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INTENÇÕES EMPREENDEDORAS: ESTUDO COM ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IPOJUCA (UNIFAVIP/DEVRY) Robervania da silva albuquerque (Unifavip) [email protected] LUCYANNO M. C. DE HOLANDA (Unifavip) [email protected] Henrique de Queiroz Chaves (Unifavip) [email protected] O estudo objetiva investiga as intenções empreendedoras dos graduandos em Administração do Centro Universitário Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DEVRY), contemplando as competências necessárias para a criação do próprio negócio e as principais barreiras. A pesquisa é classificada como aplicada, predominantemente qualitativa, descritiva e levantamento, sendo aplicada a cento e oitenta e seis alunos (186), o instrumento utilizado foi o questionário dos autores Viera e Rodrigues (2014), composto por onze questões fechadas, e dividido em duas etapas: perfil do respondente e intenções empreendedoras, também foi adaptado, pois foi aplicado inicialmente para estudantes de Engenharia, e neste estudo foi realizado com alunos de Administração. Os resultados da pesquisa demonstra que a maioria dos graduandos em Administração já são empreendedores ou ensejam empreender. Com relação as principais barreiras identificadas para abrir o empreendimento, foi informado pelos respondentes que mesmo com a presença de políticas públicas, que facilitam a formalização do negócio e também entidades que promovem capacitações técnico/gerenciais, algumas barreiras encontradas afetam a eficácia da ideia de negócio, por exemplo: a alta tributação do país e a dificuldade de pequenos empreendedores para obterem crédito com as instituições financeiras, já as competências que precisam ser desenvolvidas pelos alunos é conseguir adaptar seu planejamento às circunstâncias reais encontradas, inovando com poucos recursos, atendendo aos aspectos legais exigidos. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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INTENÇÕES EMPREENDEDORAS: ESTUDO

COM ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DO

CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IPOJUCA

(UNIFAVIP/DEVRY)

Robervania da silva albuquerque (Unifavip)

[email protected]

LUCYANNO M. C. DE HOLANDA (Unifavip)

[email protected]

Henrique de Queiroz Chaves (Unifavip)

[email protected]

O estudo objetiva investiga as intenções empreendedoras dos graduandos

em Administração do Centro Universitário Vale do Ipojuca

(UNIFAVIP/DEVRY), contemplando as competências necessárias para a

criação do próprio negócio e as principais barreiras. A pesquisa é classificada

como aplicada, predominantemente qualitativa, descritiva e levantamento,

sendo aplicada a cento e oitenta e seis alunos (186), o instrumento utilizado

foi o questionário dos autores Viera e Rodrigues (2014), composto por onze

questões fechadas, e dividido em duas etapas: perfil do respondente e

intenções empreendedoras, também foi adaptado, pois foi aplicado

inicialmente para estudantes de Engenharia, e neste estudo foi realizado com

alunos de Administração. Os resultados da pesquisa demonstra que a

maioria dos graduandos em Administração já são empreendedores ou

ensejam empreender. Com relação as principais barreiras identificadas para

abrir o empreendimento, foi informado pelos respondentes que mesmo com

a presença de políticas públicas, que facilitam a formalização do negócio e

também entidades que promovem capacitações técnico/gerenciais, algumas

barreiras encontradas afetam a eficácia da ideia de negócio, por exemplo: a

alta tributação do país e a dificuldade de pequenos empreendedores para

obterem crédito com as instituições financeiras, já as competências que

precisam ser desenvolvidas pelos alunos é conseguir adaptar seu

planejamento às circunstâncias reais encontradas, inovando com poucos

recursos, atendendo aos aspectos legais exigidos.

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Palavras-chave: Empreendedorismo, Formação universitária, Nordeste

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1 Introdução

Em um macroambiente, altamente competitivo e desafiador, o que difere corporações com

semelhantes produtos/serviços é sua atitude empreendedora. O empreendedor com sua

sensibilidade de identificar, nos problemas, oportunidades de negócios busca desenvolver

passos inovadores que possibilitem sincronia com fatores internos e externos, cativando o

cliente, conquistando espaço no mercado de modo gradativo com o propósito de obter

resultados diferenciados.

