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CONQUISTEA MOTO

DOS SEUS

SONHOS!

integraçãoSEMANÁRIO

GUARAPUAVA | PARANÁ20 A 30 DE JUNHO DE 2017EDIÇÃO 109 | ANO IV

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Para José Augusto Araújo de Noronha, presidente da OAB-PR, pedido de impedimento de Michel Temer coloca o Paraná mais uma vez como protagonista da política nacional. A expectativa é de movimentação jurídica para impulsionar um parecer de Rodrigo Maia.

Imagem

: Assessoria

A OAB tem que ser porto e farol da sociedade.

“A OAB tem que ser porto e farol da sociedade”

p. 06

“

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017

SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO LTDA MECNPJ: 22.997.926/0001-36

Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

DIRETORA COMERCIALLourdes Dangui Pinheiro

JORNALISTA RESPONSÁVEL, REDAÇÃO E EDIÇÃO GERAL

Keissy CarvelliDRT: 0010549/PR

COLUNISTASClaudio Andrade,

João Nieckars, Lourdes Leal, Ricardo Pedrosa Alves, Victor

Andrade, Valdir Michels, Hélvio

Mariano e Manuel Moreira da Silva.

(42) 3035-1234 e (42) 99111-9195

redação@integracaoonline.com.brcomercial@integracaoonline.com.br

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IMPRESSÃO GRAFINORTE

03.758.336/0001-06Tiragem | 4 mil

exemplares

SEDE E REDAÇÃORua Senador

Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

A democracia representativa está em crise. Corre por aí a ideia, ainda pouco difundida, da demo-cracia participativa, modelo político que prevê a participação direta dos cidadãos superando a simples re-presentatividade via voto.

O assunto não está nos telejor-nais, nem nos impressos, nem nas plenárias. Nenhum espanto na terra dos fantasmas da represen-tatividade. Somos representados há mais de 50 anos pelas mesmas figuras, ou por seus filhos, ou por seus netos.

Dia desses ouvi um grupo de eleitores já passados dos 40 anos dizer ter acreditado em Aécio Ne-ves justamente pelo legado de seu avô. Como se caráter e destreza para a vida pública fosse hereditá-rio, genético ou coisa assim.

A monarquia é hereditária. A democracia não! Ou não deveria ser. Por aqui a regra funciona. Filhos

CONTO DAS CASTAS

antiga quanto as castas, mas vale a menção.

Casos como este se multiplicam por aí e, neste enredo, a democra-cia participativa é diluída na crença de que política vem de berço. São detalhes de dar orgulho à monar-quia inglesa.

Não precisamos de mais líderes, tampouco de heróis. É urgente a tomada do micro poder, como de-finiu Foucault. Porém, com os olhos sempre voltados ao macro, a socie-dade deixa-se diminuir e, raquítica entre os últimos suspiros, espera alguém de capa azul ou vermelha ou colorida ou toda negra para ‘re-solver todos os problemas’.

Aniquilada a organização desta microfísica do poder, estamos fa-dados a sermos representados por aqueles que, no máximo, represen-tam os interesses de seus pais e de suas empresas familiares, nunca de seu país.

e netos tomam os lugares de seus antecessores familiares como uma grande festa das velhas castas.

A regra é simples e funcional: para ser representante do povo brasileiro em todas as Câmaras dis-poníveis à atividade política basta ter histórico familiar, não precisa nem de muita vontade já que nes-te tipo de ‘família’ os mais jovens, naturalmente (ou forçadamente), são levados a ocupar cargos po-líticos tanto pelo fato financeiro quanto pela necessidade de ‘dar sequência’ à história de seus an-cestrais.

Em Guarapuava, o conto das castas já é conhecido e pouco dis-cutido. O caso Carli, por exemplo, é de espantar. Com um filho de-putado estadual afastado pelo de-senrolar do acidente em que ma-tou dois jovens curitibanos, a saída foi efetiva: coloca-se o outro filho no mesmo cargo. A história é tão

KEISSY CARVELLI, JORNALISTA, EDITORA GERAL

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A MONARQUIA É

HEREDITÁRIA. A

DEMOCRACIA NÃO!

OU NÃO DEVERIA SER.

POR AQUI A REGRA

FUNCIONA. FILHOS

E NETOS TOMAM OS

LUGARES DE SEUS

ANTECESSORES

FAMILIARES COMO UMA

GRANDE FESTA DAS

VELHAS CASTAS.

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017

DERROTA É DERROTA

O Palácio do Planalto tratou como “descuido” a derrota do relatório do governo para a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Da Rússia, onde está em viagem oficial, o presidente Michel Temer acionou ministros e líderes da base aliada para tentar tranquilizar o mercado financeiro.

LULA É TERRÍVEL

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a exoneração dos procuradores da Lava Jato que o acusam de receber propina da empreiteira OAS por meio da posse de um apartamento tríplex em Guarujá (SP). A defesa do ex-presidente apresentou, na terça-feira (20), as alegações finais na ação penal que já está pronta para julgamento do juiz Sergio Moro. Nela, os advogados buscam comprovar com documentos, inclusive, que Lula nunca foi proprietário do imóvel.

