instrumentacao_basica(eletricista e manutenÇÃo)

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Av. Almirante Saldanha da Gama, 145CEP: 11030-401 - Ponta da Praia - Santos - SPFone: (13) 3261-6000 - Fax: (13) 3261-2394www.senai.sp.br/santosSENAIServio Nacionalde AprendizagemIndustrialEscola SENAI AntnioSouzaNoschese UFP 2.01IINNSSTTRRUUMMEENNTTAAOOBBSSIICCAAInstrumentao Bsica SENAI-SP, 2003Trabalho elaborado pelaEscola Senai Antnio Souza NoscheseCoordenao GeralAntnio Carlos RodriguesEquipe responsvel Coordenao Benedito Loureno Costa NetoElaboraoCarlos Alberto Jos de AlmeidaMarcos Galli Srgio Couto e SilvaReviso Rosria Maria Duarte ParadaEditorao Eletrnica Andra Inocncio VieiraEscola SENAI Antnio Souza NoscheseAv. Almirante Saldanha da Gama, 145CEP: 11030-401 Ponta da Praia Santos-SPFone (13) 3261-6000 Fax (13) 3261-2394Internet: [email protected] bsicosde AutomaoSegurana eHigiene do TrabalhoGesto AmbientalCircuitos EltricosEletrnica DigitalBsicaFerramentas eMateriais Aplicados InstrumentaoBenefcios da AutomaoAutomao de Processos ContnuosAutomao da ManufaturaAcidente do TrabalhoUtilizao de EPIs e EPCsRiscos AmbientaisSinalizaes na Segurana IndustrialRiscos de EletricidadeConferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente(ECO - 92)Declarao de Princpios da Indstria para oDesenvolvimento SustentvelQuestes e Solues AmbientaisConstituio Federal e EstadualConceitosCircuitos EltricosResistncia EltricaAssociao de ResistnciasPrimeira Lei de OhmPotncia Eltrica em CCLeis de KirchhoffCorrente e Tenso Alternadas MonofsicasCircuitos Digitais BsicosPortas LgicasPortas DerivadasIdentificao e Utilizao Correta de FerramentasAlicatesChaves de ApertoChave Combinada12461218283443505159687684879699104113122122125130130135136InstrumentaoMedio deVariveis deProcessoChave de FendaArco de SerraFerro de SoldaTorqumetroLimaFuradeirasBrocasCossinetesMartelo e MaceteMateriais Utilizados em Tubos e ConexesElementos em TubulaoClasses e Sistemas de InstrumentaoTerminologiaIdentificao e Simbologia de InstrumentaoMedio de PressoConceitos de PressoMedidores de PressoSistema de SelagemMedio de NvelMedio DiretaMedio DescontnuaMedio IndiretaMedio de VazoUnidadesVazo em VolumeVazo em MassaVazo em PesoMedidores de VazoMedidores VolumtricosMedio de Vazo InstantneaMedio de TemperaturaTemperatura e CalorEscalas de TemperaturaMedidores de Temperatura por Dilatao/Expanso138140141141142143145153155156156167170174183183191205214214219220229229230232234234235239259259260266Acessrios deInstrumentaoRefernciasBibliogrficasTelemetria em InstrumentaoTransmisso PneumticaTransmisso EletrnicaTransmisso DigitalRelao Matemtica entre SinaisVlvula Reguladora de PressoVlvula de SeguranaVlvula Solenide273273274274277278281286294Instrumentao BsicaSENAI11. Conceitos Bsicos de Automao1.1 Benefcios da AutomaoA automao trouxe, nos ltimos tempos, uma srie de benefcios aos diversos setoresda sociedade, propiciando conforto e facilidades.Nas indstrias, a necessidade do aumento de produo para atender a crescentedemanda a baixo custo e a fabricao de novos produtos, atendendo o gosto dosconsumidores, propiciou o aparecimento de um nmero cada vez maior de processostotalmente automatizados.A automao, quando utilizada com critrio e de forma planejada, reduz custos, aumentaa produtividade e contribui com a qualidade e a segurana da produo, livrando ostrabalhadores de atividades montonas, repetitivas e, principalmente, perigosas.Embora a tecnologia para implementar processos ou sistemas automatizados modernosexija diferentes nveis de investimento, os resultados so garantidos e as indstrias queno se ajustam a essa realidade esto seriamente condenadas ao fracasso.Apesar dos benefcios, o impacto da automao obrigou a sociedade a se adaptar aessa nova realidade. A chamada Era da Automao causou, inicialmente, sriosproblemas, principalmente para os trabalhadores que no acompanharam essaevoluo. Podemos citar:o aumento do nvel de desemprego, principalmente nas reas em que atuamprofissionais com baixo nvel de qualificao;a rapidez com que a experincia de um trabalhador se torna obsoleta;a extino de muitos empregos que eram considerados importantes: por exemplo,telefonistas so perfeitamente substituveis por centrais de telefonia automticas.Esses problemas, no entanto, podem ser solucionados com programas contnuos deaprendizagem e reciclagem de trabalhadores para novas funes. Alm disso, asindstrias de computadores, mquinas automatizadas e servios vm criando umnmero de novos empregos igual ou superior queles que foram eliminados no setorprodutivo.A automao classificada de acordo com suas diversas reas de aplicao: automaobancria, comercial, industrial, agrcola, predial, de comunicaes, transportes... No setorindustrial a automao pode ser aplicada em dois segmentos produtivos, que so osprocessos contnuos e os processos de manufatura.Instrumentao BsicaSENAI21.2 Automao de Processos ContnuosNas indstrias, o termo processo tem um significado amplo. Uma operao unitriacomo, por exemplo, destilao, filtrao ou aquecimento, considerada um processo.Quando se trata de controle, uma tubulao por onde escoa um fluido, um reservatriocontendo gua, um aquecedor ou um equipamento qualquer denominado de processo.Processo uma operao ou uma srie de operaes realizadas por um determinadoconjunto de equipamentos, onde varia pelo menos uma caracterstica fsica ou qumicade um material para obteno de um produto final.Os processos contnuos operam ininterruptamente grande quantidade de produtos emateriais nas mais diversas formas sem manipulao direta. So processoscaracterizados por tubulaes, tanques, trocadores de calor, misturadores e reatores,entre outros equipamentos.Os processos so muito variados e abrangem diversas reas como, por exemplo, aindstria qumica, petroqumica, alimentcia, de papel e celulose, etc. Um processo podeser controlado atravs da medio de variveis que representam o estado desejado e doajuste automtico de outras variveis, de maneira a se conseguir um valor desejado paraa varivel controlada. As condies ambientais devem sempre ser includas na relaode variveis de processo.Variveis deProcessoSo grandezas fsicas que afetam o desempenho de um processo e podem mudar devalor espontaneamente sob condies internas ou externas. Por essa razo, essasvariveis tpicas de processos contnuos necessitam de controle. As principais variveismedidas e controladas nos processos contnuos so presso, vazo, temperatura, nvel,pH, condutividade, velocidade e umidade.Varivel ControladaA varivel controlada de um processo aquela que mais diretamente indica a forma ou oestado desejado do produto. Consideremos, por exemplo, o sistema de aquecimento degua abaixo.Instrumentao BsicaSENAI3A finalidade do sistema fornecer uma determinada vazo de gua aquecida. A varivelmais indicativa desse objetivo a temperatura da gua de sada do aquecedor, que deveser, ento, a varivel controlada.Varivel manipuladaVarivel manipulada do processo aquela sobre a qual o controlador automtico atua nosentido de manter a varivel controlada no valor desejado. Pode ser qualquer varivel doprocesso que cause uma variao rpida na varivel controlada e que seja fcil de semanipular. Para o aquecedor abaixo, a varivel manipulada pelo controlador ser avazo de vapor.Agente de controleAgente de controle a energia ou o material do processo, do qual a varivel manipulada uma condio ou caracterstica. No trocador de calor o agente de controle o vapor,pois a varivel manipulada a vazo de vapor.Malha de controleQuando se fala em controle deve-se, necessariamente, subentender a medio de umavarivel qualquer do processo e a atuao no sentido de mant-la constante, isto , ainformao que o controlador recebe comparada com um valor pr-estabelecido (set-point). Verifica-se a diferena entre ambos e age-se de maneira a diminuir ao mximoessa diferena. Essa seqncia de operaes medir a varivel, comparar com o valorpr-determinado e atuar no sistema de modo a minimizar a diferena entre a medida e oset point ns denominamos de malha de