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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Por: Eliane Maria da Conceição Dias Orientador Professora Mestre: Ana Cristina Guimarães Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Por: Eliane Maria da Conceição Dias

Orientador

Professora Mestre: Ana Cristina Guimarães

Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Apresentação de monografia á Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

Obtenção do grau de especialista em Gestão

de Recursos Humanos.

Por: Eliane Maria da Conceição Dias

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GRADECIMENTOS

A família, os amigos, aos parentes e Professores.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao meu esposo Álvaro e minhas filhas Jéssica da Conceição e Caroline da Conceição, pela paciência e pelo carinho.

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RESUMO

Este trabalho busca avaliar o uso da Inteligência Emocional como

ferramenta no processo de recrutamento e seleção. Tenta compreender como

cada processo funciona em uma individualidade.

O processo de recrutamento do candidato poderá ser feitos através de três

formas; o recrutamento externo que é a busca do candidato no mercado de

trabalho. O recrutamento interno feito com os funcionários da organização e

recrutamento misto que é a junção dos dois. Os processos de recrutamento

externo e recrutamento interno têm seus prós e contras que deveram ser levados

em consideração no momento de recrutar os candidatos.

Todo o processo de recrutamento antecede ao processo de seleção que

deverá avaliar o candidato de cinco formas o candidato. Através de entrevistas,

prova de conhecimentos ou capacidade, psicométrico, teste de personalidade e

técnica de simulação.

Não mas será levado em conta para recruta e selecionar somente a

inteligência Tradicional que se adquire nos seis primeiros anos e não poderá ser

modificada. O candidato também será avaliado pela sua Inteligência Emocional

que pode ser modificada aprimorada ao longo dos anos por parte dos pais,

educadores e da própria vida.

No processo de recrutar e selecionar a comunicação é parte fundamental,

pois através da comunicação nasce toda a seleção. A entrevista é processo de

comunicação entre duas pessoas que interagem entre si e no qual uma das partes

se interessa em conhecer a outra.

A Inteligência Emocional será a nova ferramenta nos processos seletivos,

pois respeita as várias inteligências, busca em sua seleção a clareza nos seus

objetivos e coloca os candidatos em situações reais.

PALAVRAS CHAVES: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, RECRUTAMENTO,

SELEÇÃO E COMUNICAÇÃO.

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METODOLOGIA

Esta monografia teve como fonte metodológica para resolução do

problema exposto, a leitura e a coleta de dados de bibliografias de autores

renomados, leitura de artigos e pesquisa de campo no qual foi formulado um

questionário de entrevista contendo dez perguntas a respeito do recrutamento e

seleção de pessoal para verificar a utilização da ferramenta Inteligência Emocional,

com a pessoa responsável pela área de Recursos Humanos da Universidade do

Grande Rio.

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7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO. 09

CAPÍTULO I CONCEITO INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 11

1.1- É possível avaliar a inteligência Emocional 12

1.2- É possível o desenvolvimento da Inteligência Emocional 12

1.3- Características da Mente Emocional 13

CAPÍULO II CONCEITO DE RECRUTAMENTO 15

2.1- Recrutamento Interno 16

2.2- Recrutamento Externo 18

2.3- Recrutamento Misto 19

CAPÍTULO III CONCEITO DE SELEÇÃO 20

3.1- Técnica de seleção 21

3.2- Entrevista de seleção 22

3.3- Prova de conhecimento ou de capacidade 22

3.4- Teste psicométrico 23

3.5- Teste de personalidade 24

3.6- Técnica de Simulação 24

CAPÍTULO IV RECRUTAMENTO E SELEÇÃO 26

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8CAPÍTULO V INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO 27

5.1- Faculdades Sociais 28

5.2- Faculdades Pessoais 28

5.3- Comunicação 29

5.4- Como se motivar 30

5.5- As diferenças individuais 32

5.6- Como avaliar o profissional 32

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS 39

ANEXO 41

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

Na busca do aprimoramento nos processos de recrutamento e seleção e da

qualidade na gestão de pessoas nas organizações, este trabalho teve como

objetivo utilizar a ferramenta Inteligência Emocional nos processos de

recrutamento e seleção à procura da pessoa certa na vaga certa.

A inteligência emocional é a ferramenta a qual os gestores de Recursos

Humanos atuais irão utilizar na hora de contratar seus futuros funcionários, pois

ela dá ao gestor a possibilidade de conhecer em seus candidatos suas emoções e

suas habilidades.

Neste trabalho será apresentado os tipos e as características dos

recrutamentos externos, internos e mistos, e seus prós e contras. A seleção as

suas técnicas e seus processos de entrevistas, teste de conhecimentos ou

capacidade, teste psicométrico, teste de personalidade e técnica de simulação.

Mostra-se também a importância da comunicação nos processos de

entrevista, do respeito das características individual de cada candidato e do

respeito as suas limitações e suas habilidades, conhecer as características da

inteligência emocional no candidato a ser recrutado.

Este trabalho tem como finalidade mostrar aos gestores atuais a

importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional nos processos de

Recrutamento e seleção de sua organização.

Com o desenvolvimento dessa ferramenta os gestores poderão fazer a

escolha de seus futuros funcionários com mais clareza, pois ele contará com um

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10colaborador que gestor conhece suas emoções, suas habilidades e que consegue

trabalhar em equipe.

Será abordado no primeiro capítulo o conceito de inteligência emocional, a

importância do desenvolvimento de habilidades na vida da pessoa como auto

motivar-se, perseverar apesar das decepções, controlar os impulsos. Avaliação da

inteligência emocional e o desenvolvimento da inteligência emocional.

No segundo capítulo serão abordados os tipos de recrutamento interno,

externo e misto que é a junção dos dois tipos de recrutamento interno e externo,

será abordado os prós e os contra dos recrutamentos interno e externo.

O terceiro capítulo irá abordar a seleção de pessoal, e seus processos, pois

a seleção baseia-se em informação sobre o cargo a ser preenchido, suas

exigências para escolha do candidato. Todo processo de seleção utilizará técnicas

de seleção, como entrevista de seleção, prova de conhecimento ou capacidades,

teste psicométrico, teste de personalidade e técnica de simulação.

O quarto capítulo será a junção da ferramenta inteligência emocional e os

processos de recrutamento e seleção, a importância da comunicação, a motivação

dos profissionais e as diferenças individuais.

