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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL LUCIANO ROBERTO BRAUWERS C U I A B Á – M T 2004

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE

UM SISTEMA AGROFLORESTAL

LUCIANO ROBERTO BRAUWERS

C U I A B Á – M T

2004

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE

UM SISTEMA AGROFLORESTAL

LUCIANO ROBERTO BRAUWERS Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Dr. JOSÉ HOLANDA CAMPELO JÚNIOR

Dissertação apresentada à Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade Federal de Mato Grosso,

para obtenção do título de Mestre em

Agricultura Tropical.

C U I A B Á – M T

2004

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FICHA CATALOGRÁFICA

B825i Brauwers, Luciano Roberto Interceptação da radiação solar, crescimento e produção dos componentes de um sistema agroflorestal / Luciano Roberto Brauwers. – 2004. 62p. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2004. CDU - 630*22+633.15+633.493: 551.521.31

Índice para Catálogo Sistemático

1. Sistema agroflorestal – Radiação solar. 2. Radiação solar – Sistema agroflorestal. 3. Teca (Tectona grandi) – Produção e crescimento. 4. Mandioca (Manihot esculenta) – Produção e crescimento.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Título: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E

PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

AGROFLORESTAL

Autor: LUCIANO ROBERTO BRAUWERS

Orientador: Dr. JOSÉ HOLANDA CAMPELO JÚNIOR

Aprovado em 27 de fevereiro de 2004.

Comissão Examinadora:

__________________________________

Prof. Dr. José Holanda Campelo Júnior

(FAMEV/UFMT) (Orientador)

_____________________________

Prof. Dr. Francisco de Almeida Lobo

(FAMEV/UFMT)

_____________________________

Dr. Carlos Caneppele

(FAMEV/UFMT)

Page 5: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

DEDICATÓRIA

De modo especial dedico este trabalho aos meus pais Laury e

Leonila, pela imensa contribuição a minha formação e aos meus irmãos

Leandro e Luciane pelo entusiasmo de trilharem comigo os meus caminhos

para o desenvolvimento desta dissertação.

Page 6: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador José Holanda Campelo Júnior, pelos

ensinamentos, dedicação e apoio na realização deste trabalho.

À Danielle Beloto Silva, pela paciência, apoio e compreensão, nas

horas difíceis.

Ao meu amigo Joaquim Alex Rodrigues Duran, pelo companheirismo,

ajuda e apoio logístico.

Às estudantes de Agronomia Keila Vilela de Oliveira e Márcia

Partotski e ao Engenheiro Agrônomo Ronaldo de Assis Medeiros, pela ajuda

na coleta de dados.

Ao Dr. Carlos Caneppele, à Drª. Maria Aparecida Caneppele e ao

Prof. Dr. Francisco de Almeida Lobo, pelas significativas contribuições no

trabalho.

Ao CNPq, pelo apoio financeiro.

Ao CAPES, pela concessão da bolsa de estudo.

Aos professores de Curso de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato

Grosso.

À Universidade Federal de Mato Grosso, pela disponibilização de

equipamentos e laboratórios usados para fazer as análises.

À Fazenda Experimental da UFMT pelo apoio na implantação e

condução do experimento.

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“O Senhor é meu pastor;

nada me faltará.

Ele me faz repousar em pastos verdejantes.

Leva-me para junto das águas de descanso;

Refrigera-me a alma.

Guia-me pelas veredas da justiça por amor ao seu nome “.

Sl. 23. 1-3

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SUMÁRIO

Página

1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................... 15

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................... 23

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................... 32

5. CONCLUSÕES .............................................................................. 57

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 58

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LISTA DE FIGURAS

Página

1. Precipitação pluviométrica mensal para os anos de 2002 e 2003,

em Santo Antônio do Leverger – MT.............................................. 32

2. Quantidade de radiação solar incidente imediatamente acima das

copas das plantas do sistema agroflorestal, nos anos de 2002 e

2003, em Santo Antônio do Leverger – MT. ................................... 33

3. Valores de transmitância medidos sob o dossel das plantas de

teca nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m, entre agosto de 2002 e

agosto de 2003............................................................................... 36

4. Relação entre o índice de área foliar (IAF) e a intensidade relativa

de radiação solar fotossinteticamente ativa, dentro de um plantio

de teca no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m. ................................... 37

5. Radiação solar disponível para as plantas de mandioca e de milho,

consorciadas com a teca, nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m e

em monocultivo. ............................................................................. 38

6. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para coeficiente de

correlação entre os dados de área foliar, medidos e estimados

para a mandioca consorciada com teca no espaçamento 3 x 3 m. 40

7. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados para

a mandioca consorciada com teca no espaçamento 3 x 3 m. ........ 41

8. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o coeficiente

de correlação entre os dados de área foliar, medidos e estimados

pelas equações, para a mandioca consorciada com teca no

espaçamento 6 x 3 m. .................................................................... 42

9. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados pelas

equações, para a mandioca consorciada com teca no

espaçamento 6 x 3 m. .................................................................... 42

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10. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o coeficiente

de correlação entre os dados de área foliar, medidos e estimados

pelas equações gerais e equações específicas, para a mandioca

em monocultivo. .............................................................................. 43

11. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados pelas

equações gerais e equações específicas, para a mandioca em

monocultivo. ................................................................................... 44

12. Área foliar por planta de mandioca cultivada em monocultivo, em

consórcio com a teca, no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m. ............ 45

13. Número de folhas por planta de mandioca, cultivada em

monocultivo e consorciada com a teca, em espaçamento 3 x 3 m

e 6 x 3 m......................................................................................... 46

14. Altura das plantas de mandioca em cultivo consorciado com teca,

no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m e em monocultivo.................... 47

15. Área média das folhas de mandioca, em cultivo consorciado com

teca, nos espaçamento 3 x 3 m, 6 x 3 m e em monocultivo. .......... 48

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LISTA DE TABELAS

Página 1. Valores de área foliar e índice de área foliar das plantas de teca

(Tectona grandis L.F.), avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade,

cultivadas em sistema agroflorestal, na cidade de Santo Antônio

do Leverger - MT. ........................................................................... 35

2. Equações de regressão obtidas entre a área foliar medida e o

número de lóbulos (NL), comprimento do lóbulo central (CL), área

do círculo circunscrito (AC) e/ou a combinação dessas variáveis. .. 39

3. Produção de massa verde, matéria seca, produção de raízes

tuberosas, produção de raiz por planta, índice de colheita (IC) e

área foliar específica (AFE), de mandioca em sistema

agroflorestal..................................................................................... 51

4. Valores de altura do ápice, diâmetro ao nível do peito (DAP), e

volume de fuste de plantas de teca (Tectona grandis L.F.),

avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade, cultivadas em sistema

agroflorestal, Santo Antônio do Leverger - MT. ............................... 54

5. Valores do diâmetro de copa, medidos no sentido da linha e na

entrelinha, volume de copa de plantas de teca (Tectona grandis

L.F.), avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade, cultivadas em

sistema agroflorestal, Santo Antônio do Leverger - MT................... 56

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INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL

RESUMO - O objetivo do trabalho foi avaliar a interceptação da radiação

solar, o crescimento e a produção da teca (Tectona grandis L. F.), da

mandioca (Manihot esculenta Crantz) e do milho (Zea mays L.) cultivados

em sistema agroflorestal e em monocultivo. O trabalho foi desenvolvido na

Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, situada em

Santo Antônio do Leverger (15°48’S, 56°06’W e 140 m ao nível do mar). A

teca foi plantada em 1999, nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m,

consorciada com a mandioca e o milho e cultivada em monocultivo. As

culturas anuais foram plantadas em dezembro de 2002 e o espaçamento

usado foi de 0,8 x 1,0 m para a mandioca e de 0,2 x 0,8 m para o milho.

Foram avaliadas a radiação solar fotossinteticamente ativa incidente e

transmitida pelas plantas de teca, a área foliar e a produção do milho, da

mandioca e da teca. A produção de raiz da mandioca aos 12 meses de

idade foi de 0,56 t/ha e de 2,93 t/ha para as plantas em consórcio com a teca

no espaçamento 3 x 3m e 6 x 3 m, respectivamente, e de 15,94 t/ha para a

mandioca em monocultivo. A produção de milho em grãos foi de 0,24 t/ha e

de 0,39 t/ha para as plantas consorciadas com a teca no espaçamento 3 x 3

m e 6 x 3 m, respectivamente e de 1,18 t/ha para as plantas em monocultivo.

O volume de fuste da teca variou de 21,82 m³/ha a 41,29 m³/ha entre os

tratamentos. A radiação solar disponível para as plantas foi a principal causa

da variação do crescimento das espécies estudadas. As modificações

provocadas pelo sombreamento nas plantas de mandioca não foram

suficientes para alterar a forma de estimativa de área foliar quando as

variáveis usadas foram: comprimento do lóbulo central, área do circulo

circunscrito, número de lóbulos e combinação dessas.

Palavras-chave: radiação solar, Tectona grandis, Manihot esulenta, Zea

mays, consórcio.

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SOLAR RADIATION INTERCEPTION, GROWING AND PRODUCTION OF THE COMPONENTS OF AN AGROFOREST SYSTEM

ABSTRACT - The aim of this research was to evaluate the solar radiation

interception, the teak’s growing and production (Tectona grandis L.F.), of the

cassava (Monihot esculenta Crantz) and of the corn (Zea mays L.) cultivated

in agroforest systems and in monoculture. The research was developed at

the Experimental UFMT’S Farm, in an agroforest system, introduced in

December 1999, it was consisted by the cultivation of the teak at the space 3

x 3 m and 6 x 3 m joined with the cassava and corn cultivated in

monoculture. The space for the cassava was 0.8 m x 1.0 m and about the

corn 0.2 m x 0.8 m, even for the joined plants with the teak as well for the

plants for monoculture. The active photosynthetic radiation incident and

transmitted to the teak’s plants, the leave area, the corn, cassava and teak’s

production were evaluated. The cassava’s root production at 12 years old

was 0.56 t/ha and 2.93 t/ha for the plants joined with the teak at the space at

3 x 3 and 6 x 3 m, respectively and 15.94 t/ha for the cassava at the

monocultivation. The grain corn production was 243.96 kg/ha and 293.17

kg/ha to the plants joined with the teak at the space at 3 x 3 m and 6 x 3 m,

respectively and 1183.28 kg/ha to the plants for monocultivation. The trunk’s

volume from the teak varied from 21.82 m³/ha to 41.29m³/ha among the

treated areas. The solar radiation available to the plants was the main cause

of the growing variation of the studied species. The changes provided for the

shadow process in the plants of the cassava weren’t enough in order to

change the estimated leave form when the variants used were: central lobule

area, circumscribe circle area, number of lobules and combinations among

them. The only use of the independent variant, number of lobules from the

cassava leaves was inadequate to the estimate for the leave area.

