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17 INVALIDADE E INEFICCIA DOS CONTRATOSSumrio: 151. lnvalidade e ineficcia. 152. Inexistncia, nulidade e anulabilidade. 153. Distino entre contratos nulos e anulveis. 154. Legitimao. 155. Convalescena. 156. Converso do contrato nulo. 157. Ineficcia em sentido restrito.151. Invalidade e ineficciaA validade dos contratos requer a observncia das regras legais relativas a seus pressupostos e requisitos. Se as partes transgridem-nas, o negcio jurdico privado dos efeitos que deveria suscitar.A invalidade implica, pois, ineficcia. Mas no se confundem. Se certo que o contrato invlido ineficaz, a recproca no verdadeira. O contrato pode ser vlido e ineficaz, ou invlido e eficaz. Da o interesse de distinguir invalidade de ineficcia.O contrato invlido quando falta ou delituoso um de seus pressupostos ou requisitos, como o celebrado pessoalmente pelo absolutamente incapaz ou aquele no qual o consentimento foi manifestado por erro. No primeiro caso, falta um pressuposto; no segundo, um dos requisitos est viciado. uma deficincia intrnseca do contrato que impede a produo dos seus normais efeitos.O contrato ineficaz, stricto sensu, quando, embora vlido, no produz, temporria ou definitivamente, total ou parcialmente, seus efeitos, em razo da existncia de obstculo extrnseco que impede a modificao da relao jurdica a que tende. Assim, o que contm clsula subordinando sua execuo a condio suspensiva. Seus efeitos somente se produzem se a condio se verificar, e, no caso afirmativo, a partir de seu implemento.O termo ineficcia, lato sensu, compreende a ineficcia e a invalidade propriamente dita, visto como, nas duas situaes, o contrato no produz efeitos.Haveria a categoria geral da ineficcia porque a conseqncia comum a toda forma de anomalia do ato juridicamente relevante a privao, total ou parcial, permanente ou transitria, inicial ou sucessiva, efeito, e duas subcategorias, a invalidade, abrangente da nulidade e anulabilidade, e a ineficcia em sentido restrito.Acrescente-se a inexistncia.152. Inexistncia, nulidade e anulabilidade inexistente o contrato a que faltam os elementos configurativos, de tal modo que se lhe no pode atribuir relevncia jurdica. Carece do mnimo para ser um ato negocial.Tende a doutrina para aceitar a inexistncia como uma noo necessria, embora margem da categoria geral da ineficcia, para servir como limite da categoria do negcio nulo. Ademais, certas conseqncias, ligadas invalidade, no se admitem nos inexistentes, tais como a converso e a confirmao.Nulidade a sano por meio da qual a lei previa de eficcia o contrato que se celebra contra preceito perfeito - leges petfectae - e, notadamente, os que disciplinam os pressupostos e requisitos do negcio jurdico. O ordenamento jurdico recusa proteo ao contrato cujos elementos no correspondem aos que a lei exige para valer.A pena de nulidade cominada explicitamente, ou subentendida. Na primeira hiptese, diz-se que a nulidade textual; na outra, virtual ou implcita.Pode a nulidade ser total ou parcial, conforme atinja todo o contrato ou apenas uma ou algumas de suas clusulas. Se total, a invalidade do contrato completa. Se parcial, depende de sua extenso; contaminando as outras clusulas, acarreta a nulidade total; mas se a clusula nula pode ser isolada, a invalidade ocorrer quanto a essa disposio, valendo, portanto, as outras.A nulidade imediata, absoluta, insanvel e perptua. Opera de pleno direito. Pode ser argida por qualquer interessado. O contrato no pode ser confirmado; nem convalesce pelo decurso de tempo, mas a imprescritibilidade da ao no impede a inutilizao da sentena de nulidade se o bem j foi adquirido por usucapio ou se est prescrita a ao de repetio.A anulabilidade tambm priva o contrato de seus efeitos, se requerer a invalidao a pessoa a favor de quem a lei a determinou. O contrato anulvel produz efeitos at ser