interpretacao de texto - questões cespe - mariatereza

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  • Interpretao de Texto

    Prof Maria Tereza

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    Interpretao de Texto

    Professora: Maria Tereza

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    Interpretao de Texto

    TEXTO 1

    Brasil e frica do Sul assinam acordo de cooperao

    O Ministrio da Educao do Brasil e o da frica do Sul assinaram no incio de julho um acordo de cooperao internacional na rea da educao superior. Alm de apoiar o ensino universitrio e prever a promoo conjunta de eventos cientficos e tcnicos, o acordo contempla o intercmbio de materiais educacionais e de pesquisa e o incentivo mobilidade acadmica e estudantil entre instituies de ensino superior, institutos de pesquisa e escolas tcnicas.

    Para incentivar a mobilidade, alm de projetos conjuntos de pesquisa, os dois pases devem promover a implantao de programas de intercmbio acadmico, com a concesso de bolsas, tanto a brasileiros na frica do Sul quanto a sul-africanos no Brasil, para professores e alunos de doutorado e ps-doutorado. Ainda nessa rea, a cooperao tambm prev a criao de um programa de fomento a publicaes cientficas associadas entre representantes dos dois pases.

    Segundo o ministro da Educao brasileiro, Fernando Haddad, as equipes de ambos os ministrios da Educao trabalham h tempos na construo de um acordo para incrementar a cooperao entre os dois pases. Brasil e frica do Sul tm uma grande similaridade de pensamento, oportunidades e desafios. Espervamos h tempos a formatao de um acordo slido.

    Internet: (com adaptaes)

    Julgue os itens a seguir quanto compreenso do texto e tipologia textual.

    1. A ideia central do texto est resumida no primeiro perodo do primeiro pargrafo.

    2. Depreende-se do texto que o acordo foi assinado de modo intempestivo, o que surpreendeu as autoridades brasileiras da rea da educao superior.

    3. O ministro da Educao brasileiro pronunciou-se favoravelmente ao acordo, assinalando os pontos em comum existentes entre os dois pases.

    4. Quanto tipologia, o texto caracteriza-se como informativo.

    TEXTO 2

    A FGV e o IBOPE acabam de jogar mais luz sobre as mazelas do ensino no Brasil. A FGV ps por terra o mito de que a evaso escolar motivada pela demanda por trabalho e renda. Pouco mais de um quarto (27,1%) dos jovens de 15 a 17 anos de idade afirma ser essa a razo de abandonarem as salas de aula, enquanto 40% simplesmente admitem no se sentirem atrados

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    pelos estudos. J o IBOPE ouviu 2.022 pessoas com mais de 16 anos de idade em todo o pas para saber quais so, na opinio deles, os principais problemas da educao. No se pode dizer que aqui houve surpresas: a desmotivao dos professores em razo dos baixos salrios (19%); a falta de segurana e a penetrao de drogas nas escolas (17%); o nmero insuficiente de unidades de ensino (15%) e de professores (12%); e a falta de qualificao dos docentes (11%).

    Correio Braziliense, 20/4/2009, p. 12 (com adaptaes).

    Julgue os itens subsequentes, relativos s ideias do texto acima.

    5. O texto enumera problemas do ensino no Brasil revelados em pesquisas realizadas recentemente.

    6. Segundo as percentagens reveladas pela FGV, de cada 10 jovens de 15 a 17 anos de idade, 4 abandonam a escola por no se sentirem atrados pelos estudos.

    7. O estudo da FGV confirmou uma realidade de que j se tinha conhecimento: a necessidade de se sustentar e ajudar a famlia tira muitos jovens da sala de aula.

    8. O segundo perodo admite, sem prejuzo do sentido original, a seguinte reescritura: A lenda de que a evaso escolar motiva a necessidade de trabalho e renda foi derrubada pela FGV.

    TEXTO 3

    Estudo recente afirma que os pases pobres podem sofrer mais de 90% dos efeitos humanos e econmicos da mudana climtica. Os cinquenta pases mais pobres, no entanto, contribuem com menos de 1% das emisses globais de dixido de carbono, o principal gs do efeito estufa. A frica a regio mais ameaada: quinze dos vinte pases mais vulnerveis ficam no continente. O sul da sia e os pequenos pases insulares em desenvolvimento tambm esto ameaados.

    Os pases pobres querem que os ricos assumam metas mais ambiciosas de reduo das emisses de gases do efeito estufa e que transfiram dinheiro e tecnologia para ajudar na reduo dos efeitos da mudana climtica nas naes em desenvolvimento.