Keywords: Solar radiation, Tectona grandis, Manihot esculenta, Zea mays,

intercropping

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1. INTRODUÇÃO

A teca (Tectona grandis L. F.) é uma espécie florestal que possui

grande importância econômica no mercado internacional. Mesmo assim, o

plantio da teca no Brasil ainda é inexpressivo. A maior área plantada se

encontra no Estado de Mato Grosso, com pouco mais de 10000 hectares

(Bufulin, 2001).

O produto comercial da teca no Brasil é a madeira e a produção

inicia-se com os primeiros desbastes, entre o 5º e 6º ano após o plantio, mas

a produção final ocorre aproximadamente aos 25 anos de idade (Cáceres

Florestal, 1997). Assim, a rentabilidade econômica nos primeiros anos de

cultivo é baixa o que dificulta a implantação desses reflorestamentos.O

cultivo inicial em sistema agroflorestal visa aumentar o rendimento

econômico, facilitando a implantação desses povoamentos.

Neste cenário, o estudo sobre o desenvolvimento da teca em

sistemas agroflorestais e a distribuição da radiação solar dentro desses

sistemas é importante para determinar arranjos que possibilitem

conservação ambiental e a rentabilidade econômica dos povoamentos de

teca.

A forma de como os componentes devem ser arranjados dentro de

um sistema agroflorestal é importante para evitar competições severas entre

as plantas pelos mesmos recursos naturais. Os sistemas agroflorestais não

são simples arranjos espaciais ou temporais de espécies, mas formas de

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uso e manejo dos recursos naturais, nos quais a escolha das espécies que

irão compor este sistema é determinante para otimização do uso desses

recursos.

A mandioca e o milho são amplamente cultivadas no Estado de Mato

Grosso e são importantes na geração de renda para agricultores. Também o

uso dessas espécies em sistemas agroflorestais já está bastante difundido,

mas existem poucas informações sobre o consórcio dessas espécies com a

teca.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a interceptação da radiação

solar, o crescimento e a produção da teca, da mandioca e do milho,

cultivados em sistema agroflorestal e em monocultivo.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A teca (Tectona grandis L. F.) é uma espécie florestal da família

Verbanaceae, decídua, podendo alcançar mais de 50 m de altura e 2 m de

diâmetro. As árvores geralmente apresentam dominância apical, que pode

ser perdida quando a planta entra na fase reprodutiva, dando uma copa mais

ampla com ramos numerosos. As folhas são opostas, grandes, de 0,11 a

0,85 m de comprimento e 0,06 a 0,50 m de largura. As inflorescências são

em panículas terminais, eretas, com 0,40 m de comprimento. O sistema

radicular é composto por uma raiz central e várias raízes laterais, que em

algumas vezes penetram verticalmente no solo, em uma profundidade de

aproximadamente mais de um metro (Chaves & Fonseca, 1991).

A teca ocorre naturalmente entre os paralelos 10° e 25° N, na Ásia,

principalmente na Índia, Birmânia, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Java,

com altitudes de 0 a 1300 m acima do nível do mar. Nessas regiões, as

condições climáticas são variáveis, temperatura média anual entre 21 e 28

ºC com amplitude pluviométrica de 760 até 2500 mm ao ano (Bufulin, 2001).

Chaves & Fonseca (1991) relatam que a teca requer um mínimo de 1000

mm por ano de chuva para produzir madeira e 760 mm por ano para

produtos secundários, como carvão e lenha. Segundo Cáceres Florestal

(1997), um período seco de três a cinco meses favorece a qualidade da

madeira produzida. A espécie, adapta-se a grande diversidade de solos,

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bem drenados, férteis e profundos, mas prefere solos de textura franco-

arenosos ou argilosos (Chaves & Fonseca, 1991).

A teca foi introduzida no Brasil há mais de 80 anos para fins de

pesquisas, mas o plantio em escala comercial ocorreu apenas no início da

década de 70, no Estado do Mato Grosso (Bufulin, 2001).

É uma espécie com hábito de crescimento pioneiro, crescendo

rapidamente. É uma planta heliófita, exige grande quantidade de luz solar,

não tolerando sombreamento (Cáceres Florestal, 1997).

O espaçamento utilizado entre as plantas de teca dependerá, em

grande parte, do tipo de produto a ser obtido, seja lenha, carvão ou madeira.

Chaves & Fonseca (1991), relatam que se encontram plantios de teca desde

1,5 m x 1,5 m até 3,0 x 6,0 m. Segundo Bufulin (2001), geralmente se utiliza

o espaçamento de 1,8 x 1,8 m e 2,0 x 2,0 m. Cáceres Florestal (1997),

recomenda o espaçamento de 3,0 x 2,0 m entre plantas, sendo esse

espaçamento atualmente o mais utilizado nos plantios de teca do Estado de

Mato Grosso.

A madeira da teca tem boa aceitação no mercado internacional, por

suas características, como o peso específico de cerca de 0,65 t/m³,

situando-se entre o cedro e o mogno, boa resistência em relação ao peso e

apresenta uma estabilidade na madeira, pois praticamente não empena

(Bufulin, 2001). Em função desses fatores, a espécie vem sendo plantada

em escala crescente no Brasil. Veit (2000), descreve que a teca surge como

uma opção para investimento financeiro com perspectiva de segurança e

elevada rentabilidade.

À medida que as plantas crescem, necessitam de mais volume de

solo para satisfazer suas crescentes necessidades de água e nutrientes; e

espaço físico aéreo para desenvolver a copa. Assim, quando o objetivo do

reflorestamento é a produção de madeira para serraria, se faz necessário o

uso de desbastes, para promover maior incremento em volume por árvore,

no menor tempo possível (Cáceres Florestal, 1997).

Embora os volumes colhidos nos desbastes sejam menores e a

qualidade de sua madeira inferior àquela do corte final, sua utilização

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comercialização e industrialização são viáveis e podem gerar retorno

econômico. A produção de madeira de teca de valor comercial aos 25 anos

de idade, em corte final, varia de 250 a 375 m³/ha (Cáceres Floresta, 1997).

Weaver (2000) relata que a teca tem sido usada com êxito em

sistemas agroflorestais e em enriquecimentos. Na Indonésia, o tabaco foi

plantado em áreas comerciais de teca. Na Índia, o plantio consorciado de

amendoim e soja resultaram em plantações muito remunerativas, e esses

cultivos intercalares não afetaram a produção de madeira. A Curcuma longa

L. foi também consorciada com êxito em cultivos de teca com mais de dois

anos de idade na Índia e existem ainda, relatos de outras espécies

consorciadas com a teca, como o arroz de montanha, milho, pimenta,

algodão, mandioca e gengibre. Antes de 1962, a teca havia se estabelecido

em Trinidad pelo método taungya, e era plantada diretamente com semente

ou plantação de tocos junto com culturas anuais como o milho e o arroz.

O uso de culturas intercalares pode ser uma opção para cobrir parte

do investimento necessário para implantação de cultivos de plantas perenes

(Montoya & Mazuchowki, 1994). Assim, torna-se importante reunir

informações sobre o desenvolvimento e a produção da teca em sistemas

agroflorestais e as espécies agrícolas que possam ser utilizadas nesses

sistemas de cultivo.

A cultura da mandioca pode ser cultivada consorciada com a teca.

Segundo Ramos & Abreu (1995), as condições edafoclimáticas favoráveis

ao cultivo na região Sudoeste do Estado de Mato Grosso e a tradição de

consumo deste produto e seus derivados torna esta cultura como uma

alternativa econômica atrativa para os produtores da região.

A mandioca é uma espécie importante na constituição da alimentação

humana e animal. É cultivada em quase todo o território brasileiro e em

variados sistemas de cultivo, graças a sua adaptabilidade às diversas

condições de disponibilidade de água, nutriente e luz. Sendo assim, é

importante na geração de renda de agricultores e também no setor

agroindustrial, pois dela se obtém diversos produtos como farinhas, fécula,

etc.

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Outra espécie que pode ser utilizada como cultura intercalar em

sistemas agroflorestais é o milho. Segundo Rondon et al. (1996),

trabalhando com consórcio de castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa

Humb. & Bonpl.) com cafeeiro e milho, constataram que a produção do milho

reduziu a partir do segundo ano após a implantação do ensaio, mas no

primeiro ano de cultivo mostrou bons resultados de produção.

Melo (1992), concluiu em seus estudos que o consórcio de

Eucalyptus grandis e de Pinus oocarpa com mandioca, arroz e Andropogon

gayanus é perfeitamente viável, podendo trazer retorno econômico sem

prejudicar a produção de madeira. Passos et al. (1992), estudando o

consórcio de milho com Eucalyptus grandis, verificaram que a produção do

milho foi afetada pela cultura florestal, porém, mesmo assim os sistemas

consorciados foram mais eficientes no uso da área.

As plantas verdes transformam a energia radiante em energia química

pela fotossíntese (Magalhães, 1985). Assim, um fator determinante para a

produção agrícola é a eficiência fotossintética das plantas, que pode ser

determinada em termos de conversão da energia solar ou em fitomassa total

ou em produtos úteis. A eficiência fotossintética de conversão da radiação

fotossinteticamente ativa (PAR, 400 a 700 nm) das culturas é baixa, não

atingindo 1% para a maioria das espécies. Em condições ótimas registram-

se eficiências de 3 a 4% para plantas do tipo C3 e de 5 a 6% para plantas do

tipo C4. No entanto, estima-se que a produtividade potencial possa ir a 12%

(Bernardes, 1987).

Segundo Powles (1984), o excesso de luz pode prejudicar o aparelho

fotossintético das plantas e a intensidade luminosa na qual isto acontece

depende da espécie e do tipo de folha, de sol ou de sombra, sendo que em

intensidade de luz alta ocorre foto-oxidação. A redução na atividade

fotossintética por grande intensidade luminosa pode ainda ser intensificada

por outros estresses.

