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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia ALINE CRISTINA DOS SANTOS CAMARGO MIRIAN APARECIDA LOUREIRO INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA MELHORA DA MARCHA HEMIPARÉTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA BRAGANÇA PAULISTA 2016

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Fisioterapia

ALINE CRISTINA DOS SANTOS CAMARGO

MIRIAN APARECIDA LOUREIRO

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA MELHORA

DA MARCHA HEMIPARÉTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

BRAGANÇA PAULISTA

2016

ALINE CRISTINA DOS SANTOS CAMARGO - RA: 001201200976

MIRIAN APARECIDA LOUREIRO - RA: 001201200981

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA MELHORA

DA MARCHA HEMIPARÉTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Fisioterapia da USF –

Universidade São Francisco como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel

em Fisioterapia.

Orientadora temática: Prof.ª Mª Manuela

Amaral Mucci Casanova

Orientadora metodológica: Prof.ª Mª

Grazielle Aurelina Fraga de Sousa

BRAGANÇA PAULISTA

2016

ALINE CRISTINA DOS SANTOS CAMARGO

MIRIAN APARECIDA LOUREIRO

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA MELHORA

DA MARCHA HEMIPARÉTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Fisioterapia da USF –

Universidade São Francisco como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel

em Fisioterapia.

Data de aprovação: _______/________/________

Banca examinadora

____________________________________________________________

Profª Mª Manuela Amaral Mucci Casanova (Orientadora Temática)

Universidade São Francisco

____________________________________________________________

Profª Mª Grazielle Aureliana Fraga de Souza (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

____________________________________________________________

Profª Mª Gianna Carla Cannonieri Nonose (Examinador Convidado)

Universidade São Francisco

Dedicamos este trabalho

primeiramente à Deus, pelo privilégio de um

dom que nos foi dado, e a todos que

estiveram envolvidos e próximos a nós,

familiares e amigos.

AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades.

A Universidade, ao corpo docente e direção, pelas oportunidades.

Aos nossos pais, irmãs, namorados e cunhados pela força e pelo apoio e incentivo.

E a todos que diretamente e indiretamente nos auxiliaram para finalizar essa etapa.

“Dificuldades e obstáculos são fontes valiosas

de saúde e força para qualquer sociedade.”

Albert Einstein

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................08

2. OBJETIVOS......................................................................................................................11

2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................11

2.2 OBJETIVO ESPECIFICO...............................................................................................11

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................12

4. ARTIGO CIENTÍFICO...................................................................................................13

5. ANEXOS............................................................................................................................33

8

1. INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia de origem cerebrovascular

caracterizada principalmente por um déficit neurológico que pode ser definitivo ou transitório.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) ele pode ser definido como uma súbita

perturbação focal da função cerebral causada pela privação do fluxo sanguíneo persistente por

mais de 24 horas (STROKES, 2000).

As desordens da circulação cerebral incluem qualquer doença do sistema vascular que

cause isquemia ou infarto do cérebro ou hemorrágica espontânea no parênquima cerebral ou

no espaço subaracnoideo. AVC pode ser isquêmico devido á uma oclusão de uma das artérias

cerebrais importante ou hemorrágico devido ao sangramento de um vaso. (CARR,

SHEPHERD,2008)

Em todos os tipos descritos a privação do fluxo sanguíneo causa uma deficiência no

suprimento de oxigênio e nutrientes ocasionando lesão e morte do tecido neural e diversos

comprometimentos motores, sensoriais, mentais e linguagem (SÁ, 2014). Tais

comprometimentos ocorrem de acordo com o local da lesão encefálica, dessa forma, as

funções desempenhadas pela região anatômica comprometida serão afetadas podendo se

alterar ou até mesmo deixar de existir (PORTAL BRASIL,2015)

Segundo a Associação Brasileira de Neurologia o AVC é a segunda doença que mais mata

no Brasil. Dentre os principais fatores de risco para esta patologia podemos incluir fatores não

modificáveis como idade, sexo, etnia, antecedentes familiares e fatores modificáveis como

hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, doenças cardiovasculares,

sedentarismo, obesidade, hiperlipidemia e alcoolismo (ABE,2010).

Pacientes que sofreram AVC e que evoluíram com quadro de hemiparesia, variam em grau

de comprometimento motor. Alguns indivíduos, podem simplesmente demonstrar fraqueza ou

tensão local, já outros, apresentam dificuldades importantes para realizar atividades do dia a

dia. A hemiparesia é caracterizada por déficits motores incluindo diminuição da ativação

9

muscular e aumento anormal no tônus muscular, levando a compensações, dificuldade de

manutenção da postura e alterações na marcha (ZUGE, 2009).

Uns dos principais fatores que influenciam o déficit na marcha são atrofias musculares e

suas mudanças fisiológicas no metabolismo e nas fibras musculares consequente ao desuso,

alterações no suprimento sanguíneo do membro afetado, da perda dos efeitos tróficos centrais,

atrofia neurogênica, perda das unidades motoras, alterações na ordem de recrutamento e na

condução dos nervos periféricos. As unidades motoras do lado parético são mais fadigáveis,

levando a um déficit de resistência decorrente a diminuição de recrutamento de unidades

motoras e a ativação de fibras glicolíticas tipo II ao invés do recrutamento de fibra tipo I,

durante a atividade dinâmica reduzindo a capacidade oxidativa dos músculos paréticos com

aumento da produção de lactato na utilização de glicogênio muscular. Todos esses fatores

provocam uma baixa resistência em atividades aeróbicas gerando uma alta demanda

energética na marcha e nas mais simples atividades e uma baixa resistência cardiorrespiratória

(MOTA, BITENCOURT, 2011).

A marcha eficiente pode ser dividida em cinco componentes principais: absorção da

energia mecânica na fase de apoio ao corpo, promoção de apoio do corpo, manutenção do

equilíbrio postural, elevação do pé na fase de balanço e geração de propulsão para efetuar a

progressão para frente. As alterações neuromusculares e as estratégias de compensação

decorrentes da hemiparesia interferem diretamente na função coordenativa em indivíduos

hemiparéticos, que podem apresentar déficits em qualquer dos componentes essenciais da

locomoção ou uma associação deles dependendo do grau e tempo da lesão. Entretanto, a

caracterização da marcha na população hemiparética não define um padrão único, mas grande

variabilidade de comportamentos distribuídos desigualmente entre grupos com quadros

clínicos semelhantes. (SANTOS,2010).