    Jornal do Brasil, 25/8/2009, p. A20 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando a abrangncia do tema nele abordado, julgue os itens seguintes.

    9. Os especialistas acreditam que os efeitos negativos da mudana climtica sero igualmente sentidos nas diversas regies do planeta.

    10. Depreende-se do texto que os pases mais industrializados e ricos so os que mais emitem gases poluentes na atmosfera, que ampliam o efeito estufa.

    11. A maioria dos pases sujeitos a sofrerem mais intensamente o impacto do aquecimento global localiza-se no continente asitico.

    12. O Protocolo de Kyoto tem por objetivo a reduo principalmente pelos pases em desenvolvimento da quantidade de gases ampliadores do efeito estufa que tais pases lanam na atmosfera.

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    TEXTO 4A soberania popular no deve ser, apenas, mais uma pea de retrica. Deve ser um meio eficaz, por intermdio do qual o povo exera plenamente seus direitos e prerrogativas constitucionais e legais.

    Na poca de implementao dos direitos sociais, como o direito de moradia, de trabalhar, de viver decentemente, no mais possvel a incluso de normas programticas no texto da Constituio da Repblica. H necessidade de que os princpios e as normas constitucionais sejam eficazes, produzindo, de logo, os efeitos jurdicos que todos esperam.

    No h, evidentemente, direitos sem garantia. No basta tambm a Constituio proclamar uma srie de direitos e garantias, se estes e estas no se podem concretizar.

    Paulo Lopo Saraiva. A soberania popular e as garantias constitucionais. In: Introduo crtica ao direito, p.141-2 (com adaptaes).

    De acordo com o desenvolvimento das ideias do texto 4, infere-se que

    13. o autor coloca a soberania popular como um objetivo mais fcil de ser atingido que o estabelecimento de direitos.

    14. direitos eficazes so aqueles com garantias.

    15. normas programticas devem ser substitudas pela implementao de direitos sociais.

    16. a eficcia de princpios e normas constitucionais est diretamente ligada aos efeitos jurdicos que produzem.

    17. a concretizao de direitos e garantias resulta de sua proclamao na Constituio.

    TEXTO 5Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por outra pessoa, depois de t-los perdido ou de ter sido vtima de assalto. Mas um sistema que comeou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o pas.

    A tecnologia usada atualmente para a emisso de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulteraes. A principal novidade do sistema o envio imediato das impresses digitais, por computador, para o banco de dados da Polcia Federal em Braslia. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento entregue em cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais so conferidas novamente.

    Voc pode at ter a certido de nascimento de outra pessoa, mas, quando tentar tirar a carteira por ela, a comparao das impresses digitais vai revelar quem voc, diz a diretora do Instituto de Identificao da Bahia.

    Na Bahia, a troca pelo modelo novo ser feita aos poucos. As atuais carteiras de identidade vo continuar valendo e sero substitudas quando houver necessidade de emitir-se a segunda via. Por enquanto, s a Bahia est enviando os dados para a Polcia Federal. Segundo o Ministrio da Justia, a partir de 2011, 28 outros estados devem integrar-se gradativamente ao sistema. A previso que, em nove anos, todos os brasileiros estejam cadastrados em uma base de dados unificada na Polcia 31 Federal.

    Internet: (com adaptaes).

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    Com relao ao texto anterior apresentado, julgue os itens a seguir.

    18. A nova tecnologia de emisso de carteira de identidade, criada na Bahia, reduz o risco de fraudes e adulteraes.

    19. No texto, tanto o termo todo quanto todo o expressam totalidade.

    20. O texto, que , predominantemente, descritivo, apresenta detalhes do funcionamento do sistema de identificao que deve ser implantado em todo o Brasil.

    21. Depreende-se do texto que a implantao da nova carteira de identidade proporcionar mais agilidade aos servios prestados pelos institutos de identificao do Brasil.

    TEXTO 6

    At hoje, os que esto de um lado ou de outro veem o processo civilizatrio como uma consequncia de um trip sinrgico em que avano tcnico, igualdade e liberdade articulam-se positivamente, cada um como um vetor que induz o outro a crescer. Em nossos dias, porm, essa sinergia1 morreu e o avano tcnico, longe de construir a igualdade, est ampliando a desigualdade e, em lugar de ampliar o nmero de pessoas livres, est limitando a liberdade a poucos (mesmo nesses casos, trata-se de uma liberdade condicionada, consumida nos engarrafamentos de trnsito, nos muros dos condomnios).