Em intensidade de luz baixa, a taxa real de fotossíntese torna-se

menor que a taxa de respiração, e a taxa líquida da fotossíntese torna-se

negativa. A intensidade na qual os dois processos se equilibram é chamado

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de ponto de compensação da luz, e é característico para cada espécie,

podendo mudar em diferentes estádios do ciclo de vida. As plantas não

conseguem sobreviver por muito tempo abaixo do seu ponto de

compensação, embora possam tolerar curtos períodos de sombreamento

intenso. Por esse motivo, as plantas adaptadas às condições de sombra

apresentam pontos de compensação mais baixos do que as adaptadas ao

sol (Bernardes, 1987).

No ambiente natural, a altitude solar muda durante o ciclo diário,

causando a movimentação das áreas de sombra e de luz no interior da copa,

como também a mudança na qualidade da luz incidente no dossel. O vento

pode provocar mudanças mais rápidas evidenciando grandes implicações na

fotossíntese. (Bernardes, 1987).

Em geral, as respostas apresentadas pelas plantas à variação na

disponibilidade de luz costumam envolver alterações nas características das

folhas relacionadas à fotossíntese, como a razão clorofila a/b, espessura

foliar, teor de nitrogênio, densidade estomática, e/ou alterações na

proporção de tecidos fotossintetizantes em relação aos não

fotossintetizantes, levando a modificações na distribuição da biomassa

(Goulet & Bellefleur, 1986; Nakazono et al., 2001).

A fração da radiação fotossinteticamente ativa (PAR) que é

interceptada pelo cultivo, fixa o limite superior da produtividade potencial

abaixo das condições climáticas (Jackson, 1983).

Considerando a produtividade potencial de sistemas de cultivo

múltiplos, especialmente sistemas consorciados com árvores, arbustos e

cultivos de cobertura do solo, é essencial avaliar a estimativa da radiação

PAR interceptada por cada componente a qualquer tempo e integrar isto

durante o tempo de cultivo que eles ocupam o mesmo espaço (Jackson,

1983).

A forma como a área foliar é distribuída verticalmente na copa

também influencia a proporção de luz incidente que penetra no dossel.

Assim, a distribuição da luz dentro de uma comunidade de plantas pode ser

expressa pela analogia da lei de Beer-Lambert (Swinehart, 1962):

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20

IAF*k

0 eII −⋅= ………………………...……………………………………………(1)

onde:

I = intensidade de luz a uma altura dada dentro de uma

comunidade de plantas;

I0 = intensidade de luz na parte superior da comunidade de

plantas;

e = base dos logaritmos naturais;

k = coeficiente de extinção;

IAF = índice de área foliar da parte de cima até a altura em

questão.

As respostas, em produtividade à densidade populacional dependem

se o produto agrícola é resultado do crescimento vegetativo ou do

crescimento reprodutivo da planta. Pois o crescimento vegetativo está ligado

ao acúmulo de matéria seca, que pode responder em curva assintótica ao

aumento da densidade. Já o crescimento reprodutivo (de sementes e frutos)

responde de forma parabólica (Bernardes, 1987).

Bernardes (1987) relata que a interação entre as plantas de uma

cultura pode ocorrer de duas formas: a) a competição por luz instala-se

rapidamente, isto é o caso das culturas anuais, em que se deseja é o rápido

crescimento da área foliar e uma arquitetura foliar que reduza ao máximo o

auto-sombreamento; b) a competição por luz instala-se lentamente, exemplo

das culturas perenes de ciclo longo. Nesta situação é desejável um aumento

do índice de área foliar (IAF), que pode ser obtido por manipulação da

arquitetura da copa ou pelo aumento da densidade associada a desbaste

posterior.

Alencar & Araújo (1980), observaram que o crescimento de 21

espécies florestais Amazônicas cultivadas sob sombra da floresta foi inferior

ao crescimento das espécies cultivadas a pleno sol. Pillar et al. (2002),

constataram que a composição de espécies em comunidades do estrato

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21

herbáceo, sob floresta plantada com eucalipto está associada ao grau de

sombreamento.

Nygren et al. (1993), verificaram que transmitância da luz em plantas

de Erytrina poeppigiana (Walpers) variou dentro da copa e com o tempo de

poda das plantas. Segundo Andrade et al. (2002), a transmitância da

radiação PAR incidente sobre as plantas baginha (Stryphodendron

guianense (Aubl.) Benth.), em sistema de pastagem, variou de 12,2% a

72,9%.

Define-se como rendimento máximo ou potencial de uma cultura,

aquele obtido de uma variedade altamente produtiva e adaptada ao

respectivo ambiente, sem que hajam limitações de crescimento tais como: a

falta de água e ou nutrientes e a ocorrência de pragas durante todo o

período de desenvolvimento da cultura. Doorenbos e Kassam (1994),

apresentam duas metodologias para estimar o rendimento potencial,

baseadas no conceito de De Wit (1965): o método de Wageningen e o

método da zona agroecológica.

Campelo Júnior et al. (1990), estimaram o rendimento potencial de

produção de grãos, em Mato Grosso, para as culturas do sorgo, feijão, soja,

algodão, arroz e trigo. Ittersum (1972), usou o conceito de De Wit para

estimar o rendimento potencial de três cultivares de arroz para Los Baños

(14º N).

O desenvolvimento de uma planta pode ser acompanhado por

estruturas morfológicas ou anatômicas, como ramificações, folhas, flores,

frutos, raízes, e também por medidas de superfície, que estão relacionadas

à determinação ou estimativa da superfície fotossinteticamente ativa,

principalmente quanto às regiões do limbo foliar.

Existem vários métodos para se estimar a área foliar. A escolha do

método a ser utilizado dependerá de vários fatores como: a espécie em

estudo, o objetivo da pesquisa, a disponibilidade de material vegetativo, a

disponibilidade de equipamentos e mão-de-obra.

Quando se utiliza método destrutivo para estimar a área foliar existe

uma dificuldade que é o número de plantas a serem eliminadas ou

Page 23: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

22

desfolhadas, a cada avaliação. Isto requer um número maior de plantas por

parcela, o que nem sempre é possível se dispor, principalmente quando se

trata de plantas de ciclos mais longos como a mandioca. Então, torna-se

necessário o uso de métodos não destrutivos, nos quais a área foliar é

estimada sem danificar a planta, podendo a mesma planta ser utilizada em

avaliações subseqüentes. Para isso pode-se utilizar equações de regressão

que estimam a área foliar por características foliares facilmente obtidas

como: o maior comprimento, a maior largura, o comprimento do lóbulo

central, o número de lóbulos ou combinações dessas características.

Carvalho et al. (1979), comparando métodos de determinação de área

foliar de mandioca cv. Riqueza, recomendam o método de regressão,

usando o diâmetro do círculo circunscrito à folha, e o comprimento do lóbulo

central, como variáveis independentes para obter a área foliar.

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23

3. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Experimental da

Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, localizada no Município de

Santo Antônio do Leverger - MT, com latitude de 15,8ºS, longitude 56,1ºW e

altitude de 140 m acima do nível do mar. A região é denominada Depressão

Cuiabana e apresenta clima do tipo Aw, segundo Köppen, vegetação de

cerrado e solos litólicos distróficos, concrecionários (Plintossolos distróficos),

às vezes epicascalhentos. O solo do local do experimento apresenta uma

profundidade média de 0,90 m.

O experimento foi implantado em dezembro de 1999 e consistiu no

cultivo da teca em dois espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m, cultivada em

monocultivo e consorciada com a mandioca e o milho, em ambos os

espaçamentos, num total de seis tratamentos:

Tratamento 1 = teca no espaçamento 3 x 3 m + milho;

Tratamento 2 = teca no espaçamento 3 x 3 m + mandioca; Tratamento 3 = teca no espaçamento 3 x 3 m em monocultivo;

Tratamento 4 = teca no espaçamento 6 x 3 m + milho; Tratamento 5 = teca no espaçamento 6 x 3 m + mandioca; Tratamento 6 = teca no espaçamento 6 x 3 m em monocultivo.

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24

No período de dezembro de 1999 até março de 2000 foi plantado o

primeiro ciclo das culturas de mandioca e do milho. A área ficou em pousio

de abril de 2001 a novembro de 2002. Para a realização do trabalho, foi

plantado um novo ciclo da cultura da mandioca e do milho, em dezembro de

2002.

Os espaçamentos utilizados tanto no consórcio com a teca como em

monocultivo para a mandioca foi de 0,8 x 1,0 m e de 0,2 x 0,8 m no milho. A

cultivar de mandioca utilizada foi a Liberata e a variedade de milho usada foi

a BR-106.

A limpeza da área foi feita com roçada e, após rebrota das ervas

daninhas, aplicou-se herbicida à base de glifosat. Em seguida realizou-se o

plantio da mandioca e do milho. A condução da limpeza, ao longo do

desenvolvimento das plantas, foi feita com capinas manuais no momento em

que se verificou a infestação por plantas daninhas, que poderiam afetar o

desenvolvimento das culturas anuais. Nas parcelas de teca em monocultivo

a limpeza da área foi feita com roçadas mecanizadas.

Os dados meteorológicos usados no trabalho foram coletados na

Estação Agraclimatológica Padre Ricardo Remetter, localizada na Fazenda

Experimental da UFMT, à aproximadamente 1000 m do local de instalação

do experimento.

A determinação da radiação solar incidente foi realizada mediante a

integração numérica da curva de registro diária do diagrama do piranógrafo,

com auxílio do programa Digitize, versão 0.99. Para as datas em que a

radiação solar incidente não havia sido registrada pelo piranógrafo, foi usado

o modelo de Ângström – Prescott (Campelo Júnior, 1998).

Os sensores usados para medir a radiação solar fotossinteticamente

ativa PAR foram do modelo PAR-1 (PP-Systems, London, UK) e as medidas

instantâneas, tomadas a cada 1 minuto, foram registradas através de um

datalogger, modelo 21X (Campbell Scientific do Brasil, São Paulo, Brasil).