ENFIM PEGARAM O MALUF

A Justiça da França manteve a condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a três anos de prisão e multa de 200 mil euros (R$ 725 mil) por crime de lavagem de dinheiro no país entre 1996 e 2003. De acordo com a sentença, o montante de cerca de 1,8 milhão de euros (R$ 6,6 milhões) depositados em duas contas bancárias na França no nome da mulher de Maluf, Sylvia, é fruto de desvio de dinheiro público e corrupção no Brasil.

FACCHIN DETERMINADÍSSIMO

O ministro Edson Fachin está fazendo contas. Segundo pessoas próximas, acredita que tem, hoje, entre seis e sete votos a favor de sua manutenção como relator da delação da JBS no Supremo. Consolidada uma maioria, crê até ser possível obter o apoio de todo o plenário. Sabe, porém, que está longe de ser uma unanimidade. Prepara-se para receber críticas durante o julgamento, mas está focado no resultado. Aposta que sairá fortalecido do episódio.

O INFIEL É CONFIÁVEL?

Tome nota: as contradições de Joesley Batista e a afirmação do ex-deputado Eduardo Cunha de que o dono da JBS se reuniu com Lula para discutir o impeachment de Dilma Rousseff podem ser incorporadas ao processo que o presidente Michel Temer move contra o empresário.

PRIORIDADES

O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário de Assuntos Estratégicos de Lula, defende que a oposição trabalhe para retardar a queda de Michel Temer. “Quanto mais cedo” ele deixar o poder, diz, “pior será para a oposição”.

DEPUTADOS SEM-VERGONHA

Em sessão da Câmara, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) discursava a respeito do financiamento eleitoral e de suas consequências negativas no Brasil. Mencionou, então, a longa lista de políticos citados pela Odebrecht e fez um adendo:

— Eu estou em outras listas. Alguém

me perguntou em quais. Estou em três: na do Cadin, Serasa e SPC!

O deputado Carlos Manato (SD-ES), que presidia a sessão naquele momento, resolveu complementar:

— Nobre deputado, além dessas três listas que vossa excelência falou, há ainda a do empréstimo consignado. Eu estou nessa também! — brincou.

BETO RICHA E SEUS PROBLEMAS

A primeira investigação aberta no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), relacionada à Operação Publicano, já completou 15 meses sem qualquer desfecho. Outros dois inquéritos contra o tucano foram abertos mais recentemente, também sem prazo para conclusão: um sobre licenças concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na região do Porto de Paranaguá e outro envolvendo caixa 2 de campanha eleitoral abastecido pela empreiteira Odebrecht. Na prática, como não há um prazo para o término das investigações, os três inquéritos podem se arrastar até mesmo para o ano de 2018, quando o país realiza novas eleições gerais.

BETO RICHA E O FUTURO

Se o governador do Paraná optar por não sair candidato no próximo pleito, ele perde o foro privilegiado ao final do atual mandato, em dezembro de 2018, e também a cobertura do STJ, foro competente para processar governadores de estados. Aliados apostam que ele deve se lançar ao Senado, mas o tucano não confirma tal intenção.

PARÁCLITO

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ED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017 integração

DA ASSESSORIA

POR ADRIAN CLARINDO

GUAIRACÁ

VERSO A VERSO

A MÚSICA ME ATRAVESSOU

LÁ A VILA

Eu tô ouvindo alguém me chamar. É lá na frente de casa. Eu saio ali fora. Saio para fora. Saio para fora. Saio para fora.

É o Amauri. Ele me diz - Cara, os caras disseram que você tá tocando agora… Eu digo - Pois é, empresto o violão do meu cunhado e fico apren-dendo. Eu vi o Quinha tocar no cam-po e fiquei com vontade de apren-der. - Pois, então, cara, diz o Amauri, vamos fazer um som lá em casa? Eu toco o baixo, você toca a guitar-ra. Tem uma lá emprestada, mas - Eu tenho uma, cara… uma Jennifer, comprei por duas vezes de 50 reais. Meu irmão que vai pagar. Comprei do Rômulo Negão. - Pô, que massa, cara, diz o Amauri. Vamos lá, então. Eu peguei a guitarra e fui. Saímos da Alfazema e fomos subindo o morro. Passamos pela Tulipa, Papoula, Vitó-

ria Régia, Orquídea, Jasmim… O des-tino era a casa do Fininho, o melhor baterista da vila. Fininho saiu de lá, e disse - Onde que vamos tocar? - Amauri disse - Lá em casa mesmo, lá na cozinha, já arrastei o fogão. - Vamos carregar a bateria até lá, en-tão. Cada um pegou umas partes da bateria, e fomos regando a avenida Jardim com sonhos musicais. Há os olhos dos homens-bar na frente do bar, há uma piazadinha menor com olhos arregalados embriagados de curiosidade. Cruzamos a Crisânte-mo, a Antúrio, paramos na Lírio. É preciso de um amplificador. O único cara que tem um é o Cezinha. Cezi-nha, o fundador da guitarra no mun-do. Vamos lá. Cezinha diz - Entrem aí. O quarto do Cezinha parecia uma galeria musical cheia de coisas de guitarra, e violões, e amplificadores

