interpretacao 6 meio ambiente sem resposta

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Tema: Meio ambienteDE LHO NA IMAGEM

Observe esta imagem, do cartunista francs Blachon:

Portugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

(Blachon album. [s.l.]: Denol, 1980.)

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1. O cartum retrata uma cena, que envolve um grande nmero de pessoas. a) Essa cena ocorre em um espao rural ou em um espao urbano? b) Como o espao retratado? Caracterize-o. 2. Observe a fila de pessoas que aparece no cartum. Levante hipteses: a) Por que as pessoas esto na fila? b) O que o policial est fazendo? c) Como so as pessoas que esto na fila: crianas, jovens, adultos ou idosos? d) Por que voc acha que tantas pessoas querem cheirar a flor? 3. Compare as pessoas que esto na fila com as que j cheiraram a flor. a) Como as pessoas parecem se sentir antes de cheirar a flor? E depois de cheir-la? Justifique sua resposta com elementos do cartum. b) Logo, para o cartunista, que papel tem a natureza no mundo em que vivemos? 4. No espao do cartum, somente a flor parece resistir devastao da natureza. Observe as cores predominantes no cartum. a) O que a cor acinzentada sugere? b) O que a cor vermelha normalmente representa para ns? c) Logo, o que a flor vermelha representa nesse cenrio? 5. Os cartuns geralmente apresentam situaes da vida cotidiana com humor e crtica. a) Na sua opinio, a situao retratada pelo cartum humorstica? Por qu? b) O que criticado nesse cartum? 6. Em sua cidade, h sinais de destruio da natureza? Se sim, comente com os colegas. Respostas pessoais.Portugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

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Tema: Meio ambienteESTUDO DO TEXTODa utilidade dos animaisTerceiro dia de aula. A professora um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios. preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles tm direito vida, como ns, e alm disso so muito teis. Quem no sabe que o cachorro o maior amigo da gente? Cachorro faz muita falta. Mas no s ele no. A galinha, o peixe, a vaca... Todos ajudam. Aquele cabeludo ali, professora, tambm ajuda? Aquele? o iaque, um boi da sia Central. Aquele serve de montaria e de burro de carga. Do pelo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que gostosa. Mas se serve de montaria, como que a gente vai comer ele? Bem, primeiro serve para uma coisa, depois para outra. Vamos adiante. Este o texugo. Se vocs quiserem pintar a parede do quarto, escolham pincel de texugo. Parece que timo. Ele faz pincel, professora? Quem, o texugo? No, s fornece o pelo. Para pincel de barba tambm, que o Arturzinho vai usar quando crescer. Arturzinho objetou que pretende usar barbeador eltrico. Alm do mais, no gostaria de pelar o texugo, uma vez que devemos gostar dele, mas a professora j explicava a utilidade do canguru: Bolsas, malas, maletas, tudo isso o couro do canguru d pra gente. No falando da carne. Canguru utilssimo. Vivo, fessora? A vicunha, que vocs esto vendo a, produz... produz maneira de dizer, ela fornece, ou por outra, com o pelo dela ns preparamos ponchos, mantas, cobertores etc. Depois a gente come a vicunha, n, fessora? Daniel, no preciso comer todos os animais. Basta retirar a l da vicunha, que torna a crescer... E a gente torna a cortar? Ela no tem sossego, tadinha. Vejam agora como a zebra camarada. Trabalha no circo, e seu couro listrado serve para forro de cadeira, de almofada e para tapete. Tambm se aproveita a carne, sabem? A carne tambm listrada? pergunta que desencadeia riso geral. No riam da Betty, ela uma garota que quer saber direito as coisas. Querida, eu nunca vi carne de zebra no aougue, mas posso garantir que no listrada. Se fosse, no deixaria de ser comestvel por causa disto. Ah, o pinguim? Este vocs j conhecem da praia do Leblon, onde costuma aparecer, trazido pela correnteza. Pensam que s serve para brincar? Esto enganados. Vocs37

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pelar: tirar o pelo de um animal.

(Carlos Drummond de Andrade. De notcias e no notcias faz-se a crnica. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993. p. 113-5.)

