introdução ao direito marítimo

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INTRODUÇÃO AO DIREITO MARÍTIMO HEREZ SANTOS SUMÁRIO: Capítu lo I - Introdução - Delimitação da Matéria - Definição - Alcance do Direito Marítimo; Capí tu lo II - Institutos do Direito Marítimo - Ar mador - Embarcaçã o/Navio - omandante/a!i tão - "er viç os Au# iliares da Nav e$a ção - dit o Marítimo - %rivilé $io s marítimos - &i!oteca Marítima - Abandono 'iberat(rio - Abandono "ub-ro$at(rio - Acidentes da Nave$ação - )atos da Nave$ação - )ortuna do Mar - olisão e Abalroação - Avaria %articular e Avaria *rossa - Assist+ncia e "alvamento - %rotestos formados a bordo - ,ribunal Marítimo; Capítulo III - Da es!onsabilidade - onsideraç.es *erais - ul!a - es!onsabilidade ivil - 'imita ção de e s!o nsabilidade do %ro !ri et rio de Navio - e s!o nsabilidade on tr atual do ,r ans!ortador; Capítulo IV - ontratos de 0tili1ação de Embarcação - ontrato de locação a casco nu 2 3areboat 4 - ontrato de locação mista 2 ,ime 5arter 4 - ontrato de trans!orte - *estão Nutica e omercial - E#em!los do Mercado Internacional de Afretamento 6 Capítulo V - 7 ,rans!orte Marítimo - om!ra e 8enda Mercantil - ,rans!orte - Embarcador - Instrumento do ontrato de ,rans!orte - %eculiariedades do on5ecimento de Embar9ue - %eculiariedades da arta-%artida - onflitos de lei; Capítulo VI - Arbitra$em onceito 8anta$ens Desvanta$ens - Indicação dos rbitros - 'audo Arbitral - Arbitra$em no 3rasil - Arbitra$em Internacional - %oderes econ5ecidos aos rbitros - &onorrio dos rbitros; Capítulo VII - Arresto de Navio - Definição - Medida autelar - %erda da Eficcia da autelar de Arresto - e9uerente - Arresto de Navios Estran$eiros6 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 1D!l"#"ta$%o &a Mat'("a 7 Direito Marítimo absorve assuntos variados e vastos <ustificando a autonomia 9ue l5e reivindicam renomados maritimistas6 A elaboração de um cor!o de te#to sobre o assunto não é tarefa fcil ve1 9ue a com!le#idade da matéria e as alternativas e#istentes im!edem obra 9ue se re!ute com!leta6 Ist o !os to identificados !or meio de critérios a#iol( $ic os !ur amente sub <et ivos os !ro!(sitos 9ue se 9uer atendidos tem-se como bastante delimitar a matéria ao conte=do 9ue se se$ue6 ) D!*"+"$%o Direito Marítimo se$undo o Dicionrio de , ecnol o$ia >urídica de %edro Nune s é o con<unto de normas 9ue re$em as relaç.es <urídicas relativas ? nave$ação e ao comércio marítimo fluvial ou lacustre bem como dos navios a seu serviço e os direitos e obri$aç.es das

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INTRODUÇÃO AO DIREITO MARÍTIMO

HEREZ SANTOS

SUMÁRIO: Capítulo I - Introdução - Delimitação da Matéria - Definição - Alcance do Direito

Marítimo; Capítulo II - Institutos do Direito Marítimo - Armador - Embarcação/Navio -omandante/a!itão - "erviços Au#iliares da Nave$ação - rédito Marítimo - %rivilé$ios

marítimos - &i!oteca Marítima - Abandono 'iberat(rio - Abandono "ub-ro$at(rio - Acidentes da

Nave$ação - )atos da Nave$ação - )ortuna do Mar - olisão e Abalroação - Avaria %articular e

Avaria *rossa - Assist+ncia e "alvamento - %rotestos formados a bordo - ,ribunal Marítimo;

Capítulo III - Da es!onsabilidade - onsideraç.es *erais - ul!a - es!onsabilidade ivil -

'imitação de es!onsabilidade do %ro!rietrio de Navio - es!onsabilidade ontratual do

,rans!ortador; Capítulo IV - ontratos de 0tili1ação de Embarcação - ontrato de locação a

casco nu 2 3areboat 4 - ontrato de locação mista 2 ,ime 5arter 4 - ontrato de trans!orte -

*estão Nutica e omercial - E#em!los do Mercado Internacional de Afretamento 6 Capítulo V -

7 ,rans!orte Marítimo - om!ra e 8enda Mercantil - ,rans!orte - Embarcador - Instrumento do

ontrato de ,rans!orte - %eculiariedades do on5ecimento de Embar9ue - %eculiariedades da

arta-%artida - onflitos de lei; Capítulo VI - Arbitra$em onceito 8anta$ens Desvanta$ens -

Indicação dos rbitros - 'audo Arbitral - Arbitra$em no 3rasil - Arbitra$em Internacional -

%oderes econ5ecidos aos rbitros - &onorrio dos rbitros; Capítulo VII - Arresto de Navio -

Definição - Medida autelar - %erda da Eficcia da autelar de Arresto - e9uerente - Arresto deNavios Estran$eiros6

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1D!l"#"ta$%o &a Mat'("a

7 Direito Marítimo absorve assuntos variados e vastos <ustificando a autonomia 9ue l5e

reivindicam renomados maritimistas6 A elaboração de um cor!o de te#to sobre o assunto não étarefa fcil ve1 9ue a com!le#idade da matéria e as alternativas e#istentes im!edem obra 9ue

se re!ute com!leta6

Isto !osto identificados !or meio de critérios a#iol($icos !uramente sub<etivos os

!ro!(sitos 9ue se 9uer atendidos tem-se como bastante delimitar a matéria ao conte=do 9ue se

se$ue6

) D!*"+"$%o

Direito Marítimo se$undo o Dicionrio de ,ecnolo$ia >urídica de %edro Nunes é o

con<unto de normas 9ue re$em as relaç.es <urídicas relativas ? nave$ação e ao comércio

marítimo fluvial ou lacustre bem como dos navios a seu serviço e os direitos e obri$aç.es das

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!essoas 9ue !or ofício se dedicam a essa es!écie de atividade 2Dicionrio de ,ecnolo$ia >urídica

- @B edição6 )reitas 3astos @CC46

, Al-a+-! &o D"(!"to Ma(ít"#o

7 Direito Marítimo não se resume ao estudo <urídico das o!eraç.es do trans!orte !or mar

ve1 9ue co$ita também das !essoas e dos bens 9ue delas !artici!am6 %or outro lado o carter

internacional dos trans!ortes marítimos a !ar da ca!acidade 9ue t+m os Estados desoberanamente le$islar sobre 9uest.es de seu interesse d lu$ar a fre9entes conflitos de leis

!ois não raro a lei do !avil5ão e a lei do lu$ar disci!linam de maneira diversa o mesmo

!roblema6 7 estudo do Direito Marítimo encerra como visto o de instituiç.es de Direito %=blico

e %rivado nacional e internacional6

omo decorr+ncia da e#tensão e do !articularismo do Direito Marítimo muitos são os

institutos 9ue orbitam este !eculiar ramo do Direito !odendo-se citar dentre outros o crédito

marítimo a armação de embarcação o fretamento a abalroação o direito de !assa$eminocente a fortuna do mar as $uas internacionais a 5i!oteca naval o re$istro da !ro!riedade

marítima e etc6

onforme su$ere o ilustre comercialista "am!aio de 'acerda !ara fins !ro!ed+uticos

deve-se considerar distribuídas as normas do direito marítimo da se$uinte forma:

a4 normas de direito !=blico marítimo ou mel5or do direito marítimo administrativo e !enal

com!reendendo as normas relativas ? Marin5a Mercante ? %olícia dos %ortos ? or$ani1ação e

funcionamento dos ,ribunais Marítimos6

b4 normas de direito internacional marítimo: !=blico ou !rivado6 As !rimeiras re$ulam a

liberdade dos mares o direito e obri$aç.es entre beli$erantes e neutros6 As se$undas ocu!am-

se em solucionar os conflitos de leis derivados da nave$ação marítima6

c4 normas de direito comercial marítimo ou de direito marítimo !rivado ou ainda de direito civil

marítimo 9ue são as 9ue re$em a armação e e#!edição de navios e as relaç.es decorrentes dos

fatos inerentes ? nave$ação6

No Direito da Nave$ação se v+ re$ulamentado o trfe$o visando a se$urança dos flu#os

de navios e aí tem-se dentre outras as normas de sinali1ação nutica e os re$ulamentos

internos e internacionais !ara o trfe$o da nave$ação nos !ortos vias nave$veis e no alto

mar6 A9ui se destaca a nature1a !=blica !revalecendo evidentemente características do direito

!=blico interno e internacional tais como a universalidade o !articularismo a ori$em

costumeira a irretroatividade e a imutabilidade6

7 Direito Marítimo !or seu turno ora se confronta com normas de nature1a !=blica oracom a9uelas de nature1a !rivada como as 9ue re$em o comércio marítimo em $eral6 %or mais

abran$ente alcança este nature1a mista isto é ?s características do Direito da Nave$ação

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acrescem-se a9uelas re$entes do direito !rivado como !or e#em!lo a onerosidade a

sim!licidade a mutabilidade e a codificação dentre outras inerentes a esse ramo do direito6

%ara fins didticos os tratadistas costumam ter em consideração a se$uinte classificação:

DIEI,7 DA NA8E*AFG7 %H3'I7 IN,ENAI7NA' 70 E,EN7 - ,rata es!ecificamente do

trfe$o da nave$ação internacional em alto-mar e como tal é re$ido !elas normas

internacionais verti $ratis o e$ulamento Internacional !ara Evitar Abalroamento no Mar -I%EAM abran$endo também o Direito do Mar isto é a liberdade dos mares o limite do mar

territorial 1onas contí$uas 1onas econJmicas e etc6

DIEI,7 DA NA8E*AFG7 %H3'I7 IN,EN7 - amo do Direito da Nave$ação cu<as normas se

a!licam aos atos e fatos ocorridos nas $uas sob <urisdição nacional isto é dentro do mar

territorial $uas interiores rios la$os la$oas baías canais !ortos etc6 e no limite destas6

DIEI,7 MAK,IM7 %H3'I7 IN,EN7 - om!reende normas de Direito Administrativo %enal

%rocessual )iscal e onstitucional a!licveis a atos e fatos do comércio marítimo no Lmbito da

 <urisdição nacional6

DIEI,7 MAK,IM7 %I8AD7 IN,EN7 - ,rata da matéria referente ao Direito Marítimo

omercial e#ercido entre !raças nacionais abran$endo normas relativas aos contratos de

trans!orte marítimo alu$uel de navios e etc6

DIEI,7 MAK,IM7 %I8AD7 IN,ENAI7NA' - ,rata da matéria referente ao Direito Marítimo

omercial e#ercido entre !raças internacionais abran$endo normas relativas aos contratos detrans!orte marítimo alu$uel de navios e etc6

CAPÍTULO II . INSTITUTOS DO DIREITO MARÍTIMO

/ A(#a&o(

onstruída a embarcação !oder o !ro!rietrio de !ronto dela usar e fruir cedendo-a

em locação a terceiro6 Entretanto decidindo dela usar e fruir de forma diversa ou se<a

em!re$ando-a na ind=stria do trans!orte antes se fa1 necessrio !or e#i$ível 9ue se re$istre

como armador e a a!reste isto é a a!rovisione e e9ui!e6

A 'ei no6 C6O/CO 9ue dis!.e sobre "e$urança do ,rfe$o A9uavirio em $uas sob a

 <urisdição nacional define armador como !essoa física ou <urídica 9ue em seu nome e sob sua

res!onsabilidade a!resta a embarcação com fins comerciais !ondo-a ou não a nave$ar !or sua

conta 2 'ei C6O/CO arti$o P inciso III 4 6

Na definição dada !ela 'ei C6Q/CO 9ue dis!.e sobre a ordenação do trans!orte

a9uavirio armador brasileiro é a !essoa física ou <urídica residente e domiciliada no 3rasil 9ueem seu nome ou sob sua res!onsabilidade a!resta a embarcação !ara sua e#!loração comercial