e pedais. Cezinha pega o amplifica-dor Fender e empresta para nós. Eu pergunto para o Amauri: - Cara, isso é um Fender de verdade? Amauri confirma. Cezinha deixa a promes-sa: quem sabe apareça para fazer um som também. Subimos a Viole-ta, e antes, no bar do Pernambuco, há mais dos homens-bar, fumando, bebendo, à tarde, misteriosos como o curso das suas vidas. Instalamos tudo na casa do Amauri. Empurra-mos a mesa, a geladeira, o fogão. Amauri pega o baixo, vamos afinar tudo. Vamos tocar umas músicas in-ventadas, uns blues, uns Creedence, quem sabe? Ligamos tudo. Inventei um riff… Amauri seguiu com o bai-xo. Fininho deu quatro batidas com as baquetas umas nas outras e ini-ciamos a orquestra, e a música me atravessou.

MAIS DE 200 ESTUDANTES MARCAM PRESENÇA NA I TARDE DO DOMINÓ MATEMÁTICO DA FACULDADE GUAIRACÁ

Na última terça-feira, 13, a Faculdade Guairacá foi palco da I Tarde do Dominó Ma-temático, reunindo cerca de 200 estudantes dos colégios estaduais: Visconde de Gua-rapuava, Newton Felipe Alba-ch e Antonio Tupy Pinheiro.

O evento foi realizado pelos acadêmicos do 1º Pe-ríodo do curso de Matemá-tica da instituição durante a disciplina de Metodologia para o Ensino de Matemáti-ca no Ensino Fundamental e contou com o apoio do Nú-cleo Regional de Educação de Guarapuava, por meio da professora Adriane Eleutério, coordenadora pedagógica de Matemática, Física e Sala de Apoio.

A professora Lúcia Virgi-nia Mamcasz Viginheski, que ministra a disciplina, contou que os dominós foram con-feccionados pelos acadêmi-cos envolvendo diferentes conteúdos matemáticos en-sinados nos anos finais do Ensino Fundamental como: números, operações, sistemas de numeração, potenciação, radiciação, ângulos, números romanos, sistemas de nume-ração chinês, entre outros.

Na disciplina, os estudan-tes são orientados para o en-sino inclusivo da matemática. No evento, eles puderam co-locar em prática esses conhe-cimentos. “Alguns dominós foram adaptados em braile e 4 estudantes portadores de

deficiência visual, que estu-dam em escolas regulares e frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Deficien-tes Visuais, participaram da tarde, validando essas adap-tações”, apontou a professora. Para a acadêmica Rhaiana Varella Staine, a experiência de trabalhar com o ensino inclusivo foi enriquecedor para sua profissão. “Foi inte-ressante saber que os alunos, mesmo tendo problemas de visão, não se deixam abater, eles são esforçados, dedica-dos e muito inteligentes. Foi melhor e mais fácil trabalhar com esses alunos. Muitas pessoas ficam com dó, mas o que sent i foi uma grande admiração”.

A professora de Mate-mática Eunice Santoni, do Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro, elogiou a iniciativa do evento. “Muito interessante a diversidade de conteúdos abordados a partir de um jogo que jul-gamos simplório demais. Um jogo simples visto com outro olhar trouxe inúmeras possibilidades de trabalho com a matemática como o cálculo mental, o raciocínio, o uso de instrumentos de desenho, o trabalho com a geometria. Para nossos alu-nos foi uma tarde animada e de muito aprendizado”.

Brenda Monique Lazzari-ni, do Colégio Estadual Vis-conde de Guarapuava, foi

uma das alunas que mais se divertiu na Tarde do Do-minó Matemático. “Não são jogos estressantes, pelo contrário, são muito interes-santes e divertidos de jogar, além disso, também nos ajudam a memorizar, racio-cinar, fazer cálculos mentais, aumenta a criatividade e o conhecimento. Poderíamos ter mais tardes como essa”. Foi o que também apontou a aluna Gabriela de Lima Pereira, do Colégio Estadual Newton Felipe Albach. “Foi muito divertido e interes-sante, a Tarde do Dominó poderia ser realizada mais vezes para nos divertirmos e testarmos nossos conheci-mentos na matemática”.

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017

VAMOS FALAR SOBRE OS

DIREITOS DAS GESTANTES?

LOURDES DE FIGUEIREDO LEAL,

FARMACÊUTICA

SAÚDE

O SUS é obrigado a garantir, em toda a sua rede de serviços, o atendi-mento pré-natal às gestantes. Dessa forma, a gestante poderá realizar to-dos os principais exames de pré-na-tal, que são: sangue, para anemia e outras questões; glicemia, para dia-betes; urina, para infecção urinária; tipagem sanguínea, para saber se o sangue da mulher combina com o do pai do bebê, VDRL, para sífilis; al-guns sorológicos, para HIV e Hepati-te B; eletroforese hemoglobina, para rastrear a anemia falciforme; além da ultrassonografia.

Toda gestante assistida pelo SUS tem direito ao conhecimento e à vinculação prévia à maternidade na qual será atendida nos casos de in-tercorrência pré-natal.