O hemiparético apresenta marcha com restrições angulares em tornozelo, joelho e

quadril (ZUGE,2009) porém , há uma restrição do movimento de dorsiflexão que vai ser

ineficaz durante a fase de balanço e a impossibilidade de o calcanhar contatar o chão na fase

inicial da marcha. Estas alterações estão associadas com um padrão complexo de disfunções

incluindo a espasticidade, a fraqueza muscular, o controlo sensório-motor e as alterações

mecânicas nos músculos e nas articulações (IGNAT, 2014). Com a instabilidade do membro

inferior parético durante a fase do apoio, altera-se o equilíbrio, ocasionando aumento da

velocidade na fase de oscilação do membro não parético. A estratégia adotada por um

10

individuo ao realizar a marcha podem ser diferentes e, quanto maior a deficiência do membro

inferior acometido, maior será o gasto energético (ZUGE,2009).

Os indivíduos que sobrevivem a um episódio de AVC frequentemente apresentam

deficiências motoras, que estão relacionadas a limitações em atividades e restrições na

participação social. Limitações em marcha são consideradas uma das principais incapacidades

após AVC, uma vez que a capacidade de deambular está diretamente relacionada à

independência funcional. O hemiparético apresenta marcha com restrições e quanto maior for

a deficiência, mais gasto energético ele vai ter para realizar os movimentos. A fisioterapia

vem para contribuir na melhora dessa marcha e, consequentemente, melhorar a qualidade de

vida, visto que a marcha é importante para independência funcional e locomoção do paciente

(IGNAT, 2014)

Dessa forma pesquisas sobre as intervenções fisioterapêuticas são importantes para

mostrar os principais métodos de tratamento utilizados, visando significativa melhora dos

parâmetros que compõem a marcha, para contribuir na realização de um tratamento

fisioterapêutico adequado voltado para a marcha de pacientes hemiparéticos pós AVC

(IGNAT,2014).

11

2. OBJETIVO:

2.1 Objetivo Geral: Identificar intervenções fisioterapêuticas para melhorar a marcha de

indivíduos hemiparéticos pós AVC.

2.2 Objetivo Especifico: Analisar nos estudos encontrados as intervenções fisioterapêuticas e

discutir quais os melhores métodos utilizados para a reabilitação da marcha hemiparética.

12

3. REFERÊNCIAS

ABE, Ivana Lie Makita. Prevalência de Acidente Vascular Cerebral em área de exclusão

social na cidade de São Paulo, Brasil: utilizando questionário validado para sintomas.

2010. 182 f Tese (Doutorado em Ciências) – Programa de Ciências Médicas da Faculdade

de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2010.

CARR, J, SHEPHERD, R, Reabilitação Neurológica- otimizando o despenho motor, edito-

ra Manole, 2008.

IGNAT, FG, Metodologia para avaliação e monitorização da marcha espastica em paci-

ente pós AVC, Instituto Supeior de engenharia de Coimbra, 2014.

MOTA RS, BITENCOURT JS, CONCEIÇÃO TMA, CARDOSO FB, SILVA IL, BERES-

FORD H, Avaliação do efeito do exercício aeróbico na marcha de indivíduos hemiparéti-

cos, 2011, Revista Ciência e Movimento, 2011;19(2):45-51.

PORTAL BRASIL. Acidente vascular cerebral (AVC). Disponível em

<http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-cerebral-avc>. Acesso em 27 A-

bril. 2015.

SANTOS, FRP, Análise de duas propostas para a reabilitação da marcha em indivíduos

portadores de sequelas neurológicas crônicas, Universidade Federal de São Carlos. Centro

de Ciências Biológicas e da Saúde Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, 2010.

SÁ, B.P; GRAVE, M.T.Q; PÉRICO, E. Perfil de pacientes internados por Acidente Vascu-

lar Cerebral em hospital do Vale do Taquari/RS. Revista de Neurociências 22 (3), 381-

387, Outubro. 2014

STROKES, M, Neurologia para fisioterapia, editora Premier, 2000.

ZUGE, Richard Wagner, MANFFRA, Elisangela Ferretti, Efeitos de uma intervenção

cinesioterapêutica e eletroterapêutica na cinemática da marcha de indivíduos

hemiparéticos, Revista Fisioterapia do Movimento, Curitiba, v. 22, n. 4, p. 547-556, out./dez.

2009.

13

4. ARTIGO

INTERVENÇÕES FISIOTERAPEUTICAS PARA MELHORA DA MARCHA

HEMIPARÉTICA : Revisão bibliográfica

PHYSIOTERAPEUTIC INTERVENTION FOR IMPROVEMENT OF

HEMIPARETIC GAIT: Literature review

Aline Cristina dos Santos Camargo¹, Mirian aparecida Loureiro¹, Manuela Amaral Mucci

Casanova².

¹ Graduandas de Fisioterapia na Universidade São Francisco

² Mestre em Ciências Médicas UNICAMP e Professora da Universidade São Francisco

Trabalho realizado na universidade São Francisco, Bragança Paulista-SP, Brasil.

RESUMO

O objetivo do estudo foi realizar pesquisa em bases de dados, identificando as

publicações em artigos científicos sobre evidências de intervenções fisioterapêuticas para

melhorar a marcha de indivíduos hemiparéticos pós AVC. Metodologia: Através de uma

revisão sistemática de artigos científicos encontrados em bases de dados, Bireme, Lilacs,

Scielo, Pubmed, Medline foi realizada uma pesquisa utilizando as palavras chaves: marcha no

AVC, Intervenções na marcha , marcha hemiparética pós AVC objetivando intervenções

fisioterapêuticas para melhorar a marcha de indivíduos hemiréticos pós AVC. Resultados:

Dos 15 artigos selecionados 2 foram de intervenção aeróbica, 1 de enfaixamento em oito, 5

artigos abordaram treino de marcha na esteira, 1 intervenção de eletroestimulação mais Kabat,

2 treino de marcha convencional, 1 de intervenção de treino de resistência, 1 treino de

marcha com eletroestimulação,1 Treino funcional/cinesioterapia 1 de cinesioterapia mais

14

corrente elétrica. Conclusão: Os estudos apresentados evidenciaram que a fisioterapia pode

melhorar os aspectos da marcha de pacientes hemiparéticos pós AVC, incluindo os

parâmetros têmporo-espaciais da marcha, aumento da força muscular e equilíbrio.

