agência

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Navegando a notícia Ano VIII nº 36 Junho / Julho de 2017

SUSTENTABILIDADE

ANTAQ realizará Projeto de Coleta Seletiva no PA

Entre os dias 27 e 29 de julho, a ANTAQ realizará, em parceria com a Companhia Docas do Pará (CDP), a primeira ação do “Projeto de

Coleta Seletiva nas Embarcações de Passageiros da Navegação Interior na Região Amazônica”, em Satarém (PA), com o intuito de reduzir os impactos ambientais causados pelos resíduos.

No município, sendo a primeira a receber as ações locais previstas no projeto, acontecerá também o “I Encontro da Navegação Sustentável na Amazônia”. O evento será no Instituto Esperança de Ensino Superior (Iespes), no dia 27 de julho, e contará com a participação de representantes da CDP, da Prefeitura de Santarém e de diversos órgãos e autarquias do Governo Federal, com foco nos proprietários de embarcações e a comunidade acadêmica.

No dia 28 de julho, será realizada uma caminhada em Santarém. As inscrições serão feitas por meio do portal da ANTAQ e mediante a doação de 1kg de alimento não-perecível. Ainda no mesmo dia, serão feitas ações educativas no Porto de Santarém em embarcações que prestam serviços de transporte misto na rota Belém-Santarém-Manaus. Haverá, ainda, oficinas temáticas.

O projeto visa sensibilizar os donos de embarcações, tripulação, passageiros e outros atores intervenientes nessa gestão dos resíduos gerados nas embarcações, buscando estabelecer estratégias adequadas para a sua coleta, separação e destinação.

A Região Amazônica possui um intenso fluxo de passageiros na navegação. Por ano, são transportados em média nove milhões de passageiros

nos seus cerca de 17 mil quilômetros de vias economicamente navegáveis. Esse grande fluxo de passageiros tem como consequência a significativa geração de resíduos, os quais muitas vezes são descartados de forma inadequada, poluindo rios, matas e as zonas urbanas.

Para o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ANTAQ, Marcos Maia Porto, o tratamento dos resíduos originários de embarcações é um aspecto desafiador por fatores particulares da Região Amazônica, como sua dimensão, a característica peculiar do transporte aquaviário, a relação passageiro/carga, as condições adversas de transferência desses passageiros e de sua carga para terra e vice-versa.

Conforme Porto, a melhora no manuseio de resíduos de embarcações dessa região é um ganho inestimável para a Agência. “Nesse enfrentamento, a Agência não está sozinha, mas acompanhada de outros agentes públicos e privados, num esforço partilhado visando o sucesso da empreitada.”

Porto destaca: “A modificação desse cenário irá requerer uma parcela de educação ambiental, a partir de uma conscientização do passageiro a partir das recompensas auferidas por todos com a melhora desse processo de coleta, transporte e destinação de resíduos. Trata-se de uma qualidade ambiental adquirida que a Amazônia e todos nós merecemos.”

O projeto contemplará Santarém nesta fase inicial e, posteriormente, será realizado em Belém, no final do ano, e em Manaus (AM), em 2018. Há estudos para ampliá-lo ainda mais, considerando que essa ação em Santarém se reveste de um caráter de projeto-piloto.

Ao promover um tratamento adequado, evita-se que os resíduos sejam jogados em locais próximos aos pontos de atracação, nos rios ou em terra e nas áreas urbanas,

impedindo a propagação de doenças, mau cheiro, degradação

da paisagem, entre outros problemas

Marcos Maia PortoGerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ANTAQ