2'ei C6Q/CO arti$o P inciso I8 4 6

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7 e$ulamento no6 OO/@R no seu art6 @C !ar$rafo P considera como atividade

mercantil a armação e a e#!edição de navio 6

0 A(#a&o(.P(op("!t("o

Armador-!ro!rietrio 2 7Sner 4 - é o !ro!rietrio de embarcação 9ue a!restando-a a

e#!lora no trans!orte ou a cede a em!re$o de terceiro 6

2 A(#a&o(.Lo-at("o

Armador-locatrio 2 "5i!oSner 4 - é a9uele 9ue através da formali1ação de contrato de

locação com o !ro!rietrio a!resta a embarcação !ara e#!lor-la no trans!orte ou então !ara

ced+-la a outrem 6

3 R!4"5t(o &! A(#a&o(

T obri$at(rio o re$istro no ,ribunal Marítimo de armador de embarcação mercante su<eita

a e$istro de %ro!riedade mesmo 9uando a atividade for e#ercida diretamente !elo !r(!rio

!ro!rietrio6

6 Ca&a5t(o &! A(#a&o(

7 armador se obri$a a manter cadastro em (r$ão com!etente da autoridade marítima6

7 A#a&o( 8 T(a+5po(ta&o(

7 comércio marítimo é e#ercido de formas variadas não se es$otando em f(rmula =nica6

Daí !or9ue nem sem!re a fi$ura do armador coincidir com a do trans!ortador6 Identificar a9uele

9ue se obri$a !elo trans!orte ou se<a o trans!ortador é na !rtica tarefa rdua !or ve1es

dado a !ossibilidade da e#ist+ncia de vrios contratos de sublocação transferindo ?s !artes o

e#ercício da $estão comercial da embarcação6 7 armador ao contrrio é facilmente identificado

!ois ainda 9ue ten5a cedido o e#ercício da $estão comercial da embarcação a terceiro sem!re

restar determinado na9uele 9ue deter e res!onder !ela $estão nutica6

19 Op!(a&o( &! T(a+5po(t! N%o.A(#a&o(

7!erador de ,rans!orte Não-Armador - Novcc 2 Non-8essel-7!eratin$ ommon arrier 4 -

é se$undo a esolução no C6UR de @/Q/RU da e#tinta "unamam - "u!erintend+ncia

Nacional da Marin5a Mercante um 7!erador 9ue assume todas as res!onsabilidades da

movimentação da car$a de !onto a !onto emitindo documentação a!ro!riada e utili1ando

navios de terceiros na 9ualidade de usurio6

11 Op!(a&o( &! Na:"o

7!erador de navio - é em $eral a em!resa de nave$ação 9ue além da atividade !rinci!al9ue !ossa desenvolver como armador/trans!ortador intermedia ne$(cios em!re$ando navios

afretados de terceiros obtendo assim receita 9ue resulta da diferença entre o valor da locação

9ue fa1 e da sublocação 9ue reali1a6

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1) E#;a(-a$%o . Na:"o

1)1 D!*"+"$%o

7s termos VVnavioVV e VVembarcaçãoVV se confundem 6 Em cada !aís o termo VVnavioVV é

definido tendo em vista as necessidades da ordem <urídica6 A doutrina de 5 muito se esforça

!or definir navio !orém sem alcançar consenso 6 7 9ue é certo !ode-se di1er é 9ue todo navio

é uma embarcação mas 9ue nem toda embarcação vem a ser um navio6 Daí se inferir 9ueembarcação é VV $+nero VV do 9ual navio é es!écie VV6

Mas !ara o comércio marítimo disci!linado como o 9uer o con<unto de normas contidas

no 'ivro II do (di$o omercial de @R definir o 9ue se<a navio é de crucial im!ortLncia6 %or

esta ra1ão ainda 9ue a construção conceitual não se e#ima talve1 de im!erfeiç.es <urídicas

9ue se l5es !ossa atribuir 9uem sobre a 9uestão se debruce cabe 9ue se rebus9ue a9uela 9ue

mel5or atenda a critério de $eneralidade6

Navio !ois a$asal5ada a conceituação atribuída ao insí$ne <urista &u$o "imas é toda

construção destinada a correr sobre a $ua utili1ada na ind=stria do trans!orte6

7 navio é na nave$ação um bem instrumental com destinação econJmica6

Wuando uma embarcação dei#a de ser considerada uma embarcação X 0ma embarcação

não dei#a de ser considerada como tal !or9ue se encontra encal5ada numa !raia ou !erde o

leme ou ainda !or9ue se encontra re!ousando no fundo a$uardando ser reflutuada ou não !or

meios !r(!rios 6

Di1-se fenJmeno nutico a circulação da embarcação como meio de trans!orte6

Nave$ação 6 7 termo VVnave$açãoVV deriva da con<u$ação dos vocbulos latinos VVnavisVV

- navio nave - e VVa$ereVV - diri$ir direcionar 6 >uridicamente o termo em 9uestão tem sido

definido como VV a arte ou ci+ncia nutica de condu1ir um navio de um lu$ar !ara outro VV 6

Nave$ação si$nifica !ois a arte de condu1ir uma embarcação !or meio de movimentos

!lane<ados e ordenados 6 Determinado ordenamento <urídico ? $uisa de e#em!loVV define

nave$ação como sendo 9ual9uer movimento de embarcação de um lu$ar !ara outro

inde!endentemente da embarcação mover-se6

1)) Natu(!<a =u(í&"-a

7s navios são considerados !ela maioria dos tratadistas bens m(veis sui $eneris !osto

9ue a estes se a!licam re$ras dos bens de rai16

Assim como o moribundo não dei#a de ser 5omem en9uanto 5ouver c5ances clínicas de

se o restabelecer também a embarcação encal5ada ou naufra$ada não dei#ar de serconsiderada como tal en9uanto o !ro!rietrio estiver envidando esforços !ara a salvar e assim

continuar a e#!lor-la 5a<a visto 9ue ? $uisa de e#em!lo nada im!ede 9ue uma embarcação

soçobrada !ossa vir a reflutuar 6

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1), I+&":"&ual"<a$%o &o Na:"o

Em toda ordem <urídica 9uer a nacional 9uer a aliení$ena 5 a !revisão de 9ue a

embarcação deva e#ternar sinais 9ue l5e caracteri1em tais como o nome a nacionalidade e o

!orto de inscrição6 Isto !or9ue !ara fins le$ais se fa1 necessrio individuali1ar a embarcação

identificar a le$islação 9ue a am!ara e determinar o seu domicílio6 A onvenção de Direito

%rivado Internacional assinada em &avana em de fevereiro de @CR con5ecida como (di$o3ustamante e ratificada !elo 3rasil em de <un5o de @CC contém vrios dis!ositivos

relativos ? a!licação da lei do !avil5ão nos casos !or ela !revistos o 9ue demonstra a

im!ortLncia !or e#em!lo da nacionalidade do navio6

1)/ I+5-("$%o ! R!4"5t(o

Inscrição da embarcação - é o cadastramento desta em re!artição !r(!ria da autoridade

marítima onde se l5e é atribuído tanto o nome 9uanto o n=mero de inscrição6

e$istro de %ro!riedade da Embarcação - é o re$istro da embarcação !erante o ,ribunal

Marítimo (r$ão com!etente !ara e#!edir a %rovisão de e$istro da %ro!riedade Marítima 6

1, Co#a+&a+t! . Cap"t%o

7s termos omandante e a!itão embora em!re$ados indistintamente na !rtica do dia

a dia não são sinJnimos6 En9uanto o !rimeiro transmite idéia de car$o função o se$undo

refere-se a !rofissional 5abilitado inte$rante de cate$oria !rofissional 6

7 omandante é a9uele 9ue diri$e e res!onde !ela embarcação6 Desta feita !ara fins

le$ais serão considerados indistintamente omandante tanto o 9ue condu1 uma sim!les

embarcação de recreio 9uanto a9uele 9ue res!onde !ela administração de embarcação

comercial de $rande !orte e de elevado $rau de com!le#idade técnica-o!eracional6

7 omandante é o re!resentante le$al do armador6

aso o trans!ortador não se<a o !r(!rio armador os !oderes de re!resentação comercial

dele$ados ao omandante deverão estar definidos claramente no contrato de e#!loração do

navio 9ue as !artes vierem a firmar entre si6

1/ S!(:"$o5 Au8"l"a(!5 &a Na:!4a$%o

1/1 P(at"-a4!#

%ratica$em é a !ilota$em de embarcaç.es em certas 1onas $eo$rficas cu<as condiç.es

!eculiares ? nave$ação e#i<am con5ecimentos es!ecíficos do local e dos fenJmenos naturais

!revalecentes 9ue de forma direta ou indireta afetem ou !ossam afetar o com!ortamento

nutico desta6

7 serviço de !ratica$em contribui !ara a se$urança do trfe$o da vida 5umana e da

!ro!riedade marítima6

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A !ratica$em é e#ercida !elo $ru!o a9uavirio denominado %rticos6

1/) R!;o>u!

ebo9ue é o ato !elo 9ual uma embarcação des!rovida de força motri1 ou 9ue !or

9ual9uer ra1ão não !ode tem!orariamente dela dis!or é condu1ida ou removida !or uma outra6

& em!resas 9ue em!re$am embarcação es!ecial denominada rebocador nas fainas de

rebo9ue no !orto ou em alto-mar6 Entretanto !ode ocorrer 9ue face a circunstLncias

im!eriosas uma embarcação 9ual9uer não necessariamente a9uela voltada a este !ro!(sito

es!ecífico rebocar uma outra6

1/, A4!+-"a#!+to

A$enciamento é o ato !elo 9ual al$uém a$indo em nome e !or conta do armador

!romove a re!resentação !ara certos e determinados ne$(cios de esfera !rivada e !=blica 6

1// Co((!ta4!# &! Na:"o5 ? @(o!(a4! B

orreta$em de navios é se$undo a lei comercial o ato de intermediação de fretamentos

se$uros entrada e saída de navios tradução de manifestos ar9ueação etc6

10 C('&"to Ma(ít"#o

rédito se$undo ensinamentos de ,5eo!5ilo de A1eredo "antos é !alavra de ori$em

latina 2 credo - creio confio 4 9ue !ossui vrios si$nificados tais como :

@6 rença ou confiança de 9ue o devedor cum!re o com!romisso 9ue assumiu ou !a$ue a dívida

contraída;

6 A ,roca de uma ri9ue1a !resente !or uma ri9ue1a futura e

6 E9ivale a um em!réstimo6

7 crédito marítimo salienta a9uele autor distin$ue-se dos demais !or e#istir tendo !or

ob<eto ou ra1ão de e#ist+ncia a embarcação tornando a dívida na lin$ua$em do nosso (di$o

omercial em dívida da embarcação6 E#iste assim !rosse$ue ainda o citado autor estreitavinculação entre o crédito e o navio atribuindo ao credor o direito de ser !a$o sobre o valor do

veículo !referencialmente a 9ual9uer outro credor 2 Direito da Nave$ação - Marítima e Aérea

B edição6 )orense @CUR 4 6

12 P(":"l'4"o5 Ma(ít"#o5

121 D!*"+"$%o

%rivilé$ios marítimos são $arantias 9ue asse$uram a !refer+ncia !ara certos credores norecebimento das dívidas oriundas de ne$(cios marítimos 6

12) R!4"5t(o &o5 P(":"l'4"o5

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A 'ei O6U/@CRR estabelece 9ue o re$istro de direitos reais e de outros Jnus 9ue $ravem

embarcaç.es brasileiras dever ser feito no ,ribunal Marítimo sob !ena de não valer contra

terceiros6

12, P(":"l'4"o5 P(!:"5to5 p!lo C&"4o Co#!(-"al

7s arti$os QO QO@ e QOQ do 6 omercial estabelecem as dívidas consideradas dívidas

