intervenÇÃo para pacientes hipertensos e diabÉticos … · a unidade de saúde funciona das 7:00...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARÁ CURSO EM ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
ALBERTO DURRUTY PANTOJA
INTERVENÇÃO PARA PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS PSF DE RIO URUCUZAL
SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA /PARÁ 2018
ALBERTO DURRUTY PANTOJA
INTERVENÇÃO PARA PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS PSF DE RIO URUCUZAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal de Pará, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientador: Professor (a) Rosiane Pinheiro Rodrigues
SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA /PARÁ 2018
ALBERTO DURRUTY PANTOJA
INTERVENÇÃO PARA PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS PSF DE RIO URUCUZAL
Banca examinadora Professor (a). Rosiane Pinheiro Rodrigues Professor Jose Guilherme Wady Santos Aprovado em Pará, em 17 de Dezembro de 2018
DEDICATÓRIA A minha família, em especial a meus pais e a minha vovó pelo apoio e o amor incondicional. A meus mais caros amigos que sempre estão comigo. A todos aqueles que acreditaram em mim.
AGRADECIMENTOS
Á minha tutora e a todos os que fizeram possível o desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO
Este Projeto de Intervenção propõe-se a o objetivo de melhorar o atendimento dos
pacientes portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus situadas em uma
área específica, a da abrangência do PSF de Rio Urucuzal, Distrito Rural do
Município São Sebastião de Boa Vista, através de um conjunto de ações
encaminhadas a um melhor cadastramento e a educação para o controle do maior
% da população com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, dando oportunidades
de conhecimentos a este segmento para fortalecer as atividades previstas e
melhorar a qualidade de vida. As atividades socioeducativas presentes na estrutura
deste Projeto de Intervenção estão centradas na prevenção, promoção e controle
destas doenças que contribuirão efetivamente para a conquista de uma saúde mais
estável da comunidade tornando-os sujeitos ativos e participativos, na sociedade da
qual fazem parte.
Palavras-Chave: Hipertensão Arterial. Diabetes Mellitus. São Sebastião da Boa Vista
ABSTRACT
This Intervention Project aims to improve the care of patients with Arterial Hypertension and Diabetes Mellitus located in a specific area, the area of the PSF of Rio Urucuzal, Rural District of the Municipality of São Sebastião da Boa Vista, through a a set of actions aimed at better enrollment and education for the control of the greater% of the population with Arterial Hypertension and Diabetes Mellitus, giving opportunities to this segment to strengthen the activities envisaged and improve the quality of life. The socio-educational activities present in the structure of this Intervention Project are centered on the prevention, promotion and control of these diseases that will effectively contribute to the achievement of a more stable health of the community, making them active and participatory subjects in the society of which they are part.
Key words: Hypertension. Diabetes Mellitus. São Sebastião da Boa Vista
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...... 10
2 JUSTIFICATIVA 14
3 OBJETIVOS 23
4 METODOLOGIA 24
5 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 26
6 PLANO DE INTERVENÇÃO 27
7 CRONOGRAMA 39
8 RESULTADOS ESPERADOS 39
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 40
REFERÊNCIAS 42
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 Aspectos gerais do município
São Sebastião da Boa Vista é um município brasileiro do Estado do Pará. Os
habitantes se chamam boa-vistenses. O município se estende por 1 632,2 km² e
contava com 22 890 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 14
habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Limoeiro do
Ajuru, Oeiras do Pará e Muaná, São Sebastião da Boa Vista se situa a 27 km ao
Norte-Oeste de Limoeiro do Ajuru a maior cidade.
São Sebastião da Boa Vista é uma localidade tipicamente marajoara, com um
povo bastante hospitaleiro e alegre. No período de 10 a 20 de janeiro é realizada a
festa do padroeiro São Sebastiao, atraindo turistas de Belém do Pará e do interior do
estado. A festa é muito esperada durante todo o ano. A cidade fica lotada de turistas
de todos os cantos do Estado. No fim de agosto, o município celebra o Festival
do Açaí, com pratos típicos da culinária boa-vistense, atrações artísticas municipais
e de outras cidades. Cercada de rios caudalosos, São Sebastião da Boa Vista é
conhecida como "Veneza do Marajó". A cidade conta com hotéis, restaurantes,
supermercados, um hospital, feira, igrejas de diversas religiões.