controle.Na ilustrao do trocador de calor, a informao acerca da temperatura do fluido da guaaquecida (fluido de sada), acarreta uma mudana no valor da varivel do processo, nocaso, a entrada de vapor. Se a temperatura da gua aquecida estiver com o valor abaixoInstrumentao BsicaSENAI4do valor do set point a vlvula abre, aumentando a vazo de vapor para aquecer a gua.Se a temperatura da gua estiver com um valor acima do set point a vlvula fecha,diminuindo a vazo de vapor para esfriar a gua.Em sistemas de malha fechada o controle de processo pode ser efetuado e compensadoantes ou depois de afetar a varivel controlada, supondo-se que no sistema apresentadocomo exemplo a varivel controlada seja a temperatura de sada da gua. Se o controlefor efetuado aps o sistema ter afetado a varivel (ter ocorrido um distrbio),o controle do tipo "feed-back", ou realimentado.Para se controlar automaticamente um processo necessrio saber como ele est secomportando, fornecendo ou retirando dele alguma formade energia como, porexemplo, presso ou calor. Essa atividade de medir e comparar grandezas feita porinstrumentao dedicada atravs de sensores, transmissores, controladores, indicadorese sistemas digitais de aquisio de dados e controle, entre outros.1.3 Automao da ManufaturaProcessos de manufatura, ao contrrio de processos contnuos, so processos onde oproduto manipulado direta ou indiretamente. So processos caracterizados pormquinas e sistemas sequenciais encontrados tipicamente na indstria automobilstica,eletroeletrnica,alimentcia e farmacutica, entre tantas outras.Um sistema automtico de manufatura composto, basicamente, dos seguinteselementos:Sensores: medem o desempenho do sistema de automao ou uma propriedadeparticular de algum de seus componentes. Exemplos: sensores de posio e ticos,entre outros;Controle: utiliza a informao dos sensores para controlar o seqenciamento de umadeterminada operao. Os robs so exemplos perfeitos, pois o controle de suasposies determinado por informaes de sensores e por uma rotina deseqenciamento, acionando um conjunto de motores. Softwares de controle soconjuntos de instrues organizados de formaseqencial na execuo das tarefasprogramadas;Acionamento: prov o sistema de energia para atingir determinado objetivo. o casodos motores eltricos, servovlvulas, pistes hidrulicos, etc.Na automao da manufatura o processo ou as mquinas so controladaseletronicamente, quase que sem a interveno humana. Porm no se pode confundirautomao com mecanizao. A mecanizao consiste, simplesmente, no uso demquinas para realizar um trabalho repetitivo substituindo, assim, o esforo fsico dohomem; j a automao possibilita fazer um trabalho por meio de mquinas controladasautomaticamente, capazes de se regularem sozinhas, como robs, mquinas deInstrumentao BsicaSENAI5comando numrico computadorizado (CNC) e sistemas integrados de desenho emanufatura (CAD/CAM).Instrumentao BsicaSENAI62. Segurana e Higiene do TrabalhoIntroduo sabido que o brasileiro, tradicionalmente, no se apega preveno, seja ela deacidentes do trabalho ou no.Nossa formao escolar no nos enseja qualquer contato com tcnicas de preveno deacidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Somente com nosso ingresso nomercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e, pior ainda,da empresa em que trabalharmos, que teremos o primeiro contato com elas, isso j naidade adulta!Da a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir emtreinamento, em equipamentos e em mtodos de trabalho para incutir em seu pessoal oEsprito Prevencionista e, atravs de tcnicas e de sensibilizao, combater em seu meioo Acidente de Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte edanosamente a Qualidade, a Produo e o Custo.2.1Acidente do TrabalhoDefinioAcidente toda e qualquer ocorrncia imprevista e indesejvel, instantnea ou no, queprovoca leso pessoal ou da qual decorra risco prximo ou remoto. Se tal ocorrnciaestiver relacionada com o exerccio do trabalho estar, ento, caracterizado o Acidentede Trabalho. Trocando o conceito em midos:A ocorrncia imprevista por no ter um momento pr-determinado (dia ou hora) paraacontecer. preciso distinguir previsto/imprevisto de previsvel/imprevisvel."Previsto" significa programado, enquanto "previsvel" sugere possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente previsvel em funo de circunstncias (uma escada dedegraus defeituosos, um mecnico esmerilhando sem culos, por exemplo), isto ,quando existe a possibilidade clara de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrncia noest prevista, por no estar programada. indesejvel, por no se querer o acidente. Se algum, intencionalmente, joga, porexemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de oindivduo ter desejado atingir o outro. No entanto a ocorrncia caracterizada em funoda vtima (ou vtima potencial) e claro que ela no queria ser atacada.Instrumentao BsicaSENAI7O fato de ser "instantnea ou no"implica na diferena entre o acidente tpico, como oconhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doena ocupacional oudo trabalho (asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidentepropriamente dito a ocorrncia que tem conseqncia (leso) imediata em relao aomomento da ocorrncia (queda = fratura, luxao, escoriaes). A Doena Ocupacional conseqncia mediata em relao exposio ao risco (exposio ao vapor dechumbo hoje, saturnismo aps algum tempo).O acidente no implica, necessariamente, em leso, podendo ficar somente no risco deprovoc-la (acidente sem vtima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, oacidente que pode ser com vtima (provoca leso) ou sem vtima (no atinge ningum).A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), em sua NB 18 (Norma BrasileiraN 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:Tipo: Classifica o acidente quanto sua espcie, como Impacto de Pessoa Contra (quese aplica aos casos em que a leso foi produzida por impacto do acidentado contra umobjeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento de objeto),Queda com Diferena de Nvel (ao da gravidade, com o objeto de contato estandoabaixo da superfcie em que se encontra o acidentado), Queda em Mesmo Nvel(movimentado devido perda de equilbrio, com o objeto de contato estando no mesmonvel ou acima da superfcie de apoio do acidentado), Atrito ou Abraso,Aprovisionamento, etc.Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado?Sob todos os ngulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresentafatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econmico,cujas conseqncias se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ao decontrole e preveno dos infortnios ocasionais.Aspecto HumanoBastaria a consulta s estatsticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam aintegridade fsica do empregado, para conhecimento do grande ndice de pessoasincapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqncia adesestruturao do ambiente familiar, onde tais infortnios repercutem por tempoindeterminado.Aspecto SocialCom referncia a este aspecto, vamos analisar o acidente de trabalho e suasconseqncias sociais visando estes dois aspectos:acidente de trabalho como efeito;acidente de trabalho como causa.Instrumentao BsicaSENAI8Pode-se considerar o acidente de trabalho como efeito quando ele resulta de uma aoimprudente ou de condies inadequadas, isto , quando ele resulta de umainobservncia das normas de segurana; pode-se consider-lo como causa quando setem em vista as conseqncias dele advindas.Como se deduz, so imensurveis, em termos de extenso e proporo, asconseqncias dos acidentes de trabalho. O importante, diante de todos os aspectosque possam ser apresentados, que as pessoas se inteirem dessa realidade,interessando-se pela aplicao correta das medidas de preveno do para no setornarem vtimas do acidente.Aspecto EconmicoUm dos fatores altamente negativos resultante dos acidentes do trabalho o prejuzoeconmico, cujas conseqncias atingem o empregado, a empresa, a sociedade e, emuma concepo mas ampla, a prpria