apostila bnb2014 int.detexto mariatereza site

55
Interpretação de Texto Profª Maria Tereza

Upload: wemerson-cassio

Post on 22-Nov-2015

128 views

Category:

Documents


85 download

TRANSCRIPT

  • Interpretao de Texto

    Prof Maria Tereza

  • www.acasadoconcurseiro.com.br

    Interpretao de Texto

    Professora: Maria Tereza

  • www.acasadoconcurseiro.com.br

    Edital

    1. Interpretao e compreenso de texto.

    2. Marcas de textualidade: coeso, coerncia e intertextualidade.

    3. Gneros e tipos textuais: caractersticas distintivas.

    4. Semntica: antnimos, sinnimos, homnimos, parnimos, hipernimos.

    5. Variao lingustica.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br 7

    Interpretao de Texto

    Interpretao e Compreenso de Texto.

    PROCEDIMENTOS

    1. Observao da fonte bibliogrfica, do autor e do ttulo;

    2. identificao do tipo de texto (artigo, editorial, notcia, crnica, textos literrios, cientficos, etc.);

    3. leitura do enunciado.

    EXEMPLIFICANDO

    Senado Federal Administrao-Tcnico Legislativo FGV 2012

    O ocaso das sacolas

    O fim de sacolas plsticas em supermercados paulistas um timo negcio para redes varejistas, uma conveniente cortina de fumaa para o poder pblico, um leve golpe contra o bolso do consumidor e uma medida de impacto provavelmente baixo para o planeta.Ao contrrio do que se diz, as tais sacolinhas plsticas nunca foram gratuitas. Seu custo estava embutido no das compras que fazamos. Explicit-lo por meio de um preo , em princpio, algo positivo, pois isso torna mais transparentes as relaes de consumo e ajuda a promover hbitos menos extravagantes. Mas, como altamente improvvel que a mudana resulte na correspondente reduo dos preos nas gndolas, os supermercados acabam se dando bem, porque, numa canetada, eliminam um custo e ganham uma nova fonte de receita, posando ainda de campees da ecologia. Algo parecido vale para o poder pblico. Ele aparece na foto como defensor do ambiente por ter promovido o acordo e pouca gente lembra que sua lista de omisses nessa rea grande. O volume de lixo reciclado ainda risvel e h pouqussimas usinas de compostagem, para citar apenas dois pecadilhos diretamente relacionados a resduos slidos. O consumidor leva prejuzo porque as sacolas escolhidas para substituir o plstico so as de milho. Relativamente caras, custaro R$ 0,19 cada uma. questionvel ainda a ideia de embalar comida com comida. Tirar milho de galinhas e pipoqueiros para produzir invlucros tende a inflacionar o setor de alimentos.Em termos ambientais, as sacolas so um estorvo, mas nem de longe o maior problema. Reduzir seu uso sem criar dificuldades maiores uma meta louvvel. Cumpri-la implicar custos, que tero de ser pagos pelos consumidores. O que irrita, no Brasil, que governantes e lobbies so rpidos para estender a conta ao cidado, mas muito lentos, para no dizer ablicos, em fazer a sua parte.

    Hlio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 24 de janeiro de 2012.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br8

    1. Trata-se de um ARTIGO: texto autoral assinados , cuja opinio da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo o de persuadir o leitor. Geralmente, aborda assuntos atuais, de interesse circunscrito a certa poca e comunidade. O conhecimento do veculo de publicao jornal dirio de grande circulao , tambm permite perceber a inteno textual.

    2. O TTULO pode constituir o menor resumo possvel de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possvel, pois, descartar afirmaes feitas em determinadas alternativas. No texto em questo, o ttulo O ocaso das sacolas remete a uma situao que chegou a seu fim, apontando para a decadncia das sacolas. Tal conhecimento, expresso O fim de sacolas plsticas em supermercados paulistas, no primeiro pargrafo, permite inferir que o texto consiste na opinio do articulista sobre tal fato.

    3. No ENUNCIADO, observa-se a presena da expresso O texto (totalidade), o que norteia a estratgia de apreenso das ideias.

    4. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expresses substantivas e verbais).

    5. Identificao das palavras-chave no texto.

    Resposta correta = parfrase mais completa do texto.

    1. O texto defende a ideia de que

    a) a eliminao das sacolinhas plsticas nos mercados faz melhorar a atuao do governo em relao aos resduos slidos.

    b) o governo se beneficia com a eliminao das sacolinhas plsticas nos mercados em funo de no precisar investir no tratamento de resduos slidos.

    c) as sacolinhas plsticas no representam real ameaa ecolgica pois sua eliminao s traria benefcios ao governo e aos varejistas.

    d) a eliminao das sacolinhas plsticas nos mercados faz melhorar a imagem do governo e dos varejistas, com nus para os consumidores.

    e) a eliminao das sacolinhas plsticas representa benefcio ao consumidor uma vez que denota a preocupao dos varejistas com o ambiente.

    Anotaes:

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 9

    EXEMPLIFICANDO

    6. Identificao do tpico frasal: inteno textual percebida, geralmente, no 1 e 2 perodos do texto (IDEIA CENTRAL).

    7. Identificao de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque do assunto (campo semntico).

    DETRAN-MA ASSISTENTE DE TRNSITO FGV 2013

    A EDUCAO NO TRNSITO

    A comunicao uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos nmeros de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educao e conscientizao. Campanhas de mobilizao pelo uso de cinto de segurana, das prticas positivas na direo, da no utilizao de bebidas alcolicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, so comprovadamente eficientes. crescente a preocupao com o ensino dos princpios bsicos do trnsito desde a infncia e ele pode acontecer no espao escolar, com aulas especficas, ou tambm nos ambientes especialmente desenvolvidos para o pblico infantil nos departamentos de trnsito. Com a chegada do Cdigo Brasileiro de Trnsito-CBT, em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propsito de reeducao. Como se v, alguma coisa j vem sendo feita para reduzir o problema. Mas h muito mais a fazer. A experincia mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a populao, de forma peridica, da necessidade de obedecer a regras bsicas de trnsito, no so suficientes para frear veculos em alta velocidade e evitar infraes nos semforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicao de massa e fiscalizao. Um conjunto de aes foi responsvel por significativa queda no nmero de vtimas fatais do trnsito na cidade. O governo local, a partir da dcada de 1990, adotou uma srie de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientizao, foi adotado o controle eletrnico de velocidade e foi implementado o respeito s faixas de pedestres. Essas providncias, associadas promulgao do novo Cdigo de Trnsito, levaram a uma expressiva reduo nos ndices de mortalidade por 10 mil veculos em Braslia - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse perodo, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veculos, o nmero de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002. Foi um processo polmico. O governo foi acusado de estar encabeando uma indstria de multas, devido ao grande nmero de notificaes aplicadas. Reclamaes parte, o saldo das aes se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatsticas mostram que o problema voltou a se agravar. O nmero de vtimas fatais de acidentes no trnsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento o uso de lcool por motoristas.

    Pedro Ivo Alcntara. www.ipea.gov.br

    2. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a finalidade do texto.

    a) Criticar as autoridades alheias pssima situao de nosso trnsito.b) Elogiar as medidas tomadas em todo o territrio nacional no que diz respeito educao

    no trnsito.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br10

    c) Auxiliar as autoridades na tentativa de melhorar-se a educao de pedestres no trnsito brasileiro.

    d) Discutir o trnsito e dar sugestes para sua melhora. e) Alertar para os riscos que a nova legislao do trnsito deixou de lado.

    EXEMPLIFICANDO

    Comprovao = Campo Semntico: palavras ou expresses que remetem a uma mesma rea do conhecimento.

    COMUNICAO EDUCAO E CONSCIENTIZAO DIREO

    campanhas de mobilizao ensino dos princpios bsicos cinto de segurana

    campanhas espao escolar, com aulas especficas dirigir

    comunicao de massa aulas de reciclagem faixa de pedestres

    alertar e convencer a populao trnsito

    persuadir condutores e transeuntes a andar na linha Cdigo Brasileiro de Trnsito

    reeducao. regras bsicas de trnsito

    ERROS COMUNS

    EXTRAPOLAO

    Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que no esto no texto, normalmente porque j conhecia o assunto devido sua bagagem cultural.

    REDUO

    o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto um conjunto de ideias.

    EXEMPLIFICANDO

    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MA AGENTE LEGISLATIVO FGV 2013

    A empregada foi embora

    01.02.03.04.05.

    Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio sculo, em nosso pas s as empregadas domsticas enfrentavam: como viver sem empregada, esse personagem que dentro de casa, serve como amortecedor s tenses entre homens e mulheres confrontados s exigncias do cotidiano de uma famlia.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 11

    06.07.08.09.10.11.12.13.14.