anulado.Podem ser anulados os contratos celebrados pelos relativamente incapazes e pelas partes cujo consentimento tenha se dado por erro, dolo ou coao.A anulabilidade diferida, relativa, sanvel e provisria, isto , o contrato subsiste at o momento em que o juiz o anula; apenas pode ser pleiteada pela pessoa a quem a lei protege; admite confirmao e se purifica com o decurso do tempo.NOTAA tendncia do Direito moderno pela sujeio do contrato nulo tambm aos efeitos da prescrio.Nesse sentido, j se decidiu que, "entre o interesse social do resguardo ordem legal, contido na vulnerabilidade do negcio jurdico, constitudo com infrao de norma de ordem pblica, e a paz social, tambm procurada pelo ordenamento jurdico, sobreleva esta ltima, e deve dar-se como. suscetvel de prescrio a faculdade de atingir o ato nulo" (TJMG, Ap. Civ. 61.500, ac. de 26.05.83, Rei. Des. Freitas Barbosa, in RT, 586/205). Proclamou-se, em outro aresto, ser necessrio admitir-se a prescritibilidade do ato negociai contaminado de nulidade, "para fugir repugnncia da imprescritibilidade dos direitos disponveis", caso em que a prescrio extintiva deve ser fixada no prazo mximo da lei, ou seja, "20 anos (art. 179 c.c. art. 177 do CC)" (TJSP, Ap. Civ. 20.099-1, ac. de 09.03.82, Rei. Des. Toledo Piza, in RJTJESP, 79/224). m outro cresto, porm, o TJSP insistiu na tese clssica de ser inaplicvel a prescrio ao ato nulo, e exemplificou com o absurdo que seria a venda de imvel por menor impbere ou alienado mental, que fosse utilizada como base para uma reivindicatria aforada pelo comprador quarenta anos aps o negcio ineficaz (Ap. 21.816-2, ac. de 17.09.81, Rei. Des. Vieira de Souza, in RJTJESP, 76/77). Repugna, realmente, que no se pudesse invocar em tal situao a nulidade do ato que no foi atacado dentro do prazo prescricional. Acontece, todavia, que a prescrio importante, segundo a exegese dos primeiros acrdos citados no para ensejar mudnas no relacionamento jurdico das partes, mas justamente para consolidar situao jurdica j estabilizada. Assim, se o imvel adquirido tivesse realmente passado para o domnio e posse do comprador, repugnaria segurana das relaes jurdicas que o vendedor viesse quarenta anos depois argir a sua incapacidade ao tempo do contrato. Mas, o contrrio tambm verdadeiro: se o comprador, por ato nulo, nunca fez valer o seu ttulo ineficaz, no pode pretender tirar efeito dele quarenta anos mais tarde. Se o alienante no o invalidou antes, isto se deveu ao fato de que a nulidade no depende de sentena para atuar. Assim, a estabilidade ftico-jurdica pesou em favor do alienante e no do adquirente e o ato que era nulo na origem continuou como tal ao longo do tempo, sem jamais ter produzido efeito algum. No momento em que se tentar dele extrair a eficcia indevida, lcito ser portanto reagir com a exceo de nulidade, pouco importando o tempo transcorrido desde a pactuao do contrato. A tese da prescritibilidade, como instrumento de paz social diante de ato nulo, tem sido reiteradamente' esposada pelo Supremo Tribunal Federal, por exemplo, a propsito da venda de ascendente a descendente, com infrao do art. 1.132 do Cd. Civil. Com efeito tranqilo, para a Suprema Corte, que na espcie ocorre nulidade absoluta por fraude lei, e no simplesmente anulabilidade por simulao (RE 88.120, R,, 85/338; RE 83.176, RTJ, 80/180; RE 92.070, JURISCIVEG, 111/81; RE 96.406, RTJ, 111/1.136; RE 100.440-1, RT, 585/245). Sem embargo disso, matria sumulada do STF que a ao para desconstituir a venda nula de ascendente a descendente prescreve em vinte anos (Smula n 494). Afina-se com este posicionamento a jurisprudncia recente do STJ: "A venda de ascendente a descendente, sem o consentimento dos demais descendentes, nula e prescreve em vinte anos a ao para declarar essa nulidade" (RESP 10.038, 3' T., Rei. Min. Dias Trindade, ac. de 21.05.91, DJU, 17.06.91, p. 8.209). Merece prevalecer, destarte, a