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Page 1: INTRODUÇÃO · introduÇÃo 4 parte um: fazer planos 9 parte dois: fazer a guerra 17 parte trÊs: ataques estratÉgicos 23 parte quatro: disposiÇÕes tÁticas 30 parte cinco: energia
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INTRODUÇÃO 4

PARTE UM: FAZER PLANOS 9

PARTE DOIS: FAZER A GUERRA 17

PARTE TRÊS: ATAQUES ESTRATÉGICOS 23

PARTE QUATRO: DISPOSIÇÕES TÁTICAS 30

PARTE CINCO: ENERGIA 3 7

PARTE SEIS: ALVOS 45

PARTE SETE: MANOBRAS DE BATALHA 54

PARTE OITO: VARIANTES TÁTICAS 64

PARTE NOVE: EM MARCHA 69

PARTE DEZ: TERRENO 80

PARTE ONZE: AS NOVE SITUAÇÕES 91

PARTE DOZE: ATAQUE COM FOGO 110

PARTE TREZE: ESPIÕES 118

AGRADECIMENTOS 128

indice

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A Arte da Guerra é indubitavelmente o mais famoso tratado de estratégia militar alguma vez escrito. Foi publicado originalmente no século v a. C., tendo sido escrito por Sun Tzu, um general que viveu durante o período Zhou Oriental da história chinesa (779–471 a. C.). São imensos os mitos em torno de Sun Tzu, com a história mais afamada a ser, porventura, a de como ele impressionou Ho Lu, o rei de Wu, com a sua eficácia e intensidade ao decapitar duas das concubinas preferidas de Ho Lu durante uma demonstração das suas teorias. Não obstante, tenhamos presente que as narrativas históricas tendem a ser adornadas com o tempo, entrelaçando factos e mitos.

Com efeito, por volta de 1101–1200, os académicos começaram a acreditar que Sun Tzu nunca existiu de todo, pois não há referências suas nos registos históricos da altura. E nos primeiros tempos da república chinesa, o escritor e reformista chinês Liang Qichao especulou que o livro poderia, isso sim, ter sido escrito por volta do século iv a. C. por Sun Bin, descendente de Sun Tzu. Esta teoria foi reforçada por várias referências a um tratado militar desse período, escrito por Sun Bin.

Todavia, em 1972 descobriram‑se escritos em tiras de bambu, as chamadas tiras Yinqueshan Han, em túmulos selados desde a dinastia Han (206 a. C.–220). Entre as tiras encontraram‑se dois textos militares separados, um creditado a Sun Tzu e o outro a Sun Bin. O conteúdo de ambos os textos sobrepunha‑se amiúde, tornando‑se óbvio que o texto de Sun Tzu era anterior e o trabalho de Sun Bin constituía uma expansão do texto original. Estava, por fim, explicada a confusão histórica, já que vários relatos mencionavam um de dois mestres Sun, ambos autores de um tratado sobre a guerra.

Apesar da idade do trabalho, o fascínio por A Arte da Guerra permaneceu constante, e o livro continua a ser presença assídua nas livrarias dos nossos dias. Está na lista de leituras recomendadas de todos os elementos das forças de espionagem americanas. Parte do encanto do trabalho de Sun Tzu para as novas gerações passa pelo facto de ele poder ser aplicado a imensos campos além das batalhas militares, mais comummente ao mundo dos negócios,

Introduc, ao

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onde as lições podem ser adaptadas à estratégia corporativa e à política empresarial. É leitura comum entre diretores e gestores empresariais, e também é usado por advogados, na preparação das estratégias para a sala de audiências, e por managers e treinadores desportivos, que aplicam as teorias à preparação dos jogos e à psicologia dos jogadores.

O livro encontra‑se disponível em várias línguas e foi originalmente traduzido para inglês em 1910 por Lionel Giles. Ao comparar as traduções inglesas é curioso ver como as primeiras versões se preocupam mais com a tradução fiel da linguagem de Sun Tzu, quase literalmente, por vezes em detrimento do sentido geral. Traduções mais recentes preocuparam‑se menos com a linguagem usada por Sun Tzu, a favor da real essência dos ensinamentos.

O presente volume baseia‑se, sobretudo, no texto de Lionel Giles, embora tenha igualmente buscado inspiração em algumas das traduções mais modernas. Não procuro, de forma alguma, fazer a melhor das interpretações de A Arte da Guerra. Trata‑se apenas de uma alternativa, quiçá uma novidade ilustrada para um admirador de Sun Tzu, ou uma introdução colorida a este texto antigo que resistiu ao tempo e ainda hoje permanece relevante.