Unitermos: marcha no AVC, intervenções na marcha, marcha hemiparética

ABSTRACT

The aim of the study was to research databases, search the publications in scientific papers on

evidence of physical therapy interventions to improve gait after Hemiparetic stroke subjects.

Methodology: Through a systematic review of scientific articles found in databases, Bireme,

Lilacs, Scielo, Pubmed, Medline research was conducted using the key words: gait in stroke,

interventions in gait after stroke, hemiparetic gait aiming physical therapy interventions for

improve gait after stroke hemiparetic individuals. Results: Of the 15 selected articles 2 were

aerobics intervention, 1 bandaging in eight, 5 articles addressed gait training on the treadmill,

1 intervention electro stimulation plus Kabat, 2 conventional gait training, and 1 resistance

training intervention, 1 gait training with electro stimulation, 1 functional training /

kinesiotherapy, 1 kinesiotherapy and electrical stimulation. Conclusion: The presented

studies have shown that physical therapy can improve aspects of gait after stroke hemiplegic

patients, including the temporo-spatial parameters of gait, increased muscle strength and

balance

Keywords: march in stroke intervention in the march, hemiparetic gait

INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia de origem cerebrovascular

caracterizada principalmente por um déficit neurológico que pode ser definitivo ou transitório.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) ele pode ser definido como uma súbita

15

perturbação focal da função cerebral causada pela privação do fluxo sanguíneo persistente por

mais de 24 horas 1.

As desordens da circulação cerebral incluem qualquer doença do sistema vascular que

cause isquemia ou infarto do cérebro ou hemorrágica espontânea no parênquima cerebral ou

no espaço subaracnoideo. O AVC pode ser isquêmico devido á uma oclusão de uma das

artérias cerebrais importante ou hemorrágico devido ao sangramento de um vaso 2.

Em todos os tipos descritos a privação do fluxo sanguíneo causa uma deficiência no

suprimento de oxigênio e nutrientes ocasionando lesão e morte do tecido neural e diversos

comprometimentos motores, sensoriais, mentais e linguagem 2

. Tais comprometimentos

ocorrem de acordo com o local da lesão encefálica, dessa forma, as funções desempenhadas

pela região anatômica comprometida serão afetadas podendo se alterar ou até mesmo deixar

de existir 3.

Segundo a Associação Brasileira de Neurologia o AVC é a segunda doença que mais mata

no Brasil. Dentre os principais fatores de risco para esta patologia podemos incluir fatores não

modificáveis como idade, sexo, etnia, antecedentes familiares e fatores modificáveis como

hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, doenças cardiovasculares,

sedentarismo, obesidade, hiperlipidemia e alcoolismo4.

Pacientes que sofreram AVC e que evoluíram com quadro de hemiparesia, variam em grau

de comprometimento motor. Alguns indivíduos, podem simplesmente demonstrar fraqueza ou

tensão local, já outros, apresentam dificuldades importantes para realizar atividades do dia a

dia. A hemiparesia é caracterizada por déficits motores incluindo diminuição da ativação

muscular e aumento anormal no tônus muscular, levando a compensações, dificuldade de

manutenção da postura e alterações na marcha 6.

16

Uns dos principais fatores que influenciam o déficit na marcha são atrofias musculares e

suas mudanças fisiológicas no metabolismo e nas fibras musculares consequente ao desuso,

alterações no suprimento sanguíneo do membro afetado, da perda dos efeitos tróficos centrais,

atrofia neurogênica, perda das unidades motoras, alterações na ordem de recrutamento e na

condução dos nervos periféricos. As unidades motoras do lado parético são mais fadigáveis,

levando a um déficit de resistência decorrente a diminuição de recrutamento de unidades

motoras e a ativação de fibras glicolíticas tipo II ao invés do recrutamento de fibra tipo I,

durante a atividade dinâmica reduzindo a capacidade oxidativa dos músculos paréticos com

aumento da produção de lactato na utilização de glicogênio muscular. Todos esses fatores

provocam uma baixa resistência em atividades aeróbicas gerando uma alta demanda

energética na marcha e nas mais simples atividades e uma baixa resistência

cardiorrespiratória7.

A marcha eficiente pode ser dividida em cinco componentes principais: absorção da

energia mecânica na fase de apoio ao corpo, promoção de apoio do corpo, manutenção do

equilíbrio postural, elevação do pé na fase de balanço e geração de propulsão para efetuar a

progressão para frente. As alterações neuromusculares e as estratégias de compensação

decorrentes da hemiparesia interferem diretamente na função coordenativa em indivíduos

hemiparéticos, que podem apresentar déficits em qualquer dos componentes essenciais da

locomoção ou uma associação deles dependendo do grau e tempo da lesão. Entretanto, a

caracterização da marcha na população hemiparética não define um padrão único, mas grande

variabilidade de comportamentos distribuídos desigualmente entre grupos com quadros

clínicos semelhantes 8

.

O hemiparético apresenta marcha com restrições angulares em tornozelo, joelho e

quadril6. porém, há uma restrição do movimento de dorsiflexão que vai ser ineficaz durante a

fase de balanço e a impossibilidade de o calcanhar contatar o chão na fase inicial da marcha.

17

Estas alterações estão associadas com um padrão complexo de disfunções incluindo a

espasticidade, a fraqueza muscular, o controlo sensório-motor e as alterações mecânicas nos

músculos e nas articulações9. Com a instabilidade do membro inferior parético durante a fase

do apoio, altera-se o equilíbrio, ocasionando aumento da velocidade na fase de oscilação do

membro não parético. A estratégia adotada por um individuo ao realizar a marcha podem ser

diferentes e, quanto maior a deficiência do membro inferior acometido, maior será o gasto

energético6.

