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feam FUNDAÇÃO ESTADUAL
DO MEIO AMBIENTE
INVENTÁRIO ESTADUAL
DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
MINAS GERAIS
RELATÓRIO FINAL
Belo Horizonte
Outubro 2003
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feamFUNDAÇÃO ESTADUAL
DO MEIO AMBIENTE
RELATÓRIO FINAL
Belo HorizonteOutubro 2003
Feam - RE -Diplo - 001/2003
INVENTÁRIO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
MINAS GERAIS
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Publicada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente / Minas Gerais Governador do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável José Carlos Carvalho Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM Presidente Ilmar Bastos Santos Apoio Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA Ministério do Meio Ambiente – MMA – Governo Federal Convênio n° 007/2001 – MMA / FNMA / FEAM
Ficha Catalográfica. Av. Prudente de Morais, 1671 - Bairro Santa Lúcia – 30380-000 - Belo Horizonte/MG
F981r Fundação Estadual do Meio Ambiente 2003 Resultados do inventário estadual de resíduos sólidos
industriais do Estado de Minas Gerais: período de maio de2001 a setembro de 2003 / Fundação Estadual do MeioAmbiente. – Belo Horizonte: FEAM, 2003.
89 p. Apoio: Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA
Ministério do Meio Ambiente – MMA – Governo Federal Convênio n°007/2001
1- Resíduos sólidos industriais – Minas Gerais. 2- Resíduosperigosos I. Título
CDU: 628 4.034
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Equipe Técnica
Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM José Cláudio Junqueira Ribeiro – Coordenação Geral
Adriano Tostes de Macedo
Angelina Maria Lanna de Moraes
Antônio Teodoro da Silva
Consuelo Ribeiro de Oliveira
Geni Maria Pereira Campos
Luiz Alberto Ribeiro Bernardo
Luiz Gonzaga Resende Bernardo
Márcia M. Cristina Romanelli
Polynice Rabelo Mourão Jr.
Solange Vaz Coelho
Zuleika Stela Chiachio Torquetti
Estagiários
Ricardo Dias Mendes
Bruno de Mattos Teixeira
ASM – Engenharia e Consultoria S/C Ltda.
Adriana Slapnig Martins - Coordenação
Gustavo Henrique Tetzl Rocha
Lígia Andréia Luca
Margaret Rufato
Nelson Luiz Trindade
Paulo Roberto Santos
Régis Kalinowski Vilar
Rejane Munaretto
Rosângela Pereira Bento
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
1- INTRODUÇÃO................................................................................................... 8
2- HISTÓRICO DO INVENTÁRIO..................... ..................... .............................. 9
3- PESQUISA, DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DO BANCO DE DADOS DAS EMPRESAS A SEREM INVENTARIADAS..................... .................................. 10
4- CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO, CONVOCAÇÃO DAS EMPRESAS E SUPORTE TÉCNICO........................................................................................ 14
4.1- CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO.......................................................... 14
4.2- CONVOCAÇÃO DAS EMPRESAS...................................................... 14
4.3- SUPORTE TÉCNICO........................................................................... 15
5- AVALIAÇÃO DOS DADOS................................................................................ 16
5.1- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO............................................................... 16
5.1.1- Avaliação dos Resíduos gerados no período do Inventário... 17
5.1.2- Avaliação dos Resíduos gerados em Anos Anteriores........ .. 18
6- ANÁLISE DO BANCO DE DADOS.................................................................... 19
6.1- UNIVERSO INVENTARIADO E PERFIL DE RETORNO...................... 19
6.1.1- Por tipologia............................................................................ 20
6.1.2- Por Regionais do COPAM.................................................... .. 24
6.1.3- Por Município........................................................................ .. 26
6.2- RESÍDUOS INVENTARIADOS........................................................... .. 31
6.2.1- Resíduos da Listagem Base e “Outros”.................................. 31
6.2.1.1- Principais Destinos................................................... 41
6.2.1.1.1- Destino Indústria........................................ 42
6.2.1.1.2- Destino Externo.......................................... 44
6.2.2- Resíduos Perigosos e Não Perigosos..................................... 46
6.2.2.1- Resíduos Perigosos.................................................. 47
6.2.2.1.1- Principais Destinos..................................... 48
6.2.2.1.1.1- Destino Indústria .......................... 49
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6.2.2.1.1.2- Destino Externo ........................ 49
6.2.2.2- Resíduos Não Perigosos......................................... 50
6.2.2.2.1- Principais Destinos................................... 51
6.2.2.1.1.1- Destino Indústria ........................ 51
6.2.2.1.1.2- Destino Externo.......................... 52
6.2.3- Resíduos Destinados fora do Estado de Minas Gerais........ .. 53
6.2.4- Principais Geradores de Resíduos....................................... .. 54
6.2.4.1- Maiores Geradores de Resíduos Perigosos............ 56
6.2.5- Regiões e Municípios maiores geradores de Resíduos......... 57
6.2.5.1- Total de Resíduos Gerados por Regional do
COPAM.................................................................... 57
6.2.5.2- Total de Resíduos Gerados por Municípios........... .. 63
6.2.6- Resíduos Inventariados por Tipologia.................................... 64
6.2.7- Resíduos Gerados em Anos Anteriores............................... .. 69
7- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES........................................................... ... 84
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Fluxograma de detalhamento de todo o processo de
cadastramento de industrias................................................................ 13
FIGURA 2- Porcentagens de industrias por tipologia............................................. 22
FIGURA 3- Porcentagem de retorno de cada tipologia.......................................... 24
FIGURA 4- Representatividade dos protocolos retornados por regional do
COPAM................................................................................................ 26
FIGURA 5- Principais resíduos apontados da listagem base................................ 33
FIGURA 6- Resíduos “Outros” apontados............................................................. 40
FIGURA 7- Formas de destinação dos resíduos inventariados............................. 41
FIGURA 8- Formas de destinações “Dentro da Industria”..................................... 42
FIGURA 9- Formas de destinações Externas........................................................ 44
FIGURA 10- Relação entre resíduos perigosos e não perigosos.......................... 46
FIGURA 11- Principais formas de destinações para os resíduos perigosos......... 48
FIGURA 12- Principais formas de destinação para os resíduos não perigosos.... 51
FIGURA 13- Geração de resíduos por regional do COPAM................................. 62
FIGURA 14- Destinação dos resíduos, excluindo os “Sem Destino Definido”...... 87
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1- Identificação dos bancos de dados...................................................10
QUADRO 2- Duvidas da Central de Atendimento................................................. 15
QUADRO 3- Tipologias Inventariadas................................................................... 20
QUADRO 4- Empresas distribuídas por tipologia.................................................. 21
QUADRO 5- Taxa de retorno por tipologia............................................................ 23
QUADRO 6- Protocolos enviados e retornados por Regional do COPAM ............25
QUADRO 7- Protocolos enviados e retornados por município.............................. 26
QUADRO 8- Quantidade de empresas que retornam o formulário por município.32
QUADRO 9- Resíduos inventariados da Listagem Base...................................... 34
QUADRO 10- Principais formas de destinação “Dentro da Industria”................... 43
QUADRO 11- Principais formas de “Destinação Externa”.....................................45
QUADRO 12- Formas de destinação dentro da industria dos resíduos não
Perigosos....................................................................................... 52
QUADRO 13- Formas de destinação externa dos resíduos não perigosos.......... 53
QUADRO 14- Principais resíduos destinados fora do Estado de Minas Gerais... 54
QUADRO 15- Maiores Geradores de resíduos..................................................... 55
QUADRO 16- Maiores Geradores de resíduos perigosos..................................... 57
QUADRO 17- Geração de resíduos inventariados por Regional do COPAM....... 58
QUADRO 18- Municípios maiores geradores de resíduos.................................... 64
QUADRO 19- Total de resíduos por tipologia........................................................65
QUADRO 20- Resíduos Perigosos em relação ao total de resíduos da tipologia..68
QUADRO 21- Tipologias que mais classificaram os resíduos como “Outros”...... 68
QUADRO 22- Resíduos gerados em Anos Anteriores......................................... 70
QUADRO 23- Tipologias grandes geradoras que sofreram interferência de
poucas empresas........................................................................... 85
QUADRO 24- Maiores geradores de resíduos exclusive a tipologia 27............... 88
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1 INTRODUÇÃO
O Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais do Estado de Minas Gerais foi realizado pela FEAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente) por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, através do Convênio firmado com o FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente) com a finalidade de cumprir o disposto na Resolução do CONAMA. nº 313/02.
O Inventário Estadual é um importante instrumento que subsidia a implementação da política estadual de gestão de resíduos sólidos industriais, objetivando:
- conhecer e caracterizar os resíduos industriais do Estado visando a busca de formas mais adequadas e seguras de reutilização, reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos gerados;
- incentivar o desenvolvimento de tecnologias industriais mais limpas, visando a minimização na geração de resíduos;
- implantar e consolidar o banco de dados estadual de resíduos sólidos industriais;
- identificar estoques de resíduos existentes nas instalações industriais, bem como inventariar todos os resíduos, sejam eles de apoio, manutenção ou processo, elaborando, então, um diagnóstico estadual qualitativo e quantitativo contemplando, por tipologia industrial, região geográfica e/ou por município, a quantidade de resíduos gerada, os tipos de resíduos gerados, a classificação quanto à periculosidade, as formas de armazenamento e destinação final, para empreendimentos de médio e grande porte;
- identificar as fontes geradoras de resíduos industriais que apresentam risco para a população e para o meio ambiente.
Atingidos estes objetivos, o Estado possuirá melhores recursos para viabilizar novos empreendimentos de gerenciamento e reutilização de resíduos, promovendo uma melhoria da qualidade ambiental com uma maior preservação dos recursos ambientais.
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2 HISTÓRICO DO INVENTÁRIO
O período de execução do inventário foi de agosto de 2002 a junho de 2003.
Para o desenvolvimento do inventário foi utilizado o programa base disponibilizado pelo IBAMA, desenvolvido especialmente para fins de levantamento de dados de resíduos sólidos industriais nos estados, que utiliza como ferramenta de banco de dados o Microsoft Access. O Manual de Instruções utilizado para o preenchimento do inventário encontra-se no Anexo IX.
O inventário pode ser subdividido em 4 etapas principais, listadas a seguir:
- pesquisa, definição e elaboração do banco de dados das empresas a serem inventariadas;
- campanha de divulgação, convocação das empresas e suporte técnico;
- avaliação dos dados;
- análise do banco de dados.
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3 PESQUISA, DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DO BANCO DE DADOS DAS EMPRESAS A SEREM INVENTARIADAS
A FEAM elaborou, como base para a seleção das indústrias, três bancos de dados, identificados conforme apresentado no Quadro 1, a seguir.
Quadro 1 Identificação dos bancos de dados
BANCO DE DADOS NÚMERO DE INDÚSTRIAS
PRIMÁRIO 932
PROSAM 160
TÊXTIL 213
TOTAL 1305
O banco PRIMÁRIO constou de uma pesquisa no sistema FEAM, através do levantamento de processos existentes de licenciamento ambiental e de autos de infração, do setor indústria de transformação, para os códigos das tipologias previstas, que são as listadas abaixo, segundo os códigos da DN 01/90.
10- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos
11- Indústria Metalúrgica
12- Indústria Mecânica
13- Indústria de material Elétrico e Comunicações
15- Indústria da Madeira
16- Indústria do mobiliário
17- Indústria de Papel e Celulose
18- Indústria da Borracha
19- Indústria de Couros e Peles e Produtos Similares
20 Indústria Química
21- Indústria de Produtos Farmacêuticos e Veterinários
22- Indústria de Perfumaria, Sabões e Velas
23- Indústria de Produtos de Matérias Plásticas
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O banco PROSAM foi obtido a partir da listagem das empresas selecionadas no Programa de Saneamento Ambiental das sub-bacias do Arrudas e Onça, realizado no final da década de 1990, que identificou as principais indústrias com potencial poluidor nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. O banco TÊXTIL também foi originado de uma pesquisa no sistema FEAM, porém, exclusivamente para o setor têxtil, que não estava contemplado no banco PRIMÁRIO.
Como pode-se observar no Quadro 1, o universo pesquisado foi de 1305 (hum mil e trezentas e cinco) indústrias. No entanto, a quantidade final de indústrias cadastradas para participar do inventário, foi de apenas 629 (seiscentas e vinte e nove), uma vez que 261 (duzentas e sessenta e uma) encontravam-se fechadas, 101 (cento e uma) eram de porte inferior, 105 (cento e cinco) de outras tipologias e 122 (cento e vinte e duas) não foram localizadas. Além disso, 3 (três) encontravam-se em fase de instalação e 77 (setenta e sete) registros eram repetidos.
Das 629 indústrias selecionadas, 615 foram provenientes dos bancos de dados citados acima e 14 decorrentes do cadastramento de filiais ou a partir de solicitações feitas pelas próprias indústrias durante a realização do trabalho, ou seja, apresentação espontânea. Cabe ressaltar que 9 indústrias cadastradas foram obtidas já no final do trabalho, após pesquisa na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. A metodologia utilizada para a seleção e cadastramento das indústrias é descrita a seguir.
O trabalho de seleção e cadastramento das indústrias constou na busca de telefones de contato, através de consultas às listas telefônicas disponíveis na internet e ao sistema informatizado da FEAM, além de uma pesquisa na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.Todas as empresas foram contatadas de forma a confirmar seus dados cadastrais, permitindo a sua inclusão ou não no universo a ser inventariado e a atualização e complementação das informações levantadas inicialmente pela FEAM.