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Na China, algures durante a dinastia

Han*, Um menino, ainda ensonado, dirige‑se

a um edifício resguardado, onde

terá um dia de aulas...

*Dinastia Han: 206 a. C.‑220

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Bom-dia, sifu.Ah! Bom-dia, Liu!

Bebe um chá. Imagino que a subida tenha sido

cansativa.

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Vejo que não

estás convencido. Mas a seu tempo

concordarás comigo. Agora, bebe o teu chá

e ouve.

O conhecimento que receberás de Sun Tzu será

mais útil do que a mais afiada das espadas, rapaz.

Obrigado, sifu. Uma bebida

antes do treino vai saber bem.

Hoje não há treino. Só teoria.

Está na altura de começarmos

os ensinamentos de Sun Tzu.

Essa coisa velha? Esta semana

esperava continuar o treino de esgrima.

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Sun Tzu disse: A guerra é um empreendimento árduo. É UM lugar de vida e de morte. UM Caminho para a segurança ou para a destruição.

Logo, devemos meditar sobre ela cuidadosamente.

Parte Um

Fazer Planos

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A arte da guerra é regida por cinco

pontos básicos, os quais devem ser tidos em conta ao avaliar

as situações, em batalha e fora dela.

São eles: O caminho, que une os homens aos governantes no seu objetivo,

levando‑os a segui‑‑los mesmo até à

morte.

o Céu, que significa natureza. Noite e dia,

o clima, o tempo e as estações.

a Terra, que abrange a distância, longa e curta, altura e

profundidade, perigo e segurança, campo aberto ou espaços

fechados, e, por fim, vida e morte.

O Comando, que deve envolver sabedoria,

sinceridade, compaixão, coragem

e rigidez.

A Disciplina, que é a estrutura do exército, a cadeia de comando, e os

gastos e a logística militares.

Todos os comandantes deverão estar familiarizados

com estes cinco pontos básicos.

Compreende‑os e impera, equivoca‑te

e falha.

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Ao procurar avaliar as condições de uma situação

é preciso determinar:

Que líder beneficia com o caminho?

Qual dos dois generais é o mais capaz?

Que lado tem as vantagens do céu e da terra?

Que lado é mais disciplinado?

Que exército é moral e fisicamente mais forte?

Que lado tem oficiais e soldados mais bem treinados?

Em que exército são a recompensa e o castigo mais

justos e constantes?

Responder a estas sete questões permitir‑nos‑á

antever a vitória ou a derrota.

O general que der atenção a estas palavras irá conquistar.

Que o seu comando seja longo! O general que não as considerar cairá derrotado.

Que seja ignorado de imediato!

Segue estas regras em teu benefício sempre que

traçares planos, mas não deixes de procurar

circunstâncias vantajosas. Se as condições se alterarem

e se tornarem mais favoráveis, modifica os teus planos de acordo com elas.

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Toda a guerra se baseia no logro.

Se fores forte e capaz, mostra‑te

fraco.

Ao utilizares as tuas forças, mostra‑te

inativo.

Quando perto, aparenta‑te distante.

Quando longe, aparenta‑te próximo.

Tenta o teu inimigo com engodos.

Finge desordem, e então destrói‑o.

Se o teu inimigo estiver seguro,

prepara‑te para ele.

Se for forte, esquiva‑te.

Se for irascível, provoca‑o. Finge ser fraco, para que ele se torne arrogante.

Se estiver a descansar, importuna‑o.

Se as forças dele estiverem unidas, divide‑as. Ataca quando estiver

desprevenido, surge quando menos te

esperarem.

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Os planos que fizeres que englobem tais

estratégias não devem ser divulgados com

antecedência.

O general que vence uma batalha fez muitos cálculos antes mesmo de ela ter sido travada.

O general que perde dedicou pouco tempo prévio aos cálculos.

Os preparativos e os cálculos são a forma mais certa de alcançar a vitória, ao passo que a sua ausência garante

a derrota.

A atenção prestada a este ponto determina quem tem mais probabilidades

de vencer ou perder.

Isto é tudo sobre os planos.

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...e depois, de repente, ataca -o.

E assim acaba a primeira

parte. O que te parece?

Mais interessante do

que esperava, sifu. Sobretudo a parte acerca do logro.

Um general inteligente brinca com o inimigo tal como UM gato faz com

um rato. Finge fraqueza ou preguiça...

E o que achas dessa parte?

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