!rivile$iadas6

"e$undo o 6 omercial !ortanto são as se$uintes os !rivilé$ios marítimos :

2a4 7s salrios devidos !or serviços !restados ao navio com!reendidos os de salvados e

!ilota$em;

2b4 ,odos os direitos de !orto e im!ostos de nave$ação;

2c4 7s vencimentos de de!ositrios e des!esas necessrias feitas na $uarda do navio

com!reendido o alu$uel dos arma1éns de de!(sito dos a!restos e a!arel5os do mesmo navio ;

2d4 ,odas as des!esas do custeio do navio e seus !ertences 9ue 5ouverem sido feitas !ara sua

$uarda e conservação de!ois da =ltima via$em e durante a sua estadia no !orto da venda ;

2e4 As soldadas do ca!itão oficiais e $ente da tri!ulação vencidas na =ltima via$em ;

2f4 7 !rinci!al e !r+mio das letras de risco tomadas !elo ca!itão sobre o casco e a!arel5o ou

sobre os fretes durante a =ltima via$em sendo o contrato celebrado e assinado antes do navio

!artir do !orto onde tais obri$aç.es forem contraídas ;

2$4 7 !rinci!al e !r+mio de letras de risco tomadas sobre o casco e a!arel5os ou fretes antes

de começar a =ltima via$em no !orto da car$a ;

254 As 9uantias em!restadas ao ca!itão ou dívidas !or ele contraídas !ara o conserto e custeio

do navio durante a =ltima via$em com os res!ectivos !r+mios de se$uro 9uando em virtude

de tais em!réstimos o ca!itão 5ouver evitado firmar letras de risco 2 art6 @@R inciso do

%/O com remissão aos arts OQ e O do %/UC 4 ;

2i4 )altas na entre$a da car$a !r+mios de se$uro sobre o navio ou fretes e avarias ordinrias e

tudo o 9ue res!eitar ? =ltima via$em somente6

2<4 As dívidas !rovenientes do contrato da construção do navio e <uros res!ectivos !or tem!o de

2tr+s4 anos a contar do dia em 9ue a construção ficar acabada ;

2l4 As des!esas do conserto do navio e seus a!arel5os e <uros res!ectivos !or tem!o dos

2 dois 4 =ltimos anos a contar do dia em 9ue o conserto terminou6

2m4 As !restaç.es da com!ra do navio ainda !or vencerem e os res!ectivos <uros !or tem!o

de 2 tr+s 4 anos a contar da data do instrumento do contrato6

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7s créditos !rovenientes das dívidas es!ecificadas nos itens d f $ 5 < l somente

serão considerados !rivilé$ios a!(s re$istro cu<o !ra1o !revisto é de @ 2 de1 4 dias a contar da

data do documento 2 art6 QO c6c art6 @ inciso ambos do 6omercial 46

13 H"pot!-a Ma(ít"#a

%or sua nature1a <urídica de bem m(vel sui $eneris a embarcação é suscetível de ser

$ravada !or 5i!oteca6

A 5i!oteca naval deve ser re$istrada no ,ribunal Marítimo6

7 3rasil é si$natrio da onvenção de 3ru#elas de @CU 9ue trata da unificação de certas

re$ras relativas aos !rivilé$ios e 5i!otecas marítimas 6

16 A;a+&o+o L";!(at("o

,odos os !ro!rietrios e com!artes são res!onsveis solidariamente !elas dívidas 9ue o

omandante contrair !ara consertar 5abilitar e a!rovisionar o navio ou !elos !re<uí1os 9ue este

causar a terceiros !or falta da dili$+ncia 9ue é obri$ado a em!re$ar !ara a boa $uarda

acondicionamento e conservação dos efeitos recebidos6 Esta res!onsabilidade cessa fa1endo

a9ueles abandono do navio e fretes vencidos e a vencer na res!ectiva via$em aos credores em

!a$amento das dívidas6

17 A;a+&o+o Su;.Ro4at("o

T o ato !elo 9ual o se$urado acontecendo a !erda total ou e#cedendo esta a metade do

verdadeiro valor da embarcação e bens se$urados decorrente de sinistro cede ao se$urador o

ob<eto do se$uro !ara e#i$ir deste a indeni1ação da im!ortLncia constante da a!(lice 6

T lícito ao se$urado fa1er abandono dos ob<etos se$uros e !edir ao se$urador a

indeni1ação de !erda total em caso de !resa ou arresto !or !ot+ncia estran$eira !or mais de

seis meses naufr$io varação ou 9ual9uer outro sinistro do mar !erda total ou deterioração6

)9 A-"&!+t!5 &a Na:!4a$%o

)91 Cla55"*"-a$%o L!4al

"ão tidos como acidentes da nave$ação : naufr$io encal5e e#!losão inc+ndio $ua

aberta varação arribada ali<amento e avaria ou defeito na embarcação 9ue $ere riscos ? esta e

?s vidas e fa1endas de bordo6

)9) Nau*(4"o

Naufr$io é a !erda ou inutili1ação do navio !or acidente marítimo6

)9, E+-al!

Encal5e é o ato 9ue consiste na embarcação ser levada involuntariamente a seco6

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)9/ Á4ua a;!(ta

$ua aberta é a invasão de $ua do mar no cor!o da embarcação resultado de fissura

ras$o ou rombo no costado6

)90 Va(a$%o

8aração é o encal5e voluntrio !romovido com o !ro!(sito de se evitar mal maior ?

embarcação ? car$a e ?s vidas a bordo6

)92 A((";a&a

Arribada é o desvio voluntrio ou forçado !ara !orto ou local não !revisto na rota usual da

via$em 9ue se !erforma 2 arribada forçada - art6 @@R 8I do %/O com remissão aos arts6

OO a OO do %/UC 4 6

)93 Al"a#!+to

Ali<amento é o lançamento consciente e voluntrio ao mar de 9ual9uer das coisas a bordo6

)1 Fato5 &a Na:!4a$%o

"ão tidos como fatos da nave$ação : mau a!arel5amento ou im!ro!riedade da

embarcação e a defici+ncia de e9ui!a$em alteração da rota a m estiva$em da car$a 9ue

im!on5a riscos ? e#!edição a recusa in<ustificada de socorro ? embarcação em !eri$o e todos

os fatos 9ue !re<udi9uem ou !on5am em risco a incolumidade e a se$urança da embarcação as

vidas e as fa1endas de bordo6

)) Fo(tu+a &o Ma(

A e#!ressão VV fortuna do mar VV indica o !atrimJnio de mar !ertencente ao armador6 T

!ortanto o con<unto de bens re!resentados !elo navio e !elos fretes vencidos ou a vencer bens

estes 9ue ao armador é facultado abandonar em favor dos credores6 ada navio vale di1er

re!resenta uma determinada fortuna do mar !or si s( individuali1ada6

Além desse sentido !r(!rio a e#!ressão é em!re$ada também em sentido comum 9uerendo

si$nificar os acidentes ocorridos no mar o caso fortuito a força maior ou os riscos marítimos6

), Col"5%o G A;al(oa$%o

),1 Col"5%o

olisão é o c5o9ue entre uma embarcação e um ob<eto fi#o6

),) A;al(oa$%o

Abalroação é o c5o9ue entre duas ou mais embarcaç.es não vinculadas entre si !orcontrato6

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A abalroação classifica-se em fortuita cul!osa !or cul!a comum ou recí!roca !or cul!a

de terceiro duvidosa ou d=bia e sucessivas6

),, Col"5%o ! A;al(oa$%o +o D"(!"to I+4l5

No direito in$l+s o vocbulo 9ue corres!onde ? abalroação é VV collision VV6 "e o c5o9ue

da embarcação é com ob<etos fi#os ou flutuantes o termo em!re$ado vem a ser VV contact VV

conforme o 9ue se l+ na obra de )6N6 &o!Yins - 3ussiness and 'aS for t5e "5i!master 3roSn"on Z )er$uson 'td @CR na !$ina UOU:

6666 VV but this warranty shall not exclude collision, contact with any fixed or floating

object ( other than a mine or torpedo ), stranding, heavy weather or fire ... VV

)/ A:a("a Pa(t"-ula( G A:a("a (o55a

)/1 A:a("a

Avaria é tanto o dano material 9uanto o !ecunirio6

)/) A:a("a S"#pl!5 ou A:a("a Pa(t"-ula(

Avaria sim!les ou !articular é a9uela su!ortada s( !elo navio ou s( !ela coisa 9ue sofreu

o dano ou deu causa ? des!esa6

)/, A:a("a Co#u# ou A:a("a (o55a

Avaria comum ou avaria $rossa é todo dano ? car$a ou ? embarcação ou toda des!esa

e#traordinria voluntariamente feito com resultado em benefício comum 2 armador e

interessados na car$a 4 6

7 valor das des!esas a!uradas como avaria comum é re!artida !ro!orcionalmente entre

o navio o frete e a car$a6

Não 5 9ue se falar em avaria $rossa se ao tem!o do dano ou des!esa a embarcação se

a!resentava sem car$a6

)/ A55"5t+-"a G Sal:a#!+to

En9uanto a assist+ncia !restada !or uma embarcação ? outra !revine ou evita o sinistro

di1 "am!aio de 'acerda o salvamento 9ue a9uela !resta a esta re!ara ou atenua os efeitos do

sinistro 2 urso de Direito %rivado da Nave$ação - 8ol6 @ B edição6 )reitas 3astos@CRQ 4 6

Wuando se tratar de vidas 5umanas em !eri$o no mar a assist+ncia !or força da

onvenção de 3ru#elas de @C@ ratificada !elo 3rasil é mandat(ria6

)0 P(ot!5to Fo(#a&o5 a @o(&o7 vocbulo !rotestar nem sem!re si$nifica discordar6 %rotestar é também manifestar

solenemente o dese<o de fa1er !rova de um fato de al$o6

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A !rocessualística admite o !rotesto marítimo como relato verdadeiro dos fatos ocorridos

a bordo até !rova em contrrio 2 art6 @@R inciso 8III do %/O com remissão aos arts6 O

a OC do %/UC 4 6

7 !rotesto marítimo de!ois de ratificado numa corte de <ustiça !rodu1 os mesmos efeitos

do !rotesto <udicial6 7 !rotesto marítimo ratificado !ois se valida como notificação 9ue se fa1

diri$ida er$a omnes diante da necessidade de se !revenir res!onsabilidade e !rover aconservação e a ressalva de direito6

)2 T(";u+al Ma(ít"#o

7 ,ribunal Marítimo é um tribunal administrativo e !ortanto dos ac(rdãos decis(rios 9ue

!rolata cabe a!reciação !elo %oder >udicirio 9uando !rovocado6

Ao ,ribunal Marítimo com!ete:

2a4 <ul$ar os acidentes e fatos da nave$ação definindo-l5es a nature1a e determinando-l5es as causas circunstLncias e e#tensão;

2b4 a!licar !enas aos res!onsveis de acordo com as leis marítimas;2c4 !ro!or medidas !reventivas !ara a se$urança da nave$ação;2d4 manter o re$istro $eral da !ro!riedade naval da 5i!oteca naval e demais Jnus sobre

embarcaç.es brasileiras6

A <urisdição do ,ribunal Marítimo alcança as embarcaç.es nacionais ainda 9uando surtas

no e#terior6

CAPÍTULO III . DA RESPONSA@ILIDADE

)3 Co+5"&!(a$J!5 !(a"5

Não fa1er mal a nin$uém 2 neminem laedere 4 é uma m#ima da conviv+ncia social 9ue

se reflete como !rincí!io $eral do direito6 Infrin$ido este !receito e#sur$e !ara o a$ente o dever

de indeni1ar a res!onsabilidade civil6

)6 Culpa

A idéia de cul!a est li$ada a de falta de cuidado de !revisão ou !revisibilidade no a$ir6