A radiação solar PAR, global foi medida paralelamente acima e

abaixo da copa das plantas de teca, nos dois espaçamentos: 3 x 3 m e 6 x 3

m. As medidas foram realizadas a intervalos de aproximadamente 30 dias,

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25

entre agosto de 2002 a agosto de 2003. Foram utilizados cinco sensores

para se fazer as medidas de radiação solar PAR, instalados em nível a 0,10

m do solo. Três sensores foram instalados aleatoriamente abaixo das copas

das plantas de teca de uma mesma parcela, obtendo-se a radiação PAR

global transmitida média. Dois outros sensores foram instalados em uma

área próxima da parcela, onde não houvesse sombreamento provocado

pelas plantas de teca, sendo um a pleno sol para a medida da radiação PAR

global incidente e outro sob um anel de sombra, obtendo-se apenas a

radiação PAR difusa (Horowitz, 1969).

Para efeito de cálculo foram descartados os períodos nublados e

aqueles em que os sensores localizados abaixo das copas ficaram a pleno

sol. A transmitância foi obtida da seguinte maneira:

( ) 100incidente PAR Radiação

atransmitid PAR Radiação% ciaTransmitân ⋅= ……………………(2)

O coeficiente de extinção da luz foi obtido através da analogia da lei

Beer-Lambert.

A produção de grãos de milho foi avaliada no final do ciclo, aos 107

dias após o plantio, em um metro linear de cultivo por parcela. A área foliar e

a altura das plantas de milho foram determinadas aos 36 e aos 98 dias após

o plantio em três plantas escolhidas ao acaso, dentro da área útil das

parcelas.

A área foliar das plantas de milho foi estimada através da equação de

regressão, desenvolvida por Caseiro et al. (1997):

LC0,7311,395AF ⋅⋅+= ..............................................................................(3)

onde:

AF = área da folha (m²);

C = comprimento da folha de milho (m);

L = maior largura da folha (m).

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26

Nas plantas de mandioca, periodicamente, foram determinados a

altura, a área foliar e o índice de área foliar (IAF), utilizando-se para isso três

plantas, sorteadas aleatoriamente dentro da área útil da parcela. A produção

e a área foliar específica (AFE) das plantas de mandioca foram medidas aos

12 meses após o plantio.

A área foliar das plantas de mandioca foi estimada, por método

indireto não destrutivo, através do uso de regressões.

O IAF para a mandioca, o milho e a teca foi obtido entre a razão da

área foliar média das plantas em cada parcela, pelo espaçamento utilizado

no plantio de cada espécie.

A matéria seca das plantas de mandioca e de milho foi determinada

em estufa de circulação forçada, a 70ºC até atingir peso constante.

Para avaliar eventual diferenciação morfológica das folhas de

mandioca entre os sistemas de cultivo foram realizadas duas coletas

aleatórias de folhas, para obtenção equações de regressão e validá-las. A

primeira coleta foi realizada quando as plantas estavam com 74 dias de

idade, sem distinção de tratamento. Quando as plantas de mandioca

reiniciaram a emissão foliar, aos 297 dias de idade, foi realizada a segunda

coleta de folhas em cada sistema de cultivo. Com as folhas da primeira e

parte das folhas da segunda coleta foram obtidas equações de regressão.

Parte das folhas da segunda coleta foram utilizadas para verificar se existia

diferença entre as equações obtidas.

As variáveis independentes usadas nas equações de regressão

foram: comprimento do lóbulo central (CL), número de lóbulos (NL), e área

do círculo circunscrito da folha (AC). Também foram usadas as combinações

dessas variáveis. A área do círculo circunscrito foi obtida usando como

diâmetro do círculo o comprimento do lóbulo central.

Para correlacionar os valores estimados com os medidos, foram

considerados: a precisão – coeficiente de correlação, “r” e a exatidão –

índice de Willmott, “d”. A precisão foi dada pelo coeficiente de correlação

que indicou o grau de precisão dos dados obtidos em relação à média, ou

seja, o erro aleatório. A exatidão estava relacionada com o afastamento dos

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27

valores estimados em relação aos observados, e foi dada pelo índice de

Willmott (Willmott, 1985).

( )

( )∑

=

=

−+−

−−= n

1i

2

ii

n

1i

2i

OOOiP

OiP1d .....................................................................(4)

onde:

d = índice de Willmott é adimensional variando entre 0 e 1 e o

valor 1 denota completo ajustamento entre os valores

observados e os estimados e 0 a condição oposta;

Pi = valores estimados;

Oi = valores observados;

O = média dos valores observados;

n = número de observações.

Com os valores de área foliar da mandioca, medidos e estimados, foi

gerada aleatoriamente uma re-amostragem com reposição, através do

programa Resampling Stats Excel©, versão 2.0. Em seguida, foram

determinados os valores do coeficiente de correlação e o índice de ajuste de

Willmott. Esses índices obtidos em 100 re-amostragens com reposição, pelo

método de Bootstrap, revelaram os intervalos de confiança, com 95% de

probabilidade.

As medidas de crescimento da teca foram feitas em intervalos de

aproximadamente 4 meses. Mediu-se o diâmetro do caule ao nível do solo

(DAS), o diâmetro ao nível do peito (DAP) a 1,30 m do solo e a projeção de

copa na linha e na entrelinha. A altura do ápice e a altura da base da copa

das plantas de teca foram estimadas com auxilio de um clinômetro,

efetuando cálculos da seguinte forma:

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28

DtgαhH olho ⋅+= ..........................................................................................(5)

onde:

H = altura do ápice ou da base da copa das plantas de teca

(m);

holho = altura do solo até o olho da pessoa que manuseia o

clinômetro (m);

α = ângulo lido no aparelho (º);

D = distância da pessoa que manuseia o clinômetro à planta

que está sendo avaliada.

Para efeito de cálculo, a copa das plantas de teca foi considerada

como uma elipse, que obedece a equação:

12

2

2

2

2

2

=++cz

by

ax ...........................................................................................(6)

onde:

a, b e c = semi-eixos do elipsóide;

x, y e z = coordenadas de um ponto no elipsóide.

Com os valores da projeção, altura do ápice e base da copa, foi

obtido o volume de copa, pela equação a seguir:

cbaV ⋅⋅⋅=3

4π ............................................................................................(7)

onde:

V = volume de copa (m³);

a = raio da copa na linha (m);

b = raio da copa na entrelinha (m);

c = raio da copa na altura (m).

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29

A área foliar das plantas de teca foi obtida pela análise dos dados

coletados, em uma área reflorestada com plantas da espécie com idade

próxima a das plantas do experimento. Os dados de área foliar e as

características de copa da planta de teca foram obtidos em medidas

mensais, de três plantas selecionadas ao acaso.

Inicialmente a área foliar de uma amostra de 40 folhas foi medida

instrumentalmente, com o auxílio do programa de análise de imagens Sigma

Scan Pro, que calculava automaticamente a área foliar da imagem

digitalizada, em escala, de cada folha. A partir dos pares de valores de área

foliar calculada e o produto dos respectivos comprimentos e larguras dos

limbos foliares, gerou-se uma equação de regressão linear, que permitia

estimar a área foliar, sabendo-se o valor do produto do comprimento pela

largura da folha.

Para realizar as determinações da área foliar total de cada planta, em

cada mês, empregou-se uma relação alométrica entre a área foliar e a

respectiva massa fresca de uma amostra de 20 folhas, nas quais o limbo

foliar não poderia apresentar danos. A massa verde total das folhas das

planta de teca foram obtidas retirando-se todas as folhas da planta.

A área de cada folha de teca e de mandioca foi obtida através de

imagens digitais e com auxílio do programa de análise de imagens Sigma

Scan Pro, versão 5.0.0.

Para estimar o rendimento potencial (Ymp) da cultura da mandioca e

do milho foi utilizado o método da Zona Agroclimática, proposto por

Doorenbos e Kassam (1994), através da aplicação do conceito de De Wit

(1965).

O rendimento potencial de uma variedade altamente produtiva,

climaticamente adaptada e desenvolvida em condições livres de quaisquer

limitações durante o período de crescimento em G dia, é:

a) Quando ym > 0,02 t/ha/hora;

( ) ( ) ([ ]ycym0,0250,5F-1yoym0,010,8FGcHcNcLYmp ⋅⋅+⋅+⋅⋅+⋅⋅⋅⋅⋅= ) .....(8)

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30

b) Quando ym < 0,02 t/ha/hora;

( ) ( ) ([ ]ycym0,05F-1yoym0,0250,5FGcHcNcLYmp ⋅⋅⋅+⋅⋅+⋅⋅⋅⋅⋅= ) .....(9)

onde: Ymp = rendimento potencial (t/ha/período);

cL = correção em função do desenvolvimento da cultura e área

foliar;

cN = correção para a produção de matéria seca: 0,6 em

condições frias e 0,5 em condições quentes;

cH = correção para o índice de colheita. Para a mandioca o

índice de colheita usado foi de 0,55 e para o milho de 0,35

(FAO, 1981);

G = período total de crescimento (dias);

F = parte do dia em que o céu está nublado (fração);

ym = taxa máxima de produção bruta de matéria seca de

folhas da cultura para determinado clima (t/ha/dia);

yo = produção bruta de matéria seca da cultura padrão para

determinado local, num dia completamente nublado

(t/ha/dia);

yc = taxa de produção bruta de matéria seca da cultura padrão

para determinado local, num dia claro (sem nuvens)

(t/ha/dia).

No presente trabalho, de acordo com a análise feita dos valores

apresentados por Doorenbos e Kassan (1994), os valores de cL foram

estimados pela equação de regressão, em função do IAF da cultura

(Equação 10, r² = 0,98).

2IAF0,0185-IAF0,1924cL ⋅⋅= .................................................................(10)

Na mandioca o rendimento potencial foi calculado de acordo com o

intervalo entre as medidas de área foliar das plantas. Assim, os valores de G

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31

usados variaram de acordo com número o de dias entre as medidas. No

milho, o G foi de 108 dias, correspondendo ao número de dias necessários

para completar o seu ciclo.

Um dia parcialmente encoberto pode ser considerado como

constituído de uma parte de F em que a radiação se comporta como num dia

inteiramente encoberto, e a outra parte em que a radiação se comportaria

como num dia perfeitamente claro.

( )AC0,8

Rg0,5-ACF⋅

⋅= ......................................................................................(11)

onde: Rg = radiação de ondas curtas real incidente na superfície

terrestre (cal/cm²/dia);

AC = corresponde a transmitância atmosférica de 80%.