COMPREENSO E INTERPRETAO1. O texto retrata uma situao vivida numa sala de aula. a) De que disciplina voc imagina que seja essa aula? Por qu? b) Em que cidade provavelmente ocorre essa aula? Que palavra do texto justifica sua resposta? 2. No incio do texto, a professora afirma aos alunos que preciso querer bem aos animais. Para justificar sua afirmao, ela apresenta dois motivos. a) Quais so eles? b) Considerando-se as explicaes da professora, qual desses motivos parece ser mais importante a para ela? Justifique sua resposta.38

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devem respeitar o bichinho. O excremento no sabem o que ? O coc do pinguim um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato. O leo feito da gordura do pinguim... A senhora disse que a gente deve respeitar. Claro. Mas o leo bom. Do javali, professora, duvido que a gente lucre alguma coisa. Pois lucra. O pelo d escovas de tima qualidade. E o castor? Pois quando voltar a moda do chapu para homens, o castor vai prestar muito servio. Alis, j presta, com a pele usada para agasalhos. o que se pode chamar de um bom exemplo. Eu, hem? Dos chifres do rinoceronte, Bel, voc pode encomendar um vaso raro para o living de sua casa. Do couro da girafa, Lus Gabriel pode tirar um escudo de verdade, deixando os pelos da cauda para Teresa fazer um bracelete genial. A tartaruga marinha, meu Deus, de uma utilidade que vocs no calculam. Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-l-cia. O casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa... O bigu engraado. Engraado como? Apanha peixe pra gente. Apanha e entrega, professora? No bem assim. Voc bota um anel no pescoo dele, e o bigu pega o peixe mas no pode engolir. Ento voc tira o peixe da goela do bigu. Bobo que ele . No. til. Ai de ns se no fossem os animais que nos ajudam de todas as maneiras. Por isso que eu digo: devemos feitio: tipo, espcie. amar os animais, e no maltrat-los de jeito nenhum. Entendeu, living: (do ingls) sala de estar Ricardo? ou sala de visitas. Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os objetar: apresentar uma ideia contrria. animais, e aproveitar bem o pelo, o couro e os ossos.

3. Aos poucos, os alunos percebem que a fala da professora contraditria. Arturzinho, por exemplo, diz que no pretendia usar pincel de texugo, pois no queria pelar o bicho; alm disso, lembra que devamos gostar do animal, e no mat-lo. Identifique no texto outras situaes que revelam que os alunos percebem a contradio existente na fala da professora. 4. A professora considera o bigu engraado, por causa do modo como utilizado pelos homens para apanhar peixe. Voc considera engraado o que se faz com o bigu? Como voc caracteriza o comportamento do ser humano em relao a esse animal? 5. Os dois ltimos pargrafos sintetizam as ideias do texto. a) Qual a opinio da professora a respeito dos animais? b) O que mostra o comentrio de Ricardo?

A LINGUAGEM DO TEXTO1. As palavras fessora, tadinha, n e Betty so formas reduzidas de outras palavras.. a) A que palavras essas formas correspondem? b) O uso dessas formas reduzidas demonstra que a linguagem utilizada na aula era formal ou informal?

2. A professora afirma que o castor poder prestar muito servio quando voltar a moda do chapu. Um dos alunos diz: Eu, hem?. Qual o sentido dessa expresso no contexto? 3. Ao comentar a utilidade da tartaruga marinha, a professora comenta que a sopa de tartaruga uma delcia. Observe que, no texto, a palavra delcia aparece dividida em slabas. a) Por que voc acha que essa palavra foi grafada desse modo? b) Na situao, a professora d a entender que j tinha provado esse tipo de sopa, ou no?.

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Tamar: um projeto pela vida marinhaAs tartarugas marinhas estavam na lista dos animais em extino. Para mudar essa situao, foi criado o Projeto Tamar, no incio da dcada de 1980, que deu incio a um trabalho de preservao das fmeas e dos filhotes e de conscientizao dos pescadores brasileiros, muitos dos quais esto hoje empregados no projeto. Atualmente, o Tamar encaminha para viver no mar cerca de 300 mil filhotes de tartarugas por ano.Projeto Tamar

4. Observe o emprego das reticncias nestes trechos: Cachorro faz muita falta. Mas no s ele no. A galinha, o peixe, a vaca... O casco [da tartaruga] serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa... Por que o autor empregou esse sinal de pontuao nas duas situaes?