    1 ao conjunta de vrios agentes visando a um resultado melhor que o de aes isoladas.

    Cristovam Buarque. Os crculos dos intelectuais. In: Ari Roitman (Org.). O desafio tico. Rio de Janeiro: Garamond, 2000, p. 109 (com adaptaes)

    22. Depreende-se do desenvolvimento das ideias do texto acima que

    a) existem discordncias sobre as causas do processo civilizatrio.b) um dos elementos que compem o trip sinrgico o processo civilizatrio.c) a ampliao da desigualdade, nos dias atuais, deve-se limitao da liberdade.d) as expresses engarrafamentos de trnsito e muros dos condomnios exemplificam a

    limitao da liberdade.

    TEXTO 7

    A liberdade no assegura a igualdade: ao contrrio, sob o regime do livre mercado, est sendo construda a mais desigual de todas as sociedades humanas da histria, com excluso das desigualdades por justificativas divinas como aquelas que davam a reis, sacerdotes ou faras um poder total sobre os homens. E note-se que esses monarcas e suas cortes viviam o mesmo nmero de anos que os camponeses, sofriam quase as mesmas dificuldades de conforto que estes e levavam o mesmo tempo para se deslocarem de um lugar a outro, por mais que o fizessem sobre o ombro dos servos. Finalmente, a imposio da igualdade, em um tempo de graves problemas ecolgicos, elimina a liberdade de escolha que o mercado oferece e limita os sonhos de riqueza, mesmo que em nome do fim da pobreza.

    Idem, Ibidem, p. 109-110 (com adaptaes).

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    23. Com base no texto acima, julgue os seguintes itens.

    I Vive-se, na atualidade, em um regime de livre mercado e com graves problemas ecolgicos.

    II O perodo iniciado por E note-se justifica a maior desigualdade da histria.

    III A liberdade de escolha provoca desigualdade porque limita os sonhos de riqueza.

    Assinale a opo correta.

    a) Apenas I est de acordo com as ideias do texto.b) Apenas I e II esto de acordo com as ideias do texto.c) Apenas II e III esto de acordo com as ideias do texto.d) Apenas III est de acordo com as ideias do texto.

    TEXTO 8

    No sistema democrtico, h uma tenso permanente entre liberdade e igualdade. A primeira est associada direita democrtica, para a qual existe um conjunto indissocivel de liberdades: a de expresso e organizao, a econmica e a de pluralidade de opinies. J o conceito de igualdade est associado esquerda democrtica, que defende a necessidade de restringir um pouco a liberdade econmica para que as desigualdades no cresam muito. As democracias maduras oscilam entre a direita e a esquerda, em busca ora de mais liberdade, ora de mais igualdade. Trata-se de algo muito diferente dos conceitos de esquerda e direita no democrticas, estes, sim, ultrapassados.

    Demtrio Magnoli. Uma vitria da razo. Veja, 5/nov/2008, Entrevista (com adaptaes).

    24. De acordo com as ideias do texto acima, assinale a opo que apresenta as duas associaes corretas.

    a) direita: liberdade econmica; esquerda: liberdade de expresso.b) direita: pluralidade de opinies; esquerda: restries liberdade econmica.c) direita: preocupao com as desigualdades; esquerda: liberdade de expresso.d) direita: restries liberdade econmica; esquerda: preocupao com as desigualdades.

    TEXTO 9

    Glria aquietou-o, e falou-lhe de pacincia e resoluo. Agora, o melhor era mesmo ver outra casa mais barata, pedir uma espera, e depois arranjar meios e modos de pagar tudo. E pacincia, muita pacincia. Ela pela sua parte contava com a madrinha do cu. Porfrio foi ouvindo, estava j tranquilo; nem ele pedia outra coisa mais que esperanas. A esperana a aplice do pobre; ele ficou abastado por alguns dias.

    No sbado, voltando para a casa com a fria no bolso, foi tentado por um vendedor de bilhetes de loteria, que lhe ofereceu dois dcimos das Alagoas, os ltimos. Porfrio sentiu uma coisa no corao, um palpite, vacilou, andou, recuou, e acabou comprando. Calculou que, no pior caso, perdia dois mil e quatrocentos; mas podia ganhar, e muito, podia tirar um bom prmio e arrancava o p do lodo, pagava tudo, e talvez ainda sobrasse dinheiro. Quando no sobrasse, era bom negcio. Onde diabo iria ele buscar dinheiro para saldar tanta coisa? Ao passo que um

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    prmio, assim inesperado, vinha do cu. Os nmeros eram bonitos. Ele, que no tinha cabea aritmtica, j os levava de cor. Eram bonitos, bem combinados, principalmente um deles, por causa de um 5 repetido e de um 9 no meio. No era certo, mas podia ser que tirasse alguma coisa.