Em relação às indústrias não selecionadas, a partir dos motivos acima citados apresenta-se as seguintes razões:
Fechadas (261 indústrias), conforme informações fornecidas pela Junta Comercial;
Pequeno número de funcionários (101 indústrias), este projeto teve como premissa considerar apenas as indústrias de médio e grande porte. Os critérios utilizados foram área útil e número de empregados, conforme previsto na Deliberação Normativa do COPAM 01/90;
Em instalação (3 indústrias), a análise dos processos de licenciamento ambiental indicou o estágio de fase de instalação, o que foi confirmado via contato telefônico;
Outras tipologias (não selecionadas a participar do inventário - 105 indústrias). O setor de indústrias alimentícias não foi contemplado neste projeto;
Repetidas nos bancos de dados levantados pela FEAM (97 indústrias). Este levantamento mostrou que os bancos de dados levantados apresentam alguns
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registros repetidos, provavelmente em função das diversas adequações que sofreram ao longo do tempo;
Não localizadas (123 indústrias). Estes registros são provenientes, quase na totalidade, de processos bastante antigos, de autos de infração, que inclusive não foram julgados por falhas no seu preenchimento, o que não permitiu a localização das indústrias.
Como pode ser verificado, da quantidade total de indústrias previamente levantadas pela FEAM, através dos bancos de dados PRIMÁRIO, PROSAM e TÊXTIL, apenas cerca de 50% foram consideradas, em função dos critérios adotados, para alimentar o cadastramento efetivo. Ressalta-se que o motivo de maior destaque, em relação ao não cadastramento, foi o fato de muitas indústrias encontrarem-se fechadas.
A Figura 1 apresenta um fluxograma contendo o detalhamento de todo o processo de cadastramento das indústrias.
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4 CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO, CONVOCAÇÃO DAS EMPRESAS E SUPORTE TÉCNICO
4.1 CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO
Para a divulgação do Inventário de Resíduos Sólidos junto ao estado de Minas Gerais foram elaborados um folder e um vídeo específicos para esse fim. O Inventário também foi apresentado pela TV Minas no programa Olhar Ambiental. Reuniões técnicas entre a FEAM e a FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), com a presença das empresas a serem inventariadas, também foram realizadas a fim de se apresentar o objetivo, a base legal e os benefícios e vantagens da participação no Inventário. Nestas reuniões, apresentava-se, também, o programa de informática utilizado, explicando o preenchimento do formulário, através do Manual de Instruções desenvolvido especialmente para esse fim, procurando, dessa forma, o esclarecimento de dúvidas e questões gerais sobre o Inventário.
4.2 CONVOCAÇÃO DAS EMPRESAS
A convocação das empresas contempladas no universo a ser inventariado foi realizada através de Ofício de Convocação encaminhado via correio, com Aviso de Recebimento – AR, para cada uma das empresas selecionadas. Ainda nessa mesma correspondência, era encaminhado o folder e, também, um convite para a reunião técnica, citada no item 4.1, realizada junto à Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
Estes ofícios foram enviados no período de 04/10/2002 a 10/02/2003, através de quatro lotes diferentes, buscando-se contemplar em cada lote, empresas de mesma tipologia. A seleção das empresas para cada um dos lotes foi baseada nas tipologias pré-estabelecidas, procurando-se unir, na medida do possível, todas as empresas de uma mesma tipologia num mesmo lote. A opção de envio em quatro distintos lotes foi para não sobrecarregar a Central de Atendimento, oferecendo, assim, um melhor suporte aos usuários. Os lotes foram distribuídos nas seguintes datas: 04/10/02, 04/11/02, 12/12/02 e 10/02/03. Um novo lote, com apenas 9 indústrias, procedentes da pesquisa do Banco de Dados da Junta Comercial, foi enviado em 07/05/2003. Para cada lote encaminhado foi realizada uma reunião técnica de apresentação do Inventário. E, finalmente, um lote final, com 36 empresas que não haviam respondido ao Inventario ate junho, foi enviado em 10/07/03.
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4.3 SUPORTE TÉCNICO
A fim de dar suporte técnico às empresas inventariadas, foi criada a Central de Atendimento pelo telefone 08007014189 (ligação gratuita) que assistia às empresas nas dúvidas quanto ao preenchimento do formulário e nas dúvidas gerais sobre a elaboração do inventário, além de (in)deferir as solicitações de prorrogações de prazo solicitados pelos inventariados. Esta Central de Atendimento permaneceu em funcionamento de segunda a sexta-feira, das 13:00 às 18:00 horas no período de 01/10/2002 a 30/04/2003.
Durante seu período de funcionamento, a Central de Atendimento recebeu 1.013 consultas, distribuídas conforme mostra o Quadro 2.
Quadro 2 – Dúvidas da Central de Atendimento
CÓDIGO DÚVIDA LIGAÇÕES/e-MAIL %
1 Controle 152 15,00
2 Prazo de Entrega 156 15,40
3 Software 273 26,95
4 Técnica 242 23,90
5 Coordenadas Geográficas 52 5,13
6 Problemas com Access 44 4,34
7 Erro de Exportação 94 9,28
TOTAL DE LIGAÇÕES 1.013 100
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5 AVALIAÇÃO DOS DADOS
5.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O Inventário contou com duas formas de retorno dos formulários:
- relatório impresso gerado pelo próprio programa, emitido, conferido e assinado por responsável da empresa ;
- formulário eletrônico, enviado por e-mail para a Central de Atendimento.
Partindo-se destes dados é que foi dado início a avaliação. Para isso criou-se um banco de dados, com as informações de todas as empresas participantes. Este banco está descrito a seguir.
Banco de Dados do Inventário: contém as informações corrigidas das empresas inventariadas;
Tendo como base as informações originais das empresas, iniciou-se uma avaliação detalhada e abrangente, resultando em alterações de natureza diversa com vistas a corrigir distorções, discrepâncias e erros de interpretação e de apontamento.
Para tais avaliações, foram considerados alguns tópicos pré-estabelecidos no Manual de Instruções. São eles:
- o inventário estabeleceu, como período de referência para o levantamento dos dados a serem apontados pelas empresas, um ciclo de 12 meses, sendo a data limite inicial de julho de 2001;
- foi estabelecido, também, que as informações quantitativas dos resíduos a serem apontados pelas empresas deveria ter sempre como unidade única toneladas;
- os resíduos a serem apontados estavam subdivididos em duas formas: resíduos da listagem base e outros. Entende-se por resíduos da listagem base os resíduos citados nas três listagens do Anexo I do Manual de Instruções (Resíduos não perigosos, Resíduos perigosos de fontes não específicas e Resíduos perigosos de fontes específicas). Os resíduos “outros” são os resíduos que não se encontram definidos nestas listagens.
As alterações processadas possibilitaram melhorias para a avaliação quantitativa dos dados, e geraram o banco de dados identificado para fins deste inventário como “Banco de Dados do Inventário”. Este foi o banco utilizado na avaliação geral do Inventário de Resíduos Sólidos Industriais de Minas Gerais.
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Vale ressaltar que a necessidade de alterações não se esgota nas já efetuadas, uma vez faz-se necessário, extensas pesquisas de campo e avaliações estatísticas comparativas mais sofisticadas, que não foram possíveis pelo escopo e prazo de execução deste inventário.
Em virtude dos critérios de correção adotados terem sido diferentes para os resíduos gerados no período do inventário e para os resíduos gerados em anos anteriores, os mesmos são apresentados em dois itens distintos, 5.1.1 e 5.1.2, apresentados a seguir.
5.1.1 Avaliação dos Resíduos Gerados no Período do Inventário
Com o intuito de proporcionar uma melhor análise dos resíduos gerados no período do inventário, foram criados bancos por tipologia. A partir destes bancos por tipologia foi possível efetuar análises mais detalhadas e específicas no que se refere à quantidade dos resíduos.
Cada um dos formulários foi avaliado individualmente, a fim de se verificar a consistência entre a quantidade de resíduos gerada e a destinada e de se confirmar o apontamento de, no mínimo, uma forma de destinação para cada um dos resíduos apontados. Foram também realizadas correção de erros de unidade; reclassificação de resíduos previamente classificados como “outros” mas que possuíam classificação específica na listagem base; exclusão de resíduos não coerentes, como, por exemplo, resíduos líquidos e também exclusões de alguma forma de destinação nos casos em que a mesma era apresentada em duplicidade, já que algumas empresas apontavam uma mesma informação em dois ou mais destinos.
Para as empresas mais representativas, entende-se por mais representativa as empresas de maior porte e/ou com maior geração de resíduos, muitas vezes, fazia-se contato telefônico para a verificação dos dados apontados, principalmente no que concerne à falta de preenchimento da guia resíduos; a valores inconsistentes, a resíduos não pertencentes à tipologia e a erros de destino.
É importante salientar que, quando não foi possível contactar a empresa para efetuar as alterações, procurou-se, na medida do possível, preservar os dados iniciais apontados.
Após a análise e correção dos formulários, os principais erros encontrados nos dados de resíduos gerados, no período de referência do inventário foram:
- problemas de erro de apontamento de quilos ao invés de toneladas (erro que pode ser apontado como um dos mais freqüentes e que impactou enormemente os dados quantitativos);
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- problemas de distorções entre os vários destinos (Sem Destino Definido, Destino Indústria e Destino Externo), tanto de interpretação do formulário (apontamento de uma mesma informação em dois ou mais destinos), como no uso inadequado do tipo de destinação em relação aos tipos de destinos (Ex: Aterro Municipal dentro da indústria, Sucateiros intermediários dentro da indústria);.
- discrepâncias de quantidades na destinação (apontamento em quilos no total gerado e em toneladas no destino; valores gerados e destinados diferentes para um mesmo resíduo);
- discrepâncias na classificação dos resíduos (Ex: uso do código de resíduo de serragem da indústria do couro para a serragem da indústria de madeira).
5.1.2 Avaliação dos Resíduos Gerados em Anos Anteriores
Para os resíduos gerados em anos anteriores observou-se que, provavelmente, houve uma incorreta interpretação de quais informações deveriam ser realmente apontadas. Uma das possibilidades é que talvez este tópico não tenha sido interpretado somente como resíduos gerados em anos anteriores sob controle da indústria, mas sim como o passivo da indústria ou como o total de resíduos (embora já destinado), gerados pela empresa em outros anos. A seguir, são listados alguns indícios da interpretação equivocada destas informações.
- duplicidade nas informações sobre resíduos, apontando como em anos anteriores a mesma base de informações apontada no período de referência. Este problema pode ter sido induzido principalmente por características do próprio programa utilizado;
- apontamento de resíduos que provavelmente já tinham tido disposição final
- apontamento de resíduos que indicam alta probabilidade de não estarem mais armazenados no período do inventário.
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6 ANÁLISE DO BANCO DE DADOS
6.1 UNIVERSO INVENTARIADO E PERFIL DE RETORNO
O Universo inicial era composto de 629 empresas (protocolos 1 a 629). Destas 629 empresas, tem-se que:
Das 629 empresas iniciais:
- 566 responderam durante o prazo estabelecido;
- 22 responderam após a data limite;*
- 12 foram enquadradas como caso especial;
- 29 não responderam ao inventário.
Do acima exposto, pode-se concluir que 600 empresas (95,4%) responderam à convocação, sendo que destas, as 12 tidas como “Caso Especial”, apresentadas no Anexo III, não apresentaram geração de dados por estarem fechadas, em fase de instalação ou por serem sedes administrativas, restando, portanto, 588 empresas.
As 29 empresas (4,6%) que não responderam à convocação, serão objeto de autos de infração por “sonegar dados ou informações solicitadas pelo COPAM, por Câmaras Especializadas, ou por órgão seccional de apoio”, conforme previsto no Decreto nº 43.127 de 27 de dezembro de 2002, Art. 19 §2º, inciso 3..
Para efeito de avaliação e análises, foi considerado como Universo Inventariado o total de protocolos enviados (629) e o total de formulários recebidos (588 empresas mais 12 casos especiais). No entanto, se desprezarmos os 12 casos especiais, temos um percentual de retorno de 93,5%.
Após o acima exposto, é possível verificar como ficou composto o banco de dados citado no item 5.
Banco de Dados do Inventário: contém as 629 empresas inventariadas inicialmente e as informações corrigidas das 586* empresas que retornaram o formulário;
* Duas empresas enviaram os formulários após o fechamento do relatório, e considerando a geração de resíduos desprezível (72 t/ano) estes quantitativos não estão considerados nos cálculos apresentados nos itens a seguir
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6.1.1 Por Tipologia
As tipologias inventariadas estão apresentadas no Quadro 3, já com os códigos do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.