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5. Leia o boxe Ironia: exerccio de inteligncia e troque ideias com os colegas. O texto Da utilidade dos animais faz uso da ironia? Se sim, o que ele ironiza?

Ironia: exerccio de intelignciaA ironia um recurso empregado com frequncia tanto na linguagem cotidiana quanto na literria. Consiste em dizer alguma coisa para, na verdade, expressar o contrrio. Com isso se cria muitas vezes um efeito humorstico. Por exemplo, um homem careca diz, brincando: Este xampu tem sido timo para a minha vasta cabeleira.

LEITURA EXPRESSIVA DO TEXTOLeia com dois colegas o dilogo entre a professora, Daniel e Betty a partir de A vicunha, que vocs esto vendo a, produz... at a fala Claro. Mas o leo bom. Durante a leitura, procurem dar s falas o tom usado pelas personagens. Assim, quem ler as falas da professora deve se expressar de modo pausado e claro, sendo amvel e paciente com os alunos. Os outros dois devem mostrar que esto curiosos e at certo ponto confusos com o que a professora est explicando. Observe sinais de pontuao como o ponto de interrogao, o dois-pontos e as reticncias e d a entonao ou a pausa adequada a eles.

Trocando

ideias

1. A professora afirma que preciso respeitar e amar os animais. Para voc, de que modo o ser humano pode manifestar respeito e amor pelos animais? 2. Voc j viu animais serem maltratados pelo ser humano? Se sim, conte como foi. 3. Um internauta abriu uma pgina no Orkut com o seguinte ttulo: Eu maltrato os animais. At o ano de 2005, cerca de 6 mil pessoas enviaram mensagens a essa comunidade, a maioria criticando-a. Por que, na sua opinio, tantas pessoas se mostram indignadas com o criador dessa comunidade?Portugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

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Tema: Meio ambienteESTUDO DO TEXTOQuem tem o nome na lista?Pode parecer difcil de acreditar que, num pas como o Brasil, onde h tantos animais, seja possvel afirmar quais espcies esto ameaadas de extino. Menos provvel ainda deve ser descobrir as que desapareceram ou aquelas que sobrevivem apenas em cativeiro. Mas elas esto l, com toda a exatido, na mais recente Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaada de Extino, divulgada no final de 2002: Seiscentas e vinte e sete espcies de animais esto ameaadas de extino; Duas espcies esto extintas na natureza, isto , sobrevivem s em cativeiro; Dez espcies de animais esto completamente extintas.Portugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

A lista em nmeros GruposMamferos Aves Rpteis Anfbios Peixes Insetos Invertebrados terrestres Invertebrados aquticos Total

Ameaados69 153 20 15 165 93 21 91 627

Extintos na Extintos natureza0 2 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 1 0 3 4 0 10

[...]

CADA MACACO NO SEU GALHOA nova Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaada de Extino foi feita com a ajuda de cerca de 200 pesquisadores de todo o pas. Para selecionar as espcies que fariam parte dela, eles levantaram informaes sobre os mais diversos animais, analisaram e, de acordo com critrios muito rigorosos, fizeram as escolhas [...]. Mas que critrios eram esses? Os usados pela organizao de defesa do meio ambiente mais antiga e importante do mundo: a Unio Internacional para a Conservao da Natureza, que faz, h anos, listas de bichos ameaados de extino e, portanto, tem experincia na rea!41

Cruz

Segundo essa entidade, as espcies de bichos devem ser classificadas como extintas, extintas na natureza, criticamente em perigo, em perigo ou vulnervel. U! Cad o ameaado de extino? algum pode perguntar! Uma espcie chamada assim quando entra numa das trs ltimas categorias citadas anteriormente. Veja o quadro:Espcie extinta O ltimo indivduo da espcie morreu; portanto, ela no existe mais nem na natureza nem em cativeiro. H apenas exemplares mortos e conservados em lcool, formol ou empalhados nos laboratrios e museus. Espcie extinta na natureza No est mais presente na natureza, porm sobrevive em cativeiro. Espcie ameaada de extino aquela que foi definida como: Criticamente em perigo corre risco extremamente alto de extino na natureza. [A populao estimada em menos de 50 indivduos adultos.] Em perigo corre risco muito alto de extino na natureza. [A populao tem menos de 2 500 indivduos adultos.] Vulnervel corre risco alto de extino na natureza. [A populao tem menos de 40 mil indivduos adultos.]

