introduÇÃo a teologia
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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
TEOLOGIA
Professor: Alexandre Martins
AULA 1
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CONTEÚDO DA MATÉRIA
AULA 1- Introdução a Teologia, Definição do Termo,
Revelação Geral de Deus,
Revelação Especial de Deus, Meios da Revelação
Especial, Aspectos Importantes da Revelação da Bíblia
AULA 2- A Existência de Deus, a Auto- Existência de Deus,
Antropomorfismo. Os Nomes de Deus
AULA 3- Os Atributos de Deus, Os Atributos
Incomunicáveis de Deus,
AULA 4- A Doutrina da Trindade
Os Atributos Comunicáveis de Deus
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AULA 1 - TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
O termo é uma combinação de duas palavras gregas: “Theós” (Deus)
e “Logos” (Palavra, verbo, estudo, ensino).
Teologia significa simplesmente: Estudo ou tratado acerca de Deus.
O que é Teologia?
O Dicionário define teologia como “a ciência ou estudo que se ocupa de
Deus, de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem
e com o universo.”
Neste caso, o dever de quem estuda a Teologia é conhecer aquilo que Deus disse de si
mesmo na sua revelação especial, mediante ao estudo das Sagradas Escrituras e da
revelação da criação, revelação geral (Sl 19.1).
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AULA 1 - TEOLOGIA
A ETIMOLOGIA DA PALAVRA “TEOLOGIA”
Desta palavra é que vem o termo teólogos. Eles eram poetas que
discursavam sobre deuses sua sublimidade, cultos, aniversários,
casamentos, descendência e realizações, e sua ciência.
O termo “teologia” não ocorre na bíblia. A palavra foi usada pelos
gregos para designar os discursos poéticos elaborados em honra
dos deuses.
Teólogo é aquele que fala de Deus, que fala a Deus e é, também, aquele
a quem Deus fala.
Todavia, embora não bíblica, a palavra “teologia” tem caráter bíblico.
Suas componentes theós e logos são palavras bíblicas. Em Romanos 3.2 temos a expressão
ta logia tou Theou (oráculos de Deus); em 1 Pedro 4.11 lemos logia Theou (oráculos de
Deus); e em Lucas 8.21 encontramos a frase ton logon tou Theou (a palavra de Deus)”.
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AULA 1 - TEOLOGIA
Teologia é uma forma de amar a Deus com entendimento Mt 22.37.
O quanto eu conheço da palavra, é o quanto eu conheço do Deus
da Palavra.
A fonte principal da teologia é a Revelação de Deus. Trata-se do
“ato de Deus pelo qual Ele se mostra ou comunica a verdade à mente;
pelo qual Ele torna manifesto às suas criaturas aquilo que não pode
ser conhecido de nenhuma outra maneira”
Através da revelação Geral e da revelação Especial.
REVELAÇÃO GERAL DE DEUS – Sl 19. 1-6Na revelação geral Deus se manifesta nas maravilhas dos céus, sol, lua,
estrelas, mares, montanhas, florestas, tempo de plantio e colheita.
Salmo 19.1-2 A criação proclama a glória de Deus.Romanos 1.18-21 Pelas coisas criadas se veem os atributos invisíveis de Deus.
Atos 14.15-17 Deus se revela dando chuvas e estações frutíferas.
Salmo 145.15-16 Deus se revela cuidando e sustentando a humanidade.
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AULA 1 - TEOLOGIA
Deus se manifesta na revelação geral pela criação, pela ordem do universo,
pela criação do homem e pelo seu próprio ser.
A revelação geral atinge todas as pessoas, porém não é requisito para
a salvação.
Ela se acha na natureza, na história e na consciência.
Revelação de Deus na Natureza: Por “natureza” se deve entender não
apenas “os fatos físicos ou fatos relativos às substâncias, propriedades,
forças e leis do mundo material, mas também os fatos espirituais ou fatos
relativos à contribuição intelectual e moral do homem e o arranjo ordenado da sociedade e
história humanas”. (STRONG, v.1, p.57) Todos esses fatos reivindicam a existência de um Criador.
Revelação de Deus na História: Numa época em quem o mundo estava mergulhado no
politeísmo e panteísmo, Abraão e seus descendentes não podiam ter chegado ao conhecimento
de um Deus pessoal, infinito, santo etc..., sem que Este se revelasse. “Em toda a história de Israel,
Deus se revela não apenas a essa nação, mas também por intermédio dela às outras nações”.
(THIESSEN, p. 12).
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AULA 1 - TEOLOGIA
Revelação de Deus na Consciência: Assim como o espelho reflete
o sol e revela não apenas sua existência, mas também até certo ponto
sua natureza, a consciência reflete a existência de Deus e, até certo ponto,
a natureza de Deus. Ela revela que existe uma “lei absoluta do certo e do
errado no universo e que há um Legislador Supremo que encarna esta
lei em Sua própria pessoa e conduta”. (THIESSEN, p. 13).
A revelação geral atinge todas as pessoas, porém não é requisito para
a salvação.
Versículos de apoio: Salmos 19.1-6; Atos 17.24-29; Romanos 1.18-32.
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AULA 1 - TEOLOGIA
A REVELAÇÃO ESPECIAL DE DEUS
Revelação Especial – Hb 1. 1-2
A revelação especial atinge um povo específico, e é requisito para a
salvação. É o que Deus revelou especificamente nas escrituras, por
meio dos profetas e dos apóstolos.