    Quem faz o qu na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um nem outro. A resposta simples: a empregada, a bab, a cuidadora. Por vezes as trs tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salrios, jornadas infindveis, condies de alojamento deplorveis, essa sequela da escravido exigia uma abolio. A lei bem-vinda. Abre uma dinmica de transformao da sociedade que ainda no est visvel em todas a sua profundidade e cujos desdobramentos vo muito alm dos muros da casa. Vai interpelar, para alm do oramento das famlias, as contas pblicas e a organizao do tempo nas empresas.

    Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.

    3. O ttulo dado ao texto A empregada foi embora refere-se

    a) ao processo normalmente simples de despedir-se a empregada domstica.b) ao fato social de se mandarem embora as empregadas em funo dos altos custos atuais

    de sua manuteno no trabalho.c) o problema derivado do fato de as empregadas domsticas se demitirem em funo das

    pssimas condies de trabalho. d) ao momento histrico presente, quando as empregadas passaram a ter acesso a leis

    socialmente mais justas e os problemas da derivados.e) ao alerta para as famlias brasileiras de que devem aceitar o fato de pagar de forma mais

    justa aos empregados domsticos em geral.

    a) Reduo: observao to somente da expresso foi embora; nesse caso, no se observa a palavra problema (l. 01) em contraposio com a palavra simples (alternativa).

    b) Reduo: ignora-se o ltimo perodo do texto (Vai interpelar, para alm do oramento das famlias, as contas pblicas e a organizao do tempo nas empresas.)

    c) Extrapolao: o fato de a profisso de empregada domstica estar-se escasseando deve-se recente lei, e no s pssimas condies de trabalho alis, histricas. (inferncia)

    e) Reduo: os baixos salrios constituem apenas uma das sequelas da escravido que a lei aboliu.

    ESTRATGIAS LINGUSTICAS

    1. SIGNIFICAO DAS PALAVRAS = PARFRASES, CAMPO SEMNTICO e ETIMOLOGIA.

    Parfrase = verso de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo torn-lo mais fcil ao entendimento.

    Campo Semntico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma rea de conhecimento.

    Exemplo:

    Medicina: estetoscpio, cirurgia, esterilizao, medicao, etc.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br12

    EXEMPLIFICANDO

    CAERN AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2010

    O futuro das cidades verde

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.37.38.39.40.41.42.

    Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhes de pessoas em reas urbanas - o que corresponde a 51% da populao mundial, contra 49% de habitantes de reas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalpoles ao longo do sculo XX, essa inverso ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenmeno consolidou-se j na dcada de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhes de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espao, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas a pergunta do momento. Durante o ms de maro, o Brasil transforma-se em sede de trs eventos que pretendem respond-la. A Conferncia Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqncia, acontecem a Conferncia Latino- Americana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguau (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renovveis, Eficincia Energtica e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 o americano Marc Weiss, presidente da organizao Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio nossa frente gerar crescimento econmico sustentvel e qualidade de vida para todos em todos os lugares. "Com uma combinao de inovao tecnolgica e uma elevada eficincia, as cidades podero gerar uma expanso substancial de negcios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui no mera coincidncia. O Pas vem se tornando protagonista no combate s mudanas climticas, principalmente depois da Conferncia do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasio, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de reduo de emisses de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentrao de automveis em centros urbanos. "O Brasil est se tornando um lder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padro de desenvolvimento urbano e industrial sustentvel", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentvel poltica de governo em algumas cidades, e no apenas um conjunto de medidas dirigidas a questes pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para Amrica Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malm e Vxjo (as duas na Sucia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas tm em comum a nfase no uso de energias renovveis, como a solar, o biogs e a elica", afirma. H quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritrio Gale International est construindo - em parceria com a gigante de tecnologia Cisco - a cidade mais sustentvel do mundo. Nova Songdo, na Coria do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contar com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 13

    43.44.45.46.47.48.49.50.51.52.53.54.

    reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na ndia nos prximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho so os eventos esportivos que o Pas vai sediar nos prximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olmpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma srie de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de gua, economia de energia e transportes que usem combustvel de forma racional so algumas delas. Mesmo que no houvesse essa obrigatoriedade, at l j viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo ter uma nova poltica de emisses de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedio da Rio-92. A bola est conosco.

    Andr Julio. Isto, ed. 2105, maro de 2010, com adaptaes

    4. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. (l.51-52) O verbo destacado acima poderia ser substitudo no perodo, sem prejuzo de sentido, por

    a) triunfa.b) ultrapassa.c) expira.d) excede.e) aufere.

    FBN ASSISTENTE ADMINISTRATIVO FGV 2012

    Biblioteca da infncia

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.

    Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua brincvamos com os vizinhos, corramos e apertvamos campainhas. Primeiro veio a grande notcia, uma praa, onde era a caixa d'gua do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatrio Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficvamos sabendo de todas as notcias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!! Eu, j leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! ramos pobres, no viajvamos nas frias e, livros, eu s ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para alm das ruas do Bigorrilho. Hora do Conto, aulas de flauta, de cermica, o curso de Histria da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabea com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as referncias, no s literrias, que me acompanharam a vida toda! Eu lia dois livros por dia, no podia perder tempo, eram muitos. Emprestava um de manh, lia durante o almoo, em casa. tarde devolvia e logo pegava outro para a noite. A minha velocidade era outra. Eu passava minhas frias inteiras l! Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pblica do Paran,

  • www.acasadoconcurseiro.com.br14

    21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.37.38.39.40.41.42.43.44.45.

    principalmente, mas a Franco Giglio me acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco, aquele momento emocionante me remeteu diretamente Roseli e suas aulas de arte. Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herana eu deixaria para eles, pensei: minha infncia dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que a minha leitura da Franco Giglio, minha homenagem biblioteca que me trouxe tanta alegria. E no longe da original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci. E, para alm da nostalgia de uma infncia em meio aos livros e cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infncias, proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixo pelos livros a muitas outras crianas! Passo quase todos os dias em frente Franco Giglio e observo o abandono. No incio achei que era por causa das obras da rua, mas logo se v que aquela casinha de sonhos, tombada, est jogada prpria sorte. No temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianas e cultura... Temos pessoas que cumprem seu horrio de trabalho. certo que o mundo mudou e as crianas no andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas so feitas em casa, na internet. Mas a vocao de encontro e de lazer desses espaos pblicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas, Casas de Leitura como so chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais de semana, com uma programao atraente, trazendo crianas e suas famlias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa: a convivncia com o mundo da cultura e a convivncia com outras pessoas.

    Cludia Serathiuk

    5. Ao dar o nome de "Bisbilhoteca" (l. 26) sua biblioteca, a autora quer destacar

    a) a infantilidade dos usurios.b) a curiosidade pelo saber.c) a utilidade da leitura.d) a necessidade do conhecimento.

    Anotaes:

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 15

    2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGRICO NAS ALTERNATIVAS:

    OBSERVAO DE

    advrbios; artigos; expresses restritivas, totalizantes, de nfase; formas verbais.

    EXEMPLIFICANDO

    TJ-AM ASSISTENTE JUDICIRIO FGV 2013

    Derrota da Censura

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.

    A deciso da Comisso de Constituio e Justia da Cmara de aprovar em carter conclusivo o projeto que autoriza a divulgao de imagens, escritos e informaes biogrficas de pessoas pblicas pode ser um marco na histria da liberdade de expresso no pas.At agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante publicao ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Cdigo Civil bate de frente com a Constituio, que veta a censura. S informaes avalizadas pelo biografado ou pela sua famlia podem ser mostradas. o imprio da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparncia, a troca de opinies. O brasileiro v estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimares Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inmeros filmes vetados por famlias que se julgam no direito de determinar o que pode ou no pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relao a jornais, rdios e televises.[....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens pblicos, seus polticos, seus artistas, no apenas atravs de denncias, mas tambm de interpretaes. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatrio; o mesmo acontecia com o documentrio de Glauber Rocha, tambm proibido, sobre Di Cavalcanti.[....] A alterao votada abre um leque extraordinrio ao desenvolvimento da produo cultural neste pas. Mais livros sero escritos, mais filmes sero realizados, mais trajetrias polticas e artsticas sero debatidas.

    Nelson Hoineff O Globo, 11/04/2013

    6. Ao dizer que o livro proibido sobre Roberto Carlos era laudatrio (l. 20), o autor do texto quer dizer que esse livro

    a) era imparcial na apresentao da biografia do cantor.b) estava acumulado de denncias contra o artista.c) destacava somente fatos religiosos da vida de Roberto Carlos. d) criticava de forma ofensiva alguns momentos da vida do biografado.e) centralizava suas atenes em elogios ao artista.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br16

    SUDENE AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2013

    Por que to difcil entender?