A ESCOLHAMas como que um bicho includo em cada uma dessas categorias? Quando no se acha um animal de certa espcie aps exaustivas buscas na rea onde ele costuma ser encontrado, ele passa a ser considerado extinto na natureza. Caso, no entanto, haja a certeza de que o ltimo indivduo da espcie morreu, ento, significa que ele est extinto.

J para se chegar concluso de que um animal est ameaado de extino, a Unio Internacional para a Conservao da Natureza prope vrios critrios. possvel, por exemplo, declarar uma espcie ameaada ao se notar que a sua populao diminuiu, porque uma espcie pode ser definida como vulnervel, em perigo ou criticamente em perigo, se houver reduo de 50%, 70% ou 90% no tamanho de sua populao nos ltimos dez anos. Tambm pode ser levada em considerao a extenso da rea em que a espcie encontrada. Caso ela tenha diminudo muito, seja por causa do desmatamento, da urbanizao ou da poluio, a espcie pode ser definida como ameaada de extino. Assim como se ela estiver isolada ou restrita a poucos lugares. No pense que tantos critrios confundem mais do que ajudam. Eles foram teis e facilitaram muito o trabalho de produo, por exemplo, da Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaada de Extino. Afinal, se os pesquisadores no tinham informaes precisas sobre o tamanho da populao de certa espcie o que ocorre com frequncia quando o animal estudado, como os invertebrados, pequeno e, portanto, difcil de avistar e contar , mas possuam muitos dados sobre as condies do local onde ela vive, podiam us-los para saber se o animal estava ou no ameaado. [...]

DE SADA DA LISTAPortugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

Entrar na relao de animais ameaados, no entanto, no significa que o bicho ir ficar nela para sempre. O veado-campeiro e a lontra, por exemplo, marcavam presena na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaada de Extino de 1989, mas no esto na listagem atual. Portanto, possvel que uma espcie, hoje ameaada de extino e presente na relao dos que podem desaparecer, no esteja l no futuro.

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Cruz

No caso do veado-campeiro e da lontra, foi o aumento do nmero de pesquisas e, consequentemente, das informaes sobre eles, que os tirou da lista dos ameaados. Chegou-se concluso de que a populao de ambos era maior do que se pensava! Quem sabe, um dia, os bichos saiam da lista no s porque h mais pesquisas, mas, tambm, porque as presses sobre eles como a caa e a coleta ou sobre o local onde vivem como o desmatamento e a poluio diminuram.Adriano Chiarello, Pontifcia Universidade Catlica/ MG, Antonio D. Brescovit, Instituto Butant, e Mara Figueira, Cincia Hoje/RJ.(Cincia Hoje das Crianas, de maro de 2003, incluindo o texto que serve de lide ao captulo e as ilustraes, cedidas gentilmente pelo ilustrador Cruz.)Cruz

Mil e uma utilidadesO papel da Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaada de Extino no s informar quais espcies correm risco de desaparecer. Ela contribui para preservar os animais citados. Criar ou apoiar programas para a preservao das espcies presentes na lista, por exemplo, passa a ser uma prioridade para o governo. Alm disso, a listagem importante para combater o comrcio ilegal de animais. A venda dentro do Brasil e no exterior das espcies citadas na relao passa a ser proibida.

vulnervel: frgil, sujeito a ser atacado, ofendido, machucado. Procure no dicionrio outras palavras que voc desconhea.

