interdisciplinar 3º perÍodo 2011 - trabalho escrito - infraestrutura

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE MINAS GERAIS

ANLISE DE MACROAMBIENTE SOBRE A PARTICIPAO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISES COM RELAO A INFRAESTRUTURA URBANA Cidade de Poos de Caldas

Andrey Natanael Alves dos Santos Andr Pellissier Luiz Antnio Bueno Junior Natachi Alacherma de Oliveira Priscilla Moreira Prado Renato Barros de Moraes Filho

Poos de Caldas 2011

Andrey Natanael Alves dos Santos Andr Pellissier Luiz Antnio Bueno Junior Natachi Alacherma de Oliveira Priscilla Moreira Prado Renato Barros de Moraes Filho

ANLISE DE MACROAMBIENTE SOBRE A PARTICIPAO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISES COM RELAO A INFRAESTRUTURA URBANA Cidade de Poos de Caldas

Trabalho Interdisciplinar apresentado a todas as disciplinas do curso de Administrao da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais campus Poos de Caldas. Gestor: Profa. Maria Teresa Mariano Miguel

Poos de Caldas 2011

NDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Consumo de gua em de acordo com tipo de consumidores em Poos de Caldas . 17 Tabela 2 - Quantidade de consumo por tipo de cliente ............................................................ 17

SUMRIO 1 2 3 4 4.1 4.2 4.3 4.4 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 6 6.1 6.2 6.3 6.4 INTRODUO .................................................................................................................. 5 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 6 OBJETIVO .......................................................................................................................... 7 ALGUNS ASPECTOS SOBRE INFRAESTRUTURA URBANA .................................. 8 Histrico sobre Infraestrutura Urbana ............................................................................. 8 Viso geral dos subsistemas de Infraestrutura Urbana .................................................... 8 Custos dos Subsistemas de Infraestrutura Urbana......................................................... 10 Efeitos da Densidade Urbana ........................................................................................ 10 INCIO DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL ............................................................. 12 Infraestrutura de Transportes ......................................................................................... 12 Infraestrutura de Esgotos ............................................................................................... 12 Infraestrutura de Comunicaes .................................................................................... 12 Energia ........................................................................................................................... 13 Segurana....................................................................................................................... 13 Educao ........................................................................................................................ 13 INFRAESTRUTURA URBANA EM POOS DE CALDAS ......................................... 14 Histrico ........................................................................................................................ 14 Planejamento e Execuo de Obras de Infraestrutura ................................................... 15 Infraestrutura do comrcio em Poos de Caldas ........................................................... 15 Subsistemas de Infraestrutura da Prefeitura .................................................................. 16 6.4.1 6.4.2 6.4.3 6.4.4 7 8 Subsistema de Abastecimento de gua e Esgoto ............................................... 16 Subsistema de Energia ........................................................................................ 18 Subsistema de Transporte ................................................................................... 19 Subsistema de Comunicaes ............................................................................. 20

CONCLUSO .................................................................................................................. 22 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 23

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INTRODUO Baseados na leitura de documentrios e livros relacionados infraestrutura