Os indivíduos que sobrevivem a um episódio de AVC frequentemente apresentam

deficiências motoras, que estão relacionadas a limitações em atividades e restrições na

participação social. Limitações em marcha são consideradas uma das principais incapacidades

após AVC, uma vez que a capacidade de deambular está diretamente relacionada à

independência funcional. O hemiparético apresenta marcha com restrições e quanto maior for

a deficiência, mais gasto energético ele vai ter para realizar os movimentos. A fisioterapia

vem para contribuir na melhora dessa marcha e, consequentemente, melhorar a qualidade de

vida, visto que a marcha é importante para independência funcional e locomoção do paciente9.

Dessa forma pesquisas sobre as intervenções fisioterapêuticas são importantes para

mostrar os principais métodos de tratamento utilizados, visando significativa melhora dos

parâmetros que compõem a marcha, para contribuir na realização de um tratamento

fisioterapêutico adequado voltado para a marcha de pacientes hemiparéticos pós AVC 9.

METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos científicos encontrados nas bases de

dados Bireme, Lilacs, Scielo, Pubmed, Medline, utilizando as palavras chaves: marcha no

18

AVC, intervenções na marcha, marcha hemiparetica, entre os anos de 2009 a 2016.

Os critérios de inclusão foram estudos encontrados em português e inglês em bases de

dados que realizaram intervenção fisioterapêutica na marcha hemiparética de sujeitos após

AVC. Foram excluídos artigos não obtidos na integra, estudos de caso, sujeitos que possuíam

algum tipo de demência ou comprometimento cognitivo associado.

RESULTADO

Figura 1: Fluxograma dos artigos encontrados

Foram identificados 78 artigos. Dentre eles, 49 não falavam de intervenção

fisioterapêutica na marcha e 29 artigos abordavam o tema do estudo. Dos 29 artigos com

intervenção, 14 foram excluídos, pois eram artigos de revisão bibliográfica, estudo de caso e

não apresentaram resultado nos parâmetros têmporo – espaciais da marcha, assim foram

selecionados 15 artigos para participar do estudo que estavam dentro dos nossos critérios de

78 artigos selecionados para

leitura

29 artigos abordavam intervenção

fisioterapeutica

4 artigos foram de revisão bibliografica

8 artigos não apresentaram

resultado sobre os parametros temporo-espacieais da marcha

2 estudos de caso 15 artigo s

selecionados para o estudo

49artigos não abordavam intervenção

fisioterapeutica

19

inclusão. Como demostrado na Figura 1. A faixa etária dos sujeitos dos estudos foi de 18 a 83

anos de idade e o número de participantes em cada estudo variou de 7 a 50 sujeitos.

Dos 15 artigos selecionados, 5 (33%) artigos utilizaram grupo controle e 10 (67%) não

utilizaram; 2 (13%) foram de intervenção aeróbica, 1 (6%) de enfaixamento em oito, 5 (33%)

artigos abordaram treino de marcha na esteira, 1 (7%) intervenção de eletroestimulação mais

Kabat, 2 (13%) treino de marcha convencional, 1 (7%) de intervenção de treino de resistência,

1 (7%) treino de marcha com eletroestimulação,1 (7%) Treino funcional/cinesioterapia 1

(7%) de cinesioterapia mais corrente elétrica, conforme demonstrado na figura 2.

Figura 2: Tipos de intervenções Fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da marcha

hemiparética

20

Todos os artigos indicaram melhora em algum aspecto da marcha hemiparética, sendo

que o melhor resultado foi para aumento da velocidade (90%). Abaixo a tabela 1 demonstra

as divisões dos artigos.

Tabela 1: Parâmetros têmporo espaciais encontrados nos artigos avaliados.

“Tipo de

intervenção

fisioterapêutica”

Parâmetros têmporo-espaciais Outras

Resultados

Exercícios

aeróbicos (n=2)

Melhora na cadencia e na velocidade da marcha -

Enfaixamento em

oito (n=1)

Melhora na velocidade da marcha Aumento da

funcionalidade

da marcha

Treino de marcha

convencional

(solo fixo em

clinica) (n=2)

Melhora na velocidade da marcha Melhorou o

equilíbrio

Treino de marcha

em esteira (n=5)

Melhora no tempo, comprimento da passada, cadencia

e na velocidade da marcha

-

Estimulação mais

Kabat (n=1)

Melhora no comprimento da passada

-

Treino de

resistência (n=1)

Melhora da velocidade

-

Treino funcional

mais

cinesioterapia

(n=1)

Melhora da velocidade

Melhora na

capacidade

funcional do

paciente

Treino de marcha

com

eletroestimulação

(n=1)

Melhora na velocidade da marcha

-

Cinesioterapia

mais

eletroestimulação

(n=1)

Melhora na velocidade da marcha

-

As ferramentas de avaliação que foram usados nos estudos identificados foram: Teste

de Caminhada de 6 minutos (7 artigos), Teste de Velocidade de macha natural e máxima (4

21

artigos), Teste Timed Up and Go (3 artigos) outros utilizaram MEEM, Mini-mental, Escala

de Barthel, Força Muscular Isométrica.

Tabela 2: Artigos analisados no presente estudo

Autor e Ano Número de

sujeitos

Objetos de

avaliação

Procedimento

realizado no

estudo

Resultados

MOTA, 2011

LIMA, 2014

34 sujeitos nos

dois estudos

Teste de

caminhada,

avaliação do

índice de

marcha

dinâmica

As sessões se

basearam de 12 a

35, com divisão

das fases de

tratamento de 3 a

5 fases de

exercícios

aeróbicos.

O primeiro es-

tudo (MOTA)

pode verificar

que a velocida-

de da marcha

foi de 1,29m/s

(inicial), 1,41

m/s (final) e a

distância, 466m

(inicial), 511m

(final). No se-

gundo estudo

(LIMA), Dis-

tância percorri-

da em (m)

356m, pré teste

e no Pós-teste a

sistância per-

corrida 393m.

WATANABE,

2014

SCALZO, 2011

42 sujeitos nos

dois estudos

Teste Timed up

and go, teste de

caminhada,

avaliação de

força muscular

isométrica,

velocidade e

cadencia da

marcha

Foram realizados

de 12 sessões no

primeiro estudo e

24 sessões no

segundo.

A intervenção foi

realizar marcha

em solo fixo na

clinica, sendo

que

WATANABE

utilizou como

auxilio nos

treinos o uso do

HALO

Houve melhora

na velocidade

no teste timed

up go e teste de

caminhada,

0,071m/s

0,077m/s e no

estudo de

(SCALZO)

aumentou a

velocidade da

marcha (inicial)

– 0,75m/s,

(final) 0,73 e

distância

(inicial) 266m

(final) 270m.