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11

CAPÍTULO I

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Segundo Beltrán (2004), o psicólogo, escritor e professor da Universidade

de Harvard, Daniel Goleman, após alguns anos de estudos nos quais reuniu

pesquisas de diversas universidades norte-americanas, divulgou em seu livro:

“ Inteligência Emocional, “ um conceito mais audacioso sobre o que se dever

entender por inteligência.

Goleman (apud Beltrán, 2004) indicou claramente a importância do

desenvolvimento de habilidades na vida da pessoa, como:

• Ser capaz de auto motivar - se;

• Perseverar, apesar das decepções;

• Controlar os impulsos e retardar a “gratificação” diante das emoções, ou

seja, não dar rédea solta ao desejo imediato da ação e ser capaz de

esperar para recebimento da compensação emocional;

A inteligência emocional é a capacidade de sentir, entender e aplicar

eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma de energia,

informação e influência humanas. As emoções são os domínios dos sentimentos,

de reações viscerais e de sensações emocionais. Quando se confia e respeita, a

inteligência emocional permite uma compreensão mais profunda e completa de

nós e dos outros.

Verificou-se que várias vezes, os melhores profissionais em sua área só

conseguem perceber que as emoções são forças avassaladora ocultas no interior

do próprio ser. Sabem que estão por trás de seus desejos pessoais, suas

necessidades, de seus estados de ânimo, e de seus problemas sem solução,

porém desconhecem como conduzi-las. Não imaginam como utilizá-las para que

sejam suas aliadas nem como reconhecer e validar essas mesmas forças nas

outras pessoas. Seja para conduzir um negócio, seja para elaborar uma tese de

mestrado, seja para aprender a ler, seja para poupar como o objetivo da compra

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12de uma casa, a capacidade de conhecer e controlar nossas motivações interiores

e nossos impulsos é uma condição indispensável para o sucesso.

1.1- É possível avaliar a inteligência Emocional

A Inteligência Emocional é um talento difícil de ser provado; muito menos

tangível, pois abrange capacidades como o controle dos próprios sentimentos e

emoções bem como o reconhecimento dos demais e utilizam de toda essa

informação como guia de pensamento e de ações. Também se relaciona com a

espontaneidade, a criatividade, as esperanças, da perseverança e das habilidades

sociais.

Ensaios recentes permitem afirmar que já existem as primeiras avaliações

criadas para medir esse tipo de inteligência, aplicada pelo departamento de

psicologia da Universidade de Nijmegen, na Holanda e de acordo com as reações

a esses problemas, estabeleceu-se uma nomenclatura numérica que permite

medir o Quociente Emocional.

Agora para que seja aplicada na seleção de funcionários na empresas e na

orientação de preferências profissionais, é aguardada a oficialização dessa

nomenclatura.

1.2-É Possível o Desenvolvimento da Inteligência Emocional

Sem dúvida, o ponto diferencial mais importante entre inteligência

Tradicional e a Inteligência Emocional se relaciona com o fato de a primeira medir

pelo Quociente de Inteligência ser praticamente imodificável após os primeiros

seis anos de vida, enquanto que a segunda medida pelo Quociente Emocional

permite um crescimento progressivo mediante uma ação permanente, como na

infância, por parte dos pais e educadores a seguir, ao longo da vida, mediante o

desenvolvimento pessoal.

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131.3-Características da Mente Emocional

De acordo com Goleman, (1995), só recentemente, foi elaborado um

modelo cientifico da mente emocional que explica por que muitas de nossas ações

são determinadas pela emoção – por que somos tão racionais num determinado

momento e tão irracionais em outros – e também foi firmado o entendimento de

que as emoções têm uma razão e uma lógica que lhe são tão peculiares. As duas

melhores análises da mente irracional estão, talvez, em Paul Ekman, diretor do

Laboratório de Interação Humana da Califórnia, em São Francisco, e em Seymour

Epstein, psicólogo clínico da Universidade de Massachusetts. Embora cada um

deles tenha trabalhado com diferentes indicadores científicos, do estudo dos dois

podemos extrair uma lista básica de características que distinguem as emoções

do resto da vida mental.

A mente emocional é muito mais rápida que a racional, agindo

irrefletidamente, sem parar para pensar. Essa rapidez exclui a reflexão deliberada,

analítica, que caracteriza a mente racional. No curso da revolução humana, essa

agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo exclusivo a mais básica

decisão: o que merecia a nossa atenção e, uma vez vigilante, quando, por

exemplo, ao enfrentarmos um animal, decidir, em frações de segundos: eu como

isso ou isso me come? As espécies que não foram capazes de uma reação

imediata tiveram pouca probabilidade de deixar uma progênie que passe adiante

seus lentos genes de atuação.

As ações desencadeadas pela mente emocional carregam uma forte

sensação de certeza, que é um subproduto de um tipo de comportamento

bastante simplificado, de encarar determinadas coisas que, para a mente racional,

são intrigantes. Quando a poeira assenta, ou mesmo durante a reação, ai se

pensa: “por que fiz isso?” – este é o sinal de que a mente racional percebeu o que

aconteceu, mas não com a agilidade da mente emocional.

Como o intervalo entre o que dispara uma emoção e a sua erupção é, em

geral, praticamente nulo, os mecanismos que avaliam a percepção de um

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14acontecimento são muito velozes, mesmo em tempo cerebral, que é calculado em

milésimos de segundos. A constatação de que é preciso agir tem de ser

automática, e de tal forma, que não chegue nunca ao nível da consciência. Somos

formados por uma reação emotiva ‘rápida e rasteira’, normalmente muito antes de

sabermos, com exatidão, o que se passa. (GOLEMAN, 1995)

De acordo com o exposto podemos afirmar que a inteligência emocional

será o novo diferencial para o mercado de trabalho pois com essa habilidade

desenvolvida o profissional poderá em seu ambiente de trabalho, lidar com

situações difíceis sem nenhum problema.

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CAPÍTULO II

RECRUTAMENTO

De acordo com Chiavenato, (1999) o recrutamento corresponde ao

processo pelo qual a organização atrai candidatos que estão no Mercado de

trabalho para abastecer seu processo seletivo. Na verdade, o recrutamento

funciona como um processo de comunicação: a organização divulga e oferece

oportunidade de trabalho. O recrutamento tal como ocorre com o processo de

comunicação é um processo de duas mãos ele comunica e divulga oportunidades

de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os candidatos para o processo

seletivo. Se o recrutamento apenas comunica e divulga, ele não atinge seus

objetivos básicos. O fundamental é que atraia e traga candidatos para serem

selecionados.