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.

    A crise que o pas atravessa desde a ecloso dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de nibus tm trs componentes articulados: A sociedade quer transporte, sade e educao de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e no recebe em troca servios pblicos altura. Simples assim. A sociedade no pediu nas ruas reforma poltica, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. A sociedade quer o fim da impunidade, pois est cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo corrupo de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando avies da FAB para passear e se criminosos esto soltos, alguns at ocupando cargos de liderana ou participando de comisses no Congresso. A sociedade quer estabilidade econmica: para a percepo do cidado comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia est saindo do controle. A percepo do aumento da inflao crescente em todas as classes sociais; em ltima anlise, este ser o fator determinante dos rumos da crise a mdio prazo, j que no h discurso ou propaganda que camufle a corroso do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas economia formal. Esses problemas no so de agora, nem responsabilidade exclusiva dos ltimos governos. Mas o que se espera de quem est no poder que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido dar respostas concretas e rpidas s demandas feitas nas ruas (e no s questes que ningum fez).

    Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013

    7. "...em ltima anlise, este ser o fator determinante dos rumos da crise a mdio prazo" (l. 15-16), a expresso "em ltima anlise" indica

    a) resumo.b) retificao.c) restrio.d) explicao.e) concluso.

    Anotaes:

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 17

    FBN ASSISTENTE ADMINISTRATIVO FGV 2012Biblioteca da infncia

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.37.38.39.40.41.42.43.44.45.

    Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua brincvamos com os vizinhos, corramos e apertvamos campainhas. Primeiro veio a grande notcia, uma 05.praa, onde era a caixa d'gua do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatrio Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficvamos sabendo de todas as notcias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!! Eu, j leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! ramos pobres, no viajvamos nas frias e, livros, eu s ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para alm das ruas do Bigorrilho. Hora do Conto, aulas de flauta, de cermica, o curso de Histria da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabea com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as referncias, no s literrias, que me acompanharam a vida toda! Eu lia dois livros por dia, no podia perder tempo, eram muitos. Emprestava um de manh, lia durante o almoo, em casa. tarde devolvia e logo pegava outro para a noite. A minha velocidade era outra. Eu passava minhas frias inteiras l! Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pblica do Paran, principalmente, mas a Franco Giglio me acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco, aquele momento emocionante me remeteu diretamente Roseli e suas aulas de arte.Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herana eu deixaria para eles, pensei: minha infncia dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que a minha leitura da Franco Giglio, minha homenagem biblioteca que me trouxe tanta alegria. E no longe da original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci. E, para alm da nostalgia de uma infncia em meio aos livros e cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infncias, proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixo pelos livros a muitas outras crianas! Passo quase todos os dias em frente Franco Giglio e observo o abandono. No incio achei que era por causa das obras da rua, mas logo se v que aquela casinha de sonhos, tombada, est jogada prpria sorte. No temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianas e cultura...Temos pessoas que cumprem seu horrio de trabalho. certo que o mundo mudou e as crianas no andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas so feitas em casa, na internet. Mas a vocao de encontro e de lazer desses espaos pblicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas, Casas de Leitura como so chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais de semana, com uma programao atraente, trazendo crianas e suas famlias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa: a convivncia com o mundo da cultura e a convivncia com outras pessoas.

    Cludia Serathiuk

  • www.acasadoconcurseiro.com.br18

    8. "Hora do Conto, aulas de flauta, de cermica, o curso de Histria da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabea com uma pintura de Arcimboldo". (l. 12-14)Abaixo est copiado um quadro de Arcimboldo, de que a autora se lembra, por ter sido um dos seus quadros motivo de um quebra-cabea.

    O quadro adequado para um quebra-cabea em razo da dificuldade de montagem, devido

    a) uniformidade de elementos.b) semelhana de formas.c) indefinio da imagem.d) falta de proporcionalidade.

    DETRAN-MA ASSISTENTE DE TRNSITO FGV 2013

    A EDUCAO NO TRNSITO

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.

    A comunicao uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos nmeros de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educao e conscientizao. Campanhas de mobilizao pelo uso de cinto de segurana, das prticas positivas na direo, da no utilizao de bebidas alcolicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, so comprovadamente eficientes. crescente a preocupao com o ensino dos princpios bsicos do trnsito desde a infncia e ele pode acontecer no espao escolar, com aulas especficas, ou tambm nos ambientes especialmente desenvolvidos para o pblico infantil nos departamentos de trnsito. Com a chegada do Cdigo Brasileiro de Trnsito-CBT, em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propsito de reeducao. Como se v, alguma coisa j vem sendo feita para reduzir o problema. Mas h muito mais a fazer. A experincia mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a populao, de forma peridica, da necessidade de obedecer a regras bsicas de trnsito, no so suficientes para frear veculos em alta velocidade e evitar infraes nos semforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicao de massa e fiscalizao. Um conjunto de aes foi responsvel por significativa queda no nmero de vtimas fatais do trnsito na cidade. O governo local, a partir da dcada de 1990, adotou uma srie de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientizao, foi adotado o controle eletrnico de velocidade e foi implementado o respeito s faixas de

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 19

    24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.

    pedestres. Essas providncias, associadas promulgao do novo Cdigo de Trnsito, levaram a uma expressiva reduo nos ndices de mortalidade por 10 mil veculos em Braslia - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse perodo, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veculos, o nmero de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002. Foi um processo polmico. O governo foi acusado de estar encabeando 30.uma indstria de multas, devido ao grande nmero de notificaes aplicadas. Reclamaes parte, o saldo das aes se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatsticas mostram que o problema voltou a se agravar. O nmero de vtimas fatais de acidentes no trnsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento o uso de lcool por motoristas.

    Pedro Ivo Alcntara. www.ipea.gov.br

    9. Como se v, alguma coisa j vem sendo feita para reduzir o problema. (l. 12) Assinale a alternativa cujo comentrio apresenta uma inadequao.

    a) como se v se refere a algo j escrito anteriormente.b) alguma coisa engloba campanhas educativas j realizadas.c) vem sendo feita indica aes que j comearam e continuam.d) reduzir significa que alguns problemas ainda permanecem.e) o problema aludido o do consumo de bebidas alcolicas.

    Geralmente, a alternativa correta (ou a mais vivel) construda por meio de palavras e de expresses abertas, isto , que apontam para possibilidades, hipteses: provavelmente, possvel, futuro do pretrito do indicativo, modo subjuntivo...

    EXEMPLIFICANDO

    SUDENE AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2013

    Por que to difcil entender?

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.

    A crise que o pas atravessa desde a ecloso dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de nibus tm trs componentes articulados: A sociedade quer transporte, sade e educao de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e no recebe em troca servios pblicos altura. Simples assim. A sociedade no pediu nas ruas reforma poltica, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. A sociedade quer o fim da impunidade, pois est cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo corrupo de pouco adianta se deputados e ministros continuam

  • www.acasadoconcurseiro.com.br20

    10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.

    usando avies da FAB para passear e se criminosos esto soltos, alguns at ocupando cargos de liderana ou participando de comisses no Congresso. A sociedade quer estabilidade econmica: para a percepo do cidado comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia est saindo do controle. A percepo do aumento da inflao crescente em todas as classes sociais; em ltima anlise, este ser o fator determinante dos rumos da crise a mdio prazo, j que no h discurso ou propaganda que camufle a corroso do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas economia formal. Esses problemas no so de agora, nem responsabilidade exclusiva dos ltimos governos. Mas o que se espera de quem est no poder que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido dar respostas concretas e rpidas s demandas feitas nas ruas (e no s questes que ningum fez).

    Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013

    10. "Por que to difcil entender?" O ttulo do texto uma pergunta dirigida

    a) ao governo federal.b) s autoridades em geral.c) aos polticos corruptos.d) aos participantes dos protestos.e) classe dos intelectuais.

    Marcas de textualidade: coeso, coerncia e intertextualidade.

    AS QUESTES PROPOSTAS

    Compreenso do texto: resposta correta = parfrase textual.

    e

    Inferncia

    Observe a seguinte frase:

    A gua voltou. J podemos lavar a roupa.

    Nela, o falante transmite duas informaes de maneira explcita:

    a) que a gua voltou;b) que a roupa pode ser lavada.

    Ao utilizar a forma verbal voltou e o advrbio j, comunica tambm, de modo implcito, que havia faltado gua e que havia roupa suja.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 21

    INFERNCIA = ideias implcitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expresses contidas na frase.