DRUZBICK,2015

OLIVEIRA,ROSA,

2013

BOURDARHAM,

2013

7 a 50 sujeitos Teste de

Caminhada,

Índice de

Barthel, MIF,

Escala Mini-

Todos os estudos

foram realizados

na esteira em

media de 10 dias

a 12 semanas de

Nos resultados

em geral dos

estudos

abordados nesta

categoria, com

22

HALL, BOWDEN,

2012

NILSSON,

VREEDE, 2014

Mental, Escala

Fugl Meyer,

Timed Up go

tratamento,

variaram de 35

minutos a 1,5 h

de treino.

avaliação antes

e após

intervenção

pode se dizer

que houve uma

melhora na

velocidade,

cadencia,

tempo,

distância

percorrida pelos

sujeitos.

ZUGE, MAFRA,

2009

RODRIGUES,

QUEMELO, 2015

SPAICH,

SNAVEBORG,

2014

3 a 30 sujeitos Escala de

Barthel, teste

de Caminhada,

Mini Mental,

Escala de

Ashworth,

Escala de

Kendell.

Os três estudos

realizaram

aplicação de

eletroestimulação

(FES) em lugares

diferentes e

auxiliando com

alguma função

para o paciente.

Foi realizado

uma avaliação

inicial e uma

pós avaliação

depois do

tratamento, e

concluindo de

uma forma

geral foi

possível

verificar a

melhora na

velocidade e

aumento do

comprimento

da passada.

SILVA, 2014 22 sujeitos Comparação

antes e após o

enfaixamento

em oito. Teste

Timed Up Go

(TUG),

Velocidade da

Marcha Natural

e Máxima,

Escala de

Equilíbrio

(BERG).

Foi realizado

com uma atadura

elástica de alta

compressão no

tornozelo

hemiparético,

tensionando em

eversão e

dorsiflexão

plantar.

O enfaixamento

em oito

mostrou ser um

recurso

fisioterapêutico

eficaz para

reabilitação

após AVE.

Obteve melhora

na velocidade

da marcha,

mobilidade

funcional e

equilíbrio.

WU, LANDRY, ET

ALL, 2014

30 sujeitos Teste de

Caminhada de

6 minutos,

avaliações

clinicas de

equilíbrio,

tônus muscular

Para o grupo de

resistência, foi

aplicado uma

carga controlada

na perna parética

no tornozelo para

resistir o balanço

Após 6 semanas

de treino, a

velocidade

aumentou de

forma

significativa

para ambos os

23

e qualidade de

vida. As

medidas

medidadas

foram avaliadas

antes e após 6

semanas de

treinamento,

comparadas

dentro do grupo

e entre os dois

grupos.

enquanto o

paciente caminha

na esteira. Para o

grupo de

assistência foi

aplicado uma

carga que auxilia

na fase do

balanço.

grupos.O teste

de 6 minutos

melhorou o

equilíbrio para

o grupo de

assistência e

não o de

resistência. Ao

aplicar uma

resistência

controlada ou

uma carga de

assistência na

perna

hemiparética

durante esteira

pode trazer

melhorias na

velocidade de

caminhada em

individuos pós

AVC.

OOSTRA,

OOMEN,2014

50 sujeitos Todos os

sujeitos

receberam um

programa de

reabilitação

padrão, que

consiste em

terapia fisica e

terapia

ocupacional

diária 5 dias

por semana.

A terapia foi

baseada no

Conceito Bobath.

A terapia

ocupacional em

tarefas

específicas,

treinamento

funcional

incluíndo

transferencia e

pratica de

equilíbrio. Nas 2

ultimas semanas

de pratica,

exercícios de

marcha foram

incluidos no dia

a dia e os

pacientes foram

instruídos a ver e

sentir andando

em diferentes

situações.

Não houve

diferenças

significativas

entre os

grupos.Houve

uma pequena

diferença,

maior no grupo

controle do que

no grupo de

pacientes.

24

DISCUSSÃO

O presente estudo teve como foco identificar intervenções fisioterapêuticas na marcha

hemiparética em indivíduos pós AVC, através de uma revisão sistemática com artigos

encontrados em bases de dados do ano de 2009 a 2016.

Podemos observar que a maioria dos artigos citados neste trabalho abordaram o tema

de treino de marcha em esteira. Segundo Druzbicki 10

, um treino de 10 dias por 1,5h já

conseguiria apresentar melhora nos parâmetros têmporo- espaciais da marcha, porém para

para Oliveira, Rosa11

, mesmo tendo uma amostra pequena com 7 sujeitos, e dois dias de treino

de marcha na esteira, variando a velocidade de 1 a 4 km/h, houve um resultado positivo com

aumento da velocidade de marcha e uma diminuição na fase de balanço, tendo uma maior

estabilidade dinâmica na velocidade de 3km/h.

Para Nilsson, Vreede12

e para Hall, Bowden13

, que realizaram intervenções na esteira

com suporte parcial de peso , foi realizado o tratamento variando de 5 sessões até 12 semanas

de intervenção para poder ter melhora nas variáveis da marcha. Porém os estudos nos

mostram que com o auxilio do suporte parcial de peso nos pacientes, eles se sentem mais

confiáveis para realizara um marcha mais segura e eficaz tendo melhora importante nos

parâmetros têmporo-espaciais da marcha.

Bourdaham, Roche14

, realizaram a avaliação dos parâmetros têmporo espaciais de

cada sujeito do estudo, (velocidade da marcha, tempo, comprimento do passo, cadência,

largura do passo, tempo da fase de apoio, tempo de duplo apoio) com o objetivo de

determinar se a marcha de pacientes hemiparéticos muda significativamente ao longo de

vários treinos de marcha em solo fixo. O estudo foi realizado com 42 sujeitos pós AVC, sendo

assim o autor conclui que ao longo de treinos de marcha os parâmetros têmporo-espaciais vão

25

melhorando significativamente, pois houve melhora no parâmetros como velocidade da

marcha, comprimento do passo e cadência.

