investigação de paternidade
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Ação Investigação de PaternidadeTRANSCRIPT
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E
SUCESSÕES DA COMARCA DE – ESTADO DE SÃO PAULO.
xxxxx, brasileiro, solteiro, Auxiliar de Examinador, residente e domiciliado na Rua Jorge Duarte
Filho, 191, Parque das Laranjeiras em Mogi Mirim/SP, vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, através de sua procuradora infra-assinada (instrumento de mandato em
anexo por intermédio da defensoria OAB, propor a presente
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE em face de xxxxxx, menor, impúbere,
representada por sua genitora xxxxxxxxxxxx, residente e domiciliada a Rua Guatemala 285 -
Ceac na cidade dexxxxxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – Dos fatos:
Ao que se vislumbra, o requerente e a representante legal da requerida mantiveram um
relacionamento durante aproximadamente alguns meses, relacionamento este não assumido
por ambos, onde os encontros eram casuais. Destes encontros nasceu, na data de 16 de maio
e 2008 a menorxxxxxxxxxxxxx, Após o nascimento da menina, sua genitora procurou o Autor
ora genitor para realizar o respectivo registro de nascimento, uma vez que já não se
encontravam mais, porém sem dar ciência do feito a Anderson que estaria gravida do mesmo
e que a filha que havia nascido era dele, que somente veio a saber do nascimento da menina
por meio de terceiros.
Cumpre salientar que, embora BRUNA tenha afirmado ao requerente que ele é o pai da menor,
ele não tem plena certeza de tal situação, visto que é de seu conhecimento que a mãe da
menina possuía alguns “ficantes” concomitantemente ao seu caso com Fabiano
.
Ademais, conforme o relato do suposto pai, na época em que mantinha esses casos eventuais
com Bruna ela estaria em um outro relacionamento também. Por tudo isso, está o autor na
incerteza de ser ou não o pai da menina, possuindo o desejo de ter certeza se está é sua filha
legitima ou não, embora já a assista e ajude na sua criação pagando seus alimentos,
requerendo apenas confirmação fática (mediante exame de DNA) de ser o pai da infante.
II- Do Direito:
Do reconhecimento da paternidade:
Conforme o artigo 1607 do Código Civil, temos que:
O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou
separadamente. Veja-se também o estabelecido no art. 1.609 do mesmo diploma legal, no que
pertine à total procedência da presente ação:
O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja
sido o objeto único e principal do ato que o contém."
Como se não bastasse o Código Civil Brasileiro, temos também artigo de lei tratando sobre o
tema em questão no Estatuto da Criança e do Adolescente, onde em seu artigo 27 refere que:
O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível,
podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o
segredo de justiça.
Assim, há de se concluir que, mediante os dispositivos legais transcritos, ser inegável o direito
de FABIANO em saber se é o pai de JULIA, embora já a tenha assumido como sua filha,
mediante certidão de nascimento em anexo. conforme se pretende no presente caso, apenas a
confirmação através do exame de DNA.
III – Dos pedidos:
Face ao exposto, requer:
1) A citação da requerida para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia;
2) A procedência in totum do presente pedido, com a determinação de realização de exame
hematológico DNA .
3) O benefício da justiça gratuita, eis que o requerido não possui condições financeiras de arcar
com as custas e demais despesas processuais sem que haja o prejuízo de seu sustento e de
sua família.
4) A produção de provas mediante prova documental, testemunhal, e fundamentalmente prova
pericial - consistente em exame de DNA – junto ao órgão público competente a ser
determinado por Vossa Excelência, ante a impossibilidade financeira do requerente em arcar
com as custas, e mais depoimento pessoal da genitora da menor, e demais meios de prova em
Direito admitidos.
5) A intimação do Ilustre representante do Ministério Público na forma da lei;
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para todos os efeitos legais.
Nesses termos, pede deferimento.
Mogi Mirim, 26 de janeiro de 2015.
xxxxxxxxxxxxx