1. Observe no final do texto lido a indicao de sua fonte, isto , o nome do livro, jornal ou revista onde ele foi publicado originalmente. Qual ela? 2. Observe a ilustrao que acompanha o texto. Nela alguns animais olham um cartaz, enquanto outros so atendidos por seres humanos. a) Que animais olham o cartaz? b) O que provavelmente eles procuram no cartaz? Justifique sua Peixe-boi marinho, mamfero que se encontra no resposta. grupo dos animais classificados como criticamente c) Que outros animais em risco de extino voc v nessa ilus- em perigo de extino. trao? d) Os seres humanos que aparecem na ilustrao esto colaborando para evitar a extino de animais? Justifique sua resposta. 3. A revista em que foi publicado o texto dirigida a crianas e adolescentes interessados em temas cientficos. Considerando esse dado e o assunto extino de animais, indique, entre os itens que seguem, aquele que resume melhor a finalidade principal do texto. a) Estimular as crianas e os jovens a defender a natureza e a preservar os animais. b) Esclarecer os leitores quanto maneira como feita a lista que classifica os animais ameaados de extino e, indiretamente, conscientiz-los da situao em que se encontram os animais. c) Denunciar sociedade a caa e a pesca predatrias, que tm levado muitos animais extino.43

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Keystone

COMPREENSO E INTERPRETAO

4. De acordo com o texto: a) Por que ter o nome na lista pode ser importante para o bicho que corre risco de extino? b) Um animal que entra na lista pode um dia sair dela? Explique como e por que isso ocorre, exemplificando. 5. O texto d destaque aos critrios usados pelos cientistas para definir se o animal est extinto ou se est ameaado de extino. Analise estes casos:

Por que bicho de cativeiro diferente?Pelos critrios dos cientistas, apesar de existirem mais de sessenta ararinhasazuis em cativeiro, o desaparecimento representa o fim da memria selvagem de toda a espcie. Geneticamente, a ararinha no morreu. Mas jamais Ararinha-azul. ser possvel recriar os hbitos do animal em liberdade. Do ponto de vista do comportamento, os bichos em cativeiro tm a mesma importncia de um animal empalhado, ensina o ornitlogo e professor da Universidade de Campinas (Unicamp) Jacques Vielliard.Fabio Colombiniolom Fabio C bini

Em 1989, o mico-leo-dourado era uma espcie criticamente em peri(Veja, 14/2/2001.) go. Na lista de 2002, entretanto, ele mudou de categoria, passando a ser uma espcie em perigo. Em 2000, em todo o mundo, havia um nico exemplar da espcie ararinha-azul vivendo em liberdade na natureza, um macho que habitava a regio de Cura, uma cidade baiana a 600 quilmetros de Salvador. Os cientistas tentaram aproximar do macho uma fmea de cativeiro, mas a iniciativa no deu resultado. No final de 2000, a ltima ararinha-azul desapareceu, talvez vtima de caadores ou de traficantes de animais. o. o-dourad Mico-le De acordo com os critrios usados pelos cientistas: a) Quantos micos-leo-dourados os cientistas imaginavam que existiam em 1989? E em 2002? b) Entre as categorias dos animais em extino, como se classificava a ararinha-azul at 2000? E depois de 2000?

A LINGUAGEM DO TEXTO1. Observe a grafia das palavras extino e extintas, usadas vrias vezes no texto. Elas originam-se do verbo extinguir. Veja:extinguir extino, extinto(a)(s)

Tendo como exemplo essa situao, escreva as palavras que se originam do verbo distinguir. 2. O texto organizado em partes, identificadas com subttulos, e em um boxe. Um dos subttulos Cada macaco no seu galho e o ttulo do boxe Mil e uma utilidades. Considerando o contedo dessa parte e do boxe, responda: a) O que geralmente significa a expresso Cada macaco no seu galho? b) O subttulo Cada macaco no seu galho adequado parte do texto iniciada por ele? Por qu? c) E o ttulo Mil e uma utilidades? Justifique sua resposta.44

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6. A lista de bichos que correm o risco de extino pode ajudar a preserv-los. Mas ser que todas as pessoas conhecem essa lista? Na sua opinio, que meios poderiam ser utilizados para que mais pessoas tomassem conhecimento dessa lista?

3. Ao longo do texto, os autores fazem vrias perguntas ao leitor. Observe: Mas que critrios eram esses? U! Cad o ameaado de extino? Mas como que um bicho includo em cada uma dessas categorias? a) Quem responde a essas perguntas? b) Levante hipteses: Por que, na sua opinio, os autores fazem essas perguntas ao leitor? 4. A expresso U! bastante utilizada na linguagem oral. a) O que ela expressa? b) O uso dessa expresso num texto escrito torna-o menos ou mais formal?