lio de Caio Mrio da Silva Pereira, segundo a qual, em face do art. 177 do Cdigo Civil, "nenhum direito sobrevive inrcia do titular, por tempo maior de vinte anos" (Instituies de Direito Civil, Rio, Forense, 5' ed., 1980, vol. I, n 109, p. 55 l ).153. Distino entre contratos nulos e anulveisA nulidade sano que se comina a quem viola preceito de ordem pblica ou simplesmente coativo, mas, neste ltimo caso, quando tutela interesse de ordem geral. A anulabilidade, contra quem transgride norma ditada no propsito de proteger o outro contratante, seja porque no tem completa aptido para celebrar o contrato seja porque no manifestou livremente o consentimento. A contrariedade s normas pode consistir: a) na inobservncia das exigncias legais para o exerccio da autonomia privada; b) na falta dos requisitos para que a ao da pessoa seja um ato jurdico; c) na discrepncia com os princpios que informam o sistema legal.A distino menos de substncia do que de grau; da sua dificuldade. Reconhecem todos que no h critrio prtico plenamente satisfatrio que indique traos capazes de permitir o reconhecimento imediato de uma ou de outra forma de invalidade, declarando o contrato nulo ou anulvel, mas, quando a nulidade no textual, a distino, freqentes vezes, toma-se difcil porque o critrio de imperatividade da norma no absoluto. H leis coativas cuja transgresso pelas partes contratantes no acarreta a nulidade da disposio contratual, mas, to-somente, , sua anulabilidade. O que importa verificar importncia social do preceito infringido e, em ltima anlise, a ratio legis. Em princpio, produzem a nulidade do contrato, alm da infrao de normas imperativas, a falta de um dos requisitos para a validade dos negcios jurdicos em geral, a causa ilcita e a impossibilidade de indeterminao do objeto.Do ponto de vista prtico, interessa distinguir a nulidade da anulabilidade em suas conseqncias.O contrato anulvel, ao contrrio do contrato nulo, subsiste enquanto no decretada sua invalidade por sentena judicial proferida na ao proposta pela parte a quem a lei protege. O contrato nulo no produz qualquer efeito; , segundo feliz expresso, um natimorto. Para a nulidade ser reconhecida, no preciso provocao. Ao juiz cabe pronunci-la de ofcio.Dois pontos, no entanto, reclamam maior ateno para esclarecer a diversidade de conseqncias. O primeiro concerne legitimao, o segundo convalescena do contrato.154. LegitimaoCostuma-se dizer que toda nulidade pode ser argida por qualquer interessado, mas se impe uma distino que, entre ns, no tem sido feita com clareza porque as expresses nulidade absoluta e nulidade relativa se empregam, respectivamente, como sinnimas de nulidade e anulabilidade. No esse, todavia, seu significado tcnico. H nulidades que, de fato, podem ser argidas por qualquer interessado, outras, no. No primeiro caso, a nulidade absoluta; no segundo, relativa. A circunstncia de no poder ser argida por todo interessado no converte contrato nulo em contrato anulvel, se, no caso, se renam todos os requisitos da nulidade propriamente dita. Assim, por exemplo, o contrato, no qual o consentimento foi obtido mediante vis absoluta, no deixa de ser nulo, porque a nulidade no pode ser invocada pelo coator.R Tratava-se apenas de uma limitao legal legitimao para promover a invalidao do contrato, subsistindo os outros caracteres da nulidade, tais como a insanabilidade e a imprescritibilidade.Pode o direito declarao de nulidade ter como titulares todos ou somente alguns interessados. Nesta ltima hiptese, na qual apenas algumas pessoas esto legitimadas a agir, abre-se o ensejo a que no seja invalidado o contrato nulo, isto , pronunciada sua nulidade, se os titulares se desinteressarem de que seja declarada. Em conseqncia chega-se a admitir a possibilidade da convalescena de um contrato nulo, alm de sua eficcia, que aceita, em alguns casos, por adeptos de novas teorias a respeito da