nao.Quanto ao empregado, apesar de toda a assistncia e das indenizaes recebidas porele ou por seus familiares atravs da Previdncia Social, os prejuzos econmicosfazem-se sentir na medida em que a indenizao no lhe garante, necessariamente, omesmo padro de vida mantido at ento. E, dependendo do tipo de leso sofrida, taisbenefcios, por melhores que sejam, no repararo uma invalidez ou a perda de umavida.Na empresa, os prejuzos econmicos derivados dos acidentes variam em funo daimportncia que ela dedica preveno. A perda, ainda que de alguns minutos deatividade no trabalho, traz prejuzo econmico, danificao de mquinas, equipamentos,perdas de material etc. Outro tipo de prejuzo econmico refere-se ao acidente queatinge o empregado, variando suas propores em vista do tempo de afastamento domesmo e da gravidade da leso.As conseqncias podem ser, entre outras, a paralisao do trabalho por tempoindeterminado devido impossibilidade de substituio do acidentado por um elementotreinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influncia psicolgica negativa queatinge os demais empregados e que interfere no rtmo normal do trabalho, levandosempre a uma grande queda da produo.Em termos gerais, esses so alguns fatores que muito contribuem para os prejuzoseconmicos tanto do empregado quanto da empresa.Identificao das Causas do Acidente fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente no tem,absolutamente, o objetivo de punio mas, sim, o de encontrar, a partir das causas, asmedidas que possibilitem impedir ocorrncias semelhantes.Instrumentao BsicaSENAI9A causa do acidente pode estar em fatores hereditrios (herana sangnea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, tambm, originar-se de falha pessoal. Clareando: ahereditariedade, processo de transmisso de caractersticas fsicas e mentais dosascendentes (pais, avs, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando oambiente propcio, pode manifestar-se sob a forma de fobias, como a claustrofobia(medo de lugares fechados) e a acrofobia (medo de altura), ou de outras patologias. Talmanifestao interfere na formao do homem, dando oportunidade ao afloramento dasfalhas pessoais (atitudes imprprias ou inadequadas como, por exemplo, imprudncia,negligncia, exibicionismo, insubordinao, etc.).A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou acriar/permitir Condies Inseguras.Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditrios e no meio-ambiente daprimeira infncia do homem. As caractersticas indesejveis, herdadas (hereditariedade)ou adquiridas (meio-ambiente), manifestam-se atravs da falha pessoal que, por suavez, induz o homem a criar ou permitir a condio insegura e/ou praticar o atoinseguro, que so as causas aparentes do acidente que pode, ou no, resultar em lesopessoal.Para esclarecer, imaginemos uma situao: a companhia admite um novo empregado,que ter a ocupao de escarfador. O candidato selecionado jovem e a CST suaprimeira empresa. At ento trabalhara no quiosque do pai, na praia de Camburi, o diatodo, vontade, de sunga, vez por outra tomando uma aguinha de coco enquantoinspecionava biqunis e similares. Pois bem, esse rapaz comea a trabalhar na CST e,aps treinamento, se v todo equipado para o trabalho; possivelmente no se adaptar,sentir-se- agoniado, preso: A SITUAO MUITO DIFERENTE E A TENDNCIA CHEGAR AO ACIDENTE.Ato InseguroO Ato Inseguro a desobedincia a um procedimento seguro e comumente aceito. No s a desobedincia norma ou procedimento escrito, mas tambm quelas normas deconduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na caracterizao do Ato Insegurocabe a seguinte questo: nas mesmas circunstncias uma pessoa prudente agiria damesma maneira?Um exemplo: no se conhece nenhuma norma escrita que oriente para no se segurar,na palma da mo, um ferro eltrico aquecido; se algum o fizer, estar cometendo umAto Inseguro.O Ato Inseguro ocorre em trs modalidades:Omisso:A pessoa no faz o que deveria fazer.Instrumentao BsicaSENAI10Exemplo: Deixar de impedir um equipamento.Comisso:A pessoa faz o que no deveria fazerExemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.Variao:A pessoa faz algo de modo diferente do que deveria fazer.Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela escada. claro que a "Omisso" implica em existncia/conhecimento de norma/procedimentoespecfico. Quanto "Comisso" e "Variao", a desobedincia pode ocorrer em relaoao prprio bom senso, no necessariamente a normas/procedimentos/instrues.Condio InseguraCondio Insegura so as condies de ambiente cuja correo no da alada doacidentado. Compreende mquinas, equipamentos, materiais, mtodos de trabalho edeficincia administrativa.Para efeito de maior clareza podemos classificar a condio insegura em quatro classes:Mecnica:Mquina/ferramenta/equipamento defeituosos, sem proteo, inadequados, etc.Fsica: Problemas em relao ao "lay-out" (arrumao, passagens, espao, acesso, etc.).Ambiental:Problemas em relao ventilao, iluminao, poluio, rudo, etc.Mtodo: Procedimento de trabalho inadequado, padro inexistente, processo perigoso, mtodoarriscado, superviso deficiente, etc.A Condio Insegura ocorre, tambm, em trs modalidades, todas elas derivadas dasposies de comando:Negligncia: corresponde a uma omisso que provoque o Ato Inseguro, ou seja, deixar de fazer o que deve ser feito.Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa/ Permitir prticas inseguras.Instrumentao BsicaSENAI11Impercia: derivada da falta de conhecimento/experincia especfica. mandarfazer sem estabelecer procedimentoExemplo: No fixar padro/procedimento de trabalho.Imprudncia: fazer ou mandar fazer de forma diferente do estabelecido.Exemplo: Mandar improvisar ferramenta. importante frisar que a Condio Insegura e o Ato Inseguro so a causa final de umacidente, ou seja, a ao que o deflagrou, a "gota d'gua" que fez transbordar ocontedo do copo, mas outros fatores contriburam para a ocorrncia e esses fatores,"as causas de causa", precisam ser identificados para a preveno. Da a importncia dese estudar a "hereditariedade e meio-Ambiente" (muito difcil para a indstria comum) eas "falhas pessoais", estas mais visveis a partir da convivncia e da observao. Alis, aconvivncia e a observao precisam ser valorizadas. A observao to importanteque sua negligncia tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condio Insegura. Anorma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por temposuficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e no , deixa de ser Ato para serCondio Insegura, enquadrando-se como "negligncia" da superviso.Classificao do AcidenteO acidente pessoal, em termos de gravidade da leso que provoca, classificado deduas maneiras:1 - Se o acidente provoca leso tal que impea o acidentado de retornar ao trabalho, emsuas funes, no dia imediato ao da ocorrncia, ele classificado como acidente comleso, com afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo).2 - Se a leso decorrente do acidente no impede o acidentado de trabalhar no diaseguinte ao da ocorrncia, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmenteclassificado como Leso Sem Afastamento. importante frisar que tal classificao se refere unicamente gravidade da leso e doacidente. Podemos ter acidentes at mesmo impessoais de alta gravidade.Padro Operacional o estabelecimento do mtodo correto e, conseqentemente, seguro de execuo doservio. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante aperfeioamento,adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer.O Padro Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito), serconhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos. Seu ponto chave o detalhe, queno pode ser negligenciado ou esquecido j que, de imediato ou a curto, mdio ou longoprazo pode representar o fracasso do trabalho.Instrumentao BsicaSENAI12Ningum est mais capacitado que voc para saber qual a melhor maneira de executarsua tarefa. Organizando-a, discutindo-a com seus colegas, aperfeioando-a sempre emantendo o seu registro voc chegar, naturalmente, ao padro ideal, que requerconstantes avaliaes e adequaes, obtidas atravs da Anlise de Riscos que , emresumo, a ferramenta de atualizao do padro.Lembre-se, o Padro Operacional precisa ser registrado, escrito e receber constantesadequaes. O bom Padro Operacional no sobrevive sem retoques.Busque o padro junto ao seu Gerente Supervisor. ele o centralizador, o catalisador dopadro. Voc o usurio, o gerador de aperfeioamento do mesmo. Zele por ele, que seu melhor companheiro.2.2Utilizao de EPIs e EPCsEquipamentos de ProteoIntroduoOs equipamentos de proteo Coletiva (EPCs) ouIndividual (EPIs) so equipamentosque visam neutralizar ou eliminar as condies que podero ocasionar danos sade ou integridade fsica do empregado.Equipamentos de Proteo Coletiva: beneficiam todos os empregados, indistintamente.Equipamentos de Proteo Individual: protegem apenas a pessoa que os utiliza.Nota: A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequadoao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintescircunstncias:a) Sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou nooferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou dedoenas profissionais e do trabalho;b) Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas;c) Para atender situao de emergncia.Equipamento de Proteo Coletiva EPCSo os que, quando adotados, neutralizam o risco na prpria fonte.As protees em furadeiras, serras e prensas, os sistemas de isolamento de operaesruidosas, os exaustores de gases e vapores, as barreiras de proteo, aterramentoseltricos, os dispositivos de proteo em escadas, corredores, guindastes e esteirastransportadoras so exemplos de proteo coletiva.Instrumentao BsicaSENAI13Equipamento de Proteo Individual EPIDefinioEquipamento de proteo individual (EPI) todo dispositivo de uso individual, defabricao nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sade e a integridade fsicado trabalhador.Seleo do EPIA seleo deve ser feita por pessoal competente, conhecedor no s dos equipamentoscomo, tambm, das condies em que o trabalho executado. preciso conhecer as caractersticas, qualidades tcnicas e, principalmente, o grau deproteo que o equipamento deve proporcionar.Caractersticas e Classificao dos EPIsClassificam-se os EPIs agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger:Proteo da CabeaCapacete:Protege do impacto de objeto que cai ou que projetado e de impacto contra objetoimvel. Somente estar completo e em condies adequadas de uso se composto de:Casco: o capacete propriamente dito;Carneira: armao plstica, semi-elstica, que separa o casco do courocabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto;Jugular: Presta-se fixao do capacete cabea.O capacete de celeron se presta, tambm, proteo contra radiaotrmica.Instrumentao BsicaSENAI14Proteo dos Olhosculos de segurana:Protegem os olhos do impacto de materiais projetados e do impacto contra objetosimveis. Os culos de segurana utilizados na CST so, comprovadamente, muitoeficazes quanto proteo contra impactos.Para a proteo contra aerodispersides (poeira), a CST fornece os culos ampla viso,que envolvem totalmente a regio ocular.Onde se somam riscos de impacto e intensa presena de aerodispersides (poeira), aefetiva proteo dos olhos se obtm com o uso dos dois EPIs - culos de segurana(culos basculvel) e culos ampla viso, ao mesmo tempo.Proteo FacialProtetor facial:Protege todo o rosto do impacto de materiais projetados e do calor radiante, podendo seracoplado ao capacete. articulado e tem perfil cncavo. Seu tamanho e altura permitemcobrir todo o rosto sem toc-lo, sendo construdo em acrlico, alumnio ou tela de aoinox.Instrumentao BsicaSENAI15Proteo das Laterais e Parte Posterior da CabeaCapuz:Protege as laterais e a parte posterior da cabea (nuca) da projeo de fagulhas, poeirase similares. Para uso em ambientes de alta temperatura o capuz equipado com filtrosde luz, permitindo proteo tambm contra queimaduras.Proteo RespiratriaMscaras:Protegem as vias respiratrias contra gases txicos, asfixiantes e contraaerodispersides (poeira). Protegem no somente de envenenamento e asfixias, mastambm da inalao de substncias que provocam doenas ocupacionais (silicose,siderose, etc.).H vrios tipos de mscaras para aplicaes especficas, com ou sem alimentao de arrespirvel.Proteo de Membros SuperioresProtetores de punho, mangas e mangotes:Protegem o brao, inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes,queimaduras, choque eltrico, abraso e radiaes ionizantes e no ionizantes.Luvas:Protegem os dedos e as mos de ferimentos cortantes e perfurantes, do calor, dechoques eltricos, abraso e de radiaes ionizantes.Proteo AuditivaProtetor auricular:Diminui a intensidade da presso sonora exercida pelo rudo contra o aparelho auditivo.Instrumentao BsicaSENAI16Existem dois tipos bsicos de protetor auriculas:Tipo Plug (de borracha macia, espuma, poliuretano ou PVC). introduzido nocanal auditivo.Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege tambm o sistemaauxiliar de audio (sseo).O protetor auricular no anula o som, mas reduz o rudo (que o som indesejvel) anveis compatveis com a sade auditiva. Isso significa que mesmo usando o protetorauricular ouve-se o som mais o rudo, sem que este afete o usurio.Proteo do TroncoPalet:Protege troncos e braos de queimaduras, perfuraes, projees de materiaisparticulados e de abraso, calor radiante e frio.Avental:Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos (tipobarbeiro) protegem tambm os membros superiores contra queimaduras, calor radiante,perfuraes e projeo de materiais particulados. Ambos permitem uma boa mobilidadeao usurio.Instrumentao BsicaSENAI17Proteo da PeleLuva qumica:Creme que protege a pele e os membros superiores contra a ao dos solventes,lubrificantes e outros produtos agressivos.Proteo dos Membros InferioresCalado de segurana:Protege os ps contra impactos de objetos que caem ou que so projetados, impactoscontra objetos imveis e contra perfuraes. Por norma, somente de segurana ocalado que possui biqueira de ao para proteo dos dedos.Perneiras:Protegem a perna contra projees de aparas, fagulhas, limalhas... e, principalmente, demateriais quentes.Proteo Global Contra QuedasCinto de segurana:Cintures anti-quedas que protegem o homem nas atividades exercidas em locais comaltura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto de cinturo propriamente dito e detalabarte, extenso de corda (polietileno, nylon, ao, etc.) com que se fixa o cinturo estrutura firme.Instrumentao BsicaSENAI182.3 Riscos AmbientaisIntroduoOs ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condies, irocausar danos sade do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Osriscos ambientais exigem a observao de certos cuidados e a tomada de medidascorretivas nos ambientes se se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenasdo trabalho.A Portaria 3214 de Segurana e Medicina do Trabalho, do Ministrio do Trabalho nasua Norma Regulamentadora de n 09 contempla o Programa de Proteo aos RiscosAmbientais - PPRA - que tem como objetivo a antecipao, a identificao, a avaliao eo controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenas oudanos sade dos empregados.Segue-se uma srie de informaes bsicas relativas aos Riscos Ambientais, comenumerao dos principais fatores, das condies possveis de risco para a sade e dasmedidas gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.Classificao dos RiscosOs riscos ambientais esto divididos em trs grupos: riscos qumicos, riscos fsicos eriscos biolgicos.Riscos Qumicos: so representados por um grande nmero de substncias quepodem contaminar o ambiente de trabalho.Riscos Fsicos: so representados por fatores do ambiente de trabalho que podemcausar danos sade, sendo os principais o calor, o rudo ou barulho, as radiaes,o trabalho com presses anormais, a vibrao e a m iluminao.Riscos Biolgicos: so representados por uma variedade de microorganismos comos quais o empregado pode entrar em contato segundo o seu tipo de atividade e quepodem causar doenas.Nem todo produto ou agentes