introdução - cone leste paulista é uma expressão que ainda não

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VII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IV Encontro Americano de Pós-Graduação Universidade do Vale do Paraíba 1559 TURISMO DE NEGÓCIO Mário José Moreira 1 , Friedhilde M. K. Manolescu 2 1 Mestrando em Planejamento Urbano e Regional - UNIVAP 2004 Av. Shishima Hifumi, 2.911 - Urbanova e-mail: [email protected] 2 Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento IP&D Av. Shishima Hifumi, 2.911 - Urbanova e-mail: [email protected] Resumo - Situada no eixo Rio de Janeiro / São Paulo, a região do Cone Leste Paulista é marcada por seu desenvolvimento econômico e tecnológico. Apresenta também um grande potencial turístico, sendo a região dividida em seis circuitos: Alto Paraíba, Costa Verde, Rota da Fé, Serra da Mantiqueira, Tecnológico Cultural e Vale Histórico, cada um com sua especificidade atrativa. Empresários, governo, e as comunidades locais, unem-se incentivando e desenvolvendo as atrações e potencialidades regionais no intento de afirmar a região na rota do turismo nacional e internacional, revelando sua natureza, história, folclore e desenvolvimento industrial e de negócios. Este libelo pretende apresentar as razões econômicas pelas quais o turismo é viável e deve ser estimulado nessa região. Palavras- chaves: Turismo, Cone Leste Paulista, Economia. Área do conhecimento: Ciências Sociais e Aplicada. Introdução - Cone Leste Paulista é uma expressão que ainda não consta dos livros de geografia, mas, desde 1996, tem sido amplamente usada para se referir aos 39 municípios localizados na Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba, Alto Paraíba, Litoral Norte e Vale Histórico, ao leste do Estado de São Paulo. Para fins do fortalecimento e integração do turismo, juntam-se a esta região também os municípios de Salesópolis e Mogi das Cruzes (Alto do Tietê), Santa Isabel e Guararema (Grande São Paulo) e Bertioga (Litoral Sul) (Pivott, 2003). Segundo o jornal o Estadão de 28/06/2002, anualmente circulam pela região cerca de 13 milhões de visitantes. Aparecida, responde por quase metade do contingente, aproximadamente 6 milhões de romeiros ao longo do ano. Em Campos do Jordão, Serra da Mantiqueira, em julho, recebe cerca de 500 mil. E, no verão, os turistas espalham-se pelas praias do litoral norte. Para atrair, organizar e melhor distribuir os visitantes na Região do Vale do Paraíba foram criados seis Circuitos que integram o Consórcio Intermunicipal do Pólo Turístico do Cone Leste Paulista, elaborados em parceira com a agência Via Vale. Os Circuitos é uma forma de proximidade entre as cidades da região com um forte apelo dos roteiros. Circuito do Alto Paraíba - Abrange os municípios de Guararema, Igaratá, Jambeiro, Lagoinha, Natividade da Serra, Paraibuna, Santa Branca, Santa Isabel, Redenção da Serra e São Luís do Paraitinga. Oferecem tradições do interior, construções históricas, festas folclóricas, ecoturismo. Circuito Serra da Mantiqueira - Acima dos 1.700 metros de altitude, Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí estão destinados às compras, gastronomia, festival de inverno e muito contato com a natureza. Circuito Tecnológico Cultural - Compreende os municípios de Caçapava, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Taubaté, com ênfase na indústria aeroespacial, fabricação de automóveis, passeios rurais, trens e arquitetura com construções históricas. Circuito Rota da - Compreende os municípios de Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Guaratinguetá, Lorena, Potim, Tremembé e Roseira. Circuito do Vale Histórico - Ficam as cidades de Arapeí, Areias, Bananal, Cunha, Cruzeiro, Lavrinhas, Piquete, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras, regiõ es marcadas pela cultura do algodão, fazendas de café, tropeirismo e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, reduto de ecoturistas e aventureiros. Circuito Costa Verde - Envolve as cidades praianas de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Bertioga. A seguir o mapa da Região do Vale do Paraíba divididos nos seis Circuitos que integram o Consórcio Intermunicipal do Pólo Turístico do Cone Leste Paulista.