Espcies ameaadas: a corrida contra o tempoElefantes, rinocerontes, ursos-polares, baleias, pandas, onas-pintadas, araras-azuis. O que esses animais to diferentes tm em comum? Correm o risco de desaparecer para sempre da face da Terra. Entre os anos de 1600 e 1900, uma espcie animal ou vegetal era extinta a cada quatro anos. Hoje, calcula-se que esse nmero seja de uma extino a cada 20 minutos. Felizmente, espalham-se pelo mundo as organizaes que trabalham pela preservao das espcies, lutando para que elas no sejam vistas apenas em desenhos ou zoolgicos.(De olho no mundo, n 17, p. 3. Publicao da revista Recreio.)

CruzandoLeia este anncio:Renctas

linguagens

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(Terra da Gente Animais, n 11.)

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1. Observe a imagem principal do anncio. Nela, h uma mala, uma forquilha de galho de rvore e uma corda. Juntos, esses elementos se parecem com outro objeto. a) Qual esse objeto e para que ele serve? b) Se voc conhece esse objeto, explique para os colegas como ele funciona. 2. Considerando que o anncio faz parte de uma campanha, leia o enunciado verbal que aparece sobre a mala. a) A que armadilha se refere o enunciado? b) Levante hipteses: Quem est na outra ponta da corda? c) Deduza: Por que o anunciante utilizou a imagem da mala? d) A mala encontra-se na sombra, com alguns reflexos de luz. Interprete: O que representa a sombra? 3. Na parte de baixo do anncio, lemos: Nossa fauna silvestre no dever ser passageira. Essa frase, no contexto, assume dois sentidos. Quais so eles? 4. A Renctas (Rede Nacional contra o Trfico de Animais Silvestres) uma organizao no governamental, sem fins lucrativos, criada com a finalidade de combater o trfico de animais silvestres; o Grupo Itapemirim uma empresa de transportes. Observe a fonte do anncio, isto , a publicao em que o anncio foi divulgado, e levante hipteses: Na sua opinio, o que o Grupo Itapemirim ganha em apoiar essa campanha?

Trocando

ideiasPortugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

1. s vezes, muito grande o esforo dos cientistas para preservar um determinado Consultando a lista animal que corre risco de extino. Foi o A lista de animais em risco de extino atuaque aconteceu, por exemplo, com relalizada periodicamente. Caso voc queira saber se um o ararinha-azul. O empenho em sua bicho est includo nela, e em que categoria, consulte preservao envolveu durante dez anos os sites: muitas pesquisas, pesquisadores e verbas, e www.biodiversitas.org.br/f_ameaca/fauna.htm mesmo assim ela acabou desaparecendo da www.ibama.gov.br natureza. Na sua opinio, as pesquisas relacionadas com animais em risco de extino devem continuar, apesar de isso custar muito dinheiro e esforo sociedade? Por qu? 2. Voc sabia que existe uma Declarao Universal dos Direitos dos Animais? Ela foi criada em 1978, pela Unesco (Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura), entidade que se encarrega de promover a paz entre os seres humanos. Conhea alguns trechos dessa declarao:46

ARTIGO I Todos os animais nascem iguais diante da vida e tm o mesmo direito existncia. ARTIGO II a) Cada animal tem direito ao respeito. b) O homem, enquanto espcie animal, no pode atribuir-se o direito de exterminar outros animais ou explor-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar sua conscincia a servio de outros animais. c) Cada animal tem direito cura e proteo do homem.

Imagem e/Folha Adi Leit

ARTIGO III a) Nenhum animal ser submetido a maustratos e atos cruis. b) Se a morte de um animal necessria, deve ser instantnea, sem dor nem angstia.

Os direitos dos animaisConhea na ntegra a Declarao dos Direitos dos Animais acessando o site: www.geocities.com/salve_animais/

ARTIGO IV a) Cada animal que pertence a uma espcie selvagem tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, areo ou aqutico e tem o direito de reproduzir-se. b) A privao da liberdade, ainda que para fins educativos, contrria a esse direito. [...]Portugus: Linguagens William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes

(Cincia Hoje das Crianas, maro 2003.)

Na sua opinio, esses direitos dos animais vm sendo respeitados? Por qu?

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Silvia/Kino.co

m.br