1- A revelação especial é particular:
Nela Deus se revelou por meio de alianças.
a) aliança Edênica (Gn 1.18-30/ Gn 2.15-17). Aliança com a criação e
o homem “antes da queda”.
b) aliança Adâmica (Gn 3.14,19). Deus promete o messias.
c) aliança Noélica ou Noaica (Gn 8.20-22/ Gn 9.1-18).
d) aliança Abraamica (Gn 12.1-3). Aliança com Abraão que alcança a nós também.
e) Aliança Mosaica ou sinaitica (Êx 20-23). Aliança feita no monte Sinai.
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AULA 1 - TEOLOGIA
f) Aliança Davídica (2 Sm 7.14-17). Jesus é o descendente de Davi
que vive eternamente.
g) aliança palestina ou do cativeiro (Dt 30.1-10). Exílio.
h) Nova aliança (Mt 26.26-30). Em Jesus.
Em particular durante muito tempo Israel foi responsável por ser o
portador da revelação de Deus a todos os povos.
Hoje essa responsabilidade é da Igreja.
2- A revelação especial é Progressiva:
É um plano que vai se desenrolando através da história.
Deus quer nos mostrar que não somos capazes de salvar a nós mesmos.
3- A revelação especial é Salvadora:
Rm 1.19/3.21 “manifestou” (Gr) “Phaneroo” é empregador em ambos os versículos.
A revelação especial nos conscientiza que Cristo nos salvou através do seu sacrifício
Vicário (sacrifício de substituição).
Êx 20.2 Deus libertou Israel do Egito. Rm 3.23-24 Cristo nos libertou do pecado.
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AULA 1 - TEOLOGIA
4- A revelação especial é Verbal: A diferença entre a revelação
geral e a especial, é que a geral mostra a voz de Deus sem som,
já a revelação especial se utiliza da linguagem (palavra).
O meio de comunicação que Deus deu a humanidade.
Deus fala de maneira audível, direta e concreta para que
possam ouvir e responder.
5- A revelação especial é Pessoal: Êx 33.11/ 1Sm 3.21
Jesus é o clímax dessa revelação Jo 1.14
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AULA 1 - TEOLOGIA
OS MEIOS DA REVELAÇÃO ESPECIAL
a) Sortes: Embora não usemos mais o sistema de “lançar sortes”, em
determinadas ocasiões isso serviu para revelar a vontade de Deus ao
homem (Pv 16.33/ At 1.21-26).
b) Urim e Tumim: Peitoral usado pelo sacerdote era como um grande
bolso adornado com 12 pedras preciosas. Dentro havia 2 pedras,
o Urim e o Tumim, que eram retiradas, como as sortes, a fim de
determinar a vontade de Deus (Êx 28.30/ Nm 27.21/ Dt 33.8/ 1Sm 28.6).
c) Sonhos: O sonho por muitas vezes foi usado por Deus no AT para
se comunicar com os homens (Gn 20.3-6/ 31.11-13/ 24.40-41/ Jl2.28).
d) Visões: Muitos homens de Deus tiveram visões como revelação de Deus.
É notável que nelas, eles ouviram as palavras do Senhor (Is 1.1/6.1/Ez 1.3).
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AULA 1 - TEOLOGIA
e) Teofanias: Antes da encarnação, as teofanias estavam associadas
com a aparição do “Anjo do Senhor”, que comunicou a mensagem
divina as pessoas (Gn 16.7-14/ Êx 3.2/ 2Sm 24.16/ Zc 1.12).
f) Anjos: Deus muitas vezes usou seus anjos para entregar mensagens
divina aos homens (Dn 9.20-21/ Lc 2.10-11/ Ap 1.1).
g) Profetas: Os profetas do AT trouxeram a mensagem de Deus para a
humanidade (2Sm 23.2/ Zc 1.1), assim como fizeram os do NT (Ef 3.5).
Eles falavam diretamente da parte de Deus.
h) Eventos: A atuação de Deus na história também o revela. A libertação de Israel revelou os
atos de justiça de Deus (Mq 6.5). Os atos de juízo revelam quem Deus é (Ez 25.7), assim como
a encarnação de Cristo (Jo 1.14/ Hb 1.3).
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AULA 1 - TEOLOGIA
i) Jesus Cristo: Indiscutivelmente a encarnação de Jesus Cristo foi
um dos principais meios dessa revelação especial. Ele revelou o Pai
(Jo 1.14/ Hb 1.2-3), mostrou a natureza de Deus (Jo 14.9), o poder
de Deus (Jo 3.2), a sabedoria de Deus (Jo7.46), a glória de Deus
(Jo 1.14), a vida de Deus (1 Jo 1.1-3), e o amor de Deus (Rm 5.8).
Jesus fez tudo isso por intermédio de seus atos (Jo 2.11), como
por meio de suas palavras (Mt 16.17).
j) A Bíblia: A Bíblia é o meio mais abrangente dessa revelação, pois
engloba o registro de muitos aspectos dessa revelação. É claro que
nem tudo que Deus revelou aos homens e que Jesus fez está registrado na Bíblia (Jo 21.25).
A Bíblia é ao mesmo tempo, registro de aspectos da revelação de Deus e a própria revelação.
Três aspectos importantes da revelação na Bíblia. Ela é:Verdadeira (Jo 17.17)
Progressiva (Hb 1.1)
Possui um propósito (Jo 20.31/ 2Tm 3.15-17).