Abordado sob inúmeras perspectivas, o empreendedorismo é caracterizado por Baron e Shane

(2007) como um processo que começa com uma ideia para algo novo, seja a criação ou o

aperfeiçoamento de algo já existente, seguindo com uma série de atividades até a

concretização dessa ideia que, para permanecer diferenciada, exige continuas ações

inovadoras.

Ainda segundo os mesmos autores, o ato de empreender está fundamentado em três pilares:

individual, grupal e social. A interseção desses pontos é o que eles descrevem como sendo

oportunidade de negócios, percepção da mente empreendedora que, a partir desse momento,

busca validar a ideia e reunir os meios necessários para a realização de sua proposta. Essas

oportunidades percebidas são potenciais quando apresentam inovação de valor, ou seja, um

alinhamento entre inovação, utilidade, preço e ganho de custos. (KIM e MAUBORGNE,

2005).

Segundo pesquisa do Serasa Experian (2014), o empreendedorismo no Brasil apresenta a

seguinte situação: foram abertas 1.840.187 empresas em 2013, apresentando uma crescente de

8,8% comparado a 2012. Desse total, 68,2% foram Microempreendedores Individuais. A

região Nordeste foi a que mais cresceu no ano de 2013, com um percentual de 9,8%.

Tratando da potencialidade das Micro e Pequenas Empresas da região Nordeste,

especificamente na cidade de Caruaru-PE, de acordo com a Junta Comercial de Pernambuco,

em 2013 o município ocupou a terceira colocação do Estado no registro de negócios, com um

total de duas mil duzentas e quarenta e cinco Micro e Pequenas Empresas. Esses números

sugerem uma predisposição para o empreendedorismo no Agreste pernambucano, a priori

pelo contexto no qual se apresenta, como exemplo, a feira da Sulanca, que movimenta em

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torno de quarenta milhões de reais/semanais, segundo Erich Veloso, Secretário de

Desenvolvimento Econômico de Caruaru (REVISTA NEGÓCIOS - PE, 2014).

Ante o contexto inicial, o presente artigo objetiva investigar as intenções empreendedoras

dos alunos do curso de Administração do Centro Universitário do Vale do Ipojuca

(UNIFAVIP/DEVRY) na cidade de Caruaru-PE. Busca também identificar as principais

barreiras para a criação de um negócio promissor e quais competências que o

empreendedor deve desenvolver para aumentar sua probabilidade de sucesso na gestão

do negócio.

Propõe, portanto uma visão ampla referente ao comportamento do estudante empreendedor,

considerando aspectos culturais construídos paulatinamente e repassado como herança ao

modelo de gestão e concepção de novos negócios. Apresenta como contribuição acadêmica

uma triagem do perfil empreendedor de alunos de Administração da UNIFAVIP/Devry,

distinguindo os que querem atuar em empresas de grande porte e os que pretendem abrir seu

próprios negócios.

2 Fundamentação teórica

Estimular o empreendedorismo é corroborar para um desenvolvimento econômico

sustentável, pois não significa apenas arrecadar tributos, mais sim envolver toda uma

dinâmica de mercado, incentivando mudanças incrementais para a sociedade (HISRICH e

PETERS, 2009). Dados estatísticos confirmam que a atuação empreendedora é o motor da

economia, contemplando benefícios para a população. Isso fica nítido ao analisar a geração de

emprego e renda, com destaque para as MPE‟s que em 2013 foram responsáveis por 83,3% da

geração de emprego e uma arrecadação de R$ 46,2 bilhões até novembro daquele ano

(COMICRO, 2014).

