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Instrumentação Médica– 1. 1 Aula 1 Licenciatura em Engenharia Biomédica 3º Ano/ 2º Sem. - Paulo Mendes http://dei-s1.dei.uminho.pt/pessoas/pmendes/IMLEBIOM 2005/2006 Instrumentação Médica

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  • Instrumentação Médica– 1. 1

    Aula 1

    Licenciatura em Engenharia Biomédica

    3º Ano/ 2º Sem.-

    Paulo Mendes

    http://dei-s1.dei.uminho.pt/pessoas/pmendes/IMLEBIOM

    2005/2006

    Instrumentação Médica

  • Instrumentação Médica– 1. 2

    Funcionamento

    • Gabinete– B2.22 – Guimarães (3382)

    – Laboratório Investigação Biomédica – Braga (4704)

    [email protected]

    – www.dei.uminho.pt/~pmendes

    – http://dei-s1.dei.uminho.pt/pessoas/pmendes/IMLEBIOM/

    • Métodos de Ensino:– Aulas teóricas obrigatórias.

    • Método de Avaliação:– Exame final

  • Instrumentação Médica– 1. 3

    Programa• Sinais biomédicos: biopotenciais - 1• Aquisição e análise de sinais biomédicos - 2• Sensores biomédicos - 3• Eléctrodos para biopotenciais, micro-eléctrodos - 4• Espectrofotómetros e métodos ópticos- 5 • Electromiografia, Electrocardiografia, Radiografia - 6• Amplificadores para biopotenciais - 7• Dispositivos cardiovasculares - 8 • Dispositivos neurofisiológicos - 9• Sistemas médicos de imagem com destaque para a

    ultrasonografia - 10• Microcontroladores em instrumentação médica -11• Telemetria - 12

  • Instrumentação Médica– 1. 4

    • Filme EOG/EEG para BCI

  • Instrumentação Médica– 1. 5

    Potencial de repouso da membrana

    Neurónio

    Axónio

    Membrana da célula

    Voltímetro

    Micro-eléctrodofora da célula

    Micro-eléctrododentro da célula

  • Instrumentação Médica– 1. 6

    Origem do potencial de repouso

    Neurónio

    AxónioCorpo da célula

    Dendrites

    Exterior da célula

    interior da célula

    Interior da célula

    Exterior da célula

    Membrana

    Bomba deSódio ePotássio

    bombaCanal

    Canal

    Três proteínas maissignificativas da membrana

  • Instrumentação Médica– 1. 7

    Base física para o potencial

    Exterior

    Interior

    em mM

    Equação de Nernst

  • Instrumentação Médica– 1. 8

    Se não for injectada corrente, no repouso a

    corrente total terá que ser = 0

    , no repouso

    Resolvendo para Vm

  • Instrumentação Médica– 1. 9

    O potencial acção – activar o neurónio

    Estímulo abre canais K +

    Estímulo abre canais Na +

    Estímulo de despolarização forteabre mais canais Na +

    Potencialde acção

    Potencialde limiar

    Potencialde limiar

    Potencialde limiar

    Potencialde repouso

    Potencialde repouso

    Potencialde repouso

    hiperpolarização despolarização

    hiperpolarização despolarizaçãoPotencial de acção

    “Spike”

    Tempo (ms) Tempo (ms) Tempo (ms)

    Pot

    enci

    al d

    a m

    embr

    ana

    (mV

    )

    Pot

    enci

    al d

    a m

    embr

    ana

    (mV

    )

    Pot

    enci

    al d

    a m

    embr

    ana

    (mV

    )

  • Instrumentação Médica– 1. 10

    Somatório causa o “disparo”

    Tempo (ms)

    Pot

    enci

    al d

    a m

    embr

    ana

    (mV

    )

    Sem somatório Com somatório

    Limiar Limiar

    Tempo (ms)

  • Instrumentação Médica– 1. 11

    Somatório causa o “disparo”ExcitarInibir

    Sub-limiar semsoma

    Soma temporal Soma espacial Soma espacial

  • Instrumentação Médica– 1. 12

    Condução

    dominós em queda

    Eléctrodo

    Potencial de acção

    Tempo Pot

    enci

    al d

    a m

    embr

    ana

    (mV

    )

    Direcção de condução

  • Instrumentação Médica– 1. 13

    Condução

    É gerado um potencial de acção quando os iõesde sódio entram dentro da membrana

    A despolarização do primeiro potencial de acção esp alhou-se para a região vizinhada membrana, despolarizando-a e inic iando um segundo potencial de acção. No local do primeiro po tencial de acção a membrana começa-se a repolarizar à medida que K + flui para fora

    Um terceiro potencial de acção segue em sequência. Desta forma, correntes de iões através da membrana dão or igem a um impulso nervoso que passa través do axónio.