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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
TEOLOGIA
Professor: Alexandre Martins
AULA 2
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CONTEÚDO DA MATÉRIA
AULA 1- Introdução a Teologia, Definição do Termo,
Revelação Geral de Deus,
Revelação Especial de Deus, Meios da Revelação
Especial, Aspectos Importantes da Revelação da Bíblia
AULA 2- A Existência de Deus, a Auto- Existência de Deus,
Antropomorfismo. Os Nomes de Deus
AULA 3- Os Atributos de Deus, Os Atributos
Incomunicáveis de Deus,
AULA 4- A Doutrina da Trindade
Os Atributos Comunicáveis de Deus
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AULA 2 - TEOLOGIA
A EXISTÊNCIA DE DEUS
A existência de Deus é um fato consumado, uma verdade primária, que
não necessita de comprovação. Deus transcende a existência.
Deus está além de todas as causas finitas.
Intuição: Todo ser humano é religioso por natureza. O homem tem anseio
pelas coisas de Deus e sente o desejo de buscá-lo. Há tribos que não usam
roupas nem sabem edificar uma casa; outras sequer tem conhecimento
suficiente para acender um fogo. Entretanto nenhuma há que não possua
crenças num ser superior. Por mais primitivo que seja o seu culto, e estranho
o seu conceito de divindade, há um denominador comum: o anseio e a busca de Deus.
A religiosidade humana é fato incontestável. Agostinho de Hipona declarou: “Ó Deus! Tu nos
fizeste para ti mesmo, e a nossa alma não achará repouso, até que volte a ti”. E disse o salmista,
inspirado pelo Espírito: “como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha
alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de Deus?” (Sl.42.1,2).
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AULA 2 - TEOLOGIA
Argumentos que Confirmam a Existência de Deus
O termo “argumento”, em si, significa “qualquer razão, prova,
demonstração, indício, motivo capaz de captar o assentimento e
de induzir a persuasão ou a convicção”.
Cosmológico. Este argumento assume que o mundo não explica a si
mesmo e a existência do universo é algo que precisa ser explicado.
Bíblia. “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra
e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl.90.2).
“E tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos” (Hb.1.10).
“Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus” (Hb.3.4).
Teleológico. A palavra grega “telos”, “fim”, “propósito”, pois trata dos fins, do desígnio, do
propósito racional. A ordem e o planejamento do Universo deixam evidente o seu propósito.
Com isso faz-se necessária a existência de uma mente inteligente e infinita, responsável por
esse desígnio.
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AULA 2 - TEOLOGIA
Bíblia. “Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho,
não verá? Aquele que arguí as nações, não castigará? E o que dá ao
homem o conhecimento, não saberá?” (Sl.94.9,10).
Testemunho da Natureza. A natureza é uma prova irrefutável da
existência do criador.
Bíblia. “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia
a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite
mostra a outra noite, Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes
em extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo.
Neles pôs uma tenda para o Sol” (Sl.19.1-4).
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AULA 2 - TEOLOGIA
A AUTO-EXISTÊNCIA DE DEUS
Alguns tem tentado explicar a Auto Existência de Deus; afirmando
que Deus é a sua própria Causa. "Antes de todas as
coisas Deus foi procriado de Si mesmo; por seu próprio poder fez a
si mesmo, portanto ele é tal qual desejou que fosse", declarou Lactância.
"Deus é a origem de si mesmo e a Causa de sua própria Existência”,
afirmou Jerônimo.
Porém esse erro parte principalmente por causa da suposição que todo início,
deve ter uma causa, e que assim é necessário descobrir uma causa para Deus. Não é essa a Verdade, porque
Deus nunca teve início. Esse raciocínio falso leva a antiga doutrina de que Deus é ação pura. Entretanto a
base ou razão (e não a causa) de crermos na Existência de Deus, é sua própria perfeição Imanente, isto é,
uma das perfeições de Deus é não ter sido ele causado.
Isto significa que Deus é absolutamente Independente de tudo fora de si mesmo para a perpetuidade e
continuidade de seu ser. Significa ainda que as causas de sua Existência estão nele mesmo. "Porque assim
como Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo" (João 5.26).
"Deus existe". Seu nome é para sempre "EU SOU” (Ex.3. 14).
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AULA 2 - TEOLOGIA
O fato de ser ele absolutamente ilimitado e independente, sem princípio
de dias e Eterno, desde toda a eternidade dotado de toda perfeição
possível como o Espírito Absoluto não pode de maneira alguma
constituir uma Limitação de Deus. Deus é Auto-Sustentado.
Sua Auto- Existência é um atributo essencial.
Existir faz parte de sua Natureza.
Vamos falar agora sobre a linguagem Antropomórfica.
A palavra "antropomorfismo", vem do grego "Antropos"= homem; "Morphés"= forma.
Esta linguagem, prende-se à concepção de como Deus se tem revelado ( ou se revela )
de "forma humana", para que seja entendido pela mente natural. Vejamos alguns exemplos:
CABEÇA, Dn 7:9 / ROSTO, Sl 27:8 / CABELO, Dn 7:9 / OLHOS, Pv 15:3 / NARIZ, Sl 18:15 / OUVIDOS,
Sl 31:2 / BOCA, Is 34:16 / DENTES, Jó 16:9 / LÁBIOS, Is 30:27 / LÍNGUA, Is 30:27 / RISO, Sl 2:4 / MÃOS,
II Sm, 24:14 / BRAÇOS, Dt 33:27 / PÉS, Ex 24:10 / COSTAS, Ex 33:23 / CORAÇÃO, Jn 6:6 / SAPATOS DE
DEUS, Sl 60:8 / VESTIDOS DE DEUS, Dn 7:9 / OS DOIS LADOS ( DIREITO E ESQUERDO ), I Rs 22:19.