identificamos que a infraestrutura urbana pode ser vista sob os aspectos social, econmico e institucional. Sob o aspecto social a infraestrutura urbana visa promover adequadas condies de moradia, trabalho, sade, educao, lazer e segurana. No que se refere ao aspecto econmico, a infraestrutura urbana deve propiciar o desenvolvimento das atividades produtivas, isto , a produo e comercializao de bens e servios. E sob o aspecto institucional, entende-se que a infraestrutura urbana deve propiciar os meios necessrios ao desenvolvimento das atividades poltico-administrativas, entre os quais se inclui a gerncia da prpria cidade (Neto, 1997). A infraestrutura urbana o conjunto de obras e servios que constituem o funcionamento das cidades atravs de sistemas que possibilitam a utilizao urbana do solo. Esto sob a gesto da infraestrutura urbana os servios bsicos essenciais para a existncia de uma cidade como a distribuio de gua potvel, esgoto, energia eltrica, gs, a drenagem e a retirada dos despejos urbanos, abastecimento e descarga, pavimentao e comunicao. A infraestrutura urbana tem como objetivo final a prestao de um servio, pois, por ser um sistema tcnico, requer algum tipo de operao e algum tipo de relao com o usurio (Neto, 1997). O funcionamento da cidade baseado em subsistemas que compe o sistema de infraestrutura urbana. Para que a cidade funcione de forma adequada, so necessrios investimentos em bens ou equipamentos que devem apresentar possibilidades de utilizao da capacidade no utilizada ou de sua ampliao, de forma a evitar sobrecargas que impeam os padres de atendimento previstos. Os subsistemas tcnicos setoriais presentes na infraestrutura so o subsistema virio, subsistema de drenagem pluvial, subsistema de abastecimento de gua, subsistema de esgotos sanitrios, subsistema energtico e subsistema de comunicaes (Neto, 1997). Neste trabalho sero abordados tpicos de explicao geral sobre a infraestrutura urbana e alguns aspectos do funcionamento da infraestrutura urbana da cidade de Poos de Caldas.

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JUSTIFICATIVA Conhecer os conceitos e o funcionamento da infraestrutura urbana importante para

que as pessoas conheam como ocorre o planejamento, estruturao e a manuteno de uma cidade, onde alocada parte dos recursos pblicos, arrecadados com os impostos, em investimentos revertidos para o bem estar, sade, mobilidade e comunicao da populao e os direitos que todos os cidados possuem e que devem ser garantidos pela prefeitura. A motivao para a realizao desse trabalho disponibilizar informaes sobre o funcionamento e o papel da infraestrutura urbana que gerenciada pela prefeitura de Poos de Caldas.

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OBJETIVO

Tem-se por objetivo explicar como funciona a infraestrutura urbana e seus subsistemas, apontando a importncia desse departamento, as responsabilidades e os deveres da prefeitura sobre os recursos bsicos que devem ser disponibilizados a todos habitantes de uma cidade para que de maneira correta a populao saiba identificar onde deve recorrer e quem o responsvel sobre a disponibilidade de um determinado servio essencial. Ser feita uma abordagem esclarecendo o que infraestrutura urbana e o nosso trabalho destina-se a mostrar como esta funciona atualmente na cidade de Poos de Caldas.

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ALGUNS ASPECTOS SOBRE INFRAESTRUTURA URBANA

4.1

Histrico sobre Infraestrutura Urbana

A existncia da infraestrutura urbana to antiga quanto s prprias cidades. Foram vrias as redes que surgiram de acordo com o desenvolvimento das cidades, mas a primeira foi a viria, que evoluiu, desde os calamentos at a adaptao da tcnica de pavimentao para os automveis. Logo depois aparecem as redes sanitrias que possuem excelentes exemplos na Roma Antiga e por fim o aparecimento das redes de energia no final do sculo XIX (Mascar, 1994). Na Roma Antiga, a rede sanitria da cidade de Roma se estendia por mais de 50 km de aquedutos e 350 km de canalizaes de gua. Eram construdas em alvenaria de pedra as canalizaes principais e transportavam gua at os 250 depsitos conhecidos como castelos de gua que ficam localizados em diversos pontos da cidade. Os castelos de gua distribuam gua sob presso, por ao da gravidade, para palcios, residncias, fontes, etc. atravs de uma srie de tubos de lato, aos quais se unio a tubulaes de chumbo. Os usurios pagavam o abastecimento de acordo com o dimetro da tubulao que o atendia. Roma tinha 19 aquedutos que forneciam 1.000.000 m/dia cidade, esgotos dinmicos e ruas pavimentadas para atender aproximadamente 1.000.000 de habitantes (Ferrari, 1991). Existem indcios de que egpcios, babilnios, assrios e fencios tinham redes de esgoto, devido preocupao com a eliminao dos lquidos residuais. A civilizao romana, porm foi a primeira a desenvolver uma rede organizada, que eliminava os resduos longe da cidade (Neto, 1997).