    Enunciados = Infere-se, Deduz-se, Depreende-se, etc.

    EXEMPLIFICANDO

    SUDENE AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2013

    Por que to difcil entender?

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.

    A crise que o pas atravessa desde a ecloso dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de nibus tm trs componentes articulados: A sociedade quer transporte, sade e educao de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e no recebe em troca servios pblicos altura. Simples assim. A sociedade no pediu nas ruas reforma poltica, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. A sociedade quer o fim da impunidade, pois est cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo corrupo de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando avies da FAB para passear e se criminosos esto soltos, alguns at ocupando cargos de liderana ou participando de comisses no Congresso. A sociedade quer estabilidade econmica: para a percepo do cidado comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia est saindo do controle. A percepo do aumento da inflao crescente em todas as classes sociais; em ltima anlise, este ser o fator determinante dos rumos da crise a mdio prazo, j que no h discurso ou propaganda que camufle a corroso do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas economia formal. Esses problemas no so de agora, nem responsabilidade exclusiva dos ltimos governos. Mas o que se espera de quem est no poder que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido dar respostas concretas e rpidas s demandas feitas nas ruas (e no s questes que ningum fez).

    Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013

    11. "A sociedade quer transporte, sade e educao de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e no recebe em troca servios pblicos altura. Simples assim. A sociedade no pediu nas ruas reforma poltica, nem plebiscito para eliminar suplente de senador". (l. 03-06) Com esse segmento do texto, o autor defende a ideia de que

    a) as passeatas sofreram desvios por conta de grupos polticos que se sentiram ameaados.b) os motivos que geraram os protestos de rua vo muito alm da simples solicitao de

    melhoria nos transportes pblicos.c) a sociedade deseja simplesmente a realizao do bvio, ou seja, servios pblicos altura

    dos impostos pagos.d) a reforma poltica e o plebiscito para eliminar suplente de senador so solicitaes eternas

    da classe poltica, mas no da populao.e) a no satisfao com os servios pblicos que levou a populao a outras solicitaes de

    carter poltico.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br22

    EXTRATEXTUALIDADE

    A questo formulada por meio do texto no se restringe ao universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo.

    EXEMPLIFICANDO

    TJ-AM ASSISTENTE JUDICIRIO FGV 2013

    Derrota da Censura

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.

    A deciso da Comisso de Constituio e Justia da Cmara de aprovar em carter conclusivo o projeto que autoriza a divulgao de imagens, escritos e informaes biogrficas de pessoas pblicas pode ser um marco na histria da liberdade de expresso no pas. At agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante publicao ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Cdigo Civil bate de frente com a Constituio, que veta a censura. S informaes avalizadas pelo biografado ou pela sua famlia podem ser mostradas. o imprio da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparncia, a troca de opinies. O brasileiro v estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimares Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inmeros filmes vetados por famlias que se julgam no direito de determinar o que pode ou no pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relao a jornais, rdios e televises.[....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens pblicos, seus polticos, seus artistas, no apenas atravs de denncias, mas tambm de interpretaes. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatrio; o mesmo acontecia com o documentrio de Glauber Rocha, tambm proibido, sobre Di Cavalcanti.[....] A alterao votada abre um leque extraordinrio ao desenvolvimento da produo cultural neste pas. Mais livros sero escritos, mais filmes sero realizados, mais trajetrias polticas e artsticas sero debatidas.

    Nelson Hoineff O Globo, 11/04/2013

    12. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relao a jornais, rdios e televiso. (l. 15-16). A finalidade da comparao no segmento do texto a de

    a) recordar as grandes injustias do regime militar. b) comparar dois momentos diferentes de nossa histria. c) condenar a censura no regime militar. d) elogiar certas medidas duras, mas indispensveis.e) criticar a posio de algumas famlias de biografados.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 23

    COESO E COERNCIAA coeso consiste na expresso formal das conexes de sentido que ligam entre si as partes de um texto. O uso adequado dos articuladores (conjunes, pronomes, preposies, formas verbais, sinais de pontuao...) garantem a coeso entre as partes de um texto.

    A coerncia consiste na relao lgica e harmnica entre as ideias expostas em um texto. A lgica interna entre argumentos, ideias, aes etc., ausncia de contradies ou paradoxos entre eles garante a coerncia textual.

    EXEMPLIFICANDO

    CAERN AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2010

    O futuro das cidades verde

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.

    Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhes de pessoas em reas urbanas - o que corresponde a 51% da populao mundial, contra 49% de habitantes de reas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalpoles ao longo do sculo XX, essa inverso ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenmeno consolidou-se j na dcada de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhes de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espao, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas a pergunta do momento. Durante o ms de maro, o Brasil transforma-se em sede de trs eventos que pretendem respond-la. A Conferncia Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqncia, acontecem a Conferncia Latino- Americana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguau (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renovveis, Eficincia Energtica e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 o americano Marc Weiss, presidente da organizao Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio nossa frente gerar crescimento econmico sustentvel e qualidade de vida para todos em todos os lugares. "Com uma combinao de inovao tecnolgica e uma elevada eficincia, as cidades podero gerar uma expanso substancial de negcios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui no mera coincidncia. O Pas vem se tornando protagonista no combate s mudanas climticas, principalmente depois da Conferncia do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasio, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de reduo de emisses de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentrao de automveis em centros urbanos. "O Brasil est se tornando um lder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padro de desenvolvimento urbano e industrial sustentvel", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentvel poltica de governo em algumas cidades, e no apenas um conjunto de medidas

  • www.acasadoconcurseiro.com.br24

    34.35.36.37.38.39.40.41.42.43.44.45.46.47.48.49.50.51.52.53.54.

    dirigidas a questes pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para Amrica Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malm e Vxjo (as duas na Sucia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas tm em comum a nfase no uso de energias renovveis, como a solar, o biogs e a elica", afirma. H quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritrio Gale International est construindo - em parceria com a gigante de tecnologia Cisco - a cidade mais sustentvel do mundo. Nova Songdo, na Coria do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contar com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na ndia nos prximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho so os eventos esportivos que o Pas vai sediar nos prximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olmpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma srie de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de gua, economia de energia e transportes que usem combustvel de forma racional so algumas delas. Mesmo que no houvesse essa obrigatoriedade, at l j viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo ter uma nova poltica de emisses de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedio da Rio-92. A bola est conosco.

    Andr Julio. Isto, ed. 2105, maro de 2010, com adaptaes

    13. Para apresentar e desenvolver sua mensagem, o texto s NO faz uso de

    a) referncia a rgos de credibilidade.b) dados estatsticos.c) trajetria histrica.d) oposio de ideias.e) citaes diretas e indiretas.

    Charge para a questo 14.

    Senado Federal Administrao-Tcnico Legislativo FGV 2012

    14. Com base na anlise do quadrinho, a lgica do peixe se perdeu

    a) no 1 quadrinho.b) no 3 quadrinho.c) no 5 quadrinho.d) no 4 quadrinho.e) no 2 quadrinho.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 25

    Gneros e tipos textuais: caractersticas distintivas.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Narrao: modalidade na qual se contam um ou mais fatos fictcio ou no - que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. H uma relao de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado.

    Descrio: a modalidade na qual se apontam as caractersticas que compem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

    Argumentao: modalidade na qual se expem ideias e opinies gerais, seguidas da apresentao de argumentos que as defendam e comprovem.

    Exposio: apresenta informaes sobre assuntos, expe ideias, explica e avalia e reflete No faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento caracterstico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtm-se o que conhecemos por relato.

    Injuno: indica como realizar uma ao. Tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos so, na sua maioria, exprimem ordem, solicitao, pedido. Os pronomes, geralmente, so os da segunda pessoa do discurso.

    EXEMPLIFICANDO

    CAERN AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2010

    O futuro das cidades verde

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.

    Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhes de pessoas em reas urbanas - o que corresponde a 51% da populao mundial, contra 49% de habitantes de reas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalpoles ao longo do sculo XX, essa inverso ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenmeno consolidou-se j na dcada de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhes de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espao, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas a pergunta do momento. Durante o ms de maro, o Brasil transforma-se em sede de trs eventos que pretendem respond-la. A Conferncia Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqncia, acontecem a Conferncia Latino- Americana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguau (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renovveis, Eficincia Energtica e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 o americano Marc Weiss, presidente da organizao Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio nossa frente gerar crescimento econmico sustentvel e qualidade de vida para todos em todos os

  • www.acasadoconcurseiro.com.br26

    21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.37.38.39.40.41.42.43.44.45.46.47.48.49.50.51.52.53.54.

    lugares. "Com uma combinao de inovao tecnolgica e uma elevada eficincia, as cidades podero gerar uma expanso substancial de negcios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui no mera coincidncia. O Pas vem se tornando protagonista no combate s mudanas climticas, principalmente depois da Conferncia do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasio, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de reduo de emisses de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentrao de automveis em centros urbanos. "O Brasil est se tornando um lder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padro de desenvolvimento urbano e industrial sustentvel", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentvel poltica de governo em algumas cidades, e no apenas um conjunto de medidas dirigidas a questes pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para Amrica Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malm e Vxjo (as duas na Sucia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas tm em comum a nfase no uso de energias renovveis, como a solar, o biogs e a elica", afirma. H quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritrio Gale International est construindo - em parceria com a gigante de tecnologia Cisco a cidade mais sustentvel do mundo. Nova Songdo, na Coria do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contar com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na ndia nos prximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho so os eventos esportivos que o Pas vai sediar nos prximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olmpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma srie de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de gua, economia de energia e transportes que usem combustvel de forma racional so algumas delas. Mesmo que no houvesse essa obrigatoriedade, at l j viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo ter uma nova poltica de emisses de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedio da Rio-92. A bola est conosco.

    Andr Julio. Isto, ed. 2105, maro de 2010, com adaptaes

    15. Quanto sua tipologia, o texto deve ser classificado comoa) narrativo.b) descritivo.c) injuntivo.d) oratrio.e) dissertativo.

    16. POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    Uma receita de bolinhos de banana, retirada da Internet, diz o seguinte: Amasse a banana, misture a farinha, acar, ovo e o fermento. Se a massa ficar dura, coloque um pouco de leite. Frite s colheradas em leo quente e jogue acar com canela por cima.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 27

    Esse tipo de texto denomina-se instrucional ou procedural.

    A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

    I Apresentao de uma srie de aes em sequncia de realizao.

    II A numerao de ingredientes a serem acrescentados em ordem cronolgica.

    III Emprego de imperativos com sentido de ordem a ser cumprida.

    Assinale

    a) se apenas a afirmativa I for adequada ao texto.b) se apenas as afirmativas I e II forem adequadas ao texto.c) se apenas as afirmativas I e III forem adequadas ao texto.d) se apenas as afirmativas II e III forem adequadas ao texto.e) se todas as afirmativas forem adequadas ao texto.

    17. POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    Observe o texto a seguir, que serve de apresentao de uma figura pblica a ser entrevistada por Veja:

    Aos 51 anos, o mdico paulista Geraldo Medeiros um dos endocrinologistas brasileiros de maior e mais duradouro sucesso. Numa especialidade em que o prestgio dos profissionais oscila conforme a moda, h trs dcadas ele mantm sua fama em ascendncia. Em seu consultrio de 242m2, na elegante regio dos Jardins, uma das mais exclusivas de So Paulo, Medeiros guarda as fichas de 32.600 clientes que j atendeu.

    Assinale a alternativa que indica a observao correta sobre o gnero textual desse fragmento.

    a) Texto informativo de estrutura dissertativa, pois discute valores sociais de determinado personagem.

    b) Texto publicitrio de estrutura narrativa, pois apresenta dados em sequncia cronolgica.c) Texto jornalstico de estrutura descritiva, pois informa uma srie de aes que montam a

    imagem do entrevistado.d) Texto informativo de estrutura descritiva, pois identifica, localiza e qualifica a pessoa a ser

    entrevistada.e) Texto jornalstico de estrutura dissertativa, pois apresenta e discute valores do entrevistado.

    Anotaes:

  • www.acasadoconcurseiro.com.br28

    18. POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    Fevereiro de 1876. O falido rei d. Lus I vasculha os cofres portugueses procura de joias e outras peas de valor que possam ser vendidas para pagar dvidas. Na busca, ele encontra uma pepita de ouro de pouco mais de 20 quilos, do tamanho de um melo. Esquecida por dcadas nos Tesouros Reais, a pedra retirada de solo brasileiro o ltimo remanescente de uma poca de riqueza incalculvel para o velho imprio lusitano.

    No fragmento acima, retirado do livro Boa ventura a corrida de ouro no Brasil (1697-1810), de Lucas Figueiredo, h uma parte inicial do modo de organizao narrativa. Sobre esse segmento narrativo pode-se dizer que

    a) h um erro na escolha dos tempos verbais, pois, aps localizar o fato narrado em 1876, o narrador emprega o presente do indicativo em vasculha, encontra.

    b) o narrador adota o ponto de vista de um personagem participante da ao a fim de dar mais dinamismo e interesse aos fatos narrados.

    c) a indicao de localizao espacial e temporal dos fatos narrados procura dar mais verossimilhana ao que relatado.

    d) a informao do tamanho imenso da pepita de ouro encontrada tem a funo de inserir a narrativa no terreno do realismo fantstico.

    e) as aes praticadas pelo personagem d. Lus no tm sua finalidade explicitada pelo narrador, mas ela pode ser inferida pelo contexto.

    19. POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    No caderno de O Globo dedicado informao e venda de veculos, h uma descrio de um automvel UNO, em 13-07 2011, que diz O UNO duas portas indicado para pessoas solteiras ou casais sem filhos: o acesso ao banco traseiro limitado e exige pacincia. O acabamento honesto, mas h poucos equipamentos de srie.

    Considerando-se o contexto em que o texto foi produzido, pode se afirmar que o texto

    a) apresenta uma descrio incentivadora da compra do veculo comentado.b) realiza uma seleo exclusivamente negativa dos aspectos do carro.c) ressalta os aspectos do veculo que so do interesse do seu fabricante.d) mostra iseno ao indicar aspectos negativos e positivos do UNO.e) indica o veculo como ideal para determinado tipo de pblico.

    Anotaes:

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 29

    GNEROS TEXTUAIS

    EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, no assinado, no qual o autor (ou autores) no expressa a sua opinio, mas revela o ponto de vista da instituio. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinio pblica acerca de determinado tema, dirigindo-se (explcita ou implicitamente) s autoridades, a fim de cobrar-lhes solues.

    EXEMPLIFICANDO

    POLCIA MILITAR-MA SOLDADO BOMBEIRO FGV 2012

    OAB: reforma do Cdigo Penal um retrocesso na democracia do pas

    O anteprojeto de reforma do Cdigo Penal, elaborado de modo aodado por uma comisso de juristas, atualmente em fase de tramitao no Senado Federal, vai representar um retrocesso para a democracia brasileira. A afirmao do presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, que promove amanh (31), na sede da entidade, a segunda etapa do seminrio sobre a reforma do Cdigo Penal. O Brasil possui a quarta populao carcerria do mundo e um dficit de 200 mil vagas nos estabelecimentos prisionais.

    Segundo Damous, no h dvida de que o Cdigo Penal brasileiro, em vigor desde 1942 e inspirado no cdigo da Itlia fascista de Mussolini merece ser reformado. A questo : como deve ser feita a reforma? Quais condutas merecem ser criminalizadas? Que polticas criminais e penitencirias nosso pas deve adotar? Com o desafio de unificar em um nico cdigo toda a legislao penal aprovada nas ltimas dcadas, a comisso no teve tempo de incorporar propostas da sociedade, tampouco de especialistas em Direito criminal.

    No anteprojeto a comisso de juristas - disse - chegou a aumentar penas e dificultar a concesso de benefcios aos que j esto presos, alm de considerar, equivocadamente, que a priso pode ser a soluo para todos os males. No entanto, segundo ele, h algo de bom no atual debate: a proposta de reforma do Cdigo Penal trouxe tona para discusso temas considerados tabus e h muito evitados: aborto, eutansia e prostituio.

    O presidente da OAB acentuou que so temas impregnados de preconceitos e que precisam ser discutidos de modo multidisciplinar. Todos estes temas sero analisados em evento que acontecer na sede da OAB-RJ amanh (31) e no prximo dia 7, sempre a partir de 9h30. A entrada franca no auditrio "Ministro Evandro Lins e Silva" e vo participar dos debates juristas, mdicos, psiclogos e lderes sociais.

    Jornal do Brasil. 30/10/2012

    20. O ttulo do texto funciona como

    a) uma concluso do que exposto no texto.b) uma antecipao do contedo textual.c) um convite para um evento da OAB-RJ.d) um ponto de atrao da curiosidade do leitor.e) um resumo de toda a mensagem do texto.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br30

    NOTCIAS: so autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo to somente o de informar, no o de convencer.

