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INTRODUÇÃO AO APOIO MARÍTIMO MARCOS MACHADO DA SILVEIRA

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Introdução ao Apoio Marítimo

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INTRODUÇÃO AO

APOIO MARÍTIMO

MARCOS MACHADO DA SILVEIRA

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Introdução ao Apoio Marítimo

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MARCOS MACHADO DA SILVEIRA

INTRODUÇÃO AO APOIO MARÍTIMO

1ª edição

Niterói/RJ Edição do Autor

2013

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Introdução ao Apoio Marítimo

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©2013 Marcos Machado da Silveira Direitos reservados ao Autor. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou qualquer meio, eletrônico ou mecânico, sem a permissão por escrito do Autor. Texto: Marcos Machado da Silveira Projeto Gráfico e Capa: Marcos Machado da Silveira Formatação e Diagramação: Marcos Machado da Silveira Revisão: Cláudia Regina. M. Baptista

Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

911492 Silveira, Marcos Machado da: Introdução ao Apoio Marítimo. 1º ed. –

Niterói/RJ: Edição do Autor, 2013. 49 p.; A4

ISBN: 978-85-911492-2-3 (PDF)

1. Introdução ao Apoio Marítimo. I. Silveira, Marcos Machado da (Brasil).

CDD 600

Marcos Machado da Silveira Niterói/RJ

[email protected]

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ÍNDICE Prefácio ......................................................................................................................................................................... 5 Apresentação ................................................................................................................................................................ 6 Histórico da Atividade de Exploração Offshore no Brasil .............................................................................................. 8

As Primeiras Atividades: Nordeste ........................................................................................................................... 8 A Bacia de Campos - Primeiras Descobertas ........................................................................................................... 9 Polo Nordeste ......................................................................................................................................................... 11 Águas Profundas .................................................................................................................................................... 12 Os Recordes ........................................................................................................................................................... 13 Novas Tendências de Completação ....................................................................................................................... 14

Pré-Sal ........................................................................................................................................................................ 16 Definição ................................................................................................................................................................. 16 Primeiras Descobertas ........................................................................................................................................... 16 O Pré-Sal Brasileiro ................................................................................................................................................ 17 Origem .................................................................................................................................................................... 17 Geologia ................................................................................................................................................................. 19 A Extração de Petróleo da Camada Pré-Sal .......................................................................................................... 19

Embarcações .............................................................................................................................................................. 21 Sistemas de Propulsão ........................................................................................................................................... 21 Arranjo de Convés .................................................................................................................................................. 23

A. Manuseio de Espias – LH (Line Handling): ........................................................................................... 23 B. Supridor – OSV (Offshore Supply Vessel): ........................................................................................... 24 C. Supridor de Plataforma – PSV (Platform Supply Vessel):..................................................................... 24 D. Supridor, Reboque e Manuseio de Âncoras - AHTS (Anchor Handling and Towing Supply): .............. 25 E. Apoio a Mergulho - DSV (Diving Support Vessel): ................................................................................ 26 F. Balsa de Serviço (Barge): ..................................................................................................................... 26 G. Lançamento de Linhas – PLV (Pipe Laying Vessel): ............................................................................ 27 H. Navio de Estimulação de Poços de Petróleo – WSV (Well Stimulation Vessel): .................................. 27 I. Navio de Pesquisa Sísmica – RV (Research Vessel): .......................................................................... 28

Unidades ..................................................................................................................................................................... 29 Fixas ....................................................................................................................................................................... 29

A. Plataforma Auto-elevatória – PA (Jack up): .......................................................................................... 29 B. Plataforma Fixa - Jaqueta: .................................................................................................................... 30

Móveis .................................................................................................................................................................... 30 A. Plataformas Semissubmersíveis – SS: ................................................................................................. 30 B. Navios-sonda - NS (Drillship): ............................................................................................................... 31 C. FPSO (Floating Production, Storage and Offloading): .......................................................................... 31 D. Unidade Alojamento/Floatel: ................................................................................................................. 32 E. Embarcação/Unidade Guindaste/Construção: ...................................................................................... 32 F. Navio de Apoio à Perfuração (Drilling Tender): .................................................................................... 32

Especiais ................................................................................................................................................................ 33 A. Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP (Tension Leg Platform): ..................................................... 33 B. SPAR: ................................................................................................................................................... 34

O Porto ........................................................................................................................................................................ 35 Administração ......................................................................................................................................................... 35 Operações .............................................................................................................................................................. 35 Base ....................................................................................................................................................................... 35 Terminal de Imbetiba .............................................................................................................................................. 35 Segurança .............................................................................................................................................................. 36

Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................... 37 Anexos ........................................................................................................................................................................ 38

Anexo I.................................................................................................................................................................... 39 Anexo II................................................................................................................................................................... 42

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Prefácio A indústria do petróleo exige uma contínua atualização de todos os seus agentes. É uma atividade dinâmica, onde os limites devem ser sempre superados. Cada vez mais, esta indústria ganha importância em nosso país, quer seja no nível de exigência de qualificação da mão de obra, quer seja na geração de empregos. A quebra do monopólio de exploração e de produção da Petrobras traz novas empresas para o mercado brasileiro. A reboque, os armadores deverão apresentar índices operacionais cada vez melhores. Ao invés de haver somente contratos de longa duração (2, 4, 10 anos), o contrato tipo “spot” (curta duração) passará a ser uma constante. Este estudo tem o objetivo de servir de ferramenta para um melhor conhecimento das operações de apoio marítimo (apoio às unidades de produção e exploração em alto-mar). Ele foi realizado tomando como base a teoria existente. Somou-se então a experiência do autor como Comandante de embarcações supridoras, de estimulação de poços de petróleo, de reboque e manuseio de âncoras e também como Controlador de lastro e como Supervisor de lastro (Barge Engineer) em plataformas semissubmersíveis. Este estudo deverá sofrer sempre atualizações. É necessária a participação de todos os envolvidos, visando à melhoria contínua, através de críticas e sugestões.

Rio de Janeiro, março de 2013.

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Apresentação Na segunda metade do século XV, teve início a expansão marítima dos povos da Europa, liderada pelos portugueses, aos quais se juntaram, imediatamente, espanhóis e quase um século mais tarde, ingleses, holandeses e franceses. A corrida pelo descobrimento de novas terras começou com grande impulso, estimulada pelo gênio de Henrique “O Navegador”, e em pouco tempo transformou-se num estrondo; criou impérios coloniais, expandiu o comércio e gerou riquezas, em escala nunca vista até então. O intenso uso do mar pelo comércio das nações, através de quatro séculos, deu origem a uma arte marinheira, com tecnologia e embarcações próprias, lentamente aperfeiçoadas pela vida em severas condições do meio ambiente em que operam os homens do mar. A atividade conhecida no jargão da indústria mundial de petróleo, como de Offshore, ocupa um capítulo relativamente recente na história marítima dos povos, mas nem por isso de pequena importância. A indústria de petróleo nasceu em terra, nos Estados Unidos, mais ou menos na segunda metade do século XIX. No correr do século XX, cresceu com vigor, buscando fontes de óleo no Oriente Médio, principalmente, mas também na América Central e no norte da América do Sul. Mas a história do petróleo, em especial no Oriente Médio, é marcada por uma sucessão de crises políticas entre os países que possuem petróleo em seu subsolo e as grandes potências que lideram a indústria e o comércio de petróleo no mundo. Por isso, desde 1920, alguns milhares de poços já vinham sendo perfurados ao longo da costa norte da Europa, numa tentativa de encontrar soluções para a economia do petróleo, diante de fatores negativos da política. Os primeiros resultados foram decepcionantes, mas a política tem uma característica peculiar: ao mesmo tempo em que se constitui em fator de grande perturbação, fornece o incentivo para viabilizar projetos que nos primeiros embates são marcados por frustração.

Fig. 1: Supridor operando sob máquinas em uma unidade

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A crise de Suez em 1956 e mais tarde a criação da OPEP - com seus dois choques de petróleo em 1973 e 1979 - viabilizaram a tecnologia de produção de petróleo offshore, no Mar do Norte e em outras regiões marítimas do planeta. Quando se abria a década de 70 deste século, a produção de petróleo no Brasil atingia cerca de 170 barris por dia, uma produção muito pequena para atender às necessidades de um país em expansão. A PETROBRÁS voltou-se para o mar. Desde então, a produção neste ambiente cresceu e hoje alcança cerca de 80% do total da produção do petróleo extraído do território brasileiro. Operando embarcações e equipamentos altamente especializados nacionais e estrangeiros, a PETROBRÁS desenvolveu uma extraordinária capacitação. Hoje detém o recorde de produção em águas profundas, produzindo em lâmina d’água de mais de 2.000 metros, na Bacia de Campos, onde já foram localizadas jazidas de petróleo e gás, entre 1.800 e 2.800 metros, nos campos de Marlim, Albacora e Roncador. Este o motivo que nos leva a compilar algumas informações preliminares para o conhecimento desta atividade, com o propósito de nos familiarizar com o trabalho dessa nova categoria de homens do mar - os operadores offshore, a bordo de estruturas de perfuração e produção, e de embarcações especializadas no apoio à indústria de petróleo.

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Histórico da Atividade de Exploração Offshore no Brasil