4.2

Viso geral dos subsistemas de Infraestrutura Urbana

O sistema de infraestrutura de uma cidade divido nos subsistemas listados abaixo: o Subsistema Virio Urbano: Esse subsistema composto por uma ou mais redes de circulao de acordo com o tipo de espao urbano, deve se adaptar a configurao topogrfica considerando deslocamentos fceis e rpidos, propiciando boas condies tcnicas para implantao outros subsistemas,

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distribuio coerente das construes pblicas, quarteires e praas e um bom projeto que limite a superfcie viria para evitar acessos e cruzamentos desnecessrios. Esse subsistema o mais caro e custa aproximadamente 50% do valor total de urbanizao. O subsistema de drenagem pluvial complementa o subsistema virio possibilitando a utilizao da via sob quaisquer condies climticas (Puppi, 1981). o Subsistema de Drenagem Pluvial: Esse subsistema o responsvel por garantir o escoamento das guas provenientes de chuvas nas reas urbanas de forma a garantir a integridade das edificaes, o trnsito de pedestres e veculos e diminuir os danos com as inundaes (Mascar, 1994). o Subsistema de Abastecimento de gua: A responsabilidade desse subsistema abastecer com gua potvel de qualidade e com quantidade suficiente para a utilizao em todas as necessidades dos habitantes de uma cidade. Somente a gua potvel tem garantia higinica para uso (Puppi, 1981). o Subsistemas de Esgotos Sanitrios: o subsistema que um complemento necessrio ao subsistema de abastecimento de gua, pois responsvel pela coleta da gua descartada pela populao aps o seu uso de forma a garantir que essa gua no contamine e nem agrida o meio ambiente. Para cada trecho de distribuio de gua deve existir uma rede esgoto (Mascar, 1994). o Subsistema energtico: um subsistema que tem a funo de distribuir para a populao basicamente dois tipos de energia, o gs e energia eltrica, pois so energias consideradas limpas, de fcil manuseio e econmicas. A energia eltrica geralmente utilizada em movimentao de motores iluminao e o gs para gerao de calor (Mascar, 1994). o Subsistema de Comunicaes: Nesse subsistema esto inclusas as redes de telefonia e de TV a cabo. As conexes so feitas com a utilizao de cabos metlicos e por fibras ticas, cabos terrestres, cabos submarinos e satlites. As redes de infraestrutura do subsistema de comunicao seguem especificaes iguais as do sistema energtico. A Era da Informao, expresso cunhada para caracterizar o aumento da importncia dos novos meios de comunicao, deve muito ao computador, indstria de programas e aos satlites de comunicao (Neto, 1997).

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4.3

Custos dos Subsistemas de Infraestrutura Urbana

O custo dos subsistemas de infraestrutura subdivido da seguinte forma (Neto, 1997): Rede de Servios formada por tubulaes, cabos, ou pavimentos distribudos pela cidade. O desenho e as formas das cidades so proporcionais aos seus custos (Neto, 1997). Ligaes Domiciliares so ramificaes das redes de servios que so conectadas s instalaes prediais. Seus custos variam de acordo com o tipo de rede adotado pelas empresas de servios e pelos modelos de edifcios adotados pelos usurios (Neto, 1997). Equipamentos Complementares so partes importantes aos diversos subsistemas: o Abastecimento de gua: a disponibilizao, tratamento para garantir qualidade potvel e armazenamento; o Esgoto: plantas depuradoras e emissrios; o Gs encanado: rede de armazenagem, gasodutos, fbricas de gs artificial ou os poos de gs natural; o Abastecimento de energia eltrica: as centrais, termo ou hidroeltricas, suas redes de transmisso e as estaes para mdia tenso e iluminao pblica.