Os valores yc (t/ha/dia) e de yo (t/ha/dia) foram obtidos de acordo

com Campelo Júnior (1990):

AC0,5531,66yo ⋅+= ................................................................................(12)

AC0,90107,00yc ⋅+= ..............................................................................(13)

onde: AC = corresponde a transmitância atmosférica de 80%.

0Q0,800,50AC ⋅⋅= .....................................................................................(14)

onde: Q0 = radiação extraterrestre de ondas curtas (cal/cm²/dia).

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32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A precipitação pluviométrica em Santo Antônio do Leverger – MT, em

2002 e 2003, apresentou um comportamento de acordo com o padrão

regional (Campelo Júnior et al., 1991), onde se verifica que praticamente não

ocorrem chuvas nos meses de junho a agosto (Figura 1).

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��������������������

��������������������

����������

���������� ������ ����� �����

���������������

����������

������������������

���������������������������������������������

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses

Prec

ipita

ção

men

sal (

mm

)

����Precipitação 2002 Precipitação 2003

Figura 1. Precipitação pluviométrica mensal para os anos de 2002 e 2003,

em Santo Antônio do Leverger – MT.

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33

A quantidade de radiação solar média incidente, imediatamente acima

das copas de teca, em Santo Antônio do Leverger – MT, variou de 11,08

MJ/m²/dia a 18,77 MJ/m²/dia em 2002 e de 11,15 MJ/m²/dia a 17,19

MJ/m²/dia em 2003. A quantidade de radiação solar incidente (Figura 2)

variou entre 2002 e 2003, mas, se apresentou dentro da variação esperada

na região (Campelo Júnior, 1998).

igura 2. Quantidade de radiação solar incidente imediatamente acima das

oram observados comportamentos diferentes na forma das folhas de

teca, u

������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������

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��������������������������������������������������

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������������������������������������������������������������������������

0

5

10

15

20

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses

Rad

iaçã

o so

lar (

MJ/

m²/d

ia)

����Radiação solar 2002 Radiação solar 2003

Fcopas das plantas do sistema agroflorestal, nos anos de 2002 e

2003, em Santo Antônio do Leverger – MT.

F

tilizadas para obter as equações de regressão, sendo, estimadas

duas equações de regressão, uma para estimar a área das folhas de teca

com comprimento do limbo foliar menor ou igual a 0,25 m (Equação 12) e

outra usada para folhas em que o comprimento do limbo foliar fosse maior

que 0,25 m (Equação 13).

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34

LC0,43324,3524AF ⋅⋅+= .......................................................................(15)

.....................................................................(16)

onde:

AF = área foliar (m²);

lha (m);

e outubro a maio observou-se que a área foliar das folhas ocupava o

espaço

.............(17)

Para o período compreendido entre maio e setembro a área foliar das

planta

rença estatística significativa entre os tratamentos para as

caract

amento 6 x 3 m consorciada com

milho

m de 1,38 a 2,50 entre os

tratam

AF LC0,646593,977 ⋅⋅+−=

C = comprimento da fo

L = maior largura da folha (m).

D

delimitado pela copa e então, para estimar a área foliar da planta,

aplicou-se a equação de regressão usando como variável independente o

volume de copa (Equação 14, r² = 0,88). Este método já foi aplicado em

espécies como o café por Favarini et al. (2002).

teca deplantas das copa de Volume1,15971,1668AF planta da ⋅+=

s de teca foi estimada por interpolação numérica linear, assumindo

que no equinócio de primavera, em 23 de setembro, a área foliar das plantas

de teca foi zero.

Houve dife

erísticas de AF e do IAF, para as plantas de teca avaliadas dos 38 aos

61 meses de idade, cultivadas em SAF’s.

As plantas teca cultivadas no espaç

e em monocultivo apresentaram os maiores valores de AF, 5,69 m² e

4,86 m², respectivamente, sendo estatisticamente iguais entre si e

superiores aos demais tratamentos (Tabela 1).

Os valores do IAF para a teca variara

entos. As plantas de teca no espaçamento 3 x 3m consorciadas com

milho e mandioca não apresentaram diferença estatística entre os valores de

IAF. Nas plantas no espaçamento 6 x 3 m consorciadas com milho, houve

diferença estatística significativa entre os valores de IAF (Tabela 1). Esta

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35

diferença nos valores de IAF entre os tratamentos pode influenciar na

quantidade de radiação disponível para as plantas.

Xavier et al. (2002), estudando Eucalyptus grandis W. Hikk ex Maiden

clone M

radiação

solar

Tabela 1. Valores de área foliar e índice de área foliar das plantas de teca

Sistema de cultivo Área foliar (m²/planta) IAF

G 1, obtiveram IAF de 4,31 e 1,72 para talhões de 24 e 60 meses de

idade, verificando um decréscimo do IAF com a idade das plantas.

Plantas com maior área foliar têm maior aproveitamento da

incidente sobre a cultura, ao passo que, menores valores de IAF

indicam um menor auto-sombreamento, o que permite maior eficiência no

processo fotossintético.

(Tectona grandis L.F.), avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade,

cultivadas em sistema agroflorestal, na cidade de Santo Antônio

do Leverger - MT.

Teca 3 x 3 m + milho 2,50 A 4,71 B

4,33 C 2,15 A

Teca 3 x 3 m monocultivo 4,06 C 1,88 B

Teca 6 x 3 m + milho 5,69 A 1,91 B

5,38 B 1,38 C

Teca 6 x 3 m monocultivo 4,86 A 1,67 B

Coeficiente de variação 5,21 11,87

ste de S

Teca 3 x 3 m + mandioca

Teca 6 x 3 m + mandioca

* Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si, pelo te cott-Knott, à 5% de probabilidade.

m geral, a transmitância das copas de teca no espaçamento 3 x 3 m

foi me

meses de julho a outubro.

E

nor do que no espaçamento 6 x 3 m, variando de 20,32% a 72,73% e

de 36,43% a 89,86% ao longo do período de observação, respectivamente

(Figura 3). Como a teca é uma planta que perde as folhas em determinado

período do ano, os maiores valores de transmitância ocorreram no final do

período de abscisão foliar e início da emissão foliar, coincidentes com os

Page 37: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

36

Campelo Júnior et al. (1996), avaliando a interceptação da luz pela

seringueira, obtiveram transmitância de 57% a 87%, em média de 72%, na

fileira c

ncial de milho e

feijão,

teca nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m, entre agosto de 2002

Andrade et al. (2002), estudando a transmissão de luz em sistemas

silvipastoris com Eucalyptus sp., observaram que a transmitância diminuiu

com a

pela analogia da lei de Beer-Lambert. O valor do

om espaçamento de 3 m entre plantas e de 56% a 93% em média de

75%, na entrelinha da seringueira, com espaçamento de 4 m, demonstrando

que a transmitância aumentou com o espaço entre plantas.

Nygren et al. (1993), estudando a transmissão da radiação solar na

copa de Erytrina poeppigiana (Walpers), em cultivo seqüe

determinaram uma transmitância de 46,6% a 0,40 m da superfície da

copa e a um metro da superfície a transmitância diminuiu para 14,8%. Os

autores também observaram uma variação da transmitância no tempo.

100

Figura 3. Valores de transmitância medidos sob o dossel das plantas de

0

20

40

60

80

ago-02 out-02 dez-02 jan-03 mar-03 mai-03 jul-03 ago-03

Meses

Tran

smitâ

ncia

(%)

Espaçamento 6 x 3 m Espaçamento 3 x 3 m

e agosto de 2003.

idade das plantas.

A interceptação da radiação solar fotossinteticamente ativa (PAR) se

ajustou ao modelo obtido

Page 38: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

37

coeficiente de extinção de luz (k) da teca foi 0,4672 (Figura 4). Este valor

está próximo ao relatado por Pereira (1997),que, para uma floresta em

Manaus, através da aplicação da lei Beer-Bouguer com um IAF de 5,4, o

coeficiente de extinção da radiação PAR foi de 0,54.

-ln(I/I0) = 0,4672IAFR2 = 0,8327

0,00

0,50

1,00

1,50

00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

IAF

-ln(I/

I 0)

2,

Figura 4. Relação entre o índice de área foliar (IAF) e a intensidade relativa

de radiação solar fotossinteticamente ativa, dentro de um plantio

Ny te de transmissão da

luz para copas de Erytrina poeppigiana, em função do tempo de poda, e

encon

s com a teca nos

espaça

de teca no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m.

gren et al. (1993), determinaram o coeficien

traram valores de k que variaram de 1,91 a 2,35.

As quantidades de radiação disponível para as plantas de milho e de

mandioca cultivadas em monocultivo e consorciada

mentos 3 x 3 m e 6 x 3 m, foram estatatisticamente diferentes entre

si, pelo teste de Scott-Knott à 5% de probabilidade. Para as plantas em

consórcio com a teca não houve diferença estatística entre as quantidades

de radiação disponível para as plantas de mandioca e milho (Figura 5).

Mesmo assim, a variação nas quantidades de radiação disponível para as

Page 39: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

38

plantas consorciadas pode acarretar diferenças no crescimento e na

produção do milho e da mandioca.

0,00

6,00

12,00

jan-03 mar-03 mai-03 jul-03 set-03 out-03 dez-03

Meses

Rad

iaçã

o so

lar

(MJ/

m²/d

ia)

Esp. 3 x 3 m Esp. 6 x 3 m Monocultivo

18,00

Figura 5. Radiação solar disponível para as plantas de mandioca e de milho,

consorciadas com a teca, nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m e

Isto pode ter levado a mandioca a sofrer diferenciações morfológicas

ara adaptar-se a esses ambientes, com quantidades diferentes de radiação

solar i

u uma

investi

em monocultivo.

p

ncidente. Segundo Rizzini (1997), a luz possui ação morfogenética

própria, funcionando como estímulo indutor da forma e da estrutura.

Essa diferença na quantidade de radiação solar, disponível para as

plantas de mandioca nos diferentes sistemas de cultivo, provoco

gação sobre a possibilidade de haver diferença significativa, entre os

valores de área foliar estimados por diferentes equações.