Os resultados apresentados pelos estudos que realizaram treino de marcha em esteira

mostraram melhora significativa em quatro dos sete parâmetros têmporo espaciais, que foram

a cadencia, tempo, comprimentos do passo, velocidade. Segundo Boudarham14

, os pacientes

acometidos com AVC ficam com medo de cair durante uma caminhada, levando a um padrão

de marcha específico com o comprimento da passada e velocidade da marcha reduzida,

juntamente com o tempo de duplo apoio prolongado. Assim o presente estudo aborda que as

intervenções citadas com os treinos de marcha realizados em esteira nos mostraram o quanto é

importante trabalhar com esses pacientes, focando nas fases da marcha para que o sujeito com

AVC diminua o tempo de duplo apoio e vá reeducando os parâmetros têmporo-espaciais

visando uma marcha com mais velocidade e comprimento da passada maior.

O estudo feito por Watanabe e Tanaka15

, constituiu de treino de marcha convencional

com auxilio do HALO, que é uma versão nova de robô que reveste o paciente com hemiplegia

possuindo dois sistemas de controle, um por sistema voluntário do paciente e outro controle

autônomo cybernic. Com esse estudo os autores concluíram que houve melhora significativa

na habilidade para caminhar e no equilíbrio.

No treino de equilíbrio que Scalzo16

, propõe são 5 estações de exercícios incluindo

alongamentos de cadeia posterior de MI, estimulação sensorial, treino de sentado para de pé,

treino de marcha sob superfície instável, transferência de peso, treino de marcha com

obstáculos, e seu objetivo era ver se esse treinamento interferia nos parâmetros da marcha,

porém ele conclui que o estudo não apresentou melhora significativa dos parâmetros da

marcha, porém houve melhora no equilíbrio e uma marcha funcional dos sujeitos.

Neste presente estudo os exercícios aeróbicos foram a segunda intervenção mais

encontrada, foram analisados os dois artigos que abordavam o tema, sendo realizados os

26

exercícios em diferentes locais, água e solo; Lima17

, realizou a intervenção fisioterapêutica na

piscina e Mota18

, realizou a intervenção fisioterapêutica em solo, na clinica. Ambos os estudos

obtiveram resultados significativos na cadencia e velocidade marcha de pacientes

hemiparéticos.

Os métodos utilizados nos estudos para realizar a avaliação do pacientes são

importantes para verificar a marcha, a mobilidade e as limitações dos sujeitos pós AVC foram

utilizados o Teste de Caminhada de 10 metros e Timed Up and Go (TUG). Segundo Vernon,

Paterson19

, estes testes fornecem tipicamente uma única medida de resultado, que representa o

desempenho de um componente específico da função física. Com efeito, uma análise do teste

TUG, pode ser útil quando realizada avaliação cinética da marcha sendo composta dos

parâmetros como equilíbrio, velocidade da marcha, força muscular e atividades relacionadas

com agilidade.

Segundo o artigo Pires, Oliveira20

, o teste de caminhada vem sendo muito utilizado

para avaliar a aptidão física de indivíduos com pouco condicionamento. Além disso, é uma

forma prática e de baixo custo de avaliar a capacidade física em indivíduos com limitação

funcional. O teste ganhou grande importância tanto na prática clínica quanto em pesquisa nos

últimos anos, sendo que os objetivos do teste são avaliar a capacidade aeróbica, avaliar o

estado funcional do sistema cardiovascular e/ou respiratório na saúde e doença, avaliar

programas de prevenção, terapêuticos e de reabilitação.

Os parâmetros têmporo espaciais são importantes para que direcionemos o foco do

trabalho a ser aplicado no sujeito com hemiparesia pós AVC, pois segundo Boudarham,

Roche14

, a marcha hemiplégica é caracterizada por alterações nos parâmetros espaço-

temporais. Sendo assim a marcha em adultos mais velhos e o medo de cair durante a

caminhada leva a um padrão de marcha específico com o comprimento da passada reduzida e

velocidade da marcha, juntamente com o tempo de duplo apoio prolongado.

27

Todos os três estudos que apresentaram a aplicação da estimulação elétrica utilizaram

o FES. Zuge, Manfra6, posicionaram em dorsiflexores para realizar uma simulação de passo

no degrau; já Rodrigues, Quemelo21

, utilizaram a corrente elétrica com o uso do Kabat,

utilizando o estimulo da sensibilidade proprioceptiva para aumentar força, flexibilidade e

coordenação, melhorando a qualidade do movimento. Eles utilizaram o eletrodo no ponto

motor de tibial anterior do membro afetado. Para Spaich, Snaveborg22

, com aplicação do

eletrodo no arco do pé durante 30 minutos por 20 sessões realizando treino de marcha. Destes

três estudos, dois apresentaram aumento na velocidade da marcha, porém no estudo do autor

Rodrigues, Quemelo21

(FES + Kabat) houve melhora no tamanho da passada e aumento da

base.

Segundo Martins22

, esse tratamento se torna importante, pois quando o músculo está

fraco o tratamento com o FES tem um objetivo para realizar o fortalecimento do músculo, a

fim de reduzir a hiperexcitabilidade em pacientes pós-AVC e promover mais coordenar o

controle do movimento. A técnica de eletroestimulação é realizada para intervir diretamente

na dinâmica do controle sensório motor, restabelecendo o feedback proprioceptivo que está

bloqueado nas tentativas de movimento muscular. A aplicação da corrente elétrica tem como

objetivo atingir um músculo ou um grupo muscular ou terminais nervosos, produzindo neles

uma contração muscular. O objetivo principal na fisioterapia é a reeducação muscular,

retardamento da atrofia, inibição temporária de espasticidade e a resolução de contraturas e

edemas.

A presente discussão, citada pelos autores acima, pode enriquecer os métodos de

tratamento utilizados para uma boa intervenção fisioterapêutica na marcha hemiparética, se

utilizados em conjunto com outras técnicas, podem potencializar o tratamento e obter melhora

na locomoção desses pacientes.

28

CONCLUSÃO

Os estudos identificados evidenciaram que a fisioterapia pode melhorar os aspectos da

marcha de pacientes hemiparéticos pós AVC, incluindo os parâmetros têmporo-espaciais da

marcha, aumento da força muscular e equilíbrio.