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AULA 2 - TEOLOGIA
OS NOMES DE DEUS
A análise de alguns nomes com que Deus é chamado na Bíblia serve
como revelação adicional do caráter de Deus.
Além disso, o uso do “nome do Senhor” sempre foi visto com muita
reverência. Invocar o nome do Senhor era ao mesmo que adorá-lo
(Gn 21.33). Usar seu nome em vão era desonrá-lo (Êx. 20.7).
Estudando os nomes de Deus aprendemos mais sobre o seu caráter,
seus atributos, sua natureza e sobre o relacionamento com Deus.
(El). A origem dessa palavra é incerta, era usada por várias religiões e culturas diferentes.
Não era usada somente para o Deus altíssimo, mas a outros deuses também.
Para Israel havia um só Deus, o verdadeiro El Elohe Yisrael= Deus, o Deus de Israel.
Deus (EL) da Glória (Sl 29.3)
Deus (EL) da Salvação (Is 12.2)
Deus (EL) da Vingança (Sl 94.1)
Deus (EL) Grande e Terrível (Ne 1.5/ 4.14/ 9.32/ Dn 9.4).
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AULA 2 - TEOLOGIA
(ELOHIM). Forma plural para Deus; pode significar Deus ou deuses.
Nós só adoramos a um Deus, então esse nome para nós representa
a trindade, Pai, filho e Espírito Santo.
ELOHIM a Trindade na criação Gn 1.1/ Sl 68.1
Essa palavra ELOHIM acha-se quase 3 mil vezes na Bíblia, pelo
menos 2300 vezes são referidas ao Deus de Israel.
ELOHIM também pode ser atribuído aos deuses
(Êx 34.17/ Is 36.18/ Jr 5.7).
Dessa palavra deriva-se a palavra “ELOAH”, que aparece no livro
de Jó 40 vezes.
(EL SHADDAI). Deus todo Poderoso. Assim Deus se apresentou aos patriarcas
(Gn 17.1/ Êx 6.3/ Sl 91.1-2).
(EL ELYON). Deus altíssimo. (Gn 14.19- 22/ Nm 24.16).
Enfatiza a força, a soberania, a supremacia, a sua transcendência e imanência.
Transcendência: Deus está exaltado sobre a criação.
Imanência: Ele continua agindo na sua criação. Ele está no seu trono, mais está presente aqui.
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AULA 2 - TEOLOGIA
(EL OLAM). Deus Perpétuo, ou Eterno (Gn 21.33/ Sl 90.2).
Aponta para a Imutabilidade de Deus.
(EL ROI). Deus que vê (Gn 16.13-14). Agar o chamou assim
quando deus falou com ela antes do nascimento de Ismael.
(YAHWEH). Esse nome também é conhecido por Jeová.
Na nossa Bíblia aparece geralmente no AT como Senhor.
É também traduzido como “EU SOU” e significa que Deus
é auto existente.
Esse era o nome pessoal de Deus conhecido por Israel. Depois do exílio foi considerado
um nome sagrado e não era mais pronunciado. Em lugar dele era usado “ADONAI”.
Algumas derivações desse nome também servem para nos apontar vários tipos de
atuação de Deus para com a criação e para com o seu povo.
a) YAHWEH JIREH – Significa “O Senhor Proverá” ou “Deus da Provisão” (Gn 22.14)
b) YAHWEH NISSI – Significa “O Senhor é minha Bandeira” (Êx.17.15).
c) YAHWEH RAPHA – Significa “O Senhor que te Sara” (Êx 15.26).
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AULA 2 - TEOLOGIA
a) YAHWEH SHALOM – Significa “O Senhor é Paz” (Jz 6.14).
b) YAHWEH SABBAOTH – Significa “O Senhor dos Exércitos” (1 Sm 1.3).
c) YAHWEH TSIDKENU – Significa “O Senhor é Nossa Justiça” (Jr 23.6).
d) YAHWEH SHAMMAH – Significa “O Senhor está Presente” (Ez 48.35).
e) YAHWEH MACCADESHKEM- “O Senhor que vos Santifica” (Êx. 31.13).
f) YAHWEH ELOHIM ISRAEL – “O Senhor, Deus de Israel” (Jz 5.3/ Is 17.6).
g) TZUR ISRAEL – Significa “Rocha de Israel”
h) YAHWEH RAAH – Significa “O Senhor é meu Pastor” (Sl 23.1).
(ADONAI). Assim como Elohim, é um plural de majestade. Aparece na nossa Bíblia como
“Senhor” (em letras normais) e significa Senhor, Mestre e Proprietário Traz a Ideia de que Deus
tem autoridade absoluta sobre o homem (Is 6.8-11).
No NT o termo é equivalente a HYRIOS (Senhor).
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AULA 2 - TEOLOGIA
(SENHOR) KYRIOS. Das 717 vezes em que KYRIOS aparece no NT, 210 vezes
aparece nos escritos de Lucas e 275 nos de Paulo. KYRIOS enfatiza autoridade e
supremacia. Quando aplicado a Deus, expressa sua condição de criador, seu
poder e domínio justo sobre o universo.
Jesus foi chamado de KYRIOS no sentido de “RABI” ou “SENHOR” (Mt 8.6).
Quando Tomé o chamou de “Senhor meu e Deus meu”, atribuiu a Ele divindade
absoluta (Jo 20.28). A ordem de Rm 10.9 significa reconhecer Jesus com a
natureza e os atributos que pertencem somente a Deus.