Dentro dessa atuação empreendedora, destaca-se a oportunidade de autônomos conseguirem

ser pessoa jurídica com maior facilidade. Atividades como: cabeleireiro, manicure, eletricista,

doceiros, mototaxistas, dentre outros empreendedores que, pela rigorosa burocracia, não

conseguiam dar passos mais largos e concretos para desenvolverem seu negócio, seja pela alta

tributação ou até mesmo pela impossibilidade de financiamento, agora podem se enquadrar

como Microempreendedores Individuais (MEI), - Lei Complementar 128/2008.

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Essa nova categoria está alcançando um crescimento exponencial desde sua implantação,

ganhando mercado a partir de atividades que faturam até R$ 60 mil/ano, com taxas reduzidas

previstas por Lei, abertura de empresa facilitada pela integração de sistemas (REGIN –

Sistema de Registro Integrado), além de outros benefícios como: Acesso ao crédito com taxas

acessíveis, direito a um colaborador com menor custo, dispensado também da obrigação de ter

contador e com direito aos benefícios da previdência. (BRASIL, LEI Nº 128, 14 DE

DEZEMBRO DE 2008)

Para o empreendedor que deseja abrir um negócio, a depender do tipo de atividade, é

preferível iniciar em uma categoria que se pague menos tributos já que há a possibilidade de,

posteriormente, com o bom êxito do negócio, migrar para uma categoria de maior porte.

(BRASIL, LEI Nº 128, 14 DE DEZEMBRO DE 2008)

Projeções realizadas pela Confederação Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte – COMICRO (2014) apresentam um cenário para 2022 de 12,9 milhões de Micro e

Pequenas Empresas e um equivalente a 7,8 milhões de microempreendedores individuais. Já

no Município de Caruaru-PE (objeto de estudo) existem 7.378 microempreendedores

individuais, conforme estatísticas de janeiro de 2015, disponíveis no Portal do Empreendedor.

E um equivalente a mais de 15.700 micro e pequenas empresas cadastradas no Simples

Nacional, segundo a Receita Federal (PORTAL PREFEITURA DE CARUARU, 2014).

Além disso, conforme pesquisa realizada pelo consultor do SEBRAE, Rômulo Rende, em

fevereiro de 2014, o Município está entre as quarenta (40) cidades que mais incentivam o

empreendedorismo no Brasil

Desse modo, o empreendedor confirma sua importante função, sendo ele promotor de novas

ideias, de novas maneiras de ver e rever o mercado. A percepção do empreendedor é

influenciada pelo conhecimento e habilidades que ele detêm, por suas aspirações e

necessidades de mercado, temática abordada no tópico a seguir.

2.1 Fatores que influenciam no processo de empreender

As mudanças no cenário econômico mundial estão ocorrendo em uma velocidade alarmante,

tendo como causa, grandes forças como globalização, Tecnologia da Informação e

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Comunicação e o intensivo grau de exigência do consumidor interferindo diretamente na

decisão de empreender (FIALHO et al, 2007).

Nessa perspectiva, Dornelas (2005, p. 41) aborda que a decisão para tonar-se um

empreendedor acontece em decorrência de fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões

pessoais ou ao somatório de todos esses fatores.

Segundo o mesmo autor o talento empreendedor é o resultado da percepção, direção,

dedicação e empenho de quem busca empreender. Esse comportamento do empreendedor é

classificado por Kim e Mauborgne (2005) como movimentos estratégicos, ou seja, um

conjunto de decisões e ações, ativas ou reativas ao mercado, que criam produtos/serviços

inovadores.

Contudo, a base principal a ser trabalhada, no processo do empreender, é o próprio

empreendedor, uma vez que cada oportunidade de negócios identificada será avaliada de

forma distinta, devido a visão, experiência e recursos individuais (DEGEN, 2005) e também

pela educação empreendedora (LEITE, 2002).