As intervenções mais encontradas foram treino de marcha em esteira, treino de marcha

em solo fixo (convencional), e treinos aeróbicos que nos mostraram que determinara melhora

no padrão de marcha dos pacientes hemiparéticos, incluindo aumento na velocidade, no

comprimento do passo e cadência.

REFERÊNCIAS

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indivíduos portadores de sequelas neurológicas crônicas, Universidade Federal de São

Carlos Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Programa de Pós-Graduação em

Fisioterapia, 2010.

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paciente pós AVC, Instituto Supeior de engenharia de Coimbra, 2014.

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dinâmica da caminhada de indivíduos hemipareticos a influencia da velocidade, Revista

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hemiparesia: relato de caso, Revista Neurociencias, 2011;19(1):115-118

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hemiparesia crônica: revisão sistemática com metanálise, Revista Physical therapy,. 2014

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33

5. ANEXOS I – Normas da Revista

NORMAS DE PUBLICAÇÃO

A Revista Neurociências é voltada à Neurologia e às ciências afins. Publica artigos de

interesse científico e tecnológico, realizados por profissionais dessas áreas, resultantes de

estudos clínicos ou com ênfase em temas de cunho prático, específicos ou interdisciplinares.

Serão aceitos artigos em inglês, português ou espanhol. Seus volumes anuais e números

trimestrais serão publicados em março, junho, setembro e dezembro. A linha editorial da

revista publica, preferencialmente, artigos Originais de pesquisa (incluindo Revisões

Sistemáticas). Contudo, também serão aceitos para publicação os artigos de Revisão de

Literatura, Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e Carta ao Editor,

desde que aprovados pelo Corpo Editorial. Trabalhos apresentados em Congressos ou

Reuniões Científicas de áreas afins poderão constituir-se de anais em números ou

suplementos especiais da Revista Neurociências.

Os artigos deverão ser inéditos, isto é, não publicados em outros periódicos, exceto na forma

de Resumos em Congressos e não deverão ser submetidos a outros periódicos

simultaneamente, com o quê se comprometem seus autores. Os artigos devem ser submetidos

eletronicamente, via e-mail para o endereço: [email protected]. Recebido o

manuscrito, o Corpo Editorial verifica se o mesmo encontra-se dentro dos propósitos do

periódico e de acordo com as Normas de Publicação, recusando-se aqueles que não

cumprirem essas condições. O Corpo Editorial emitirá um Protocolo de Recebimento do

Artigo e enviará a Carta de Autorização, a ser assinada por todos os autores, mediante

confirmação de que o artigo seja inédito, e uma declaração de eventuais conflitos de interesse

pessoais, comerciais, políticos, acadêmicos ou financeiros de cada autor. O Corpo Editorial

enviará, então, o artigo para, pelo menos, dois revisores dentro da área do tema do artigo, no

sistema de arbitragem por pares. O Corpo Editorial analisará os pareceres e encaminhará as

sugestões para os autores, para aprimoramento do conteúdo, da estrutura, da redação e da

clareza do texto. Os autores terão 15 dias para revisar o texto, incluir as modificações

sugeridas, cabendo-lhes direito de resposta. O Corpo Editorial, quando os revisores sugerirem

a adição de novos dados, e a depender do estudo, poderá prover tempo extra aos autores, para

cumprimento das solicitações. O Corpo Editorial verificará as modificações realizadas no

texto e, se necessário, sugerirá correções adicionais. O Corpo Editorial poderá aceitar o artigo

para publicação ou recusá-lo se for inadequado. Para publicação, será observada a ordem

34

cronológica de aceitação dos artigos e distribuição regional. Os artigos aceitos estarão sujeitos

a adequações de gramática, clareza do texto e estilo da Revista Neurociências sem prejuízo ao

seu conteúdo. Ficará subentendido que os autores concordam com a exclusividade da

publicação do artigo no periódico, transferindo os direitos de cópia e permissões à

publicadora. Separatas poderão ser impressas sob encomenda, arcando os autores com seus

custos. Os artigos são de responsabilidade de seus autores.

A partir de maio de 2012, todos os artigos aceitos para publicação deverão ser publicados

com o número DOI (Digital Object Identifier), com o custo de 10 dolares a serem pagos pelos

autores.

INSTRUÇÕES PARA OS AUTORES

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Submissão do artigo: os artigos deverão ser encaminhados ao Editor Chefe via email:

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“Word”, no formato “doc”, uma coluna, espaço duplo, Times New Roman, fonte 12.

Categoria de artigos: Editorial, Original, Revisão Sistemática, Revisão de Literatura,

Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e Carta ao Editor. O número

de palavras inclui texto e referências bibliográficas (não devem ser considerada folha de rosto

com título, autores, endereço de correspondência, resumo e summary e tabelas, figuras e

gráficos). Adotar as recomendações abaixo.

I - Editorial: a convite do Editor, sob tema específico, deve conter no máximo 2000 palavras

e no máximo 10 referências bibliográficas (estilo Vancouver).

II - Artigos Original, Revisão Sistemática e Relato de Caso: resultado de pesquisa de

natureza empírica, experimental ou conceitual (6000 palavras).

Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, contendo

informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista prefere títulos

informativos.

Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi feita

a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e vínculo

35

profissional mais importante de cada autor, por ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, Professor

Adjunto da UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- Neurologista,

Residente no Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. A ordem dos autores

deve seguir orientação Vancouver: primeiro autor o que realizou o projeto, último autor o

orientador. O orientador ou professor da instituição deve ser indicado como autor

correspondente.

Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo deve ser

estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras.

Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract,

respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br).

Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução e objetivo;

método (sujeitos ou relato de caso, número do protocolo do Comitê de Ética da Instituição,

procedimento ou intervenção e análise estatística) com detalhes suficientes para a pesquisa

poder ser duplicada, resultados (apresentados de forma clara e concisa), discussão

(interpretação dos resultados comparados à literatura), conclusões, agradecimentos,

referências bibliográficas. As abreviações devem vir acompanhadas do seu significado na

primeira vez que aparecerem no texto. Nomes comerciais e marcas registradas devem ser

utilizados com parcimônia, devendo-se dar preferência aos nomes genéricos.

Agradecimentos: Devem ser feitos a pessoas ou Instituição que auxiliou diretamente a

pesquisa, mas que não cabem como autores do trabalho.