Assim a essência do cristianismo é reconhecer que Jesus é o YAHWEH do AT.
(MESTRE) DESPOTES. Despotes dá a ideia de propriedade, enquanto Kyrios dá ideia de
autoridade. Deus é chamado várias vezes de Despotes (Lc 2.29q At 4.24/ Ap 6.10). Jesus é
chamado de Despotes duas vezes (2Pe 2.1/ Jd 4).
(Pai). Deus é apresentado como Pai no NT. No AT o nome Pai designa Deus 15 vezes. No NT
isso acontece 245 vezes. As atuações de Deus ressaltadas pelo nome Pai demonstram que ele
dá: Graça e paz (Ef 1.2/ 1Ts 1.1). Boas Dádivas (Tg 1.7). Mandamentos (2Jo 4)
Respostas de Oração (Ef 2.18/ 1Ts 3.11).
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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
TEOLOGIA
Professor: Alexandre Martins
AULA 3
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CONTEÚDO DA MATÉRIA
AULA 1- Introdução a Teologia, Definição do Termo,
Revelação Geral de Deus,
Revelação Especial de Deus, Meios da Revelação
Especial, Aspectos Importantes da Revelação da Bíblia
AULA 2- A Existência de Deus, a Auto- Existência de Deus,
Antropomorfismo. Os Nomes de Deus
AULA 3- Os Atributos de Deus, Os Atributos
Incomunicáveis de Deus,
AULA 4- A Doutrina da Trindade
Os Atributos Comunicáveis de Deus
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AULA 3 - TEOLOGIA
OS ATRIBUTOS DE DEUS
O que são os Atributos de DeusOs atributos são propriedades ou qualidades, virtudes ou perfeições
próprias de um ser. O termo “atributo”, no âmbito teológico, aplicado
a Deus, é uma referência ás suas características ou qualidades
essenciais, que descrevem quem Ele é, o que faz e o que possui.
Atributos divinos são as perfeições do Todo Poderoso reveladas nas
Escrituras e conhecidas em função da relação DEle com o homem,
nas suas diversas obras. São perfeições próprias da essência de Deus.
Esses atributos são geralmente classificados em dois grupos principais, nos tratados da teologia
sistemática.
O primeiro reúne todos aqueles atributos exclusivos da divindade, como: infinitude, imensidão,
eternidade, transcendência, etc. São os atributos incomunicáveis, chamados de atributos naturais,
absolutos ou intransitivos.
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AULA 3 - TEOLOGIA
O segundo grupo congrega os atributos “que encontram alguma
ressonância nos seres humanos”, transmitidos, ainda que em grau
infinitamente inferior, à humanidade, como: justiça, bondade, amor,
etc. São conhecidos como atributos comunicáveis, porém há outros
nomes para eles, como atributos morais, relativos ou transitivos.
Perfeição. A perfeição como atributo significa que Deus é perfeito
de modo absoluto, infinito e único. Não se trata de uma mera
combinação de perfeições individuais; Ele é a origem de todos os atributos.
Isso diz respeito a tudo que faz, pensa e determina: “O caminho de Deus é perfeito” (Sl.18.30).
OS ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS DE DEUS
Espiritualidade. Este termo não é a mesma coisa que qualificação espiritual; está relacionado ao
substantivo “espírito”; no caso do salvo, relaciona-se ao Espírito de Deus. A palavra de Deus afirma que “Deus
é Espírito” (Jo.4.24). Seu ser portanto não se compõe de matéria. Jesus disse que “Espírito não tem carne nem
ossos” (Lc.24.39). Um espírito é uma substância imaterial, invisível e indestrutível.
Bíblia. Ler (Rm.1.23). Ler (Cl.1.15). Ler (1Tm.1.17). O termo grego traduzido por “imortal” (1Tm.1.17), em
nossas versões portuguesas da Bíblia, é “aphthartos”, que literalmente significa “incorruptível”.
Ser espírito, por conseguinte, não implica impessoalidade, e sim qualidade de perene, imperecível.
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AULA 3 - TEOLOGIA
Infinitude. Consiste no fato de que para Deus não há limite no tempo e
no espaço. Ele é maior do que qualquer coisa que exista, e transcende
o universo, existindo desde antes da fundação do mundo: “antes que
o mundo existisse...porque me há amado antes da fundação do
mundo” (Jo.17.5,24).
Eternidade. O conceito é de duração infinita de tempo, sem início
nem fim: Ler (Sl.93.2), Ler (Sl.102.27).
Deus é o autor do tempo; não está sujeito a ele; existe desde “antes
dos tempos dos séculos” (Tt.1.2), ou “antes dos tempos eternos”.
Isto está muito claro na expressão: “EU SOU O QUE SOU” (Êx.3.14).
Esta passagem fala tanto da auto suficiência como da auto existência divinas.
A eternidade denota que Deus é livre de toda a distinção temporal de passado ou de futuro.
Não teve Ele um começo nem terá fim em seu ilimitado Ser. A Bíblia o apresenta com o
qualificativo “eterno”, que existe desde a eternidade. Ler (Gn.21.33).
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AULA 3 - TEOLOGIA
Imutabilidade. Tudo na vida muda; transforma-se. Até mesmo o céu e a terra
mudam e envelhecem, mas Deus permanece o mesmo (Hb.1.10-12).