Page 40: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

39

Tabela 2. Equações de regressão obtidas entre a área foliar medida e o

Identif

número de lóbulos (NL), comprimento do lóbulo central (CL), área

do círculo circunscrito (AC) e/ou a combinação dessas variáveis.

icação Equações r² G CL AF = -74,259 + 11,2 0,83 44 CL

G AC AF = -2,326 + 0,514 AC 0,79

G NL AF = -60,656 + 24,936 NL

CL ,519 CL

L

29 AC

0,61

G AC AF = 27,893 + 0,714 AC – 4 0,87

G NLAC AF = -50,465 + 10,920 NL + 0,399 AC 0,94

G CLNL AF = -105,919 + 8,549 CL + +11,286 N 0,91 Equa

ções

ger

ais

G CLNLAC AF = -2,015 – 7,559 CL + 11,396 NL + 0,7 0,95

E CL AF = -77,340+ 13,141 CL 0,74

E AC AF = -8,766 + 0,668 AC 0,79

E NL AF = 143,018 + 3,376 NL

CL 13,239 NL

+ 0,724 AC

0,00

E AC AF = 69,277 + 0,699 AC – 0,84

E NLAC AF = 12,724 – 3,750 CL + 0,841 AC 0,79

E CLNL AF = 4,860 –14,948 NL+ 13,978 CL 0,80

Espa

çam

ento

3 x

3 m

E CLNLAC AF = 71,885 - 13,158 NL – 0,527 CL 0,84

E CL AF = -58,772 + 11,693 CL 0,76

E AC AF = 14,859 + 0,534 AC 0,77

E NL AF = 83,546 + 6,490 NL 0,03

E ACCL 3,718 CL

L

0,370 AC

AF = -9,156 + 0,367 AC + 0,77

E NLAC AF = 12,133 + 0,493 NL + 0,53 AC 0,77

E CLNL AF = -56,152 + 11,733 CL + 0,142 N 0,76

Espa

çam

ento

6 x

3 m

E CLNLAC AF = -9,5225 + 3,659 CL + 0,142 NL + 0,77

E CL AF = -26,335 + 6,730 CL 0,63

E AC AF = 12,264 + 0,351 AC 0,61

E NL AF = 9,833 + 7,113 NL 0,08

E ACCL C + 14,182 CL

E CLNLAC AF = -84,449 + 13,965 CL + 3,353 NL – 0,386 AC 0,66

AF = -67,722 - -0,401 A 0,65

E NLAC AF = -8,631 + 6,509 NL + 0,339 AC 0,63

E CLNL AF = -44,959 + 6,509 CL + 3,426 NL 0,65

Mon

ocul

tivo

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40

ações a, local de c

e as ep e

foliar d

spaçamento 3 x 3 m a variação foi de 0,00 a 0,84, no

espaça

ressão, em que foram utilizadas como variável

indepe

correlação entre os dados de área foliar, medidos e estimados

para a mandioca consorciada com teca no espaçamento 3 x 3 m.

As equ foram nomeadas de acordo com a époc oleta

variáveis ind endentes utilizadas. Aquelas obtidas com dados d área

as plantas de mandioca aos 74 dias de idade foram chamadas de

equações gerais (G) e outras obtidas com folhas coletadas aos 297 dias,

com distinção de tratamento, foram identificadas como específicas (E)

(Tabela 2).

O coeficiente de determinação das equações gerais variou de 0,61 a

0,95, no e

mento 6 x 3 m variou de 0,03 a 0,77 e para o monocultivo variou de

0,08 a 0,66 (Tabela 2).

Para a mandioca consorciada com a teca no espaçamento 3 x 3 m,

nas equações de reg

ndente apenas o número de lóbulos, o limite dos intervalos de

confiança à 95% de probabilidade do coeficiente de correlação (r) (Figura 6),

e do índice de Willmott (d) (Figura 7) foi inferior ao das demais equações,

sendo estas inadequadas para estimar a área foliar.

Figura 6. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para coeficiente de

-0,46

-0,15

0,57 0,63 0,64 0,720,83 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84

0,15

0,46

-1,00

-0,50

0,00

0,50

E N

L

G C

LN

L

GC

LN

LAC

E N

LAC

G C

L

E AC

E AC

CL

Cor

rela

ção

0,86 0,87 0,87 0,90 0,94 0,93 0,93 0,94 0,95 0,95 0,96 0,961,00

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41

0,77 0,77 0,77

0,91 0,93 0,91 0,92 0,93

Figura 7. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados para a

mandioca consorciada com teca no espaçamento 3 x 3 m.

0,32 0,34

0,52 0,53 0,53 0,57 0,58 0,590,68 0,71

0,78 0,78 0,78

0,450,55

0,00

0,25

0,50

E N

L

G C

LN

L

GC

LN

LAC

G A

C

E C

LN

L

E AC

EC

LN

LAC

Índi

ce d

e W

illm

ott

0,79

0,72 0,73 0,73

0,90

0,75

1,00

Para as plantas de mandioca consorciadas com teca no espaçamento

as equações de regressão em que se usou o número de lóbulos

o variável independente, os intervalos de confiança à 9

6 x 3 m,

(NL) com 5% de

robabilidade, para o coeficiente de correlação foram diferentes do intervalo

das de

p

mais equações (Figura 8). Quanto ao índice de Willmott, as equações

E NL, G NL, E ACCL, G CLNLAC e G NLAC foram diferentes das demais

equações, pois o intervalo de confiança à 95% de probabilidade foi menor

(Figura 9). Portanto, as equações que se mostraram adequadas para

estimar a área foliar para as plantas de mandioca no espaçamento 6 x 3 m

foram: G CLNL, G ACCL, G AC, G CL, E NLAC, E AC, E CLNLAC, E CL

e E CLNL.

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42

Figura 8. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o coeficiente

-0,14 -0,14

0,71 0,73 0,730,82 0,83 0,83 0,83 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84

0,44 0,44

-0,50

0,00

0,50G

NL

GC

LN

LAC

G N

LAC

E C

LN

L

E C

L

G A

CC

L

E AC

Cor

rela

ção

0,86 0,89 0,89 0,92 0,95 0,94 0,94 0,94 0,93 0,94 0,94 0,941,00

de correlação entre os dados de área foliar, medidos e estimados

pelas equações, para a mandioca consorciada com teca no

equações, para a mandioca consorciada com teca no

espaçamento 6 x 3 m.

espaçamento 6 x 3 m.

Figura 9. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados pelas

0,18

0,42

0,56 0,57 0,58 0,59 0,63 0,64 0,650,73 0,73 0,73 0,74 0,74

0,46

0,00

0,25

0,50

E N

L

G N

L

E AC

CL

G C

LN

LAC

G N

LAC

G C

LN

L

G A

CC

L

G A

C

G C

L

E N

LAC

E AC

E C

LN

LAC

E C

L

E C

LN

L

Índi

ce d

e W

ilmot

t

0,580,68 0,71 0,72 0,73 0,75 0,75 0,76

0,85 0,85 0,85 0,86 0,86

0,75

1,00

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43

Para o monocultivo, as equações E NL e G NL apresentaram

de confiança à 95% de probabilidade para o coeficiente de

, diferentes das demais equações (Figura 10). Quanto ao índice

intervalos

correlação

de Willmott, as equações que apresentaram os intervalos de confiança

menor

es e diferentes foram: E CLNL, E NL e G NL (Figura 11). As demais

equações se mostraram adequadas para estimar a área foliar da mandioca

em monocultivo.

0,96 0,96 0,96 0,95 0,95 0,98 0,97 0,97 0,98 0,98 0,98 0,99

Figura 10. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o coeficiente

de correlação entre os dados de área foliar, medidos e

estimados pelas equações gerais e equações específicas, para a

mandioca em monocultivo.

0,16 0,160,00

0,25

0,50

E N

L

G N

L

GC

LN

LAC

G N

LAC

G C

LN

L

EC

LN

LAC

E AC

CL

E N

LAC

G C

L

E C

L

E C

LN

L

G A

C

E AC

G A

CC

L

Cor

rela

ção 0,72 0,76 0,78

0,86 0,88 0,90 0,92 0,92 0,94 0,94 0,94 0,940,72 0,720

1,00

,75

Page 45: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

44

Figura 11. Intervalo de confiança à 95% de probabilidade para o índice de

Willmott entre os dados de área foliar, medidos e estimados pelas

equações gerais e equações específicas, para a mandioca em

monocultivo.

0,16

0,390,49

0,24

0,00

0,25

E C

LN

L

E N

L

G N

L

E AC

CL

E C

LN

LAC

E C

L

E N

LAC

E AC

G C

LN

LAC

G N

LAC

G C

LN

L

G A

CC

L

G A

C

G C

L

0,70 0,70 0,73 0,74 0,75 0,79 0,83 0,85 0,87 0,89 0,92

0,55

0,80 0,84 0,84 0,86 0,87 0,870,94 0,95 0,96 0,96 0,96 0,96

0,50

0,75

1,00Ín

dice

de

Will

mot

t

área foliar

12). Inicia

semelhantes, mas, após o rebrote, que coincidiu com o início do período

huvoso na região, a área foliar das plantas de mandioca sombreadas pela

teca, c

vou-se uma paralisação do

crescimento vegetativo, caracterizado pela queda total das folhas, no

As plantas de mandioca não sombreadas apresentaram valores de

superiores àqueles das plantas consorciadas com teca (Figura

lmente todas as plantas apresentaram comportamentos

c

ultivada no espaçamento 6 x 3 m, apresentou maior valores daquelas

plantas de mandioca consorciadas com a teca, cultivada no espaçamento 3

x 3 m.

O fato da mandioca apresentar um menor crescimento em ambientes

com menor disponibilidade de radiação solar deve estar relacionado com

características da própria espécie, que segundo Lorenzi & Dias (1993)

requer luminosidade para se desenvolver.

Nas plantas consorciadas obser

Page 46: INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E …§ões-Teses/Dissertações/2004...INTERCEPTAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR, CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DOS COMPONENTES DE UM SISTEMA

45

períod

3), a espécie tem um crescimento

vegeta

o entre julho e setembro, que coincidiu com o período seco (Figura

12). Nas plantas em monocultivo houve uma redução da área foliar, mas,

não ocorreu a desfolha total, sucedendo apenas uma redução do

crescimento. Segundo Lorenzi & Dias (199

tivo abundante no período chuvoso e a queda de folhas é um

fenômeno natural e normal, e a longevidade foliar média é de 60 a 120 dias.