Desta forma, a princípio, o empreendedor tem a percepção de uma oportunidade pelas coisas

que ele vivencia e/ou observa, seja por uma experiência agradável ou ainda por experiência

desagradável dele próprio ou de algum caso que tomou conhecimento, e o tenha levado a

alguma solução que queira replicar e comercializar. De todo modo, muitas são as ideias e o

desejo de ter seu próprio negócio. Entretanto, toda oportunidade percebida tem seu valor, mas

nem sempre é boa suficiente para manter favorável ao empreendedor a taxa de risco/benefício

(BARON e SHANE, 2007).

Além disso, ter acesso a uma educação empreendedora possibilita um trabalho denso nos

aspectos gerenciais e comportamentais (LEITE, 2002). Várias são as entidades que buscam

promover ações de fomento ao empreendedorismo, como o Sistema S (SEBRAE, SENAI,

SENAC, SEST-SENAT, SENAR, SESI), Endeavor, Bancos de Desenvolvimento, Federações

das Indústrias, Associações comerciais, entre outras organizações públicas e privadas. Porém,

conforme pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE, 2013), apesar dos empreendedores afirmarem conhecer as entidades de apoio, a

exemplo o próprio SEBRAE, apenas 46% já tiveram algum tipo de relacionamento com a

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instituição. Desta maneira, o questionamento se faz necessário: Há preparação pessoal para o

empreendimento? (BERNARDI, 2007)

É preciso ter superávit de conhecimentos para criar. Ninguém cria se não souber o básico,

alega Mauro Andreassa, professor associado do Instituto Mauá de Tecnologia e membro do

Comitê de Educação da SAE BRASIL para a Revista Ensino Superior (2014).

Frente a esse cenário, para a validação de oportunidades é importante considerar os fatores

comportamentais do empreendedor, de modo que este esteja disposto a buscar conhecimento e

mudar hábitos a partir da consciência do novo saber, buscando a inovação baseada no

conhecimento (DRUCKER, 1986).

Exatamente como a administração se tornou o órgão específico de todas as

instituições contemporâneas, e o órgão integrador da nossa sociedade de

organizações, assim também a inovação e o empreendedorismo tornar-se-ão uma

atividade vital, permanente e integral em nossas organizações, nossa economia,

nossa sociedade. (DRUCKER,1986, p. 349)

A educação empreendedora proporcionará ao empreendedor maior preparação para encarar o

mercado e seus desafios, envolvendo analises dos aspectos econômicos do mercado e do setor

de atuação. Além da análise minuciosa da concorrência, de modo a obter o máximo de

informações possíveis sobre seus pontos fortes e fracos, para adaptar o produto/serviço que

está sendo desenvolvido para atender as „insatisfações‟ do consumidor, e também planejar-se

estrategicamente frente os pontos fortes que os concorrentes apresentam (ENDEAVOR,

2010).

Aspectos básicos sobre a legislação do setor/segmento, também são contemplados no

processo de aprendizagem, uma vez que o negócio deve estar com tudo regularizado

conforme normas gerais e específicas para o tipo de empreendimento. Além de saber como

proceder no enquadramento da empresa conforme porte escolhido, tem o empreendedor que

conhecer a legislação vigente e dispor de profissional para orientá-lo ou buscar outras

organizações de apoio. (ENDEAVOR, 2010)

Figura 1 - Entraves para uma atuação empreendedora (Times)

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Fonte: Mapa estratégico da Indústria (2013-2022), adaptado.

Diante ao contexto sobre fatores que influenciam o processo de empreender é possível

compreender que existe uma relação de causa e efeito, o meio influência o comportamento

empreendedor, de modo que a educação empreendedora promove o desenvolvimento de

competências necessárias para iniciar um negócio sustentável.