1.2 Aspectos da comunidade
Urucuzal e uma localidade do município de São Sebastião da Boa Vista que
fica no interior do município mais a UBS está no Centro da cidadede São Sebastião
da Boa Vista é o principal ponto de atendimento do sistema de saúde pública para
receber pacientes que precisam de orientação clínica voltada às especialidades de
Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. O Posto de Saúde
tem acesso fácil é considerado a porta de entrada do cidadão ao SUS (Sistema
Único de Saúde). Uma UBS deve reunir condições para resolver até 80% dos casos
de enfermidade da população, sem que seja necessário realizar o encaminhamento
para outros centros de saúde.
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1.3 O sistema municipal de saúde
• ATENÇÃO PRIMÁRIA: 6
• ATENÇÃO ESPECIALIZADA; 1
• ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 1
• ATENÇÃO HOSPITALAR: 1
• APOIO DIAGNÓSTICO: 1
• ASSISTÊNCIA FAMACEUTICA: 8
• VIGILÂNCIA DA SAÚDE: 1
• RELAÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO: boa
• RELAÇÃO COM OUTROS MUNICIPIOS: boa
• CONSÓRCIO DE SAÚDE: 0
• MODELO DE ATENÇÃO: baixa complexidade.
1.4 A Unidade Básica de Saúde Rio Urucuzal
Na manhã deste sábado dia 30 de abril de 2016, foi inaugurada mais uma
unidade básica de saúde porte 2, localizada na Rua Gabriel Marques, nesta Cidade
de São Sebastião da Boa Vista. Esta obra foi construída pelo programa Requalifica
UBS com Recursos advindos do Governo Federal e com a Contrapartida do
Governo Municipal. A UBS “Estelita Barbosa da Silva” (onde se dá atendimento à
população do Urucuzal) irá atender as demandas dos moradores do Bairro do
Centro e o Bairro Novo, além de ter uma equipe especificamente para atender os
moradores da Zona Rural, com médico, Dentista, Procedimentos do Programa da
atenção Básica, como vacina, Pré-Natal, entre outros serviços que culminaram com
a melhoria da qualidade de vida da comunidade local.
O evento foi de muita satisfação para toda a família de Dona “Estela” como
era chamada na intimidade por todos, foi servidora pública, onde por longos anos
trabalhou na área da saúde até o fim de sua vida, com muita dedicação.
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1.5 A Equipe de Saúde da Família de Urucuzal, da Unidade Básica de Saúde
Rio Urucuzal
A equipe é composta por 6 Agentes Comunitárias de Saúde; uma auxiliar de
enfermagem e uma médico da família.
1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe Rio Urucuzal
A Unidade de Saúde funciona das 7:00 h às 12 e a tarde de 14:00 horas ás
17:00 horas de segunda a sexta feira e conta com o apoio dos agentes comunitários,
que se revezam durante a semana, segundo uma escala, em atividades
relacionadas à assistência, como recepção e arquivo, sempre que o auxiliar de
enfermagem ou o enfermeiro está presente na Unidade. Esse fato tem sido motivo
de algumas discussões, principalmente entre o enfermeiro da equipe e o
coordenador de atenção básica, que justifica a necessidade de se utilizar o trabalho
dos ACS’s nessas atividades, pela dificuldade de contratação de outro auxiliar de
enfermagem.
1.7 O dia a dia da equipe Rio Urucuzal
O tempo da Equipe está ocupado quase que exclusivamente com as
atividades de atendimento da demanda espontânea (maior parte) e com o
atendimento de alguns programas, como: pré-natal, puericultura, controle de câncer
de mama e ginecológico, atendimento a hipertensos e diabéticos, e
acompanhamento de crianças desnutridas. A ausência de um projeto e de avaliação
do trabalho tem sido motivo de alguns conflitos entre os membros da equipe. Uma
queixa geral é a falta de tempo, devido à demanda de atendimento. Com o passar
dos anos essa situação e a falta de perspectivas de mudanças têm provocado um
desgaste grande na equipe.
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1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de
intervenção (segundo passo)
Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico
da comunidade adscrita à equipe da UBS Urucuzal, Centro de Saúde Estelita
Barbosa, São João da Boa Vista, estado Pará.
Problemas Importância* Urgência** Capacidade de
enfrentamento***
Seleção/
Priorização****
Alta Prevalência e
incidência das
doenças crônicas
não transmissíveis
como a (DM) e
(HAS).
Alta 5 Parcial 1
Fezes a céu
aberto.
Alta 4 Parcial 2
A população não
ferve a água de
beber.
Alta 3 Parcial 3
Mal planejamento
das consultas
programadas e as
demandas.
