introdução/objetivos

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opioides à infusão contínua de propofol em cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletiva Elizabeth Regina Carvalho Bolsista CNPq Ricardo Guilherme D'Otaviano de Castro Vilani Introdução/Objetivos O propofol promove indução e recuperação rápidas, tendo um perfil farmacocinético interessante para a anestesia TIVA, entretanto, não possui propriedades analgésicas. A associação com opioides em infusão contínua é uma prática eficaz e segura para promover a analgesia. Esta pesquisa objetiva comparar a variação na taxa de infusão intravenosa de propofol quando associada à infusão contínua de opioides, em cadelas saudáveis, submetidas à OSH eletiva realizada por cirurgiões inexperientes. Resultados/Discussão Os resultados foram analisados pelo método de ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey-Kramer, exceto pela escala de dor que foi comparada pelo qui-quadrado. A taxa média de infusão de propofol foi de 0,23 ± 0,14 mg/kg/min no GF, 0,27 ± 0,18 mg/kg/min no GR e 0,26 ± 0,17 mg/kg/min no GS, sem diferença significativa entre os grupos. Não foram observadas diferenças importantes entre os grupos nos parâmetros fisiológicos, e nenhum animal de qualquer grupo apresentou dor. Sufentanil, remifentanil e fentanil reduziram a taxa infusão de propofol para manutenção da anestesia em igual potência em cadelas submetidas a ovariosalpingohisterectomia. Conclusões A infusão contínua de propofol associada a qualquer opioide do estudo é capaz de promover uma anestesia de grau cirúrgico, necessário para a adequada realização de OSH, com boa estabilidade hemodinâmica e cardiorrespiratória, e portanto, segura. Além disso, os protocolos utilizados garantiram uma recuperação anestésica rápida e tranquila para o animal e para a equipe, e também foram capazes de promover excelente analgesia,não sendo necessário Referências BRANSON, K.R. Injectable and alternative anesthetics techniques. In: Tranquilli, W.J.; Thurmon, J.C.; Grimm, K.A. Lumb & Jones’ Veterinary Anesthesia and Analgesia.4. ed. Oxford: Blackwell Publishing, Cap. 11, p.273- Método Foram utilizadas 20 cadelas, divididas em grupo: sulfentanil (GS), fentanil (GF) e remifentanil (GR). Todas foram pré-medicadas com acepromazina (0,05 mg/kg) e meperidina (5 mg/kg), via IM, e induzidas com propofol até completa perda de reflexos protetores. Após indução, foi iniciada a infusão de opioide, em taxa fixa: 10 μg/kg/h GF, 10 μg/kg/h GR e 1 μg/kg/h GS. A infusão de propofol foi iniciada em 0,4 mg/kg/min, e alterada a partir da avaliação do plano anestésico, objetivando inconsciência, com ausência de reflexo palpebral, rotação do globo ocular e estabilidade cardiovascular. A analgesia pós-operatória foi avaliada por meio da escala de Melbourne, até 12 horas após o término da cirurgia

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Associação de infusão contínua de opioides à infusão contínua de propofol em cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletiva Elizabeth Regina Carvalho Bolsista CNPq Ricardo Guilherme D'Otaviano de Castro Vilani. Resultados/Discussão - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Introdução/Objetivos

Associação de infusão contínua de opioides à infusão contínua de propofol em cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletivaElizabeth Regina Carvalho Bolsista CNPqRicardo Guilherme D'Otaviano de Castro Vilani

Introdução/ObjetivosO propofol promove indução e recuperação rápidas, tendo um perfil farmacocinético interessante para a anestesia TIVA, entretanto, não possui propriedades analgésicas. A associação com opioides em infusão contínua é uma prática eficaz e segura para promover a analgesia. Esta pesquisa objetiva comparar a variação na taxa de infusão intravenosa de propofol quando associada à infusão contínua de opioides, em cadelas saudáveis, submetidas à OSH eletiva realizada por cirurgiões inexperientes.

Resultados/DiscussãoOs resultados foram analisados pelo método de ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey-Kramer, exceto pela escala de dor que foi comparada pelo qui-quadrado. A taxa média de infusão de propofol foi de 0,23 ± 0,14 mg/kg/min no GF, 0,27 ± 0,18 mg/kg/min no GR e 0,26 ± 0,17 mg/kg/min no GS, sem diferença significativa entre os grupos. Não foram observadas diferenças importantes entre os grupos nos parâmetros fisiológicos, e nenhum animal de qualquer grupo apresentou dor. Sufentanil, remifentanil e fentanil reduziram a taxa infusão de propofol para manutenção da anestesia em igual potência em cadelas submetidas a ovariosalpingohisterectomia.

Conclusões A infusão contínua de propofol associada a qualquer opioide do estudo é capaz de promover uma anestesia de grau cirúrgico, necessário para a adequada realização de OSH, com boa estabilidade hemodinâmica e cardiorrespiratória, e portanto, segura. Além disso, os protocolos utilizados garantiram uma recuperação anestésica rápida e tranquila para o animal e para a equipe, e também foram capazes de promover excelente analgesia,não sendo necessário o resgate analgésico após o término da infusão do opioide

ReferênciasBRANSON, K.R. Injectable and alternative anesthetics techniques. In: Tranquilli, W.J.; Thurmon, J.C.; Grimm, K.A. Lumb & Jones’ Veterinary Anesthesia and Analgesia.4. ed. Oxford: Blackwell Publishing, Cap. 11, p.273-300, 2007.

MétodoForam utilizadas 20 cadelas, divididas em grupo: sulfentanil (GS), fentanil (GF) e remifentanil (GR). Todas foram pré-medicadas com acepromazina (0,05 mg/kg) e meperidina (5 mg/kg), via IM, e induzidas com propofol até completa perda de reflexos protetores. Após indução, foi iniciada a infusão de opioide, em taxa fixa: 10 μg/kg/h GF, 10 μg/kg/h GR e 1 μg/kg/h GS. A infusão de propofol foi iniciada em 0,4 mg/kg/min, e alterada a partir da avaliação do plano anestésico, objetivando inconsciência, com ausência de reflexo palpebral, rotação do globo ocular e estabilidade cardiovascular. A analgesia pós-operatória foi avaliada por meio da escala de Melbourne, até 12 horas após o término da cirurgia