Ele é imutável; nEle não há mudança nem sombra de variação; o Senhor não
muda a sua natureza, tampouco o seu caráter e os seus atributos; nem em
consciência nem em propósito. Ler (Ml.3.6), Ler (Tg.1.17).
Deus esta presente na eternidade; para Ele, passado, presente e futuro são
a mesma coisa; jamais será apanhado de surpresa.
Onipresença e Imensidade (ou imensidão). Há diferença entre onipresença
e imensidade? O termo “onipresença” não aparece na Bíblia; vem do latim omni “tudo”, e praesentia
“presença”. Como atributo divino na teologia, a ideia “indica precisamente a presença cheia de Deus em
todas as criaturas”.
O vocábulo “imensidade” vem, também, do latim immensitas, de immensus, “imenso, desmedido, não
mensurado”. Como termo técnico teológico indica que “a essência divina é sine mensura, sem medida e
satura todas as coisas”.
A onipresença “significa que Deus, na totalidade da sua essência, sem difusão ou expansão, multiplicação
ou divisão, penetra e ocupa o universo em todas as suas partes”, enquanto que imensidade “é infinitude
em relação ao espaço. A natureza de Deus não está sujeita a lei do espaço. Deus não está no espaço”.
Assim a natureza divina não tem extensão nem está sujeita a nenhuma limitação espacial.
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AULA 3 - TEOLOGIA
Onisciência. A Onisciência de Deus desafia a nossa compreensão.
A Palavra "Onisciência” se deriva de duas palavras latinas, "0mmes",
que significa Tudo, e "Scientia”, que significa Conhecimento.
Deus é Espírito, e como tal, tem conhecimento. Ele é Espírito Perfeito,
e, como tal, possui conhecimento perfeito. O termo denota a infinita
inteligência de Deus. Seu conhecimento de todas as coisas.
Calvino definiu a Onisciência como "Aquele Atributo mediante o qual
Deus conhece a si mesmo e a todas as outras coisas em um só e
simplicíssimo ato Eterno".
A Sabedoria é uma qualidade da Natureza de Deus e um modo de sua Atividade.
"ó profundidade da Riqueza, tanto da Sabedoria, como do Conhecimento de Deus! Quão
Insondáveis são os seus Juízos e Quão Inescrutáveis os seus Caminhos” (Rom. 1 1.'1 3).
(Jó. 1 1.7,8; Is. 40.28; 81.147.5; Dt.29.29; 81.139.2,11,13; Hb.4.13, etc.).
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AULA 3 - TEOLOGIA
Onipotência. Deus é todo poderoso (Jr 32.17). Tudo o que Deus quer,
Ele pode fazer de acordo com a sua Natureza.
O poder de Deus não é conhecido nem limitado por qualquer pessoa
fora dele mesmo. O poder, ou seja, a eficiência de fazer acontecer as
coisas, é um atributo de Deus. Deus é a causa primária e originadora
do Universo, e nele seu poder opera sempre. "Todo poder lhe pertence.
Ele está assentado no trono. Brande um cetro universal. Controla todas
as coisas e exerce sua Onipotência a favor daqueles que Nele confiam”.
A Palavra "Onipotência” deriva do termo latino, "Ommis” e significa que o seu poder é
ilimitado, que Ele tem o poder de fazer qualquer coisa que queira.
A Onipotência de Deus é aquele atributo pelo qual Ele pode fazer suceder qualquer coisa
que deseje.
A declaração de Deus na sua intenção é a garantia de que ela se realizará. Deus pode fazer
todas as coisas, nada é por demais difícil para Ele; Para Ele tudo é possível, Deus é Onipotente.
(Mt. 19.26; Jó.42.2; Gn. 18. 14; Gn. 17. 1; Ex.6.3, etc.).
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AULA 3 - TEOLOGIA
OS ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS DE DEUS
Santidade. A Santidade de Deus é Seu atributo mais exaltado e
destacado, pois expressa a majestade de sua Natureza e seu caráter.
A Santidade de Deus se poderia chamar de o atributo moral enfático
de Deus. Nas visões de Moisés, Jó e Isaias, o que mais se salientou
foi a santidade divina (Ex.3.4-5; Jó.42.1-6; Is.6.1-7; 1 Pedro 1.16; Ap.4.8;
Lc.5.8; Hb.12.14; Is.6.3).
As Escrituras declaram a Santidade de Deus em altos e solenes tons:
"Santo e tremendo é o seu Nome".
A perfeição da Santidade de Deus é o motivo supremo da adoração que lhe é devida.
A Santidade é o atributo regulador de Deus, pelo qual é governado e orientado o exercício de
todos os demais atributos.
Deus Pai é chamado de "Pai Santo" (Jó. 17.1 1).
Deus Filho é chamado "O Santo" (At.3.14).
Deus Espírito é chamado o "Espírito Santo" (Ef.4.30).
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AULA 3 - TEOLOGIA
A Manifestação da Santidade de Deus é demonstrada no ódio de Deus
contra o pecado (Hc. 1. 13)
A Percepção da Santidade de Deus se manifesta em ódio contra o
pecado e em seu deleite na retidão, gerando a reverência e o temor
no coração daqueles que chegam a sua presença consciente, à não
ser que estejam empedernidos no pecado.
Justiça. Todas as ações de Deus são corretas, sem acepção de pessoas.
Este atributo é, na realidade, a manifestação da Santidade de Deus, em
suas relações com os homens.
A Santidade propriamente dita tem mais a ver com o caráter de Deus, enquanto que na
Retidão e na Justiça, este caráter é expresso nas relações entre Deus e os homens.