4.4

Efeitos da Densidade Urbana

Em virtude da variao da densidade demogrfica temos ganhos ou perdas da qualidade de certos servios. Quanto menor a densidade demogrfica melhores so as condies de vida e quanto maior a densidade menor a qualidade de vida. Decises tomadas nesta rea podem ter um impacto significativo na sade, meio ambiente, na produtividade das cidades e no processo de desenvolvimento humano como um todo (Jr., 2011). Por um lado, densidades urbanas afetam diretamente processos de desenvolvimento urbano como por exemplo o congestionamento, a falta de espao de lazer, a baixa qualidade ambiental, etc. Por outro lado, so tambm afetadas por imperfeies das polticas de habitao e fundiria urbana, por ineficincias de gesto e planejamento urbano,

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regulamentaes obsoletas, e por parmetros de desenho urbano que ao final limitam a oferta e disponibilidade de espao residencial e aumentam excessivamente os custos e valores do espao urbano (Jr., 2011).

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INCIO DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL

5.1

Infraestrutura de Transportes

Quando Irineu Evangelista de Souza criou a primeira ferrovia do Brasil, no Rio de Janeiro no ano de 1852, foi que de forma impactante iniciou-se a infraestrutura no sculo XIX, pois no perodo colonial o transporte j era um desafio devido s condies territoriais de solo e suas dimenses (Elis, 1996). No sculo XX surgiram as rodovias brasileiras, um sculo depois de que as primeiras estradas do Brasil foram construdas. A primeira rodovia foi inaugurada em 1928, a Rio Petrpolis, conhecida atualmente como rodovia Washington Luis, aps isso o governou voltou seus investimentos em financiamento de rodovias, essas onde 85% de pessoas e produtos brasileiros so transportadas. Hoje as capitais de todos os estados brasileiros esto conectadas por rodovias (CEPA, 2008). No ano de 1921 deram-se inicio s obras de infraestrutura da rede aeroviria, quando o aeroporto Campo de Marte em So Paulo, comeou a se desenvolver. Formou-se uma grande rede de servios areos, diversas novas linhas comerciais de vo de conexo, longo alcance e regionais tambm, utilizando aeronaves fabricadas aqui no Brasil (Cano Nova, 2007).

5.2

Infraestrutura de Esgotos

Em 1857 no Rio de Janeiro, deu incio rede de tratamento de esgoto no Brasil. Inicialmente os investimentos eram em redes coletoras e instalaes de tratamento, e graas s novas tecnologias a cada ano essas instalaes melhoram cada vez mais (ABTC, 2010).

5.3

Infraestrutura de Comunicaes

Foram iniciados inmeros investimentos nas comunicaes no ano de 1920, com a radiodifuso, atraindo jovens para os cursos de engenharia eltrica e eletrnica. Em 1878, foi a vez da telefonia, aconteceu a primeira ligao interurbana no Brasil, o engenheiro da corte Morris Kohn ficou conectado com a estao de Ferro Paulista, em Campinas, e Estao Inglesa, em So Paulo. Mas a popularizao do aparelho telefnico ocorreu apenas em 1953, a

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populao comeou a ter acesso ao aparelho e assim houve a criao de redes telefnicas conectando o pas. A modernizao do Sistema Brasileiro de Telecomunicaes ocorreu em 1960, e em 1962 nasce a Empresa Brasileira de Telecomunicaes, Embratel. Anos depois, em 1967 foi criado o Ministrio das Comunicaes. Aps muitas dcadas, surge com a inovao tecnolgica, a internet e telefonia mvel (TELECO, 2011).

5.4

Energia

Em Campos no Rio de Janeiro, no ano de 1883, foi construda uma usina termoeltrica, a primeira fonte de produo de energia. De acordo com as necessidades e a escassez de petrleo e carvo surgiram as usinas hidroeltricas, uma forma de produo mais limpa comparada as outras j existentes (Elis, 1996). A primeira usina hidroeltrica no Brasil gerava 250 KW, e passou a funcionar no ano de 1889. Um sculo depois, surgiram outras usinas gerando 45.871 milhes de KW contra a fonte trmica de 7.295 KW (Elis, 1996).