    Machado de Assis. Terpscore. In: John Gledson. 50 contos de Machado de Assis. So Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 404

    25. Em relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto, assinale a opo correta.

    a) O texto caracteriza-se como descritivo devido riqueza de detalhes fsicos, comportamentais e psicolgicos de um personagem viciado em jogos que acabara de perder sua casa e seu salrio na esperana de enriquecer.

    b) De acordo com o texto, os conselhos de Glria causaram ansiedade e inquietao em Porfrio, fazendo-o buscar uma forma de obter dinheiro para comprar a casa que a esposa desejava.

    c) No segundo pargrafo do texto, ao afirmar foi tentado por um vendedor de bilhetes de loteria, o narrador salienta a interveno do sistema econmico capitalista na realizao material e pessoal dos indivduos.

    d) Infere-se do trecho Porfrio sentiu uma com coisa no corao, um palpite, vacilou, andou, recuou, e acabou comprando que o personagem seguiu a prpria intuio e agiu por impulso.

    e) De acordo com o texto, os personagens consideram a realizao profissional e financeira mais importante do que o sentimento de esperana, por isso Porfrio comprou um bilhete de loteria.

    TEXTO 10

    Para mostrar a importncia do voto aos 16 anos de idade, a Unio Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) realizou a campanha Te liga 16 O Brasil s ganha se voc tiver esse ttulo. O objetivo da campanha foi conscientizar os jovens de 16 anos da responsabilidade do voto e da participao poltica. Votar aos 16 anos despertar uma conscincia cidad. Ficar em casa reclamando que poltica ruim no est com nada. Est na hora de no s pensar, mas de decidir, disse o professor Pedro.

    A presidenta da Comisso de Educao da Cmara de Vereadores de Porto Alegre completou a introduo do professor, chamando a ateno dos estudantes para o poder de deciso que eles tm.

    Somos 33 milhes de brasileiros entre 16 e 24 anos. A juventude brasileira, se unida, suficiente para mudar qualquer coisa neste pas.

    Internet: (com adaptaes).

    26. Assinale a opo correta a respeito das idias apresentadas no texto e da tipologia textual.

    a) O texto fragmento de uma notcia e se estrutura em duas partes: uma expositiva e outra argumentativa.

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    b) O texto uma descrio retirada de um texto publicitrio, destinado a convencer os adolescentes a votarem.

    c) O texto narra episdios polticos que aconteceram antes das eleies para a chefia da UBES.d) O texto tem estrutura dissertativa, sendo as passagens entre aspas transcries de discursos

    contrrios s eleies aos 16 anos.e) No primeiro pargrafo, predomina a estrutura descritiva, mas, no segundo, sobressai a

    narrativa.

    TEXTO 11

    Jornal do Comrcio O voto aberto nos processos de cassao poderia mudar o destino dos acusados?

    Schirmer No sei se o voto aberto mudaria o resultado final. O que ele mudaria seria a responsabilidade individual. Porque, com a votao aberta, voc responsvel pelo seu voto. Votando sim ou no, voc assume a responsabilidade pelo voto dado. Com o voto fechado, a responsabilidade difusa, pois ningum sabe quem votou em quem e, sendo assim, todos carregam o nus do resultado da votao. O voto fechado muito ruim porque quem sai perdendo a prpria instituio. Em vez de voc falar mal de um ou de outro deputado, voc acaba penalizando a instituio.

    Jornal do Comrcio.

    27. Assinale a opo correta quanto compreenso e tipologia do texto.

    a) Por estar estruturado em duas partes, compreendendo uma pergunta e uma resposta, o texto pode pertencer ao gnero entrevista.

    b) Na pergunta feita pelo Jornal do Comrcio, predomina a descrio dos processos de cassao.

    c) O pargrafo que contm a resposta de Schirmer possui estrutura predominantemente narrativa, porque o falante explica como se processam as atividades de cassao de eleitos.

    d) O segundo pargrafo do texto estruturalmente argumentativo, porque apresenta, primeiro, os aspectos favorveis ao voto em aberto e, em um segundo momento, os aspectos desfavorveis dessa modalidade de votao.

    e) O primeiro e o segundo pargrafos tm a mesma estrutura textual e a mesma tipologia: so dissertativos.