O recrutamento não é uma atividade que possa ser isolada da estratégia da

empresa. Como os negócios mudam e surgem novas funções a cada dia, torna-se

imprescindível contar com pessoas flexíveis, capazes de adaptar-se a essas

mudanças constantes. Eis o lema de muitas empresas: recrute hoje o executivo de

amanhã. Os diretores estão se dedicando a projetar o futuro do negócio para a

próxima década, pois há o perigo de contratar funcionários que serão inadequados

para os próximos cincos anos, quando estarão em ascendendo nos quadros da

companhia.

O desafio principal do recrutamento é agregar valor a organização e as

pessoas. Como toda e qualquer atividade importante, o recrutamento deve

proporcionar resultados para ambas as partes. A avaliação dos resultados é

importante para aferir se o recrutamento está realmente cumprindo a sua função e

a que custo. No enfoque quantitativo, quanto mais candidatos influenciar, tanto

melhor será o recrutamento. Contudo, no enfoque qualitativo, o mais importante é

trazer candidatos que sejam triados, entrevistados e encaminhados ao processo

Page 16: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

16seletivo. É inacreditável a proporção entre os candidatos que se apresentam e os

que são aproveitados para disputar o processo de seleção.

Os esforços de recrutamento são mais bem sucedidos quando os

recrutadores são escolhidos e treinados. Embora a eficácia do recrutamento seja

importante, é necessário considerar que a qualidade no processo de recrutamento

produz fortes impactos sobre os candidatos. Os recrutadores provocam fortes

impressões nos candidatos que podem ser positivas ou negativas. Além do mais,

a cooperação entre linha e staff no recrutamento é essencial. O consultor de RH e

o pessoal de linha que recruta precisam saber exatamente o que o cargo exige e o

que se procura nos candidatos.

2.1-Recrutamento Interno

Segundo Chiavenato, (1999) o recrutamento interno é feito na organização

e atua sobre os candidatos que estão trabalhando, isto é, funcionários para

promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais

motivadoras. O recrutamento interno aborda os atuais funcionários da organização

privilegia-os para oferecer-lhes oportunidades dentro da organização.

O recrutamento interno funciona através de oferta de promoções (cargo mais

elevados e, portanto, mais complexos, mas dentro da mesma área de atividade da

pessoa) e de transferências (cargo do mesmo nível, mas que envolvam outras

habilidades e conhecimento da pessoa e estejam situados em outras áreas de

atividade da organização).

2.1.1- Prós

1-Aproveitar melhor o potencial humano da organização.

2-Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários.

3-Incentiva a permanência dos funcionários e a sua fidelidade à organização.

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174-Ideal para socialização organizacional, pois tem pouca mudança ambiental.

5-Não requer socialização organizacional de novos membros.

6-Probabilidade de uma melhor seleção, pois os candidatos são bem

conhecidos.

7-Custa financeiramente menos do que fazer recrutamento externo.

2.1.2- Contra

1-Pode bloquear a entrada de novas idéias experiências e expectativas.

2-Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual.

3-Mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização.

4-Ideal para empresas burocráticas e mecanicísticas

5-Mantém e conserva a cultura organizacional existente.

5-Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua.

2.2-Recrutamento Externo

De acordo com Chiavenato, (1999) o recrutamento externo atua sobre os

candidatos que estão no Mercado de Trabalho, portanto fora da organização para

submetê-los ao seu processo de seleção de pessoal.

O recrutamento externo busca experiências e habilidades não existentes

atualmente na organização. Por essa razão o recrutamento externo utiliza várias e

diferentes técnicas de para influenciar e atrair candidatos. O currículo assume

enorme importância no recrutamento externo.

2.2.1-Prós

1-Introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas.

2-Enriquece o patrimônio humano pelo aporte de novos talentos e habilidades.

Page 18: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

183-Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destreza.

4-Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações.

2.2.2-Contra

1-Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização.

2-Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidade a estranhos.

3-Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos.

Isto significa custos operacionais.

4-Exige esquemas de socialização organizacional para os novos funcionários.

5-É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno.

2.3- Recrutamento Misto

Para Ribeiro, (2006) na realidade, uma empresa nunca faz apenas um

recrutamento interno ou externo, ambos se complementam surgindo o

Recrutamento Misto, pois ao se fazer um recrutamento interno, o individuo

deslocado para a posição (vaga) precisa ser substituído em sua posição atual. Se

for substituído por outro colaborador, o deslocamento produz uma vaga que

precisa ser preenchida. Quando se faz o recrutamento interno, em algum ponto

da organização surge sempre uma posição a ser preenchida através do

recrutamento externo, algum desafio, alguma oportunidade ou algum horizonte

deve ser oferecido ao novo empregado, sob pena de procurar desafios e

oportunidades em outra organização que pareça melhor. Em virtude das

vantagens e desvantagens do recrutamento interno e recrutamento externo, a

solução mais eclética tem sido o recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde

tanto fontes internas como fontes externas de recursos humanos. O recrutamento

misto pode ser adotado em três alternativas de sistemas:

Page 19: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

19a) Inicialmente, recrutamento externo seguido de recrutamento interno, caso

aquele não apresente resultados desejáveis. A empresa está mais interessada na

entrada de recursos humanos do que em sua transformação, ou seja, a empresa

necessita de pessoal qualificado, em curto prazo, e precisa importá-lo do ambiente

externo. Não encontrando candidatos externos à altura, lança mão de seu próprio

pessoal, não considerando de inicio, os critérios acerca das qualificações

necessárias;

b) Inicialmente recrutamento interno, seguido de recrutamento externo, caso não

apresente resultados desejáveis. A empresa dá prioridade a seus empregados na

disputa das oportunidades existentes. Não havendo candidatos à altura, parte-se

para o recrutamento externo;

c) Recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente. É o caso

em que a empresa está mais preocupada com o preenchimento da vaga existente,

seja através de input ou através da transformação de recursos humanos;

geralmente, uma boa política de pessoal dá preferência aos candidatos internos

sobre os externos, em caso de igualdade de condições entre eles. Com isto, a

empresa assegura-se de que não está descapitalizando seus recursos humanos,

ao mesmo tempo em que cria condições de sadia competição profissional.

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20

CAPÍTULO III

SELEÇÃO DE PESSOAL

De acordo com Chiavenato, (1999) seleção de pessoas funciona como uma

espécie de filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar na

organização: aquelas que apresentam características desejadas. Há um velho

ditado popular que afirmar que a seleção é a escolha certa da pessoa certa para o

lugar certo. Em termos mais amplos, a seleção busca, dentre os vários candidatos

recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na

organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do

pessoal, bem como a eficácia. No fundo, está em jogo o capital intelectual da

organização que a seleção deve preservar ou enriquecer.