Quadro 3 – Tipologias inventariadas
CÓDIGO ATIVIDADE
DESCRIÇÃO
13 Extração de minerais metálicos (incluídas indústrias com beneficiamento)
14 Extração Minerais Não Metálicos (incluídas indústrias com beneficiamento)
17 Fabricação de produtos têxteis
18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios
19 Fabricação de couros e artefatos de couro, artigos de viagem e calçados
20 Fabricação de produtos de madeira
21 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel
22 Edição, impressão e reprodução de gravações
23 Fabricação de coque, refino de petróleo, produção de álcool
24 Fabricação de produtos químicos
25 Fabricação de artigos de borracha e plástico
26 Fabricação de Produtos de minerais não-metálicos
27 Metalurgia básica
28 Fabricação de produtos de metal – exclusive máquinas e equipamentos
29 Fabricação de máquinas e equipamentos
30 Fabricação de Máquinas e equipamentos de Informática
31 Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações
33 Fab. De Equip. de Instrumentação Médico-Hospitalares, Instrumentos de Precisão e Ópticos, Equip. p/ Automação Industrial, Cronômetro e Relógios
34 Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias
35 Fabricação de outros equipamentos de transporte
36 Fabricação de móveis e indústrias diversas
37 Reciclagem
45 Construção
50 Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas
93 Tinturaria
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Vale ressaltar que as tipologias 13, 18, 45 e 50, não pertenciam inicialmente ao inventário, mas foram criadas em função das informações recebidas de algumas empresas que tiveram sua tipologia/CNAE alterada. O Quadro 4 relaciona a quantidade de formulários enviados e os recebidos para cada tipologia.
Quadro 4 – Empresas distribuídas por Tipologia
BANCO DE DADOS DO INVENTÁRIO TIPOLOGIA
ENVIADOS RETORNADOS
13 1 1
14 3 3
17 83 73
18 3 3
19 36 31
20 6 5
21 23 22
22 7 4
23 2 1
24 69 69
25 35 31
26 86 82
27 87 84
28 52 47
29 19 17
30 1 1
31 32 32
32 7 7
33 1 1
34 44 43
35 3 3
36 15 14
37 8 6
45 1 1
50 3 3
93 2 2
TOTAL 629 586
A Figura 2 mostra a porcentagem que cada tipologia representa em relação ao número total das 629 empresas inventariadas.
feam
22
Figura 2– Porcentagens de indústrias por tipologia
Como pode- se observar, são 11 as tipologias com maior número de empresas, que somam juntas 90% em relação ao total e destas apenas quatro somam 51,67%. São elas:
- 27 (Metalurgia Básica) com 87 empresas representando 13,83%; - 26 (Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos) com 86 empresas,
representando de 13,67%; - 17 (Fabricação de Produtos Têxteis) com 83 empresas representando 13,20%; - 24 (Fabricação de Produtos Químicos) com 69 empresas, representando
10,97%.
A fim de se verificar o porcentual de retorno específico de cada tipologia, foi elaborado o Quadro 5. Neste quadro, baseado no Banco de Dados do Inventário, são apresentadas as porcentagens de cada tipologia em relação ao total de retornados, mostrando que as tipologias 27, 26 e 17 são as que mais contribuíram em número de empresas com 14,33%, 13,99% e 12,45%, respectivamente, sendo, portanto, as mais significativas por número de empresas.
Em relação ao retorno por tipologia, tem-se que 12 das 26 tipologias avaliadas tiveram 100% de retorno, são elas:13, 14, 18, 24, 30, 31, 32, 33, 35, 45, 50, 93. Das tipologias que apresentaram menor taxa de retorno tem-se a 23 com apenas 50%, a 22 com 57,14% e a 37 com 75%. Vale chamar atenção que a tipologia 23, que apresentou 50% de retorno, só possuía 2 empresas, sendo que destas somente 1 retornou o formulário. As demais tipologias tiveram um índice de retorno entre 83 e 98%. A Figura 3 ilustra estes valores.
Quadro 5 – Taxa de retorno por tipologia
0,160,48
13,20
0,48
5,72
0,95
3,66
1,110,32
10,97
5,56
8,27
3,02
0,16
5,09
1,110,16
7,00
0,48
2,381,27
0,160,480,32
13,8313,67
13 14 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 45 50 93
Tipologia
% e
m re
laçã
o ao
tota
l de
629
indú
stria
s in
vent
aria
das
feam
23
TIPOLOGIA ENVIADOS RETORNADOS % EM RELAÇÃO AO
TOTAL DE RETORNADOS
% DE RETORNO DA TIPOLOGIA
13 1 1 0,17 100,00
14 3 3 0,51 100,00
17 83 73 12,45 87,95
18 3 3 0,51 100,00
19 36 31 5,29 86,11
20 6 5 0,85 83,33
21 23 22 3,75 95,65
22 7 4 0,68 57,14
23 2 1 0,17 50,00
24 69 69 11,77 100,00
25 35 31 5,29 88,57
26 86 82 13,99 95,35
27 87 84 14,33 96,55
28 52 47 8,02 90,38
29 19 17 2,90 89,47
30 1 1 0,17 100,00
31 32 32 5,46 100,00
32 7 7 1,19 100,00
33 1 1 0,17 100,00
34 44 43 7,33 97,73
35 3 3 0,51 100,00
36 15 14 2,39 93,33
37 8 6 1,02 75,00
45 1 1 0,17 100,00
50 3 3 0,51 100,00
93 2 2 0,34 100,00
TOTAL 629 586 100,00
Obs.: nos retornados não estão considerados os 12 “Casos Especiais”.
feam
24
Figura 3 – Porcentagem de retorno de cada tipologia
6.1.2 Por Regionais do COPAM
O Estado de Minas Gerais, para fins de implementação da política de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, foi dividido em oito macro regiões, sendo sete relativas aos COPAMs regionais e a área central, que permanece, mesmo em primeira instância, sob jurisdição do COPAM. A seguir é apresentada a distribuição das indústrias selecionadas para o cadastro, conforme essas regiões:
- Alto São Francisco;
- Central;
- Jequitinhonha;
- Leste Mineiro;
- Norte de Minas;
- Sul de Minas;
- Triângulo Mineiro;
- Zona da Mata.
0102030405060708090
100
13 14 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 45 50 93
Tipologia
% d
e re
torn
o po
r tip
olog
ia
feam
25
Quadro 6 – Protocolos enviados e retornados por Regional do COPAM
REGIÃO GEOGRÁFICA FORMULÁRIOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO TOTAL
Alto São Francisco 79 13,48
Central 247 42,15
Jequitinhonha 2 0,34
Leste Mineiro 27 4,61
Norte de Minas 14 2,39
Sul de Minas 138 23,55
Triângulo Mineiro 33 5,63
Zona da Mata 46 7,85
TOTAL 586 100
Fazendo uma análise, observa-se que somente 3 regionais contribuem com um percentual superior a 10% em relação ao total dos 586 protocolos inventariados: a regional Central, com 42,15%, seguida pela Sul de Minas com 23,55% e a regional Alto São Francisco, com 13,48%. A Figura 4 ilustra estas contribuições.
Figura 4 – Representatividade, em %, dos protocolos retornados por regional do COPAM
13,48
42,15
23,55
5,637,85
2,39
0,344,61
Alto São FranciscoCentralJequitinhonhaLeste MineiroNorte de MinasSul de MinasTriângulo MineiroZona da Mata
feam
26
6.1.3 Por Município
O Estado de Minas Gerais está subdividido em 853 municípios. No entanto, somente 149 foram inventariados. Os 704 restantes não participaram do inventário ou por não possuírem indústrias, ou porque as indústrias existentes não atendiam aos requisitos pré-estabelecidos. O Quadro 7 apresenta cada um dos 149 municípios com seus respectivos números de formulários enviados e retornados, bem como as porcentagens de retorno em relação ao total e em relação ao próprio município.
Quadro 7 – Protocolos enviados e retornados por município
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Além Paraíba 2 1 0,17 50,00
Alfenas 6 6 1,02 100,00
Alfredo Vasconcelos 1 1 0,17 100,00
Almenara 1 1 0,17 100,00
Alvinópolis 2 2 0,34 100,00
Andradas 1 1 0,17 100,00
Araçaí 1 1 0,17 100,00
Araguari 6 5 0,85 83,33
Araxá 2 2 0,34 100,00
Arcos 12 11 1,88 91,67
Augusto de Lima 1 1 0,17 100,00
Barão de Cocais 1 1 0,17 100,00
Barbacena 7 7 1,19 100,00
Barroso 1 1 0,17 100,00
Belo Horizonte 25 20 3,41 80,00
Belo Oriente 1 1 0,17 100,00
Betim 44 40 6,83 90,91
Bicas 1 1 0,17 100,00
Bocaiúva 1 1 0,17 100,00
Bom Despacho 2 2 0,34 100,00
Borda da Mata 2 1 0,17 50,00
Brasópolis 1 1 0,17 100,00
Brumadinho 1 1 0,17 100,00
feam
27
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Bueno Brandão 1 1 0,17 100,00
Cachoeira da Prata 1 1 0,17 100,00
Caetanópolis 2 2 0,34 100,00
Caldas 3 2 0,34 66,67
Camanducaia 2 2 0,34 100,00
Cambuí 5 5 0,85 100,00
Campanha 3 3 0,51 100,00
Campo Belo 6 4 0,68 66,67
Capim Branco 1 1 0,17 100,00
Capitão Enéas 1 1 0,17 100,00
Carandaí 1 1 0,17 100,00
Caratinga 1 0 0,00 0,00
Carmo da Mata 1 1 0,17 100,00
Carmo do Cajuru 1 1 0,17 100,00
Carmo do Paranaíba 1 1 0,17 100,00
Carmópolis de Minas 1 1 0,17 100,00
Cataguases 4 4 0,68 100,00
Claraval 1 1 0,17 100,00
Cláudio 1 1 0,17 100,00
Conceição dos Ouros 1 1 0,17 100,00
Congonhas 1 1 0,17 100,00
Contagem 73 67 11,43 91,78
Corinto 1 0 0,00 0,00
Coronel Fabriciano 1 1 0,17 100,00
Córrego Fundo 9 9 1,54 100,00
Curvelo 1 0 0,00 0,00
Diamantina 1 1 0,17 100,00
Divinópolis 14 14 2,39 100,00
Dores de Campos 1 1 0,17 100,00
Elói Mendes 1 1 0,17 100,00
feam
28
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Ewbank da Câmara 1 0 0,00 0,00
Extrema 5 4 0,68 80,00
Formiga 1 1 0,17 100,00
Gouvêa 1 1 0,17 100,00
Governador Valadares 5 4 0,68 80,00
Guaranésia 8 8 1,37 100,00
Guaxupé 3 2 0,34 66,67
Ibirité 5 5 0,85 100,00
Igaratinga 2 2 0,34 100,00
Ijaci 1 0 0,00 0,00
Inconfidentes 2 2 0,34 100,00
Ipatinga 6 6 1,02 100,00
Itabira 2 2 0,34 100,00
Itabirito 4 4 0,68 100,00
Itajubá 9 8 1,37 88,89
Itatiaiuçu 1 1 0,17 100,00
Itaú de Minas 1 1 0,17 100,00
Itaúna 16 15 2,56 93,75
Jacutinga 1 1 0,17 100,00
João Monlevade 2 1 0,17 50,00
Juatuba 4 4 0,68 100,00
Juiz de Fora 24 22 3,75 91,67
Lagoa da Prata 2 2 0,34 100,00
Lagoa Santa 6 6 1,02 100,00
Lambari 1 1 0,17 100,00
Lavras 3 3 0,51 100,00
Leopoldina 1 1 0,17 100,00
Liberdade 1 1 0,17 100,00
Machado 1 1 0,17 100,00
Manhuaçu 2 2 0,34 100,00
feam
29
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Mateus Leme 7 7 1,19 100,00
Matias Barbosa 1 0 0,00 0,00
Matozinhos 8 8 1,37 100,00
Mercês 2 2 0,34 100,00
Miraí 2 1 0,17 50,00
Montes Claros 12 12 2,05 100,00
Nova Era 2 2 0,34 100,00
Nova Lima 5 4 0,68 80,00
Nova Serrana 1 1 0,17 100,00
Oliveira 1 1 0,17 100,00
Ouro Branco 2 2 0,34 100,00
Ouro Fino 2 2 0,34 100,00
Ouro Preto 1 1 0,17 100,00
Pains 4 4 0,68 100,00
Pará de Minas 6 6 1,02 100,00
Paraguaçu 2 1 0,17 50,00
Paraisópolis 1 1 0,17 100,00
Paraopeba 1 1 0,17 100,00
Passa Quatro 1 1 0,17 100,00
Passa Tempo 1 1 0,17 100,00
Passos 2 1 0,17 50,00
Patos de Minas 2 2 0,34 100,00
Pedra do Indaiá 1 1 0,17 100,00
Pedro Leopoldo 4 4 0,68 100,00
Perdigão 1 1 0,17 100,00
Pirapetinga 1 1 0,17 100,00
Pirapora 6 6 1,02 100,00
Pitangui 2 2 0,34 100,00
Poços de Caldas 8 8 1,37 100,00
Ponte Nova 3 3 0,51 100,00
feam
30
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Prata 1 1 0,17 100,00
Prudente de Morais 2 2 0,34 100,00
Raul Soares 1 1 0,17 100,00
Ribeirão das Neves 4 4 0,85 100,00
Rio Acima 1 1 0,17 100,00
Sabará 5 4 0,68 80,00
Santa Cruz de Minas 1 1 0,17 100,00
Santa Luzia 12 11 1,88 91,67
Santa Rita do Sapucaí 11 11 1,88 100,00
Santana do Paraíso 3 3 0,51 100,00
Santo Antônio do Monte 1 1 0,17 100,00
Santos Dumont 1 1 0,17 100,00
São Gonçalo do Pará 2 2 0,34 100,00
São João del Rei 4 4 0,68 100,00
São João Nepomuceno 1 1 0,17 100,00
São Joaquim de Bicas 2 2 0,34 100,00
São José da Lapa 2 2 0,34 100,00
São Lourenço 1 1 0,17 100,00
São Sebastião do Paraíso 11 11 1,88 100,00
São Tiago 1 1 0,17 100,00
Sete Lagoas 21 20 3,41 95,24
Timóteo 4 4 0,68 100,00
Tiradentes 1 1 0,17 100,00
Tocantins 1 1 0,17 100,00
Três Corações 6 6 1,02 100,00
Três Marias 1 1 0,17 100,00
Ubá 2 2 0,34 100,00
Uberaba 16 16 2,73 100,00
Uberlândia 6 6 1,02 100,00
Varginha 7 7 1,19 100,00
feam
31
MUNICIPIO ENVIADOS RETORNADOS
% DE RETORNO EM RELAÇÃO AO
TOTAL
% DE RETORNADOS
POR MUNICÍPIO
Vermelho Novo 1 1 0,17 100,00
Vespasiano 6 6 1,02 100,00
TOTAL 629 586 100 93,16
Como é mostrado no Quadro 7, dos 149 municípios inventariados, os 2 mais representativos em número de indústrias são Contagem e Betim, com 73 e 44 indústrias, respectivamente.