A cul!a em sentido am!lo 2 lato sensu 4 no direito civil abran$e o dolo 6

Di1-se cul!a stricto sensu 9uando o a$ir viola direito de outrem como decorr+ncia de

ne$li$+ncia 2 sabia ou devia saber 9ue era !ara fa1er mas não fe1 4 im!erícia 2 falta ou

insufici+ncia de 5abilidade técnica no e#ercício de atividade técnica 4 ou im!rud+ncia 2 sabia ou

devia saber 9ue não era !ara fa1er mas fe1 4 6

Di1-se cul!a !r(!ria a9uela em 9ue a violação de direito decorre diretamente da ação ouomissão ilícita do a$ente6

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Di1-se im!r(!ria a cul!a 9uando a violação do direito de outrem decorre 9uer de fato de

terceiro a ele subordinado 9uer de fato da coisa 9ue se encontre sob sua $uarda6 Daí falar-se

no !rimeiro caso em cul!a in vi$ilando 2 a lesão a terceiro !rovocada !elo <arro 9ue cai da <anela

do a!artamento 4 e no se$undo cul!a in eli$endo 2 é !resumida a cul!a do !atrão !or dano a

terceiro decorrente de ato de funcionrio a serviço da9uele 46

aracteri1ada a cul!a duas situaç.es se a!resentam:a4 a ação cul!osa viola direito da9uele com 9uem o infrator contratou confi$urando o 9ue se

entende como cul!a contratual;

2b4 a ação cul!osa viola direito de 9uem não mantém 9ual9uer vínculo contratual com o

infrator caracteri1ando o 9ue se entende como cul!a e#tracontratual ou como também se

di1 a9uiliana6

)7 R!5po+5a;"l"&a&! C":"l

A res!onsabilidade civil como informa "ilvio odri$ues em citação da definição dada !or

ené "avatier 2 ,raité de la res!onsabilité civil en droit français B edição %aris @C@ 4 é a

obri$ação 9ue !ode incumbir uma !essoa a re!arar o !re<uí1o causado a outra !or fato !r(!rio

ou !or fato de !essoas ou coisas 9ue dela de!endam6

A res!onsabilidade !enal difere da res!onsabilidade civil6

Di1-se sub<etiva a res!onsabilidade fundada na cul!a6 om!orta esta duas es!écies a saber :

2a4 es!onsabilidade contratual - a9uela 9ue resulta do descum!rimento de contrato ; e

2b4 es!onsabilidade e#tracontratual também c5amada AW0I'IANA - a9uela 9ue institui o

dever de indeni1ar a todo a9uele 9ue a$indo dolosa ou cul!osamente causa dano a outrem6

Neste caso ine#iste relação contratual entre o causador do dano e a vítima6 7s !ressu!ostos da

res!onsabilidade AW0I'IANA são : a ação ou omissão cul!osa do a$ente o dano e#!erimentado

!ela vítima e a relação de casualidade entre este e a9uela 6

En9uanto na res!onsabilidade sub<etiva contratual cabe ao im!utado o Jnus de !rovar a

aus+ncia de cul!a na res!onsabilidade sub<etiva e#tracontratual cabe a 9uem su!orta o dano o

Jnus de !rovar a cul!a do infrator 6

Di1-se ob<etiva a res!onsabilidade 9uando ao a$ente causador do dano

inde!endentemente 5aver este concorrido com cul!a ou não se im!uta o dever de indeni1ar !or

força de mandamento le$al6 T o damnum sine in<uria a res!onsabilidade sem cul!a 6

"ão e#cludentes da res!onsabilidade :

2a4 'e$ítima defesa 6 T a ação de carter defensiva adotada !or a9uele 9ue sofre a$ressão

in<usta diri$ida contra si ou seus familiares ou seus bens6

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2b4 E#ercício re$ular de um direito62c4 Estado de necessidade 6 T o mal !raticado !ara a !reservação de direito !r(!rio ou

al5eio de !eri$o certo e atual 9ue não !rovocou nem !odia de outro modo evitar e o

a$ente não era le$almente obri$ado a arrostar o !eri$o62d4 )ato da vítima6 T a cul!a da vítima da 9ual redunda o dano62e4 )ato de terceiro6 T a intervenção de 9ual9uer !essoa estran5a 9ue !or sua conduta

atraia os efeitos do fato !re<udicial6

2f4 aso )ortuito e )orça Maior6 "ão fatos necessrios cu<os efeitos não era !ossívelevitar-se ou im!edir6 En9uanto o caso fortuito decorre de acontecimento derivado da

força da nature1a a força maior decorre de acontecimento derivado da ação 5umana -

factum !rinci!is6

,9 L"#"ta$%o &! R!5po+5a;"l"&a&! &o P(op("!t("o &! Na:"o

A des!eito da tecnolo$ia dis!onível 5odiernamente o risco na aventura marítima

!ermanece como !ossibilidade elevado6 Diante dessa realidade a iniciativa !rivada manter-se-

ia !or certo afastada do comércio do mar fosse o trans!ortador marítimo res!onsabili1ado in

infinitum6 Assim 9ue !or ra1.es de estado dado as re!ercuss.es do trans!orte marítimo sobre

o interesse !=blico admite-se a limitação da res!onsabilidade do trans!ortador6

7 abandono liberat(rio instituto de 9ue trata o (di$o omercial e a onvenção

Internacional de 3ru#elas de @CQ !romul$ada !elo decreto no6 /@C é o !rocesso 9ue

institui a limitação da res!onsabilidade dos !ro!rietrios de embarcação6

A limitação da res!onsabilidade do !ro!rietrio de embarcação di1 res!eito ao 9uantumesta alcança6 Este 9uantum limite ser com!osto !elo valor da embarcação !elo do valor dos

res!ectivos acess(rios e !elo valor do frete 2 ainda 9ue a embarcação não ten5a auferido

nen5um frete 4 6

Estatuído !ois !or força de lei o !ro!rietrio da embarcação somente res!onde até a

concorr+ncia do valor desta dos acess(rios e do frete :

2a4 !elas indeni1aç.es devidas a terceiros em virtude de !re<uí1os causados em terra ou no mar

!or faltas do omandante da tri!ulação do %rtico ou de 9ual9uer outra !essoa a serviço daembarcação;

2b4 !elas indeni1aç.es devidas em virtude de !re<uí1os causados tanto ? car$a entre$ue ao

omandante !ara ser trans!ortada como a todos os bens e ob<etos 9ue se ac5arem a bordo;

2c4 !elas obri$aç.es resultantes do con5ecimento;

2d4 !elas indeni1aç.es devidas em virtude de uma falta nutica cometida na e#ecução de um

contrato;

2e4 !ela obri$ação de remover uma embarcação afundada e !elas obri$aç.es 9ue com ela

ten5am relação;

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2f4 !elas remuneraç.es de assist+ncia e salvamento;

2$4 !ela cota de contribuição 9ue incumbe ao !ro!rietrio nas avarias comuns;

254 !elas obri$aç.es resultantes de contratos celebrados ou das o!eraç.es efetuadas !elo

omandante em virtude de seus !oderes le$ais fora do !orto de re$istro da embarcação !araas necessidades reais da conservação da embarcação ou da continuação da via$em desde 9ue

essas necessidades não !roven5am nem de insufici+ncia nem de defeito do e9ui!amento ou do

a!roveitamento no começo da via$em6

7 abandono liberat(rio não transfere a !ro!riedade marítima6 A embarcação !or efeito do

abandono liberat(rio se transmuda em bem em li9uidação isto é num bem destinado ?

conversão em es!écie !ara a !a$a dos credores6

,1 R!5po+5a;"l"&a&! Co+t(atual &o T(a+5po(ta&o(

8rias são as obri$aç.es assumidas !elo trans!ortador !or força do contrato de

trans!orte antes durante e de!ois da via$em6 "e descum!rir 9ual9uer delas !or fato a si

im!utvel res!onde !or !erdas e danos6

7 trans!ortador !oder ilidir a res!onsabilidade a ele atribuída se !rovar 9ue o

descum!rimento deveu-se !or falta do afretador 2 vício !r(!rio da mercadoria ou embala$em

deficiente ou !recria 4 caso fortuito ou força maior 6

,11 Clu5ula5 &! I((!5po+5a;"l"&a&!

lusulas de irres!onsabilidade do trans!ortador foram incor!oradas tanto !ela

onvenção Internacional !ara a 0nificação de certas e$ras de 'ei concernentes aos

on5ecimentos de Embar9ue - &a$ue ules @CQ 9uanto !or a9uelas 9ue l5e se$uiram 2 8isb[

ules @CU &a$ue-8isb[ ules @CUR e &ambur$ ules @COR4 6 7 3rasil entretanto não ratificou

9ual9uer delas6 A !riori o ordenamento <urídico brasileiro ne$a validade a 9ual9uer clusula de

não indeni1ar6 Nesta 9uestão entretanto o 9ue se observa é 9ue a <uris!rud+ncia nacional é

ainda vacilante ao inter!retar a validade ou não da inserção dessas clusulas no contrato6

,1) R!5po+5a;"l"&a&! p!lo T(a+5po(t!

Wuestão relevante é saber face a diversidade de relaç.es <urídicas 9ue 5o<e em dia o

contrato de utili1ação de navio suscita 9uem res!onde !elas obri$aç.es decorrentes do

trans!orte6 A título de se ressaltar esta 9uestão da a!uração de res!onsabilidade decorrente de

!erdas ou avarias da car$a durante o trans!orte marítimo vale citar o arti$o intitulado VV Who is

the carrier? VV dis!osto na internet !or 5risto!5er *iasc5i ainda 9ue ausentes al$umas

ressalvas 9ue se fariam !ertinentes6 Di1 este autor em síntese 9ue tece sob a é$ide das

convenç.es internacionais sobre con5ecimentos de embar9ue:

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VV Quando o transportador o pr!prio armador"propriet#rio ou o armador"locat#rio, a estes

invariavelmente se imputar# responsabilidade por perda ou avaria da carga . Quando,

entretanto, o transportador o locat#rio de coisa e servi$o ( time charterer ), as cortes vem

considerando respons#veis por perdas ou avarias da carga tanto o locat#rio %uanto o armador"

 propriet#rio. VV

,1, O C&"4o &! D!*!5a &o Co+5u#"&o( +o N!4-"o Ma(ít"#o7utra 9uestão 9ue se destaca é a9uela relativa a a!licação dos !receitos do (di$o de

Defesa do onsumidor ?s relaç.es <urídicas e#sur$idas do ne$(cio marítimo6

"obre o conceito de consumidor a <urista e !es9uisadora ludia 'ima Mar9ues

!residente do Instituto 3rasileiro de %olítica e Direito do onsumidor sustenta 9ue VV se$undo a

inter!retação teleol($ica do arti$o P do D não basta ser destinatrio ftico do !roduto

retir-lo da cadeia de !rodução lev-lo !ara o escrit(rio ou resid+ncia é necessrio ser final

econJmico do bem não ad9uiri-lo !ara revenda não ad9uiri-lo !ara uso !rofissional !ois o bemseria novamente um instrumento de !rodução cu<o !reço ser incluído no !reço final do

!rofissional 9ue o ad9uiriu VV 2 ontratos no (di$o de Defesa do onsumidor ed6 evista dos

,ribunais @CC 46

VV& importante frisar %ue o fator nuclear para defini$'o do consumidor exatamente o car#ter 

de destinat#rio final, a partir do %ual ficam excludos revendedores e intermedi#rios, %ue t'o

somente repassam um dado produto , disserta sobre a %uest'o o advogado, *r. +eandro

ardoso +ages, em artigo mantido no site da internet -us avegandi , com o ttulo  onsumidor ... VV 6

7 usurio do trans!orte marítimo invariavelmente é um em!resrio revendedor ou

intermedirio 9ue fa1 do frete valor a$re$ado do !roduto 9ue transaciona no mercado6 Isto