Se não houvesse as diferenças individuais e se todas as pessoas fossem

iguais e reunissem as mesmas aptidões para aprender e trabalhar, a seleção de

pessoas seria totalmente desnecessária. Acontece que a variabilidade humana é

enorme: as diferenças individuais entre as pessoas, tanto no plano físico (como

estatura, peso, compleição física, força, acuidade visual e auditiva, resistência à

fadiga) como no plano psicológico (como temperamento, caráter, inteligência,

aptidões, habilidades mentais) levam as pessoas a se comportar diferentemente, a

perceber situações de maneira diferente e a se desempenhar, com maior ou

menor sucesso, nas organizações. As pessoas diferem entre si tanto na

capacidade para aprender uma tarefa como na maneira de executá-la a após a

aprendizagem. Não apenas uma idéia atual, mas uma projeção de como a

aprendizagem e a execução se situarão a longo prazo.

O processo seleção baseia-se em informações sobre o cargo a ser

preenchido. As exigências dependem dessas informações para que a seleção

tenha maior objetividade e precisão para preencher o cargo. Se de um lado temos

o cargo a ser preenchido, temos de outro, candidatos profundamente diferentes

entre si, disputando a mesma posição.

Page 21: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

21 A seleção de pessoal é um sistema de comparação e de escolha (tomada

de decisão). Para tanto, ela deve necessariamente apoiar-se em algum padrão ou

critério para alcançar certa validade na comparação. O padrão de critério de

comparação e escolha deve ser extraído a partir de informações sobre o cargo a

ser preenchido e sobre os candidatos que apresentam. Assim, o ponto de partida

para o processamento de seleção de pessoal é obtenção de informação

significativa sobre o cargo a ser preenchido.

3.1-Técnica de Seleção

O autor ainda diz que depois de obtido as informações básicas a respeito

do cargo a ser preencher, o outro lado da moeda é a obtenção de informações a

respeito dos candidatos que se apresentam. Reunidas as informações sobre o

cargo a ser preenchido, o passo seguinte é a escolha das técnicas de seleção

para conhecer e escolher os candidatos. As técnicas de seleção são agrupadas

em cinco categorias: entrevista, prova de conhecimento ou capacidade e técnicas

de simulação.

As técnicas de seleção permitem um rastreamento das características

pessoais dos candidatos através de amostras de seu comportamento. Uma boa

técnica de seleção, deve ter alguns atributos, como rapidez e confiabilidade. Além

disso, ela precisa representar o melhor preditor para um bom desempenho do

candidato no cargo futuro. Preditor significa o atributo pelo qual uma técnica de

seleção é capaz de predizer o comportamento do candidato no que alcançou

quando submetido a essa técnica.

Esta validade preditiva de um teste é determinada aplicando-o a uma

determinada amostra de candidatos que, depois de admitidos, são avaliados

quanto ao desempenho nos cargos.

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223.2- Entrevista de Seleção

De acordo com Chiveanato, (1999) a entrevista de seleção constitui a

técnica de seleção mais utilizada na organização. Na verdade, a entrevista tem

inúmeras aplicações. Ela pode ser utilizada triagem inicial dos candidatos no

recrutamento, como entrevista pessoal inicial na seleção, entrevista técnica para

avaliar conhecimentos técnicos especializados, entrevista de aconselhamento e

orientação profissional no serviço social, entrevista de avaliação do desempenho,

entrevistas de desligamento, na saída dos empregados que se demitem ou são

demitidos das empresas.

A entrevista de seleção é um processo de comunicação entre duas ou mais

pessoas que interagem entre si e no qual uma das partes está interessada em

conhecer melhor a outra. De um lado, o entrevistador ou tomador de decisão e, de

outro lado, o entrevistado ou candidato. O entrevistado se assemelha a uma caixa

preta a ser desvendada. Apesar de seu forte componente subjetivo e impreciso, a

entrevista pessoal é aquela que mais influencia a decisão final a respeito dos

candidatos.

Entrevistar é, provavelmente, o método mais utilizado em seleção pessoal.

3.3- Prova de Conhecimentos ou Capacidades

As provas de conhecimentos são instrumentos para avaliar o nível de

conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a ser

preenchido. Procuram medir o grau de conhecimentos profissionais ou técnicos

como noções de informática, de contabilidade, de redação, de inglês. Por outro

lado, as provas de capacidade constituem amostras de trabalho que são utilizadas

como testes para verificar o desempenho dos candidatos. Procura medir o grau de

capacidade ou habilidade para certas tarefas, como a perícia em lidar com

computador, a perícia do motorista de caminhão ou de empilhadeira, da digitadora

Page 23: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

23ou do operador de máquinas. Há uma enorme variedade de provas de

conhecimentos ou de capacidades. Daí a necessidade de classificá-las

conjuntamente quanto à forma de aplicação, à abrangência e à organização.

1 Quanto à forma de aplicação:

• Provas Orais;

• Provas escritas;

• Provas de realização;

2 Quanto à abrangência:

• Provas gerais;

• Provas específicas;

3 Quanto à organização:

• Provas tradicionais;

• Provas Objetivas;

3.4- Teste Psicométrico

Os testes psicométricos constituem uma medida objetiva de uma amostra

do comportamento no que se refere às aptidões da pessoa. Os testes

psicométricos são utilizados como uma medida de desempenho e se baseiam em

amostras estatísticas de comparação, sendo aplicados sob condições

padronizadas.

Os resultados dos testes de uma pessoa são comparados com padrões de

resultado em amostras representativas para obter resultados em percentis. Por

isso, os testes psicométricos apresentam três características que as entrevistas e

provas tradicionais ou objetivas não apresentam:

1- Preditor: significa a capacidade de um teste de oferecer resultados prospectivos

capazes de servir como prognósticos para o desempenho do cargo.

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242- Validade: significa a capacidade do teste de aferir exatamente aquela variável

humana que se pretende medir.

3- Precisão: significa a capacidade do teste de apresentar resultados semelhantes

em várias aplicações na mesma pessoa.

Todo o instrumental de seleção deve possuir características de validade e

precisão. Isso vale tanto para a entrevista, provas de conhecimentos e

capacidades, como para os testes psicométricos.