5.5

Segurana

Referente fora de segurana no Brasil, a mais antiga fora militar de patrulhamento a Polcia Militar de Minas Gerais, foi criado dia 9 de junho de 1775 no distrito de Cachoeira do Campo, e na antiga Vila Rica, atual municpio de Ouro Preto. Em 1808, foi criada a Policia Civil, sob a direo de Paulo Fernandes Viana, no Rio de Janeiro, e as idias de criar a Policia Federal surgiram em 1944 no Rio de Janeiro (ASVC).

5.6

Educao

No Brasil a educao teve incio no perodo colonial, quando os jesutas chegaram em 1549 comandados pelo padre Manuel de Nbrega. Os jesutas foram expulsos do pas em 1759, com isso o ensino laico, ensino desvinculado da religio, passou a ser institudo. Aps muitos anos, na Era Vargas, 1930, as reformas educacionais mais modernas foram criadas, e essas foram as mais prximas dos dias atuais (Ferreira J. , 1996).

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INFRAESTRUTURA URBANA EM POOS DE CALDAS

6.1

Histrico

A histria territorial de Poos de Caldas comeou quando o engenheiro Honrio Henrique Soares do Couto desenhou a planta da cidade (Ferreira J. , 1996). Depois de algumas marcaes a cidade, na rea planejada, ficou com 24 ruas no sentido leste-oeste e norte-sul, com 20 metros de largura cada uma e trs grandes praas com muitos lotes, que eram adquiridos por, um vintm o metro quadrado. A partir da ficou fcil, a cidade comeou a crescer com grandes prdios e grandes indstrias de cermica, beneficiando o crescimento da cidade (Ferreira J. , 1996). Hoje a cidade de Poos de Caldas se encontra em uma rea de aproximadamente 720km onde a rea urbana ocupa 546km. Alm de ser considerada uma das cidades do sul de Minas com o melhor ponto estratgico pelo fato da proximidade com as capitais, So Paulo (243km), Rio de Janeiro (470 Km) e Belo Horizonte (460km), sendo essas acessadas pelas BR 459, BR 101, BR 116 ( Rodovia Presidente Dutra), BR 381 (Rodovia Ferno Dias), BR 146 e BR 267, e pelo Aeroporto Embaixador Walther Moreira Salles, atualmente a cidade desempenha, fora o turismo, trs grandes papis; o comrcio que atrai pessoas de cidades vizinhas; as indstrias (Alcoa Aluminio, M&G Polymers, Fertilizantes Mitsui, Danone, Ferrero do Brasil, Cermica Togni, entre outras), que tem contribudo para um desenvolvimento forte do comrcio, do setor industrial e a parte universitria com cursos profissionalizantes exibindo quatro universidades; UNIFAL, UNIFENAS, UENG, e Pontifcia Universidade de Poos de Caldas (PUC) (PMPC, 2009). De acordo com a pesquisa de campo feita por Priscilla Prado, Poos de Caldas est equipada com 16 hospitais a rea da sade est em crescimento na construo de mais 2 hospitais, o Hospital do Cncer e o Hospital Climepe, aumentando qualidade de vida da regio. De acordo com informaes coletadas na prefeitura de Poos de Caldas, a educao conta com 66 pr-escolas (ensino infantil), 46 escolas (ensino fundamental) e 16 escolas (ensino mdio) chegando ao nvel de 94.8% a alfabetizao. Quanto o recolhimento e o enquadramento de gua e esgoto e energia eltrica, Poos possui seu prprio departamento de gua e esgoto, este que abastece cerca de 99,9% com gua tratada e tem uma coleta de esgoto em cerca de 99,2% das residncias.