Alta 3 Parcial 1
Escassa
quantidade de
medicamentos que
não corresponde
com a demanda
dos pacientes
Alta 2 Parcial 3
Retardo no
encaminhamento
para outras
especialidades.
Alta 1 Fora 4
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-Inexistência de
sistema de
abastecimento e
saneamento de
água
Alta 1 Fora 2
Fonte: dados da pesquisa (2018) *Alta, média ou baixa ** Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30 ***Total, parcial ou fora ****Ordenar considerando os três itens
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2 JUSTIFICATIVA
Como se observado no quadro acima, os problemas identificados pela equipe
Urucuzal, o de maior importância e a alta prevalência e incidência Alta Prevalência e
incidência das doenças crônicas não transmissíveis como a (DM) e (HAS), sendo a
primeira prioridade da equipe. Também existem outros problemas que afetam a
população e que requerem do enfrentamento da equipe para resolvê-los, evitando
complicações e melhorando assim a saúde de cada paciente e da comunidade em
geral.
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3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral
Proporcionar aos diabéticos e hipertensos do Distrito de Rio Urucuzal um
acompanhamento mais sistemático da equipe do PSF, para o equilíbrio da saúde
desses pacientes atendidos pela mesma.
3.2 Objetivos específicos
1. Promover atividades na área de saúde, permitindo ao paciente fazer parte do
processo de cadastramento na comunidade;
2. Promover ciclos de palestras voltadas para o tema que contribua para o controle
e prevenção de doenças pertinentes hipertensos e diabéticos;
3. Orientações, sobre a importância de hábitos saudáveis para a obtenção de uma
vida com mais qualidade;
4. Prevenir situações de risco à hipertensos e diabéticos do Distrito, contribuindo
para o controle da mobilidade e a mortalidade da comunidade.
.
16
4 METODOLOGIA
A metodologia será participativa com o envolvimento de toda a equipe
selecionada para as atividades de cadastramento, de educação e preventivas. O
Projeto de Intervenção em atendimento aos hipertensos e diabéticos terá duração de
2 meses e 1 semana, com palestras quinzenais, enfocando temas específicos na
abordagem da prevenção e controle da diabetes e hipertensão dos idosos.
Em primeiro lugar, semanalmente, os idosos terão visitas da enfermagem
para o melhor controle de saúde dos mesmos, com acompanhamento das taxas de:
glicemia capilar, pressão, verificação e orientação sobre medicamentos e nutrição; e
como segundo passo semanalmente, haverá no Centro Social com o grupo de
hipertensos e diabéticos, estimulando através de atividades lúdicas, recreativas e
dinâmicas, a autoestima e consequentemente a melhoria da saúde dos idosos
inseridos nos grupos.
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5 REFERENCIAL TEÓRICO
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como a Hipertensão
Arterial (HA) e Diabetes Mellitus (DM), apresentam número crescente de casos na
população, constituem importantes causas de hospitalizações no sistema público de
saúde e resultam em sérios problemas de saúde pública. As políticas de
enfrentamento desses agravos têm priorizado a organização de serviços pautados
na longitudinalidade do cuidado com ênfase na Estratégia Saúde da Família (ESF)
(MENDES, 2012).
O controle da hipertensão e do diabetes, no âmbito da Atenção Básica, pode
evitar o agravamento e o surgimento de complicações cardiovasculares, com
redução do número de internações hospitalares e mortes por essas doenças
(SCHMIDT et al., 2011). Entretanto, apesar de instituído o padrão de cuidado aos
indivíduos com esses agravos, estudos indicam que há um baixo percentual de
controle da pressão arterial e glicemia (ROSÁRIO et al., 2009).
A detecção precoce dos indivíduos com hipertensão e/ou diabetes pelos
serviços da área adscrita é um dos elementos imprescindíveis para o sucesso do
controle, pois a partir do reconhecimento a Equipe de Saúde da Família (EqSF) pode
realizar o acompanhamento periódico com a finalidade de atender de forma integral
às necessidades dos grupos sociais de responsabilidade do território (CAMPOS;
MISHIMA, 2005), conforme as diretrizes gerais determinadas pela Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB) (BRASIL, 2012).
Todavia, vários estudos mostram que os serviços de saúde encontram
dificuldades na captação da população-alvo que necessita de acompanhamento
periódico. Assim sendo, a avaliação constante do desempenho do serviço é
fundamental para identificar problemas na atenção e nortear os direcionamentos e
aprimorar a qualidade da atenção à saúde (SALA; NEMES; COHEN, 1998).