!osto das e#!osiç.es a res!eito do conceito de consumidor !ortanto se a!reende 9ue salvo

mel5or <uí1o os dis!ositivos do D não são a!licveis ? es!écie6

Em se tratando de trans!orte de !essoas o D entretanto sem d=vidas 9ue estar

tutelando os direitos do usurio isto é do !assa$eiro6

CAPÍTULO IV . CONTRATOS DE UTILIZAÇÃO DO NAVIO

,) P(!l!$%o

"obre o assunto !redi1 )lvia de 8asconcellos 'anari 9ue VV o uso de navios visando / obten$'o

direta de benefcios pode ocorrer sob a forma de diferentes contratos, sendo importante a

demarca$'o cuidadosa do 0mbito de aplica$'o de cada um, dado %ue a classifica$'o dos

contratos de utili1a$'o tpica de navios est# longe de ser generali1ada e muito menoscoincidente nos diferentes ordenamentos jurdicos, sendo de se registrar at mesmo uma certa

confus'o da doutrina na tarefa de identific#"losVV 2 Direito Marítimo - ontratos e

es!onsabilidade Del e[/@CCC 4 6

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Al$uns destes contratos de utili1ação de embarcação se caracteri1am !or terem como nature1a

 <urídica 9uer a sim!les locação de coisa 9uer a locação ou sublocação mista de coisa e serviço

en9uanto outros se caracteri1am !or terem como nature1a <urídica o trans!orte 6

,, Co+t(ato &! Lo-a$%o a Ca5-o Nu ? @a(!;oat B

ontrato reali1ado entre o !ro!rietrio da embarcação e um armador6 aracteri1a-se

!rinci!almente !or:

2a4 se tratar de contrato de locação de coisa;

2b4 caber ao armador tanto a $estão nutica 9uanto a $estão comercial da embarcação ;

2c4 caber ao armador !restar alu$uél 2 5ire 4 em ve1 de frete 2 frei$5t 4 6

,/ Co+t(ato &! Lo-a$%o M"5ta ? T"#! Ca(t!( B

ontrato reali1ado entre o armador da embarcação e terceiro6 aracteri1a-se

!rinci!almente !or:

2a4 se tratar de contrato de locação de coisa 2 embarcação 4 e ao mesmo tem!o locação de

serviço 2 !réstimos da tri!ulação 4;

2b4 caber ao terceiro a!enas a $estão comercial da embarcação < 9ue a $estão nutica

!ermanece a car$o do armador;

2c4 caber ao terceiro !restar alu$uél 2 5ire 4 em ve1 de frete 2 frei$5t 4 6

,0 Co+t(ato &! T(a+5po(t!

ontrato reali1ado entre o trans!ortador a9uele a 9uem cabe a $estão comercial do navio e o

usurio de trans!orte 2 comissrio de car$a e#!ortador im!ortador o!erador multimodal

embarcador 46 aracteri1a-se !rinci!almente !or:

2a4 se tratar de contrato de serviço unicamente;

2b4 fi$urar o res!onsvel !ela $estão comercial como trans!ortador;

2c4 caber ao usurio do trans!orte !restar frete 2 frei$5t 4 em ve1 de alu$uel6

,2 Co+t(apa(t"&a Co+t(atual

,21 Co+t(apa(t"&a +a5 Lo-a$J!5 a Ca5-o Nu ! M"5ta

,anto na locação a casco nu 2 bareboat 4 9uanto na locação mista 2 time c5arter 4 bem

como nas eventuais sublocaç.es 9ue !or desdobramentos inerentes ? atividade do comércio

marítimo ven5am a ser contratadas a contra!artida a !restar é o valor de alu$uél 2 5ire 4 6

Estes contratos de locação e de sublocação de embarcação se instrumentali1am através daarta-%artida 2 5arter!art[ 4 6

,2) Co+t(apa(t"&a +o S!(:"$o &! T(a+5po(t!

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No contrato de trans!orte a contra!artida a !restar é o valor frete6 7 contrato se

instrumentali1ar !or meio da arta-%artida 2 5arter!art[ 4 ou de documento desta derivada

2 "lot 5arter!art[ 4 sem!re 9ue a 9uantidade de car$a dis!osta !ara embar9ue for de tal

ordem 9ue se<a im!erioso se reservar todos os es!aços de bordo !ara acondicion-la6 "e

instrumentali1ar !or meio de on5ecimento de Embar9ue 2 3ill of 'adin$ 4 ou similar 2 3ooYin$

Note 4 9uando a 9uantidade de car$a !osta a embar9ue e#i$ir a!enas uma !arcela dos es!aços

de bordo !ara seu acondicionamento6

,3 !5t%o Nut"-a

onsidera-se $estão nutica a administração dos fatos relativos ao a!rovisionamento ?

e9ui!a$em ? se$urança !essoal e material a bordo ? o!eração técnica em $eral

2 carre$amento descar$a estabilidade e etc64 ao cum!rimento da normas de Direito

Administrativo e %enal Marítimo nacional e internacional ? manutenção a!ro!riada da

embarcação/navio ? nave$ação e a tudo mais 9ue se fi1er necessrio !ara a consecução desta6,6 !5t%o Co#!(-"al

onsidera-se $estão comercial a administração dos fatos relativos ao an$ariamento de

car$a ? ne$ociação do contrato de trans!orte e de locação/sublocação da embarcação/navio e

ao adim!lemento das obri$aç.es comerciais assumidas 9uer na esfera !=blica 9uer na esfera

!rivada6

,7 M!(-a&o I+t!(+a-"o+al &! A*(!ta#!+to

,71 O*!(ta &! E#;a(-a$%o

M/8 \MA*I "]^\ 'iberian )la$ built @CR sin$le decY bulY arrier

OQ M, D_, on \ 6O\\ ""_ '7A U@\ @@\\ E, 3EAD,& C\ 6VV

@U@RR cuft $rain/@UC cuft bale 5olds/5atc5es Q ` Q M, cranes

@Q ]ts on M, 2@\4 !lus 6 M, blended )676

A8AI'A3'E / 3A',IM7E 6

,7) O*!(ta &! Ca(4a

e9uire vessel of abt Q6 mt DSt for sin$le vo[a$e from N^6 ,o Na!les carr[in$ full car$o

&eav[ *rain6 Deliver[ in N^6 for loadin$ first 5alf )ebruar[6

,7, M!(-a&o K Ní:!l &! F(!t! . F!-a#!+to R!al"<a&o

0" East oast to Ital[ - Ma$ic "Y[ U t 5eav[ $rains/sor$5um/so[a beans @6 Q

da[s/@ t )eb6 U-@6 2Andreas4

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CAPÍTULO V . O TRANSPORTE MARÍTIMO

/9 Co#p(a ! V!+&a M!(-a+t"l

T facultado ao com!rador e ao vendedor estabelecerem livremente clusulas relativas ao

lu$ar da entre$a e ?s des!esas com o trans!orte das mercadorias6 eferem-se al$umas dessas

clusulas não s( ao trans!orte como i$ualmente a outras des!esas a e#em!lo da9uelas

relativas a a!(lice de cobertura dos riscos durante o !eríodo de translado6

Nas ne$ociaç.es de venda e com!ra se consa$rou o uso de si$las con5ecidas como

incoterms 2 cif fob cZf fa1 etc64 indicativas dos mandamentos contidos em ditas clusulas6 7s

incoterms mais usualmente em!re$ados nas transaç.es comercias são:

2a4 if - ost Insurance Z )rei$5t si$nificando 9ue fica a car$o do vendedor as des!esas de

trans!orte das mercadorias bem como do corres!ondente se$uro 9ue d cobertura aos riscos

decorrentes do trans!orte6

2b4 )ob - )ree on 3oard si$nificando 9ue o vendedor deve entre$ar as mercadorias a bordo da

embarcação ficando a car$o do com!rador as des!esas com o frete e o se$uro de cobertura dos

riscos do trans!orte das mercadorias6

$uisa de esclarecimento salienta-se 9ue o contrato de venda e com!ra do 9ual fa1em

!arte estas clusulas re!resentadas !elos incoterms não deve ser confundido com o contrato de

trans!orte reali1ado entre a9uele a 9uem cabe !rover o trans!orte 2 vendedor ou com!rador 4 e

o trans!ortador6

Em re$ra as des!esas com a tradição ou entre$a da coisa ficam a car$o do vendedor6 7

inverso se d 9uando do recebimento isto é as des!esas ficam a car$o do com!rador 6 8isto

dessa forma 9uer a venda se d+ sob o am!aro da clusula I) 9uer sob o da clusula )73

ficar a car$o do vendedor as des!esas com o carre$amento e !or seu turno a car$o do

com!rador as des!esas com a descar$a6

7s riscos de avaria !erda deteori1ação e etc6 da coisa transacionada ficam em $eral a

car$o do vendedor se ocorrerem antes da tradição isto é antes da entre$a e vice-versa isto é

a car$o do com!rador de!ois de efetuada esta6 omo e#ceção a re$ra cabe citar !or interesse

da matéria

/1 T(a+5a$J!5 I+t!(+a-"o+a"5 . C('&"to Do-u#!+t("o

7 comércio internacional envolve riscos tanto !ara o vendedor 9uanto !ara o com!rador6

A busca !or uma forma de atenuação destes riscos !olíticos e econJmicos 9ue circundam as

o!eraç.es mercantis internacionais fe1 com 9ue se desenvolvesse o rédito Documentrio

instituto acess(rio destas o!eraç.es6 &odiernamente vendedor e com!rador do cenrio

internacional contam com a se$urança 9ue este !ro!icia aos seus ne$(cios 6

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As transaç.es internacionais se !rocessam através do rédito Documentrio da se$uinte

maneira : o com!rador dos bens a9uele 9ue deve !a$ar o !reço de!osita o crédito em um

banco de sua confiança solicitando 9ue este emita um documento 2 em $eral uma arta de

rédito 4 se$undo o 9ual o vendedor dos bens a9uele 9ue deve receber o !reço tão lo$o

satisfaça as condiç.es estabelecidas no !r(!rio te#to do documento toma !ara si o crédito

de!ositado6

Embora muitas ve1es as e#!ress.es rédito Documentrio e arta de rédito se<am

confundidas na verdade a !rimeira é mais am!la e inclui a se$unda6 rédito documentrio é na

verdade todo arran<o 9ue !rev+ desembolso de recursos mediante a a!resentação de

documentos !or !arte do favorecido !elo crédito6 A arta de rédito é $+nero do 9ual o rédito

Documentrio é es!écie 6

7s !rinci!ais documentos comumente re9ueridos !ara a liberação da arta de rédito

!elo banco são a fatura comercial o con5ecimento de embar9ue e a9uele relativo ao contratode se$uro 6

Não a!resentados os documentos re9ueridos ou encontrando-se estes em

desconformidade com o estatuído !elo com!rador o banco dene$ar a liberação do crédito6

/) T(a+5po(t!