    Primeiro potencialde acção

    Segundo potencialde acção

    Terceiro potencialde acção

    Segmento de axónio

    Axónio

  • Instrumentação Médica– 1. 14

    Condução por “saltos”

    Ajuda da mielina

    Célula de Schwann

    Região despolarizadaNodo de Ranvier

    Folha demielina

    Axónio

    Nodo deRanvier

    Folha demielina

    Axónio

    Corpo da célula

    Membranado Axónio

  • Instrumentação Médica– 1. 15

    Transmissão - Sinapse

    Célula pos-sináptica

    Célula pré-sináptica

    Neuro-transmissor

    Receptor

    Membranapos-sináptica

    ProteínaCanal iónico

    Parte de um neuro-transmissorDegradado

  • Instrumentação Médica– 1. 16

    Sinapse

    Canais iónicos abertos Membrana sub-sináptics

    Membrana pré-sináptics

    Moléculastransmissoras

    Vesículos sinápticos permitemlibertar moleculas transmissoras

    Vesículos sinápticos armazenam moléculastransmissoras

  • Instrumentação Médica– 1. 17

    Transmissão – várias sinapses

  • Instrumentação Médica– 1. 18

    Como activar um músculo?

  • Instrumentação Médica– 1. 19

    Como activar um músculo?

  • Instrumentação Médica– 1. 20

    Junção Neuromuscular

    Micro-fotografia

  • Instrumentação Médica– 1. 21

    Sistema genérico de Instrumentação Médica

    Grandeza a medir(e.g. pressão sanguínea,

    potencial ECG, etc.)

    Elementosensor

    Processamentode sinal

    SaídaDisplay

    • Sensores: como eléctrodos, transdutores de pressão• Instrumentação: amplificador, filtro, acondicionamento de sinal• Microprocessador, telemetria, interface com internet

    http://www.qubitsystems.com/electro.html

  • Instrumentação Médica– 1. 22

    Fontes de sinal no corpo

    • Todos os tipos de biopotenciais• Biopotenciais como a ECG pode ser visto

    como um sinal com• Amplitude e direcção• i.e. um vector - também um dipolo

    • Existem muitas outras fontes de sinal• Células, músculos, nervos, pele, ... todas as

    células e todos os órgãos

  • Instrumentação Médica– 1. 23

    Tipos de Biopotenciais?

    • EEG• EMG• EOG • ERG• ENG• ECG …

    • temperatura• movimento• pH• pO2• químicos…

    Outras fontesde sinal?

  • Instrumentação Médica– 1. 24

    O cérebro é formado pelos lóbulos frontal, parietal, temporal e occipital.

    Neurofisiologia do cérebro/córtex

    - Organização grosseira: esquerda/direita, diferentes lóbulos

    - Mais fina : fissuras

    - Estrutura por camada (6 camadas com diferentes tipos de neurónios

    - homúnculos: organização grosseira das áreas sensoriaisao longo do córtex sensor-motor

  • Instrumentação Médica– 1. 25

    c) Tipos diferentes de epilepsia dá origem a diferentes tipos de ondas.

  • Instrumentação Médica– 1. 26

    Aquisição de dados e análise

    • Amostragem• 1024 Hz, 12 bit • Filtro passa-banda primeira ordem: 10-500Hz

    • Filtrar dados• Pós-processamento

    • Extracção de características

  • Instrumentação Médica– 1. 27

    Eléctrodos para EMG

    Um eléctrodo com referência

    •Mede o potencial de acção num eléctrodo

    •Subtrai o sinal comum da referência

    Dois eléctrodos com referência

    •Mede os potenciais em ambos os eléctrodos

    •Utiliza o amplificador diferencial

    •Subtrai o sinal comum

    •Amplifica a diferença

  • Instrumentação Médica– 1. 28

    Exemplo experimental

  • Instrumentação Médica– 1. 29

    ElectroRetinoGrama (ERG)• Biopotencial do

    olho (retina)• Indicador de

    doenças da retina• Registo invasivo

    A lente de contacto transparente está dotada de um eléctrodo. O eléctrodo de referência é colocado na fonte direita.

  • Instrumentação Médica– 1. 30

    Electroretinograma humano. Um flash em quanta/deg2 dá origem a uma scotopic threshold respone (STR) – capacidade de ver no lusco-fusco.

  • Instrumentação Médica– 1. 31

    ElectroNeuroGrama (ENG)

    • Medição de potenciais nervosos

    • Utiliza agulhas como eléctrodos

    • Estimula a periferia e mede a velocidade de condução

    • Utilizado para detectar disfunções neuromusculares

  • Instrumentação Médica– 1. 32

    Características dos biopotenciais

    0.01 – 10050 – 3000EMG

    0.001 – 0.30.01 – 10EOG

    0.001 – 10.1 – 80EEG

    0.05 – 30.01 – 100ECG

    Gama de amplitudes (mV)

    Gama de frequências (Hz)

    Biopotencial

  • Instrumentação Médica– 1. 33

    Ruído

    • Os sinais EMG têm uma amplitude muito reduzida

    • Ruído externo • Ruído da electrónica

    • Equipamento de leitura/gravação• Ruído ambiente

    • TV, rádio, luzes• Artefactos de movimento

    • Movimento dos eléctrodos ou dos fios

  • Instrumentação Médica– 1. 34

    Ruído•Diversas fontes

    •50Hz das linhas de alimentação – isolar, filtrar

    •(e harmónicos; e RF ou rádio frequência)

    •Outros biopotenciais

    • e.g.EOG no EEG ou EMG em ECG

    •Artefactos de movimento – relaxe!