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Page 1: Introdução - Cone Leste Paulista é uma expressão que ainda não

VII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IV Encontro Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

1559

TURISMO DE NEGÓCIO

Mário José Moreira 1 ,Friedhilde M. K. Manolescu 2

1 Mestrando em Planejamento Urbano e Regional - UNIVAP 2004 Av. Shishima Hifumi, 2.911 - Urbanova – e-mail: [email protected]

2 Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento – IP&D Av. Shishima Hifumi, 2.911 - Urbanova – e-mail: [email protected]

Resumo - Situada no eixo Rio de Janeiro / São Paulo, a região do Cone Leste Paulista é marcada por seu desenvolvimento econômico e tecnológico. Apresenta também um grande potencial turístico, sendo a região dividida em seis circuitos: Alto Paraíba, Costa Verde, Rota da Fé, Serra da Mantiqueira, Tecnológico Cultural e Vale Histórico, cada um com sua especificidade atrativa. Empresários, governo, e as comunidades locais, unem-se incentivando e desenvolvendo as atrações e potencialidades regionais no intento de afirmar a região na rota do turismo nacional e internacional, revelando sua natureza, história, folclore e desenvolvimento industrial e de negócios. Este libelo pretende apresentar as razões econômicas pelas quais o turismo é viável e deve ser estimulado nessa região. Palavras-chaves: Turismo, Cone Leste Paulista, Economia. Área do conhecimento: Ciências Sociais e Aplicada.

Introdução - Cone Leste Paulista é uma expressão que ainda não consta dos livros de geografia, mas, desde 1996, tem sido amplamente usada para se referir aos 39 municípios localizados na Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba, Alto Paraíba, Litoral Norte e Vale Histórico, ao leste do Estado de São Paulo. Para fins do fortalecimento e integração do turismo, juntam-se a esta região também os municípios de Salesópolis e Mogi das Cruzes (Alto do Tietê), Santa Isabel e Guararema (Grande São Paulo) e Bertioga (Litoral Sul) (Pivott, 2003). Segundo o jornal o Estadão de 28/06/2002, anualmente circulam pela região cerca de 13 milhões de visitantes. Aparecida, responde por quase metade do contingente, aproximadamente 6 milhões de romeiros ao longo do ano. Em Campos do Jordão, Serra da Mantiqueira, em julho, recebe cerca de 500 mil. E, no verão, os turistas espalham-se pelas praias do litoral norte. Para atrair, organizar e melhor distribuir os visitantes na Região do Vale do Paraíba foram criados seis Circuitos que integram o Consórcio Intermunicipal do Pólo Turístico do Cone Leste Paulista, elaborados em parceira com a agência Via Vale. Os Circuitos é uma forma de proximidade entre as cidades da região com um forte apelo dos roteiros. Circuito do Alto Paraíba - Abrange os municípios de Guararema, Igaratá, Jambeiro, Lagoinha, Natividade da Serra, Paraibuna, Santa Branca, Santa Isabel, Redenção da

Serra e São Luís do Paraitinga. Oferecem tradições do interior, construções históricas, festas folclóricas, ecoturismo. Circuito Serra da Mantiqueira - Acima dos 1.700 metros de altitude, Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí estão destinados às compras, gastronomia, festival de inverno e muito contato com a natureza. Circuito Tecnológico Cultural - Compreende os municípios de Caçapava, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Taubaté, com ênfase na indústria aeroespacial, fabricação de automóveis, passeios rurais, trens e arquitetura com construções históricas. Circuito Rota da Fé - Compreende os municípios de Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Guaratinguetá, Lorena, Potim, Tremembé e Roseira. Circuito do Vale Histórico - Ficam as cidades de Arapeí, Areias, Bananal, Cunha, Cruzeiro, Lavrinhas, Piquete, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras, regiões marcadas pela cultura do algodão, fazendas de café, tropeirismo e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, reduto de ecoturistas e aventureiros. Circuito Costa Verde - Envolve as cidades praianas de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Bertioga. A seguir o mapa da Região do Vale do Paraíba divididos nos seis Circuitos que integram o Consórcio Intermunicipal do Pólo Turístico do Cone Leste Paulista.

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Fig01. Mapa separando a Região do Vale do Paraíba dividido em seis circuitos

Fonte: Mavale/INPE

Turismo - Turismo é, de um lado, o conjunto

de turistas, (...) do outro, são os fenômenos e relações que esta massa produz como conseqüência de suas viagens. Turismo é todo equipamento receptor (...) que o núcleo deve habilitar para atender as correntes turísticas que o invadem (...). Turismos são as organizações privadas ou públicas que surgem para fomentar a infra-estrutura e a expansão do núcleo (...) e o estudo do turismo para deduzir os lineamentos da política a seguir (...). Também é turismo os efeitos negativos ou positivos que se produzem nas populações receptoras por contágio com os estrangeiros e o que por sua vez acontece entre estas populações e seus vizinhos (mesmo que estes não recebam turistas) - uma espécie de efeito multiplicador moral ou cultural (...) (Fernandez Fuster, 1974)