Entre as principais aprendizagens que essa prática me forneceu que será der
suma importância para o meu percurso acadêmico, destaca-se o contato com o
público e o desenvolvimento de habilidades essenciais como a da oratória bem
como a da didática necessária a aquisição de uma compreensão por parte do
público que nos assiste e a partir disso uma forma de alcançarmos realidades típicas
de seus cotidianos a fim de atingir pequenas mudanças em suas rotinas mas que
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serão fundamentais para a redução dos fatores de riscos, tais como mudanças nos
hábitos alimentares e o combate ao sedentarismo.
Através do NASF, formar uma equipe de referência que deverá prestar
suporte Assistencial e Técnico pedagógico as equipes de Saúde da Família, com o
objetivo de compartilhar seu conhecimento específico sobre os fatores de risco para
a Insuficiência Renal Crônica (IRC).
A promoção da DRC na Atenção Básica perpassa por ações que visam
impactar na qualidade de vida da população tendo como público alvo a população
da Unidade Básica de Saúde, principalmente aqueles identificadas pela unidade
como grupo de risco: hipertensos diabéticos, pacientes com doenças
cardiovasculares, familiares de renais crônicos.
O PTS é um Conjunto de propostas e condutas Terapêuticas articuladas, para
um sujeito individual ou coletivo. Nele a proposta é de trabalhar a singularidade do
paciente, estabelecendo propostas de cuidado a saúde, levando em consideração o
princípio da Integralidade.
A ausência de sintomas no estágio inicial da DRC faz com que os médicos
das UBS, desempenhem avaliações criteriosas, principalmente nos grupos de risco
daquela Unidade. Pedidos de exames, e encaminhamentos ao Nefrologista para
avalição, podem controlar o desenvolvimento da doença, impedindo a perda total da
função do rim.
O Telessaúde tem como objetivo a melhoria na qualidade de atendimento na
Atenção Básica, por meio da qualificação das equipes do Programa Saúde da
Família (PSF). A ideia inicial seria um projeto piloto em virtude das dificuldades de
acesso a Internet
O PTS é um Conjunto de propostas e condutas Terapêuticas articuladas, para
um sujeito individual ou coletivo. Nele a proposta é de trabalhar a singularidade do
paciente, estabelecendo propostas de cuidado a saúde, levando em consideração o
princípio da Integralidade.
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6 PLANO DE INTERVENÇÃO
6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)
A Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus são problemas graves de
saúde pública no Brasil e no mundo. Elas são um dos mais importantes fatores de
risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e
renais, sendo responsável pelo menos 40% das mortes por acidente vascular
cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana só a Hipertensão e,
em combinação com o diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal. Com
o critério atual de diagnóstico de hipertensão arterial (PA 140/90 mmHg), a
prevalência na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%,
dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido.
A principal relevância da identificação e controle da Hipertensão Arterial
Sistêmica e Diabetes Mellitus residem na redução das suas complicações, tais
como: Doença cerebrovascular, Doença arterial coronariana, Insuficiência cardíaca,
Doença renal crônica, Doença arterial periférica.
Os profissionais de saúde da rede básica têm importância primordial nas
estratégias de controle da hipertensão arterial, quer na definição do diagnóstico
clínico e da conduta terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e
educar os pacientes hipertensos e diabéticos como de fazê-lo seguir o tratamento.
Mais e de vital importância um cadastramento.
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6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo)
O Cadastramento deficiente das doenças crônicas não transmissível, foi o
problema escolhido para a descrição dado que o número dos pacientes cadastrados
com HTA e Diabetes Mellitus, por exemplo, não se corresponde com a realidade
observada dia a dia nas consultas, o que demostra o trabalho deficiente até a data
com respeito ao tema em questão, mesmo assim sendo o ponto mais críticos, é
importante destacar que além disso não se conta com os recursos precisos para a
pesquisa na comunidade, como aparelhos para medir a preção arterial nem
glicômetros e também não se conta com o médio de transporte disponível para as
visita já que para chegar á comunidade de atendimento de nossa equipe, o que
dificulta o controle das doenças crônicas não transmissível não pudendo prevenir
suas complicações por meio da identificação dos pacientes portadores e orientar
eles sobre como mudar o estilo de vida e assim ajudar no controle das mesmas.