nulidade dos negcios jurdicos.' Acham alguns escritores, entretanto, que a figura da nulidade relativa inaceitvel porque um contrato no pode ser nulo em relao a certos sujeitos e vlido em relao a outros.Legitimada a propor a ao de anulao to-s a pessoa a quem a lei dispensa especial proteAssim, a parte que consentiu por erro, dolo ou coao, e somente ela. Numa frmula mais compreensiva, pode-se dizer, com Galvo Teles, que "o direito anulao pertence aos titulares dos interesses em considerao dos quais se decretou a anulabilidade".155. ConvalescenaA nulidade incurvel, mas os contratos anulveis podem ser purificados. Sana-se o vcio originrio e, em conseqncia, convalesce.A convalescena d-se por trs modos:a) a confirmao;b) a convalidao;c) a prescrio.Confirmao, tambm chamada ratificao, a declarao negocial de renncia faculdade de peanulao do contrato. Realiza-se por manifestao de vontade e por via de negcio jurdico unilateral. A declarao confirmatria receptcia. Pela confirmao ou ratificao, os efeitoecrios do contrato tornam-se definitivos, dando-se, portanto, a convalescena. Mas o negcio confirmatrio torna-se ineficaz se prejudica o direito de terceiro. declarao confirmatria equipara-se o cumprimento voluntrio da obrigao anulvel.Convalidao o modo de convalescena do contrato pela supervenincia de requisito apurvel depois de sua formao. O negcio no se convalida-se falta um pressuposto ou se o requisito deve existir n momento de sua perfeio. Assim, o contrato celebrado por menor absolutamente incapaz no se convalida ao atingir ele a maioridade. Convalidao possvel unicamente nos negcios complexos de execuo diferida nos quais se torna possvel o posterior suprimento de omisso de requisito inatendido no momento de sua formao.Convalesce finalmente o contrato anulvel pela prescrio. Se a parte legitimada a propor a ao de anulao no age no lapso de tempo estabelecido na lei para a defesa do seu interesse, tranca-se a possibilidade de anular o contrato por via de ao, o que, no entanto, poder obter-se por via de exceo. Extinto o direito anulao, o contrato convalesce, tornando-se definitivos seus efeitos.A ao anulatria tem duplo carter; declaratria e restitutria.156. Converso do contrato nuloUm contrato nulo pode produzir os efeitos de um contrato diverso. A esse fenmeno chama-se converso. O exemplo clssico de converso a transformao de um contrato de compra e venda, nulo por defeito de forma, num contrato de promessa de venda. Os efeitos deste contrato so diferentes, mas se admite a substituio em determinadas circunstncias.Para haver converso preciso: a) que o contrato nulo contenha os requisitos substanciais e formais de outro; b) que as partes quereriam o outro contrato, se tivessem tido conhecimento da nulidade.Entre os casos de converso citam-se a declarao cambiria, que vale como promessa de pagamento ou reconhecimento da dvida, e a novao de uma obrigao, que pode valer como remisso dos efeitos da mora.Da converso prpria ou substancial, distingue-se a converso imprpria ou formal, que se d quando as partes, podendo escolher entre formas diversas de celebrao do contrato, optam pela mais rigorosa, cumprida, no entanto, defeituosamente," como a venda de bem imvel cujo valor a permite por instrumento particular, preferindo as partes, no obstante, realiz-la por escritura pblica. Se esta assinada pelos contratantes, mas apresenta algum vcio que a invalida, o contrato vlido como se feito por escrito particular. que, nessa hiptese, os efeitos no so diversos, mas os mesmos que quiseram as partes, o que justifica a validade do contrato sob outra forma. Mas, precisamente porque os efeitos so os mesmos, no h converso propriamente dita, visto que no h transformao de um contrato nulo em um contrato vlido de outra espcie.No se confunde tambm com a converso o contrato com vontade alternativa. Neste, os contratantes, prevendo a hiptese de sua nulidade, admitem, de