3.5-Teste de Personalidade

Segundo Chiavenato, (1999) a personalidade é mais que o conjunto de

certos aspectos mensuráveis. Ela é uma integração, uma mistura, um todo

organizado. O termo personalidade representa a integração única de

características mensuráveis relacionadas com aspectos permanentes e

consistentes de uma pessoa. Essas características são identificadas como traços

de personalidade e distinguem a pessoa das demais. Os testes de personalidade

revelam certos aspectos das características superficiais das pessoas como

àqueles determinados pelo caráter (traços adquiridos ou feno típicos) e os

determinados pelo temperamento (traços inatos ou genotípicos).

3.6-Técnica de Simulação

As técnicas de simulação deixam o tratamento individual e isolado para

centrar-se no tratamento em grupos e substituem o método verbal ou de execução

pela ação social. Seu ponto de partida é o drama, que significa reconstituir em

cima de um palco - o contexto dramático – no momento presente, no aqui agora, o

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25evento que se pretende estudar e analisar de modo que ele fique o mais próximo

possível do real.

Assim, o protagonista, ao dramatizar uma cena, assume um papel (rolie

playing) e permanece em um palco circular rodeado por outras pessoas – contexto

grupal – que assistem à sua atuação e podem vir ou não a participar da cena.

As técnicas de simulação são essencialmente técnicas de dinâmica de

grupo. A principal técnica de simulação é o psicodrama, que se fundamenta na

teoria geral de papéis: cada pessoa põe em ação os papéis que lhe são mais

característicos sob forma de comportamento, seja isoladamente, seja interação

com outras pessoas.

As técnicas de simulações abrirão um campo interessante para seleção de

pessoas. As características humanas e o potencial de desenvolvimentos revelados

pelas técnicas tradicionais de seleção precisam guardar sua confirmação ou não a

partir de algum tempo no desempenho do cargo, pois elas não pesquisam o

comportamento real dos candidatos e suas interações com pessoas, situações e

desafios. As técnicas de simulação são utilizadas nos cargos que exijam

relacionamento interpessoal, como direção, gerência, supervisão, vendas,

compras, contatos.

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26

CAPÍTULO IV

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Recrutar e Selecionar profissionais qualificados é um desafio há mais de

2 mil anos, conforme dados de historiadores as primeiras tentativas de selecionar

pessoas de maneira cientifica e datada de 207 A.C., quando funcionários da

dinastia Han, na China, criaram uma detalhada e longa descrição de cargos para

funcionários públicos da época. Mesmo assim, poucas contratações foram

satisfatórias.

Todas as formas de selecionar pessoal, mesmo assim encontrar

profissionais qualificados, e ainda tarefa trabalhosa, quando não se encontra apóio

especializados. Afinal, contratar é o processo de ajustar entre si três formas

complexas e em constante mutação: o candidato, a empresa e o mercado.

Esta forma de trabalho permite que se faça dentro da cultura da empresa,

um processo de seleção baseado nas mais avançadas técnicas e conceitos, tais

como gestão da qualificação profissional pôr competência e inteligência emocional,

um processo de classe mundial .

Todas as atividades do recrutar e selecionar são voltados a excelência do

ser humano.

A seleção de colaboradores tem uma finalidade de obter e colocar a

disposição do processo produtivo, elementos que apresentem certo perfil

compatível com as necessidades definidas. Porém tecnicamente tem como

propósito avaliar conhecimentos, experiências, habilidades e outros fatores

inerentes a cada cargo, aplicados ao sistema de produção. Já na prática podemos

considerar o processo avaliativo como o objetivo principal da seleção. (RIBEIRO,

2006)

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CAPÍTULO V

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO RECRUTAMENTO E

SELEÇÃO

De acordo com Ribeiro, (2006) o surgimento do conceito de Inteligência

Emocional (Daniel Goleman), e, finalmente, as empresas brasileiras, estão

assumindo que além da capacidade intelectual e competência técnica, os

candidatos devem ser investigados em suas qualidades pessoais como iniciativa,

liderança, adaptabilidade, empatia ou capacidade de persuasão. De fato, a maioria

das pessoas tem seguido a tendência de relegar o coeficiente intelectual a um

segundo plano, fazendo com que damos mais importância à auto-estima,

autocontrole, dedicação, integridade e comunicabilidade, além das qualidades

mencionadas anteriormente. Por conseguinte, a preferência em considerar um

profissional como sendo brilhante muito mais por sua capacidade de trabalhar em

equipe e por saber maximizar a produção do grupo do que por qualidades ditas

como sendo de “aplicação individual”. Evidentemente, isso se fez adotar a prática

de avaliar candidatos não só em seu raciocínio lógico e capacidade analítica como

também em sua inteligência emocional. Os dados que confirmam estas tendências

se baseiam nas pesquisas realizadas em mais de 500 empresas no mundo, as

quais também concluem que a inteligência emocional afeta, do mesmo modo, a

todos no ambiente de trabalho, dos postos mais modestos aos altos cargos de

direção.

A prática tem demonstrado que a adoção desse conceito nos processos de

seleção só tem gerado bons resultados; por exemplo, como a inteligência

emocional é um catalisador positivo no processo decisório individual (graças às

experiências anteriores), os profissionais escolhidos com base nessa avaliação

são aqueles aptos a tomarem as decisões mais acertadas. Percebe-se, também,

que nas empresas que se baseiam na inteligência emocional, equilibra-se a

emoção e a razão e, por conta disso, considera-se que os melhores resultados

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28ocorrerão se a empresa animar e motivar o seu pessoal. Em outras palavras, os

sentimentos e habilidades humanas são alavancas para o bom funcionamento das

empresas e, por esse motivo, a inteligência emocional passou a ser tão importante

como a carreira, um MBA ou a própria vivência profissional – já não se julga o

candidato apenas por sua experiência e inteligência, valorizando-se, além disso, a

forma como se relaciona e como controla as suas emoções.

Goleman (apud – RIBEIRO, 2006), em “A Inteligência Emocional,” insinua

que ninguém precisa ser um gênio para alcançar êxito na carreira, haja vista que

existem outras faculdades que nos habilitam para isso e que podem ser

aprendidas ao longo da vida.

5.1-Faculdades Sociais

5.1.1- Empatia: pôr-se no lugar do outro, escutar, ajudar o desenvolvimento dos

demais, sensibilidade;

5.1.2- Habilidades sociais: persuasão, influência, comunicação, liderança, gestão

de conflitos, trabalho em equipe.