Apenas 13 municípios possuem mais que 10 indústrias para as quais foram enviados os formulários, representando juntos 46,26% do total de formulários enviados.
Dos 149 municípios inventariados, 120 tiveram 100% de retorno; 7 tiveram taxa
de retorno entre 90 e 95%; 7 entre 80 e 90%; 9 abaixo de 80% e 6 não
obtiveram retorno de nenhum dos formulários enviados.
Dos 149 municípios inventariados, 6 municípios não tiveram formulários retornados; 69 tiveram 1, 23 contaram com a resposta de 2 e assim sucessivamente como mostra o Quadro 8 .
Quadro 8 – Quantidade de empresas que retornaram o formulário por município
Nº DE MUNICÍPIOS Nº DE EMPRESAS RETORNADAS
feam
32
Nº DE MUNICÍPIOS Nº DE EMPRESAS RETORNADAS
6 0
69 1
23 2
4 3
13 4
4 5
8 6
4 7
4 8
1 9
4 11
1 12
1 14
1 15
1 16
2 20
1 22
1 40
1 67
feam
33
6.2 RESÍDUOS INVENTARIADOS
6.2.1 Resíduos da Listagem Base e “Outros”
O total de resíduos inventariados no Estado de Minas Gerais, considerando o universo descrito de 586 empresas e considerando ainda o ciclo de 12 meses (data limite inicial de julho/2001) foi de 15.165.193,65 t .
Deste total, 9.906.701,86 (65,33%) foram classificados conforme as listagens encontradas no Anexo I do Manual de Instruções, isto é, são “resíduos da Listagem Base”.
Como pode ser verificado no Quadro 9 e na Figura 5, os principais resíduos apontados da Listagem Base foram:
- Escoria de produção de ferro e aço (A013) - 43,69%
- Resíduos de minerais não metálicos (A011) - 23,60%
- Sucatas de metais ferrosos (A004) - 10,90%
- Resíduos do sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (A028) – 4,34%
- Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas (A022) – 4,03%
44%
24%
11%
4%
4%
13%
A013
A011
A004
A028
A022
Demais resíduos
Figura 5 – Principais resíduos apontados da listagem base
feam
34
Todos os resíduos apontados na Listagem Base, com suas respectivas quantidades apontadas, são apresentados no Quadro 9. Vale ressaltar que alguns resíduos apresentam porcentagem inferior a quinta casa decimal, sendo considerados desprezíveis
Quadro 9 – Resíduos Inventariados da Listagem Base
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
A001 Resíduos de restaurante (restos de alimentos) 2.974.59 0,0300
A002 Resíduos gerados fora do processo industrial (material de escritório,embalagens de escritório, material de consumo, etc.) 7.794,82 0,0787
A003 Resíduos de varrição de fábrica 57.932,32 0,5848
A004 Sucata de metais ferrosos 1.079.976,64 10,9015
A005 Sucata de metais não ferrosos (latão, cobre, alumínio, etc.) 8.589,17 0,0867
A006 Resíduos de papel e papelão 28.092,04 0,2836
A007 Resíduos de plásticos polimerizados de processo 9.912,79 0,1001
A008 Resíduos de borracha 3.841,56 0,0388
A009 Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado comsubstâncias/produtos não perigosos)(especificar o contaminante) 66.728,49 0,6736
A010 Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados comsubstâncias/produtos não perigosos)(especificar o contaminan 13.239,16 0,1336
A011 Resíduos de minerais não metálicos 2.337.848,12 23,5987
A012 Escória de fundição de alumínio 23.656,24 0,2388
A013 Escória de produção de ferro e aço 4.328.466,31 43,6923
A014 Escória de fundição de latão 17,00 0,0002
A015 Escória de fundição de zinco 7.623,97 0,0770
A016 Areia de fundição 67.616,92 0,6825
A017 Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou nãocontaminados com substâncias/produtos não perigosos (especifi 63.732,51 0,6433
feam
35
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
A018 Resíduos sólido composto de metais não tóxicos 286.444,51 2,8914
A019 Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes contendo materialbiológico não tóxico 6.759,57 0,0682
A021 Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes contendosubstâncias não tóxicas 272.360,54 2,7493
A022 Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas 399.094,17 4,0285
A023 Resíduos pastosos contendo calcário 5.395,54 0,0545
A025 Fibra de vidro 38,61 0,0004
A026 Escória de jateamento contendo substâncias não tóxicas 241,12 0,0024
A027 Catalisadores usados contendo ou não contendo substâncias não perigosas (especificar o catalisador e o principal contaminante) 606,90 0,0061
A028 Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substânciasnão tóxicas (precipitadores, filtros de manga entre outr 429.688,18 4,3373
A029 Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo ounão contendo substâncias não perigosas (especificar o c 9.413,97 0,0950
A104 Embalagens metálicas (latas vazias ou contaminadas comsubstâncias/produtos não perigosos)(especificar contaminante) 663,45 0,0067
A105 Embalagens de metais não ferrosos (latas vazias ou contaminadas comsubstâncias/produtos não perigosos)(especificar contaminant 2,48 0,0000
A107 Bombonas de plástico (vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não perigosos)(especificar o contaminante) 5.212,12 0,0526
A108 Resíduos de acetato de etil vinila (EVA) 55,93 0,0006
A111 Cinzas de caldeira 23.657,96 0,2388
A117 Resíduos de vidros 645,58 0,0065
A204 Tambores metálicos (vazios ou contaminados com substâncias/ produtos não perigosos)(especificar o contaminante) 924,44 0,0093
A207 Filmes e pequenas embalagens de plástico 343,03 0,0035
feam
36
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
A208 Resíduos de poliuretano (PU) 165,49 0,0017
A299 Aparas de peles caleadas 8.491,28 0,0857
A308 Espumas 238,81 0,0024
A399 Aparas, retalhos de couro atanado 51,02 0,0005
A499 Carnaça 2.312,38 0,0233
A599 Resíduos orgânico de processo (sebo, soro, ossos, sangue, outros daindústria alimentícia, etc) 945,91 0,0095
A699 Resíduos de grãos (casca, película, farelo e outros de arroz, milho, soja, etc.) 318,65 0,0032
A799 Serragem, farelo e pó de couro atanado 229,66 0,0023
A899 Lodo do caleiro 18.557,00 0,1873
F001 Os seguintes solventes halogenados gastos, utilizados em desengraxe:tetracloroetileno; tricloroetileno; cloreto de metileno; 1 12,17 0,0001
F002 Os seguintes solventes halogenados gastos: tetracloroetileno; 1,1,1-tricloroetano; cloreto de metileno; tricloroetileno; 1,1,1- 3,71 0,0000
F003 Os seguintes solventes não halogenados gastos: xileno, acetona, acetato de etila, etilbenzeno, éter etílico, metilisobutilceton 146,91 0,0015
F005 Os seguintes solventes não halogenados gastos: tolueno, metiletilcetona,dissulfeto de carbono, isobutanol, piridina, benzeno, 0,01 0,0000
F006 Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de operações deeletrodeposição, exceto os originários dos seguintes proc 114,73 0,0012
F007 Soluções exauridas de banho de tratamento superficial com cianetoprovenientes de operações de eletrodeposição (exceto soluções 265,68 0,0027
F008 Lodos de fundo de tanque de banhos de tratamento superficial provenientesde operações de eletrodeposição onde os cianetos são 2.456,34 0,0248
F010 Lodos de banho de têmpera provenientes de banhos de óleo das operaçõesde tratamento térmico de metais dos processos, onde são 2,56 0,0000
F011 Soluções de cianeto exauridas provenientes da limpeza do cadinho de
21,00 0,0002
feam
37
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
banho salino das operações de tratamento térmico de metais
F012 Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de banhos de Têmpera das operações de tratamento térmico de metais dos pr 3,50 0,0000
F017 Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. 955,19 0,0096
F018 Lodos de sistema de tratamento de águas residuárias da pintura industrial. 2.750,21 0,0278
F100 Fluidos dielétricos a base de bifenilas policloradas. PCB'S. Embalagenscontaminadas com PCB'S inclusive transformadores e capa 51,97 0,0005
F105 Solventes contaminados ou não contaminados com substâncias/produtosnão perigosos ou não perigosos. (especificar o solvente e o 332,54 0,0034
F130 Óleo lubrificante usado 3.683,63 0,0372
F230 Fluido hidráulico 713,10 0,0072
F330 Óleo de corte e usinagem 272,35 0,0027
F430 Óleo usado contaminado em isolação ou na refrigeração 78,07 0,0008
F530 Resíduos oleosos do sistema separador de água e óleo 1.459,70 0,0147
I010 Resíduos de materiais têxteis contaminados com substâncias/produtosperigosos (especificar o contaminate) 182,55 0,0018
I013 Pilhas e baterias. 231,30 0,0023
I020 Isopor 63,90 0,0006
I029 Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade ou soloscontaminados contendo substâncias perigosas. (especificar 42,01 0,0004
I067 Resíduos de papel/papelão e plásticos. 10.520,40 0,1062
I102 Catalisadores usados contaminados com substâncias perigosas (especificar o catalisador e o principal contaminante) 18,88 0,0002
I103 Resíduos oriundos de laboratórios industriais (produtos químicos) 32,42 0,0003
I104 Embalagens vazias contaminadas com outras substâncias/produtosperigosos, exceto os I114, I124, I134, I144, I154 e I164. (Esp 60,96 0,0006
feam
38
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
I109 Casca de árvores (madeira, lenha, etc) 154.606,00 1,5606
I114 Embalagens de agrotóxicos (especificar o contaminante). 118,24 0,0012
I117 Lâmpadas (fluorescentes, encandescentes, outras). 628,67 0,0063
I124 Embalagens vazias contaminadas com óleo combustível (especificar aembalagem) 1,10 0,0000
I134 Embalagens vazias contaminadas com óleos: lubrificante, fluido hidráulico,corte/usinagem, isolação e refrigeração (especifica 113,60 0,0011
I144 Embalagens vazias contaminadas com tintas, borras de tintas e pigmentos(especificar embalagem) 102,45 0,0010
I154 Embalagens vazias contaminadas com produtos alcalinos (especificarembalagem e produto) 17,32 0,0002
I164 Embalagens vazias contaminadas com produtos ácidos (especificar embalagem e produto) 210,62 0,0021
I307 Outros resíduos plásticos (outras embalagens plásticas, lona plástica, etc). 1.175,52 0,0119
I408 Pneus 256,05 0,0026
I630 Óleo combustível usado. 59,42 0,0006
IA00 EPI's contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos nãoperigosos (luvas, botas, aventais, capacetes, máscaras, etc 200,01 0,0020
ID00 EPI's comtaminados contaminados com substância/produtos perigosos(luvas, botas, aventais, capacetes, máscaras, etc.) (especif 229,35 0,0023
K004 Lodo de tratamento de águas residuárias de produção de pigmento amarelode zinco. 0,40 0,0000
K005 Lodo de tratamento de águas residuárias de produção de pigmento verdede cromo. 192,00 0,0019
K008 Resíduos de fornos da produção de pigmento verde de óxido de cromo. 15,00 0,0002
K048 Sobrenadante de separadores tipo DAF, nas indústrias de refino depetróleo. 6.000,00 0,0606
K053 Restos e borras de tintas e pigmentos 1.620,34 0,0164
feam
39
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO QUANTIDADE %
K061 Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da produção de aço primário em fornos elétricos. 39.424,07 0,3980
K062 Banho de decapagem exaurido das operações de acabamento de aço. 2,40 0,0000
K067 Lodos ou lamas calcários de anodos eletrolíticos da produção de zincoprimário. 1.056,00 0,0107
K068 Resíduo da unidade cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco primário. 63.019,00 0,6361
K069 Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da fusão dechumbo secundário. 94,43 0,0010
K078 Resíduo de limpeza com solvente na fabricação de tintas 21,06 0,0002
K087 Lodo de alcatrão do tanque de decantação utilizado no sistema detratamento de gases de coqueria. 6.002,40 0,0606
K092 Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão da produção de ferro-manganês. 7.437,60 0,0751
K193 Aparas de couro curtido ao cromo 258,08 0,0026
K194 Serragem e pó de couro contendo cromo 2.308,73 0,0233
K195 Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo 5.237,58 0,0529
K200 Resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário. 8.132,52 0,0821
K201 Resíduos em geral (hospitalares) 11,04 0,0001
K202 Resíduos oriundos do processamento de análises de laboratórios deanálises clínicas. 0,20 0,0000
K206 Resíduo da lavagem ácida do benzeno, originário da destilação do alcatrão do coque. 681,00 0,0069
K207 Borra do re-refino de óleos usados (borra ácida) 2.082,64 0,0210
As 5.258.491.,79 t restantes (34,67%) não foram classificadas segundo a Listagem Base, logo receberam classificação de “Outros”.