logo, que seja vlida como outra espcie contratual, se a previso cumprir-se, pelo que estipulam, desde a formao, o contrato sucedneo.No h converso, por fim, quando as partes atribuem a um contrato nomem juris diverso do que verdadeiramente lhe corresponde. Evidentemente, aplicam-se-lhes as regras relativas ao tipo a que se ajusta. Nenhuma transformao se verifica nesse caso. Muito menos, converso.A converso prpria admitida se concorrem determinados elementos. Subordina-se a converso existncia da inteno comum das partes de dar vida a contrato diverso, no caso.de nulidade, daquele que estipularam. a teoria da vontade hipottica, que, resumidamente, pode ser formulada nos seguintes termos: o juiz deve admitir a converso, toda vez que verifique que os contratantes teriam querido celebrar o outro contrato, se tivessem conhecimento de que seria nulo o que realizaram. No basta, porm, o elemento subjetivo. Necessrio, ainda, que, no contrato nulo, tenham sido observados os requisitos de substncia e de forma do contrato em que poder ser convertido.Quando a transformao determinada pela lei, no h converso propriamente dita, como a disposio testamentria a favor dos pobres, que a lei transfere para instituies de caridade.157. Ineficcia em sentido restritoO contrato vlido improdutivo de efeitos o que encontra obstculo extrnseco que o paralisa, impedindo que realize sua funo.A ineficcia pode ser transitria ou permanente. transitria se o obstculo apenas suspende o comeo de execuo do contrato, tal como se d quando se subordina a sua eficcia a uma eondio suspensiva. Permanente, se h fato impeditivo da eficcia, como no caso do procurador que age com excesso de poder. A ineficcia permanente pode, no obstante, cessar, se o obstculo for removido, como, no exemplo dado, se forem ratificados os atos excessivos do representante.Distingue-se, tambm, a ineficcia absoluta da relativa, ocorrendo esta quando o contrato produz efeitos entre as partes, mas ineficaz em relao a certos terceiros. O exemplo clssico o do contrato simulado. A ineficcia relativa , antes, inoponibilidade. O contrato no oponvel a terceiros, em relao as quais, como de regra, no produz nem pode produzir, efeitos, seja porque no se observaram nus extrnsecos, seja porque as circunstncias no o permitem.A ineficcia pode atingir todo o contedo do contrato, ou parte deste. No primeiro caso, diz-se total; no segundo, parcial.Pretende-se que a ineficcia seja originria ou superveniente. Verificarse-ia a ineficcia superveniente quando o obstculo exterior surgisse depois de estar o contrato a produzir seus efeitos normais, que desapareceriam por ter alcance retroativo o fato impeditivo, mas os casos de extino retroativa dos efeitos de um contrato no cabem no conceito de ineficcia "stricto sensu". A revogao, a resciso e a caducidade so modalidades de extino dos contratos que no podem ser enquadradas na categoria da ineficcia, ainda que qualificada como superveniente.Ocorre ineficcia, tambm, quando h necessidade da prtica de atos ulteriores para que o contrato produza efeitos, e no se realizem.Ao lado da ineficcia, a doutrina introduziu a noo de impugnabilidade. Aplica-se s hipteses em que, num contrato vlido e eficaz, se apresenta ou sobrevm um vcio em relao ao qual a lei autoriza uma das partes a agir para a eliminao dos efeitos.NOTAA noo de ineficcia em sentido estrito, tal como a de invalidade, peculiar aos negcios jurdicos, no tendo relevncia nos outros atos jurdicos.Exemplo tpico de ineficcia se d com o contrato de alienao de bens em fraude de execuo (Cdigo de Processo Civil, arts. 592, V, e 593). O contrato vale entre as partes que o realizarem, mas seus efeitos so inoponveis ao credor que move a execuo. Isto , o bem transmitido, embora integrando o patrimnio do terceiro adquirente, continua sujeito responsabilidade executiva, como se no tivesse sado do patrimnio do executado.