5.2-Faculdades Pessoais

5.2.1- Consciência de si mesmo: avaliação das emoções, aceitação de

responsabilidades, conhecimento de pontos fortes e fracos, segurança quanto ao

próprio valor pessoal;

5.2.2- Autodomínio: domínio de sentimentos e impulsos que podem dificultar o

que se está fazendo, capacidade de adaptação,inovação;

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5.2.3- Empenho: motivação ao êxito, dedicação, otimismo.

Portanto a dica é utilizar de maneira competente os sentimentos e

habilidades sociais e pessoais para melhorar a inteligência emocional, sendo que,

para isso, o indivíduo deve avaliar-se previamente e saber quais são as próprias

habilidades para, então, reforçá-las. Se as ferramentas adequadas forem

conseguidas, também será possível dominar as habilidades exigidas pelo mundo

de trabalho. E lembre-se: para atingir o sucesso, não é necessário sobressair-se

em todas as atitudes citadas, mas apenas ser forte o bastante em algumas delas.

(RIBEIRO, 2006)

5.3- Comunicação

A base de qualquer relacionamento é comunicação. Sem comunicação –

seja ela por mímica, linguagem corporal, e-mail ou uma conversa cara – não

existe contato, por tanto não existe relacionamento.

As técnicas de comunicação são de importância fundamental para a sua

inteligência emocional, e o seu valor no local de trabalho é incalculável – imagine

tanta resolver um conflito entre dois funcionários, ou explicar ao chefe que você se

sente afetado pela raiva dele, se você não conseguir se comunicar bem. No

primeiro exemplo você poderia até irritar mais ainda um dos dois funcionários, ao

ouvir apenas o lado do outro; No segundo exemplo vc poderia acabar sendo

demitido porque seus comentários para com o chefe foram tomados como

arrogância e insubordinação.

As técnicas lhe permitiram comunicar-se eficaz e produtivamente, de modo

a segurar que casos como os exemplos acima tenham as maiores chances de um

desfecho positivo. As técnicas que vamos explorar são:

• A Auto-revelação – revelar o que você pensa, sente, deseja.

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30• A Positividade – defender suas opiniões, idéias, crença e necessidade, e ao

mesmo tempo respeitar as dos outros.

• A Escuta Dinâmica – ouvir o que a outra pessoa está realmente dizendo.

• A Critica – expor construtivamente suas idéias e sentimentos em relação a

idéias e atos de outrem.

• A Comunicação de Equipe – saber comunicar-se numa situação de grupo.

A comunicação envolve um diálogo, uma troca: você tentando compreender

a outra pessoa e a outra pessoa tentando compreender você e ambos tentando se

fazer entender. Às vezes a melhor maneira de colocar esse processo em

andamento é expressar claramente o que você está pensando, sentindo e

acreditando.

O objetivo da comunicação é unir as pessoas com o propósito de trocar

informação de qualquer natureza, a inteligência emocional trabalha para dar a

maior eficácia possível às suas interações com os outros. Desde escutar até

revelar, da assertiva à crítica, como uso da consciência e o controle de suas

emoções podem fazer diferença entre um desfecho bem sucedido e um final infeliz.

(WEISINGER, 1997)

5.4- Como se motivar

Tecnicamente, a motivação é aquilo que o leva a depender energia numa

direção especifica com um propósito especifico; no contexto da inteligência

emocional, motivar-se significa usar seu sistema emocional para catalisar todo

esse processo e mantê-lo em andamento. Suponhamos que você tenha que

redigir um relatório, mas está com muita dificuldade em iniciá-lo; você telefona

para sua mãe para bater um papo, vai a cantina beber sua sexta xícara de café,

espana pela décima vez a poeira do seu computador.

Sendo uma pessoa emocionalmente inteligente, você, em primeiro lugar,

reconheceria que o que está faltando nessa situação é a motivação. Assim,

Page 31: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

31provavelmente faria a si mesmo algumas afirmações motivadoras: “Já fiz muitos

relatórios. Consigo fazer este de olhos fechados. Posso fazer tudo que for

necessário para aprontá-lo.” Você poderia caminhar em passos firmes até a

recepção para energiza-se, mesmo não precisando ir até lá; poderia executar

pequenas tarefas ligadas ao relatório a fazer, tais como reunir todas as suas

anotações e a documentação necessária; se ainda sim lhe faltasse motivação,

você poderia aconselhar-se com um colega que lhe desse apoio, como forma de

ajuda para você retomar o curso; poderia até evocar sua mentora emocional –

Eleanor Roosevelt – em busca de inspiração; talvez contemplasse os objetos

motivadores que você colocou em sua sala. Então não vai demorar a perceber

que sua confiança e seu entusiasmo estão voltando: você consegue sentar-se

diante do seu computador – muito bem espanado – e começar a escrever. E,

incrivelmente, o relatório parece fluir dos seus dedos.

As quatro fontes de onde você pode tirar motivação: você mesmo; amigos,

parentes e colegas solidários; um mentor emocional; seu ambiente.

Às vezes precisamos enfrentar situações muito mais drásticas – um projeto

cancelado, a perda de uma promoção ou do emprego, por exemplo, por exemplo -,

que provocam um grande estrago na nossa motivação, portanto vamos aprender a

enfrentar retrocessos e criar retomada.

A maneira de utilizar essas fontes de motivação e lidar com os retrocessos

para diferir de um indivíduo para outro, mas os elementos da motivação são

comuns a todos nós: confiança, otimismo, tenacidade, entusiasmo e resistência. É

a confiança que nos permite crer que temos a capacidade de executar uma tarefa,

é o otimismo que nos dá a esperança de que o desfecho será uma solução

positiva, é a tenacidade que nos mantém concentrados na tarefa, é o entusiasmo

que nos permite ter prazer no trabalho e é a resistência que nos permite começar

tudo de novo. (WEISINGER, 1997)

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325.5- As diferenças individuais

Todas as pessoas são conhecidas pelas suas diferenças pessoais, porque

cada pessoa é diferente e age diferentemente em qualquer que seja a situação,

neste caso temos várias inteligências.

- Inteligência Artística - Musical;

- Inteligência Corpórea - sinestésica;

- Inteligência Lógica - matemática;

- Inteligência Lingüística;

- Inteligência Espacial;

- Inteligência Interpessoal;

- Inteligência Intrapessoal.

Howard Gardner (Apud SOUZA NETO) estabeleceu uma nova forma de

entender a Inteligência como uma série de atributos e características do cérebro

que permitem à pessoa agir em determinada direção.

