integração cultural e habitacional das populações
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Integração Cultural e Habitacional Das PopulaçõesTRANSCRIPT
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INTRODUO
No continente africano a maior parte da populao vive nas zonas rurais, pois as
atividades agrrias predominam na estrutura econmica de quase todos os pases do
continente. Mesmo assim, desde o incio da dcada de 1970 que os pases africanos so
os que apresentam as maiores taxas de urbanizao entre os pases menos
desenvolvidos, com um aumento superior a 5% ao ano. Este fenmeno tem uma
explicao: o elevado crescimento populacional, predominncia de populao jovem e
fraca oferta de emprego nas zonas rurais levam a que todos os anos milhares de jovens
africanos migrem para as cidades. Esta migrao massiva para as cidades tem
provocado um elevado excesso populacional nos centros urbanos, fomentado pelo
crescimento acentuado da populao no continente africano e pela procura de melhores
condies de vida que o campo no oferece. Assim, em frica, ao contrrio das
tendncias mundiais, a populao continuar a crescer, bem como a populao nos
centros urbanos e conseqentemente, as prprias cidades. No presente trabalho, uma
breve e resumida abordagem sobre a integrao cultural e habitacional das populaes
rurais nas cidades.
No estudo deste primeiro aspecto da integrao das populaes rurais na cidades
enumeramos os obstculos derivados da diversidade de culturas no interior de cada
regio que transcendem s suas fronteiras. Essa diversidade pode ser interpretada
atravs da evoluo histrica de etnias e formas sociais derivadas de uma evoluo
histrica regional.
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Trabalho de Sociologia INTEGRAO CULTURAL E HABITACIONAL DAS POPULAES RURAIS NAS CIDADES
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INTEGRAO CULTURAL E HABITACIONAL DAS POPULAES
RURAIS NAS CIDADES
Integrao cultural
A integrao dos imigrantes nas sociedades de acolhimento um processo
complexo e multifacetado. Demetrios Papademetriou (2003) define integrao como o
processo de interaco, ajustamento e adapatao mtua entre imigrantes (neste caso
rurais) e a sociedade de acolhimento, pelo qual ao longo do tempo, as comunidades
recm-chegadas e a populao dos territrios de chegada formam um todo integrado.
Na mesma linha de pensamento, Rinus Penninx (2003), considera a integrao como o
processo de aceitao dos imigrantes pela sociedade receptora, como indivduos e como
grupos. Ambos os autores enfatizam a diversidade de intervenientes no processo de
integrao: imigrantes, governos, instituies e comunidades locais.
A maior necessidade de flexibilizao e adaptao da mo-de-obra, para fazer
face ao reforo dos mecanismos de competio e concorrncia, escala planetria,
reflectiu-se tambm na crescente instabilidade do emprego, no aumento da taxa de
desemprego e na precarizao da fora de trabalho, dando origem a processos de
excluso social dos desempregados de longa durao.
Os imigrantes so co-habitantes activos de um lugar e co-produtores de uma
cultura local. Por isso, as trajectrias de integrao so processos de adaptao criativa
s condies de vida locais e (re)construo colectiva e cooperativa dos territrios
onde vivem, envolvendo um processo de aprendizagem mtua, feito de cooperao e
conflito, dilogo e troca de saberes, experincias e prticas culturais entre indivduos,
grupos sociais ou comunidades tnicas que partilham o mesmo espao geogrfico (Ang,
2003; Koff, 2003; White, 1999 e 2002.).
A gesto eficiente desta diversidade econmica, social e cultural, potenciadora
de conflitos, mas tambm de inovao social, constitui um dos desafios mais
importantes que se colocam sustentabilidade das cidades do futuro
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Integrao habitacional
As condies de habitao e as caractersticas dos lugares onde se localiza, alm
de reflectirem diferentes situaes econmicas dos indivduos e das famlias, indicam
tambm outras aspectos importantes da insero nos domnios espacial, social e
cultural.
O elevado crescimento demogrfico das cidades, provocado, pelo
desenvolvimento sequencial de diferentes tipos de movimento de imigrantes
provenientes das reas rurais. Este crescimento demogrfico reflectiu-se no aumento da
procura de habitao, incapaz de ser satisfeito pelo mercado formal de habitao
privada e pela habitao social.
A prevalncia de uma imagem colectiva desses bairros, muito negativa,
contribuiu para acentuar o seu isolamento no conjunto da malha urbana envolvente,
desencadeando atitudes hostis por parte de alguns moradores dos bairros vizinhos e
acentuado as dificuldades de integrao scio-espacial dos habitantes realojados.
Finalmente, a estrutura das cidades de destino, ou seja a sua geografia social,
nomeadamente o padro espacial da oferta dos diferentes tipos de habitao, a
organizao dos sistemas de transporte e a localizao do emprego e dos equipamentos
sociais, manifesta-se nos nveis de segregao das reas residenciais e condiciona a
mobilidade dos imigrantes no espao urbano, facilitando a interaco com os habitantes
locais, ou, pelo contrrio, reforando os mecanismos de segregao espacial.
As condies de habitao e as caractersticas dos lugares onde se localiza, alm
de reflectirem diferentes situaes econmicas dos indivduos e das famlias, indicam
tambm outras aspectos importantes da insero nos domnios espacial, social e
cultural.
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CONCLUSO
Os imigrantes so co-habitantes activos de um lugar e co-produtores de uma
cultura local. Por isso, as trajectrias de integrao so processos de adaptao criativa
s condies de vida locais e (re)construo colectiva e cooperativa dos territrios
onde vivem, envolvendo um processo de aprendizagem mtua, feito de cooperao e
conflito, dilogo e troca de saberes, experincias e prticas culturais entre indivduos,
grupos sociais ou comunidades tnicas que partilham o mesmo espao geogrfico (Ang,
2003; Koff, 2003; White, 1999 e 2002.).
As grandes cidades tm sido, ao longo da Histria, os principais destinos dos
imigrantes (Cross; Waldinger, 1999, p. 5; Fonseca, 2002). A movimentao da
populao dentro de uma determinada regio geralmente em busca de melhores
condies devida, chama-se migrao.
A migrao em Angola reflecte, sem dvida, a transferncia de um nmero
significativo de pessoas dos campos para as cidades, resultante da prpria insegurana
verificado nas reas rurais afectadas pela guerra. A estes movimentos do campo para a
cidade d se o nome de xodo rural e tm-se verificado com alguma frequncia, em
Angola, ao longo dos ltimos anos, como sintoma de que, nas reas rurais, a vida cada
vez mais difcil.
As principais causas de migrao encontram-se na procura de:
segurana fsica e alimentar;
emprego;
melhores condies de habitao;
.sade e educao.
As migraes tm efeitos tanto nas zonas de sada (provenincia) como nas
zonas de chegada (destino).
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BIBLIOGRAFIA
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Ngola: Revista de Estudos Sociais; Associao de Antroplogos e Socilogos de
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CUVILIER, Armando. Manual de Sociologia. Volume I. Coleco Coimbra Editora. Luanda.
GINSBERG, Morris. Introduo Sociologia. 2 Edio. Publicaes Europa-
Amrica, Lda. Coleco Saber.
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Pinto de Andrade, in Africana Studia, n. 1, Porto, Edio da Fundao Eng.
Antnio de Almeida, Pg. 123-141.
VARGAS, Jos. Sociologia 12 ano. Porto Editora.