6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)
Também foram identificados os possíveis nós críticos, ou seja, situações
sobre as quais uma atuação exitosa contribui na solução dos problemas. O
desconhecimento sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica, a Diabetes Mellitus e suas
complicações Bem como a orientação fora do contexto do paciente (Medidas
higiênico-dietéticas desfavoráveis); visitas ineficientes pelos agentes comunitários de
saúde; inexistência de transporte regular para pesquisa em áreas distantes entre a
comunidade e a Unidade de Saúde.
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6.4 Desenho das operações (sexto passo) Quadro 2 – Operações sobre o nó crítico O desconhecimento sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a Diabetes Mellitus (DM) e suas complicações. Orientação fora do contexto do paciente (Medidas higiênico-dietéticas desfavoráveis), sob a responsabilidade da Equipe de Saúde de Urucuzal, São Sebastião de Boa Vista, estado do Pará.
Nó crítico 2 Desconhecimento sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica, a Diabetes Mellitus e suas complicações.
Operação Estimular a mudança do estilo e vida. (Medidas higiênico-dietéticas desfavoráveis)
Projeto Maior controle da (HAS) e (DM), prevenir as complicações
Resultados esperados Redução 75% da incidência da HAS e DM na população no prazo de um ano.
Produtos esperados Diminuição das complicações da HAS e DM.
Atores sociais/ responsabilidades
Equipe, responsabilidade Agente Saúde Comunitário.
Recursos necessários Estrutural: Posto de saúde, Escola da área Cognitivo: Informação sobre o tema e estratégia da comunicação Financeiro: Aquisição de recursos para folhetos educativos, Datashow. Político: Mobilização social e articulação Intersetorial com rede de ensino.
Recursos críticos Organizacional: Palestra na comunidade e escolas da área.
Controle dos recursos críticos / Viabilidade
Ator que controla: Enfermeira Viabilidade presente
Ação estratégica de motivação Motivação: Alto índice de (HAS) e (DM) sem tratamento.
Responsáveis: Médico e Enfermeira
Gestão, acompanhamento e avaliação.
Acompanhado por ESF, avaliado cada três meses
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
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Quadro 3 – Operações sobre o nó crítico de Visitas ineficientes pelos agentes comunitários de saúde na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Urucuzal, São Sebastião de Boa Vista, estado do Pará
Nó crítico 3 Visitas ineficientes pelos agentes comunitários de saúde.
Operação Aumentar as Visitas pelos agentes comunitários de saúde.
Projeto Maior regularidade nas Visitas.
Resultados esperados Maior controle da (HAS) e (DM), prevenir as complicações.
Produtos esperados Diminuição da incidência da (HAS) e (DM) na população e as complicações. Incentivar Campanhas educativas nas escolas. Maior número de visitas pelos Agentes Comunitário de Saúde
Atores sociais/ responsabilidades Médico, Enfermeira e ACS
Recursos necessários Cognitivo: conhecimento sobre a importância das visitas para maior controle Organizacional: organização das visitas Políticas: Articulação Intersetorial e Mobilização social
Recursos críticos Cognitivo: Informação sobre o tema e estratégia de comunicação
Controle dos recursos críticos / Viabilidade
Ator que controla: Enfermeira Motivação: elaboração do projeto de adequação
Ação estratégica de motivação Controle insuficiente da (HAS) e (DM)
Responsáveis: Medico
Cronograma / Prazo Início em Abril e término julho Início em Março e termino em Maio Avaliações em cada Semestre Início Fevereiro termina em Abril
Gestão, acompanhamento e avaliação
Acompanhado por Coordenadora de Atenção Básica e nosso equipe de saúde, será avaliado ao 6 e 12 meses
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
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Quadro 4 – Operações sobre o nó crítico Inexistência de transporte regular para pesquisa na população sob a responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Urucuzal, São Sebastião de Boa Vista, estado do Pará.
Nó crítico 4 Inexistência de transporte regular para pesquisa
Operação Garantir transportação regular para as visitas.
Projeto Transportação regular.
Resultados esperados Melhorar o controle pela equipe.
Produtos esperados Recursos humanos capacitados Linha de cuidado para paciente com (HAS) e (DM) Protocolo implantado Regulação implantada
Atores sociais / responsabilidades Médico, Enfermeira e Agente Comunitário de Saúde
Recursos necessários Cognitivo: elaboração de projetos da linha de cuidado e de protocolos. Político: articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais. Organizacional: adequação de fluxos
Recursos críticos Político: articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais
Controle dos recursos críticos / Viabilidades
Ator que controla: Gestor Municipal, Secretaria de Saúde. Motivação: desfavorável.