As Primeiras Atividades: Nordeste A exploração de petróleo em reservatórios situados na área offshore no Brasil iniciou-se em 1968, na Bacia de Sergipe, campo de Guaricema, situado em lâmina d'água de cerca de 30 metros na costa do estado de Sergipe, na região Nordeste. Para o desenvolvimento na bacia de Sergipe aplicaram-se as técnicas convencionais da época para campos de médio porte: plataformas fixas de aço, cravadas através de estacas, projetadas somente para produção e teste de poços, interligados por uma rede de dutos multifásicos. Todo o complexo era ligado, também, por duto multifásico, a uma estação de separação e tratamento de fluidos produzidos localizada em terra. As primeiras plataformas, principalmente as instaladas nos campos de Guaricema, Caioba, Camorim e Dourado, eram, com pequenas variações, do tipo padrão de quatro pernas, convés duplo, guias para até seis poços, sistema de teste de poços e de segurança. A perfuração e a completação dos poços eram executadas por plataformas auto-elevatórias posicionadas junto à plataforma fixa. Posteriormente os projetos foram implementados e a perfuração dos poços passou a ser feita, também, por sondas moduladas instaladas diretamente no convés superior das plataformas e assistidas por navios tender. Nos anos seguintes, com o aumento da atividade, não só na costa de Sergipe, mas também nas de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, a Petrobras decidiu desenvolver projetos próprios de plataformas que atendessem às características de desenvolvimento dos campos. Este esforço resultou em 3 projetos de plataformas fixas distintos, conhecidas como plataformas de 1ª, 2ª e 3ª famílias. A plataforma de 1ª família era similar às plataformas fixas iniciais desenhada para ter até 6 poços de produção e podiam ser instaladas em lâmina d'água de até 60 m; se necessário com um pequeno módulo para acomodação de pessoal. A plataforma de 2ª família comportava a produção de até 9 poços, permitia a separação primária de fluidos produzidos, sistema de transferência de óleo, sistema de teste de poços, sistema de segurança e um sistema de utilidades. Era uma com acomodações de pessoal. As plataformas de 3ª família tinham a concepção mais complexa. Permitiam a perfuração e completação de até 15 poços e as facilidades de produção podiam conter uma planta de processo completa (teste, separação, tratamento e transferência de fluidos), sistema de compressão de gás, sistema de recuperação secundária, sistemas de segurança e de utilidades e acomodação de pessoal. As plataformas de 3a família tinham concepção apropriada para atuarem como plataformas centrais. Em 1975, para o desenvolvimento dos campos de Ubarana e Agulha, no Rio Grande do Norte, além das plataformas de aço convencionais, decidiu-se pela utilização de plataformas de concreto gravitacionais, segundo concepção do consórcio franco-brasileiro Mendes Jr. - Campenon Bernard. Foram utilizadas 3 destas plataformas, duas em Ubarana e uma em Agulha. Pela concepção original, cada plataforma comportava a perfuração e a completação de até 13 poços, separação, tratamento, armazenamento e transferência de óleo, compressão de gás além dos sistemas de utilidades, segurança e alojamento de pessoal. As plataformas, em formato de caixa têm um convés único medindo cerca de 2.500 m2 além de um espaço interno, chamado de "galeria técnica", para instalação de bombas de transferência, sistema de lastro e tratamento/descarte de água produzida.

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A planta de processo de cada plataforma comportava uma produção de 5.000 m3/dia de óleo e a capacidade do tanque de armazenamento era de 20.000 m3. A altura total da plataforma era de 25 metros, instalada em locais de lâmina d'água aproximada de 13 metros. São instalações que se destinavam a operar como plataformas centrais.

Fig. 2: Plataforma Fixa

As plataformas de concreto, que tiveram largo uso no Mar do Norte, têm uso limitado na área offshore brasileira em pequenas lâminas d'água. A Bacia de Campos - Primeiras Descobertas Até 1977 as atividades de produção offshore no Brasil limitaram-se às áreas do Nordeste brasileiro em lâminas d'água de até 50 metros. Em 1974 houve a primeira descoberta de petróleo na Bacia de Campos, atualmente a principal província petrolífera do Brasil, localizada na parte marítima do estado do Rio de Janeiro, na região Sudeste do país. Entretanto, a atividade começou em agosto de 1977, na segunda descoberta, com o campo de Enchova, em lâmina d'água de 120 metros. Um novo conceito, em termos de explotação, foi introduzido, denominado Sistema Antecipado de Produção (EPS). Na fase 1 deste desenvolvimento a plataforma de perfuração semissubmersível Sedco-135D foi equipada com uma planta de processamento simples. A produção fluía para a superfície através de uma árvore teste (árvore EZ) suspensa pela plataforma de perfuração, dentro do sistema de prevenção de blowout (BOP) e do riser. O óleo e o gás eram separados e o gás queimado. O óleo processado era então transferido através de uma mangueira flutuante para um navio tanque ancorado nas proximidades, ligado a um sistema de ancoragem de quatro pontos. Na segunda fase, outra semissubmersível, a Penrod-72, também parcialmente convertida em plataforma flutuante de produção, foi usada. Como na fase inicial, a plataforma era posicionada sobre um poço produtor usando uma árvore de BOP de superfície, enquanto um segundo poço submarino era colocado em produção

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através de uma árvore "molhada", a uma profundidade de água recorde de 189 metros. Da árvore submarina, a produção fluía para a Penrod-72 através de um sistema flexível livre de linhas de escoamento e riser, que incluía um umbilical de controle para comunicação entre a árvore e a plataforma. O óleo processado dos dois poços era transportado através de uma linha de escoamento e riser flexíveis até uma monobóia ancorada por um sistema de pernas em catenária, Catenary Anchor Leg Mooring (CALM). Uma segunda linha de escoamento e riser flexíveis era conectada entre a Penrod-72 e a Sedco-135D, o que proporcionava uma capacidade de produção contínua.

Fig. 3: Plataforma Sedco 135-D (SS-06) Foi o nascimento do Sistema de Produção Antecipada, capaz de antecipar a produção, e, ao mesmo tempo, fornecer dados detalhados sobre o reservatório. Estes dados foram então usados para o projeto do sistema permanente de exploração que, uma vez no local, permitia o emprego dos EPS em outra área. As vantagens do uso de risers flexíveis foram a acomodação do movimento das unidades flutuantes e a facilidade de sua instalação. Adicionalmente, os risers e linhas de fluxo flexíveis eram freqüentemente reutilizadas em novos sistemas. Apesar do fato de que era somente o segundo sistema flutuante de produção no mundo, esse conceito realmente ganhou força no Brasil. A surpreendente alta segurança e o baixo custo indicam que o EPS era a concepção para águas profundas, pelo menos nesta parte do hemisfério. A partir de então, e visando principalmente uma antecipação de produção, os sistemas flutuantes foram largamente empregados na Bacia de Campos. Uma evolução natural deste sistema foi a completa conversão das plataformas semissubmersíveis de perfuração em unidades flutuantes de produção, que tem sido mundialmente seguido, depois desta primeira experiência de sucesso. O campo de Garoupa, primeiro a ser descoberto, também em lâmina d'água de 120 metros, somente entrou em produção em 1979, juntamente com o de Namorado, este em lâmina d'água de 160 metros. Apesar de se tratar de campos com potencial superior aos campos marítimos do Nordeste, a utilização de sistema de produção com plataformas fixas e tubulações rígidas não era economicamente viável por serem isolados e muito distantes do litoral, cerca de 80 km. Optou-se então pelo conceito de sistema flutuante de produção utilizando navio. A concepção envolvia tecnologia pioneira e foi um marco na atividade offshore mundial. O sistema compreendia 8 poços de produção com completação seca utilizando câmaras atmosféricas, manifold atmosférico, navio para processamento da produção atracado a uma torre articulada e navio para carregamento de óleo atracado a outra torre articulada. Todo o sistema era interligado por tubulações flexíveis.

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Fig. 4: Plataforma P-24 (Ex-Penrod 72)

A concepção não voltou a ser utilizada pela Petrobras por problemas técnicos e econômicos particulares do projeto. Contudo, contornados os problemas e eliminados os aspectos pioneiros, mostrou-se perfeitamente viável. Paralelamente, um programa de implantação de um sistema definitivo de produção foi desenvolvido. O programa compreendeu o projeto, fabricação, transporte, instalação e montagem de 7 plataformas fixas de aço, de grande porte, e o projeto, fabricação e lançamento de aproximadamente de 500 km de dutos rígidos no mar e 500 km em terra, para escoamento de óleo e gás. As plataformas do Sistema Definitivo da Bacia de Campos, implantado em 1983, foram instaladas em lâminas d'água variando entre 110 e 175 metros e concebidas segundo dois tipos principais:

Plataformas Centrais: Tipo fixa de aço, cravadas por estacas, com 8 pernas, para perfuração e produção de poços, equipadas com plantas completas de processo da produção, sistema de tratamento e compressão de gás, sistemas de segurança e utilidades e acomodação de pessoal. A capacidade de produção dessas plataformas varia de 15.000 a 32.000 m3/dia de óleo (95.000 a 200.000 bpd); Plataformas Satélites: Semelhantes às plataformas centrais, porém a planta de processo da produção compreendendo apenas um estágio de separação primária de fluidos produzidos. A capacidade varia de 8.000 a 10.000 m3/dia de óleo (50.000 a 63.000 bpd). Estas plataformas, com concepção semelhante às utilizadas no Mar do Norte, são bastante diversas daquelas instaladas na região Nordeste do Brasil que têm concepção semelhante às plataformas do Golfo do México.

Polo Nordeste A partir de 1984, a Bacia de Campos começou a mostrar seu completo potencial, com a descoberta de campos gigantes em águas profundas que, à época, variavam de 300 a mais de 1.000 metros de lâmina d'água.

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Enquanto a Petrobras analisava o desenvolvimento de tecnologia para produzir nesses campos, o desenvolvimento do Polo Nordeste – abrangendo os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho – era realizado. A partir de 1989, 7 plataformas fixas foram instaladas, todas utilizando bombas elétricas submersas (ESP). O desenvolvimento do Pólo Nordeste inclui:

Instalação de 6 templates; Perfuração e completação de 120 poços, com ESP; Instalação de 5 plataformas satélites de produção e 1 sistema central com duas

plataformas geminadas, uma para a planta de processo e outra para utilidades (Pargo 1A e Pargo 1B);

Lançamento de 70 km de linhas de escoamento e 50 km de cabos elétricos de força submarinos.

Águas Profundas Em 1984, o campo de Albacora foi descoberto seguido por: Marimbá (1985), Marlim (1985), Marlim Sul (1987), Marlim Leste (1987), Barracuda (1989), Caratinga (1989) e Roncador (1996). Esses campos estão situados em lâminas d'água superiores a 300 metros (profundidades limite para o uso de mergulhadores na instalação, operação e manutenção) e demandaram o desenvolvimento de tecnologia pioneira para serem postos em produção.

O campo de Marimbá, localizado em lâminas d'água que variam entre 350 e 650 metros, pode ser considerado um verdadeiro laboratório onde a tecnologia de produção em águas profundas com sistema flutuante de produção com semissubmersível foi testada e colocada em produção.

A Fase II compreendeu a instalação de 4 unidades adicionais de produção, sendo 1 semissubmersível e 3 FPSO’s, além de uma plataforma de apoio. No total, o campo irá abranger 94 poços de produção e 51 de injeção e produzir 511.000 bpd de óleo e 5,9 milhões de m3/dia de gás. No bloco de Marlim Sul foi instalado, em 1997, um sistema de produção antecipada composto pela unidade FPSO-II, em lâmina d’água de 1.420 metros, interligada a 1 poço produtor, a 1.709 metros de lâmina d’água. À época, este poço estabeleceu o recorde mundial de lâmina d’água para completação submarina. O desenvolvimento do bloco foi feito em 2 módulos. O módulo I consiste de semissubmersível (P-40, antiga DB-100) ancorada em lâmina d’água de 1.080 metros que atinge uma produção de 150.000 bpd de óleo e 6 milhões de m3/dia de gás. Essa produção é exportada através de uma unidade de estocagem e transbordo (FSO), também convertida (P-38). O módulo utiliza 1 ou 2 unidades de produção, dependendo do desempenho do sistema de produção antecipada. Para o bloco de Marlim Leste, foi feita a conexão de um poço daquela área a alguma das unidades instaladas no complexo de Marlim para levantamento de dados para o futuro desenvolvimento. Os campos de Barracuda e Caratinga estão localizados a sudoeste de Marlim em lâmina d’água variando de 600 a 1.300 metros. Seu desenvolvimento consiste de 3 fases: Sistema de Produção Antecipada, Sistema Definitivo de Barracuda e Sistema Definitivo de Caratinga. O Sistema de Produção Antecipada começou a produzir em 1997 através do FPSO P-34 em lâmina d’água de 785 metros, o qual operou até a entrada do sistema definitivo.