    EXEMPLIFICANDO

    POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    Ela j uma realidade que ultrapassou as fronteiras da Internet. Agora, a preocupao de como est sendo usada e at que ponto pode influenciar no aprendizado e na comunicao entre as pessoas. Trata-se da linguagem conhecida como internets, que surgiu entre os usurios de chats de conversao, blogs (dirios virtuais) e ICQ (programa de comunicao). S o tempo ir dizer quais os riscos que o internets pode provocar na Lngua Portuguesa padro. Mas uma coisa certa: do ponto de vista lingustico, essa linguagem no oferece nenhum perigo, assegura a professora Sylvia Bittencourt, de Lngua Portuguesa e de Literatura. Especialista na matria, a professora questiona, na realidade, o uso do internets como nica opo de linguagem. "Isso sim preocupante. O perigo est no seu uso limitado e no prprio usurio - adolescente ou no - que s se dedique a escrever e se comunicar desse modo, em tudo na sua vida".

    http://www.novomilenio.inf.br/idioma/20050530htm

    21. Segundo a especialista, o perigo do internets est em desrespeito a um princpio bsico do uso adequado de linguagem, que

    a) em qualquer situao comunicativa deve-se privilegiar a norma culta.b) nos textos indispensvel a utilizao de uma linguagem mais moderna.c) as situaes comunicativas determinam o tipo de linguagem adequada.d) a necessidade de cuidado com o idioma deve ser respeitada.e) nos textos informais deve-se evitar vocbulos eruditos e correo.

    BREVE ENSAIO: autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinio. Geralmente, aborda assuntos universais.

    EXEMPLIFICANDO

    POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    Um parasita do afeto humano

    Quando o meio ambiente se modifica, os seres vivos incapazes de se adaptar a ele se extinguem. Por esse motivo, as estratgias utilizadas pelos animais para sobreviver em nossos ambientes so muito estudadas pelos bilogos. Meu exemplo favorito uma espcie que desenvolveu a capacidade de explorar a aptido humana para dar e receber afeto. Utilizando sua capacidade de parasitar nossa mente, esse animal conseguiu garantir a sobrevivncia de sua espcie. Como todo parasita, foi obrigado a abrir mo de sua liberdade, mas valeu a pena: da maneira como o homem vem alterando o planeta, quase certo que essa espcie ser a ltima do seu grupo a se extinguir, pois associou definitivamente seu destino ao do homem. Trata-se do co.

    Fernando Reinach, A longa marcha dos grilos canibais, Cia das Letras, SP, 2010

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 31

    22. Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de

    a) descrever e fornecer orientaes sobre como tratar os ces.b) narrar a vida de quem possui animais de estimao.c) aconselhar os donos de ces a evitar proximidade exagerada com os ces.d) expor de forma geral as estratgias de sobrevivncia animal. e) destacar uma especificidade nas estratgias de sobrevivncia animal.

    CRNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer crticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto predominantemente coloquial.

    EXEMPLIFICANDO

    Nossa Misso

    Voc e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa misso transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espcie e dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou decorrncia ou passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos frteis s o prlogo e o eplogo. Se a natureza quisesse otimizar seus mtodos, j nasceramos pberes e morreramos assim que nossos filhos, que nasceriam tambm pberes, pudessem criar seus filhos (pberes) sem a ajuda dos avs. Daria, no total, a uns 35, 40 anos de vida, e adeus. O que resolveria a questo demogrfica do planeta e, claro, os problemas da Previdncia. Mas a Natureza nos d o resto da vida a infncia e a velhice e todos os prazeres extrarreprodutivos do mundo, inclusive os sexuais como brinde. Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaborao. A laranjeira no existe para dar laranja, existe para produzir e espalha sua prpria semente. A fruta no o objetivo da planta frutfera, o que ela usa para carregar suas sementes, o seu estratagema. Agradecer laranjeira pela laranja no entend-la. Ela no sabe do que ns estamos falando. Suco? Doura? Vitamina C? Eu?! Voc e eu ficamos a especulando sobre o que a vida quer de ns, e s oque a vida quer continuar. Seja em ns e na nossa prole, seja na minhoca e na sua. Nossa misso, nossa explicao, a mesma do rinoceronte e da anmona. Estamos aqui para fazer outros iguais a ns. Isto que chamamos, carinhosamente, de eu, com suas peculiaridades e sua biografia nica, no mais do que uma laranja personalizada. Um estratagema da Natureza, a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuao da vida. Enfim, um grande mal-entendido. E os que passam pelo mundo sem se reproduzir? So caronas. Mas ganham o brinde da vida assim mesmo. A Natureza no discrimina.

    VERSSIMO, Luis Fernando. O Globo, 22/09/2013

    23. O segmento sem qualquer trao de coloquialidade ou oralidade

    a) Nossa misso transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espcie e dar o fora. b) Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou decorrncia ou

    passatempo.c) Daria, no total, a uns 35, 40 anos de vida, e adeus.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br32

    d) O que resolveria a questo demogrfica do planeta e, claro, os problemas da Previdncia.e) Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaborao.

    PEA PUBLICITRIA: a propaganda um modo especfico de apresentar informao sobre produto, marca, empresa, ideia ou poltica, visando a influenciar a atitude de uma audincia em relao a uma causa, posio ou atuao. A propaganda comercial chamada, tambm, de publicidade. Ao contrrio da busca de imparcialidade na comunicao, a propaganda apresenta informaes com o objetivo principal de influenciar uma audincia. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omisso) para encorajar determinadas concluses, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e no racional informao apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos no verbais para reforar a mensagem.

    EXEMPLIFICANDO

    POLCIA MILITAR-MA SOLDADO BOMBEIRO FGV 2012

    24. A Assembleia Legislativa do Maranho promoveu audincia pblica sobre violncia e o extermnio de jovens no Brasil e no Maranho; o cartaz da campanha encontra-se copiado abaixo.

    Em relao ao cartaz, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Como a mo representada no cartaz aparece, no original, em cor vermelha, h nela uma referncia a sangue.

    b) A representao da mo espalmada indica uma solicitao de interrupo da violncia.c) O extermnio de jovens est includo entre crimes mais graves e no entre casos de

    violncia.d) A violncia e o extermnio de jovens so os objetivos da condenao da campanha.e) Os vrios nomes de pessoas colocados no cartaz devem representar casos de violncia j

    ocorridos.

    Anotaes:

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 33

    CHARGE: um estilo de ilustrao que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traos do carter de algum ou de algo para torn-lo burlesco. Apesar de ser confundida com cartum, considerada totalmente diferente: ao contrrio da charge, que tece uma crtica contundente, o cartum retrata situaes mais corriqueiras da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge uma crtica poltico-social mediante o artista expressa graficamente sua viso sobre determinadas situaes cotidianas por meio do humor e da stira.

    EXEMPLIFICANDOPOLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    25. Analise a charge publicada em julho de 2011 por Mariosan-GO.

    Ttulo: Desvio de verbas pblicasFala 1: Vocs precisam parar com essa droga de vcio.

    Fala 2: No, no, no. Para compreenso de seu amplo significado, analise as informaes a seguir.

    I A cantora inglesa Amy Winehouse, cuja morte foi atribuda ao consumo de drogas, interpretava uma cano que possua a frase no, no, no como uma espcie de refro. II A crise de corrupo no Ministrio dos Transportes que levou demisso de um grande nmero de altos executivos do Ministrio. III O grande nmero de passeatas de protesto contra a corrupo, comandada por donas de casa. IV A liberao de movimentos como a Passeata da Maconha com a justificativa da liberdade de expresso. Assinale

    a) se apenas I e II so suficientes para a compreenso da charge.b) se apenas I e III so suficientes para a compreenso da charge.c) se apenas I e IV so suficientes para a compreenso da charge.d) se apenas II e III so suficientes para a compreenso da charge.e) se apenas II e IV so suficientes para a compreenso da charge.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br34

    POLCIA MILITAR-MA SOLDADO BOMBEIRO FGV 2012

    26. Observe a charge a seguir.

    A crtica presente na charge se dirige principalmente

    a) alta faixa etria dos policiais.b) reduzida remunerao dada aos agentes da lei.c) baixa instruo dos agentes da lei.d) m assistncia prestada aos funcionrios.e) tecnologia atrasada dos aparatos de segurana.