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Devido ao municpio estar 1.200m de altitude o DMAE efetuou um estudo para estruturar qual seria a melhor forma de abastecer a cidade pois so poucos os recursos hdricos, e destes estabeleceu-se que a represa do Cip seria uma boa fonte de abastecimento (DMAE, 2006). Em 2004 a cidade concebeu o direito de gerar a sua prpria energia pelo DME (Departamento Municipal de energia eltrica) que abastece aproximadamente 100% da populao de 152.496 habitantes, dados da ltima pesquisa do IBGE (IBGE).

6.2

Planejamento e Execuo de Obras de Infraestrutura

De acordo com informaes coletadas no departamento de planejamento, em Poos de Caldas, existe um canal de comunicao por e-mail que vem do Fale Cidado, um programa de disque denncia, que pode ser utilizado pela populao para solicitar servios de infraestrutura que necessitam ser criados ou reparados. Solicitaes tambm so feitas durante visita do prefeito aos bairros da cidade, onde ele registra os pedidos em atas e as envia para departamento de planejamento da prefeitura. O departamento de planejamento da prefeitura de Poos de Caldas informou que recebe as solicitaes e as direciona de acordo com as necessidades. Dependendo do trabalho a ser executado, ele direcionado para a Secretaria de Servios Pblicos, que realizar reparos pequenos, como em caladas, buracos na via urbana, corte de mato em terrenos baldios, etc., ou para a Secretaria de Obras que realiza trabalhos em dimenses maiores, como construo de hospitais, escolas, praas de lazer, etc. Quando a solicitao referente a uma manifestao endmica, ela direcionada para a Vigilncia Sanitria.

6.3

Infraestrutura do comrcio em Poos de Caldas

Em entrevista com o prefeito de Poos de Caldas, Paulo Csar Silva, responsvel pela gesto de 2009 a 2012, fizemos a seguinte pergunta sobre a infraestrutura do comrcio na cidade: Podemos observar facilmente que a principal concentrao de comrcios se volta para o centro e isso tem feito com que o centro em determinadas datas torne intransitvel. O Senhor tem algum projeto para melhorar esse acesso ao centro, como aumento de estacionamentos e

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aumento das faixas para os carros transitarem? Ou algum tipo de projeto de descentralizao do comrcio? Segue abaixo a resposta dada pelo prefeito: O comrcio est bem estruturado nos quatro cantos da cidade com pontos comerciais instalados, a cidade cresce e se populariza sem preconceitos com os bairros extremos. J foram inicializadas obras de interligao entre bairros sem passar pelo centro, novas interligaes dos bairros com o centro atravs da construo de mais ruas e avenidas e um projeto de canalizao da Avenida Joo Pinheiro para evitar tumulto e grandes congestionamentos no centro da cidade unificando assim tambm o comrcio das outras regies (Silva, 2011).

6.4

Subsistemas de Infraestrutura da Prefeitura

6.4.1

Subsistema de Abastecimento de gua e Esgoto

De acordo com informaes coletadas no DMAE, para solicitar o servio do DMAE em caso de uma nova conexo para fornecimento de gua necessrio que a pessoa acione um encanador para realizar a construo de uma caixa de alvenaria no local desejado a ter disponibilidade de gua e depois informar ao DMAE atravs de qualquer atendente do balco de atendimento ao consumidor e este abrir um protocolo de atendimento agendando a data de execuo do trabalho de disponibilizao da gua at o ponto externo do local onde ser disponibilizada a gua. O encanamento e abastecimento interno do local de responsabilidade do proprietrio (DMAE - PC, 2006). De acordo com informaes disponibilizadas no site da prefeitura de Poos de Caldas, o Departamento Municipal de gua e Esgoto (DMAE), autarquia municipal foi criada no ano de 1965 na cidade de Poos de Caldas se tornando responsvel pela distribuio de gua em todo o municpio. Os dados levantados por essa autarquia mostram que 98,6 % de toda a rea do municpio est coberta atualmente pelos servios de gua e 94,0 % est coberto pela rede de esgoto. Existem seis pontos de captao na bacia das antas para garantir o abastecimento de gua, onde em termos de volume de gua, so gerados 440 litros por segundo (PMPC, 2009). Os pontos de captao so:

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Represa Saturnino de Brito atende a 38,0% do total da oferta, atravs da eta 1, que gera 170 litros/seg na captao;

ETA 2, produzindo 40 litros por segundo; ETA 3, no aeroporto, gerando 60 l/seg.; ETA 4, responsvel por 40 l/s; ETA 5, projetada para 220 l/s e opera atualmente apenas com 110 l/s; esta unidade responsvel pela previso de suficincia at 2010, uma vez que sua capacidade pode ser duplicada com investimentos. ETA 6, com capacidade para 20 l/s;

Sistemas de abastecimento de guaTabela 1 - Consumo de gua em de acordo com tipo de consumidores em Poos de Caldas

Categoria de Uso Residencial Industrial Comercial Poder pblico Total

Consumo - setembro 2001 520.805 23.173 81.525 26.328 651.831

Fonte: Departamento Municipal de gua e Esgoto

Sistema de esgoto sanitrioTabela 2 - Quantidade de consumo por tipo de cliente

Categoria de Uso Residencial Industrial Comercial Poder pblico Total

Consumo - setembro 2001 42.380 73 4.297 311 47.061

Fonte: Departamento Municipal de gua e Esgoto

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6.4.2

Subsistema de Energia

Conccel conselho de cidados consumidores de energia eltrica e tem como principal objetivo representar os consumidores de energia eltrica junto ao DME-PC, esclarecendo dvidas e orientando os consumidores de energia eltrica, interagindo diretamente entre a populao e o DME-PC. Os conselheiros e secretrios possuem mandato de dois anos em carter voluntrio e no remunerado, obedecendo a um calendrio mnimo de 6 reunies ordinrias ao ano ( DME - PC, 2010). De acordo com o site do DME, as empresas do Grupo DME so: empresas pblicas, ou seja, capital 100 % pblico; constitudas sob a forma de sociedade annima, pois esta a nica forma societria que permite s empresas terem somente um acionista; e de capital fechado, ou seja, no podero negociar seus valores mobilirios no mercado, constitudas nos termos da Lei Complementar Municipal n. 111, de 26/03/2010 ( DME - PC, 2010). DME Poos de Caldas Participaes S.A. Empresa recm constituda, tendo como nico acionista o Municpio de Poos de Caldas, e com o objetivo administrar suas subsidirias, DMED e DMEE, possuindo controle integral sobre elas. DME Distribuio S.A. - DMED Empresa que sucedeu o antigo Departamento Municipal de Eletricidade de Poos de Caldas, tendo como nico acionista a DME Participaes. Tem como objetivo gerar e distribuir energia eltrica para a cidade de Poos de Caldas. DME Energtica S.A. - DMEE Empresa que gera e comercializa energia de forma independente, tendo como nico acionista a DME Participaes. Nmeros rea de Cobertura: 544 km (IBGE* 2011) Municpio atendido: Poos de Caldas Populao: 149.667 (Censo IBGE* 2010) Clientes: 64.405 Unidades de Consumo

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Usinas hidreltricas: 5 Subestaes: 3 Transformadores de distribuio: 2.702 Lmpadas (iluminao pblica): 20.555 Rede de Distribuio: 1.326 Km Linhas de Transmisso 69Kv: 2,2 Km Linhas de Transmisso 138 Kv: 10,0 Km Capacidade Instalada: 227,11 MVA Energia Gerada: 257 GWh Consumo total de energia eltrica/ano: 398 GWh/ano Dados de Dezembro de 2010 (IBGE)