Goleman (Apud – SOUZA NETO) usou este princípio para estabelecer que

a Inteligência Emocional significa não apenas controlar os próprios impulsos, mas

uma combinação das Inteligências Intrapessoal e Interpessoal como definido por

Gardner. Segundo suas pesquisas, esta forma de exercer a inteligência é que faz

diferença para o sucesso profissional. Cada pessoa possui um conjunto de dons,

que se constituem em ferramentas mentais as quais são usadas freqüentemente

na vida cotidiana. Embora todos tenham acesso às mesmas ferramentas

psicológicas básicas, cada um se sente mais confortável agindo de uma

determinada forma em detrimento de outra, e por isso prefere determinada

ferramenta (ou conjunto de ferramentas) para cada tarefa. É essa preferência

particular que forma a personalidade e faz com que seres humanos tornem-se

semelhantes ou diferentes um dos outros. O teste registrado como MBTI – Myers-

Briggs Type Indicator (Indicador de tipos psicológicos de Myers e Briggs)

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33proporciona auto-conhecimento e possibilita o entendimento e o reconhecimento

dos talentos individuais. A teoria na qual se baseia o MBTI permite esperar

diferenças psicológicas específicas em determinadas pessoas e lidar com as

mesmas e suas diferenças de forma construtiva. As variáveis do comportamento

humano não se dão por acaso. Elas são resultados de algumas diferenças

básicas observáveis no funcionamento mental. A diferença básica diz respeito a

forma como as pessoas preferem perceber e julgar o que está ao seu redor. Com

relação ao ato de perceber, nesse caso compreendido como tornar-se consciente

das coisas, pessoas, ocorrências e idéias, as pessoas estão equipadas com duas

formas contrastantes, como indica Jung em seus Tipos Psicológicos. Uma é o

processo de experimentação, pelo qual se toma conhecimento das coisas

diretamente através dos cinco sentidos. A outra é o processo de intuição, que é a

percepção indireta através do inconsciente, que incorpora idéias ou associação

de percepções vindas de fora (ex. intuição feminina).

Todas as pessoas possuem as duas formas de perceber, porém alguns

desenvolvem mais uma forma do que a outra. Esse desenvolvimento está

associado à preferência que cada um tem desde a infância por um determinado

tipo de percepção. No que diz respeito ao julgamento, surge duas formas distintas

e contrastantes das pessoas chegarem a conclusões. Uma é através do raciocínio,

ou seja, através de um processo lógico dirigido a uma descoberta impessoal. O

outro é através do sentimento, ou seja, pela apreciação que agrega as coisas com

valores subjetivos e pessoais. Esses dois métodos de julgamento nem sempre

atingem os mesmos resultados, o que faz com que as pessoas às vezes

discordem umas das outras. Duas pessoas podem ter processos de julgamento

diferentes, o que não impede que o processo de percepção seja igual para ambas.

Uma diferença básica do uso de percepção e julgamento pelas pessoas

surge do interesse no mundo exterior e interior. Daí surge à idéia de introversão e

extroversão. A pessoa introvertida está muito mais interessada no seu mundo

interior de conceitos e idéias, enquanto que a extrovertida está mais envolvida

Page 34: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE … MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS.pdf · INTELIGENCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ... formas; o recrutamento externo que é

34com seu mundo exterior de pessoas e coisas. Quando as circunstâncias permitem,

o introvertido concentra a percepção e o julgamento nas idéias enquanto o

extrovertido gosta de focalizá-los no seu ambiente exterior. Assim, os introvertidos

têm condições de desenvolver trabalhos melhor e com mais facilidade dentro de

sua mente, em reflexão, enquanto o extrovertido faz melhor seu trabalho

exteriormente, na ação. O que não impede que qualquer dos dois tipos

desenvolva atividades que não estão de acordo com suas características. Uma

preferência a mais entra na identificação do tipo: a escolha entre uma atitude

perceptiva e uma atitude opinativa como maneira de lidar com o ambiente. Existe

um momento para perceber e outro para opinar. Para chegar a uma conclusão as

pessoas usam a atitude de emitir opinião e têm que anular sua percepção por

algum tempo.

Essa preferência faz a diferença entre as pessoas opinativas, que

dominam com palavras suas vidas e as pessoas perceptivas que simplesmente as

vivem. Na teoria apresentada, a personalidade está estruturada pelas quatro

preferências que se referem ao uso da percepção e do julgamento.

Usar uma atitude opinativa ou de percepção para lidar com o mundo exterior, ou

ter um “estilo de vida”. (Neto – 2006)

5.6 Como avaliar um profissional

Através de estudo de caso onde se coloca o candidato em uma situação

critica muito próxima daquela com a qual se deparará no dia-a-dia.

• Entrevistada comportamental: um processo que apresentará exemplos

comportamentais dos eventos específicos ocorridos na carreira do

profissional. Sua atitude diante de uma situação poderá determinar a

presença ou ausência de uma determinada competência técnica ou

comportamental.

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35• A avaliação do potencial: quanto à frente esse profissional é capaz de

enxerga cada nível de trabalho exige um talento, uma criatividade. Em que

nível de complexidade funciona o processamento mental desse candidato.

• Entrevista técnica: é entrevista realizada através de um painel com o

profissional da área solicitante e de outra área correlatas.

• É muito importante treinar os avaliadores para que amplie sua visão para

todo o contexto da organização, para que sejam analíticos, mas nunca

cansativos, fazendo com que o processo seja leve, e não um bombardeio

de perguntas estressantes que só serviram para exaurir. (DELAQUA, 2006)

5.6.1 O Respeito Ao Profissional

Segundo Delaqua, (2006) todo profissional deve ser respeitado em suas

diferenças. Por isso devemos nos momentos de entrevista explicar claramente

nossos objetivos, de acordo como esta citado abaixo.

• Explique claramente como será o processo letivo;

• Apresente a empresa como ela realmente é, seus pontos positivos e

melhorias necessárias;

• De ao candidato a oportunidade de fazer perguntas;

• Trate o candidato com simpatia, atenção e consideração;

• Use e abuse da empatia;

• Notifique imediatamente os candidatos não aprovados;

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36• Lembre-se de que cada pessoa quer passar por um processo letivo

estará levando consigo a imagem da empresa e ela poderá ser

excelente, mediana ou lamentável;

• Está imagem pode facilmente associar-se aos seus produtos e serviços

e principalmente a sua marca.

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37

CONCLUSÃO

Este trabalho teve como problema a ser resolvido todo o processo de

recrutamento e seleção através das técnicas da Inteligência Emocional, buscou-se

através de leitura de livros, artigos via internet, pesquisa de campo, onde foi feito

um questionário para pessoa responsável pelos processos de recrutamento e

seleção da Unigranrio.