O turismo é um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente, por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem de seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social,

econômica e cultural. (La Torre, apud Barretto, 1999). Com a globalização o conceito de turismo evolui, devido à percepção da importância econômica do turismo de negócios e também pelos turistas utilizarem os mesmos serviços e infra-estrutura de todo o trade - Compreende as áreas envolvidas para a realização do turismo: meios de hospedagem, transportadores, organizadores de eventos, agências de viagens e agências de viagens e turismo - De acordo com a OMT (Organização Mundial de Turismo, 1994) “o turismo compreende atividades realizadas durante suas viagens e estadias em lugares diferentes de seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, por lazer, negócios ou outros”. Andrade (1998) completa a definição como “o conjunto de serviços que tem por objetivo o planejamento, a promoção e a execução de viagens, e os serviços de recepção, hospedagem e atendimento aos indivíduos e grupos, fora de suas residências habituais”. O objetivo da realização do turismo pode ser definido como uma tipologia, como turismo de lazer, desportivo, gastronômico, religioso, aventura, cultural, negócios, cura ou saúde e tantos outros conforme novas necessidades do homem são descobertas. Para Beni (1998) o turismo também pode ser entendido como um sistema, o Sistur (Sistema de Turismo) sendo os seus elementos divididos em três grupos que se

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relacionam e interdependentes quanto ao fenômeno turístico: I. Conjunto das relações ambientais

(elementos: ecológico, social, econômico e cultural);

II. Conjunto da organização estrutural (elementos: superestrutura e infra-estrutura)

III. Conjunto das ações operacionais (elementos: produção, distribuição, consumo e mercado).

Entendendo o “espaço” como o locus da sociedade e da configuração geográfica, pode-se perceber que o turismo é influenciador e produtor do espaço assim como o espaço influencia e produz o

turismo. Entretanto, o turismo deveria se desenvolver em espaços previamente harmonizados nos aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos, caso contrário a atividade se torna predadora do espaço e dos seres que ali vivem. Turismo e Economia - O turismo pode ser considerado, além de social, um fenômeno econômico, pois é gerador de riqueza. Os agentes que compõem a economia do turismo são: turistas, empresas turísticas, governo e comunidade anfitriã. A compatibilidade de objetivos e de esforços combinados dos 4 grupos de agentes é o principal requisito para o desenvolvimento de produtos turísticos - Conjunto de bens e serviços relacionados a toda e qualquer atividade de turismo. (LAGE, 2001). Um mercado turístico deve ser classificado conforme suas características e/ou motivações, podendo ser direto ou indireto. As diferenciações

do produto turístico são as atrações , que se tratam dos elementos determinantes na escolha do turista em visitar um local específico; as facilidades , cuja ausência pode impedir o turista de procurar as atrações; e a acessibilidade , que dizem respeito à transporte e comunicação. O turismo tem efeitos diretos, indiretos e induzidos na economia (Barretto, 1999): - Efeitos Diretos: gastos diretos nos equipamentos turísticos e de apoio; - Efeitos Indiretos: despesas realizadas na compra de bens e serviços de outros gêneros pelos equipamentos turísticos de apoio. Ou seja, o dinheiro que o turista dispende circula pela economia local e até global (no caso, por exemplo, das redes hoteleiras internacionais). Efeitos Induzidos: são as despesas realizadas por aqueles que receberam dinheiro das prestadoras de serviços turísticos ou de apoio

Fig. 02 - Diagrama de Acerenza, 1991

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Fonte: Manual de Iniciação do Estudo do Turismo - 1999.

Como se pode visualizar no diagrama de Acerenza, 1991, (apud Barretto, 1999), o turismo gera muitos efeitos multiplicadores na economia como variações na renda interna, número de empregos ofertados, produto, importações de bens e serviços e das receitas do governo. Para fins de análise serão apresentados alguns dados referentes aos municípios que compõem a região do Cone

Leste, no intuito de se observar em que medida o desenvolvimento do turismo vêm interferir na atividade econômica regional.