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O Sistema Definitivo de Barracuda entrou em produção em 2001 e é composto de uma unidade de completação seca (P-41), ancorada em lâmina d’água de 815 metros, ligada a um FPSO (P-43), ancorada a 785 metros por um Sistema de Ancoragem de Complacência Diferenciada (Dicas). Deverão integrar o sistema 24 poços produtores e 17 injetores. A produção deverá atingir 175.000 bpd e 2,7 milhões de m3/dia de gás. O Sistema Definitivo de Caratinga é composto de 1 FPSO (P-48) ancorado a 1.040 metros de LDA instalado em 2002. O sistema compreende 13 poços produtores e 11 injetores, com uma produção de 100.000 bpd e 1,4 milhão m3/dia de gás. A produção desses dois sistemas é exportada através das plataformas fixas PNA-1 (gás) e PNA-2 (óleo). Os Recordes

Fig. 5: Profundidades de exploração em alto-mar

Em função dessas descobertas em águas profundas e da necessidade de suprir a demanda do País, a Petrobras vem estabelecendo sucessivos recordes de profundidade de poço em produção. Um dos mais importantes recordes ocorreu em janeiro de 1999, quando entrou em produção o EPS de Roncador, campo situado na parte norte da Bacia de Campos, com uma área de 132 km2 e lâmina d’água entre 1.500 e 2.000 metros. Esse sistema, que produziu mais de 20.000 bpd, era composto pelo navio Seillean, um FPSO de posicionamento dinâmico, localizado diretamente sobre o poço produtor em lâmina d’água de 1.853 metros, ligado à árvore de natal, instalada pelo próprio navio, por um riser vertical rígido pioneiro no mundo, sendo que ambos foram especialmente projetados para profundidades de até 2.000 metros. Além de tais recordes, cabe destacar o fato de que foi o único FPSO de posicionamento dinâmico em uso no mundo e a unidade desse tipo operando na maior lâmina d’água.

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Fig. 6: FPSO SEILLEAN em atividade na Bacia de Campos (fot. Paul Sullivan)

Esse sistema entrou em operação no final de 1999, sendo depois substituído pelo sistema definitivo composto pela unidade semissubmersível Spirit of Columbus (P-36), convertida para unidade de produção no Canadá, que repassava a produção de 21 poços para um FSO (P-47 – convertida a partir do navio Eastern Strength); a unidade de produção estava ancorada a 1.360 metros de LDA e o FSO a 815 metros. O sistema atingiu o pico de produção de 180.000 bpd em 2002. Novas Tendências de Completação Ao longo desses anos, a Petrobras fez uso intensivo do conceito “equipamentos submarinos de completação + unidade flutuante de produção” nas atividades offshore. Os principais fatores que a levaram a essa opção foram:

As características dos reservatórios e as condições ambientais relativamente brandas encontrados na Bacia de Campos;

A possibilidade de instalação de sistemas de produção antecipada para servir como laboratórios em escala para os sistemas definitivos, para realizar testes de poços e para permitir o desenvolvimento em fases dos grandes campos;

A diminuição do risco e o melhor fluxo de caixa, já que a receita obtida em uma fase do desenvolvimento participa do financiamento das seguintes;

A maior rapidez obtida no desenvolvimento dos campos; As parcerias e cooperações estabelecidas com os fornecedores de equipamentos, o

que possibilita a melhoria contínua dos mesmos e o relacionamento a longo prazo; A confiabilidade e rentabilidade desses sistemas, comprovadas na prática.

Todavia, as características dos fluidos encontrados em campos de águas ultraprofundas (lâmina d’água superior a 1.000 metros) estão levando a uma mudança na abordagem da questão, favorecendo a adoção de unidades de completação seca (UCS). Muitos desses campos apresentam óleo pesado variando de 15 a 20 oAPI que, combinado com as baixas temperaturas predominantes nestas profundidades, resulta em problema de escoamento.

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Por esses motivos, a tendência ao uso de UCS tem aumentado ultimamente, já que essas unidades:

Propiciam melhores condições térmicas ao escoamento, antecipando a produção; Minimizam os problemas com a formação de depósitos de hidratos e parafinas

devido à temperatura de escoamento mais elevada; Reduzem os custos operacionais com intervenções; Apresentam ações mais rápidas e econômicas para otimização e controle da

produção; A evolução da tecnologia de perfuração, permitindo a drenagem de uma grande

área a partir de um único cluster através de poços de grande angulação e afastamento em arenitos não consolidados e folhelhos instáveis.

Conclui-se que nestes anos de atividades offshore, a produção no mar tornou-se vital para o Brasil, passando a responder por cerca de 80% do total produzido no país no início de 1999, ou seja: cerca de 1 milhão de bpd provenientes de 74 plataformas fixas e 23 flutuantes. Nesse período, a Petrobras instalou, ainda, mais de 300 árvores de natal submarinas, 40 manifolds submarinos e 5.000 km de linhas flexíveis, rígidas e umbilicais de controle.

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Pré-Sal Em geologia, camada pré-sal refere-se a um tipo de rochas sob a crosta terrestre formadas exclusivamente de sal petrificado, depositado sob outras lâminas menos densas no fundo dos oceanos e que formam a crosta oceânica. Segundo os estudiosos no assunto, esse tipo de rocha mantém aprisionado o petróleo recentemente descoberto, pelos brasileiros. Entre a costa ocidental da África e a oriental da América do Sul conta um riquíssimo depósito de matéria orgânica que viria se acumulando ao longo de milhões de anos sob o sal petrificado e posteriormente prensado por pesadas lâminas, transformando-se em petróleo. Ainda, segundo os geólogos brasileiros, essa camada mais antiga de sal foi depositada durante o processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gonduana (supercontinente, que teoricamente afundou formando a junção oceânica das placas americanas e africanas respectivamente) e suposto afastamento entre a América do Sul e a África - processo iniciado há cerca de 120 milhões de anos. As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar raso e de clima semiárido a árido (1 a 7 Ma). Como a formação laminar da camada pré-sal é anterior à formação da camada mais antiga de sal, logo, essa camada, é mais profunda e de acesso mais difícil do que as reservas de petróleo situadas na camada pós-sal (acima da camada de sal). Acredita-se que os maiores reservatórios petrolíferos do pré-sal, todos praticamente inexplorados pelo homem, encontram-se no Brasil (entre as regiões Nordeste e a sul), no Golfo do México e na costa ocidental africana. No Brasil, o conjunto de campos petrolíferos do pré-sal situa-se a profundidades que variam de 1.000 a 2.000 metros de lâmina d'água e entre 4.000 e 6.000 metros de profundidade no subsolo. A profundidade total, ou seja, a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a 8.000 metros. O estrato do pré-sal ocupa uma faixa de aproximadamente 800 quilômetros de comprimento, ao longo do litoral brasileiro. A área, que tem recebido destaque pelas recentes descobertas da Petrobras, encontra-se no subsolo oceânico e estende-se do norte da Bacia de Campos ao sul da Bacia de Santos e desde o Alto Vitória (Espírito Santo) até o Alto de Florianópolis (Santa Catarina). Estima-se que lá estejam guardados cerca de 80 bilhões de barris de petróleo e gás, o que deixaria o Brasil na privilegiada posição de sexto maior detentor de reservas no mundo - atrás de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes. Definição O termo pré-sal é uma definição geológica que delimita um perfil geológico anterior à deposição de sal mais recente no fundo marinho. Já o termo sub-sal, que também é uma definição geológica, designa o que está abaixo do sal - não necessariamente sendo uma camada de rocha. Primeiras Descobertas Nas rochas da camada pré-sal existentes no mundo, a primeira descoberta de reserva petrolífera ocorreu no litoral brasileiro, que passou a ser conhecida simplesmente como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". Estas também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal até o momento identificadas. Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas de sal nas camadas profundas do subsolo marinho. Atualmente as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo (Brazzaville) e no

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Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão. Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobras, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobras, nos campos que exploram como sócias da Petrobras no Brasil. O Pré-Sal Brasileiro As reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro estão dentro da área marítima considerada zona econômica exclusiva do Brasil. São reservas com petróleo considerado de média a alta qualidade, segundo a escala API. O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende entre o litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de 1.000 a 2.000 metros de lâmina d'água e entre 4.000 e 6.000 metros de profundidade no subsolo, chegando, portanto a até 8.000 metros da superfície do mar, incluindo uma camada que varia de 200m a 2.000m de sal. O geólogo e ex-funcionário da Petrobras, Márcio Rocha Mello, acredita que o pré-sal pode ser bem maior do que os 800 quilômetros já identificados, estendendo-se de Santa Catarina até o Ceará. Apenas com a descoberta dos três primeiros campos do pré-sal, Tupi, Iara e Parque das Baleias, as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris, aumentaram para 33 bilhões de barris. Além destas, existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100 bilhões de barris. A descoberta do petróleo nas camadas de rochas localizadas abaixo das camadas de sal só foi possível devido ao desenvolvimento de novas tecnologias como a sísmica 3D e sísmica 4D, de exploração oceanográfica, mas também de técnicas avançadas de perfuração do leito marinho, sob até 2 km de lâmina d'água. O pré-sal está localizado além da área considerada como mar territorial brasileiro, no Atlântico Sul, mas dentro da região considerada Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil. É possível que novas reservas do pré-sal sejam encontradas ainda mais distantes do litoral brasileiro, fora da ZEE, mas ainda na área da plataforma continental, o que permitiria ao Brasil reivindicar exclusividade sobre futuras novas áreas próximas. Vale lembrar que alguns países nunca assinaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e alguns dos que o fizeram não ratificaram o tratado. Origem O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizado abaixo de uma camada de sal nas profundezas do leito marinho. Entre 300 e 200 milhões de anos havia um único continente, a Pangéia, que há cerca de 200 milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há aproximadamente 140 milhões de anos teve inicio o processo de separação entre as duas placas tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os atuais continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul. Nos primórdios, formaram-se vários mares rasos e áreas semi-pantanosas, algumas de água salgada e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e micro-organismos chamados de

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fito plâncton e zooplâncton. Estes micro-organismos se depositavam continuamente no leito marinho na forma de sedimentos, misturando-se a outros sedimentos, areia e sal, formando camadas de rochas impregnadas de matéria orgânica, que dariam origem às rochas geradoras. A partir delas, o petróleo migrou para cima e ficou aprisionado nas rochas reservatórios, de onde é hoje extraído. Ao longo de milhões de anos e sucessivas Eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no nível dos oceanos, inclusive com a deposição de grandes quantidades de sal, que formaram as camadas de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação da água nestes mares rasos. Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo oceano e por novas camadas de sedimentos quando o gelo das calotas polares voltou a derreter nos períodos interglaciais. Estes microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e, com o passar do tempo, transformaram-se em petróleo, como o que é encontrado atualmente no litoral do Brasil. O conjunto de descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-te-vi, Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como "Cluster Pré-Sal", pois o termo genérico "Pré-Sal" passou a ser utilizado para qualquer descoberta em reservatórios sob as camadas de sal em bacias sedimentares brasileiras. Ocorrências similares sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano Superior), Sergipe-Alagoas, Camamu, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espírito Santo, no litoral das ilhas Malvinas, mas também já foram identificadas no litoral atlântico da África, no Japão, no Mar Cáspio e nos Estados Unidos, na região do Golfo do México. A grande diferença deste último é que o sal é alóctone (vindo de outras regiões), enquanto o brasileiro e o africano são autóctones (formado nessas regiões). Os nomes que se anunciam das áreas do Pré-Sal possivelmente não permanecerão, pois, se receberem o status de "campo de produção", deverão ser rebatizados segundo o artigo 3° da Portaria ANP nº 90, com nomes ligados à fauna marinha.