No experimento realizado em Santo Antônio do Leverger em 2003, a queda

de folhas das plantas de mandioca, em cultivo consorciado, pode estar

relacionado com a competição por luz ou por água, que ocorre entre as

espécies do sistema. Lorenzi & Dias (1993), também relatam que a redução

na radiação solar provoca aumento no comprimento dos internódios e

diminuição da área foliar, com conseqüente redução da produção de raízes

tuberosas.

2,00

AF/

plan

ta (m

²)

0,00

00

3,00

95 147 198 250 302 354

Idade das plantas de mandioca (dias)

Espaçamento 3 x 3 m Espaçamento 6 x 3 m Monocultivo

1,

Figura 12. Área foliar por planta de mandioca cultivada em monocultivo, em

consórcio com a teca, no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m.

O número de folhas por planta de mandioca variou de 0 a 22, no

spaçamento 3 x 3 m, de 0 a 34 folhas sob teca cultivada, no espaçamento e

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46

6 x 3 m e 0 a 165 folhas por planta no monocultivo. Também houve uma

número de folhas ao longo do tempo (Figura 13). variação do

A variação do número de folhas entre os sistemas de cultivo deve

estar relacionada com a quantidade de radiação solar disponível dentro dos

sistemas e com a competição entre as espécies.

180

095 150 205 261 316

Idade das plantas de mandioca (dias)

Nº d

e fo

ta

Espaçamento 3 x 3 m Espaçamento 6 x 3 m

120

lhas

por

pla

n

60

Figura 13. Número de folhas por planta de mandioca, cultivada em

monocultivo e consorciada com a teca, em espaçamento 3 x 3

m e 6 x 3 m.

Aos 12 meses de idade a altura das plantas de mandioca onde o

intermediário

na altura das plantas de mandioca entre os sistemas de cultivo foi

estatisticamente significativa.

que variaram de 1,12 m a 2,02 m. Otsubo e Aguiar (2001), estudando cinco

sombreamento foi maior chegou a 1,75 m. Atingiu 2,10 m no sombreamento

e 2,27 m para as plantas a pleno sol (Figura 14). A diferença

Os valores de altura das plantas de mandioca estão dentro da faixa

de valores obtidos por Carvalho et al. (1998), que utilizando a cultivar BGM-

001 em diferentes preparos do solo obtiveram valores de altura das plantas

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47

cultivares de mandioca (CPAC 766-96, CPAC 768-96, PIONEIRA, CPAC

764-96 E PARANÁ) encontraram valores de altura variando de 1,78 m a 2,34

m aos oito meses de idade.

Os valores de altura de planta de mandioca foram inferiores aos

valores encontrados por Ramos & Abreu (1995), que trabalhando com oito

cultivares diferentes (Pão, Fogo, São João, Saracura, Casca Roxa,

Manteiga, Juína e Bom Jardim) encontraram valores de altura de plantas

para a região de Cáceres-MT variando de 2,58 m a 3,49 m.

0,00

,00

2,00

95 147 198 250 302 354

Iade das plantas de mandioca (dias)

Espaçamento 3 x 3 m Espaçamento 6 x 3 m Monocultivo

1

3,00

Altu

ra d

as p

alnt

as (m

)

Figura 14. Altura das plantas de mandioca em cultivo consorciado com teca,

no espaçamento 3 x 3 m e 6 x 3 m e em monocultivo.

A área média das folhas de mandioca variou ao longo do período de

ultivo (Figura 15). Também houve uma variação do tamanho das folhas de

mandioca entre os sistemas de cultivo. Em geral, as plantas de mandioca

maiores, se nocultivo.

Atribui-se a diferença no tamanho das folhas ao efeito da resposta

das plantas às adaptações aos níveis de radiação solar disponível nos

c

consorciadas com teca no espaçamento 6 x 3 m apresentaram as folhas

guidas pelas plantas no espaçamento 3 x 3 m e em mo

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48

sistemas. Cornélio et al. (2003), relatam que a capacidade de alteração das

folhas em resposta a diferentes níveis de luz é comum em espécies com

amplo potencial de aclimatação, podendo assim evidenciar que a mandioca

é uma espécie com capacidade de adaptação a ambientes com diferentes

quantidades de radiação solar.

70

105

140

Áre

a/fo

lha

(cm

²)

0

35

95 150 205 261 316

Idade das plantas de mandioca (dias)

Espaçamento 3 x 3 m Espaçamento 6 x 3 m Monocultivo

Figura 15. Área média das folhas de mandioca, em cultivo consorciado com

teca, nos espaçamento 3 x 3 m, 6 x 3 m e em monocultivo.

Os valores das características da mandioca como massa verde,

matéria seca, índice de colheita, área foliar específica (AFE) e produção de

raiz não diferiram estatisticamente entre si nos consórcios de mandioca com

teca nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m, mas foram diferentes dos

Na m 05,49

cm²/g para espaçamento 3 x 3 m, 6 x 3 m e monocultivo, respectivamente. A

variaçã

a

valores obtidos para a mandioca em monocultivo (Tabela 3).

andioca, a AFE variou de 307,55 cm²/g, 291,54 cm²/g e 2

o deve estar relacionada com adaptações que as plantas sofreram

nos diferentes ambientes, pois a AFE pode mostrar a existência de

diferenciação morfológica entre as plantas dos sistemas de cultivo.

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49

A AFE pode varia entre espécies, como foi demonstrado por Leite &

Henriques (2003), em que para 13 espécies do cerrado, encontraram-se

valore

roduzida

foi de

respectivamente. A baixa produção de

raízes

elatou que no segundo ano de

cultivo

ta com angico na

região

s de AFE que variaram de 334,00 cm²/g em Sleflera macrocarpum até

795,00 cm²/g em Oualea parviflora.

A produção de massa verde de mandioca foi de 3,48 t/ha para o

espaçamento 3 x 3 m, 11,33 t/ha para o espaçamento 6 x 3 m e de 32,31

t/ha para o monocultivo (Tabela 3). A quantidade de matéria seca p

1,37 t/ha para o espaçamento 3 x 3 m, 3,5 t/ha para o espaçamento 6

x 3 m e de 13,99 t/ha para a monocultura. A produção de raiz tuberosa foi de

0,56 t/ha, 2,93 t/ha e de 15,94 t/ha, para o espaçamento 3 x 3 m,

espaçamento 6 x 3 m e monocultivo,

das plantas nos ambientes com menor disponibilidade de radiação

solar deve estar relacionada ao menor desenvolvimento da parte aérea

dessas plantas, a qual é responsável pela fotossíntese, refletindo na

quantidade de fotoassimilados translocados.

As plantas no espaçamento 3 x 3 m apresentaram a menor produção

de raízes. No espaçamento 6 x 3 m a produção foi 523% superior ao do

espaçamento 3 x 3 m. A produção do monocultivo foi 2846% e 544%

superior ao espaçamento 3 x 3 m e 6x3, respectivamente.

Melo (1992), obteve uma produção de 11,68 t/ha para a mandioca

consorciada com Pinus oocarpa e 9,21 t/ha para o consórcio com Eucalyptus

grandis, no primeiro ano de cultivo. O autor r

a produção da mandioca foi drasticamente afetada pela competição

causado pelo Eucalyptus grandis, e no consórcio com Pinus oocarpa a

produção foi de 12,5 t/ha.

MATTA (2002), no plantio de mandioca cv. Libera

de Nossa Senhora de Livramento - MT, obteve rendimentos de 9,22 a

13,80 t/ha, valores próximos aos rendimentos das plantas em monocultivo.

Duran (2002) avaliando a produção no primeiro ano de implantação

desse Sistema Agroflorestal constatou uma produção de 18,27 t/ha no

monocultivo da mandioca e de 11,37 t/ha para mandioca cultivada em

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50

consór

e

14,10

ivo, diferindo dos valores encontrados por Ramos & Abreu (1995),

variaçã

uando a

planta

apacidade da planta

translo

cio com a teca no espaçamento 3 x 3 m. Observa-se que a produção

foi afetada pela quantidade de radiação solar disponível para as plantas.

O rendimento potencial da produção de raízes de mandioca foi d

t/ha para a mandioca em monocultivo. Para a mandioca consorciada

com a teca nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m foi de 3,43 t/ha e de 5,58

t/ha, respectivamente. As diferenças entre o rendimento potencial e

produção real são atribuídos ao desequilíbrio nutricional encontrado nas

plantas.

Otsubo & Aguiar (2001), avaliando a produtividade de cinco

variedades de mandioca em Dourados – MS cultivadas a pleno sol,

obtiveram valores de produção variando de 29,12 t/ha a 16,91 t/ha.

A produção média de mandioca por planta foi de 0,05, 0,24 e 1,28

kg/planta, respectivamente para os espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m e em

monocult

o de 1,65 a 3,93 kg/planta, para plantas de diversas cultivares

plantadas a pleno sol, na região da Baixada Cuiabana.

O processo de tuberização das raízes de mandioca inicia-se q

começa a ter um balanço positivo de carboidratos, produzidos pelos

elementos fotossintéticos e o excesso é translocado para as raízes de

reserva (Lorenzi & Dias 1993). O índice de colheita determina a relação

entre a massa do órgão de interesse econômico, no caso as raízes e a

massa total da planta, servindo para identificar a c

car carboidratos produzidos pelas folhas (Otsubo & Aguiar, 2001).

O índice de colheita da mandioca consorciada com a teca no

espaçamento 3 x 3 m foi de 12,97%, no espaçamento 6 x 3 m foi de 24,15%

e para as plantas em monocultivo foi de 44,92%. Isto demonstra que as

plantas consorciadas apresentam pouca capacidade de translocação de

carboidratos, evidenciando a influência do sombreamento sobre a produção

da mandioca.

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51

Tabela 3. Produção de massa verde, matéria seca, produção de raízes

tuberosas, produção de raiz por planta, índice de colheita (IC) e

área foliar específica (AFE), de mandioca em sistema

agroflorestal.

Características Esp. 3 x 3 m Esp. 6 x 3 m Monocultivo

a verde (t/ha) 3,48 B 11,33 B 32,31 A

seca total (t/ha) 1,37 B 3,50 B 13,99 A

Mass

Matéria

Massa verde da raiz (t/ha) 0,56 B 2,93 B 15,94 A

0,05 B 0,24 B 1,28 A

307,55 B 205,49 A

Massa verde da raiz (kg/pl)

IC (%) 12,97 B 24,15 B 44,92 A

AFE (cm²/g) 291,54 B

édias seguidas de mesma let linhas, n m entre s ste de ScKnott, à 5% de probabilidade.