Através dos processos de recrutamento podem-se conhecer os tipos de

recrutamento os prós e os contras, que deverão ser analisados no momento em

que a empresa vai buscar para a organização novos funcionários. Depois de

escolhido o candidato, passasse para o processo de seleção os candidatos

escolhidos serão entrevistados e testados. Todo esse processo deverá ter como

base a inteligência emocional.

Pode-se verificar que os gestores atuais de Recursos Humanos pouco

conhecem dessa ferramenta, foi através do questionário feito para responsável

pelo processo de recrutamento e seleção da Unigranrio que se constatou o pouco

conhecimento do gestor dessas área da utilização da inteligência emocional em

seus processos seletivos. Alguns gestores até utilizam a ferramenta sem saber

que estão se utilizando da Inteligência Emocional em seus processos seletivos

Muitas das vezes usam a intuição, a emoção a empatia, Habilidade sociais,

consciência de si mesmo, autodomínio e empenho para escolher o candidato a

vaga a ser preenchida.

A inteligência emocional será a grande ferramenta para os gestores de

Recursos Humanos na busca do aprimoramento de futuros funcionários, será a

grande estratégia na área de pessoal para excelência nos seus processos

seletivos, pois não será mais preciso ser inteligente tecnicamente mais

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38emocionalmente a forma como o candidato vai lidar com suas emoções e em

trabalha em equipe.

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REFERÊNCIAS

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tenha sucesso na vida.,São Paulo: Paulinas, 2004

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas o novo papel do recursos

humanos nas organizações,Rio de Janeiro: Campus – 1999

DELAQUA, Maria Cristina, Recrutamento e Seleção: Talentos técnicos e

Inteligência Emocional no perfil do cargo, http://carreiras.empregos.com.br,

1-3, 2007.

GOLEMAN, Daniel pH D. Inteligência Emocional, Rio de Janeiro:

Objetiva – 1995.

MARCO, Antonio Larosa; AYRES, Fernando Arduini. Como produzir

uma monografia passo a passo... Siga o mapa da mina, Rio de Janeiro:

Wak – 2005

PORTIFÓLIO: Recrutamento e Seleção – Rio de Janeiro -09/10/2006 ás

19h23min. www.empregocerto.com.br,

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40RIBEIRO, Kleber, Recrutamento e seleção de colaboradores para a

organização, www.firb.br, 1-5, 2007.

RIBEIRO, Paulo César T. O valor da Inteligência Emocional em

Recrutamento e Seleção, www.conrh.com.br, 1-2, 2006.

SOUZA NETO, Silvestre Prado de Souza, A Inteligência Emocional e o

sucesso profissional, www.rhcentral.com.br, 1-4, 2007.

WEISINGER, Hendrie pH D. Inteligência Emocional no Trabalho, Rio de

Janeiro: Objetiva – 1997.

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ANEXO I QUESTIONÁRIO

Entrevista realizada na Universidade do Grande Rio Data: 17/1/2007 Responsável pelo Recrutamento e Seleção da Unigranrio. Ana Claúdia Tavares

1- Como é feito o processo de Recrutamento da Unigranrio?

A maioria das vezes fazemos um recrutamento externo. .Através de currículos e fichas de inscrição.

2- Poderia descrever o processo de recrutamento dizendo seus prós e contra?

Muita das pessoas recrutada pelo processo externo, não se adaptam a

organização. Porém muitas das vezes estamos inserindo sangue novo na Instituição.

3- Em quantas etapas consiste o processo de seleção da Unigranrio?

Consiste de três etapas entrevista, teste teórico, teste de conhecimentos.

4- Poderia descrever o processo seletivo da Unigranrio?

Através da descrição de cargo que será feita pelo setor solicitante então depois se faz o recrutamento e a seleção.

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5- O que você entende por Inteligência Emocional?

Não sei nada dessa ferramenta.

6- Você utiliza a Inteligência Emocional em seus processos de Recrutamento e Seleção?

Infelizmente não.

7- Qual seu conceito sobre comunicação no processo de Recrutamento e Seleção?

É de suma importância a comunicação nos processos de recrutamento e seleção. Deve sempre ser claro com os candidatos.

8- Como é feita a motivação dos funcionários da Unigranrio?

Atualmente estamos desenvolvendo o Banco de Talento, no qual motivamos os funcionários a se inscreverem para outros cargos na Instituição.

9- No processo de Recrutamento e Seleção você leva em conta qual tipo de Inteligência que o futuro funcionário deve ter?

Não. Mas avaliamos o candidato como um todo.

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10- Em sua opinião o que você acha sobre Inteligência Emocional nos processos de recrutamento e seleção?

Parece-me uma ótima ferramenta, gostaria de conhecer mais e se

possível utilizá-la nos meus processos de recrutamento e seleção.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

CONCEITO DE INTELIGENCIA EMOCIONAL 11

1.1- É possível avaliar a inteligência emocional 12

2.1É possível desenvolver a inteligência emocional 12

1.3- Característica da mente emocional 13

CAPÍTULO II

CONCEITO DE RECRUTAMENTO 15

2.1- Recrutamento Interno 16

2.2- Recrutamento Externo 17

2.3- Recrutamento Misto 18

CAPITULO III

CONCEITO DE SELEÇÃO 20

3.1- Técnicas de seleção 21

3.2- Entrevista de seleção 22

3.3- Prova de conhecimento ou capacidade 22

3.4- Teste psicométrico 23

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453.5- Teste de personalidade 24

3.6- Técnica de simulação 24 CAPÍTULO IV

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO 26

CAPÍTULO V

INTELIGENCIA EMOCIONAL NO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO 27

5.1-Faculdades Sociais 28

5.1.1-Empatia 28

5.1.2- Habilidades sociais 28

5.2- Faculdades Pessoais 28

5.2.1- Consciência de si mesmo 28

5.2.2- Autodomínio 28

5.2.3- Empenho 29

5.3- Comunicação 29

5.4- Como se motivar 30

5.5- As diferenças individuais 32

5.6- Como avaliar o profissional 34

5.6.1- O respeito ao profissional 35

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS 39

ANEXOS 41

ÍNDICE 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Projeto a Vez do Mestre

Título da Monografia: Inteligência Emocional no Processo de Recrutamento

e Seleção

Autor(a): Eliane Maria da Conceição Dias

Data da Entrega: 10/02/2007

Avaliado por : Ana Cristina Guimarães Conceito: