introdução - universidade de são paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. um modo de...

6
Resumo UB^S é um ensaio de moradia que surge da inqüietude por desenvolver um modo de habitar que tenha como seus principais eixos a otimização dos espaços, a adaptabilidade e a possibilidade de crescer no tempo. Toda esta idéia está permeada por princípios de sustentabilidade. Partiu-se da conformação de unidades básicas e mínimas, e as suas associações, com a incorporação de unidades plus que dão a possibilidade de adicio- nar espaços mais descontraídos. É um desenho bioclimático que tem como premissas a economia de tempo, de capital e de energia e que se inserta no terreno de um modo determinado e adaptável ao caso particular. Quando se inserta em conjunto é capaz de gerar sinergias com o contexto e com ele mesmo a partir da forma como ele dialoga e dá serviços. Pode ser inserido em um terreno urbano ou suburbano, como é descrito a seguir, e adotar serviços e equipa- mentos coletivos dependendo do grupo social ao qual serve. Os grandes lineamentos que guiam este ensaio são: conhecimento do sistema construtivo, conhecimento dos recursos e a coletivização do habitar. Introdução Ao longo dos anos as políticas de geração de moradia têm tentado de forma concreta dar satisfação á ne- cessidade de habitação da nossa sociedade, passando por cima em muitas ocasiões o fato que não é so- mente um objeto concreto, material. A moradia é também um fato social, conformadora da trama urbana que dá forma às cidades onde moramos. Relacionam-se à rua, ao bairro e determinam como são usados os espaços públicos. Quando as soluções de habitação se afastam desses planos, a moradia e conseqüentemente seus habitantes começam a transitar processos de segregação, considerando que em muitas ocasiões os destinatários destas políticas encontram- se excluídos das redes de trabalho, da educação, e da saúde. Quando se aproximamos desde uma ótica mais macro, desde o urbano, vemos que essas soluções degra- dam a paisagem, se auto-excluem. A cidade não se apropria dos espaços que estas geram. A habitação de interesse social deveria gerar trama, tecido urbano. Deveria de se transformar em patrimônio e capital valori- zavel para seus moradores. Deveria também gerar senso de pertença ao lugar e ao grupo que a conforma. Como fazer para que a partir de uma conceituação de como deveria de funcionar uma moradia e seus pos- síveis alcanceis, possa-se materializar de forma coerente para gerar um ambiente apto para o desenvolvi- mento humano, para a inclusão e não para a conformação de pequenos ghettos? E como fazer para gerar uma moradia ecologicamente correta em termos de consumo reduzido de energia tanto na sua construção como no seu uso e na sua manutenção? Surge assim a inqüietude de desenvolver um protótipo mínimo, adaptável, que gere uma solução atendendo aos princípios de economia de tempo, de capital e de energia. Uma moradia a partir de uma unidade básica, que tenha a capacidade de crescer no tempo, mantendo o cri- tério que lhe deu origem. Este crescimento é modulado, sintético. Uma unidade que tenha a capacidade de gerar tecido, energeticamente eficiente e socialmente vinculativa. A unidade procura atingir níveis de conforto ambiental de forma eficiente. Procurando sistemas passivos e ativos, mas não somente referidos a níveis de isolamento térmico ou acústico, ou a níveis de tratamento de esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização de habitar em um solo com recursos limitados. Conforto ambiental sustentável referido ao meio construído más também ao social. Criam-se outras unidades complementares à básica, ou que podem se utilizar de forma independente e complementar outra vivenda já existente. Abstract UB^S is an essay of housing that emerges from the concern to develop a living way that has its main axis op- timization of spaces, adaptability and the possibility to grow over time, all this has as base the sustainability. This idea departed from the conformation of minimum and basic units and their association with the incorpora- tion of plus units that will give the possibility of adding unstructured spaces. This is a bio-climatic design that has premises like saving time, money and energy, and it´s incorporated in the field in a determinate way attending to the particularly cases Synergies can be generated when the house compones complex, with himself and with the context, through- out its interaction and the supply of services. It can be inserted in an urban or suburban context, as described below, adopting services and collective equipments depending on the social group that it serves. The most important guidelines that lead this essay are knowledge of the constructive system, knowledge of the resources and the collectivization of the inhabitation.

Upload: vuongdung

Post on 09-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

Resumo

UB^S é um ensaio de moradia que surge da inqüietude por desenvolver um modo de habitar que tenha como seus principais eixos a otimização dos espaços, a adaptabilidade e a possibilidade de crescer no tempo. Toda esta idéia está permeada por princípios de sustentabilidade. Partiu-se da conformação de unidades básicas e mínimas, e as suas associações, com a incorporação de unidades plus que dão a possibilidade de adicio-nar espaços mais descontraídos.É um desenho bioclimático que tem como premissas a economia de tempo, de capital e de energia e que se inserta no terreno de um modo determinado e adaptável ao caso particular. Quando se inserta em conjunto é capaz de gerar sinergias com o contexto e com ele mesmo a partir da forma como ele dialoga e dá serviços. Pode ser inserido em um terreno urbano ou suburbano, como é descrito a seguir, e adotar serviços e equipa-mentos coletivos dependendo do grupo social ao qual serve.Os grandes lineamentos que guiam este ensaio são: conhecimento do sistema construtivo, conhecimento dos recursos e a coletivização do habitar.

Introdução

Ao longo dos anos as políticas de geração de moradia têm tentado de forma concreta dar satisfação á ne-cessidade de habitação da nossa sociedade, passando por cima em muitas ocasiões o fato que não é so-mente um objeto concreto, material.A moradia é também um fato social, conformadora da trama urbana que dá forma às cidades onde moramos. Relacionam-se à rua, ao bairro e determinam como são usados os espaços públicos. Quando as soluções de habitação se afastam desses planos, a moradia e conseqüentemente seus habitantes começam a transitar processos de segregação, considerando que em muitas ocasiões os destinatários destas políticas encontram-se excluídos das redes de trabalho, da educação, e da saúde. Quando se aproximamos desde uma ótica mais macro, desde o urbano, vemos que essas soluções degra-dam a paisagem, se auto-excluem. A cidade não se apropria dos espaços que estas geram. A habitação de interesse social deveria gerar trama, tecido urbano. Deveria de se transformar em patrimônio e capital valori-zavel para seus moradores. Deveria também gerar senso de pertença ao lugar e ao grupo que a conforma.Como fazer para que a partir de uma conceituação de como deveria de funcionar uma moradia e seus pos-síveis alcanceis, possa-se materializar de forma coerente para gerar um ambiente apto para o desenvolvi-mento humano, para a inclusão e não para a conformação de pequenos ghettos? E como fazer para gerar uma moradia ecologicamente correta em termos de consumo reduzido de energia tanto na sua construção como no seu uso e na sua manutenção? Surge assim a inqüietude de desenvolver um protótipo mínimo, adaptável, que gere uma solução atendendo aos princípios de economia de tempo, de capital e de energia.Uma moradia a partir de uma unidade básica, que tenha a capacidade de crescer no tempo, mantendo o cri-tério que lhe deu origem. Este crescimento é modulado, sintético. Uma unidade que tenha a capacidade de gerar tecido, energeticamente eficiente e socialmente vinculativa.A unidade procura atingir níveis de conforto ambiental de forma eficiente. Procurando sistemas passivos e ativos, mas não somente referidos a níveis de isolamento térmico ou acústico, ou a níveis de tratamento de esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização de habitar em um solo com recursos limitados. Conforto ambiental sustentável referido ao meio construído más também ao social.Criam-se outras unidades complementares à básica, ou que podem se utilizar de forma independente e complementar outra vivenda já existente.

Abstract

UB^S is an essay of housing that emerges from the concern to develop a living way that has its main axis op-timization of spaces, adaptability and the possibility to grow over time, all this has as base the sustainability. This idea departed from the conformation of minimum and basic units and their association with the incorpora-tion of plus units that will give the possibility of adding unstructured spaces.This is a bio-climatic design that has premises like saving time, money and energy, and it´s incorporated in the field in a determinate way attending to the particularly casesSynergies can be generated when the house compones complex, with himself and with the context, through-out its interaction and the supply of services. It can be inserted in an urban or suburban context, as described below, adopting services and collective equipments depending on the social group that it serves.The most important guidelines that lead this essay are knowledge of the constructive system, knowledge of the resources and the collectivization of the inhabitation.

Page 2: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

Chamamos este ensaio de UB^S./ unidades básicas +/ unidades plusPara sua definição partiu-se da idéia de gerar os espaços básicos conformadores da moradiaAssociaram-se em unidade habitável+serviços/ unidade habitável+expansão.Temos assim: sala de jantar+ cozinha/ sala de estar+ conector/ quarto+ banheiro= unidade básicaEste critério se aplica também para a definição das unidades plus: churrasqueira/ estúdio/ estufa.

A identificação, enumeração e sistematização das variáveis consideradas fundamentais na definição do pro-tótipo, fazem que seja possível sua revisão.Trata-se de uma moradia reduzida ao mínimo em conceito, que permite a distribuição de diferentes formas mas que é determinada, controlada: os materiais, os sistemas que a compõem, a forma como ela se implanta no solo, na forma dela gerar tecido e na forma como coloniza os espaços comuns.

É muito importante ter em consideração vários aspectos fundamentais →conhecimento do sistema con-strutivo como forma de economizar materiais, reduzir os desperdícios, evitar desajustes que causem perdas térmicas assim como também para poder transmitir o conhecimento aos moradores na hora da manutenção e da ampliação. →conhecimento dos recursos para gerar uma moradia que faça emissões reduzidas de desperdícios, que tenha uma demanda reduzida de energia no seu funcionamento e construção, e que gere recursos compartidos. →coletivização do habitar. Esta moradia pode ser implantada de forma individual, mas acreditamos no funcionamento dela em conjunto, gerando sinergias coletivas. Geram-se equipamentos coletivos, recursos compartidos. Estes são elementos construídos e paisagísticos, que fazem do habitar um ato complexo e compartido. A coletivização na geração de energia ou no tratamento dos desperdícios e esgo-tos produz economia e eficiência. O prototipo pode-se implantar de forma individual onde define- se como um todo, ou coletivamente onde faz parte de um sistema.

UNIDADES BÁSICAS

ESPAÇOS BÁSICOS

Cozinha / Sala Jantar

Estufa / Instalações Churrasqueira / Serviços Estudio / Serviços

Conector / Sala Banheiro / Quarto

Serviços

Espaço Habitável Espaço Habitável

Espansão Conector

→ Espaços básicos Conformadores de UBS→ Determinam a conformação da unidade básica, a sua ampliação e as unidades plus

UNIDADES PLUS

UB’S - PRIMEIRA ETAPA

CORTE LONGITUDINAL CORTE TRANSVERSAL

PRIMEIRA ETAPA - AREA 47.00 m2

FACHADA LESTE FACHADA OESTE

FACHADA NORTE

Page 3: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

UB’S - SEGUNDA ETAPA

CORTE LONGITUDINAL

FACHADA OESTE

SEGUNDA ETAPA - AREA 79.00 m2

UNIDADE PLUS - CHURRASQUEIRA UNIDADE PLUS - ESTUDIO UNIDADE PLUS - ESTUFA

UNIDADES PLUS

FACHADA LESTE

Page 4: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

MEIO DE INSERÇÃO

PLANO ESPINHA DORSAL BANDA FLEXÍVEL CONJUNTO

PLANO CONJUNTO TARARIRASWW

MEIO DE INSERÇÃO→Consideramos a inserção da casa como parte de um sistema. Diversos layers que se superpõem e geram um sistema; como parte de um grupo social que gera valor agregado e facilita os caminhos da construção, geração e manutenção./ O conjunto funciona como um organismo que da e recebe do lugar onde é inserido. Serve e serve-se. Vincula-se ao entorno.

Ao formar parte de um sistema geram-se equipamentos coletivos, compartidos, que otimizam o uso e gera-ção das energias.modo de inserção→se definem vários subsistemas de inserção. plano: Partimos do subsistema do ter-reno/ É um plano com propriedades, características morfológicas, topológicas, paisagísticas e sociológicas. É o substrato aonde vamos nos instalar, e para isso é preciso conhecer estas características. espinha dorsal: O subsistema das casas / conexão aos serviços/ são estruturadores. É definido pelas moradias, a rua e os serviços de abastecimento delas. Tem a capacidade de se densificar no tempo. banda flexível: São linhas flexíveis, largas, variáveis, geradoras de paisagem, de qualidades visuais. Tem funções de tratamentos de esgotos. São colonizáveis através das unidades plus. qualificador de espaços: gerador de transversalidade no conjunto. São equipamentos coletivos que podem ser parques infantis, bibliotecas, policlínicas, quadras esportivas, ou simples lugares de lazer. Tem a função de desmaterializar as bordas da intervenção, de se vincular ao bairro e de se vincular internamente.

Os dois estruturadores longitudinais (a espinha dorsal e a banda flexível) têm o papel de conformar os espa-ços e de vincular de forma transversa as casas./ na espinha dorsal gera-se um vínculo mais próximo, mais formal, mais cotidiano, mais rígido. Na banda flexível, que é mais larga, gera-se um vínculo que se bem mais distante é mais flexível, mais descontraído. Tem a capacidade de ser colonizado de forma aleatória através de unidades +. Gera-se um vínculo paisagístico, de consumo, de um recurso compartido.localização e contexto→O conjunto localiza-se na cidade de Tarariras, no departamento de Colônia. É um terreno de três hectares, com uma demanda de construir 36 casas para os operários de uma fábrica loca- lizada na mesma cidade. Se inserta em uma área suburbana, e atendendo a isto é que se valoriza a incor-poração de espaços destinados a produção, como hortas e plantações de arvores frutais, e a instalação de moinhos de vento gerando assim a produção de recursos compartidos.

Page 5: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

SISTEMA CONSTRUTIVO ESTRATEGIAS DE CONFORTO AMBIENTAL

DETALHE CONSTRUTIVO

CATÁLOGO DE ACABAMENTOS INTERIORES E EXTERIORES

SISTEMA DE CONTROLE CLIMÁTICO DE INVERNO

SISTEMA CONSTRUTIVO→Definido o protótipo optou-se pelo sistema construtivo steel framing por ser um sistema modulado, de rápida construção, que otimiza o uso dos materiais e que oferece soluções para atingir o conforto desejado./ Define-se um modulado básico procurando a otimização na utilização dos materiais. Conforma-se um painel multicamada que tem a capacidade de variar nos acabamentos superficiais interiores e exteriores, mas que tem sempre as mesmas camadas. São painéis isolados e de fácil construção. / Prevê-se o crescimento da casa e suas futuras conexões./ acabamentos→ catálogo de acabamentos superficiais interiores e exteriores. Permitem diversas configurações.Camadas→Paredes: acabamento exterior+ manta de polipropileno(Tyvek®)+ painel rígido (OSB) + isola-mento termo acústico (manta de lã de rocha e=100 mm-d=18 kg/m3) + barreira de vapor+ acabamento interior./Cobertura: acabamento interior+ isolamento termo acústico (manta de lã de rocha e=50 mm-d=18 kg/m3) +painel rígido (OSB)+ placa cimintícia+ membrana de asfalto 40kg + Geodren®+ substrato vivo./Pa-vimento: terra apisoada+ camada de pedregulho 100mm + poliestireno expandido 100 mm TIPO 3 +contra piso de concreto+ acabamento interior./Janelas: PVC com DVH+ postigos de alumínioComplementos→elaboração de manuais de construção, manutenção e ampliação./ capacitação dos mora-dores através de aulas

ESTRATEGIAS DE CONFORTO AMBIENTAL→Menos materiais, menos energia, menos tempoÉ possível, utilizando referentes culturais próprios da arquitetura contemporânea, interpretar os métodos de adaptação climática (em particular, e as estratégias de sustentabilidade em geral) da arquitetura tradicional para gerar uma arquitetura com critérios de sustentabilidade.Lineamentos→determinar como o projeto se implanta no terreno: orientação, superfície construída e como impacta nele.→Procurar um sistema construtivo que gere a menor quantidade possível de desperdícios, que consuma pouca água e pouca mão de obra.→Determinar quanta energia consome e quanto desperdício elimina e como. Para isto se estudaram em primeiro plano a pele envoltória como dispositivo inteligente capaz de regular as diferencias térmicas interior-exterior; a evacuação das pluviais e sua canalização para irrigação, a separação dos esgotos em primários e secundários e o seu tratamento final correspondente; o aquecimento de água através de um sistema de captação solar por painéis solares térmicos.→Inserir a casa num sistema onde se gerem sinergias, onde seja parte fundamental, mas não única e onde seja possível a incorporação de determinados equipamentos coletivos como moinhos de vento, hortas, etc.

INVERNO

→ 1 Dada a composição multicamada das paredes, estas transpiram de forma natural e continua sem perdas energéticas evitandocondensações.→ 2 A parte superior das janelas permanece fechada para evitar a perda do ar quente do interior.→ 3 No inverno cria-se uma estufa para aquecer as habitações.→ 4 Iluminação direta leste e oeste.

→ 5 O teto verde atua na regulação das variações de temperatura interior evitando fugas do interior no inverno.

Page 6: Introdução - Universidade de São Paulo · esgotos, mas sim como um modo de viver. Um modo de entender o habitar, os costumes, a conscientização Um modo de entender o habitar,

4

1

3

3

1

2

BALANÇO TÉRMICO

SISTEMA DE CONTROLE CLIMÁTICO NO VERÃO

SISTEMA DE DISTRIBUÇÃO DE AGUAS

DETALHE EVAPOTRANSPIRACIÓN

medidas passivas/medidas ativas. Os diferentes pontos a serem tratados são atravessados vertical-mente por estas estratégias.medidas passivas→desenho bioclimático: aproveitamento passivo da energia solar. As faces norte são as que recebem a maior irradiação/ incorporação de estufas no inverno para os dormitórios: acompa nhada da ampliação da casa, é previsto no inverno o fechamento dos pátios mediante placas de policarbon-ato gerando assim um jardim de inverno. Prevêem- se entradas de ar quente através das janelas superiores (ver cortes)./ Incorporação de vegetação: Cobertura viva (auto-regulação das variações de tempera-tura interior e exterior)/ Para-sol com vegetação para proteção das janelas no verão./Ventilação natural: Ventilação superior regulável de inverno e verão/ Paredes ventiladas que emitam condensações./ Pele en-voltória isolada: Paredes multicamadas sistema EIFS com fator de isolamento U=0.20 W/m²K/ Janelas sem Pontes térmicas e com vidro duplo (DVH). Fator de isolamento U= 1,8 W/m²K se for usada com vidros de baixa emissividade (low-e) ou U= 2.8 W/m²K se for usado com DVH comum/ contra piso isolado: 0,33 W/m²K/ Teto verde: 0,48 W/m²K

medidas ativas→aproveitamento das energias renováveis: aquecimento da água através de pai-néis solares térmicos/ separação dos esgotos primários e secundários e tratamentos diferenciais. As primei-ras serão depositadas e tratadas mediante uma fossa séptica e finalmente mediante evapotranspiração. As secundarias e as da chuva serão tratadas também através de sistema de evotranspiração. Este sistema precisa de 25 m2 de terreno por pessoa/ instalações técnicas: luminárias de baixo consumo/ torneiras temporizadas e de baixo consumo.

BALANÇO TÉRMICO DE VERÃOEstudo do fator solar

FATOR SOLAR: 0,048 ( vidro duplo DVH+ postigo de alumínio)

→ espaço 1/ Fs max Norte: 0,63 Fs max Este: 0,45→ espaço 2/ Fs max Norte: 0,57 Fs max Oeste: 0,50→ espaço 3/ Fs max Norte: 0,52 Fs max Oeste: 0,15→ espaço 4/ Fs max Norte: 0,52 Fs max Este: 0,30

BALANÇO TÉRMICO DE INVERNOEstudo da TIM (temperatura interior média)

TIM: 16,1 Cº sem ganância solar 17,9 Cº com ganância solar

→ valores mínimos admissíveis: de 16 a 18 Cº

VERÃO

→ 1 A disposição das janelas permite a ventilação cruzada dos espaços.→ 2 As pérgulas protegem a casa da radiação solar direta evitando o aquecimento dos espaços.→ 3 No verão as janelas superiores permitem a ventilação do ar quente que fica concentrado na parte superior→ 4 O teto verde atua na regulação das variações de temperatura interior exterior absorvendo o calor no verão

Equipe de projeto → Arq. Bibiana Carreño, Diretora estudio CGZ-arquitetura, Universidad de la República, Montevideo Uruguay. → Arq. Laura Zambra, Diretora estudio CGZ-arquitetura, Universidad de la República, Montevideo Uruguay. → Arq. Ninoska Berbesí/ Aso-ciada a estudio CGZ-arquitetura, Universidad Nacional Experimental de Táchira, Venezuela. Asesoria construtiva → Joaquín González Diretor empresa construtora SCAYOLA- Construções Industrializadas, Diretor estudio CGZ-arquiteturaInfografia → Daniel Belcredi, estudante de arquitetura, Universidad de la Republica, Montevideo, UruguayDesenho gráfico → Guillermina Vener/ Desenhista gráfica, Universidad ORT, Montevideo Uruguay