Dentre os vários resíduos classificados como “Outros” pode-se destacar:
- Gesso (44,98%)
feam
40
- Rejeito de flotação (12,23%);
- Resíduos de bauxita (4,50%);
- Lama Terciária (3,13%);
- Finos de Minério de Ferro (2,70%);
- Rejeito calcinado após lixiviação (2,67%);
- Finos de Carvão (2,41%);
- Carepa (2,27%);
Cabe ressaltar que o valor percentual é em relação ao total de resíduos “outros”.
A Figura 6 mostra essa distribuição dos resíduos “outros”.
45,0%
12,2%4,5%
3,1%
2,7%
2,7%
2,4%
25,1%
2,3%
Gesso
Rejeito de Flotacao
Residuos de bauxita
Lama Terciaria
Finos de Minerio de Ferro
Rejeito Calcinado aposlixiviacaoFinos de Carvao
Carepa
Demais "Outros"
Figura 6 – Resíduos “outros” apontados
6.2.1.1 Principais Destinos
Os resíduos gerados foram classificados segundo três opções de destino:
feam
41
Sem destino definido – resíduos gerados no período do inventário que não tiveram destino definido até a data de término do período de referência do inventário, encontrando-se, portanto, armazenados na área da indústria;
Destino Indústria – resíduos gerados no período de referência que foram destinados à própria planta industrial, seja para tratamento, disposição ou reutilização;
Destino Externo – resíduos gerados no período de referência, que receberam algum tipo de tratamento, reutilização, reciclagem ou disposição final fora da unidade industrial.
De acordo com os dados fornecidos pelas empresas, as 15.165.193,65 t de resíduos inventariados foram destinados, como ilustra a Figura 7, da seguinte forma:
- Sem Destino Definido: 1.992.045,07 t (13,14%)
- Destino Dentro da Indústria: 6.970.394,88 t (45,96%)
- Destino Externo: 6.202.753,40 t (40,90%)
13,1%
46,0%
40,9% Sem Destino Definido
Destino Industria
Destino Externo
Figura 7 – Formas de destinação dos resíduos inventariados
feam
42
6.2.1.1.1 Destino Indústria Dentre as formas de destinação “Dentro da Indústria”, as principais são listadas a seguir e mostradas na
Figura 8.
- Outras formas de disposição (37%);
- Reutilização / reciclagem interna (29,07%);
- Aterro industrial próprio (23,82%);
- Incorporação em solo agrícola (3,34%);
- Utilização em forno industrial (exceto fornos de cimento) (2,33%).
38%
29%
24%
3% 2% 4%Outras formas de disposição
Reutilização / reciclagem interna
Aterro industrial próprio
Incorporação em solo agrícola
Utilização em forno industrial (excetofornos de cimento)Outras formas de destinação interna
Figura 8 – Formas de destinações “Dentro da indústria”
feam
43
O Quadro 10 exemplifica os principais resíduos encaminhados em cada uma das principais destinações “Dentro da Indústria“.
Quadro 10 – Principais formas de destinação “Dentro da Indústria”
DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE
RESÍDUOS NO DESTINO
PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO
% DOS RESÍDUOS
NA DESTINAÇÃO
Resíduos de minerais não metálicos 72,51 Outras formas de disposição 36,98 Outros Resíduos Não Perigosos 26,36
Sucata de metais ferrosos 37,00
Resíduos de minerais não metálicos 11,70
Outros Resíduos Não Perigosos 26,24 Outras formas de
reutilização/reciclagem/recuperação 29,07
Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas
12,45
Escória de produção de ferro e aço 39,53
Outros Resíduos Perigosos 27,82
Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo
substâncias não tóxicas 9,67
Aterro industrial próprio 23,81
Outros Resíduos Não Perigosos 7,23
Incorporação em solo agrícola 3,34 Resíduos pastosos de estações de
tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
86,00
Outros Resíduos Perigosos 67,25
Sucata de metais ferrosos 22,00 Utilização em forno industrial (exceto
em fornos de cimento) 2,33
Escória de produção de ferro e aço 5,10
6.2.1.1.2 Destino Externo
feam
44
As principais formas de “Destinos Externos” apontados foram:
- Co-processamento em fornos de cimento (55,82%);
- Outras formas de reutilização/reciclagem/recuperação (19,31%);
- Incorporação em solo agrícola (11,67%).
- Sucateiros intermediários (7,99%);
- Aterro industrial próprio (4,32%);
A Figura 9 ilustra estes valores enquanto no Quadro 11 são apresentados os principais resíduos e suas formas de destinações externas.
55,8%
19,3%
8,0%
4,3%
11,7% 0,9% Co-processamento em fornos decimento
Outras formas dereutilizacao/reciclagem/recuperacao
Sucateiros Intermediarios
Aterro Industrial Proprio
Incorporacao em solo agricola
Outras formas de destinacao externa
Figura 9 – Formas de “Destinações Externas”
Quadro 11 – Principais formas de “Destinação Externa”
feam
45
DESTINAÇÃO
% SOBRE O TOTAL DE
RESÍDUOS NO DESTINO
INDÚSTRIA
PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO
% DOS RESÍDUOS
NA DESTINAÇÃO
Escória de produção de ferro e aço 92,35 Co-processamento em fornos de cimento 55,82
Gesso 4,40
Escória de produção de ferro e aço 35,83 Outras formas de reutilização/reciclagem/recuperação 19,31
Sucata de metais ferrosos 20,57
Outros Resíduos Não Perigosos 43,05
Escória de produção de ferro e aço 21,4
Resíduos sólido composto de metais não tóxicos
9,31 Sucateiros intermediários 7,99
Resíduos de sist. de controle de emissão gasosa c/ subst. não tóxicas
7,28
Gesso 76,50
Escória de produção de ferro e aço 15,40 Incorporação em solo agrícola 11,67
Resíduos de sist. de controle de emissão gasosa c/ subst. não tóxicas
6,58
Resíduos sólido de ETE contendo substâncias não tóxicas
66,54
Outros Resíduos Não Perigosos 18,00 Aterro industrial próprio 4,32
Resíduos de varrição de fábrica 12,50
6.2.2 Resíduos Perigosos e Não Perigosos
feam
46
As 15.165.193,65 t de resíduos inventariados foram classificados em resíduos perigosos e não perigosos, obtendo-se os valores mostrados a seguir e ilustrados na Figura 10:
- Resíduos Perigosos – 828.182,75 t (5,46%)
- Resíduos Não Perigosos – 14.337.010,93 t (94,54%)
5,5%
94,5%
PerigososNao perigosos
Figura 10 – Relação entre resíduos perigosos e não perigosos
feam
47
6.2.2.1 Resíduos Perigosos
Do total de resíduos perigosos apontados, apenas 19,2%, isto é, 158.968,75 t, foram classificados segundo a Listagem Base. As 669.216,83 t restantes foram classificados como “Outros“.
Os resíduos perigosos classificados segundo a Listagem Base gerados em maior quantidade foram:
- K068 – Resíduos da unidade de cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco primário (39,7%);
- K061 –Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da produção de aço primário (24,8%);
- K200 – Resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário (5,1%);
- K092 – Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão da produção de ferro-manganês (4,7%);
- K087 – Lodo de alcatrão do tanque de decantação utilizado no sistema de tratamento de gases de coqueria (4,7%);
- K048 – Sobrenadante de separadores tipo DAF, nas indústrias de refino de petróleo (3,8%);
- K195 – Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo (3,5%);
- F130 – Óleo lubrificante usado (2,3%).
Estes oito resíduos são responsáveis por 87,5% dos resíduos perigosos classificados pela Listagem Base. Os cinco primeiros resíduos foram apontados pela tipologia 27 (Metalúrgica Básica), o K195 pela tipologia 19 (Preparação de Couro e Artefatos) e o K048 pela 23 (Fabricação de coque, Refino de Petróleo). Apenas o resíduo F130 (Óleo lubrificante usado) foi apontado por diversas tipologias.
Dentre os resíduos perigosos classificados como “Outros” pode-se destacar:
- Resíduos de Bauxita (35,4%);
- Lama terciária (24,7%);
- PH 7-Hidróxidos e Cálcio, Zinco, Magnésio e Cádmio (16,3%);
feam
48
- PH 9-Hidróxidos e Cálcio, Zinco, Magnésio e Cádmio (7,45%);
- Condensado de COG (3,1%).
Os resíduos perigosos acima foram listados pela Tipologia 27 (Metalúrgica Básica) e correspondem a 87% dos resíduos classificados como “ outros resíduos perigosos”.
6.2.2.1.1 Principais Destinos Os principais destinos indicados para os resíduos perigosos foram :
- Sem Destino Definido (4,06%);
- Destino Indústria (86,32%);
- Destino Externo (9,62%)
Figura 11 ilustra estes valores.
4%
86%
10%
Sem Destino Definido
Destino Indústria
Destino Externo
Figura 11 – Principais formas de destinação para os resíduos perigosos
feam
49
6.2.2.1.1.1 Destino Indústria
As principais formas de destinações para os resíduos perigosos encaminhados dentro da indústria foram:
- Aterro industrial próprio (76,4 %);
- Utilização em forno industrial (15,29%);
- Reutilização / reciclagem / recuperação interna (6,93 %);
- Reprocessamento de óleo (0,84 %);
- Neutralização (0,15%).
Cabe ressaltar que, com exceção dos resíduos encaminhados ao “reprocessamento de óleo”, de 70 a 85% dos resíduos nas demais formas de destinação citadas acima foram classificados como “outros”.
6.2.2.1.1.2 Destino Externo
Segundo o Inventário, as destinações externas mais utilizadas para os resíduos perigosos são:
- Co-processamento em fornos de cimento (33,4%);
- Utilização em formulação de micronutrientes (18,76%);
- Outras formas de reutilização / reciclagem / recuperação (16,75%);
- Sucateiros intermediários (11,52 %);
- Outras tratamentos (5,57%).
Os resíduos classificados como “outros“ foram responsáveis respectivamente por 99%, 83% e 71% dos resíduos encaminhados para “utilização em formulação de micronutrientes”, “ outros tratamentos” e “ outras formas de reutilização/reciclagem recuperação”.
50% dos resíduos encaminhados ao co-processamento também receberam a classificação “outros”; além destes, pode-se ressaltar o resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário com 30% e a borra ácida
feam
50
originada do re-refino de óleos usados com 7,8% do total de resíduos encaminhados à esta destinação.
6.2.2.2 Resíduos Não Perigosos Das 14.337.010,93 t de resíduos não perigosos apontados, 9.747.933,04 t (67,99%) foram classificados segundo a listagem base e as 4.589.277,89 t (32,01%) foram classificados como “outros resíduos não perigosos”.
Os principais resíduos não-perigosos da Listagem Base foram:
- Escória de produção de ferro e aço (44,4%);
- Resíduos de minerais não metálicos (23,98%);
- Sucatas de metais ferrosos (11,08%);
- Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (4,41%);
- Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas (4,09%).
Os resíduos os mais representativos classificados como “outros não perigosos“ são listados abaixo, correspondendo a 76,92% do seu total.
- Gesso (51,54%)
- Rejeito da Flotação (14,01%);
- Finos de Minério de Ferro (3,10%);
- Rejeito calcinado após Lixiviação/Eluição (3,06%);
- Finos de Carvão (2,61%);
- Carepa (2,60%).
feam
51
6.2.2.2.1 Principais Destinos Os resíduos não perigosos gerados foram destinados conforme relacionados a seguir.
A
Figura 12 ilustra estes dados:
- Sem Destino Definido (13,66%);
- Destino Indústria (43,63%);
- Destino Externo (42,71 %).
13,7%
43,6%
42,7%
Sem DestinoDefinidoDestino Industria
Destino Externo
Figura 12 - Principais formas de destinação para os resíduos não perigosos
6.2.2.2.1.1 Destino Indústria
As principais destinações dentro da indústria, apontadas para os resíduos não perigosos são mostradas no Quadro 12:
feam
52
Quadro 12 – Formas de destinação Dentro da Indústria dos resíduos não perigosos
DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO
DESTINO INDÚSTRIA
PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO
% DO RESÍDUO NA DESTINAÇÃO
Resíduos de minerais não metálicos
72,50 Outras formas de disposição 41,3
Outros não perigosos 26,40
Sucata de metais ferrosos 37,8
Outros não perigosos 26,9
Resíduos de sistema de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas
12,8 Reutilização / reciclagem
internas 31,6
Resíduos de minerais não metálicos
11,9
Escória de produção de ferro e aço
58,9
Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
14,4
Outros não perigosos 10,8
Aterro Industrial Próprio 17,8
Resíduos de minerais não metálicos
5,5
Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
86,2
Incorporação em solo Agrícola 3,7
Outros não perigosos 6,8
6.2.2.2.1.2 Destino Externo
As principais destinações externas, com seus respectivos resíduos, apontadas para os resíduos não perigosos são relacionadas no Quadro 13.
feam
53
Quadro 13 - Formas de destinação Destino Externo dos resíduos não perigosos
DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO
DESTINO EXTERNO
PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO
% DO RESÍDUO NA DESTINAÇÃO
Escória de produção de ferro e aço
92,62 Co-prossamento em fornos
de cimento 49,68
Gesso 5,01
Escória de produção de ferro e aço
36,8
Sucata de metais ferrosos 21,11
Outros não perigosos 12,8
Outras formas de reutilização / reciclagem
recuperação 19,32
Resíduos sólidos compostos de metais não
tóxicos
7,92
Outros não perigosos 44
Escória de produção de ferro e aço
22
Resíduos sólidos compostos de metais não
tóxicos
9,5 Sucateiros intemediários 7,94
Resíduos de varrição de fábrica
12,5
Gesso 76,93
Escória de produção de ferro e aço
15,45 Incorporação em solo agrícola 11,76
Resíduos de sistema de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas
6,62
6.2.3 Resíduos Destinados Fora do Estado
Cerca de 1,54% (233.438,61 t) do total de resíduos inventariados no ciclo de 12 meses (data limite inicial julho de 2001) foram encaminhados para tratamento / disposição final fora do Estado de Minas Gerais. Deste total, apenas 29.032,35 t (12,4%) foram classificados como perigosos.