Fig. 7: O “Cluster” do Pré-Sal

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Geologia Como foi citado anteriormente, o Pré-Sal é uma camada de rocha formada por sal que delimita um conjunto de reservatórios petrolíferos mais antigos que os depósitos encontrados sobre a camada pós sal neoapitiniano e que na costa brasileira se estende desde o Alto Vitória e Santos, nas Bacias de Campos, até o Alto de Florianópolis respectivamente. Este sal foi depositado durante a abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico Superior-Cretáceo) durante a fase de mar raso e de clima semi-árido/árido do Neoapitiniano (1 a 7 Ma). A análise de um perfil sísmico da Bacia de Santos nos leva a crer que existem ao menos quatro plays na região: O primeiro referente à fase Drift (turbiditos terciários similares aos da Bacia de Campos) acima do sal e mais três, abaixo do sal, referentes pós-rift (carbonatos e siliciclastos apitinianos de plataforma rasa) e ao sin-rift (leques aluviais de conglomerados). Em todos os casos a rocha-geradora é de toda a costa Leste brasileira, a formação Lagoa Feia. A área de ocorrência conhecida destes reservatórios é de 149 mil km² dos quais 42 mil km² (28%) já foram licitados e 107 mil km² (72%) ainda por licitar. A história da prospecção desta região começa no ano de 2000 durante a segunda rodada de licitações da ANP, onde foram arrematados os primeiros blocos de exploração nos limites entre os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na realidade, técnicos da Petrobras já especulavam a existência de hidrocarbonetos abaixo da camada de sal há mais de vinte anos. Porém as técnicas de aquisição e processamento dos dados sísmicos impossibilitavam uma melhor análise dos dados justamente devido à presença do sal. Por sua vez, sem um conjunto de informações minimamente confiáveis, não era possível justificar o investimento de centenas de milhões de reais na perfuração de um poço prospectivo, devido aos altíssimos custos em função novamente da presença da espessa camada de sal. Com a evolução das técnicas de processamento dos dados e da capacidade de processamento dos computadores foi possível avançar no conhecimento em subsuperfície, que levou ao encontro de indícios que justificariam o investimento bilionário. Quando não se fala do "Cluster Pré-Sal" na Bacia de Santos, as descobertas foram realizadas no play pós-rift em grandes profundidades com lâminas d’água superiores a 2.000 m e profundidades maiores que 5.000 m, dos quais 2.000 m de sal. As rochas geradoras são folhelhos lacustres da formação Guaratiba (do Barremiano/Aptiano e COT de 4%). O selo é formado por pelitos intraformacionais e, obviamente, o sal. A literatura científica afirma que os reservatórios encontrados são biolititos cuja origem está baseada nos estromatólitos da fase de plataforma rasa do Barremiano. A Extração de Petróleo da Camada Pré-Sal A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobras em 2006. A existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré-sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobras em 2007. Em 2008 a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve na camada sub-sal e extraiu pela primeira vez petróleo do pré-sal. Em setembro de 2008, a Petrobras começou a prospectar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34. A Petrobras afirma já possuir tecnologia suficiente para extrair o óleo da camada. O objetivo da empresa é desenvolver novas tecnologias que possibilitem maior rentabilidade, principalmente nas áreas mais profundas. Um problema a ser enfrentado pelo país diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se esgotar em apenas uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto,

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isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações e facilitando as importações; fenômeno conhecido como "mal holandês", que pode resultar no enfraquecimento de outros setores produtivos como a indústria e agricultura. A partir de agosto de 2011 a Petrobras iniciou uma experiência pioneira de captura e armaze-namento de carbono em águas profundas, que consiste em absorver grandes quantidades de CO2 existentes no pré-sal.

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Embarcações Sistemas de Propulsão As embarcações empregadas no Apoio Marítimo (Offshore) devem possuir uma capacidade de manobra aprimorada para seu posicionamento próximo às unidades a serem atendidas. Este atendimento consiste no recebimento e fornecimento de granéis líquidos e sólidos (água, óleo diesel, cimento, baritina, bentonita e fluido de completação - lama), operações de carga no convés (descarga e recebimento-back load), além das operações de manuseio de âncoras, reboque e SOS Estas atividades serão explicadas adiante. O primeiro recurso a ser incorporado nestas embarcações foi o de hélices e lemes gêmeos (dois) o que, através da inversão de suas rotações, propicia um menor diâmetro na curva de giro. Em embarcações de menor porte (workboats) este recurso atende a maioria de suas necessidades pois o sistema de propulsão e governo é posicionado mais para vante, ficando mais próximo da meia-nau. O segundo recurso foi o bow thruster (impelidor lateral de proa). A palavra inglesa “thruster” significa impelidor auxiliar (lateral) enquanto a palavra propeller tem o significado voltado à propulsão principal. Este recurso consiste de um hélice de passo variável colocado dentro de um tubulão (tubo kort), que desloca a proa para boreste ou bombordo, de acordo com o sentido da descarga. O posicionamento da superestrutura destas embarcações é feito de forma a deixar o convés principal o mais acessível possível pelos guindastes das unidades (estruturas flutuantes ou não). Isto é obtido com todas as partes acima do convés principal posicionadas avante (superestrutura, chaminé(s), guincho: reboque, manuseio e auxiliares, embarcações de sobrevivência e de salvamento, etc.). O controle dos equipamentos é feito principalmente do passadiço (ponte de comando), onde a visão do convés principal e equipamentos durante as manobras é privilegiada.

Fig. 8: Impelidores laterais de proa (bow thruster)

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O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são colocados para dentrosomem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante. O quarto recurso foi o ré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré. O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada “joystick”, que consiste de um cprovocando a resultante do movimento da embarcaçãoa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores (principais e auxil

O sexto recurso foi o associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de análise e comandos basecorrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema sonora entre a s(similar ao DGPS).

Leme

Convés Principal

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são colocados para dentrosomem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

O quarto recurso foi o ré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada “joystick”, que consiste de um cprovocando a resultante do movimento da embarcaçãoa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores (principais e auxiliares) coordenados pelo sistema.

O sexto recurso foi o associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de análise e comandos basecorrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema sonora entre a sua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida (similar ao DGPS).

Tubo Kort

Principal

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são colocados para dentro, o que, na inversão dos passsomem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

O quarto recurso foi o stern thrusterré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada “joystick”, que consiste de um cprovocando a resultante do movimento da embarcaçãoa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

iares) coordenados pelo sistema.

O sexto recurso foi o posicionamento dinâmico (associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de análise e comandos baseados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema

ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida (similar ao DGPS).

Stern Thruster

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

o que, na inversão dos passsomem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

stern thruster (impré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada “joystick”, que consiste de um console com uma manete (provocando a resultante do movimento da embarcaçãoa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

iares) coordenados pelo sistema.

Fig. 9: Algumas definições de uma embarcação

posicionamento dinâmico (associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema

ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Thruster Superestrutura

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

o que, na inversão dos passsomem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

impelidor lateral de popa). Este ré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada onsole com uma manete (

provocando a resultante do movimento da embarcaçãoa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

iares) coordenados pelo sistema.

Algumas definições de uma embarcação

posicionamento dinâmico (associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema

ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Fig. 10: Joystick

Superestrutura

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

o que, na inversão dos passos, faz com que os efeitos evolutivos se somem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

or lateral de popa). Este ré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada onsole com uma manete (joystick

provocando a resultante do movimento da embarcação, ou sejaa manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

Algumas definições de uma embarcação

posicionamento dinâmico (dinamic positioningassociação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma referência. Esta referência pode ser através do sistema doppler

ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Joystick

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

os, faz com que os efeitos evolutivos se somem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

or lateral de popa). Este impelidré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada joystick) que tem o seu movimento

, ou seja, a posição em que for colocada a manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

Algumas definições de uma embarcação

dinamic positioningassociação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma

doppler (diferença de ângulo na onda ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Introdução ao Apoio Marítimo

O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

os, faz com que os efeitos evolutivos se somem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

impelidor fica localizado a ré, próximo aos hélices com a finalidade de melhorar o deslocamento lateral a ré.

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada ) que tem o seu movimento

, a posição em que for colocada a manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

dinamic positioning). Este recurso é a associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma

(diferença de ângulo na onda ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Bow Thruster

Guincho de Reboque e Manuseio de Âncoras

Introdução ao Apoio Marítimo

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O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

os, faz com que os efeitos evolutivos se somem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha a ré suprime com menor intensidade ao efeito evolutivo do que está em marcha avante.

or fica localizado a

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada ) que tem o seu movimento

, a posição em que for colocada a manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

). Este recurso é a associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma

(diferença de ângulo na onda ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

Bow Thruster

Guincho de Reboque e Manuseio de Âncoras

Introdução ao Apoio Marítimo

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O terceiro recurso foi o sistema de lemes independentes. Este sistema propicia o posicionamento dos lemes em qualquer ângulo independentemente. Normalmente são

os, faz com que os efeitos evolutivos se somem. No sistema convencional (lemes gêmeos conjugados) a posição do hélice em marcha

or fica localizado a

O quinto recurso foi a central de manobras computadorizada, normalmente denominada ) que tem o seu movimento

, a posição em que for colocada a manete reflete a direção do deslocamento imposto à embarcação por todos os propulsores

). Este recurso é a associação dos demais sendo o último avanço tecnológico em termos de sistemas de manobras e propulsão. O sistema consiste basicamente, de uma central computadorizada de

ados nas informações recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparação sobre o posicionamento da embarcação em relação a uma

(diferença de ângulo na onda ua transmissão e o eco) ou através de sinais rádio de origem conhecida

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Fig. 11: Console de Posicionamento Dinâmico Arranjo de Convés O arranjo de convés é o principal fator no projeto de uma embarcação offshore. O sistema a ser instalado pode variar de guinchos de reboque e manuseio a uma planta de estimulação de poços de petróleo. Apresentamos a seguir alguns tipos de embarcações. A. Manuseio de Espias – LH (Line Handling): Tipo de embarcação empregada nos pequenos serviços de apoio às unidades tais como: transporte de malotes, pequenas cargas e pessoas, além do transbordo. Possuem pequena área de convés disponível. São também utilizadas como auxiliares nas manobras de amarração de petroleiros em monobóias.