A vinculação à maternidade ocor-re no momento em que a gestante se inscreve no programa de assistên-cia pré-natal. Pergunte ao responsá-

vel pelo atendimento qual será a uni-dade do seu atendimento.

É possível requerer a transferência da unidade de atendimento caso a gestante comprove falta de aptidão técnica e pessoal da maternidade. Neste caso, o SUS é obrigado a reali-zar a transferência segura da gestante.

É direito garantido também es-colher um acompanhante para estar presente durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

O acompanhante pode ser qual-quer pessoa e é de escolha exclusiva da gestante.

O empregador não pode exigir atestados de gravidez ou quaisquer outros de objetivo discriminatório para fins de admissão ou manuten-ção do emprego de mulher.

A grávida tem o direito à garan-tia do emprego a contar da confir-mação da gravidez até cinco meses

após o parto.É garantida licença maternidade

à mulher de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário. Para a grá-vida que estuda, o tempo de licença para se ausentar da escola é também de 120 dias, sendo que as atividades escolares podem ser feitas em casa e os exames finais, remarcados.

Da mesma forma que a gravidez convencional é garantida ao ado-tante (seja homem ou mulher) que adotar uma criança de até 12 anos a licença de 120 dias.

As mães que voltarem ao traba-lho antes de o bebê completar seis meses têm o direito a dois intervalos, de meia hora cada, durante a jorna-da de trabalho, especificamente para a amamentação.

Para o exercício do direito ao pla-nejamento familiar, serão oferecidos pelo SUS todos os métodos e téc-nicas de concepção e contracepção

cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção.

Somente é permitida a esterili-zação voluntária em homens e mu-lheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de ida-de ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato ci-rúrgico.

1. Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.

2. É condição para que se re-alize a esterilização o registro de ex-pressa manifestação da vontade em documento escrito e assinado pelo paciente.

“Ictus – o importante é se impor-tar com a vida”.

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017PRINCIPAL

S.I: O QUE PODEMOS ES-PERAR DESTE PROCESSO DE IMPEDIMENTO CONTRA MICHEL TEMER EM SE TRA-TANDO DE PRAZOS?J.N: Deve demorar mais de seis meses até seu desfecho, isto se o pedido for admitido. Porque há a possibilidade de sequer ser admitido por uma questão política do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Sendo admitido, há a possi-

DA REDAÇÃO

bilidade de que as eleições de 2018 sejam alcançadas antes do fim deste processo, o que é lamentável. Mas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cumpriu seu pa-pel e seu compromisso com a sociedade.

S.I: QUAL O PAPEL DA OAB--PR NESTE PROCESSO DE PEDIDO DE IMPEDIMENTO DO PRESIDENTE MICHEL TEMER?

J.N: O papel foi de prota-gonismo nesse pedido, um protagonismo compatível com a história da pró-pria instituição. A OAB-PR sempre foi protagonista de grandes causas que visam o interesse da sociedade e da democracia. Foi assim no impedimento da presidente Dilma Roussef, quando fo-mos os primeiros a nos ma-nifestarmos favoravelmente, foi assim também na época

do presidente Fernando Collor quando participamos ativamente. No processo de Michel Temer, vale lembrar que o relator do processo de impedimento no âmbito do Conselho Federal foi um paranaense, o conselheiro Flavio Pancieri. Tenho dito com frequência que a OAB tem que ser porto e farol da sociedade.

S.I: SE ADMITIDO O PRO-

CESSO DE IMPEDIMENTO DO PRESIDENTE MICHEL TEMER, DE QUE MODO DOIS PROCESSOS SE-QUENCIAIS (O PRIMEIRO DE DILMA RUSSEF) PODEM REFLETIR NO CENÁRIO - JÁ INSTÁVEL - POLÍTICO E SOCIAL? J.N: Não temos como fazer uma melhoria estrutural se não for feita uma reforma política no país. Este é um reflexo que devemos bus-

OAB-PR É PROTAGONISTA EM PEDIDO DE IMPEDIMENTO CONTRA MICHEL TEMER

PROTOCOLADO PELA OAB NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, PROCESSO CONTRA MICHEL TEMER PODE, NA MELHOR DAS HIPÓTESES, TER DESFECHO APÓS ELEIÇÕES DE 2018.

A indicação é de urgência. A tensão e a instabilidade correm soltas pelo cenário po-lítico e a indicação da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) é de urgência na análise do pedido de impedimento do presidente da república, Michel Temer, protocolado na Câmara dos Deputados em maio. A alega-ção é de crime de responsabilidade.

Para o presidente da OAB-Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, a expectativa é que neste mês haja uma movimentação jurídica para impulsionar um parecer inicial do processo. Ainda assim, os indícios não são animadores tanto em relação aos prazos quanto no que se refere às decisões políticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Se for mantido o padrão do impeach-

ment da presidente Dilma Roussef, deve demorar mais de seis meses até o desfecho, isto se o pedido for admitido. Na melhor das hipóteses, é possível que as eleições de 2018 sejam alcançadas antes do fim do processo, “o que seria lamentável”, defende Noronha.