Tabela 01 – Municípios da Região do Cone Leste Paulista e a sua divisão em 6 Circuitos

2004 2004 2000 2002

Município População Taxa Urbana Escolar. VAF (%)

Estado 39.326.776 93,69 87

Cone Leste 1.992.772 78,7812 76 9,03

Alto Paraíba 78.821 61,85 70,33 3,49

Guararema 23.643 81,91 77 81,37

Igaratá 9.256 74,12 70 1,26

Jambeiro 4.332 74,12 75 3,63

Lagoinha 5.031 58,97 74 0,76

Natividade da Serra 7.195 43,41 53 0,40

Paraibuna 18.096 35,72 72 4,36

Redenção da Serra 4.081 41,04 68 0,31

Santa Branca 14.190 90,99 78 6,34

São Luís do Paraitinga 10.666 60,09 68 1,56

Serra da Mantiqueira 69.053 60,73 72,25 0,39

Campos do Jordão 47.586 99,08 75 79,13

Monteiro Lobato 3.733 44,09 72 5,20

Sto Antonio do Pinhal 6.751 51,52 70 6,53

São Bento do Sapucaí 10.983 48,23 72 9,14

Tecnológico e Cultural 1.261.500 94,58 90,40 81,36

Caçapava 80.272 88,39 88 3,70

Jacareí 202.922 96,13 90 13,02

Pindamonhangaba 136.876 94,96 88 7,63

São José dos Campos 581.579 98,87 94 61,86

Taubaté 259.851 94,53 92 13,79

Rota da Fé 223.024 91,31 85,20 5,02

Aparecida 36.027 98,56 87 5,11

Cachoeira Paulista 28.962 81,03 79 2,81

Canas 3.976 85,69 63 0,51

Guaratinguetá 109.651 95,42 91 50,73

Lorena 81.041 96,45 91 31,89

Potim 15.604 95,95 79 1,10

Tremembé 38.680 87,29 86 1,13

Roseira 9.704 94,24 83 6,73

Vale Histórico 59.444 66,27 67,43 1,73

Arapei 2.745 73,99 49 0,31

Areias 3.775 69,77 81 1,03

Bananal 10.034 74,99 71 2,58

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Cruzeiro 75.665 96,96 90 83,81

Cunha 23.377 49,15 65 2,52

Lavrinhas 6.596 89,46 71 3,55

Piquete 15.371 93,59 92 2,64

Queluz 9.662 86,99 71 2,04

São José do Barreiro 4.264 61,05 67 0,50

Silveiras 5.587 47,97 68 1,02

Costa Verde 300.930 97,95 72,40 8,01

Bertioga 41.075 97,81 69 3,41

Caraguatatuba 90.104 95,97 81 6,63

Ihabela 24.330 99 68 1,49

São Sebastião 69.882 99,17 71 83,94

Ubatuba 75.539 97,81 73 4,53

Fonte: SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

Economia Regional – Dentre os seis circuitos que compõem o Cone Leste Paulista apenas Costa Verde e o Tecnológico e Cultural apresentam uma taxa de urbanização acima da média do Estado (93,69). Em termos populacionais, o Cone Leste detém 5,07% da população do Estado. Desse total, o circuito Tecnológico e Cultural apresenta 63,30%, seguido pelo Costa Verde (15,10%). Quanto à Escolaridade apenas o Tecnológico e Cultural está acima da média do Estado, apresentando a taxa de 90,40. A discrepância entre os circuitos se apresenta quando da análise do Valor Adicionado Fiscal (VAF): Tecnológico e Cultural – 81,36%, Costa Verde – 8,01%, Rota da Fé – 5,02%, Alto Paraíba – 3,49%, Vale Histórico – 1,73%, Serra da Mantiqueira – 0,39%.

Esses valores refletem, em certa medida, o tipo de turismo que se potencializa no circuito. A região de São José dos Campos, por exemplo, apresenta altos valores referentes à densidade populacional, à taxa de urbanização, ao nível de escolaridade e um VAF elevado, associados com a presença de indústrias de alta tecnologia, torna o turismo de negócios o mais propício. Conclusão - Considerando o fluxo que o setor do turismo cria na economia local, desde que o mesmo valorize as especificidades e cultura da sua população, ele deve ser estimulado uma vez que proporciona grande impacto de desenvolvimento econômico para o Circuito e toda a Região do Vale do Paraíba.

Referências BARRETTO, Margarita. Manual de Iniciação do Estudo do Turismo. São Paulo, Ed. Papirus, 1999. BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo, ed. Senac, 1998. CRISTÓVÃO, Daniel. Municípios da região fortalecem oferta turística com novos roteiros temáticos, que trazem cultura, religião, aventura e contato com a natureza.

http://www.estadao.com.br/turismo/noticias/2002/mai/28/245.htm - acesso em 25/06/2004. LAGE, Beatriz Helena Gelas e MILONE, Paulo César. Economia do Turismo. São Paulo: Atlas, 2001. PIVOTT, Cleide. Todos os caminhos levam ao Turismo: Subsídios para um plano de Marketing Turístico para o Cone Leste Paulista. Curso de MBA em Turismo. Brasília, 2003. SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo, Ed. Hucitec, 1996.