presentes no ambiente iro causar, obrigatoriamente, umdano sade. Para que isso ocorra preciso que haja uma inter-relao entre os fatoresexpostos a seguir:Tempo de exposio: quanto maior o tempo de exposio ou de contato, maioresso as possibilidades de se desenvolver um dano sade.Instrumentao BsicaSENAI19Concentrao do contaminante no ambiente:quanto maiores as concentraes,maiores as chances de aparecerem problemas.Toxicidade da substncia: algumas substncias so mais txicas que outras secomparadas em relao a uma mesma concentrao.Condio do agente contaminante (gs, lquido, neblina ou poeira). Isto tem relaocom a forma de entrada do txico no organismo, como ser visto adiante.Possibilidade das pessoas absorverem as substncias: algumas substncias s socapazes de entrar no organismo por inalao ou, ento, pela pele.Deve-se acentuar que importante conhecer cada caso em separado. Havendodvida quanto existncia ou no de perigo, o interessado deve procurar ummembro da CIPA ou do Servio Especializado ou, ainda, o seu gerente.Vias de Entrada dos Materiais Txicos no OrganismoTrs so as formas pelas quais os materiais txicos podem penetrar no organismohumano:Por inalaoQuando se est num ambiente contaminado pode-se absorver uma substncia nocivapor inalao, isto , pela respirao.Por contato com a pele (via cutnea)A pele pode absorver certas substncias se houver contato, mesmo que por poucosinstantes. Dessa forma o txico pode atingir o sangue e causar danos sade.Instrumentao BsicaSENAI20Por ingestoPode-se engolir, acidentalmente, substncias txicas ou nocivas. Isso acontece muitocom alimentos que esto contaminados com quantidades no visveis de substnciasnocivas. por essa razo que nunca se deve fazer as refeies no prprio posto detrabalho. Tambm no se deve ir para o refeitrio ou para casa sem antes efetuar umperfeito asseio pessoal: lavar as mos e o rosto com sabo e bastante gua.Riscos QumicosAs substncias qumicas podem estar na forma de gases, vapores, lquidos, fumos,poeiras e nvoas ou neblinas.Vapores: emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral,desengraxantes como o tetracloreto de carbono e o tricloroetileno.Gases: monxido de carbono e gases dos processos industriais, como o gssulfdrico.Instrumentao BsicaSENAI21Lquidos: corrosivos, como os cidos e a soda custica, ou irritantes, causandodoenas da pele. Muitos lquidos podem ser absorvidos pela pele, causando prejuzo sade.Nvoas ou neblinas: presentes nos banhos de galvanoplastia, fosfatizao e outrosprocessos, onde se formam nvoas ou neblinas de cidos.Fumos: presentes nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Fumos sopequenas partculas de metal ou de seus compostos. Provenientes do banho, ficamsuspensos no ar.Poeiras ou ps: p de serragem, poeira de rebarbas de peas fundidas, areia ougranalha de ao de jateamentos.Principais Efeitos no OrganismoDentre os efeitos dos riscos qumicos no organismo destacam-se, como principais, osseguintes:IrritaoIrritao dos olhos, nariz, garganta, pulmes e pele. Geralmente, as substncias quecausam irritao se encontram na forma de gs ou vapor mas podem, tambm, estar noestado lquido ou slido. Exemplos: vapores de cidos, amnia (amonaco) e certaspoeiras. A irritao da pele causada pelo contato direto com lquidos ou poeiras (ossolventes "thinners" e a poeira de cavina).AsfixiaOu seja, falta de oxignio no organismo. Pode ser causada pelo monxido de carbono(CO), gs carbnico (CO2), acetileno.AnestesiaIsto , ao sobre o sistema nervoso central causando estado de sonolncia ou tonturas.Geralmente, as substncias anestsicas esto no estado de gs ou de vapor (vaporesde ter etlico, acetona...).IntoxicaoPode ser causada tanto por inalao como por contato com a pele ou ingesto acidentaldo txico, que pode estar na forma slida, lquida ou gasosa (benzol, toluol,tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, p de chumbo...).Instrumentao BsicaSENAI22PneumoconioseIsto , alterao da capacidade respiratria devido a uma alterao no pulmo. Assubstncias que causam esse tipo de doena esto na forma de poeira (poeira de slicalivre cristalizada contida no p de mrmore, areia, carepa de fundio (areia), poeira deamianto ou asbesto, ps de algodo...).Riscos FsicosFatores no ambiente do trabalho cuja presena, tendendo aos limites de excesso oufalta, pode tornar-se responsvel por variadas alteraes na sade do empregado.CalorO calor ocorre, geralmente, em fundies, siderrgicas, indstrias de vidro e cermica,etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientesquentes, dentro de certos limites. Quando h exposio excessiva ao calor pode ocorreruma srie de problemas, como cibras, insolao, intermao ou, ainda, uma afeconos olhos chamada de catarata.Rudo ou barulhoOcorre na indstria em geral mas, principalmente, em tecelagens, estamparias, norebarbamento por marteletes nas fundies, etc. O rudo excessivo tem vrios efeitos noser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, entre outros.Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas so expostas a altosnveis de rudo por tempos longos, o dano audio, que leva a vrios graus desurdez.Radiao infravermelho o calor radiante cujos efeitos so, justamente, os mencionados acima em "calor". Ondeh corpos aquecidos h calor radiante, que emitido em todas as direes.Radiao ultravioleta um tipo de radiao que est presente principalmente na solda eltrica, na fuso demetais a temperatura muito alta, em lmpadas germicidas e em geradores de ozona.Seus efeitos so trmicos, causando queimaduras, eritemas (vermelhido) na pele e,tambm, inflamao nos olhos (conjuntivite). Os efeitos so retardados, aparecendo commaior fora 6 a 12 horas aps a exposio.Instrumentao BsicaSENAI23Radiaes ionizantesPodem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais. Exemplos:aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados) e radiografias industriais decontrole (gamagrafia). Os efeitos da exposio descontrolada a radiaes ionizantes, pormau controle dos processos so, em geral, srios: anemia, leucemia, certos tipos decncer e efeitos que s aparecem nas geraes seguintes (genticos).Trabalhos com presses anormaisSo trabalhos em que o homem submetido a presses atmosfricas diferentes daquelaem que vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rgido das operaes,principalmente na etapa de descompresso e volta presso normal. Ocorrncia: emtrabalhos submarinos, no trabalho em tubulaes e caixes pneumticos. Efeitos:problemas nas articulaes, desde dores at paralisia, alm de outros problemas maisgraves, que podem ser fatais.VibraesAs vibraes ocorrem, principalmente, em grandes mquinas pesadas como tratores,escavadeiras e mquinas de terraplanagem, as quais fazem vibrar o corpo inteiro, e nasferramentas manuais motorizadas, que fazem vibrar mos, braos e ombros. Osproblemas provenientes das vibraes aparecem, em geral, aps longo tempo deexposio (vrios anos). No caso de vibrao do corpo inteiro podem aparecer dores nacoluna, problemas nos rins, enjos (mal de mar); no caso de vibraes localizadas nasmos e braos podem aparecer problemas circulatrios (m circulao do sangue) eproblemas nas articulaes. O longo tempo de exposio e fatores como o frio tambmtm muita influncia no aparecimento desses problemas.M iluminaoA iluminao inadequada nos locais de trabalho pode levar, alm de ser causa de baixaeficincia e qualidade do servio, a uma maior probabilidade de ocorrncia de certostipos de acidentes e a uma reduo da capacidade visual, o que um efeito negativomuito importante em alguns tipos de trabalho que exigem ateno e boa viso.Riscos BiolgicosSo os microorganismos presentes no ambiente de trabalho, que podem trazer doenasde natureza moderada e, mesmo, grave.Eles se apresentam invisveis a olho nu, sendo visveis somente ao microscpio.Exemplos: bactrias, bacilos, vrus, fungos, parasitas e outros.Instrumentao BsicaSENAI24Todos esto sujeitos contaminao por esses agentes, seja em decorrncia deferimentos e machucaduras, seja pela presena de colegas doentes ou porcontaminao alimentar.Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras pode ocorrer, entre outras, a infeco porttano, que pode at matar o empregado.Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micrbios que causam hepatite,tuberculose, micose das unhas e da pele...Se o pessoal da copa e cozinha no tiver higiene e asseio pode ocorrer contaminaodas refeies, tendo como possvel conseqncia as diarrias.Para a preveno usam-se as seguintes medidas:vacinao;equipamento de proteo individual;rigorosa higiene pessoal das roupas e dos ambientes de trabalho;Instrumentao BsicaSENAI25controle mdico permanente.Principais Medidas de Controle dos Riscos AmbientaisAs principais medidas de controle dos riscos ambientais podem se referir ao ambiente ouao pessoal:Medidas relativas ao ambienteSubstituio do produto txicoO produto txico pode ser substitudo por outro produto menos txico ou inofensivo. Esta a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidades prximas s do original.Tambm se deve tomar cuidado para no se criar um risco maior, substituindo umproduto txico por outro menos txico mas altamente inflamvel. Exemplos desubstituies corretas: benzeno substitudo pelo tolueno; substituio de tintas base dechumbo por tintas base de zinco; jateamento com areia substitudo por jateamento dexido de alumnio, etc.Mudana do processo ou equipamentoCertas modificaes em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou,at, elimin-los. Exemplos: pintura a imerso ao invs de pintura a pistola (diminuindo-sea formao de vapores dos solventes), rebitagem substituda por solda (menor barulho).Enclausuramento ou confinamentoConsiste em isolar determinada operao do resto da rea diminuindo, assim, o nmerode pessoas expostas ao risco (cabine de jateamento de areia; enclausuramento de umamquina ruidosa).VentilaoPode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formao do contaminante,ou diluidora, que aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o arInstrumentao BsicaSENAI26contaminado (nos tanques de solventes, nas operaes com colas, nas operaesgeradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peas fundidas...).UmidificaoOnde h poeiras, o risco de exposio pode ser eliminado ou diminudo pela aplicaode gua ou neblina. Muitas operaes, feitas a mido, oferecem um risco bem menor sade (mistura de areias de fundio, varredura a mido).SegregaoSegregao quer dizer separao. Nesta medida de controle separa-se a operao, ouequipamento, do restante, seja no tempo seja no espao. Separar no tempo quer dizerfazer a operao fora do horrio normal do resto do pessoal; separar no espao significacolocar a operao distncia, longe dos demais. O nmero de pessoas expostas ficarbastante reduzido e aqueles que devem ficar junto operao iro receber proteoespecial.Boa manuteno e conservaoRigorosamente, estas medidas no podem ser consideradas formas especficas depreveno de riscos. Entretanto, so complementos de quaisquer outras medidas.Muitas vezes a m manuteno a causa principal dos problemas ambientais. Osprogramas e cronogramas de manuteno devem ser seguidos risca, dentro dosprazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos. A manuteno e conservaoprevinem o rudo excessivo em estruturas e mancais, vazamentos de produtos txicos esuperaquecimento.Ordem e limpezaBoas condies de ordem, limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nos sistemasde proteo ambiental. O p depositado em bancadas, rodaps e pisos poderapidamente ser redispersado no ar da sala por correntes de ar, movimento de pessoasou funcionamento de equipamentos. O asseio sempre importante e onde h materiaistxicos importantssimo, primordial. A limpeza imediata de qualquer derramamento deInstrumentao BsicaSENAI27produtos txicos importante medida de controle. Para a limpeza de poeira deve sepreferir a aspirao a vcuo; nunca o p deve ser soprado com bicos de ar comprimido. impossvel manter um bom programa de preveno de riscos ambientais sem umapreocupao constante com os aspectos de ordem e limpeza.Medidas relativas ao pessoalEquipamento de Proteo IndividualO equipamento de proteo individual deve ser sempre considerado como uma segundalinha de defesa, aps serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nassituaes onde no so eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, acritrio tcnico, o EPI a forma de proteo, aliada limitao da exposio.O uso correto do EPI por parte do empregado e o conhecimento das suas limitaes evantagens so aspectos que todo empregado deve conhecer atravs de treinamentoespecfico, coordenado pelo pessoal especializado em Segurana e Medicina doTrabalho.Especial cuidado deve ser tomado na conservao da eficincia do EPI, sob pena de omesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiana numaproteo inexistente.Limitao de exposioA reduo dos perodos de trabalho torna-se importante medida de controle onde equando todas as outras forem impraticveis por motivos tcnicos, fsicos ou econmicos,no se conseguindo reduzir ou eliminar o risco.Assim, a limitao da exposio, dentro de critrios bem definidos tecnicamente, podetornar-se uma soluo eficiente em muitos casos (controle do tempo de exposio aocalor, s presses anormais, s radiaes ionizantes...)Instrumentao BsicaSENAI28Controle MdicoExames mdicos pr-admissionais e peridicos so medidas fundamentais de carterpermanente, constituindo-se numa das atividades principais dos servios mdicos daempresa. Uma boa seleo na admisso pode evitar a contratao de pessoas que tmmaior sensibilidade e que poderiam adquirir doenas relacionadas a certas atividades.Os exames mdicos peridicos possibilitam, alm de um controle de sade geral, adescoberta de uma doena profissional num estgio ainda inicial e com poucaprobabilidade de danos.2.4. Sinalizaes na Segurana IndustrialIntroduoSendo a viso a capacidade sensitiva mais usada pelo homem (aproximadamente 87%das sensaes recebidas passam pelo rgo da viso), e como em muitos casos hnecessidade de uma rpida distino entre o perigoso e o seguro, ou da localizao decertos equipamentos com segurana e rapidez, resolveu-se padronizar o uso das cores.Com o uso de cores padronizadas pode-se, em caso de incndio, localizar osequipamentos de combate ao fogo com rapidez, distinguir os dispositivos de parada deemergncia, de mquinas ou notar suas partes perigosas.O uso de tubulaes pintadas em cores padronizadas permite distinguir cada elementotransportado em uma tubulao entre diversas tubulaes existentes dentro de umaempresa.Cores e Sinalizao na Segurana do TrabalhoTem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho parapreveno de acidentes, identificando os equipamentos de segurana, delimitandoreas, identificando as canalizaes empregadas nas empresas para a conduo delquidos e gases e advertindo contra riscos. No entanto, a utilizao de cores nodispensa o emprego de outras formas de preveno de acidentes.O uso de cores dever ser o mais reduzido possvel, a fim de no ocasionar distrao,confuso e fadiga ao trabalhador.As cores aqui adotadas sero as seguintes: vermelho, amarelo, branco, preto, azul,verde, laranja, prpura, lils, cinza, alumnio e marrom.A indicao em cor, sempre que necessria, especialmente quando em rea de trnsitopara pessoas estranhas ao trabalho, ser acompanhada dos sinais convencionais ou daidentificao por palavras.Instrumentao BsicaSENAI29VermelhoO vermelho dever ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos deproteo e combate a incndio.No dever ser usada na indstria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidadeem comparao com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). empregado para identificar:Caixa de alarme de incndio;Hidrantes;Bombas de incndio;Sirene de alarme de incndio;Extintores e sua localizao;Indicaes de extintores (visvel distncia, dentro da rea de uso doextintor);Localizao de mangueiras de incndio (a cor deve ser usada no carretel,suporte, moldura da caixa ou nicho);Tubulaes, vlvulas e hastes do sistema de asperso de gua;Transporte com equipamentos de combate a incndio;Portas de sada de emergncia;Rede de gua para incndio (SPRINKLERS);Mangueira de acetileno (solda oxiacetilnica).A cor vermelha ser usada excepcionalmente com sentido de advertncia de perigo:Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construes equaisquer outras obstrues temporrias;Em botes interruptores de circuitos eltricos para paradas de emergncia.AmareloEm canalizaes deve-se utilizar o amarelo para identificar gases no liqefeitos.O amarelo dever ser empregado para indicar "Cuidado!",assinalando:Partes baixas de escadas portteis;Corrimes, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentemrisco;Espelhos de degraus de escadas;Bordas desguarnecidas de aberturas no solo (poo, entradas subterrneas, etc.)e de plataformas que no possam ter corrimes;Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de carregamento;Instrumentao BsicaSENAI30Meios-fios onde haja necessidade de chamar ateno;Paredes de fundo de corredores sem sada;Vigas colocadas em baixa altura;Cabines, caambas, guindastes, escavadeiras, etc;Equipamentos de transporte e manipulao de material tais como empilhadeiras,tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc;Fundo de letreiros e avisos de advertncia;Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estrutura e equipamentosem que se possa esbarrar;Cavaletes, porteiras e lanas de cancelas;Bandeiras como sinal de advertncia (combinado com o preto);Comandos e equipamentos suspensos que ofeream risco;Pra-choques para veculos de transporte pesados, com listras pretas.Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos sero usados sobre o amareloquando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalizao.BrancoO branco ser empregado em:Passarelas e corredores de circulao, por meio de faixas (localizao e largura);Direo e circulao, por meio de sinais;Localizao e coletores de resduos;Localizao de bebedouros;reas em torno dos equipamentos de socorro de urgncia, de combate a incndioou outros equipamentos de emergncia;reas destinadas armazenagem;Zonas de segurana.PretoO preto ser empregado para indicar as canalizaes de inflamveis e combustveis dealta viscosidade (ex.: leo lubrificante, asfalto, leo combustvel, alcatro, piche, etc.).Poder ser usado em substituio ao branco, ou combinado a este quando condiesespeciais o exigirem.Instrumentao BsicaSENAI31AzulO azul ser utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisoscontra uso e movimentao de equipamentos, que devero permanecer fora de servio.Ser empregado em:Barreiras e bandeirolas de advertncia a serem localizadas nos pontos decomando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos.Canalizaes de ar comprimido;Preveno contra movimento acidental de qualquer equipamento emmanuteno;Avisos colocados no ponto de arranque ou em fontes de potncia.VerdeO verde a cor que caracteriza "segurana".Dever ser empregado para identificar:Canalizaes de gua;Caixas de equipamentos de socorro de urgncia;Caixas contendo mscaras contra gases;Chuveiros de segurana;Macas;Fontes lavadoras de olhos;Quadros para exposio de cartazes, boletins, avisos de segurana, etc;Porta de entrada de salas de curativos de urgncia;Localizao de EPI; caixas contendo EPI;Emblemas de segurana;Dispositivos de segurana;Mangueiras de oxignio (solda oxiacetilnica).LaranjaO laranja dever ser empregado para identificar:Canalizaes contendo cidos;Partes mveis de mquinas e equipamentos;Partes internas das guardas de mquinas que possam ser removidas ou abertas;Faces internas de caixas protetoras de dispositivos eltricos;Faces externas de polias e engrenagens;Botes de partida e parada de emergncia;Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas;Instrumentao BsicaSENAI32PrpuraO prpura dever ser usado para indicar os perigos provenientes das radiaeseletromagnticas penetrantes e de partculas nucleares.Dever ser empregado em:Portas e aberturas que do acesso a locais onde se manipulam ou armazenammateriais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentoscontaminados;Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiaeseletromagnticas penetrantes e de partculas nucleares.LilsO lils dever ser usado para indicar canalizaes que contenham lcalis. As refinariasde petrleo podero utilizar o lils para a identificao de lubrificantes.Cinza ClaroO cinza claro dever ser usado para identificar canalizaes a vcuo.Cinza EscuroO cinza escuro dever ser usado para identificar eletrodutos.AlumnioO alumnio ser utilizado em canalizaes contendo gases liquefeitos, inflamveis ecombustveis de baixa viscosidade (ex.: leo diesel, gasolina, querosene, leolubrificante, etc.).MarromO marrom pode ser adotado, a critrio da empresa, para identificar qualquer fluido noidentificvel pelas demais cores.Cores em MquinasO corpo das mquinas dever ser pintado em branco, preto ou verde.Cores em CanalizaesAs canalizaes industriais para conduo de lquidos e gases devero receber aaplicao de cores, em toda sua extenso, a fim de facilitar a identificao do produto eevitar acidentes.Instrumentao BsicaSENAI33Obrigatoriamente, a canalizao de gua potvel dever ser diferenciada das demais.Quando houver a necessidade de uma identificao mais detalhada (concentrao,temperatura, presses, pureza, etc.), a diferenciao far-se- atravs de faixas de coresdiferentes, aplicadas sobre a cor bsica.A identificao por meio de faixas dever ser feita de modo que possibilite facilmente avisualizao em qualquer parte da canalizao.Todos os acessrios das tubulaes sero pintados nas cores bsicas, de acordo com anatureza do produto a ser transportado.O sentido do transporte de fluido, quando necessrio, ser indicado por meio de setapintada em cor de contraste sobre a cor bsica da tubulao.Sinalizao para Armazenamento de Substncia PerigosasO armazenamento de substncias perigosas dever seguir padres internacionais.Para fins do disposto no item anterior considera-se substncia perigosa todo o materialque seja, isoladamente ou no, corrosivo, txico, radioativo e oxidante e que durante oseu manejo, armazenamento, processamento, embalagem e transporte possa produzirefeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos e ambiente de trabalho.Smbolos para Identificao dos Recipientes na Movimentao de MateriaisNa movimentao de materiais no transporte terrestre, martimo, areo e intermodal,devero ser seguidas as normas tcnicas sobre simbologia vigentes no pas.Rotulagem PreventivaA rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos sade dever ser feita segundo asnormas constantes deste item.Todas as instrues dos rtulos devero ser breves, precisas, redigidas em termossimples e de fcil compreenso.A linguagem dever ser prtica, no se baseando somente nas propriedades inerentesao produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do seu uso, manipulaoe armazenagem.Onde possam ocorrer misturas de duas ou mais substncias qumicas, compropriedades que variem em tipo ou em grau das dos componentes consideradosisoladamente, o rtulo dever destacar as propriedades perigosas do produto final.Do rtulo devero constar os seguintes tpicos:Nome Tcnico do Produto;Palavra de Advertncia, designando o grau de risco;Indicaes de Risco;Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;Instrumentao BsicaSENAI34Primeiros Socorros;Informaes Para Mdicos, em casos de acidentes;Instrues Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou Vazamento, quando for o caso.No cumprimento do disposto no item anterior dever-se- adotar o seguinte procedimento:Nome Tcnico CompletoO rtulo deve especificar a natureza do produto qumico. Exemplo: "cido Corrosivo","Composto de Chumbo" etc. Em qualquer situao a identificao dever ser adequadapara permitir a escolha do tratamento mdico correto, no caso de acidente.Palavra de AdvertnciaAs palavras de advertncia que devem ser usadas so:"PERIGO" - para indicar substncias que apresentam alto risco."ATENO" - para substncias que apresentam risco leve.Indicao de RiscoAs indicaes devero informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de usohabitual ou razoavelmente previsvel do produto. Exemplos: "Extremamente