Neste cenário de tensões entre o âmbito jurídico e político, o Paraná é protagonista mais uma vez. No processo instaurado con-tra Michel Temer, o relator é o Conselheiro Federal paranaense Flávio Pancieri.

Sobre este protagonismo, o Semanário conversou com o presidente da OAB-PR, José de Noronha e os rumos da entrevista se estenderam também para reflexões do jurista sobre questões mais ácidas, como a necessidade de reforma política.

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Imagem: Assessoria

car. Prever a diminuição do número de partidos, inclusão de clausula de barreira, pro-mover o voto distrital misto, debater o financiamento de campanha e das pró-prias formas de sistema de governo novamente, debater formas de mecanismos de melhor e maior participação da sociedade no processo eleitoral e impedir defini-tivamente a coligação nas eleições proporcionais. Esse é o momento de faxina, de limpeza, de reflexão e de discussão sobre reforma política. Esse é o momento de eliminar políticos que não cumprem as regras jurídicas postas e que não adotam as melhores práticas admi-nistrativas. Neste momento, temos o compromisso de passar o Brasil a limpo. Este é o momento que precisa-mos, definitivamente, fazer uma limpeza e uma reforma política.

S.I: HÁ GRANDE DEMANDA PELA REFORMA POLÍTICA, PORÉM HÁ UM CONTRA-PONTO PARA QUE NÃO

SEJA REALIZADA, OU PARA QUE SEJA REALIZADA COM OUTROS CRITÉRIOS COMO A PROPOSIÇÃO DE LISTA FECHADA, POR EXEMPLO. QUAL O POSICIONAMENTO DA OAB?J.N: Pessoas que se opõem a uma reforma política es-tão preocupadas com seus próprios interesses não com os interesses da sociedade. Querem manter seus currais eleitorais, querem manter seus partidos de conveniên-cia e querem, evidentemen-te, continuar gozando do fundo partidário que chegou ao patamar absurdo de qua-se R$1 bilhão na ultima elei-ção. A OAB é absolutamente contra o voto fechado, isto é um retrocesso democrá-tico, é a volta do caciquis-mo e de práticas nefastas cujos ‘donos’ do partido irão escolher suas listas. A demo-cracia tem que ser plena, efetiva, clara, transparente e democrática para que todos possam dela participar. Nós, da OAB, em todos os âmbi-tos, precisamos estar atentos e cobrar de todos aqueles

que foram eleitos para nos representar.

S.I: A DEMOCRACIA PAR-TICIPATIVA É UM PONTO IMPORTANTE QUANDO SE TRATA DE REFORMA POLÍ-TICA. QUAL O POSICIONA-MENTO A RESPEITO DISTO?J.N: Nós precisamos ter uma democracia mais partici-pativa, sem dúvida. Quem sabe até instituir o sistema do recall, cujo governante que não cumpriu todas as promessas que dispôs a cumprir no mandato possa ser retirado pelas mesmas pessoas que o colocaram. Precisamos ter um amadure-cimento democrático capaz de gerar, efetivamente, uma democracia plena no nosso país. Democracia não pode se restringir só ao momento da eleição. É preciso refor-mar a democracia para que entidades como a OAB, ou-tras entidades de classes e os movimentos sociais possam ter papel fundamental para o futuro do nosso país.

S.I: MUITOS DOS MOMEN-

TOS DE INSTABILIDADE POLÍTICA SÃO IMPULSIO-NADOS POR DENÚNCIAS DIVULGADAS PELA IM-PRENSA. COMO PENSA O PAPEL DESTA INSTITUIÇÃO NESTE MOMENTO?J.N: O papel da imprensa é muito importante neste momento, principalmente em ter o cuidado de divulgar denúncias que efetivamente têm fundamentos e há mui-tas que têm. Mas é evidente que não podemos transfor-mar uma mera denúncia numa caça às bruxas sem respeitar o âmbito legal com ampla defesa do contradi-tório. E isso obviamente é o papel que a OAB defende, além de responsabilidade na ação, evitar vazamentos de provas que sejam apenas indícios, entre outros cuida-dos. Cautela e prudência são absolutamente recomendá-veis. Mas, havendo e como há, comprovações de crimes como se verificou nos casos das empresas Odebrecht e da JBS envolvendo figuras políticas, aí deve ser aplicado todos os rigores da lei.

ESSE É O MOMENTO DE FAXINA, DE LIMPEZA, DE REFLEXÃO E DE DISCUSSÃO SOBRE REFORMA POLÍTICA. ESSE É O MOMENTO DE ELIMINAR POLÍTICOS QUE NÃO CUMPREM AS REGRAS JURÍDICAS POSTAS E QUE NÃO ADOTAM AS MELHORES PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS.

“

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017PILULAS POÉTICAS

CIDADE

XOSÉ LOIS GARCIA TRAZ LITERATURA GALEGA À UNICENTRO

A poética dos vencidos deixará seus versos – e suas reflexões – em Guarapuava na próxima quinta-feira (29), no II Seminário Internacional Xosé Lois Garcia, promovido pelo Departamento e pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Unicentro.

Representante de uma poesia com traços de re-sistência política e cultural, Xosé Lois Garcia é expoente da literatura galega com re-cente entusiasmo dos estu-dos literários.