/)1 D!*"+"$%o

,rans!orte é o ato de condu1ir de um lado !ara o outro !essoa ou coisa !or camin5oaéreo terrestre ou marítimo6

/)) T(a+5po(ta&o(

,rans!ortador é a9uele 9ue contra !a$amento se obri$a a trans!ortar a9uilo 9ue tiver

sido convencionado no contrato de trans!orte6

/), F(!ta&o(

)retador 2 "5i!oSner 46 Di1-se da9uele 9ue dis!.e embarcação ? ind=stria do trans!orte6Ainda 9ue im!ro!riamente o termo tanto se refere ?9uele 9ue cede embarcação ou navio em

locação 9uanto ?9uele 9ue se dis!.e a !restar o serviço de trans!orte 6

/)/ A*(!ta&o(

Afretador 2 5arterer 46 Di1-se da9uele 9ue contrata com o fretador 6 Ainda 9ue

im!ro!riamente o termo tanto se refere ?9uele 9ue toma embarcação em locação 9uanto

?9uele toma embarcação !ara o trans!orte de suas mercadorias 6

/)0 Su;a*(!ta&o(

"ubafretador 2 5arterer 46 Di1-se da9uele 9ue toma embarcação < afretada em locação6

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Não 5 cessão de contrato no subafretamento6 Não é este acess(rio do afretamento ve1

9ue trata-se de contrato autJnomo6

/)2 E#;a(-a&o(

Embarcador 2 "5i!!er 4 é a9uele a 9uem cabe !rocessar o embar9ue das mercadorias a

bordo6 No 3rasil o !rocesso de embar9ue ou é reali1ado !or 7!erador %orturio ou diretamente

!elo !r(!rio ,erminal6 7 embarcador é em $eral mero !restador de serviço embora em certoscasos a fi$ura deste coincida com a do vendedor/e#!ortador a e#em!lo da 8ale do io Doce6

Wuer se<a ou não o embarcador a9uele 9ue contrata com o trans!ortador se$undo o

Decreto no6 @@U/@CUO re$ulamentado !elo Decreto no6 UQ6RO/@CUC a mercadoria 9ue !assa

a tomar a denominação técnica de car$a ter sido re!assada ? res!onsabilidade da

embarcação/navio a !artir de sua efetiva entre$a a bordo esta nos termos do !ar$rafo

!rimeiro do referido decreto6

/, Mo&al"&a&!5 &! T(a+5po(t!

elativo ?s modalidades dos trans!ortes estes !odem ser:

2a4 modais - os 9ue se reali1am mediante utili1ação de a!enas um meio de trans!orte;

2b4 intermodais - 9uando concorrem dois ou mais meios de trans!ortes6

2c4 se$mentados - 9uando vrios trans!ortadores !artici!am em fases se!aradas da mesma

o!eração de trans!orte re$idos cada 9ual !or contrato diverso6

2d4 sucessivos - 9uando sob um =nico contrato de trans!orte vrios trans!ortadores !artici!am

da mesma o!eração de trans!orte6

// R!4"#!5 &! Na:!4a$%o

//1 Na:!4a$%o

7 termo nave$ação como < se disse antes deriva da con<u$ação dos vocbulos latinos

VV navis VV - navio nave - e VV a$ere VV - diri$ir direcionar 6 >uridicamente o termo em 9uestão

tem sido definido como VV a arte ou ci+ncia nutica VV de condu1ir um navio de um lu$ar !araoutro6 Nave$ação si$nifica !ois a arte de condu1ir uma embarcação !or meio de movimentos

!lane<ados e ordenados 6

//) R!4"#!5 &! Na:!4a$%o

Em se tratando de trans!orte a9uavirio estatui a 'ei C6Q/CO os se$uintes re$imes de

nave$ação :

Nave$ação de 'on$o urso - aberta aos armadores ?s em!resas de nave$ação e ?s

embarcaç.es de todos os !aíses observados os acordos firmados !ela 0nião atendido o

!rincí!io da reci!rocidade6

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Nave$ação Interior de %ercurso Internacional - aberta ?s em!resas de nave$ação e

embarcaç.es de todos os !aíses e#clusivamente na forma dos acordos firmados !ela 0nião

atendido o !rincí!io da reci!rocidade6

Nave$ação de abota$em Nave$ação Interior de %ercurso Nacional Z Nave$ação de

A!oio Marítimo - embarcaç.es estran$eiras somente !oderão !artici!ar 9uando afretadas !or

em!resas brasileiras de nave$ação observado o dis!osto nos arti$os CP e @P da referida lei6/0 I+5t(u#!+to5 &o Co+t(ato &! T(a+5po(t!

7 contrato de trans!orte !ode ser instrumentali1ado !elo on5ecimento de Embar9ue

!ela arta-%artida 2 5arter!art[ 4 ou outras formas destes derivados 2 "lot 5arter!art[

3ooYin$ Note _a[bill e etc6 4 6

7s embar9ues de !e9uenos lotes de car$a tais como umas tantas sacarias uns tantos

tonéis de vin5o ou uns tantos conteiners 2 cofres de car$a 4 não ocu!am todos os es!aços de

car$a do navio o 9ue fa1 com 9ue o usurio o!te !or aderir ao contrato !adrão de trans!orte

dis!onibili1ado ? !raça !elos trans!ortadores 9ue !erformam lin5as re$ulares de car$a $eral

e/ou conteiners6 7 instrumento do contrato neste ti!o de serviço de trans!orte é o

on5ecimento de Embar9ue 2 3ill of 'adin$ 4 6

7s embar9ues de $randes lotes de car$a 5omo$+neas a e#em!los das car$as a $ranel

s(lido ou lí9uido 2 $rãos minérios carvão derivados de !etr(leo e etc6 4 e 9uase-5omo$+neas

a e#em!lo do neo-$ranel 2 !rodutos sider=r$icos !rodutos florestais e etc64 ocu!am todo ou

9uase todo es!aço de bordo <ustificando o afretamento da embarcação !or inteiro6 7

instrumento do contrato neste ti!o de serviço de trans!orte é nestes casos a arta-%artida

2 5arter!art[ 4 6

/2 P!-ul"a("!&a&!5 &o Co+!-"#!+to &! E#;a(>u! . @L

7 con5ecimento de embar9ue 2 bill of ladin$ 4 é um documento verstil 9ue !erformando

diferentes funç.es simultLneamente alterna sua nature1a conforme as circunstLncias 6

Até o advento do Decreto @C6QO/@C e do Decreto @C6OQ/@C@ 9ue l5e se$ue o

con5ecimento de embar9ue era re$ulado !elo (di$o omercial6 Em @CRR foi !romul$ada a 'ei

no6 C6U@@/@CRR 9ue dis!.e sobre o trans!orte multimodal de car$as a 9ual contém vrios

dis!ositivos referentes ao con5ecimento de embar9ue inerente ?9uela modalidade de

trans!orte6

/21 Fu+$J!5 &o Co+!-"#!+to

"ão tr+s as funç.es desem!en5adas !elo con5ecimento de embar9ue:

a4 T recibo !ois 9ue aceito como !rova da entre$a da mercadoria 6

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Nos embar9ues em navios de lin5a re$ular 2 liners 4 a!(s a entre$a e acondicionamento

da mercadoria a bordo o staff do navio assina os tal5es 2 tallies 4 a!resentados !elo conferente

e relativos ?s !arcelas de car$a ou conteiners recebidos6 "e alternativamente tratar-se de

embar9ue de $randes lotes de car$a em navios eventuais 2 tram!s 4 a!(s a entre$a e

acondicionamento destes a bordo ao invés de tal5es o 9ue o staff do navio ir assinar são os

assim c5amados recibos do !iloto 2 mate\s recei!t 4 9ue declaram o recebimento da car$a a

bordo6 7s tal5es ou os recibos do !iloto conforme o caso são entre$ues então ao a$ente do

trans!ortador a 9uem cabe emitir os 3/'s6

7s 3/'s assim emitidos !elo re!resentante do trans!ortador e em seu nome confirmam

!ois o recebimento da car$a a bordo6

%or força do fato de 9ue o omandante !assar a ser o fiel de!ositrio da car$a ? sua

$uarda entre$ue - 6ivil art6 @6R tem ele o !oder-dever de a!or nos tal5es ou recibos do

!iloto 9ual9uer ressalva 9ue ra1oavelmente <ul$ar necessria com res!eito ao estado econdiç.es das mercadorias recebidas a bordo devendo os 3/'s corres!ondentes conter de forma

e#ata e conforme o 9ue tiver sido ressalvado6

%ara evitar ressalvas no 3/'s e conse9uentemente a não liberação !elo banco da arta

de rédito emitida !elo com!rador a favor do vendedor das mercadorias é comum estes

!ro!orem ao trans!ortador em troca da !romessa de não 5aver ressalvas uma carta de

$arantia isentando o navio de res!onsabilidades 9uanto a car$a 6 Essa !rtica no entanto não

conta com o aval do se$urador 9ue !romove o se$uro de res!onsabilidade civil do armador67 3/' é dito lim!o2 lean 3/' 4 se não contém ressalvas6 ontendo-as é dito su<o

2 Dirt[/)oul 3' 46

7correndo a entre$a das mercadorias !ara embar9ue no caís ou em arma1ém o

res!onsvel !elo recebimento o confirma através de recibo 9ue na lín$ua in$lesa é con5ecido

como VV docY\s recei!t VV

b4 T evidencia da e#ist+ncia de um contrato de trans!orte 6

7 3/' não é de !ronto o contrato de trans!orte em si mas a!enas uma evid+ncia

2 !rima facie evidence 4 da e#ist+ncia deste6

"e o contrato de trans!orte estiver sendo re$ido !or uma arta-%artida 2 5arter!art[ 4

!or e#em!lo o 3/' funcionar a!enas como recibo de confirmação do embar9ue e como título

de !ro!riedade das mercadorias6 Mas se este for endossado a favor de terceiro na mesma

via$em !assar forçosamente a confi$urar contrato de trans!orte entre o armador e a9uele

!ara 9uem o título foi transmitido6 )ace a esta circunstLncia 5aver contratos de trans!orteo!erando simultLneamente : o !rimeiro a arta-%artida re!resentando o contrato entre o

embarcador/e#!ortador e o trans!ortador e o se$undo o 3/' re!resentando o contrato entre o

novo detentor do título e o armador 6

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c4 T titulo re!resentativo das mercadorias nele discriminadas6

7 3/' é da9ueles títulos de crédito 9ue em doutrina se con5ece como título de crédito im!r(!rio6

e=ne !ortanto todas as 9ualidades inerentes aos demais títulos de crédito a saber:

2a4 'iteralidade - atende ao 9ue e#!ressa e diretamente menciona;

2b4 Autonomia - cada obri$ação 9ue se estabelece é autJnoma com relação ?s demais;

2c4 artularidade - titulo e direito se confundem tornando im!rescindível o documento !ara o

e#ercício do direito 9ue nele se contém;

2d4 Abstração - o título se desvincula da causa 9ue l5e deu ori$em 6

"e$undo o arti$o @R do (di$o ivil o credor não !ode !leitear o recebimento do seu

crédito sem estar de !osse do título6 Entretanto se a falta do título decorre de e#travio ou

destruição é !ossível re9uerer ao <ui1 com!etente do lu$ar do !a$amento a reconstituição dotítulo conforme o 9ue dis!.e o Decreto no6 6QQ/@CR 6

Endosso é o meio !elo 9ual se transfere a !ro!riedade de um título de crédito6 Endosso

em !reto é a9uele 9ue menciona e#!ressamente no título o nome do beneficirio do endosso6

Endosso em branco é a9uele em 9ue o nome do beneficirio no título é omitido6 ,em a

vanta$em de não obri$ar cambialmente os !ortadores sucessivos 6

7 Decreto 6QQ/@CR visando o favorecimento da circulação do título de crédito ao

estabelecer 9ue VV na ação cambial somente é admissível defesa fundada no direito !essoal do

réu contra o autor em defeito de forma do título e na falta de re9uisito necessrio ao e#ercício

da ação VV embasou a se$uinte re$ra !revista no Decreto @C6QO/@C :

VV Arti$o RP - A tradição do con5ecimento ao consi$natrio ao endossatrio ou ao !ortador

e#ime a res!ectiva mercadoria de arresto se9estro !en5ora arrecadação ou 9ual9uer outro

embaraço <udicial !or fato dívida fal+ncia ou causa estran5a ao !r(!rio dono atual do título

salvo caso de m fé !rovada6VV

Na !rtica !or força da lei natural do menor esforço costuma-se usar a si$la 3/' iniciais

de 3ill of 'adin$ 9uando se 9uer di1er do con5ecimento de embar9ue6

No 3rasil os con5ecimentos nominativos !odem se VV ? ordem VV e VV não ? ordem VV6

on5ecimento nominativo VV ? ordem VV é o 9ue admite endosso6 on5ecimento nominativo VV

não ? ordem VV não !ode ser endossado6

7 endosso !or seu turno deve ser !uro e sim!les re!utando-se nulo o endosso !arcial6

"ão emitidos ori$inais ne$ociveis e c(!ias não ne$ociveis dos 3/'s6 A bordo é mantido

um con<unto de c(!ias não ne$ocivel dos 3/'s6

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A a!resentação do 3/' ori$inal no !orto de destino é condição sem a 9ual a car$a não é

descarre$ada e entre$ue6

/3 P!-ul"a("&a&!5 &a5 Ca(ta5.Pa(t"&a5 . CP

A arta-%artida cu<o corres!ondente termo em in$l+s é 5arter!art[ !or ve1es éinstrumento do contrato de locação de navio 2 carta-!artida a casco nu - bareboat c5arter!art[

e carta-!artida !or tem!o - time c5arter!art[ 4 !or ve1es é instrumento de contrato de

trans!orte 2 carta-!artida !or via$em - vo[a$e c5arter!art[ 4 6

omo instrumento de contrato de trans!orte suas clusulas re$em a !restação do

serviço estabelecendo obri$aç.es !ara o trans!ortador e !ara o usurio contratante6

A des!eito da arta-%artida re$er o contrato de trans!orte o 3/' se fa1 necessrio !osto

9ue funcionar como recibo e como título de !ro!riedade das mercadorias trans!ortadas 6

A arta-%artida ser ele$ida como instrumento re$ente do contrato de trans!orte sem!re

9ue a 9uantidade de car$a <ustificar o afretamento do navio !or inteiro6

7 frete é também neste caso a contra!artida do serviço 6

/6 Co+*l"to5 &! L!"