Os estados que recebem resíduos de Minas Gerais para tratamento, reutilização ou disposição final, segundo apontamentos dos inventariados são: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Dentre estes podemos
feam
54
destacar: São Paulo (58,32%), Espírito Santo ( 18,13%), Maranhão (11,93%), Goiás (7,02%) e Rio de Janeiro (2,88%).
Os principais resíduos destinados para fora do estado são mostrados no Quadro 14.
Quadro 14 – Principais resíduos destinados fora do estado de Minas Gerais
CÓDIGO DO RESÍDUO DESCRIÇÃO QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t)
A028
Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo
substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de manda
entre outros)
41.544,7
A022 Resíduos pastosos de estações
de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
29.387,6
A012 Escória de fundição de alumínio 21.264,74
A009
Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias / produtos não
perigosos
19.089,23
AO01 – AO20 Outros não perigosos 29.800
Os principais destinos indicados para os resíduos encaminhados para fora do estado foram :
- Outras formas de reutilização/reciclagem (35,93%);
- Incorporação ao solo agrícola (17,5%);
- Aterro industrial de terceiros (11,59%);
- Co-processamento em fornos de cimento (7,23%);
- Utilização em formulação de micronutrientes (7,04%).
6.2.4 Principais Geradores de Resíduos
Quadro 15 é apresentada a relação dos CNAEs dos 35 maiores geradores de resíduos, sejam eles perigosos ou não, com suas respectivas quantidades em toneladas. Estes 35 maiores geradores são responsáveis por 90% do total de resíduos inventariados no período de referência.
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55
Quadro 15 –Maiores geradores de resíduos
Nº CNAE QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t)
1 27111 3.100.814,49
2 24139 2.371.192,47
3 27227 1.709.075,58
4 27111 1.449.205,90
5 13242 794.190,88
6 27120 459.247,05
7 27111 426.401,25
8 21105 421.962,62
9 27499 331.296,37
10 27120 318.238,99
11 27413 264.633,88
12 27413 245.966,02
13 27120 226.574,22
14 27120 207.939,92
15 27227 196.674,35
16 27120 191.841,23
17 34100 101.363,26
18 20214 95.883,08
19 27219 77.750,01
20 27219 75.103,32
21 27219 70.851,58
22 27499 70.274,97
23 27219 66.788,24
24 27219 64.356,00
25 27219 64.040,63
26 26999 52.530,80
27 28118 51.508,84
28 27219 51.177,76
29 26921 50.511,82
30 27499 48.989,14
31 27219 45.303,60
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56
Nº CNAE QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t)
32 27219 45.248,82
33 27219 42.140,00
34 26999 41.355,00
35 27219 39.800,00
TOTAL 13.817.723,25
Dentre os maiores geradores destaca-se, em número de empresas e em geração individual por empresa, a tipologia 27 (Metalurgia Básica). Além desta, vale citar entre os maiores geradores, a tipologia 21 (Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel), a tipologia 24 (Produtos Químicos), a tipologia 34 (Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias), a tipologia 20 (Fabricação de Produtos de Madeira), a tipologia 26 (Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálicos) e a tipologia 28 (Fabricação de Produtos de Metal - exclusive Máquinas e Equipamentos).
6.2.4.1 Maiores Geradores de Resíduos Perigosos
No Quadro 16 estão relacionados os CNAEs dos maiores geradores de resíduos perigosos, juntamente com as quantidades geradas e a sua posição em relação ao “ranking” dos maiores geradores no total de resíduos (perigosos + não perigosos).
Os 7 geradores apresentados geram 87% do total de resíduos perigosos apontados.
feam
57
Quadro 16 – Maiores geradores de resíduos perigosos
Nº POSIÇÃO NO RANKING DOS MAIORES GERADORES CNAE QUANTIDADE DE RESÍUDOS
PERIGOSOS (t)
1 8 27499 326.268,42
2 10 27413 246.689,73
3 21 27499 66.905,69
4 6 27111 31.268,16
5 1 27111 28.585,91
6 13 27120 20.053,18
7 9 27120 17.302,23
TOTAL 719.771,09
6.2.5 Regiões e Municípios Maiores Geradores de Resíduos
6.2.5.1 Total de Resíduos Gerados por Regional do COPAM
O Quadro 17 mostra a geração de resíduos inventariados por Regionais do COPAM no estado de Minas Gerais.
feam
58
Quadro 17 - Geração de resíduos inventariados por Regional do COPAM
Principais Resíduos da Listagem BaseRegião Total de Empresas Inventaria-
das
Total de Resíduos
Descrição % em Relação ao Total da
Região
Principais Tipologias por
Número de Empresas
Principais Tipologias por Quantidade de
Resíduos Gerados
Escória de produção de ferro e aço 34,11
Sucata de metais ferrosos 9,59
Resíduos de minerais não metálicos 8,71
Resíduos sólido composto de metais
não tóxicos 4,11 C
entra
l
247 4.143.388,83
Resíduos de sistema de controle de emissão
gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros
de manga entre outros)
3,25
27(17,00%)
26(12,96%)
28(10,52%)
34(10,52%)
27(89,72%)
Escória de produção de ferro e aço 20,2
Resíduos de minerais não metálicos 14,37
Resíduos sólido composto de metais
não tóxicos 6,83
Sucata de metais ferrosos 4,46
Alto
São
Fra
ncis
co
79 1.056.695,08
Resíduos de sistema de controle de emissão
gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros
de manga entre outros)
3,77
26(32,91%)
27(25,32%)
17(12,66%)
27(80,07%)
26(16,23%)
feam
59
Principais Resíduos da Listagem Base
Região Total de
Empresas Inventaria-
das
Total de Resíduos
Descrição % em Relação
ao Total da Região
Principais Tipologias por
Número de Empresas
Principais Tipologias por Quantidade de
Resíduos Gerados
Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados
com substâncias/produtos
não perigosos)
37,63
Resíduos de papel e papelão 27,81
Resíduos gerados fora do processo industrial (material de escritório,
embalagens de escritório, material de
consumo, etc.)
13,5
Cinzas de caldeira 8,84
Jequ
itinh
onha
2 244,49
Resíduos de refratários e materiais cerâmicos
contaminados ou não contaminados com
substâncias/produtos não perigosos
6,14
17(50,00%)
26(50,00%) 17(93,86%)
Escória de produção de ferro e aço 51,85
Sucata de metais ferrosos 12,19
Resíduos pastosos de estações de tratamento de
efluentes contendo substâncias não tóxicas
5,63
Resíduos sólido de estações de tratamento de
efluentes contendo substâncias não tóxicas
4,9 Lest
e M
inei
ro
27 4.708.268,04
Resíduos de sistema de controle de emissão
gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de
manga entre outros)
4,36
27(25,93%)
28(14,84%) 27(89,78%)
feam
60
Principais Resíduos da Listagem BaseRegião Total de Empresas Inventaria-
das
Total de Resíduos
Descrição % em Relação ao Total da
Região
Principais Tipologias por
Número de Empresas
Principais Tipologias por Quantidade de
Resíduos Gerados
Resíduos de sistema de controle de emissão
gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros
de manga entre outros)
52,12
Finos de cavaco do beneficiamento da
madeira 10,57
Moinha de carvao 8,44
Resíduos de minerais não metálicos 6,17
Nor
te d
e M
inas
14 78.690,45
Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados
com substâncias/produtos
não perigosos)
3,18
17(28,57%)
24(14,29%)
27(14,29%)
27(86,03%)
17(9,95%)
Escória de produção de ferro e aço 19,6
Sucata de metais ferrosos 5,06
Resíduos de sistema de controle de emissão
gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros
de manga entre outros)
1,21
Resíduos de varrição de fábrica 1,13
Sul d
e M
inas
138 324.551,17
Areia de fundição 1,1
19(14,49%)
17(13,77%)
26(10,86%)
27(81,14%)
feam
61
Principais Resíduos da Listagem BaseRegião Total de Empresas Inventaria-
das
Total de Resíduos
Descrição % em Relação ao Total da
Região
Principais Tipologias por
Número de Empresas
Principais Tipologias por Quantidade de
Resíduos Gerados
Gesso 56,09
Resíduos de minerais não metálicos 39,38
Triâ
ngul
o M
inei
ro
33 4.216.847,02
Casca de arvores (madeira, lenha, etc) 1,00
24(54,55%)
19(15,15%)
24(56,46%)
27(40,53%)
Escória de produção de ferro e aço 41,6
Resíduo da unidade cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco
primário.
18,49
Sucata de metais ferrosos 6,54
Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da
produção de aço primário em fornos
elétricos.
4,44
Zona
da
Mat
a
46 336.445,35
Resíduos de minerais não metálicos 2,52
17(36,96%) 21(17,39%) 27(91,14%)
feam
62
Verifica-se, na relação abaixo e na Figura 13 que a geração de resíduos ocorre na seguinte proporção nas regionais:
- Triangulo Mineiro (29,01%);
- Central (28,51%);
- Leste Mineiro (28,09%);
- Alto São Francisco (7,27%);
- Sul de Minas (4,29%);
- Zona da Mata (2,31%);
- Norte de Minas (0,54%);
- Jequitinhonha (0,0017%)
29,0%
28,5%
28,1%
4,3%0,0%
0,5%
7,3%
2,3%
Triangulo Mineiro
Central
Leste Mineiro
Alto Sao Francisco
Sul de Minas
Zona da Mata
Norte de Minas
Jequitinhonha
Figura 13 – Geração de resíduos por regional do COPAM
As principais tipologias citadas no quadro 17 são as que o número de empresas da tipologia representa mais que 10% do número de empresas inventariadas na regional. Da mesma forma, as principais tipologias por quantidade de resíduos gerados são as que a quantidade de resíduos gerada pela tipologia é superior a 10% do total de resíduos gerados na regional. O valor entre parênteses representa a porcentagem em relação ao número total de empresas ou em relação à quantidade total de resíduos gerados pela tipologia na regional.
Pode-se verificar que a tipologia 27, aparece em 4 das 8 regionais como principal tipologia considerando-se o número de empresas inventariadas.
feam
63
No que se refere à geração de resíduos, verifica-se porém que a tipologia 27 é a mais representativa em 6 das 8 regionais do COPAM o que confirma o fato dos principais resíduos das regionais estarem voltados a esta tipologia.
Alguns outros fatos relevantes também podem ser observados e estão listados abaixo:
- Apesar da tipologia 26 ser a mais representativa em relação ao número de empresas inventariadas com 32,91% na regional do Alto São Francisco, a tipologia 27com 25,32% do total de empresas da regional é a maior geradora de resíduos com 80,07%.
- A regional do Jequitinhonha possui apenas duas empresas inventariadas, das tipologias 17 e 26, responsáveis pelo total de resíduos apontados na regional. Os resíduos de papel e papelão e os resíduos gerados fora do processo industrial não são característicos das tipologias e estão entre os principais resíduos, foram apontados pela empresa da tipologia 17.
- Apesar de contribuir apenas com apenas 2 empresas do total de 14 inventariadas na regional Norte de Minas, a tipologia 27 é responsável por 86,03% dos resíduos gerados.
- Da mesma forma nas regionais Sul de Minas ,Triângulo Mineiro e Zona da Mata, a tipologia 27 contribui com apenas 7,2 %, 3,03% e 6,53 % do total de empresas inventariadas em cada regional mas contribui com 81,14% , 40,53% e 91,14% do total de resíduos gerados em cada uma das regionais respectivamente
- Na regional Sul de Minas, as tipologias mais expressivas em número de empresas isto é, as 19, 17 e 26, geram apenas 1,8 %, 1,64 e 3,86% respectivamente do total de resíduos gerados na regional.
- Na Zona da Mata, as tipologias 17 e 21 geram 1,03% e 3,51% do total resíduos respectivamente, sendo a tipologia 21, a segunda colocada na geração de resíduos nesta regional.