    •Ruído dos eléctrodos – eléctrodos de alta qualidade, bons contactos

    •Ruído do circuito – bom desenho, bons componentes

    •Ruído de modo comum – desenho diferencial, CMRR elevado

  • Instrumentação Médica– 1. 35

    Interferência no registo de biopotenciais

    Factores principais que podem causar interferência no registo de biopotenciais:

    • Oscilação das ligações aos eléctrodos• Acoplamento ao corpo do medidor• Fontes de energia biopotencial do sujeito• Acoplamento electromagnético de outros

    dispositivos ou equipamento• Campos magnéticos das linhas de alimentação• Campos eléctricos das linhas de alimentação• Interferência electromagnética, ou EMI

  • Instrumentação Médica– 1. 36

    Micro-eléctrodos neuronais

    Array plano de micro-eléctrodos para aplicação in-vivo

    Array de micro-eléctrodos piramidais

    para aplicação in-vivo

    Micro-eléctrodo simples, triplo e múltiplo para aplicação in-vivo

  • Instrumentação Médica– 1. 37

    Registo/Estimulação no córtex

    G. Kovacs, Integrated circuits lab, Stanford Univ.Center for Neural comm. Tech., Univ. of Michigan, Ann Arbor.

  • Instrumentação Médica– 1. 38

    Micro-eléctrodos metálicos em pente de elevada densidade U. H. Balbale, J. E. Huggins, S. L. BeMent, S. P. Levine, “Multi-channel analysis of human event-related cortical potentials for the development of a direct brain interface”, vol. 1, pp 13-16, 1999.

    Probe implatável integrada com VLSI e sensores electroquímicosP. A. Passeraub, A. C. Almeida, N. V. Thakor, "Design, microfabrication and characterization of a microfluidic chamber for the perfusion of brain tissue slices," Biomedical Microdevices, vol. 5, pp. 147-155, June, 2003.

  • Instrumentação Médica– 1. 39

    Ceramic - based Multisite Electrode

    Courtesy K. Moxon

    In Vivo Implantation and Recording

    Multisite recording from barrel cortex

    200µm

    200 µm

    200 µm

    A. B. C.

  • Instrumentação Médica– 1. 40

    High density electrode array for recording.(http://www.eecs.umich.edu/~wise/Research/Overview/Wise_Research.pdf)

    Implantable Silicon micromachined electrodesto stimulate the cortex.

    PJ Rousche , RA Norman, “Chronic intracortical microstimulation(ICMS) of cat sensory cortex using Uthan intracortical electrode array”, Rehabilitation Engineering, IEEE Transactions, vol 7, pp. 56-68

    Micro-eléctrodos neuronais

  • Instrumentação Médica– 1. 41

    Amplificador de instrumentaçãoAmplificador inversor

    Amplificador

    não-inversor

    Amplificador diferencial cujo ganho pode ser ajustado por

    R1, R2, R3, R4

    Amplificador diferencial

    Op amp’s das entradas não inversorastêm uma elevada impedância de entrada

  • Instrumentação Médica– 1. 42

    Amplificador de instrumentação: 1

    I1

    Relembrar a terra virtual nos opamps

    I1 = (V1 – V2)/R1

    Relembrar KCL e que não entra corrente nos Opamp’s

    I2 = I3 = I1

    Relembrar a KVL

    VOUT = (R1 + 2R2)(V1 – V2)/R1

    = (V1 – V2)(1+2R2/R1)

    I2I3

  • Instrumentação Médica– 1. 43

    I1

    Relembrar a terra virtual do opamp e o divisor de tensão

    V- = V+ = V2R4/(R3 + R4)

    Relembrar que não entra corrente nos opamp’s

    (V1 – V-)/R3 = (V- – VOUT)/R4

    Resolvendo,

    VOUT = – (V1 – V2)R4/R3

    I2I3

    Amplificador de instrumentação: 2

  • Instrumentação Médica– 1. 44

    Amplificador de instrumentação: Completo

    VOUT = – (V1 – V2)(1 + 2R2/R1)(R4/R3)

    Ganho do andar Ie do andar II

  • Instrumentação Médica– 1. 45

    Amplificador de instrumentação: completo

    VOUT = – (V1 – V2)(1 + 2R2/R1)(R4/R3)

    Características:

    • Amp. diferencial

    • Ganho muito elevado

    • R de entrada elevada

    • Rejeição de modo comum

    •(e os filtros?)Ganho do andar Ie do andar II

  • Instrumentação Médica– 1. 46

    Amplificador de instrumentação: filtros

    Características:

    • Largura de banda

    •Freq. corte baixo

    •Freq. corte alto

    Filtro

    passa-baixo

    Filtro

    Passa-alto

    C1

    C1 C2