3 Aspectos metodológicos

A pesquisa é classificada como aplicada, que segundo Silva e Meneses (2005 p. 20) objetiva

gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos,

envolvendo verdades e interesses locais. Os conhecimentos desta investigação com estudantes

de Administração contribui na investigação das intenções empreendedoras, na identificação

das principais barreiras enfrentadas e quais competências são necessárias para desenvolverem

os seus negócios. Pode nortear os professores no sentido de focar em algumas temáticas

específicas ou suprir as necessidades elencadas pelos alunos.

É qualitativa já que considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,

isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito (SILVA e

MENEZES, 2005 p.20). Permitiu analisar quais as intenções do aluno, identificar as

competências necessárias que precisam ser desenvolvidas e as possíveis barreiras visualizadas

para alcançar êxito no seu empreendimento.

É classificada como descritiva, esta visa apresentar as características de determinada

população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 1991). Neste

sentido, foi possível descrever quais são as intenções empreendedoras dos alunos, através das

respostas obtidas via questionário, e realizar um levantamento das competências necessárias e

as principais barreiras para abertura de negócios promissores.

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É também classificada como pesquisa levantamento, esta é usada quando a pesquisa envolve a

interrogação direta das pessoas, cujo comportamento se deseja conhecer (GIL, 1991). Como

se deseja investigar quais as intenções empreendedoras dos alunos de administração, como

também detectar que competências são necessárias para sua formação e identificar, através de

sua percepção, as principais barreiras visualizadas, essa técnica, dentre os procedimento de

pesquisa, foi a mais adequada.

3.1 População e amostra

População é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para

um determinado estudo (SILVA e MENEZES, 2005 p.32). Diante do exposto, a população

desse estudo compreende 590 alunos matriculados no semestre de 2014.2 no curso de

Administração.

Amostra é parte da população selecionada de acordo com uma regra ou plano (SILVA e

MENEZES, 2005, p.21). A Figura 2 apresenta a formula do cálculo amostral.

Figura 2 - Fórmula de cálculo amostral

Fonte: Santos, (2012)

Pra o cálculo da amostra utilizou-se um percentual de 90% de confiança e erro amostral de

10%, obtendo 186 alunos. Utilizou-se da casual estratificada, cada estrato foi definido

previamente. Como existem seis períodos vigentes em 2014.2, foram convidados trinta e um

alunos por turma.

3.2 Instrumento de coleta de dados

Para esse estudo foi escolhido como instrumento de coleta de dados o questionário que é uma

série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante (SILVA e

MENEZES, 2005 p. 33).

Foi desenvolvido por Viera e Rodrigues (2014), e é composto por onze questões fechadas,

porém é oferecido espaço para o respondente apresentar seu comentário adicional, e dividido

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em duas etapas: perfil do respondente e intenções empreendedoras, também foi adaptado, pois

foi aplicado inicialmente para estudantes de Engenharia, e neste estudo foi realizado com

alunos de Administração.

4 Resultados

Neste tópico levantou-se os dados para caracterizar o perfil do respondente, identificando

alguns aspectos como: faixa etária, gênero e a média salarial dos estudantes.

Quadro 1 – Perfil dos respondentes

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Fonte: Pesquisa de campo (2014)

O resultado da pesquisa apresenta a predominância de duas faixas etárias. Jovens de até 25

anos e de pessoas de 26 a 35 anos. Os dados obtidos neste estudo convergem com a média de

idade da pesquisa do artigo base de Viera e Rodrigues (2014), que é de 22 anos, também estão

de acordo o do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

onde afirma que a participação de pessoas com 25 anos ou mais entre aqueles que

frequentavam educação superior aumentou cerca de 10 pontos percentuais (p.p.) no período

2000-2010, passando de 42% para 52% do total (IPEA, 2014).

Para o segundo item, é notável uma maior participação do público feminino, frequentando

aulas no curso superior de Administração, representado por 52%. Quando comparado com a

amostra de Viera e Rodrigues (2014) existe uma divergência sendo os homens predominantes,

com 60%, esse fato pode ser explicado já que ainda existe uma tendência do gênero

masculino buscar cursos na área das Engenharias e as mulheres nas Ciências Humanas e

Sociais. Esses dados também confirmam a pesquisa do MEC (Ministério da Educação),

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demonstrando que em 1991 as mulheres representavam 59,9% das pessoas que se formavam

no País, em 2012, esta participação subiu para 61,2%.