O II Seminário Interna-cional será constituído por apresentações de trabalhos

Os ouvintes poderão se inscrever pelo site evento.unicentro.br até o dia 29 e o valor da inscrição é de R$20.

O AUTORXosé Lois Garcia (1945) é

um intelectual galego nasci-do em Podente, interior da Galícia, uma comunidade eu-

SERVIÇOConferência Xosé Lois Garcia“A cultura galega e a lusofonia” Dia: sexta-feira (29)Horário: às 20h15Local: Miniauditório do campus Santa Cruz da Unicentro

de estudantes sobre o tema e mesas redondas com dou-tores e mestres em literatura.

A poética ficará por conta do próprio poeta. Xosé Lois Garcia ministrará a confe-rência “A cultura galega e a lusofonia” às 20h15, no mi-niauditório do Campus San-ta Cruz.

ropeia autônoma com uma larga história de resistência econômica, política, cultural e linguística em relação ao Estado espanhol.

Entre suas obras estão a de estreia, Cancionei de Pero Bernal (1972) e Ecos dos poetas de Chantada, lan-çada este ano. O poeta tem atuado como conferencista sobretudo em países lusó-fonos como Brasil, Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Angola, além da Comunidade Autônoma da Galiza, como também em países hispanófonos como a Espanha e Cuba.

REPRESENTANTE DE UMA POESIA COM TRAÇOS DE RESISTÊNCIA POLÍTICA E CULTURAL, XOSÉ LOIS GARCIA É EXPOENTE DA

LITERATURA GALEGA COM RECENTE ENTUSIASMO

DOS ESTUDOS LITERÁRIOS.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Guarapuava, concretizou an-tiga reivindicação por uma nova sede.

O ato solene foi na sex-ta-feira (16) e consistiu na assinatura de compra de novo terreno onde deverá ser construída sede mais ampla para melhor atender os ad-vogados e as advogadas do município e região.

Para o presidente da sub-seção, Marcos Carvalho, esta obra irá contemplar antigos anseios da comunidade.

“Este empreendimento

AQUISIÇÃO DE NOVA SEDE REPRESENTA CONQUISTA DE ANTIGA REIVINDICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

vai valorizar a advocacia de nossa região. É uma antiga reivindicação que foi aten-dida pela atual gestão da OAB-Paraná com dedicação e empenho”, acrescenta.

A sede da subseção de Guarapuava atende, atual-mente, advogados e advoga-das de oito municípios. No local, também são ministra-dos cursos de capacitação, além de apoio aos profissio-nais da área.

Para a Conselheira Fede-ral Edni de Andrade Arruda, este momento de aquisição de terreno para uma nova

sede é um momento históri-co para a advocacia local.

“Grandes advogados pas-saram por aqui e tenho pas-sado aqui os melhores mo-mentos da minha vida. Este é um sonho concretizado e uma dívida histórica que se concretiza hoje”.

Ainda sem previsão para entrega final da obra, a nova sede da OAB Guarapuava deverá ser construída em um espaço com 792m², o triplo da atual área e numa pai-sagem privilegiada, às mar-gens do Lago central.

MOMENTO HISTÓRICO

PARA A OAB GUARAPUAVA

DA REDAÇÃO

JOSÉ DE NORO-NHA, PRESIDENTE DA OAB-PR, ASSI-NA COMPRA DE TERRENO PARA SUBSEÇÃO DE GUARAPUAVA

TERRENO EM QUE SERÁ LOCALIZADA NOVA SEDE DA SUBSEÇÃO

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017COLUNISTA

Portugal parece ter encontrado uma alternativa muito eficiente para seus problemas, uma saída honrosa que pode ser a solução para todos nós, diante de tantos erros cometi-dos por tantos gestores mundo afo-ra. Chamam lá de Geringonça, uma política própria que não abandonou o ser humano e suas vivências e uma política que considera a competitivi-dade do econômico em um período de grande dificuldade mundial.

Os portugueses, por incrível que pareça, governam seu país na con-tramão das políticas de austeridade impostas a Portugal pela União Eu-ropeia e vão bem graças a Deus e aos homens e mulheres que lá estão. Vá-rios filósofos contemporâneos estão tentando encontrar uma resposta equilibrada para estas duas pergun-tas: como desativar os dispositivos de poder que estão anulando o ser humano? E como inventar outras for-mas-de-vida que volte a considerar o futuro como uma possibilidade me-lhor que o presente?

Ingleses e franceses tentam saí-das diferentes. Os primeiros querem ficar fora da União Europeia e os fran-ceses dentro. Os americanos brigam

entre si. Os chineses ganham dinhei-ro com exploração e nós [brasileiros] nos suicidamos dia após dia e o pla-neta se vê à deriva.

Como se não bastassem os pro-blemas naturais que não são poucos, outros quatro grandes fantasmas re-ais rondam o mundo, a saber: o ter-rorismo, o ódio ao outro, a corrupção e o retorno da guerra. Há tentativas de respostas diferentes para cada problema. Dos quatro problemas, dois nos aflige diretamente e não es-tamos conseguindo autonomamen-te lidar com eles. Há quem defenda que temos condições de resolutivi-dade porque não temos os proble-mas mais letais (terrorismo e guerra).