Fig. 12: Embarcação de Manuseio de Espias – LH

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B. Supridor – OSV (Offshore Supply Vessel): Embarcação com o convés principal liberado voltado para o transporte de carga geral e suprimento. Possui tomada de descarga de granéis líquidos e sólidos na parte de ré do convés principal nos dois bordos, onde são conectados os mangotes das unidades. Por ser o primeiro tipo de embarcação a ser utilizado no Apoio Marítimo, não exige muita capacidade de manobra para águas rasas (abaixo de 100 metros) e sem muita influência de vento e corrente. Possui alta capacidade de armazenamento de líquidos (água e óleo diesel). Os silos, normalmente 6, armazenam boa quantidade de granéis sólidos: cimento, baritina ou bentonita, materiais estes usados como base para a lama de completação (fluido que serve para controlar a pressão na coluna de perfuração). Alguns supridores têm sido adaptados para operações específicas tais como o transporte de óleo diesel e granéis sólidos (silos).

Fig. 13: Supridor – OSV C. Supridor de Plataforma – PSV (Platform Supply Vessel): Tipo de supridor com projeto otimizado para enfrentar condições meteorológicas adversas (mar e tempo acima da escala 5 beaufort). Este projeto utiliza borda livre alta e capacidade de manobra com recursos de última geração (posicionamento dinâmico-DP). Para melhor enfrentar as condições adversas, a embarcação possui dimensões acima das consideradas normais para um supridor.

Fig. 14: Supridor de Plataforma – PSV

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D. Supridor, Reboque e Manuseio de Âncoras - AHTS (Anchor Handling and Towing Supply):

Embarcação construída objetivando as operações de reboque e ancoragem das plataformas. Devido à sua complexidade, o arranjo de convés destas embarcações é composto de equipamentos bastante especializados tais como: guinchos de reboque, guinchos de manuseio com ou sem coroas de barbotin, pelicanos hidráulicos, guias (fairleads) hidráulicas, paiol de amarra (chain locker), limitadores no guarda cabo (horse bar), entre outros. O reboque é a operação mais simples, consistindo basicamente da conexão do cabo de reboque à uma engrenagem de reboque (pendente, stretcher (amortecedor), pendente) e esta à cabresteira da unidade rebocada. Esta cabresteira é composta normalmente por cabos de aço conectados a olhais nas colunas frontais, ou proa, unidos em uma placa triangular denominada “monkey face”.

Fig. 15: Diagramas de cabresteira e reboque

As operações de manuseio de âncoras são mais complexas por envolverem a relação entre duas unidades independentes (rebocador e plataforma). O posicionamento de âncoras no fundo do mar obedece a planejamento prévio levando em consideração o solo e limitações provocadas por linhas de produção (bundle), cabeças de poços, etc.. Manusear uma âncora é posicioná-la no fundo do mar ou recuperá-la para inspeção, reposicionamento ou retirada definitiva.

Fig. 16: Embarcação Supridora, Reboque e Manuseio de Âncoras – AHTS

Pendentes

Monkey Face

Unidade

Catenária

Rebocador

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Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés étodas as forças que surgem durante as operações.

E. Apoio a Mergulho Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras hiperbáricas e sinos. Normalmente são dotadas de

F. Balsa de ServiçoEmbarcação empregada em serviços geraisNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas ou mais), que utiliza o posicionamento dinâmico.

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés étodas as forças que surgem durante as operações.

Apoio a Mergulho

Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras hiperbáricas e sinos. Normalmente são dotadas de

Balsa de ServiçoEmbarcação empregada em serviços geraisNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas ou mais), que utiliza o posicionamento dinâmico.

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés étodas as forças que surgem durante as operações.

Apoio a Mergulho - DSV (Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras hiperbáricas e sinos. Normalmente são dotadas de

Balsa de Serviço (Barge): Embarcação empregada em serviços geraisNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas ou mais), que utiliza o posicionamento dinâmico.

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés étodas as forças que surgem durante as operações.

Fig. 17: Detalhe dos guinchos de um AHTS

DSV (Diving Support VesselEmbarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras hiperbáricas e sinos. Normalmente são dotadas de

Fig. 18

): Embarcação empregada em serviços geraisNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas ou mais), que utiliza o posicionamento dinâmico.

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés étodas as forças que surgem durante as operações.

Detalhe dos guinchos de um AHTS

Diving Support VesselEmbarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras hiperbáricas e sinos. Normalmente são dotadas de heliporto

8: Embarcação do tipo DSV

Embarcação empregada em serviços gerais tais como lançamento de tubos, montagem, etcNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas ou mais), que utiliza o posicionamento dinâmico.

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés é

Detalhe dos guinchos de um AHTS

Diving Support Vessel): Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras

heliporto.

Embarcação do tipo DSV

tais como lançamento de tubos, montagem, etcNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas

Devido às grandes profundidades hoje alcançadas na perfuração e prospecção, as âncoras evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas profundidades exige muito da embarcação e o arranjo do convés é preparado para superar

Detalhe dos guinchos de um AHTS

Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras

tais como lançamento de tubos, montagem, etcNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas

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prospecção, as âncoras evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas

preparado para superar

Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operremota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras

tais como lançamento de tubos, montagem, etcNormalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas

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prospecção, as âncoras evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas

preparado para superar

Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção da posição durante o trabalho de mergulhadores no fundo ou uso dos veículos de operação remota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras

tais como lançamento de tubos, montagem, etc.Normalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas

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prospecção, as âncoras evoluem no seu projeto e sistema de penetração. Para altas profundidades já são empregados sistemas compostos de “âncoras verticais” e cabos de kevlar. O manuseio nestas

preparado para superar

Embarcação empregada no apoio a mergulho de profundidade. Esta embarcação é construída com recursos de manobras de última geração para atender às necessidades de manutenção

ação remota ou por controle remoto (ROV ou RCV). Os equipamentos de mergulho incluem câmaras

. Normalmente é posicionada por âncoras e utilizada em pequenas lâminas d’água. Uma evolução deste tipo de embarcação é o guindaste flutuante de alta capacidade (400 toneladas

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Fig. 19: Balsa de Serviço G. Lançamento de Linhas – PLV (Pipe Laying Vessel): Embarcação destinada ao lançamento e posicionamento no fundo do mar de cabos de telecomunicações e flexíveis de produção de petróleo. Possui recursos avançados de posicionamento, bem como de mapeamento e acompanhamento das operações.

Fig. 20: Embarcação do tipo PLV H. Navio de Estimulação de Poços de Petróleo – WSV (Well Stimulation Vessel): Embarcação com capacidade de manobra similar ao supridor com planta de estimulação instalada no convés principal. Alguns tipos utilizam o convés principal protegido do tempo permanecendo exposta somente a área de embarque de carga e pessoal. A operação de estimulação tem o propósito de melhorar a produção do poço através do fraturamento (da

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formação), quando são alcançadas pressões superiores a 15000 psi, ou pela acidificação (ácido clorídrico) na limpeza da coluna e revestimento.

Fig. 21: Embarcação do tipo WSV

I. Navio de Pesquisa Sísmica – RV (Research Vessel): Embarcação destinada ao levantamento sísmico de determinada região a ser explorada ou revisada. Seus equipamentos de levantamento geológico utilizam cabos com bóias e transdutores muito sensíveis lançados pela popa.

Fig. 22: Embarcação do tipo RV

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Unidades As unidades de Apoio Marítimo estão divididas basicamente em duas categorias: fixas e móveis Fixas A. Plataforma Auto-elevatória – PA (Jack up): Tipo de plataforma que utiliza pernas estruturadas e macacos hidráulicos com cremalheiras para a auto-elevação. Estas pernas se apóiam no fundo em sapatas e não devem possuir inclinação durante a subida. Ao suspender as pernas seu casco flutua podendo ser rebocada. Este tipo de unidade pode ser posicionado, normalmente, em uma lâmina d’água de até 100 metros. É considerada fixa durante a operação por estar apoiada diretamente no fundo.

Fig. 23: Plataforma do tipo auto-elevatória em reboque

Fig. 24: Plataforma do tipo auto-elevatória em operação

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B. Plataforma Fixa - Jaqueta: Plataforma apoiada em uma estrutura submersa com os conveses de operação em continuidade. É o tipo de unidade voltado normalmente às áreas de produção. Podem possuir sondas de perfuração direcionais expandindo assim o número de poços a serem monitorados.

Fig. 25: Plataforma do tipo jaqueta Móveis A. Plataformas Semissubmersíveis – SS: Este tipo de unidade é o mais utilizado atualmente devido ao esgotamento dos campos em águas rasas (até 100 metros). Consiste de flutuadores com colunas de apoio aos conveses de operação. O projeto inicial utiliza somente âncoras para o posicionamento. Com o aumento da lâmina d’água de exploração, foram adaptadas ao sistema de posicionamento dinâmico, permanecendo sobre um poço. O custo de operação é muito maior devido ao consumo de combustível para os motores dos propulsores azimutais (schotell). A manutenção do calado de operação é crucial para a segurança das operações, já que determinados equipamentos a bordo não aceitam inclinações superiores a 2º.

Fig. 26: Plataforma do tipo semissubmersível

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B. Navios-sonda - NS (Drillship): Os navios-sonda são unidades empregadas na perfuração em lâmina d’água profunda, por possuírem posicionamento dinâmico, e também serviços de curta duração, devido à facilidade de deslocamento de uma locação à outra. Este tipo de unidade possui todas as características de uma plataforma semissubmersível com a navegação de um navio, quando necessário.

Fig. 27: Navio-sonda

C. FPSO (Floating Production, Storage and Offloading): Este tipo de unidade é normalmente a adaptação de um navio petroleiro em uma plataforma de produção antecipada, preparando o óleo que sai do poço para o transporte. Os tanques do ex-petroleiro armazenam o óleo produzido. Ele normalmente fica posicionado sobre o(s) poço(s) através de âncoras com as linhas de produção subindo pela torre central (turret) que tem a capacidade de giro de 360º.