Embora o 3rasil !ossua costa de dimensão continental o trans!orte marítimo entre n(s

é !ode-se di1er 9uase e#clusivamente internacional6 Desse carter !or assim di1er

internacional do trans!orte marítimo decorrem conflitos de lei6

As !artes do contrato !or força da autonomia de vontade tem liberdade de ele$er o foro

onde devam ser dirimidos os conflitos de interesse sur$idos6 E em $eral é a lei in$lesa a9uela

ele$ida !ara re$er o contrato internacional de trans!orte 6

CAPÍTULO VI – AR@ITRAEM

/7 Co#p(o#"55o

As !essoas ca!a1es de contratar !oderão em 9ual9uer tem!o louvar-se mediante

com!romisso escrito em rbitros 9ue l5es resolvam as !end+ncias <udiciais ou e#tra<udiciais6

09 Clu5ula Co#p(o#"55("a

lusula com!romiss(ria é a9uela 9ue estabelece a obri$ação das !artes do contrato

submeterem a rbitros as diver$+ncias 9ue ven5am a sur$ir entre elas6

01 A(;"t(a4!#

Arbitra$em se$undo a define >6 retella >unior é VV o sistema es!ecial de <ul$amento

como !rocedimento técnica e !rincí!ios informativos es!eciais e com força e#ecut(ria

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recon5ecida !elo direito comum mas a este subtraído mediante o 9ual duas ou mais !essoas

físicas ou <urídicas de direito !rivado ou de direito !=blico em conflito de interesses escol5em

de comum acordo contratualmente uma terceira !essoa o rbitro a 9uem confiam o !a!el de

resolver-l5es a !end+ncia anuindo os liti$antes em aceitar a decisão !roferidaVV6

7 %rofessor oordenador da %0 do io *rande do "ul Dr6 ludio Man$oni Moretti em

arti$o !ublicado em @/@/CO sob o título VV Arbitra$em Internacional VV de formasobremaneira !ertinente tra1 sobre o assunto as se$uintes citaç.es :

2a4 VV Arist(teles na et(rica 2'6 @ @OQ b Q4 ressalta também 9ue o rbitro visa ?

e9idade en9uanto 9ue o <ui1 visa ? lei motivo !or 9ue se criou a rbitro !ara 9ue se !udesse

invocar e9idadeVV6

2b4 VVícero no discurso em defesa de oscio 26664: 0ma coisa é o <ul$amento outra a

arbitra$em6 om!arece-se ao <ul$amento !ara $an5ar ou !erder todo o !rocesso6 ,omam-se

rbitros com a intenção de não !erder tudo e de não obter tudoVV6

A arbitra$em !ode-se di1er em síntese 9ue consiste em submeter os lití$ios ? a!reciação

im!arcial de !essoas inde!endentes intitulados rbitros6

7 rbitro !ois é a !essoa a 9uem é confiada a solução dos lití$ios submetidos ? uma

arbitra$em6

01 Va+ta4!+5 &a A(;"t(a4!#

As !rinci!ais vanta$ens da arbitra$em !ara as !artes são:

2a4 %rivacidade 6 Diferente da <ustiça comum onde os feitos são abertos ao !=blico na

arbitra$em as !artes não se obri$am a !ublicar informaç.es sobre o caso;

2b4 Informalidade 6 Na arbitra$em o !rocedimento é relativamente sim!les e sem maiores

formalidades;

2c4 Dis!ensa de recursos6 Em $eral não se inter!.e recurso contra o laudo arbitral;

2d4 Economia6 7 custo da arbitra$em é inferior ?9uele relativo ?s custas da <ustiça comum 6

, D!5:a+ta4!+5 &a A(;"t(a4!#

A arbitra$em a!resenta al$umas desvanta$ens6 %ode ocorrer !or e#em!lo 9ue

a!ontando-se como rbitro um e#!ert em ne$(cios 9ue não se<a tão bem versado em leis a

contenda não se<a satisfatoriamente soluta !osto 9ue envolvia a!enas matéria de direito e

vice-versa isto é se a indicação recair em <urista sem con5ecimento e e#!eri+ncia re9uerida

!ela matéria de fato envolvida na dis!uta6 %or outro lado se cada !arte indica o seu !r(!rio

rbitro corre-se o risco de cada deles atuar em defesa dos interesses da9uele 9ue o ten5a

a!ontado6 E finalmente !ode ocorrer ainda 9ue o laudo arbitral !or insatisfat(rio faça com

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9ue a 9uestão liti$iosa acabe na <ustiça comum levada !ela !arte inconformada re!resentando

a9uele <uí1o arbitral a!enas !erda de tem!o e din5eiro6

0/ Mat'("a5 A&#"55í:!"5 Su;#"55%o &! A(;"t(a4!#

om certas e#ceç.es 9ual9uer matéria admissível de a!reciação !elo <udicirio !ode ser

levada ? uma arbitra$em6 As !artes 9uerendo !odem fa1er constar do contrato clusula

com!romiss(ria6

00 I+&"-a$%o &o5 Á(;"t(o5

As !artes !odem livremente indicar um ou mais rbitros6 Em $eral !or economia é

a!ontado a!enas um indicado !or !essoa neutra 6 Mas nada im!ede 9ue cada !arte a!onte um

rbitro e consensualmente indi9uem um terceiro desem!atador 2 um!ire 4 9uando as o!ini.es

dos rbitros forem discordes6

T mandat(rio 9ue se a!onte o desem!atador sem!re 9ue 5ouver diver$+ncias nos!areceres dos dois rbitros 9ue condu1em a arbitra$em6

02 Po&!(!5 R!-o+!-"&o5 ao5 Á(;"t(o5

"ubmetendo uma 9uestão ? arbitra$em as !artes tacitamente atribuem e recon5ecem os

se$uintes !oderes ao rbitro:

2a4 de ouvir as !artes e testemun5as;

2b4 de corri$ir erros e en$anos de e#!ressão e ti!o$rafia contidos no laudo arbitral;2c4 de re9uerer su<eito ? ob<eção le$al documentos e tudo mais 9ue for <ul$ado necessrio !ara

seu esclarecimento e convencimento;

2d4 de ordenar com certas e#ceç.es o cum!rimento de determinados !ontos do contrato em

anlise;

2e4 de a!resentar um laudo arbitral 2 aSard 4 intermedirio;

2f4 de a!resentar o laudo arbitral 2 aSard 4 final;

2$4 de estabelecer 9ual das !artes dever arcar com o Jnus da sucumb+ncia6

03 Ho+o(("o5 &o Á(;"t(o

A menos 9ue acordado de forma diversa o rbitro tem o !oder de fi#ar no laudo arbitral o

valor do seu serviço6 Não !a$o o valor do serviço e das custas informadas no laudo

intermedirio o rbitro !oder reter o laudo final e demandar o !a$amento na <ustiça face ao

inadim!lente6

06 R!:"5%o =u&"-"al &o5 Lau&o5 A(;"t(a"5

7s laudos arbitrais submetem-se a revisão <udicial se re9uerida !or 9ual9uer das !artes6

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07 A(;"t(a4!# +o @(a5"l

No 3rasil a arbitra$em é re$ida !ela 'ei C6O/CU estruturada se$undo diretri1es do

re$ramento internacional e#istente6

7 emérito %rofessor da %0 do io *rande do "ul Dr6ludio Man$oni Moretti esclarece

no arti$o su!ra citado 9ue levando-se em consideração contratos !ossuindo clausulas arbitrais

as se$uintes situaç.es a!resentar-se-ão :

VV "ituação @: %arte A e 3 3rasileiras6 ontrato firmado no 3rasil6 lausula Arbitral dis!ondo a lei

brasileira como o direito a ser utili1ado !elo arbitra$em6 "entença arbitral !roferida no 3rasil6

Essa Arbitra$em não dei#a d=vidas 9ue é Nacional6

"ituação : %arte A 3rasileira e %arte 3 Estran$eira6 ontrato firmado no 3rasil6 lausula Arbitral

dis!ondo a lei brasileira como o direito a ser utili1ado !elo arbitra$em6 "entença arbitral

!roferida no 3rasil6 Essa Arbitra$em é Nacional muito embora uma das !artes se<a estran$eira

aconteceria o mesmo no caso de ambas as !artes serem estran$eiras < 9ue o !ar$rafo =nico

do art6 Q considera estran$eira a arbitra$em !roferida no estran$eira6 7 critério é territorial6

"ituação : %arte A 3rasileira e %arte 3 Estran$eira6 ontrato firmado no 3rasil6 lausula Arbitral

dis!ondo a lei estran$eira como o direito a ser utili1ado !elo arbitra$em6 "entença arbitral

!roferida no 3rasil6 Essa Arbitra$em é Nacional mesmo com a utili1ação de direito internacional

como critério de <ul$amento !ois o 9ue determina ser arbitra$em internacional ou não e como

 < foi dito é o local onde ten5a sido !roferida6

"ituação Q: %arte A 3rasileira e %arte 3 Estran$eira6 ontrato firmado no 3rasil6 lausula Arbitral

dis!ondo a lei estran$eira como o direito a ser utili1ado !elo arbitra$em6 "entença arbitral

!roferida no E#terior6 Essa Arbitra$em é Internacional6

"ituação : %arte A 3rasileira e %arte 3 Estran$eira6 ontrato firmado no E#terior6 lausula

Arbitral dis!ondo a lei estran$eira como o direito a ser utili1ado !elo arbitra$em6 "entença

arbitral !roferida no E#terior6 Essa Arbitra$em é Internacional6VV

E conclui a9uele douto !rofessor :

VV 7bserva-se 9ue o direito 9ue ir re$ular a utili1ação da arbitra$em em determinado %aís sua

!ossibilidade de uso e sua forma no contrato internacional est atrelada aos ditames da lei

local onde se efetivou o contrato6 7 direito 9ue ir re$ular os critérios de <ul$amento da

arbitra$em no caso da 'ei C6O/CU ser convencionado !elas !r(!rias !artes 2art6 4 sendo9ue o carter internacional da arbitra$em necessariamente não !oder !assar !or ali6 Dessa

forma ser internacional a arbitra$em 9ue tiver sua sentença !roferida fora do territ(rio

brasileiro e não se deve !rocurar outro método de classificação senão esse6 VV

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Ainda sobre a arbitra$em no 3rasil o douto Dr6 >osé de Albu9uer9ue oc5a %rofessor

,itular da )aculdade de Direito da 0niversidade )ederal do ear %(s-doutorado nas

0niversidades de %aris II e 'ondres em seu arti$o intitulado VV 'ei de arbitra$em - refle#.es

críticas VV dis!osto na internet o!ina : VV Em sociedades onde as diferenças sociais e

econJmicas são menores como nos !aíses do c5amado !rimeiro mundo em 9ue as classes