6.2.5.2 Total de Resíduos Gerados por Município
Cerca de 92% dos resíduos inventariados estão distribuídos basicamente em 19 municípios. A relação destes 19 municípios, juntamente com o respectivo número de indústrias inventariadas e suas quantidades de resíduos geradas estão apresentadas no Quadro 18.
feam
64
Quadro 18 - Municípios maiores geradores de resíduos
Nº MUNICIPIO Nº DE EMPRESAS INVENTARIADAS
QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t)
1 Ipatinga 6 3.159.018,87
2 Uberaba 16 2.372.640,47
3 Araxá 2 1.712.086,61
4 Ouro Branco 2 1.449.205,90
5 Nova Lima 4 795.873,75
6 Sete Lagoas 20 494.355,95
7 João Monlevade 1 459.247,05
8 Timóteo 4 427.893,96
9 Belo Oriente 1 421.962,62
10 Divinópolis 14 356.184,03
11 Belo Horizonte 20 335.161,80
12 Três Marias 1 331.296,37
13 Juiz de Fora 22 292.510,70
14 Poços de Caldas 8 272.598,07
15 Betim 40 258.956,07
16 Ouro Preto 1 245.966,02
17 Contagem 67 201.038,40
18 Barbacena 7 199.193,29
19 Barão de Cocais 1 191.841,23
TOTAL 237 13.977.031,16
6.2.6 Resíduos Inventariados por Tipologia
O Quadro 19 apresenta um resumo do total de resíduos gerados por tipologia, considerando o universo analisado em cada tipologia e sua classificação quanto à periculosidade. Além disto, apresenta-se também a classificação dos resíduos em relação ao seu enquadramento na Listagem Base fornecida e como “outros”.
feam
65
Quadro 19 – Total de resíduos por tipologia
TOTAL RESÍDUOS
( t )
LISTAGEM BASE OUTROS TIPOLOGIA Nº
PATICIPANTES
GERAL PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS
% TOTAL RESÍDUOS DA TIPOLOGIA / TOTAL DE
RESÍDUOS DO INVENTÁRIO PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS
14 3 3.805,60 0,00 3.805,60 0,0251 0,00 3.805,60 0,00 0,00
17 73 38.568,56 82,27 38.486,29 0,2543 74,81 32.734,71 7,46 5.751,58
18 3 61,51 0,00 61,51 0,0004 0,00 61,51 0,00 0,00
19 31 45.211,48 8.041,70 37.169,78 0,2981 8.034,42 35.843,88 7,28 1.325,90
20 5 118.597,33 28,03 118.569,30 0,7820 28,03 118.559,65 0,00 9,65
21 22 450.791,22 212,36 450.578,87 2,9725 125,86 328.255,19 86,50 122.323,68
22 4 964,46 6,82 957,64 0,0064 6,82 957,64 0,00 0,00
23 1 9.953,45 6.742,65 3.210,80 0,0656 6.206,75 3.165,80 535,90 45,00
24 69 2.402.874,35 7.792,74 2.396.181,63 15,8447 2.658,85 17.103,45 4.033,87 2.379.078,18
25 31 8.285,80 754,33 7.531,47 0,0546 521,87 5.854,59 232,46 1.676,88
26 82 388.688,06 780,59 387.907,48 2,5630 300,69 358.561,51 479,90 29.345,89
27 85 11.373.525,80 783.680,57 10.589.845,24 74,9976 130.539,31 8.595.486,35 653.141,26 1.994.358,89
28 47 98.823,19 4.487,25 94.335,93 0,6516 2.305,29 57.207,64 2.181,96 37.128,29
29 17 11.950,01 256,20 11.693,81 0,0788 204,00 11.505,88 52,20 187,93
30 1 4,24 0,10 4,14 0,0000 0,10 4,14 0,00 0,00
feam
66
TOTAL RESÍDUOS
( t )
LISTAGEM BASE OUTROS TIPOLOGIA Nº
PATICIPANTES
GERAL PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS
% TOTAL RESÍDUOS DA TIPOLOGIA / TOTAL DE
RESÍDUOS DO INVENTÁRIO PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS
31 32 14.682,77 2.292,70 12.390,08 0,0968 315,71 11.325,16 1.976,99 1.064,92
32 7 148,89 1,64 147,25 0,0010 1,59 144,97 0,05 2,28
33 1 733,41 8,61 724,80 0,0048 1,56 707,60 7,05 17,20
34 46 187.475,19 13.605,44 173.869,75 1,2362 7.263,62 156.957,17 6.341,82 16.912,58
35 3 1.296,33 246,06 1.050,27 0,0085 117,16 1.050,27 128,90 0,00
36 14 6.844,42 257,64 6.586,78 0,0451 257,31 6.577,74 0,33 9,04
37 6 1.854,98 1,97 1.853,01 0,0122 1,97 1.813,01 0,00 40,00
45 1 35,30 3,10 32,20 0,0002 3,10 32,20 0,00 0,00
93 2 17,30 0,00 17,30 0,0001 0,00 17,30 0,00 0,00
TOTAL 586 15.165.193,65 828.182,75 14.337.010,93 100,00 158.968,82 9.747.733,04 669.213,93 4.589.277,89
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67
Analisando-se os dados do Quadro 19 pode-se verificar :
- Considerando o universo pesquisado, as tipologias que mais contribuíram na geração de resíduos (em termos absolutos), foram as listadas abaixo, confirmando as tipologias das 35 empresas maiores geradoras:
- 27 (Metalurgia Básica);
- 24 (Fabricação de Produtos Químicos);
- 21 (Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel);
- 26 (Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálicos);
-34 (Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias);
- 20 (Fabricação de Produtos de Madeira).
- As cinco tipologias que geraram resíduos perigosos em maior quantidade estão listadas a seguir, confirmando, também, a listagem das empresas maiores geradoras de resíduos perigosos (valor absoluto), embora não na mesma ordem:
- 27 (Metalurgia Básica);
- 34 (Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias);
- 19 (Preparação de Couros e Fabricação de Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados);
- 23 (Fabricação de Coque, Refino de Petróleo, Elaboração de Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool);
- 24 (Fabricação de Produtos Químicos).
No que se refere às principais geradoras de resíduos perigosos em relação ao total de resíduos apontados na tipologia, tem-se uma alteração na lista anterior, conforme mostra o Quadro 20.
feam
68
Quadro 20 – Resíduos perigosos em relação ao total de resíduos apontados na tipologia
TIPOLOGIA DESCRIÇÃO TOTAL PERIGOSOS / TOTAL RESÍDUOS TIPOLOGIA (%)
23 Fabricação de Coque, Refino de Petróleo, Elaboração de Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool
67,74
35 Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte
18,98
24 Fabricação de Produtos Químicos 0,28*
19 Preparação de Couros e Fabricação de Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados
17,79
31 Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos
15,61
25 Fabricação de Artigos de Borracha e Plástico 9,10
* Se excluir a quantidade gerada do resíduo “Gesso” da Tipologia 24, tem-se que esse percentual sobe para 18,7%.
- Considerando o total de resíduos classificados como “outros” (perigosos + não perigosos ) em relação ao total apontado, as tipologias que mais utilizaram esta classificação são apresentadas no Quadro 21.
Quadro 21 – Tipologias que mais classificaram os resíduos como “outros”
TIPOLOGIA DESCRIÇÃO TOTAL PERIGOSOS / TOTAL RESÍDUOS TIPOLOGIA (%)
24 Fabricação de Produtos Químicos 99,18*
28 Fabricação de Produtos de Metal-exclusive Máquinas e Equipamentos 39,78
21 Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel
27,15
27 Metalurgia Básica 23,28
25 Fabricação de Artigos de Borracha e Plástico 25,04
* Se excluir a quantidade gerada do resíduo “Gesso” da Tipologia 24, tem-se que esse percentual cai para 38,29%.
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69
6.2.7 Resíduos Gerados em anos anteriores
Em relação aos resíduos gerados em anos anteriores sob controle das indústrias, verificou-se que a tipologia 27 foi a que mais contribuiu, sendo responsável por mais de 99% das 30.111.471,26 t de resíduos nesta situação. Há que se destacar que apenas dois resíduos apontados nesta tipologia, os resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas (A022) e a escória de produção de ferro e aço (A013) foram responsáveis por, aproximadamente, 80% do total acima citado.
Das 24 tipologias participantes do inventário, apenas 06 não citaram a existência de resíduos gerados em período anterior ao inventariado, sendo elas: 18, 30, 32, 33, 45 e 93. Além disso, apesar da quantidade apontada ter sido bastante inferior ao da tipologia 27, outras 06 tipologias também destacaram-se: 14 (73.383,00 t), 21 (32.889,79 t), 24 (25.750,85 t), 26 (78.711,72 t), 28 (37.884,73 t) e 34 (17.318,18 t).
É importante destacar que, durante a avaliação dos formulários, algumas situações foram verificadas, tais como o apontamento de resíduos não muito característicos a determinadas tipologias, bem como erros de interpretação do conceito básico desta guia, o que pôde ser confirmado através de contatos telefônicos com algumas indústrias. Uma das falsas interpretações foi a de que deveriam ser informados todos os resíduos gerados em um período anterior ao inventário, desconsiderando a questão destes já terem sido ou não destinados. Tal interpretação fez com que alguns resíduos já destinados fossem citados. É importante ressaltar que nos casos em que esta situação foi detectada, correções foram feitas. Todavia, não foi possível confirmar as informações prestadas por todas as indústrias.
Desta forma, de uma maneira geral, as informações relacionadas aos resíduos gerados em anos anteriores sob controle das indústrias precisam ser estudadas mais profundamente, não sendo possível afirmar se a quantidade final apresentada é absoluta.
O Quadro 22 apresenta um resumo contendo os principais resíduos apontados por cada uma das tipologias, em termos quantitativos.
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Quadro 22 – Resíduos gerados em anos anteriores
PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A022 Resíduos pastosos de estações de tratamento de elfuentes contendo substâncias não tóxicas
73.248,00 99,82
A011 Resíduos de minerais não metálicos 130,00 0,18 14 73.383,00 0,2437
Subtotal 73.378,00 99,99
A010 Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos)
1.027,12 73,47
A021 Resíduos de estação de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas 215,42 15,41
A111 Cinzas de caldeira 96,19 6,88
I010 Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos perigosos)
9,44 0,68
17 1.398,08 0,0046
Subtotal 1.348,17 96,43
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
Não citado 18 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
A010
Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos) 1.000,00
81,06
A021 Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas 117,00 9,48
A799 Serragem, farelo e pó de couro atanado 46,00 3,73
K194 Serragem e pó de couro contendo cromo 33,20 2,69
A299 Aparas de peles caleadas 29,00 2,35
19 1.233,70 0,0041
Subtotal 1.225,20 99,31
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A017 Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos 600,00
100,00 20 600,00 0,0020
Subtotal 600,00 100,00
AO01 Resíduos grampos/areia/plastico/isopor 10.787,85 32,80
AO02 Depuração de massa 799,22 2,43
AO14 Lama de cal/dregs 20.000,28 60,81
A006 Resíduos de papel/papelão 397,97 1,21
A019 Resíduos sólidos de estação de tratamento de efluentes contendo material biológico não tóxico
647,93 1,97
21 32.889,79 0,1092
Subtotal 32.633,25 99,22
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
I144 Embalagens vazias contaminadas com tintas, borras de tintas e pigmentos (especificar embalagem) 0,96
100,00 22 0,96 0,0000
Subtotal 0,96 100,00
DO01 Borras oleosas 800,00 83,64
A004 Sucatas de metais ferrosos 150,00 15,68 23 956,50 0,0032
Subtotal 950,00 99,32
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
AO01 Lama do processo de filtração FERMICRO 15.000,00 58,25
A007 Resíduos de plásticos polimerizados de processo 5.000,00 19,42
A019
Resíduos sólidos de estação de tratamento de efluentes contendo material biológico não tóxico
2.000,00 7,77
A005 Sucata de metais não ferrosos (latão, cobre, alumínio, etc.) 1.200,10 4,66
DO01 Torta de filtração de re-refino de óleo lubrificante (94%) 816,91 3,17
24 25.750,85 0,0855
Subtotal 24.017,01 93,27
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
I117 Lâmpadas (fluorescentes, encandescentes, outras). 789,15 93,20
I067 Resíduos de papel/papelão e plásticos. 14,65 1,52
I408 Pneus 10,00 1,18
A009 Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias/produtos não perigosos)
8,00 0,94
25 851,92 0,0028
Subtotal 820,00 96,84
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76
PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A028
Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de manga entre outros)
30.714,27 39,02
A011 Resíduos de minerais não metálicos 19.469,00 24,73
A017
Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos (especificar o contaminante)
7.687,65 9,76
A029
Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo ou não contendo substâncias não perigosas (especificar o contaminante)
7.500,00 9,52
A003 Resíduos de varrição de fábrica 4.153,00 5,27
26 78.711,72 0,2519
Subtotal 69.523,92 88,33
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77
PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A022 Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
13.705.647,00 45,93
A013 Escória de produção de ferro e aço 10.021.456,50 33,59
AO11 Resíduos diversos - lixão industrial (98,74%) 850.650,00 2,85
K068 Resíduo da unidade cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco primário. 770.270,00 2,58
AO09 Lama de lavagem de gás da área siderúrgica (99,66%) 705.402,50 2,36
27 29.838.597,58 99,0938
Subtotal 26.053.426,00 87,31
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78
PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A004 Sucata de metais ferrosos 11.743,00 31,00
DO03 Borra oleosa (99,96%) 7.913,52 20,89
DO02 Líquido distensor para análise de trinca (97,33%) 7.603,00 20,07
AO01 Policloreto de vinilina (99,43%) 7.040,30 18,58
F330 Óleo de corte e usinagem 1.204,00 3,18
28 37.884,73 0,1258
Subtotal 35.503,82 93,72
I117 Lâmpadas (fluorescentes, encandescentes, outras). 180,00 43,81
A004 Sucata de metais ferrosos 120,50 29,33
DO01 Lama do sistema de fosfatização 36,00 8,76
F017 Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. 33,00 8,03
29 410,82 0,0014
Subtotal 369,50 89,94
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
Não citado 0,00 30 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
A029 Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo ou não contendo substâncias não perigosas
800,00 44,86
AO01 Resíduo do processo de moldagem polyester em máquinas de injeção 748,00 41,94
DO01 Sucatas de metais ferrosos contendo chumbo (50,47%) e materiais impregnados com óleo (22,93%)
153,49 8,61
31 1.783,32 0,0059
K069 Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da fusão de chumbo secundário.