Figuras, Quadros, Gráficos e Tabelas: Juntos não poderão exceder 5. Deverão ser

apresentados em páginas separadas e no final do texto. Em cada um, deve constar seu número

de ordem, título e legenda. As figuras e gráficos devem ter tamanho não superior a 6cm x

9cm, com alta resolução (300) e em arquivo JPEG. Identificar cada ilustração com seu

número de ordem e legenda. Ilustrações reproduzidas de textos já publicados devem ser

acompanhadas de autorização de reprodução, tanto do autor como da publicadora. O material

recebido não será devolvido aos autores. Manter os negativos destas.

Referências: Máximo de 30 (as Revisões Sistemáticas deverão solicitar o aumento do

número de referências ao Editor, conforme a necessidade), restritas à bibliografia essencial ao

conteúdo do artigo. Todos os autores e trabalhos citados no texto devem constar na listagem

36

de referências bibliográficas. No texto, as citações devem seguir o sistema numérico, isto é,

são numerados por ordem de sua citação no texto, utilizando-se números arábicos sobrescritos

segundo o estilo Vancouver (www.icmje.org). Por exemplo: “....o horário de ir para a cama e a

duração do sono na infância e adolescência6-12,14,15.”

As referências devem ser ordenadas consecutivamente na ordem na qual os autores são

mencionados no texto. Mais de 6 autores, listar os 6 primeiros seguidos de “et al.”.

a) Artigos: Autor(es). Título do artigo. Título do periódico (abreviados de acordo com o

Index Medicus) ano; volume: página inicial – final. Ex.: Wagner ML, Walters AS, Fisher BC.

Symptoms of attentiondeficit/hyperactivity disorder in adults with restless legs syndrome.

Sleep. 2004;27:1499-504.

b) Livros: Autor(es) ou editor(es). Título do livro. Edição, se não for a primeira. Tradutor(es),

se for o caso. Local de publicação: editora, ano, total de páginas. Ex.: Ferber R, Kriger M.

Principles and practice of sleep medicine in the child. Philadelphia: W.B. Saunders Company,

1995, 253p.

c) Capítulos de livros: Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. In: Editor(es) do livro.

Título do livro. Edição, se não for a primeira. Tradutor(es), se for o caso. Local de publicação:

editora, ano, página inicial e página final. Ex.: Stepanski EJ. Behavioral Therapy for

Insomnia. In: Kryger MH; Roth T, Dement WC (eds). Principles and practice of sleep

medicine. 3rd ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 2000, p.647-56.

d) Resumos: Autor(es). Título. Periódico ano; volume (suplemento e seu número se for o

caso): página(s). Quando não publicado em periódico: Título da publicação. Cidade em que

foi publicada: editora, ano, página(s). Ex.: Carvalho LBC, Silva L, Almeida MM. Cognitive

dysfunction in sleep breathing disorders children. Sleep. 2003; 26(Suppl):A135.

e) Comunicações pessoais só devem ser mencionadas no texto entre parênteses.

f) Tese: Autor. Título da obra, seguido por (tese) ou (dissertação). Cidade: instituição, ano,

número de páginas. Ex.: Fontes SV. Impacto da fisioterapia em grupo na qualidade de vida de

pacientes por AVCi (Tese). São Paulo: UNIFESP, 2004, 75p.

g) Documento eletrônico: Título do documento (Endereço na Internet). Local: responsável

(atualização mês/ano; citado em mês/ano). Disponível em: site. Ex.: The pre-history of

37

cognitive science (endereço na Internet). Inglaterra: World Federation Neurology. (última

atualização 12/2005; citado em 01/2006). Disponível em:

http://www.wfneurology.org/index.htm

Recomendações: não colocar nome de autores e datas no texto, apenas indicar o número da

referência; não utilizar referências apud, dar preferência ao artigo original; não fazer citações

em notas de rodapé; O Corpo Editorial segue a padronização da Sociedade Brasileira de

Doenças Cerebrovasculares de 1996, utilizando o termo Acidente Vascular Cerebral – AVC.

III - Artigos de Revisão de Literatura e Atualização: revisão crítica de literatura ou

atualização relativa a neurociências, com ênfase em causa, diagnóstico, prognóstico, terapia

ou prevenção (8000 palavras).

Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, contendo

informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista prefere títulos

informativos.

Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi feita

a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e vínculo

profissional de cada autor, ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, Professor Adjunto da

UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- Neurologista, Residente no

Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. Identificar o autor e endereço para

correspondência.

Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo deve ser

estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras.

Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract,

respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br).

Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução, método,

resultados, discussão, conclusão e referências bibliográficas.

Referências: citar até 100 referências, seguindo o sistema numérico por ordem de sua citação

no texto, segundo o estilo Vancouver.

Quadros e Tabelas: juntos não devem exceder 2, apresentados em páginas separadas e no

final do texto. Em cada um, deve constar seu número de ordem, título e legenda.

38

IV - Artigos de Resenha: é a apresentação do conteúdo de uma obra (livros publicados, teses

e dissertações dos últimos dois anos), acompanhada de uma avaliação crítica (3000 palavras).

As Resenhas devem seguir os itens: título em inglês e em português ou espanhol, sintético e

restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90

caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional,

instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para correspondência. Resumo e Abstract:

até 200 palavras com Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis). Como guia, consulte

descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). Corpo do texto contendo: tema, hipótese

ou idéia central; argumentos; evidências científicas; avaliação pessoal quanto à organização

da obra, pontos fortes e fracos, bibliografia utilizada (estilo Vancouver); conclusão, críticas e

comentários.

V - Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo idéias,

críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema pesquisas da área das

neurociências (3000 palavras). Deverá conter: título em inglês e em português ou espanhol,

sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não

excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo

profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para correspondência; e no

máximo 10 referências bibliográficas no estilo Vancouver. Resumo e Abstract: até 200

palavras com Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis). Como guia, consulte descritores

em ciências da saúde (http://decs.bvs.br).

VI - Texto de Opinião e Carta ao Editor: deve conter opinião qualificada sobre um tema na

área de neurociências, nota curta, crítica sobre artigo já publicado na Revista Neurociências

ou relato de resultados parciais ou preliminares de pesquisa (1000 palavras). Deverá conter:

título em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo

informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es),

com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi

realizado, endereço para correspondência; e no máximo 10 referências bibliográficas (estilo

Vancouver).