6.4.3

Subsistema de Transporte

De acordo com as informaes disponibilizadas no site da prefeitura de Poos de Caldas, o transporte coletivo responsabilidade de uma nica concessionria, atendendo todos os bairros da cidade (PMPC, 2009). O rgo responsvel pela administrao das linhas de coletivos em Poos responsabilidade da Socicam Terminais Rodovirios e representaes LTDA. Para atender a crescente demanda de trfego da cidade, vrios estudos esto sendo elaborados, para implantaes de novas vias estruturais e coletoras (PMPC, 2009). Est presentes na cidade, o transporte Rodovirio, que liga Poos diretamente com outras 80 cidades, transporte Ferrovirio, para movimentao de minrio e o transporte Aerovirio de categoria C (PMPC, 2009). Em entrevista com o prefeito de Poos de Caldas, Paulo Csar Silva, responsvel pela gesto de 2009 a 2012, fizemos a seguinte pergunta sobre a infraestrutura do comrcio na cidade: Podemos notar que vrias empresas de nibus fazem transportes que ligam Poos de Caldas s outras cidades ou outras cidades a Poos, no havendo qualquer tipo de monoplio por parte de nenhuma. O Senhor no acredita que na rea urbana, ou seja, dentro da cidade deveria ter pelo menos mais alguma empresa atuando para que houvesse uma concorrncia e

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para que fosse exterminado esse monoplio existente? Segue abaixo a resposta dada pelo prefeito: Foi dada uma concesso para a atual empresa de transporte coletivo (Circullare) para que esta tenha total autonomia at 2019, at l ento a prefeitura no se responsabilizar nesta rea e no ter outra empresa para realizar o transporte dentro da cidade no vai resolver o problema do monoplio do transporte, pois montar cartis uma prtica feita pelos postos de gasolina de diversas bandeiras e donos em Poos de Caldas. (Silva, 2011). 6.4.4 Subsistema de Comunicaes

De acordo com as informaes disponibilizadas no site da prefeitura de Poos de Caldas , a infraestrutura de comunicaes composta da seguinte forma: Servio de telefonia: a telefonia fixa em Poos de Caldas operada pela Telemar. A cidade atendida por cinco centrais telefnicas digitais e aproximadamente 34.000 terminais telefnicos, integrados ao sistema DDI e centro bilhetador de chamadas, com 720 canais de comunicao para ligaes interurbanas. Na telefonia celular, Poos de Caldas atendida pelas operadoras Vivo, TIM, Oi e Claro (PMPC, 2009). Servios postais: So executados pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos, que possui uma agncia no centro da cidade e mais dois pontos de atendimento atravs do sistema de franqueamento a terceiros; e pela Vaspex - Brascargo Ltda. que executa os servios de postagem de encomendas atravs do sistema de franqueamento a terceiros (PMPC, 2009). Emissoras de televiso:

Rede TV! EPTV Sul de Minas Bandeirantes SBT Record Rede vida Cano nova TV assemblia

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Futura Sculo 21 TV Cultura TV Poos TV Plan

Emissoras de rdio locais

Cultura AM/FM Difusora AM/FM Novo Tempo Libertas (Emissora oficial da Prefeitura) Rede Aleluia

Jornais locais

Mantiqueira Brand News Jornal da Cidade Folha Popular Jornal de Poos

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CONCLUSO

Diante do contedo apresentado observamos a grande importncia dos departamentos de infraestrutura urbana, pois sem eles seria muito complicado planejar e executar os trabalhos de forma a oferecer os servios que atendam as necessidades bsicas dos habitantes de uma cidade. Existe uma grande evoluo na prestao desses servios porque o avano tecnolgico possibilita otimizar as tcnicas utilizadas para garantir maior eficincia no planejamento e distribuio desses recursos. importante que a populao saiba como funciona um setor de to grande importncia na prefeitura de sua cidade para saber destinar e cobrar as necessidades solicitadas para melhorar a qualidade de vida de todos os habitantes independente de classe social ou localizao urbana. Fica claro que a presena popular essencial para que problemas de infraestrutura urbana sejam apontados e resolvidos pela prefeitura em virtude do bem estar de todos. Se informar e conhecer sobre a poltica local de uma cidade possibilita projetar uma expectativa de melhor qualidade de vida e mostra que os habitantes so fundamentais para ajudar a decidir de que forma uma cidade deve expandir e melhor distribuir os recursos bsicos.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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