    TABELA

    POLCIA MILITAR-MA SOLDADO BOMBEIRO FGV 2012

    27. Observe o grfico a seguir.

    O grfico acima representa a estatstica de crimes no estado do Rio de Janeiro, de 1991 a 2007; da observao do grfico depreende-se que

    a) nos anos mpares ocorre sempre menor nmero de ocorrncias criminosas.b) o nmero de ocorrncias policiais segue um parmetro bastante irregular.c) a quantidade de crimes acompanha sempre o aumento da populao no Rio de Janeiro.d) as medies dos ltimos anos representados no grfico foram mais bem feitas.e) a tendncia no Rio de Janeiro a progressiva reduo de crimes.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 35

    TEXTOS LITERRIOS

    DETRAN-RS ANALISTA DE SUPORTE FGV - 2010

    Contar muito dificultoso. No pelos anos que j se passaram. Mas pela astcia que tm certas coisas passadas de fazer balanc, de se remexerem dos lugares. A lembrana da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, s mesmo sendo coisas de rasa importncia. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade uma espcie de velhice. Talvez, ento, a melhor coisa seria contar a infncia no como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexo que lhe d sentido, princpio, meio e fim, mas como um lbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memria se encontram as coisas eternas, que permanecem...

    Guimares Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139

    28. Pelo sentido do texto, a palavra lembrana em A lembrana da vida da gente... pode ser substituda, sem alterao do sentido, por

    a) memria.b) inspirao.c) recomendao.d) direo.e) meta.

    CODEBA ATA FGV 2010

    Baianidade Nag

    J pintou veroCalor no coraoA festa vai comearSalvador se agitaNuma s alegriaEternos Dod e Osmar

    Na avenida SeteDa paz eu sou tieteNa barra o Farol a brilharCarnaval na BahiaOitava maravilhaNunca irei te deixar, meu amorEu vouAtrs do trio eltrico vou Danar ao negro toque do agog Curtindo minha baianidade nag

  • www.acasadoconcurseiro.com.br36

    Eu queriaQue essa fantasia fosse eternaQuem sabe um diaA Paz vence a guerraE viver ser s festejar

    Evandro Rodriguez

    29. A respeito da produo de sentidos do texto, analise as afirmativas a seguir.

    I A cano aponta uma mensagem de paz no cenrio do Carnaval de Salvador.

    II Ocorre uma crtica ao cenrio de guerra em que costumam se transformar as manifestaes carnavalescas de massa e em locais pblicos.

    III O texto destaca as razes negras da musicalidade baiana como elemento de identidade cultural.

    Assinale

    a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.b) se todas as afirmativas estiverem corretas.c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.e) se nenhuma afirmativa estiver correta.

    Anotaes:

    QUADRINHOS: hipergnero, que agrega diferentes outros gneros, cada um com suas peculiaridades.

    EXEMPLIFICANDO

    Senado Federal Administrao-Tcnico Legislativo FGV 2012

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 37

    30. Com base na compreenso e interpretao da tirinha, analise as afirmativas a seguir.

    I O humor da tirinha reside na substituio semntica do figurado pelo literal.

    II O humor da tirinha s possvel na associao do texto com a imagem.

    III S h humor na tirinha se se levar em conta a redundncia do 3 quadrinho.

    Assinale

    a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.b) se todas as afirmativas estiverem corretas.c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.d) se nenhuma afirmativa estiver correta.e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    SEMNTICA

    SINONMIA E ANTONMIA

    Sinnimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

    Porm os sinnimos podem ser

    perfeitos: significado absolutamente igual, o que no muito frequente.

    Ex.: morte = falecimento / idoso = ancio

    imperfeitos: o significado das palavras apenas semelhante.

    Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio

    Antnimos: palavras que possuem significados opostos, contrrios. Pode originar-se do acrscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

    Exemplos:

    mal X bem

    ausncia X presena

    fraco X forte

    claro X escuro

    subir X descer

    cheio X vazio

    possvel X impossvel

    simptico X antiptico

  • www.acasadoconcurseiro.com.br38

    EXEMPLIFICANDO

    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MA AGENTE LEGISLATIVO FGV 2013

    A empregada foi embora

    Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio sculo, em nosso pas s as empregadas domsticas enfrentavam: como viver sem empregada, esse personagem que dentro de casa, serve como amortecedor s tenses entre homens e mulheres confrontados s exigncias do cotidiano de uma famlia. Quem faz o qu na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um nem outro. A resposta simples: a empregada, a bab, a cuidadora. Por vezes as trs tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salrios, jornadas infindveis, condies de alojamento deplorveis, essa sequela da escravido exigia uma abolio. A lei bem-vinda. Abre uma dinmica de transformao da sociedade que ainda no est visvel em todas a sua profundidade e cujos desdobramentos vo muito alm dos muros da casa. Vai interpelar, para alm do oramento das famlias, as contas pblicas e a organizao do tempo nas empresas.

    Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.

    31. Abre uma dinmica de transformao da sociedade que ainda no est visvel em toda a sua profundidade e cujos desdobramentos vo muito alm dos muros da casa. Vai interpelar, para alm do oramento das famlias, as contas pblicas e a organizao do tempo nas empresas.

    Assinale a alternativa cujo sinnimo da palavra sublinhada nesse fragmento do texto est corretamente indicado.

    a) Dinmica / fora.b) Transformao / progresso.c) Sociedade / empresa. d) Desdobramentos / implicaes.e) Interpelar / condenar.

    Anotaes:

    HIPONMIA E HIPERONMIA

    Observe este enunciado:

    Fomos feira e compramos ma, banana, abacaxi, melo... Estavam baratas, pois so frutas da estao.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 39

    Hiperonmia (frutas) = como o prprio prefixo indica, confere ideia de todo; do todo se originam ramificaes.

    Hiponmia = (ma, banana, abacaxi, melo) o oposto de hiperonmia; cada parte, cada item de um todo.

    EXEMPLIFICANDO

    32. Na tira de Mafalda, encontram-se as palavras gente e pessoas para designar a mesma realidade. Considerando o contexto em que foi produzido o discurso e as relaes de sentido criadas a parrtir dele, podemos inferir que gente representa um conceito mais amplo e que pessoas representa um conceito mais restrito, particularizado. Na relao entre essas duas palavras, no contexto da tira, h, pois, respectivamente, uma ocorrncia de

    a) denotao / conotao.b) hiperonmia / hiponmia.c) sinonmia / antonmia.d) homonmia / paronmia.e) singularidade / pluralidade.

    33. POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    A feio deles serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. No fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso tm tanta inocncia como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beios de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mo travessa, da grossura dum fuso de algodo, agudos na ponta como furador. Metem-nos pela parte de dentro do beio; e a parte que lhes fica entre o beio e os dentes feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que no os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.

    Esse um fragmento da Carta de Pero Vaz Caminha, em que dava notcia do descobrimento do Brasil ao rei de Portugal, descrevendo os ndios da nova terra. Para fazer a descrio de coisas surpreendentemente novas, Pero Vaz Caminha apela para

    a) comparaes com as realidades do mundo europeu.b) vocbulos inexistentes na lngua portuguesa de ento.c) hipernimos, vocbulos de sentido muito amplo.d) sinnimos mais cultos, j que a carta era dirigida ao rei.e) vrios eufemismos a fim de reduzir a rudeza da cena.

  • www.acasadoconcurseiro.com.br40

    PARNIMOS e HOMNIMOS

    Parnimos palavras que so muito parecidas na escrita ou na pronncia, porm apresentam significados diferentes.

    Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) Ao invs de (oposto) / Em vez de (no lugar de)

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)

    apstrofe (figura de linguagem) apstrofo (sinal grfico)

    aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

    arrear (pr arreios) arriar (descer, cair)

    ascenso (subida) assuno (elevao a um cargo)

    bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

    cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

    comprimento (extenso) cumprimento (saudao)

    deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

    delatar (denunciar) dilatar (alargar)

    descrio (ato de descrever) discrio (reserva, prudncia)

    descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

    despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar)

    docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

    emigrar (deixar um pas) imigrar (entrar num pas)

    eminncia (elevado) iminncia (qualidade do que est iminente)

    eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

    esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

    estada (permanncia em um lugar) estadia (permanncia temporria em um lugar)

    flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

    fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

    fusvel (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)

    imergir (afundar) emergir (vir tona)

    inflao (alta dos preos) infrao (violao)

    infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)

    mandado (ordem judicial) mandato (procurao)

    peo (aquele que anda a p, domador de cavalos) pio (tipo de brinquedo)

    precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 41

    ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

    recrear (divertir) recriar (criar novamente)

    soar (produzir som) suar (transpirar)

    sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

    sustar (suspender) suster (sustentar)

    trfego (trnsito) trfico (comrcio ilegal)

    vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

    Homnimos palavras que so iguais na escrita e/ou na pronncia, porm tm significados diferentes.Homnimos perfeitos so palavras diferentes no sentido, mas idnticas na escrita e na pronncia.

    So Jorge / So vrias as causas / Homem so

    Homnimos homgrafos tm a mesma escrita, porm diferente pronncia na abertura da vogal tnica o / e.