No que se refere à renda individual mensal dos respondentes, percebe-se que, apesar da renda

limitada, 35% com renda até R$ 1000,00 (mil reais) contrastando com 4% com renda acima

de R$ 4000,00 (quatro mil reais), nesse sentido os dados podem confirmar uma não inserção

no mercado de trabalho ou uma parada estratégica para primeiro se capacitar e galgar uma

melhor colocação. O paradoxo entre a limitação de renda e o desejo de cursar o ensino

superior justifica a procura pelos programas do Governo Federal que democratizam a entrada

para o ensino superior, como o Fies, ProUni, Pronatec e Ciências sem fronteiras.

4.2 Intenções empreendedoras

O segundo momento foi destinado a exploração do comportamento dos respondentes quanto

as suas intenções empreendedoras.

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Quadro 2 – Intenções empreendedoras

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Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Para a dimensão 1 foi abordado se a influência familiar pode ter despertado interesse em

empreender; verificou-se que na amostra 44% dos entrevistados não apresentaram no seu

histórico familiar atos empreendedores, já 53% afirmam ter na família empreendedores, sendo

que do total 14% desses negócios tiveram suas atividades encerradas.

“Cresci vendo meus pais negociarem e hoje sou empreendedora” afirmou um dos

entrevistados, que a presença de atores empreendedores na família corrobora para o despertar

das intenções empreendedoras, principalmente se forem atores com experiências bem

sucedidas. Sob outra análise, quando não se tem na família a presença de empreendedores, o

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incentivo dos familiares no desenvolver das atividades é fator motivacional, como afirma

outro aluno entrevistado “Meus pais nunca foram empreendedores, mas sempre me apoiaram

nas conquistas”.

Quando questionados se já ponderaram iniciar o negócio, 74% do resultado foi positivo

quanto às pretensões empreendedoras, sendo que deste total 8% já estão com seus negócios

ativos, e 14% estão iniciando o processo de abertura de empresas e 52% afirmaram pensar

seriamente em ser seu próprios patrões, assumindo esse propósito como projeto de vida a

médio prazo. Além disto, a pesquisa do Relatório Global Entrepreneurship Monitor, (2013)

afirma que três em cada dez brasileiros adultos, entre 18 e 64 anos, possuem um negócio ou

estão em processo de abertura, assim os jovens universitários, detendo informações

mercadológicas, estão mais atentos às oportunidades apresentadas pelo mercado e dispostos a

aproveitá-las.

Ao serem interrogados sobre o que fariam se detivessem de recursos financeiros, 62%

alegaram investir em seu próprio negócio, 11% depositariam em uma poupança e 10%

investiriam em carro ou casa. A pesquisa GEM (2013) confirma os dados obtidos,

identificando que, ter seu próprio negócio, é o terceiro maior sonho dos brasileiros, atrás

apenas da casa própria e viajar pelo país, porém, conforme a pesquisa em questão, ter seu

próprio negócio é o anseio de significativa parte dos estudantes, ocupando o primeiro lugar

das predisposições e atitudes empreendedoras.

A quarta dimensão refere à atitude face ao autoemprego, 51% dos respondentes confirmam o

anseio de serem seus próprios patrões, estando dispostos a sacrificar a suposta estabilidade de

serem empregados, já 33% da amostra alegam que, mesmo tendo oportunidades de serem

gestores em uma empresa existente, preferem construir uma nova empresa, e 16% dizem

poder construir um bom patrimônio a partir do autoemprego. É certo que a instabilidade

apresentada pelo mercado pode interferir nas condições de empreender, porém, cientes dos

riscos encontrados pelos empreendedores, os respondentes alegam estar dispostos a enfrenta-

los, porque avaliam que os benefícios obtidos no longo prazo os recompensarão pelo ônus que

a atividade possa incorrer.