Justiça e Retidão são simplesmente a santidade de Deus exercida para com as criaturas.
A mesma santidade que existe em Deus desde a eternidade, agora se manifesta em justiça
e retidão, logo que as criaturas inteligentes passam a existir. "Deus se move por uma vereda de
equidade e santidade absolutas e perfeitas”.
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AULA 3 - TEOLOGIA
A Retidão de Deus – A Retidão de Deus é a imposição de leis
exigências retas; podemos chamá-la de santidade legislativa.
Nesse atributo vemos revelado o empenho de Deus pela santidade
que sempre nos impele a fazer o que é reto (SL. 145.1 7; Jr. 12. 1; Jó.
17.25; 8 1.Sl 1. 16.5). Todos os requisitos exigidos por Deus aos
homens são absolutamente retos em seu caráter.
Integridade. Deus é a verdade, Ele fala e pratica somente a verdade
(Jo 17.3)
Amor. O Cristianismo é realmente a única religião que exibe o Ser Supremo como Amor.
Os deuses dos pagãos são irascíveis, seres odiosos que necessitam ser constantemente
apaziguados. Não é assim o nosso Deus. Seu Amor, qual ponte transpõe o abismo do tempo.
Permanece firme sob as mais pesadas pressões. As pressões e o peso do pecado do homem,
não tem quebrado a Ponte do Amor, que se reflete na longanimidade de Deus.
"O Amor de Deus é mais abundante que a atmosfera”.
O Amor é aquele atributo de Deus pelo qual Ele se inclina a buscar os melhores interesses de
suas criaturas (1 Jó. 3.16,17; Mt. 5.44.45).
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AULA 3 - TEOLOGIA
Porque Deus é perfeito, seu amor é perfeito; porque EIe é santo, seu amor
é santo e puro. "O Amor entre, Deus e o homem significa sua completa e
irrestrita auto-entrega mútua, bem como a completa possessão mútua".
Graça: Deus distribui favor aqueles que não merecem (Ef 1.17).
Tem-se dito que graça é termo indefinível; não obstante muitos tem
procurado defini-lo. "A graça é algo em Deus, que se encontra no
âmago de todas as suas atividades remidoras; é Deus baixando-se e
estendendo a mão, inclinando-se desde as alturas de sua majestade,
a fim de tocar e segurar a nossa insignificância e pobreza.
"A Graça é o amor que ultrapassa tudo quanto se possa exigir do amor. E o amor que após
cumprir as obrigações impostas pela lei, tem ainda inexaurível tesouro de bondade".
"A graça é amor operando a redenção; amor que persiste apesar do pecado; amor descendo
ao nível do indigno e culpado" - Champion.
A Graça de Deus é seu favor não merecido, contrário ao merecimento, mediante o qual a
penalidade merecida e consequente é suspensa, e todas as benções positivas são concedidas
ao crente arrependido.
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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
TEOLOGIA
Professor: Alexandre Martins
AULA 4
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CONTEÚDO DA MATÉRIA
AULA 1- Introdução a Teologia, Definição do Termo,
Revelação Geral de Deus,
Revelação Especial de Deus, Meios da Revelação
Especial, Aspectos Importantes da Revelação da Bíblia
AULA 2- A Existência de Deus, a Auto- Existência de Deus,
Antropomorfismo. Os Nomes de Deus
AULA 3- Os Atributos de Deus, Os Atributos
Incomunicáveis de Deus,
AULA 4- A Doutrina da Trindade
Os Atributos Comunicáveis de Deus
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AULA 4 - TEOLOGIA
A DOUTRINA DA TRINDADE
INTRODUÇÃO
Embora a palavra Trindade não se encontre na Bíblia,
a Trindade é uma verdade bíblica.
A doutrina da Trindade é uma das mais importantes da fé cristã.
A doutrina da Trindade se baseia na descrição bíblica de Deus e de
suas atividades.
Essa doutrina nos mostra que, em si mesmo, no seu próprio ser, Deus
existe nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sendo porém um só
Deus.
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AULA 4 - TEOLOGIA
Podemos definir a doutrina da Trindade do seguinte modo:
Deus existe eternamente como três pessoas - Pai, Filho e
Espírito Santo – e cada pessoa é plenamente Deus, e existe
um só Deus.
Três proposições definem a doutrina da Trindade:
a) Deus é três pessoas.
b) Cada pessoa é plenamente Deus.
c) Há um só Deus.
1 – DEFINIÇÃO
2 – EXPLICAÇÃO DA DEFINIÇÃO
Deus é Pai, Filho e Espírito Santo
O Pai é plenamente Deus
O Filho é plenamente Deus
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AULA 4 - TEOLOGIA
O Espírito Santo é plenamente Deus.
O Pai não é o Filho, o Filho não é o Pai.
O Pai não é o Espírito Santo, O Espírito Santo não é o Pai.
O Filho não o Espírito Santo, O Espírito Santo não o Filho.
O Pai, O Filho e O Espírito Santo são O ÚNICO DEUS
3- A TRINDADE NO CREDO DA ATANÁSIO [século IV e V]
3. Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade,
e a Trindade em unidade. 4. Não confundindo as pessoas, nem dividindo
a substância. 5. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra.
6. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna
majestade. 7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo. 8. O Pai é não criado, o Filho é
não criado, o Espírito Santo é não criado. 9. O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo
é ilimitado. 10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. Contudo, não há
três eternos, mas um eterno. 12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas
um não criado e um ilimitado.