    TEXTO 12

    UM NOVO COMEO

    Em 40 anos de carreira musical, o engenheiro qumico (pode?) Ivan Lins produziu maravilhas como Madalena, O Amor Meu Pas e Abre Alas. Como acontece com todos os poetas e compositores, ele tocou cada pessoa de modo diferente. Em meu caso, foi a msica Comear de Novo, que Ivan comps em parceria com Vitor Martins em 1979.

    Foi naquele ano que fiz uma das muitas mudanas em minha vida, indo morar em Florianpolis (SC), para onde eu j viajava semanalmente para dar

    01.02. 03. 04. 05.

    06. 07.

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    aulas em um curso pr-vestibular do qual era scio. Como aquela sede exigia mais ateno, mudei minha residncia oficial para a ilha. Lembro-me bem de estar atravessando a ponte Herclio Luz, que ainda funcionava (foi interditada em 1982), quando do rdio do carro comeou a sair a voz rouca da Simone dizendo: Comear de novo e contar comigo/ Vai valer a pena ter amanhecido/ Ter me rebelado, ter me debatido/ Ter me machucado, ter sobrevivido.... Foi um momento mgico, pois, apesar de bastante jovem, eu j vinha de uma experincia de vida cheia de mudanas e recomeos. [...]

    A impermanncia uma das marcas de nosso tempo. Tudo muda rpido, e quem aceita essa realidade e consegue exercitar sua capacidade de adaptao j sai com vantagens. De certa forma, quando acordamos na manh de cada dia, comeamos de novo nossa vida. s vezes, comeamos pouca coisa de novo, e damos continuidade ao que j fazamos, mantendo a rotina e construindo estabilidade. Mas, s vezes, acordamos de manh e estamos em um novo lugar, ou iniciamos em um novo emprego, ou viramos a cabea e vemos uma nova pessoa no travesseiro ao lado. Sempre comeamos de novo, o que varia a intensidade.

    Naquele ano eu estava comeando de novo muita coisa. Tinha me formado em Medicina, mas no havia chegado a exercer, pois, na ocasio, eu j era dono de uma escola que crescia. Mas, como comear de novo comigo mesmo, 15 anos depois resolvi dar-me o direito de experimentar a profisso de mdico, e l fui eu voltar a estudar, aplicando tempo e recursos aos livros de Medicina, alguns para recordar, outros para entender a evoluo dos anos. Apesar de ser mdico, foi mais um comear de novo. [...]

    MUSSAK, Eugnio. Um novo comeo. Vida Simples, So Paulo: Abril, p. 39, maio 2011. Adaptado.

    28. A ideia de um novo comeo para o autor do exige sempre uma

    a) alterao radical das atividades cotidianas.b) mudana drstica de endereo.c) mudana, mesmo dentro da rotina.d) nova escolha de parceiro afetivo.e) novidade a cada minuto do dia.

    29. No trecho Em 40 anos de carreira musical, o engenheiro qumico (pode?)... (l. 01), a pergunta entre parnteses indica que o autor

    a) acredita que todo engenheiro qumico pode fazer msica.b) supe que o estudo da qumica ajuda a desenvolver a musicalidade.c) percebe uma contradio em ser engenheiro qumico e msico.d) se surpreende que algum formado em uma rea tcnica seja msico.e) fica indignado porque v algum formado em engenharia virar msico.

    08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15.

    16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

    25. 26. 27. 28. 29. 30. 31.

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    30. Observe os trechos abaixo.

    I Foi naquele ano que fiz uma das muitas mudanas em minha vida, indo morar em Florianpolis (SC) (l. 06-07)

    II A impermanncia uma das marcas de nosso tempo. (l. 16)

    III Tudo muda rpido, e quem aceita essa realidade e consegue exercitar sua capacidade de adaptao j sai com vantagens. (l. 16-18)

    Quanto tipologia, esses trechos exemplificam, respectivamente,

    a) argumentao descrio argumentaob) narrao narrao argumentaoc) narrao descrio argumentaod) descrio argumentao descriod) descrio descrio narrao

    Gabarito:1. C2. E3. C4. C5. C6. C7. E8. E9. E10. C11. E12. C13. E14. E15. E16. C17. E 18. E19. C20. E21. C22. A23. A24. B25. C26. A27. A28. C29. D30. C