37,25 2,09
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
F006
Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de operações de eletrodeposição, exceto os originários dos seguintes processos: (1) anodização do alumínio com ácido sulfúrico; (2) estanhagem do aço carbono; (3) zincagem (bases agregadas) do aço
9,60 0,54
Subtotal 1.748,34 98,04
Não citado 0,00 32 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
Não citado 33 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
DO06 Outros Resíduos Perigosos 06 (resíduos da fossa classe I) 11.028,51 63,68
A004 Sucata de metais ferrosos 4.332,00 25,01
A016 Areia de fundição 698,00 4,03
F530 Resíduos oleosos do sistema separador de água e óleo 227,20 1,31
34 17.318,18 0,0571
Subtotal 16.285,71 94,04
DO01 Outros resíduos perigosos 1 (Lodo galvânico contendo cromo e níquel) 52,00 96,30
F017 Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. 2,00 3,70 35 54,20 0,0002
Subtotal 54,00 100,00
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A010 Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos)
599,12 67,41
A006 Resíduos de papel e papelão 110,88 12,48
A022 Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substânciasnão tóxicas
77,90 8,76
A207 Filmes e pequenas embalagens de plástico 38,68 4,35
F017 Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. 32,90 3,70
36 888,8 0,0030
Subtotal 859,48 96,70
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PRINCIPAIS RESÍDUOS
QTDE TIPOLOGIA TOTAL POR TIPOLOGIA
% TIPOLOGIA/TOTAL
DE RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO
TONELADAS %
A013 Escória de produção de ferro e aço 1.750,00 99,52
I067 Resíduos de papel/papelão e plásticos. 6,40 0,36
A004 Sucata de metais ferrosos 1,00 0,06
F130 Óleo lubrificante usado 0,60 0,03
A002 Resíduos gerados fora do processo industrial 0,50 0,03
37 1758,5 0,0058
Subtotal 1.758,50 100,00
Não citado 45 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
Não citado 93 0,00 0,0000
Subtotal 0,00
Total 30.114.472,65 100,0000 26.311.508,86
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84
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
De acordo com os dados levantados e com a análise realizada, pode-se observar que os resultados do Inventário de Resíduos Sólidos Industriais mostraram-se bastante concentrados:
- Cerca de 74,8% das 15.165.193,65 t, isto é 11.373.525,80 t de resíduos estão concentradas na tipologia 27 (Metalúrgica Básica), e 25,2% distribuídos nas demais 23 tipologias analisadas.
- 35 empresas são responsáveis pela geração de 91% do total de resíduos apontados no inventário e 7 empresas respondem por 90% do total de resíduos perigosos.
- Dos 35 principais geradores de resíduos, que concentram 91% do total inventariado, 28 pertencem a tipologia 27 (Metalúrgica Básica) e os 7 restantes estão distribuídos em 5 diferentes tipologias. A tipologia 27 foi também a maior geradora de resíduos perigosos (considerando valor absoluto).
- Aproximadamente 28,6% dos resíduos inventariados são representados pela escória de produção de ferro e aço (A013), provenientes da tipologia 27, e um dos destinos mais apontados para os resíduos, o co-processamento em fornos de cimento, tem a escória como o resíduo que mais contribuiu para este destino (96,6%).
- 19 municípios distribuídos em 6 macro-regiões concentram 92% da geração de resíduos do Estado.
- Das 8 regionais do COPAM, a tipologia 27 aparece como maior geradora de resíduos em 6 delas. As principais regionais em relação a geração de resíduos são:
- Triangulo Mineiro (27,80%);
- Central (27,32%);
- Leste Mineiro (26,89%);
- Alto São Francisco (6,97%);
- Sul de Minas (4,11 %);
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85
Além destas conclusões, pode-se também ressaltar:
a) Total de resíduos inventariados por tipologia
- Além da 27, outras tipologias merecem referência se considerado o total de resíduos perigosos em relação ao total gerado pela tipologia. São elas:
- 23 (Fabricação de Coque, Refino de Petróleo, Elaboração de Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool);
- 35 (Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte);
- 19 (Preparação de Couros e Fabricação de Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados);
- 31 (Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos);
- 25 (Fabricação de Artigos de Borracha e Plástico).
- Algumas tipologias aparecem também como grandes geradoras de resíduos (perigosos+não perigosos) porém sofreram interferência específica de poucas empresas, como pode ser visualizado no Quadro 23.
Quadro 23 – Tipologia grandes geradoras que sofreram interferência de poucas empresas
TIPOLOGIA DESCRIÇÃO TOTAL DE RESÍDUOS
EMPRESAS INVENTARIADAS
MAIORES GERADORES
% RESÍDUOS MAIORES
GERADORES/ TOTAL DA TIPOLOGIA
21 Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de
Papel
450.791,22 22 1 empresa 93,6%
26 Fabricação de Produtos de Minerais Não –
Metálicos
386.949,36 80 3 empresas 37%
34 Fabricação e Montagem
de Veículos Automotores, Reboques
e Carrocerias
181.093,63 43 1 empresa 56%
20 Fabricação de Produtos de Madeira
118.597,33 5 1 empresa 81%
24 Fabricação de Produtos Químicos
2.402.874,35 69 1 empresa 98,68%
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86
- Além das tipologias 27 e 25 já citadas, as tipologias 28 (Fabricação de Produtos de Metal-Exclusive Máquinas e Equipamentos), 24 (Fabricação de Produtos Químicos) e 21 (Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel), se destacam pela grande utilização da classificação “outros resíduos “.
b) Total de resíduos inventariados
− Alguns indicativos nos levam a acreditar que o total de resíduos perigosos está provavelmente subestimado se considerarmos:
• Os resíduos sólidos de estações de tratamento, cerca de 6,8% do total da listagem base, foram classificados como não perigosos nos códigos A019, A021, A022;
• As embalagens de produtos perigosos foram em grande parte classificadas juntamente com as embalagens de produtos não perigosos;
• Toda a escória gerada foi classificada como não perigosa no código A013;
• Excluindo-se a escória , cerca de 73% dos demais resíduos encaminhados ao co-processamento em fornos de cimento foram classificados como não-perigosos.
c) Destinação final
− Considerando os resíduos com destinação (dentro e fora da indústria), isto é, excluindo-se os resíduos classificados como “Sem Destino Definido” , pode-se ressaltar:
• 24,47% dos resíduos destinados foram reutilizados/reciclados/ recuperados, sendo que destes, cerca de 13% foram encaminhados para sucateiros intermediários, 55% foram reciclados/reutilizados dentro da própria empresa e 32% encaminhados para reutilização/ reciclagem/ recuperação fora das dependências da empresa;
• 26,28% foram encaminhados ao co-processamento sendo a escória responsável por 92,35% deste destino e o gesso por 4,4%;
• 19,58% recebem outras formas de disposição e 98% dos resíduos neste destino são resíduos apontados pela tipologia 27 (resíduos de minerais não metálicos,rejeito da flotação e escória ) e foram dispostos em barragem de rejeitos, lagoa e no pátio. Vale ressaltar ainda que 64%(1.660.000 t) dos resíduos neste destino foram classificados como resíduos de minerais não metálicos e foram dispostos em barragens .
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• 14,26% são dispostos em aterros industriais próprios, sendo que destes, 86 % foram localizados dentro da área industrial;
• 7,26 % são incorporados ao solo agrícola.
Dos principais destinos acima podemos destacar o “Aterro Industrial Próprio” como o principal destino para os resíduos perigosos, onde representam 28% desta destinação. E ainda, cerca de 66% de todos os resíduos perigosos citados também são apontados como sendo destinados a Aterro Industrial Próprio. Nos outros destinos listados a participação dos perigosos é bastante baixa , variando de 0,04 a 1,95%.
A Figura 14 mostra a destinação dos resíduos (dentro e fora da indústria ), excluindo-se os resíduos classificados como “ Sem Destino Definido”.
24,5%
26,3%19,6%
14,6%
7,3%7,8%
Reutilizacao/reciclagem/recuperacao
Co-processamento
Outras formas de disposicao
Aterro Industrial proprio
Incorporacao em solo agricola
outros
Figura 14 - Destinação dos resíduos (fora e dentro da indústria), excluindo os “Sem Destino Definido”.
De modo a avaliar os dados sem a interferência da tipologia predominante no inventário, apresentamos a seguir, uma análise global dos dados excluindo-se do universo as 84 empresas da tipologia 27 (Metalúrgica Básica).
− As 502 empresas das demais tipologias geraram 3.791.667,85 t de resíduos, sendo 44.502,18 t (1,17%) de perigosos e 3.747.165,67 t (98,83%) de não perigosos.
− Deste total, 16,9 % dos resíduos estavam estocadas nas empresas no período do inventário, logo 1.348.176 t tiveram destinação . As principais destinações apontadas para estes resíduos foram:
• Recuperação /reutilização/ reciclagem (externa, interna e através de sucateiros intermediários) – (44,2%);
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• Incorporação em solo agrícola (18.19%) , destacando-se os resíduos de estação de tratamento (A022) com 84% do total de resíduos encaminhados a este destino;
• Utilização em caldeira (8,65%) , para os resíduos de madeira e casca de árvore com 37% e 59% do total de resíduos neste destino;
• Compostagem (7,14%), sendo a casca de árvore (82%), o resíduo mais destinado;
• Aterro industrial próprio (5,87%), sendo que 96% dos resíduos neste .destino foram dispostos em aterros localizados dentro das empresas
Com a exclusão da tipologia 27, apenas 1,8% dos resíduos encontram-se destinados ao co-processamento. Vale ressaltar também que, 4,9% dos resíduos apontados foram encaminhados a Aterros/Lixões Municipais.
- 63 empresas passam a concentrar 90% dos resíduos apontados e estão distribuídos conforme o Quadro .
Quadro 24 – Maiores geradores de resíduos exclusive a tipologia 27
TIPOLOGIA N° DE EMPRESAS QUANTIDADE DE RESÍDUO
24 4 2.382.653,98
21 5 444.284,03
26 21 362.862,55
34 11 168.135,28
20 2 115.366,10
28 7 88.351,00
19 5 33.979,55
17 3 16.125,84
23 1 9.953,45
29 2 8.799,70
31 1 5.388,64
14 1 3.674,60
36 1 2.662,06
Concluindo, este trabalho consiste num primeiro e importante passo para a identificação e avaliação dos Resíduos Sólidos Industriais do Estado de Minas Gerais e para o estabelecimento de subsídios para implantação de uma política que direcione recursos adequados de forma a alcançar uma maior preservação dos recursos ambientais.
Entretanto podemos considerar que esta etapa é importante porém é apenas o primeiro passo para se estabelecer bases sólidas e atingir uma melhoria da
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89
qualidade ambiental. Analisando os dados obtidos podemos afirmar que ainda se faz necessário:
- O estabelecimento de uma política de educação e extensão ambiental visando o conhecimento da definição de Resíduos Sólidos, sua classificação e destinações mais adequadas;
- Estabelecimento de acompanhamento mais próximo das empresas maiores geradoras de resíduos, já que apenas um pequeno número delas é responsável por 90% dos resíduos.;
- Exigência de preenchimento e/ou atualização anual do formulário padrão para o setor industrial, quando do licenciamento ambiental ou revalidação
- Avaliação do processo de reciclagem dos resíduos de forma a identificar os principais recicladores e sucateiros e os resíduos reciclados, principalmente os perigosos, envolvidos neste ciclo;
- Análise e acompanhamento dos aterros industriais próprios existentes nas empresas e dos sistemas de co processamento;
- Identificação mais detalhada dos resíduos encaminhados a Aterro Municipais e sua interferência na vida útil destes.
- Implementar fiscalização nos lixões dos municípios maiores geradores de resíduos sólidos industriais.
- Elaborar proposta de política estadual para os resíduos sólidos industriais, tendo como base os princípios da não geração, redução, reutilização, reaproveitamento, tratamento e disposição final, em função do perfil dos resíduos gerados no Estado, incentivando alternativas que possam minimizar os impactos produzidos.
Finalmente, considera-se importante um estudo mais detalhado da tipologia mais significativa do inventário, das tipologias maiores geradoras de resíduos perigosos (valor absoluto e relativo ao total de resíduos da tipologia) e das maiores geradoras do código “outros” de forma a se obter uma “ matriz de resíduos por tipologia “ que possa ser utilizada como ferramenta de orientação e de otimização dos dados para o processo de licenciamento ambiental.
Dois grandes benefícios podem ser obtidos com o estabelecimento destas matrizes:
- Direcionar as empresas a fornecerem dados mais reais e precisos sobre os resíduos gerados e conseqüentemente a obtenção de banco de dados atualizado e mais próximo da realidade.
- Estimular a implementação de sistema de gestão de resíduos permanente nas empresas.