![Page 43: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/43.jpg)
AULA 4 - TEOLOGIA
13. Do mesmo modo, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito
Santo é onipotente. 14. Contudo, não há três onipotentes, mas um só
onipotente. 15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é
Deus. 16. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus. 17. Portanto
o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor.
18. Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor. 19. Porque,
assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa
separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos
pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores.
20. O Pai não foi feito de ninguém, nem criado, nem gerado. 21.
O Filho procede do Pai somente, nem feito, nem criado, mas gerado. 22. O Espírito Santo procede
do Pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. 23. Portanto, há um só Pai,
não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. 24. E nessa
Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor. 25. Mas todas as três pessoas
co-eternas são co-iguais entre si; de modo que em tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em
trindade, como a trindade em unidade deve ser cultuada. 26. Logo, todo aquele que quiser ser salvo
deve pensar desse modo com relação à Trindade.
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AULA 4 - TEOLOGIA
4 – SIGNIFICADO DE ESSÊNCIA E DE PESSOA – Heber, p.127-130
Essência: A “essência divina” ou “natureza divina” fala daquilo
que Deus é, mas nada diz a respeito do seu caráter tripessoal.
A “essência” diz respeito ao que há de comum nas três pessoas da
Trindade, e não à particularidade de cada uma delas.
Cada uma das pessoas da Trindade compartilha da mesma natureza,
a divina. As pessoas da Trindade são distintas, mas não separadas.
São numericamente UM só indivíduo.
Essa natureza divina está presente na sua totalidade em cada uma
das pessoas, e em todas coletivamente.
Por essa razão, não obstante haver três pessoas que subsistem distintamente no ser divino, há
uma só vontade, uma só mente e um só poder. A natureza de Deus aponta para a sua unidade.
Todos, seres humanos, compartilhamos da mesma natureza, a “humana”. Também somos
pessoas distintas. No entanto, não somos numericamente “um indivíduo”, mas sim, “indivíduos”
distintos. Todavia, não é assim com Deus, que apesar de ser Três Pessoas distintas é
numericamente UM.
![Page 45: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/45.jpg)
AULA 4 - TEOLOGIA
Pessoa: Enquanto o termo essência (ou natureza) aponta para a
unidade de Deus, o termo pessoa (ou subsistência) aponta para as
distinções que existem no ser divino.
A sua natureza permite que Deus exista tripessoalmnte, sem que isso
afete a sua unidade, embora não possamos explicar esse fenômeno,
pelo fato de ele ultrapassar o nosso entendimento.
Na doutrina da trindade, a palavra “pessoa” simplesmente expressa
a verdade de que as três pessoas da Deidade não são simples modos
de manifestação, mas possuem uma existência real e distinta.
Não são três indivíduos separados, mas um só indivíduo subsistindo em
três personalidades distintas, sem serem separadas.
Todas as três constituem o Deus único, vivo e verdadeiro.
![Page 46: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/46.jpg)
AULA 4 - TEOLOGIA
5 - BASE BÍBLICA DA DOUTRINA DA TRINDADE – Dr John A. Battle5.1 No Antigo TestamentoO AT contém clara antecipação da revelação mais completa da
Trindade no Novo Testamento
Passagens mostrando a pluralidade na Divindade
Gn 1.26 – “Também disse Deus: Façamos o homem À nossa
imagem, conforme a nossa semelhança”
Gn 3.22 – “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou
como um de nós”
Gn 11.7 – “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem”
Is 6.8 – “A quem enviarei, e quem irá por nós?”
Passagens mostrando a interação entre os membros da DivindadeSl 45.6-7 – “Por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria”
Observação: aqui o salmista chama o “Messias” de Deus, mas também reconhece que ele tem
um “Deus”. Essa passagem é citada em Hb 1.8-9 como uma evidência da divindade de Jesus
Cristo, mostrando que é superior aos anjos.
![Page 47: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/47.jpg)
AULA 4 - TEOLOGIA
Sl 110.1 – “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”.
Observação: passagem é citada por Jesus em Mt 22.44 =Mc
12.36 = Lc 20.42 e por Pedro em At 2.34. Jesus perguntou aos
fariseus se podiam identificar esse “Senhor” de Davi, o escritor
do salmo, mas não puderam responder.
Pv 30.4 – “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos em
seus punhos? Quem amarou as águas em sua roupa? Quem
estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual
o nome de seu filho, se é que o sabes?”
Observação: Essa passagem, além de descrever o ser de Deus e
perguntar ‘qual o seu nome’, também pergunta ‘qual o nome de seu
filho’. Portanto temos uma afirmação que Deus tem seu próprio Filho.
![Page 48: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/48.jpg)
AULA 4 - TEOLOGIA
5.2 No Novo Testamento (A interação dos Membros
da Trindade)No batismo de Jesus, as três pessoas da Divindade não
aparecem juntas, mas distintas (Mt 3.16-17 =Mc 1.9-11 =Lc
3.21-22 =Jo 1;32-34)
Na fórmula batismal - Mt 28.19
Na bênção apostólica - 2 Co 13.14
Outras passagens – Lc 1.35; Jo 14.16,26; 15.26; Ef 4.4-6
![Page 49: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051323/627ba133b73f9f4c2e63d7e5/html5/thumbnails/49.jpg)
FINAL DA AULA CONTATO COM O PROFESSOR
ALEXANDRE (11) 96669-9377
BRADESCO CONTA CORRENTE
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CONTA 0504147-3
Alexandre Martins do Espírito Santo
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OS DIAS EM HORÁRIO COMERCIAL.
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