Já na quinta dimensão considerou-se relevante compreender qual a imagem do empreendedor,

a visão para 52% da amostra é que o empreendedor é uma personalidade admirada pela

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sociedade, e 36% acham que nos negócios é preferível ser seu próprio patrão a ser empregado.

Portanto, para os respondentes o empreendedor é uma figura social capaz de promover

mudanças significativas na estrutura local, corroborando para o desenvolvimento social e

econômico de um País. Desta maneira, torna-se uma personalidade admirada pela sociedade

por ser atuante e construtor de oportunidades.

Tratando dos fatores adversos ao empreendedorismo, 80% dos respondentes contemplam a

dificuldade de ter uma boa ideia de negócio e a dificuldade em obter crédito para iniciar seus

projetos. Apesar de algumas linhas de créditos serem direcionadas às micro e pequenas

empresas, as exigências não atendem realidade de quem está iniciando um negócio. Esta

realidade sugere que os empreendedores devem estar capitalizados para poder iniciar seus

negócios, muitas vezes, recorrendo a empréstimos a bancos ou pessoa física, tais como

familiares e amigos. Em contrapartida, há outro fator decisivo para a não obtenção de crédito,

que é a ausência de um bom projeto ou o plano de negócios. Envolvidos com a dinâmica de

apresentar modelos de negócios, é vital que o empreendedor desenvolva a habilidade de expor

suas ideias de maneira sistemática, registrando todo o passo a passo do negócio em

um business plan.

Empreender envolve riscos e o estar ciente das abdicações que serão feitas no trajeto de uma

carreira empreendedora é de extrema importância para quem pensa em ter seu próprio

negócio. Diante disso, ao analisar a dimensão sete, 66% dos respondentes afirmam gostar de

desafios e alegam que os momentos mais memoráveis de suas vidas ocorreram enquanto

lutavam para atingir um objetivo difícil. Em contrapartida, outros 34% alegaram como fatores

cruciais para o empreendedor: o risco de perder tudo, o trabalho árduo a ser desempenhado e a

responsabilidade contida em todo o processo.

A dimensão oito refere às capacidades e competências percebidas pelos respondentes.

Tratando destas características é vital para 59% da amostra ser resiliente (flexível),

afirmando que adaptam seus planos às alterações das circunstâncias, e que também são

perseverantes pela concretização de seus objetivos, além de manifestar confiança em relação a

capacidade de decisão técnica e no sucesso que obterá ao decidir abrir um negócio.

5. Considerações finais

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O empreendedorismo, conforme descrito no decorrer do artigo, fortalece a economia, criando

um país mais forte, a partir da implementação de novas ideias ou de aprimoramentos das

existentes, gerando empregos e renda para a população. De acordo com a pesquisa, a maioria

dos graduandos em Administração já são empreendedores ou ensejam empreender.

Com relação as principais barreiras identificadas para abrir o empreendimento, foi informado

pelos respondentes que mesmo com a presença de políticas públicas, que facilitam a

formalização do negócio e também entidades que promovem capacitações técnico/gerenciais,

algumas barreiras encontradas afetam a eficácia da ideia de negócio, por exemplo: a alta

tributação do país e a dificuldade de pequenos empreendedores para obterem crédito com as

instituições financeiras, já as competências que precisam ser desenvolvidas pelos alunos é

conseguir adaptar seu planejamento às circunstâncias reais encontradas, inovando com poucos

recursos, atendendo aos aspectos legais exigidos.

Desta maneira, para trabalhos futuros sugere-se a ampliação deste estudo para os demais

cursos que trabalham com questões gerenciais e também investigar outros assuntos

relacionando empreendedorismo a empresas formais e informais, oportunidade e necessidade,

inovação e etc.

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