Fig. 28: FPSO durante operação de alívio

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D. Unidade Alojamento/Floatel: Normalmente é uma unidade semissubmersível ou auto-elevatória (veja Jackup), equipada com camarotes, instalações de hotelaria e espaços para escritórios para até 800 pessoas. A instalação é normalmente utilizada para o alojamento e hotelaria para o pessoal que está construindo ou operando em uma plataforma fixa de produção. Uma unidade alojamento também pode ser equipada com instalações para oficinas e/ou depósitos.

Fig. 29: Floatel prestando apoio a uma jaqueta

E. Embarcação/Unidade Guindaste/Construção: Normalmente é uma embarcação, balsa ou uma plataforma semissubmersível, equipada para a construção e manutenção de instalações fixas. Algumas vezes oferecem acomodações. Outros serviços oferecidos são: instalações de armazenamento, suprimento de água, ar comprimido e eletricidade, espaço para escritórios, central de comunicações, heliporto, etc.

Fig. 30: Balsa-Guindaste sustentando módulo F. Navio de Apoio à Perfuração (Drilling Tender): Navio de apoio às instalações de perfuração que dependem de uma embarcação ou balsa para armazenamento, acomodações, etc.

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Fig. 31: Balsa de apoio à perfuração (Drilling Tender) Especiais

A. Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP (Tension Leg Platform): Plataforma flutuante ou monobóia presa ao fundo do mar por meio de amarras verticais, estais, etc., sendo mantida em posição por sua própria flutuabilidade.

Fig. 32: Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP

Fig. 33: Lançamento da âncora de sucção de uma Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP

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B. SPAR: Plataforma com uma única coluna (normalmente de concreto) e apoio no leito submarino através de sapatas ou estaiamento por cabos.

Fig. 34: Plataforma do tipo SPAR

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O Porto

Administração Um terminal de atendimento ao setor offshore se especializa no fornecimento de instalações portuárias e serviços para as diversas atividades da indústria marítima e de petróleo e gás. Isto inclui o fornecimento de combustível, água e materiais diversos, além de apoio às atividades de reparo de equipamentos e máquinas. Operações As operações durante a estadia no porto são realizadas em conjunto com o controle de operações do porto. A embarcação recebe uma relação de cargas proposta já analisada pelo Apoio Marítimo (em portos Petrobras). O carregamento é feito por pessoal terceirizado. O Chefe de Máquinas normalmente acompanha o carregamento de granéis sólidos e líquidos. Nos portos nacionais, a praticagem para embarcações nacionais ou estrangeiras deve atender ao estabelecido nas Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos (NPCP), antigas Normas de Tráfego e Permanência nos Portos (NTPP). Base O armador normalmente monta uma base de apoio às embarcações próxima ao terminal de operações. A finalidade maior é o atendimento às necessidades burocráticas e de logística (lavanderia, rancho, despacho e movimentação de tripulantes, oficina e assistência técnica a equipamentos eletrônicos). Terminal de Imbetiba O terminal de Imbetiba (Macaé/RJ) possui três píeres de 90 metros de comprimento cada que movimentam 230 toneladas de cargas todo mês. O Porto de Imbetiba, um dos principais motivos para a instalação da base da Petrobras em Macaé, hoje atua na sua capacidade máxima, servindo a 165 embarcações de apoio logístico offshore. O terminal é gerido pelo setor de Operações Portuárias da Unidade de Serviços de Transporte e Armazenamento (OPRT/US-TA) da E&P Serv. Por ele, são embarcados equipamentos, suprimentos e outros materiais com destino às plataformas, assim como também são descarregadas embarcações de apoio que vêm das unidades de produção. O material desembarcado fica estocado em uma área conhecida como Retroporto que, além de realizar operações para a companhia, também pode ser utilizado por suas contratadas. Estas empresas têm um prazo de 24 horas para retirar o material que tiver armazenado no Retroporto.

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Fig. 35: Terminal de Imbetiba, Macaé/RJ

Fig. 36: Terminal offshore na Nigéria Segurança As operações de carga e descarga devem obedecer ao Código de Operações Seguras Offshore, recomendado pela IMO conforme a Resolução A.863(20). Este Código aborda os seguintes tópicos:

O preparo correto da carga para o transporte offshore; Os planos de carregamento/descarga/e carga de retorno; Roteiros de navegação; Contingências; e Outros assuntos, quando exigido pela situação, incluindo cargas perigosas.

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Referências Bibliográficas - Glossário de Terminologia Offshore, Fundação de Estudos do Mar - FEMAR, 1ª Edição, 1994. - Dictionary of Nautical Words and Terms, Captain A. G. W. Miller, 4ª Edição - Revisada, 1998. - Classificação das Embarcações por Tipo e Funções Principais - E&P-Petrobras, Cláudio Roberto

Fayad, Revisão Abril 2000.

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Anexos

ANEXO I Glossário de embarcações especiais na atividade de apoio marítimo ANEXO II Definições da Petrobras quanto aos Tipos de Embarcações de Apoio Marítimo

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Anexo I GLOSSÁRIO DE EMBARCAÇÕES ESPECIAIS NA ATIVIDADE DE APOIO MARÍTIMO

Special Vessels in Offshore Activities Accommodation Unit/Floatel - normally a semi submersible or jack up (See Jack up), equipped with cabins, catering facilities and office space for up to 800 persons. The installation is normally used for the accommodation and catering for personnel constructing or operating a fixed production platform. An accommodation unit may also be equipped with workshops and/or storage facilities. Anchorhandling Tug - AHT- ship carrying out tanks such as the placing or moving of anchors, as well as towing drilling installations and barges etc. May double as a supply vessel and is in such cases termed Anchor Handling Tug/ Supply (AHTS). Crane and Construction Vessel/Unit - normally a ship, a barge or a semi submersible, equipped for the construction and maintenance of fixed installations. May sometimes offer accommodation. Other services offered are; Storage facilities, the supply of water, compressed air and electricity, office space, communications centre, helicopter landing pad, etc. Diving Support Vessel - ship with diving equipment onboard, carrying out various types of diving operations. May also be equipped with remotely operated or controlled sub-sea robots (Remote Operated Vehicle - ROV). Drilling Barge - barge equipped for drilling operations in smooth seas. Normally not equipped with own propulsion machinery. Max. Drilling depth approximately 150 meters. Drilling Rig - drilling tower with turntable and mud pumping system. May be installed on an offshore rig or placed on a fixed or floating offshore installation like a drill ship.

Embarcações Especiais nas Atividades Offshore (Apoio Marítimo) Unidade Alojamento/Flotel - normalmente é uma unidade semi-submersível ou auto-elevatória (veja Jackup), equipada com camarotes, instalações de hotelaria e espaços para escritórios para até 800 pessoas. A instalação é normalmente utilizada para o alojamento e hotelaria para o pessoal que está construindo ou operando em uma plataforma fixa de produção. Uma unidade alojamento também pode ser equipada com instalações para oficinas e/ou depósitos. Rebocador de Manuseio de Âncoras - RA - embarcação que realiza a tarefa de posicionar ou movimentar âncoras, bem como rebocar instalações de perfuração, balsas, etc. Pode atuar também como embarcação supridora e nestes casos é denominada de Rebocador de Manuseio de Âncoras / Supridor (RAS). Embarcação/Unidade Guindaste/Construção - normalmente é uma embarcação, balsa ou uma plataforma semi-submersível, equipada para a construção e manutenção de instalações fixas. Algumas vezes oferecem acomodações. Outros serviços oferecidos são: instalações de armazenamento, suprimento de água, ar comprimido e eletricidade, espaço para escritórios, central de comunicações, heliponto, etc. Embarcação de Apoio a Mergulho - embarcação com equipamento de mergulho a bordo, realizando diversos tipos de operação de mergulho. Também pode ser equipada com robôs submarinos operados ou controlados remotamente (Veículo Operado Remotamente-ROV). Balsa de Perfuração - balsa equipada para operações de perfuração em mar calmo. Normalmente não é equipada com máquinas para propulsão próprias. A lâmina d'água máxima para perfuração é de 150 metros. Plataforma de Perfuração - torre de perfuração com mesa rotativa e sistema de bombeio de lama. Pode ser instalada em uma plataforma offshore ou em uma instalação fixa ou flutuante como um navio-sonda.

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Drillship - ship equipped with drilling rig and its own propulsion machinery. Kept in position by Dynamic Positioning Equipment. Operating in waters with a maximum depth of 2,000 meters. Drilling Tender - ship serving drilling installations which are depending on a ship or a barge for storage, accommodation, etc. FPSO - Floating Production Storage and Offloading unit. Jackup - movable installation consisting of a large deck with legs which may be jacked up. During operation, the legs are resting on the seabed, and the vessel "jacked up", leaving the deck in secure position high above the surface of the sea. When moved, the legs are retracted and the installation floats. Usually not equipped with own propulsion machinery. (Max. Water depths 110 to 120 meters.) Normally used as a drilling rig. Offshore service vessels - common term for specialized vessels used during the exploration, development and production phases of oil and gas finds at sea. Production Ship - specialized ship pumping oil through flexible pipelines from the seabed. Production Unit - platform equipped for the production of oil and gas. Seismic ship - vessel mapping geological structures in the seabed by firing air guns transmitting sound waves into the bottom of the sea. The echo of the shot is captured by listening devices/hydrophones being towed behind the vessel. A seismic ship provides data which is an intrinsic part of the material determining if and when a test drilling should be initiated.

Navio-sonda - navio equipado com sonda de perfuração e sua própria instalação de máquinas. Mantém sua posição por meio de Equipamento de Posicionamento Dinâmico. Opera em lâmina d'água de 2.000 metros. Navio de Apoio à Perfuração - navio de apoio às instalações de perfuração que dependem de uma embarcação ou balsa para armazenamento, acomodações, etc. FPSO - unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarga. Plataforma Auto-elevatória - instalação móvel que possui um convés largo com pernas que podem ser levantadas. Durante a operação as pernas se apóiam no fundo do mar, e a unidade se eleva, deixando o convés com uma altura segura acima da superfície do mar. Quando se movimenta, as pernas são recolhidas e a instalação flutua. Normalmente não é equipada com máquinas próprias para propulsão e é utilizada como plataforma de perfuração. (Lâmina d'água máxima entre 110 e 120 metros). Embarcações de Serviço Offshore - termo genérico para as embarcações especializadas utilizadas durante as fases de exploração, desenvolvimento e produção de óleo e gás encontrados no mar. Navio de Produção - navio especializado que bombeia óleo através de linhas flexíveis do fundo mar. Unidade de Produção - plataforma equipada para a produção de óleo e gás. Navio Sísmico - navio para mapeamento de estruturas geológicas no fundo do mar pelo disparo de canhões a ar transmitindo ondas sonoras na direção do fundo do mar. O eco do disparo é capturado por dispositivos de escuta/hidrofones que são rebocados atrás da embarcação. Um navio sísmico fornece dados que são uma parte intrínseca do material determinante se e quando um teste de perfuração poderá ser iniciado.