!o!ulares desde o século !assado or$ani1aram-se e lutam desde então tena1mente !ara

diminuir essas desi$ualdades a arbitra$em !ode funcionar com aceitvel le$itimidade6 No

entanto em !aíses dilacerados !or violentos contrastes econJmicos sociais e culturais a

a!licação irrestrita da arbitra$em tal como delineada na lei brasileira corre sério risco de

transformar-se em mais um instrumento de ani9uilamento dos direitos dos mais fracos !elos

mais fortes ou no retorno !uro e sim!les ao re$ime da autotutela6 Em !oucas !alavras a lei de

arbitra$em !ossivelmente a mais liberal entre os !aíses de nosso conte#to <urídico-cultural

est su<eita a converter-se em mais uma ferramenta de conservação de uma das maiores

concentraç.es de ri9ue1a do mundo6VV

29 A(;"t(a4!# I+t!(+a-"o+al

7s lití$ios surtos no comércio marítimo internacional são comumente submetidos ?s

arbitra$ens 9uer de Nova ^orY 9uer de 'ondres embora outros $randes centros dis!on5am

também de associaç.es de rbitros de in9uestionvel re!utação6

& casos em 9ue as !artes não definem no contrato o foro6 A escol5a 9ue tiverem feito

!or determinada arbitra$em entretanto servir como elemento de cone#ão !ara a identificaçãoda lei do contrato isto é da lei 9ue o deva re$er6 Assim se a o!ção tiver sido !or uma

arbitra$em em 'ondres !or e#em!lo omisso o foro de eleição a lei in$lesa ser considerada a

lei do contrato ve1 9ue em direito o acess(rio se$ue o !rinci!al 2 art6 C do (di$o ivil 4 6

291 D"plo#a5 &! o("4!# "+t!(+a-"o+alK

2a4 %rotocolo De *enebra de @C6 2Decreto N6P @6@RO/46 Estabelece o carter vinculante da

clusula com!romiss(ria !revista em contrato comercial internacional6

2b4 onvenção Interamericana "obre Arbitra$em omercial Internacional 2 %anam @CO 46%assou a vi$orar no 3rasil através do Decreto n6P @6C/CU6 Dentre outras 9uest.es estabelece

o recon5ecimento da clusula com!romiss(ria com carter obri$at(rio e efeito vinculante;

desnecessidade da du!la 5omolo$ação de laudo arbitral; inversão do Jnus da !rova; a!licação

do re$ulamento de arbitra$em da omissão Interamericana de Arbitra$em omercial - IA6

2c4 onvenção Interamericana "obre Eficcia E#traterritorial As "entenças E 'audos Arbitrais

Estran$eiros 2 Montevidéu @COC 4 6 )oi a!rovada !elo decreto le$islativo n6P C/C mas não foi

!romul$ado o decreto 9ue dar eficcia ao mesmo6

2d4 %rotocolo de 3rasília de @CC@ 2 Decreto N6P C/C 46 T o instrumento !ara solução de

diferendos entre os Estados-%artes do Mercosul no 9ue !ertine ? inter!retação a!licação e

inter!retação das dis!osiç.es contidas no ,ratado sendo vedado seu uso !or !articular6

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2e4 Demais %rotocolos do Mercosul6 a4 %rotocolo de oo!eração e Assist+ncia >urisdicional em

Matéria ivil omercial ,rabal5ista e Administrativa firmado em 'as 'eas em @CC6 A!rovado

!elo Decreto 'e$islativo n6P /C !rev+ em seu arti$o @R 9ue o !edido de recon5ecimento e

e#ecução de sentenças e laudos arbitrais !or !arte das autoridades <urisdicionais tramitar !or

via de cartas ro$at(rias e !or intermédio da Autoridade entral o 9ue d mais a$ilidade ao

!rocesso6 b4 %rotocolo de >urisdição Internacional em matéria ontratual firmado em 3uenos

Aires em @CCQ6 %rev+ a !ossibilidade de solução !or arbitra$em mediante a eleição de tribunal

arbitral ou se<a !or tr+s rbitros6 Além do 9ue recon5ece o carter vinculante da clusula

com!romiss(ria como !revisto na onvenção do %anam de @CO6

CAPÍTULO VI . ARRESTO DE NAVIO

21 D!*"+"$%o

7 arresto é uma medida cautelar !revista na !rocessualística nacional6 Encontra-se

re$ulado !elos arti$os OCR a R@ do atual (di$o de %rocesso ivil - % arti$o UOC do (di$o

ivil de @CO - %/O arti$os QOC a QR e UO a UC do (di$o omercial Decreto

@6ORR/@C 9ue dis!.e sobre 5i!oteca marítima e Decreto no6 @/@C 9ue ratifica a

onvenção Internacional de 3ru#elas de @CU6

7 arresto do navio visa asse$urar ao credor o resultado do !rocesso 6

2) M!&"&a Caut!la(

A medida cautelar !oder ser re9uerida ao <ui1 antes ou no curso da ação !rinci!al6

%ara 9ue se !ossa obter a tutela cautelar é !reciso 9ue se com!rove a e#ist+ncia de

direito !lausível 2 fumus boni <uris 4 e a irre!arabilidade ou difícil re!aração deste direito

2 !ericulim in mora 4 decorrente de se ter de a$uardar o desfec5o da ação !rinci!al6

"e < 5 uma ação a<ui1ada a cautelar dever ser re9uerida ao <ui1 da causa6 "e a

cautelar é como se di1 !re!arat(ria dever ser re9uerida ao <ui1 com!etente !ara con5ecer da

ação !rinci!al6

7 <ui1 !oder conceder a cautelar liminarmente6 Nos casos em 9ue !ara ouvir o réu se

!re<udicar a liminar !oder o <ui1 conced+-la inaudita altera !ars 6

A medida cautelar !oder ser substituída !ela !restação de caução ou outra $arantia

menos $ravosa sem!re 9ue suficiente !ara evitar a lesão ou re!ar-la inte$ralmente6

"endo !re!arat(ria a cautelar o autor ter dias de !ra1o contados da efetivação desta

!ara !romover a ação !rinci!al sob !ena de decad+ncia do direito ? cautela6

7 re9uerido !or medida cautelar ter o !ra1o de dias !ara contestar a ação6

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A medida cautelar !ode a 9ual9uer tem!o ser modificada ou revo$ada 6

7 autor caso não atenda aos re9uisitos !revistos na lei !rocessual res!onde !erante o réu !elo

!re<uí1o 9ue a e#ecução da cautelar l5e !romover6

2, R!>u"5"to5 &a Caut!la( &! A((!5to

"e o autor !restar caução o arresto ser concedido sem <ustificação !révia6 De outra forma

!ara a concessão do arresto é essencial 9ue se faça !rova:

2a4 da e#ist+ncia de dívida lí9uida e certa;

2b4 documental ou <ustificação de 9ue o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou

alienar os bens 9ue !ossui ou dei#ar de !a$ar a obri$ação no !ra1o esti!ulado;

2c4 de 9ue o devedor 9ue tem domicílio certo se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;

2d4 de 9ue caindo em insolv+ncia aliena ou tenta alienar bens 9ue !ossui contrai ou tenta

contrair dívidas e#traordinrias ; !.e ou tenta !or os seus bens em nome de terceiros ; oucomete outro 9ual9uer artifício fraudulento a fim de frustar a e#ecução ou lesar credores ;

2e4 de 9ue o devedor 9ue !ossui bens de rai1 intenta alien-los 5i!otec-los ou d-los em

anticrese sem ficar com al$um ou al$uns livres e desembaraçados e9uivalentes ?s dívidas ;

2f4 demais casos !revistos em lei 6

2/ P!(&a &! E*"--"a &a Caut!la( &! A((!5to

A cautelar de arresto !erder a eficcia:

2a4 se o re9uerente não !romover a ação !rinci!al dentro do !ra1o !revisto;

2b4 se a cautelar não for cum!rida no !ra1o de dias;

2c4 se o <ui1 declarar e#tinto o !rocesso !rinci!al;

2d4 se o re9uerido !a$ar;

2e4 se o re9uerido res$atar a dívida assumindo nova obri$ação 2 novação 4;

2f4 se 5ouver acordo entre os liti$antes 2 tansação 46

20 R!>u!(!+t!

%oder re9uerer a medida cautelar de arresto a9uele 9ue for credor de dívida em 9uantia

certa ou a9uele 9ue detém título <udicial de condenação do devedor a !a$amento em din5eiro

ou !restação conversível em !ec=nia ainda 9ue a sentença admita recurso 6

20 A((!5to &! Na:"o5 E5t(a+4!"(o5

%or força da com!et+ncia internacional !oderão !or !ertinente ser arrestados os naviosestran$eiros cu<os !ro!rietrios mantiverem no 3rasil filial sucursal ou a$+ncia 6

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&ere1 %ereira dos "antos - a!itão de 'on$o urso Advo$ado

2 3 autor, en%uanto atuando como nauta, comandou navios por mais de tr4s anos, ap!s

o %ue exerceu as fun$5es de 6ort aptain em *epartamento omercial de empresa de

navega$'o. 

@I@LIORAFIA 

A'MEIDA Amador %aes de6 ,eoria e %rtica dos ,ítulos de rédito6 @@B edição6 "6%aulo6 "araiva

@CRO6

A",'E _6 E6 3ills of 'adin$ 'aS6 e!rinted December @CRR6 oulsdom - 0]6

3E" >6 )letamentos [ ,erminos de Embar9ue6 UB edição6 Madrid - Es!an5a6 7ficina entral

Marítima @CO6

DI]E^ Martin Davis Ant5on[6 "5i!!in$ 'aS6 B edição6 Australia6 'aS 3ooY om!an[ @CC6

E",E8E" 8asconcelos6 Direito Marítimo6 Edição @COO6 Escola Nutica Infante D6 &enri9ue6 %aço

dos Arcos6 %ortu$al6

*AMMA 6 Direito Marítimo6 Notas ta9ui$rficas 6 A!erfeiçoamento !ara %rimeiro %iloto @CQO6

Escola de Marin5a Mercante6 io de >aneiro6

*7ME" arlos 6 amin5a6 Direito omercial Marítimo ,eoria - %rtica - )ormulrio6 io de

>aneiro6 Editora io @COR6

*AIA 'ui1 Martins e 8I,7 'ui1 "e$undo6 rédito Documentrio 2omentrio Analítico 46

@B edição6 "6%aulo6 Aduaneiras @CRO 6

&7%]IN" )6 N6 3usiness and 'aS for t5e "5i!master6 UB edição6 *las$oS - "cotland6 3roSn

"on Z )er$uson @CR6

'AEDA >6 6 "am!aio de6 urso de Direito %rivado da Nave$ação - 8ol6@ - Direito Marítimo6

B edição6 io de >aneiro6 )reitas 3astos @CRQ6

'IMA Alvino6 ul!a e isco6 @B edição6 "6%aulo6 evista dos ,ribunais @CU6

MA,IN" )ran 6 ontratos e 7bri$aç.es omerciais6 QB edição6 "6%aulo6 "araiva @COU 6

MEND7NFA )ernando6 Direito dos ,rans!ortes6 B edição6 "6%aulo6 "araiva @CC6

N0NE" %edro6 Dicionrio de ,ecnolo$ia >urídica6 @B edição6 io de >aneiro6 )reitas 3astos

@CC 6

%EEIA aio Mrio da "ilva6 es!onsabilidade ivil6 RB edição6 io de >aneiro6 )orense @CCO 6

7DI*0E" )rancisco ésar %in5eiro e A*7",IN&7 Ivan )rancisco %ereira6 >uris!rud+ncia do

,rans!orte Aéreo Marítimo e ,errestre6 Edição @CRR6 "6%aulo6 evista dos ,ribunais6

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7DI*0E" "ilvio6 es!onsabilidade ivil6 @B edição6 "6%aulo6 "araiva @CRC6

"AN,7" ,5eo!5ilo de A6 Direito da Nave$ação Marítima e Aérea6 B edição6 io de >aneiro6

)orense @CUR