    O molho / Eu molhoA colher / Vou colher

    Homnimos homfonos tm a mesma pronncia, mas escrita diferente.

    Aprear = combinar o preo de / Apressar = tornar mais rpidoAcender = pr fogo / Ascender = subir

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    Acento Inflexo da voz; sinal grfico Assento Lugar onde a gente se assenta

    Antic(p)tico Oposto aos cticos Antiss(p)tico Desinfetante

    Caar Perseguir a caa Cassar Anular

    C(p)tico Que ou quem duvida S(p)tico Que causa infeco

    Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura

    Celeiro Depsito de provises Seleiro Fabricante de selas

    Censo Recenseamento Senso Juzo claro

    Cerrao Nevoeiro espesso Serrao Ato de serrar

    Cerrar Fechar Serrar Cortar

    Cilcio Cinto para penitncias Silcio Elemento qumico

    Crio Vela grande de cera Srio da Sria

    Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar

  • www.acasadoconcurseiro.com.br42

    Empoar Formar poa Empossar Dar posse a

    Incerto Duvidoso Inserto Inserido, includo

    Incipiente Principiante Insipiente Ignorante

    Inteno ou teno Propsito

    Intenso ou tenso Intensidade

    Intercesso Rogo, splica Interse(c)o Ponto em que duas linhas se cortam

    Lao Laada Lasso Cansado

    Maa Clava Massa Pasta

    Pao Palcio Passo Passada

    Ruo Pardacento; grisalho Russo Natural da Rssia

    Cesta Recipiente de vime, palha ou outro material tranado Sexta Dia da semana; numeral ordinal (fem.)

    Cesso = doao, anuncia Se(c)co = diviso, setor, departamento Sesso = reunio

    EXEMPLIFICANDO

    34. Assinale a alternativa correta, considerando que direita de cada palavra h uma expresso sinnima.

    a) emergir = vir tona; imergir = mergulharb) emigrar = entrar (no pas); imigrar = sair (do pas)c) delatar = expandir; dilatar = denunciard) deferir = diferenciar; diferir = concedere) dispensa = cmodo; despensa = desobrigao

    35. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaos das frases abaixo.

    Quem possui deficincia auditiva no consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje so muitos os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do presdio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

    a) discriminar trfico infligiub) discriminar trfico infringiuc) descriminar trfego infringiud) descriminar trfego infligiue) descriminar trfico infringiu

    36. Leia as frases abaixo.

    1 Assisti ao ________ do bal Bolshoi.2 Daqui ______ pouco vo dizer que ______ vida em Marte.3 As _________ da cmara so verdadeiros programas de humor.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 43

    4 ___________ dias que no falo com Zambeli.Escolha a alternativa que oferece a sequncia correta de vocbulos para as lacunas existentes.

    a) concerto h a cesses H.b) conserto a h sesses H.c) concerto a h sees A. d) concerto a h sesses H.e) conserto h a sesses A.

    37. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).

    Pedro e Joo ____ entraram em casa, perceberam que as coisas no iam bem, pois sua irm caula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas frias; _____ seus dois irmos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.

    a) mau mal mais masb) mal mal mais maisc) mal mau mas maisd) mal mau mas mase) mau mau mas mais

    38. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parnteses.

    a) O sapato velho foi restaurado com a aplicao de algumas ________ (tachas-taxas).b) Slvio _________ na floresta para caar macacos. (imergiu-emergiu).c) Para impedir a corrente de ar, Lus _______ a porta (cerrou-serrou).d) Bonifcio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).e) Quando foi realizado o ltimo ________ ? (censo-senso).

    39. Verifique quais dos homnimos homfonos entre parnteses completam, correta e respectivamente, os espaos nas oraes abaixo.

    I Seu ___________ de humor timo! (censo/senso)II Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da pea de teatro. (espectadores/ expectadores)III No gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)Assinale a alternativa que traz a sequncia correta.

    a) senso expectadores extratob) senso espectadores estratoc) censo expectadores estratod) senso espectadores extratoe) censo espectadores extrato

    Anotaes:

  • www.acasadoconcurseiro.com.br44

    VARIAO LINGUSTICA: A NORMA CULTA DA LNGUA PORTUGUESA.

    1. Linguagem culta formal ou padro: obedincia s normas gramaticais.

    2. Linguagem culta informal ou coloquial: usada espontnea e fluentemente pelo povo; quase sempre rebelde norma gramatical.

    3. Linguagem popular ou vulgar: ligada aos grupos extremamente incultos, aos que tm pouco ou nenhum contato com a instruo formal.

    EXEMPLIFICANDOTJ-AM ASSISTENTE JUDICIRIO FGV 2013

    Derrota da Censura

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.

    A deciso da Comisso de Constituio e Justia da Cmara de aprovar em carter conclusivo o projeto que autoriza a divulgao de imagens, escritos e informaes biogrficas de pessoas pblicas pode ser um marco na histria da liberdade de expresso no pas. At agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante publicao ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Cdigo Civil bate de frente com a Constituio, que veta a censura. S informaes avalizadas pelo biografado ou pela sua famlia podem ser mostradas. o imprio da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparncia, a troca de opinies. O brasileiro v estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimares Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inmeros filmes vetados por famlias que se julgam no direito de determinar o que pode ou no pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relao a jornais, rdios e televises.[....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens pblicos, seus polticos, seus artistas, no apenas atravs de denncias, mas tambm de interpretaes. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatrio; o mesmo acontecia com o documentrio de Glauber Rocha, tambm proibido, sobre Di Cavalcanti.[....] A alterao votada abre um leque extraordinrio ao desenvolvimento da produo cultural neste pas. Mais livros sero escritos, mais filmes sero realizados, mais trajetrias polticas e artsticas sero debatidas.

    Nelson Hoineff O Globo, 11/04/2013

    40. A frase que exemplifica uma variao lingustica diferente da dos demais segmentos destacados no texto

    a) A deciso da Comisso de Constituio e Justia da Cmara de aprovar em carter conclusivo o projeto...

    b) ...que autoriza a divulgao de imagens, escritos e informaes biogrficas de pessoas pblicas pode ser um marco na histria da liberdade de expresso no pas.

  • BNB Interpretao de Texto Prof. Maria Tereza

    www.acasadoconcurseiro.com.br 45

    c) At agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante publicao ou filmagens de biografias

    d) O artigo 20 do Cdigo Civil bate de frente com a Constituio, que veta a censura. e) S informaes avalizadas pelo biografado ou pela sua famlia podem ser mostradas.

    EXERCITANDO FGV

    POLCIA CIVIL/RJ POLICIAL SINGULAR FGV 2011

    41. Leia o texto a seguir, retirado do jornal O Globo de 27/07/2011.Virgem (23/8 a 22/9)

    Elemento: terra. Modalidade: mutvel. Signo complementar: Peixes. Regente: Mercrio. Por vezes, as bases que sustentam nossa capacidade criadora passam por grandes transformaes. tempo de acolher as mudanas que esto ocorrendo, encontrando uma nova forma de alimentar sua criatividade. O reconhecimento dos diferentes gneros textuais, seu contexto de uso, sua funo social especfica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construdos socioculturalmente. A anlise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua funo a) vender. b) aconselhar. c) ensinar. d) informar. e) discutir.

    42. Leia o texto a seguir, retirado do livro A origem curiosa das palavras, de Mrcio Bueno, Jos Olympio Editora, RJ, 2003.

    Brevidade: qualidade do que breve; o termo designa tambm um bolinho doce feito de polvilho. A guloseima foi batizada com esse nome porque pode ser feita com grande facilidade e por desmanchar rapidamente na boca.O assunto tratado no texto relativo Lngua Portuguesa e foi publicado em uma espcie de dicionrio, destinado a curiosos.Entre as caractersticas prprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas prprias do uso

    a) regional, pela presena de lxico de determinada regio do Brasil.b) literrio, pela abundncia de figuras de linguagem.c) tcnico, por meio de estruturas da definio.d) coloquial, por meio de registro de informalidade.e) oral, por meio de expresses tpicas da oralidade.

    Anotaes:

  • www.acasadoconcurseiro.com.br46

    SUDENE AGENTE ADMINISTRATIVO FGV 2013

    Por que to difcil entender?

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.

    A crise que o pas atravessa desde a ecloso dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de nibus tm trs componentes articulados: A sociedade quer transporte, sade e educao de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e no recebe em troca servios pblicos altura. Simples assim. A sociedade no pediu nas ruas reforma poltica, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. A sociedade quer o fim da impunidade, pois est cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem honesto, mesmo depo