Ação estratégica de motivação Decisão de aumentar os recursos para estruturar os serviços e Articulação Intersetorial e Mobilização social.
Responsáveis Secretaria de saúde
Cronograma / Prazo Início em três meses e termina em 12 meses
Gestão, acompanhamento e avaliação
Acompanhado por Coordenadora de Atenção Básica e nossa equipe de saúde, será avaliado aos 6 e 12 meses
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
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Quadro 5 – Operações sobre o nó crítico, muita distância entre a comunidade e a UBS, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Urucuzal, São Sebastião de Boa Vista, estado do Pará
Nó crítico 5 Grande distância entre a comunidade e a UBS.
Operação Estruturar a UBS na comunidade de Urucuzal
Projeto Melhor controle e cuidados
Resultados esperados Garantir os medicamento e exames previstos nos protocolos para 100 % de pacientes com (HAS) e (DM).
Produtos esperados Capacitação de pessoal Compra de medicamentos. Contratação de compra de exames
Atores sociais/ responsabilidades Secretaria de Saúde Prefeitura municipal
Recursos necessários Cognitivo: elaboração do projeto de adequação Políticas: decisão de aumentar os recursos para estruturar os serviços Financeiros: aumento da oferta de medicamentos e exames
Recursos críticos Financeiro: para aquisição de recursos, folhetos educativos, médios audiovisuais
Controle dos recursos críticos / Viabilidade
Ator que controla: Coordenadora de ABS Motivação: Melhorar a saúde da comunidade
Ação estratégica de motivação Apresentar projeto de estruturação da UBS.
Responsáveis: Secretaria de saúde
Cronograma / Prazo Quatro meses apresentação de projeto e seis meses de aprovação e liberação de recursos e compras de medicamentos.
Gestão, acompanhamento e avaliação
Acompanhado por EFS e avaliado aos 6 e 12 meses
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente projeto pretende ser de grande valia, permitindo o
desenvolvimento de uma nova proposta de promoção, prevenção e assistência à
saúde. Apesar dos desafios e dificuldades encontradas, foi o ponto de partida para o
estímulo e, consequentemente, ações para a saúde dos pacientes diabéticos e
hipertensos no Distrito de Rio Urucuzal. Uma das principais dificuldades foi a pouca
vontade política dos Gestores do Município de São Sebastiao da Boa Vista. Ao
refletirmos sobre a importância do aumento do vínculo familiar e com os Serviços de
Saúde que a comunidade necessita e o quanto isso influencia na sobrevida e
qualidade de vida deles, verificamos a necessidade de os Profissionais de Saúde
sensibilizarem-se da importância que o Acompanhamento Integral à Saúde tem
sobre o estado de saúde dos pacientes diabéticos e hipertensos.
A promoção e a prevenção na Atenção Básica perpassam por ações que
visam impactar na qualidade de vida da população tendo como público alvo a
população da Unidade Básica de Saúde, principalmente aqueles identificadas pela
unidade como grupo de risco: hipertensos, diabéticos, pacientes com doenças
cardiovasculares e/ou familiares de renais crônicos.
A elaboração do Projeto Terapêutico Singular para pacientes Diabéticos e
Hipertensos resistentes é um conjunto de propostas e condutas terapêuticas
articuladas, para um sujeito individual ou coletivo. Nele a proposta é de trabalhar a
singularidade do paciente, estabelecendo propostas de cuidado a saúde, levando
em consideração o princípio da Integralidade. Sendo que esta atenção diferenciada
se faz necessário para diminuir os índices de morbimortalidade por HAS e DIA.
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REFERÊNCIAS
MONTENEGRO, L. C. A formação profissional do enfermeiro: avanços e
desafios para a sua atuação na atenção primária à saúde. Belo Horizonte, 2010.
98 p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem,
Universidade Federal de Minas Gerais.
MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à
saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília,
DF: Organização Pan Americana da Saúde, 2012.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiro de Cardiologia, Rio de Janeiro, v.
95. supl. 1, p. 1-51, 2010.
SALA, A.; NEMES, M. I. B.; COHEN, D. D. Metodologia de avaliação do trabalho
na atenção primária à saúde. Cadernos de Saúde Pública; Rio de Janeiro, v. 14, n.
4, p. 741-751, out./dez. 1998
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hipertensão Arterial Sistêmica. Caderno de
Atenção Básica- nº15- Brasília-DF, 2006.