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Semisubmersible - movable installation consisting of a deck on stilts, fastened to two or more pontoons. When in operation, the pontoons are filled with water and lowered beneath the surface. The installation is normally kept in position by a number of anchors, but may also be fitted with dynamic positioning equipment (DPE). Usually fitted with own propulsion machinery ( max. Water depths 600 - 800 metres ). Stand-by Vessel - ship permanently stationed in the vicinity of an installation with the task of evacuating the rig-crew in an emergency. Also carrying out guard duty keeping other ships away from the installation. Submersible - movable installation constructed for drilling operations in shallow waters, where it is lowered until it rests on the seabed (max. Water depth 30 - 40 meters). Supply ship - vessel transporting stores and equipment to drilling rigs or installations being built or in the production phase. Often called Straight Supply, or Platform Supply Vessel (PSV). Tension Leg Platform - floating platform or loading buoy fastened to the seabed with vertical chains or stays etc., kept in position by its own buoyancy.

Plataforma Semi-Submersível - instalação móvel composta de conveses apoiados em colunas, ligadas a dois ou mais flutuadores (pontoons). Quando em operação, os flutuadores cheios com água ficando mergulhados. A instalação é normalmente mantida na posição por meio de determinado número de âncoras, mas também pode ser equipada com Equipamento de Posicionamento Dinâmico (DPE). Normalmente possui sua própria instalação de máquinas propulsoras. (Lâmina d'água máxima entre 600 e 800 metros). Embarcação de Prontidão - embarcação posicionada permanentemente nas cercanias de uma instalação com a tarefa de evacuação da tripulação da plataforma em uma emergência. Também pode realizar a tarefa de vigia mantendo outras embarcações afastadas da instalação. Plataforma Submersível - instalação móvel construída para operações de perfuração em águas rasas, onde é afundada até apoiar no fundo do mar (lâmina d'água máxima entre 30 e 40 metros). Navio Supridor - embarcação para o transporte de artigos e equipamento para plataformas de perfuração ou instalações sendo construídas ou em fase de produção. Normalmente denominadas simplesmente de Supridor, ou Navio de Suprimento a Plataformas (PSV). Plataforma de Pernas Tensionadas - plataforma flutuante ou monobóia presa ao fundo do mar por meio de amarras verticais, estais, etc., sendo mantida em posição por sua própria flutuabilidade.

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Anexo II TIPOS DE EMBARCAÇÕES DE APOIO MARÍTIMO

(*) - Aguadeiro - Oleeiro - Graneleiro

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

AHTS 5000 Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 40 a 60 TM eCapacidade Estática do Guincho mínima de 100 TM.

AHTS 7000 Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 80 TM eCapacidade Dinâmica do Guincho mínima de 150 TM na primeira camada.

AHTS 10000 Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 120 TM eCapacidade Dinâmica do Guincho mínima de 250 TM na primeira camada.

AHTS 12000 Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 140 TM eCapacidade Dinâmica do Guincho mínima de 300 TM na primeira camada.

AHTS 15000 Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 160 TM eCapacidade Dinâmica do Guincho mínima de 350 TM na primeira camada.

AHTS 18000Reboque, Manuseio de Âncoras e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 160 TM eCapacidade Dinâmica no 1º Guincho de 350 TM na 1ª camada e no 2º Guincho de350 TM na última camada (ambas as capacidades são mínimas).

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

TS 3000 Reboque e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 20 a 30 TM e Capacidade Estática doGuincho mínima de 30 TM; comprimento de até 43m.

TS 5000 Reboque e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 40 a 60 TM e Capacidade Estática doGuincho mínima de 100 TM.

TS 7000 Reboque e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 75 TM e Capacidade Estática doGuincho mínima de 150 TM.

TS 10000 Reboque e Suprimento, Bollard Pull mínimo de 110 TM e Capacidade Estática doGuincho mínimo de 150 (FPSO).

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

SV 300 Suprimento (Mini-Supridor), BHP Instalado até 2000, comprimento até 40m.

SV 1000 Suprimento, BHP Instalado entre 2000 e 3000.

PSV 1000 Suprimento, BHP Instalado acima de 3500, com TPB em torno de 1000T (*).

PSV 1500 Suprimento, BHP Instalado acima de 3500, com TPB em torno de 1500T.

PSV 3000 Suprimento de grande porte e manobrabilidade, com TPB em torno de 3000T.

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

LH 300 Manuseio de Espias, BHP Instalado de 300.

LH 1200 Manuseio de Espias, BHP mínimo instalado de 1200.

LH 1800 Manuseio de Espias, BHP mínimo instalado de 1800.

UT 250 Utilitário, BHP mínimo instalado de 250.

UT 750 Utilitário, mínimos: 750 BHP / Carga Convés de 15 a 30 T.

UT 2500 Utilitário, mínimos: 13 nós / Carga Convés de 40 a 90 T.

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(**) SES – Surface Effect Ship SWATH – Small Waterplane Area Twin Hull MWATH – Middle Waterplane Area Twin Hull

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

P 1 S Transporte de Passageiros (E&P-BC), Embarcações Tipo SWATH/MWATH (**).

P 1 Transporte de Passageiros (E&P-BC), Embarcações Tipo SES (**).

P 2 Transporte de Passageiros (E&P-RNCE/SEAL/BA), Embarcações tipo monocasco.

P 3 Transporte de Passageiros (E&P-SEAL/RNCE/ES), Embarcações tipo Catamarãconvencional.

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

BS Balsa Não Propelida

EMP Empurrador

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

SV 300 FiFi I, Vazão Sistema: 1200 m³/h

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

TS 3000 I FiFi I, Vazão Sistema: de 2400 até 7200 m³/h.

SIGLA NOVA FUNÇÃO / CARACTERÍSTICAS

AHTS 5000 I FiFi I, Vazão Sistema: de 2400 até 7200 m³/h

AHTS 7000 II FiFi II, Vazão Sistema: de 7200 até 9600 m³/h

AHTS 9000 II FiFi II, Vazão Sistema: de 7200 até 9600 m³/h

AHTS 12000 III FiFi III, Vazão Sistema: acima de 9600 m³/h

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DESCRIÇÃO DOS TIPOS

SUPRIDOR (SV/PSV) Praticamente todas as embarcações podem exercer alguma atividade de suprimento porém, para algumas esta função é o principal produto oferecido. As embarcações classificadas como SV e PSV são usadas exclusivamente no transporte para as unidades marítimas de perfuração ou produção, dos materiais necessários para sua operação e a manutenção das pessoas e equipamentos lá existentes. Proporcionalmente à frota existente os supridores representam o maior número. São responsáveis principais pelo fornecimento de água, óleo, lama, granéis sólidos, colunas de perfuração e produção, ranchos e carga geral de convés. Sua principal característica, embora chamados de rebocadores, é a de não possuírem guincho para reboque ou manuseio de âncoras, mas uma boa área útil de convés e grande capacidade de armazenamento interno para transferência às unidades marítimas. Devido ao avanço para áreas cada vez mais distantes e profundas, teve início a construção de embarcações supridoras detentoras de maiores dimensões e capacidades, incluindo o aumento da potência motora, necessário face ao maior deslocamento destas, objetivando dotá-las da potência necessária para vencer as péssimas condições climáticas de modo a garantir o cumprimento da missão de abastecimento. Estas embarcações supridoras de grande capacidade e de melhor desempenho são conhecidas pelas siglas PS (pipe supply), PSV (platform supply vessel) ou PC (pipe carrier). Embora um supridor possa ser também identificado pela ausência de rolo de popa, embarcações dotadas de guincho para reboque e manuseio foram, no decorrer do tempo, tornando-se obsoletas para tais funções e transformando-se em supridores, embora mantendo o equipamento de reboque original. Para o atendimento em áreas aonde é maior o número de pequenas jaquetas de produção, além das limitações de calado, houve a necessidade de pequenas embarcações de suprimento possuidoras de menores taxas de afretamento, objetivando reduzir o custo do barril extraído, denominadas SV 300. Foi também criada a classe de supridores tipo PSV 1000, que possui maior potência e capacidades internas do que a do tipo SV 1000. Com as embarcações PSV 1000, visa-se garantir que o suprimento se fará mesmo em condições mais adversas de mar, sendo este tipo de embarcação indicado para atividades específicas como óleo (OD), água (AG) ou granel (GR). Cabe salientar que o supridor tipo SV 1000, atua numa faixa intermediária entre o SV e o PSV, este último uma embarcação de grandes dimensões e maior custo diário. Exemplos: SV 300: D’Isabella, D’Manoela, Marlin. SV 1000: Astro Garoupa, Maricá, Candeias, Marati. PSV 1000: Mire Tide (AG), Palma River (OD), Seapower (GR). PSV 1500: Oil Traveller, Havila Scotia. PSV 3000: Astro Barracuda, CBO Campos, Huntetor, Far Sleipner.