Mesmo assim, está claro que com este congresso nacional, com este sistema político e com esta socie-dade, não há presidente e judiciário que resolva coisa alguma [até por-que estão sob suspeição].

Há tensões e torções quase irre-cuperáveis. Enquanto o brasileiro não se decidir pelo “eu quero” e/ou “eu exijo” algo diferente do que está aí, não vamos a lugar algum. Patina-se. Quando Foucault escrevia em “cortar a cabeça do rei” ele não queria dizer

O BRASILEIRO PRECISA DIZER “EU QUERO”, “EU EXIJO”.

CLAUDIO CÉSAR DE ANDRADE, DOUTOR EM HISTÓRIA E

SOCIEDADE E PROFESSOR DO DPTO. DE FILOSOFIA DA

UNICENTRO.

trocar este por aquele. Tem sido um grande erro tirar alguém para colocar outro alguém dentro da mesma lógi-ca. Aí está o erro. Precisamos de uma nova forma de conceber o poder que leve em conta desativar o que está ativado e encontrar novas formas de viver em sociedade. Talvez a melhor resposta esteja em recuperar formas antigas de viver e formas antigas do trato com a coisa pública.

Parece surreal, mas o comando da vida econômica não pode ser mais o motor da produção e o co-mando da vida política não pode ser mais o motor do poder. Uma coope-ração diferente se faz mais que ne-cessária. O que defendo para todos é que cada um seja um homem e uma mulher ao seu modo. Mas seja--o. O que não podemos mais é não ser e ficarmos em uma vida nua es-perando o sol nascer amanhã.

O brasileiro precisa dizer “eu que-ro”, “eu exijo” duas coisas a curtíssimo prazo, a saber: punir todos os culpa-dos, tornar o sistema fiscal mais justo e reforçar a educação pública e isto não se faz esperando que este go-verno ou o que virá faça espontane-amente

HÁ TENSÕES E

TORÇÕES QUASE

IRRECUPERÁVEIS.

ENQUANTO O

BRASILEIRO NÃO

SE DECIDIR PELO

“EU QUERO” E/OU

“EU EXIJO” ALGO

DIFERENTE DO

QUE ESTÁ AÍ, NÃO

VAMOS A LUGAR

ALGUM.

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A manhã de segunda-feira (19) foi especial para a Associação Co-mercial e Empresarial de Guarapu-ava. Membros da Diretoria Execu-tiva e colaboradores estiveram na sala de reuniões da entidade para prestigiar a colocação da foto de Eloi Laércio Mamcasz na galeria de presidentes da Associação.

No início da cerimônia, o atual presidente da ACIG, Rudival Kasczuk, que exerceu o cargo de 1º Vice-pre-sidente durante as duas gestões de Mamcasz, ressaltou o trabalho de seu antecessor à frente da instituição. “Este é um momento importante para todos nós. Obrigado Eloi pela sua dedicação nestes quatro anos

como presidente, e pelos quase 15 anos que você atua voluntariamente no meio associativista”, disse.

Para o homenageado do dia, não apenas sua foto deveria estar na ga-leria dos presidentes, mas de todos os empresários que fizeram parte da Diretoria da ACIG durante suas duas gestões.

“Acho uma injustiça termos apenas a foto de uma pessoa na galeria. Esta foto tem um significado pequeno per-to do tamanho das decisões que são tomadas nesta mesa”, afirmou.

Ele ainda agradeceu sua família pelo apoio durante os quatro anos que esteve no comando da entidade e os colaboradores da Associação.

DA ASSESSORIA

ELOI MAMCASZ É HOMENAGEADO PELA ACIG

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integraçãoED. 109 | ANO IV - DE 20 A 30 DE JUNHO DE 2017ESPORTE

Jango Spyra e Da Silva, atletas do E.C. Pavão, equipe que representou Guarapuava na primeira edição da Taça Paraná de Futebol, em 1964.

Equipe Veterano do Guairacá, na inauguração do Estádio Municipal de Guarapuava, em abril de 2006. Em pé: Soncini, Cesar Franco, Cosme Stimer , Fernando, Roberto, Leo Losso, Marcos Sivestre, Milton Roseira e Antonio Carlos. Agachados: Baiano, Noroaldo,Paulinho, Auber, Binho, Kiko e Fernando Carli.

Sport Club Entre Rios, Time Base Campeão Amador em 1972. Em pé: Jaime Abdanur, Gunther, Jango, Helmuth, Mario Titanus e Fucks. Agachados: Dorival, Altino Nizer,Wilson Barbiere, Jura e Carlos

Grêmio Esportivo do Oeste, Base do time disputou o Campeonato Paranaense. Ficou na terceira colocação em 1970. Em pé: Tadeu, Zequinha, Alvaro, Neiva e Joaozinho e Miudo. Agachados: Zezinho, Valter, Zé Carlos, David e Nilson

Guarapuava E. C.. time base de 1980 que disputou a Primeira Divisão Profissional. Em pé: Dirceu Pato, Ivã Limeira, Paulo Garça, Alaor , Juresku e Malinha. Agachados: Pedrinho Mendes, Taco, Serginho, Zé Miguel e Paulo Borges.