Os valores de índice d olheita nores d os valo

por O ar (2001) dando a tividade

ltivares de man Dourados , cultivada leno sol.

* M ra, nas ão difere i pelo te ott-

e c são me o que res

encontrados tsubo & Agui , estu produ de

cinco cu dioca, em – MS s à p

m, 0,39 t/ha no espaçamento 6 x 3 m e de 1,18 t/ha para o monocultivo. A

produç

ixa

produç

(1992), para milho consorciado com Eucalyptus. Os autores

relatam que a produção de milho aumentou com o número de fileiras de

milho intercaladas ao Eucalyptus grandis com 14 a 25 meses de idade.

A produção do milho foi em média de 0,24 t/ha no espaçamento 3 x 3

ão do milho variou em função da radiação solar PAR, disponível para

as plantas dentro de cada sistema. Plantas em ambientes sombreados

produziram menos do que as plantas a pleno sol. Outra causa para a ba

ão das plantas de milho pode estar relacionada à falta de adubação

nitrogenada.

Na fase inicial do Sistema Agroflorestal Duran (2002) constatou

valores de produção semelhantes entre o milho em monocultivo 1,65 t/ha e

consorciado com a teca no espaçamento 3 x 3 1,69 t/ha.

Estes valores de produção são menores do que os encontrados por

Passos et al.

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52

A produção potencial do milho para as condições do experimento foi

de 1,19 t/ha para o monocultivo e de 0,71 t/ha e de 0,96 t/ha no milho

consorciado com a teca nos espaçamentos 3 x 3 m e 6 x 3 m,

respec

lantas de milho nos ambientes com

menor

z solar deve ser uma adaptação da espécie, pois

o milh

de das variâncias pelo teste de Cochran e

Bartlet

tivamente. A produção real das plantas de milho foi menor que a

produção potencial, em todos os tratamentos. Atribui-se a diferença entre a

produção potencial e a real do milho às dificuldades de nutrição mineral,

uma vez que a cultura não foi adubada.

Campelo Júnior et al. (1990), obtiveram valores de rendimento

potencial para a cultura do milho que variaram de 9,25 t/ha a 10,20 t/ha, para

o Estado de Mato Grosso.

Para a área foliar das plantas de milho não houve diferença estatística

entre os tratamentos, e em média foi de 0,12 m²/planta no espaçamento 3 x

3 m, de 0,09 m²/planta no espaçamento 6 x 3 m e de 0,08 m²/m para as

plantas em monocultivo. Em geral as p

disponibilidade de radiação solar PAR apresentaram um maior

desenvolvimento de área foliar. O aumento da área foliar nos ambientes com

menor disponibilidade de lu

o é uma planta C4 (Cruz et al. 1993) e apresenta alta eficiência na

utilização da radiação solar.

Nas plantas de teca, cultivadas em Santo Antônio do Leverger,

avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade, as características de diâmetro do

caule à altura de 1,30 m do solo (DAP), diâmetro da copa no sentido da linha

de plantio (DClinha), diâmetro da copa na entrelinha (DCentrelinha), altura

do solo ao ápice das plantas (H) e volume do fuste das plantas (VolFuste)

aderiram à curva da distribuição normal pelo teste de Lilliefors e

apresentaram homogeneida

t. Os dados de volume de copa das plantas de teca (VolCopa) foram

transformados em x para atender os pressupostos da análise de variância.

Houve diferença estatística significativa entre os sistemas de cultivo

para as características de altura do ápice, diâmetro ao nível do peito e

volume de fuste (Tabela 4).

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53

Em média, a altura das plantas de teca variou ao longo do período de

avaliação de 6,41 m a 7,94 m. As plantas de teca cultivadas no

espaçamento 6 x 3 m, consorciadas com milho foram superiores às demais

e as p

, não encontrou diferença significativa para a

altura,

2), trabalhando com Eucalyptus grandis

consor

ariou de 8,14 a 11,20 cm, em média,

entre o

3 m não apresentaram o mesmo

compo

plantas de teca, de 14 a 22 meses de idade, não variou

estatis

lantas no espaçamento 3 x 3 m em monocultivo apresentaram o

menor desenvolvimento em altura.

Bufulin Júnior (2001)

estudando diferentes espaçamentos para plantas de teca com 14 a

22 meses de idade, em Cáceres-MT.

Melo (1992), não encontrou efeito significativo do consórcio e do

espaçamento sobre a altura de Pinus oocarpa e Eucalyptus grandis, aos 77

meses de idade. Passos et al. (199

ciado com milho, aos 14 e 25 meses de idade, não obteve diferença

significativa na altura das plantas.

O diâmetro ao nível do peito v

s tratamentos (Tabela 4). Em geral as plantas de teca cultivadas no

espaçamento 6 x 3 m apresentaram um desenvolvimento superior às plantas

com espaçamento 3 x 3 m. No espaçamento 6 x 3 m verificou-se efeito

negativo do consórcio com mandioca sobre o crescimento em DAP. As

plantas no espaçamento 3 x

rtamento.

Segundo Passos et al. (1992), não houve diferença entre os valores

de DAP de plantas de Eucalyptus grandis consorciados com milho.

Melo (1992), em Pinus oocarpa, constatou um menor

desenvolvimento do DAP nas plantas mais adensadas. O Eucalyptus grandis

não apresentou o mesmo comportamento.

O DAP de

ticamente entre os diferentes espaçamentos utilizados por Bufulin

Júnior (2001).

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54

Tabela

liadas dos 38 aos 61 meses de idade, cultivadas em sistema

agroflorestal, Santo Antônio do Leverger - MT.

4. Valores de altura do ápice, diâmetro ao nível do peito (DAP), e

volume de fuste de plantas de teca (Tectona grandis L.F.),

ava

Sistema de cultivo

Altura do ápice (m)

DAP (cm)

Volume de fuste (m³/planta)

Volume de fuste (m³/ha)

milhoTeca 3 x 3 m +

7,48 B 10,11 C 0,037 B 41,29 A

3 m + ca

7,32 B 9,73 C 0,034 C Teca 3 x

mandio37,87 A

Teca 3 x 3 m + monocultivo

8,14 D

Teca 6 x 3 m + 7,94 A 11,20 A 0,047 A 26,21 B

Teca 6 x 3 m + 7,46 B 10,52 B 0,039 B 21,82 B

Teca 6 x 3 m + 7,49 B 11,16 A 0,045 A 24,95 B

Coeficiente de 8,15 7,25 19,71 20,48

6,41 C 0,023 D 26,65 B

milho

mandioca

monocultivo

variação

Knott, à 5% de prob

As plant

* Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott-abilidade.

as de teca no espaçamento 6 x 3 m, em monocultivo e

consorciadas com milho, em média apresentaram os maiores valores de

fuste, 0,045 e 0,047 m³/planta. As plantas de teca no espaçamento 3 x 3 m,

em monocultivo apresentaram os menores valores de volume de fuste 0,023

m³/planta (Tabela 4).

apresentaram os menores valores de volume de fuste, demonstrando um

efeito negativo da cultura da mandioca sobre o crescimento da teca.

As plantas de teca consorciadas com mandioca, em geral,

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55

Bufulin Júnior (2001), não encontrou diferença estatística significativa

entre o volume de madeira individual, entre os espaçamentos estudados,

para teca de 14 a 22 meses de idade. Mas observou uma tendência de

incremento nos espaçamentos mais amplos.

O volume de fuste produzido por hectare, em média, variou de 21,85

a 41,2

entre si

(Tabel

avia uma população de plantas

por he

bela 5). Em geral, as plantas de teca no espaçamento 6 x 3 m

aprese

9 m³/ha entre os tratamentos. A maior produção de madeira foi das

plantas de teca no espaçamento 3 x 3 m consorciadas com milho e

mandioca. Os demais tratamentos não se diferiram estatisticamente

a 4).

A produção de madeira por hectare apresentou um comportamento

diferente da produção de madeira por planta, em função do espaçamento

adotado, já que, com espaçamento 3 x 3 m h

ctare duas vezes maior do que a população no espaçamento 6 x 3 m.

Bufulin Júnior (2001), também constatou um aumento do volume de madeira

com aumento da densidade de plantas.

Existiu diferença estatística significativa para o diâmetro e o volume

de copa (Ta

ntaram maior desenvolvimento de copa, principalmente o diâmetro da

copa na entrelinha. Esta diferença no desenvolvimento das copas das

plantas de teca deve estar relacionada à quantidade de luz disponível às

plantas em cada sistema.

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Tabela 5. Valores do diâmetro de copa, medidos no sentido da linha e na

entrelinha, volume de copa de plantas de teca (Tectona grandis

L.F.), avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade, cultivadas em

sistema agroflorestal, Santo Antônio do Leverger - MT.

Sistema de cultivo DClinha DCentrelinha Volume de copa

(m³/planta) Teca 3 x 3 m + milho 2,75 B 2,80 C 16,02 B

Teca 3 x 3 m + mandioca 2,59 C 2,61 D 13,53 C

Teca 3 x 3 m monocultivo 2,51 C 2,48 D 11,82 C

Teca 6 x 3 m + milho 3,06 A 3,46 A 24,97 A

Teca 6 x 3 m + mandioca 2,79 B 3,02 B 17,15 B

Teca 6 x 3 m monocultivo 2,95 A 3,32 A 21,15 A

Coeficiente de variação 8,13 11,51 16,04

* Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, à 5% de probabilidade.

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5. CONCLUSÕES

Os espaçamentos e os consórcios influenciaram no desenvolvimento

das espécies cultivado em sistema agroflorestal.

A quantidade de radiação solar disponível para as plantas foi a

principal causa da variação do crescimento das espécies estudadas.

As modificações provocadas pelo sombreamento nas plantas de

mandioca não foram suficientes para alterar a forma de estimativa da área

foliar quando as variáveis usadas foram: comprimento do lóbulo central, área

do circulo circunscrito, número de lóbulos e combinação dessas.

O uso apenas da variável independente, número de lóbulos das

folhas de mandioca, não foi adequado para ser usado na estimativa da área

foliar.

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