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REBOQUE, MANUSEIO DE ÂNCORAS E SUPRIMENTO (AHTS) Podemos considerar este tipo, como o da embarcação mais versátil por executar as tarefas de grande porte que são: reboques de longa duração das unidades móveis marítimas e manuseio dos sistemas de ancoragem de semissubmersíveis em grandes profundidades. Devido ao seu grande deslocamento, possui boa capacidade de armazenamento e de suprimento de granéis sólidos e líquidos, aliados a uma boa capacidade de carga de convés tanto em peso quanto em área disponível. Neste projeto de embarcação, é grande relevância as forças de tração estática (bollard pull) longitudinais e laterais com a utilização de até 04 unidades de propulsão lateral (thrusters), guincho compatível para fainas de reboque e de manuseio do sistema de ancoragem, além da capacidade para armazenamento de cabos e amarras. Na indústria do apoio marítimo, a introdução contínua de novas tecnologias e equipamentos é contínua, pois as profundidades cada vez maiores tornam o trabalho de convés extremamente perigoso em decorrência das grandes tensões existentes, tendo em vista os atuais comprimentos das linhas de ancoragem e seus respectivos acessórios. Conjugado a isto, a necessidade de que a operação seja realizada em tempo hábil e correta, quanto à precisão no lançamento, objetiva diminuir os riscos de acidentes materiais e humanos em razão dos elevados custos envolvidos. A indústria européia está projetando e construindo embarcações do tipo AHTS equipadas com guinchos de manuseio que alcançam uma capacidade dinâmica de içamento na primeira camada de até 500 tm devido o direcionamento na procura de petróleo em lâminas d’água superiores aos 1000 metros, na qual o pioneirismo pertence à PETROBRAS em razão das operações já efetivadas na Bacia de Campos, seguidas das iniciadas no Mar do Norte. A força de tração estática (bollard pull) longitudinal tem sido mantida na faixa de 140 à 160 tm e a potência da embarcação situando-se em até 16000 BHP, não incluindo os sistemas laterais de propulsão cujo somatório já alcança 4000 BHP. Entretanto, novas embarcações estão sendo construídas com bollard pull de até 230 tm e potência superior a 18000 BHP. São estas embarcações dotadas de “shark-jaw” hidráulico em substituição ao “pelikan hook” para as operações de manuseio e o posicionamento dinâmico que possibilita maior fidelidade quanto ao ponto de lançamento de cada linha de ancoragem, além de serem dotadas com equipamentos FiFi (combate a incêndio), geralmente na classificação 3 do DNV. Exemplos: AHTS 5000: Dushane Tide, Seeker. AHTS 7000: Asso Dieci, Normand Hunter, Seacor Lilen, A.H.Paraggi. AHTS 10000: Osa Vanguard, A.H.Genova, Maersk Topper. AHTS 12000: Maersk Clipper, Far Centurion, Far Sea, A.H.Porto Santo. AHTS 15000: Far Sailor, Maersk Chieftain. AHTS 18000: Maersk Provider, Normand Neptune, Normand Atlantic, Maersk Boulder, Far Santana. PASSAGEIROS (P 1 S/P 1/P 2/P 3) Uma embarcação de transporte de passageiros deve transportá-los com rapidez e o maior nível de conforto possível. Na Bacia de Campos, pelo fato da navegação ser realizada a uma distância de até 100 milhas da costa, as embarcações convencionais não propiciam o nível de conforto exigido e a sua velocidade não é elevada.

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As embarcações convencionais (mono casco -P2) ficam portanto restritas aos locais e regiões nas quais a demanda é reduzida (comparando-se à Bacia de Campos), bem como, em percursos situados próximos à costa e de curta duração tais como as regiões de Aracaju, Natal e Fortaleza. Emprega-se na Bacia de Campos embarcações de alto desempenho e velocidade (Pl) com capacidade de até 300 pax, do tipo CATAMARÃ com colchão de ar, conhecidas como SES (surface effect ship). Elas representaram um grande avanço em relação à primeira embarcação de passageiros de alto desempenho introduzida em 1982 (NORSUL CATAMARÃ). Na procura de novos meios para obtenção de maior qualidade, conforto, segurança e custos acessíveis, foram introduzidos dois novos tipos de embarcações no segmento de transporte de passageiros a partir de 1997: P3 e SWATH. Atuando em Guamaré (RN) a partir de maio/97, a embarcação do tipo P3 (CATAMARÃ) permite movimentação constante independentemente das condições de maré por causa do seu pequeno calado (0,90 m), com maior velocidade de cruzeiro (18 nós) e conforto, iniciando o processo de melhoria do perfil qualitativo das embarcações atuantes na região Nordeste. A partir do final de 1998, em substituição às embarcações CATAMARÃ tipo SES acima mencionadas, passou a operar unicamente a primeira embarcação do tipo “SWATH” na Bacia de Campos que chega à velocidade de cruzeiro de 25 nós. Exemplos: P 1 S: Stillwater River (SWATH) P 1: Speed Tide, Express Brasil, Express Macaé. P 2: Atalaia, Norsul Paracuru, Parintins. P3: Pégasus. REBOQUE E SUPRIMENTO (TS) Embora possuidoras de equipamento, não possuem capacidade para operações de manuseio de âncoras nos níveis atualmente exigidos. Porém, podem executá-las em caráter emergencial para lâminas d’água de até 120 metros. Nas áreas de atuação de unidades auto-eleváveis de perfuração são utilizadas as embarcações do tipo TS 3000, TS 5000 e TS 7000 que atuam nos DMM’s e no suprimento. A diferença entre estes tipos está na força de tração estática longitudinal (bollard pull) das embarcações. Visando o aumento da segurança do pessoal e das instalações foram introduzidas embarcações também dotadas de sistema FiFi. Com a implantação do sistema FPSO na Bacia de Campos, uma nova classe de TS’s foi especificada em razão dos grandes navios petroleiros que lá estarão sendo instalados. Possuem como diferença básica o bollard pull, a bitola e o comprimento do cabo de reboque em detrimento das capacidades de suprimento. Exemplos: TS 3000: Célia, Clarisse, Carmem. TS 5000: Dominion Service. TS 7000: Asso Quatro, Osa Ravensturm, Goliath Tide, Mammoth Tide. TS 10000: Sidney Candies, Herdentor, Oil Provider, Oil Vibrant.

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MANUSEIO DE ESPIAS (LH) São embarcações cujo comprimento máximo está em torno de 37 metros, dotadas de grande potência em relação ao seu deslocamento (até 1800 BHP). A atividade principal é a de auxiliar nas amarrações de petroleiros em monobóias, pegando as espias destes e levando-as às bóias de amarração do sistema. Nesta operação, a otimizada relação peso/potência permite sua aproximação e o afastamento do costado do petroleiro após receber ou entregar as espias, com segurança. Também participam de trabalhos na manutenção dos mangotes flexíveis flutuantes, utilizando seu guincho principal de 10 tm de tração, içando-os ao convés de modo a permitir às equipes da Produção, a execução de serviços diversos (LH 1200). Pela sua versatilidade, aliada ao seu menor custo, podem ser utilizadas para suprimento de granéis líquidos, carga de convés, transbordo de pessoal entre as plataformas, além da função de embarcação “stand by”. Exemplos: LH 1200: Seaoil Grace, Doce River, Red Fox, Leroy Tide. UTILITÁRIOS (UT 250/UT 750/UT 2500) Inicialmente, as embarcações hoje classificadas como UT’s (250 e 750), originadas na Bacia Potiguar, eram identificadas como supridores e manuseio de espias tendo como base a utilização de pesqueiros de casco de madeira, dotados de pequenas modificações. Hoje as UT’s do tipo 750 são ainda utilizáveis, possuindo contudo casco de aço e características próprias das embarcações de apoio marítimo tais como: convés de carga localizado a ré da superestrutura (ou casario) equivalente a 2/3 do comprimento da embarcação; dupla motorização; comando a ré do passadiço, etc. As UT 750 atuam hoje tanto na Bacia Potiguar, quanto na Bacia do Espírito Santo e Bacia de Campos, tornando-se uma opção mais barata do que as embarcações do tipo LH 1200, quando necessárias para funções de pequenos suprimentos, transporte de pessoal entre unidades marítimas e salvaguarda (“stand by”). Ao final de 1998, entraram em atividade na Bacia de Campos, embarcações classificadas como UT 2500, cujas principais características são: alta velocidade de serviços (13/15 nós), grande convés de carga e capacidade interna para transporte de equipamentos eletrônicos pela adequação de seu salão interno. Tais embarcações são chamadas de ”expressinhos”, notabilizadas pelo pronto atendimento às cargas emergenciais, levando-as com rapidez às unidades marítimas de perfuração/produção. Exemplos: UT 750: Marimar XVll, Texas Star, Ana Beatriz. UT 2500: Miss Gayla, Miss Ramona, Marion Tide, Norsul Propriá, Norsul Parnaíba. REBOQUE E MANUSEIO DE ÂNCORAS (AHT) Uma embarcação do tipo AHT deve possuir grande capacidade de manobra por causa de sua elevada potência em relação ao seu pequeno deslocamento, quando comparada ao AHTS, além da alta velocidade de operação de seu guincho de manuseio.

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Os pontos acima descritos eram considerados de grande importância quando da especificação deste tipo de embarcação para acompanhamento dos trabalhos da BGL-1, balsa de lançamento de linhas (oleodutos e/ou gasodutos) operada pelo SEGEN, cujo serviço exige o remanejamento constante de suas âncoras conforme vai se efetuando o lançamento das linhas e conseqüentemente o seu reboque até a nova locação. Este tipo de embarcação não é mais empregado pela Petrobras em sua frota, pois são utilizadas embarcações AHTS especificadas para a operação com a balsa de lançamento (com maior velocidade de seu guincho de manuseio), permitindo uma melhor utilização quando disponibilizada das operações com a BGL-l. O desaparecimento de embarcações exclusivamente do tipo AHT é uma tendência mundial. Exemplos: AHT: Osa Rotterdam, Maersk Breaker, Maersk Blower, EI Tigre Grande 11. GRANELEIRO (PSV 1000, PSV 3000) Este tipo de embarcação atua provendo de granel sólido as unidades marítimas, havendo maior demanda de produtos em regiões nas quais a atividade de perfuração esteja em grande número e podendo, em virtude da excelente capacidade de armazenamento (420 m3/ 15000 p), atuar por longo período sem a necessidade de idas freqüentes ao porto ou terminal. Normalmente, grandes supridores foram adaptados como graneleiros com a adição de grandes silos sobre o convés principal, ampliação dos silos internos, instalação de novos compressores e sistemas eficientes para purga e limpeza das tubulações de modo a garantir eficiência e rapidez no fornecimento. Possui maior potência instalada para propulsão do que a existente nos supridores comuns a fim de garantir o bombeamento do produto à unidade marítima mesmo em condições desfavoráveis de mar, de modo a não exigir que outra embarcação com maior potência e taxa de afretamento tenha que ser deslocada para tal faina. Exemplo: PSV 1000: Seapower. DIVING SUPPORT VESSEL (DSV) As embarcações do tipo DSV, operadas pelo E&P, são dotadas de todo o equipamento necessário ao apoio, preparação, lançamento e a recuperação das equipes de mergulho quando em serviços de reparos e/ou inspeção de linhas submarinas. De grande deslocamento, possuem amplas acomodações e compartimentos necessários à tripulação e às equipes de mergulho e de técnicos para operação dos equipamentos de ROV e de supervisão dos serviços. Possuem oficinas e equipamentos necessários às operações de mergulho saturado tais como: câmaras hiperbáricas, “moon pool” para lançamento e recolhimento do sino de mergulho, recargas de cilindros para mergulho, guindastes com lanças telescópicas com capacidade para movimentação de cargas pesadas, heliporto para helicópteros médios ou pesados, enfermarias e acomodações que permitem o recolhimento e atendimento de elevado número de náufragos ou acidentados.

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As embarcações possuem sistema de posicionamento dinâmico necessário para as atividades de mergulho e operações com ROV e grande autonomia. Possuindo na sua maioria, equipamentos FiFi, tornam-se importantes elementos de apoio da frota de embarcações de combate a incêndio operadas pelo E&P, na Bacia de Campos. Exemplos: DSV: Seaway Harrier, Toisa Sentinel.