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COLUNISTA

JOÃO NIECKARS É ADVOGADO, ECONOMISTA E PROFESSOR DE DIREITO EMPRESARIAL.

A NOVELA CHAMADA CÂMARA

Um dos assuntos mais recorrentes em Guarapuava, quando se trata de (má) politica, é a Câmara de Vereado-res. Há um ano a 2ª Vara da Fazenda Pública de Guarapuava, atendendo pedido da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca, confirmou o afastamen-to de três vereadores da Câmara Mu-nicipal de Guarapuava e de outros três servidores públicos. Os vereado-res afastados foram Celso Costa (PPS), Márcio Carneiro (PPS) e Edony Kluber (PSD) – este último aí, não conseguiu a reeleição no pleito de 2016.

De lá pra cá todos os afastados não mais desempenham nenhuma de suas funções, ou seja, não traba-lham, entretanto, todos seguem re-cebendo seus pagamentos mensais. Os três funcionários, diga-se, estão recebendo os salários até com certo direito, pois, embora investigados, a Constituição Federal garante o pa-gamento das verbas salariais, já que as considera de natureza alimentar e até condenado precisa comer, quem dirá os investigados (que podem nem chegar a ser condenados).

Os vereadores, por outro lado, não têm mais a mesma proteção consti-tucional, isso porque, ao contrário dos servidores, não recebem salários, mas sim subsídios (manutenção e ajuda de custo para o exercício de uma ati-vidade publica). Os subsídios recebi-dos pelos parlamentares municipais, que afastados por decisão judicial po-deriam muito bem ser cortados, de-pendem apenas dessa possibilidade de existir a Lei Orgânica de Guarapua-va – o que não é o caso.

O vereador Elcio Melhem até tentou reformar os artigos 39 e 40 da Lei Orgânica para que qualquer vereador que acabe afastado por de-cisão judicial tenha o pagamento de seus subsídios suspensos imediata-mente após a comunicação da de-cisão à presidência da Câmara. O ve-reador foi apoiado por nove de seus pares, que votaram pela aprovação do projeto que geraria uma econo-mia mensal de mais de 20 mil reais à cidade.

Votaram a favor os vereadores Professora Terezinha, Jabur, Aldonei, Gilson, Guto Klosowski, Luiz Juraski, Maria José, Dedo e Rodrigo Crema, entretanto, não atingiram o número de votos suficientes e foram venci-dos pelos vereadores que acredi-tam que, mesmo não trabalhando, os afastados merecem receber, sem problema algum, o dinheiro público.

Os amigos e protetores dos ve-readores afastados são Dailo Domi-nico, Germano, Valdemar Calixto, Marcelinho, Samuca, Pedro Moraes e Vardinho - para estes, não é neces-sário trabalhar para ganhar dinheiro, basta ser vereador afastado.

Só pra se ter uma ideia, desde a determinação de afastamento até hoje, o total gasto com os vereadores que estão recebendo sem trabalhar, graças a extrema benevolência dos seus pares na Câmara, já passa dos 300 mil reais. Devemos agradecer a continuidade desse dispêndio aos nossos ilustríssimos sete vereadores nominados no parágrafo anterior.

Não bastasse a falta de respeito

com que, às vezes, vemos ser tra-tado o dinheiro público, a novela chamada Câmara de Vereadores ainda tem muitos outros capítulos. Recentemente dois dos três verea-dores afastados, dentre eles Edony, que chegou a presidir o legislativo, foram condenados a três ou quatro anos de prisão pelo crime de pecu-lato (desvio de dinheiro público), es-tremecendo ainda mais a já mínima credibilidade mantida pela politica em nossa cidade.

Nos mesmos dias em que a Jus-tiça condenava estes dois vereadores, o Ministério Público denunciava o atual presidente, Napoleão, e o vere-ador Crema por peculato (desvio de dinheiro público), pois, conforme o MP, eles teriam nomeado irregular-mente assessores comissionados.

Crema, rapidamente, informou que irá devolver o valor de poucos menos de três mil reais pelos quais foi denunciado. Napoleão, sua Exce-lência, por sua vez, não disse nada ainda sobre devolver os mais de 84 mil reais que são apresentados na denúncia.

Não é o tamanho da cifra que indulgencia o erro (ou crime). Não é por ser pouco que é legal. Todos os gatos indevidos e imorais são desne-cessários e impossíveis de aceitação. Sejam os três mil do caso Crema, os cinco do caso Celso e Edony ou mesmo os 84 mil do caso Napoleão, as ultimas notícias saídas da novela chamada Câmara de Vereadores de Guarapuava têm vindo sempre com o mesmo nome: denúncia.

SÓ PRA SE TER

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A DETERMINAÇÃO

DE AFASTAMENTO

ATÉ HOJE, O TOTAL

GASTO COM OS

VEREADORES

QUE ESTÃO

RECEBENDO

SEM TRABALHAR,

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BENEVOLÊNCIA

DOS SEUS PARES

NA CÂMARA, JÁ

PASSA DOS 300 MIL

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