Inflamveis","Nocivo se Absorvido Atravs da Pele", etc.Medidas PreventivasTm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar leses oudanos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor,Fascas e Chamas Abertas" e "Evite Inalar a Poeira".Primeiros SocorrosMedidas especficas que podem ser tomadas antes da chegada do mdico.2.5 Riscos de EletricidadeIntroduoA eletricidade de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalho nasindstrias e acionando mquinas e equipamentos. Proporciona, tambm, conforto e bem-estar em casa, acendendo lmpadas e fazendo funcionar rdios, televisores, geladeiras,aquecedores etc.Instrumentao BsicaSENAI35 uma forma de energia (energia eltrica) transportada atravs de condutores (fioseltricos), sendo muito conhecidas trs das suas unidades, que so: volts (V), ampres(A) e watts (W).A tenso, medida em V (volts), o potencial eltrico. Pode-se fazer analogia com apresso d'gua numa tubulao e ter vrias voltagens como, por exemplo, numa fbrica,onde existe tenso de 110 V para as lmpadas, de 220 V para acionar pequenosaparelhos, de 440 V para acionar motores e equipamentos e, mesmo, tenses maiores.A corrente eltrica (I), medida em ampres (A), em analogia com a rede de gua, avazo. A corrente depende da solicitao do aparelho eltrico, assim como a vazo datorneira depende de quanto se abre a vlvula.A multiplicao da tenso pela corrente eltrica d a potncia (P), que medida emwatts (W) ou c.v. (cavalo-vapor).Em eletricidade h outro fator importante: a resistncia eltrica (R), medida em Ohm (),que, grosso modo, pode ser comparada com a perda de carga de uma tubulao ou deum escoamento de fluido.Mas, enquanto uma rede d'gua no apresenta perigo ao se tocar em sua tubulao, aenergia eltrica, que tanto benefcio traz, pode matar pelo choque eltrico.O que EletricidadePara uma maior compreenso dos acidentes e riscos causados pela eletricidade preciso explicar alguns conceitos e algumas caractersticas da eletricidade.Lei de OHMA Lei de Ohm estabelece que a corrente eltrica que atravessa um condutor est emproporo direta diferena de potencial e em proporo inversa resistncia docondutor.Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R.Segundoessalei,paraumadadatenso,quegeralmentefixa(110,220,440volts),quanto maior for a resistncia eltrica menor ser a corrente.Instrumentao BsicaSENAI36Exemplo:V = 110 volts Para R = 10I = 110/10 = 11 AmpresV = 110 volts Para R = 20I = 110/20 = 5,5 AmpresPara acontecer qualquer acidente com uma pessoa necessrio que passe pelo seucorpo uma determinada corrente. Conforme o lugar por onde passa e o tempo de contatodessa corrente ter-se- a gravidade e o tipo de efeito do acidente.Como se viu anteriormente, a corrente depende da tenso e da resistncia eltrica, e apassagem da corrente eltrica pelo corpo humano depende da resistncia eltrica domesmo.A resistncia eltrica do corpo humano depende de diversos fatores, como a variao datenso aplicada, o tipo de pele, os meios internos como vasos sangneos e sistemanervoso, o tipo de contato e a condio da pele.Existem dois tipos principais de resistncia do corpo humano, sendo a cutnea (da pele)a que oferece maiores variaes de valor. Dependendo da espessura da pele no local eda umidade, varia de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingirvalores maiores. A outraresistncia, a dos meios internos, varia menos, de 500 a 1.000 Ohms, aproximadamente.Portanto, a resistncia eltrica do corpo humano varia de 1.500 a 100.000 Ohms, emmdia.Efeitos da Corrente EltricaConsiderando que uma corrente de 25 miliampres pode causar acidentes fatais, econsiderando-se uma resistncia de 1.500 Ohms para o corpo humano, tem-se:V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5VPortanto, uma tenso de 37,5 volts j poder causar acidentes fatais em casos especiaisde contato.Instrumentao BsicaSENAI37Otempodecontatocomacorrentemuitoimportantenagravidadedosacidentesporque,comofoivistonatabelaanterior,determinadasintensidadesdecorrenteproduzem contraes musculares que levam asfixia e fibrilao ventricular o que, portempo prolongado, causa acidente fatal ou, ento, dificulta a recuperao. Estima-se emmenosde2minutosotempodechoqueemqueascontraesmusculareslevamasfixia.O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influncia para as conseqncias dochoque eltrico, pois mais difcil reanimar uma pessoa com fibrilao ventricular, queexige um processo de massagem cardaca difcil de se executar, do que uma pessoaque, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser reanimada com o processo derespirao artificial.Abaixo, um tipo de contato eltrico onde h passagem de corrente eltrica pelo corpo e aporcentagem de corrente que passa pelo corao:Instrumentao BsicaSENAI38As principais conseqncias devidas a choques eltricos podem ser divididas em doistipos:Choques que no causam leses orgnicasPequenos choques de simples descargas eltricas de baixa intensidade, numintervalo de tempo pequeno, que no causam danos e a vtima sente apenas umformigamento no local de contato;Choques um pouco mais fortes, por pouco tempo, quando a pessoa atingida sofreuma violenta contrao muscular;Choques em que a vtima, alm da violenta contrao muscular, sofre um estado decomoo que se dissipa rapidamente;Choques que, causando a contrao dos msculos das regies prximas docontato, levam a leses profundas, como queimadura no local e outros acidentes,como, por exemplo, quedas.Choques que causam leses orgnicasA vtima deste tipo de choque eltrico fica em estado de morte aparente devido a um oumais fatores que so explicados abaixo:Inibio do centro respiratrio. o caso em que, devido ao choque eltrico, osmsculos respiratrios se contraem violentamente e perdem a sua capacidademuscular, podendo levar parada respiratria;Fibrilao do corao. o caso em que, aps a passagem de uma corrente eltricapelos msculos do corao, estes entram num estado de batimento insatisfatrio,fazendo que o corao no execute a sua funo de bombear sangue.Instrumentao BsicaSENAI39Riscos EltricosComo j foi visto, at uma tenso de 37,5 volts poder causar um acidente fatal emdeterminadas condies. Como a maioria das instalaes eltricas possui voltagem de110 V ou mais, sempre existiro perigos potenciais de acidentes eltricos.Os principais tipos de risco eltrico so:Fios e partes metlicas sob tenso, desprotegidos, que podero ser tocadosacidentalmente ou sem conhecimento de que estejam energizados.Mquinas, equipamentos e ferramentas com carcaas energizadas devido falha doisolamento interno da sua fiao, que podero causar choques eltricos quando noaterrados eletricamente se a mo do operador estiver mida ou se ele estiver sobrepiso mido sem calados apropriados.Estes tipos de contato podero causar o surgimento de uma diferena de potencial entrea pessoa e a terra e, com isso, a passagem de corrente eltrica atravs do seu corpo.Alm desses acidentes, o choque eltrico poder desencadear outros efeitos maisgraves como nos casos em que a vtima, aps o contato com partes energizadas deinstalaes em lugares altos, passarelas ou andaimes, sofra uma queda se no estiverdevidamente segura no local.Existe tambm o risco de se provocar incndio devido a um condutor subdimensionadoou com uma sobrecarga. Isso ocorre se a corrente que passa no condutor for maior quea corrente que ele pode suportar, a ponto de seu isolamento entrar emdeteriorao, com conseqente curto-circuito.Outro risco diz respeito a ligaes de fios com contatos mal feitos, que criaro uma maiorresistncia eltrica, o que poder aquecer o local da ligao.Ainda convm observar que desligar chave tipo faca com aparelhos ligados poder fazercom que haja a formao do arco voltaico (formao de fasca), o que poder serperigoso, principalmente em ambiente onde se armazenam inflamveis.Cuidados nas Instalaes EltricasAlgumas providncias so essenciais. Deve-se, assim:Tomar alguns cuidados com as instalaes eltricas como, por exemplo, no deixarexpostos fios, partes metlicas ou objetos que possam ser tocados por pessoas. Emcasos de emergncia, colocar placas de advertncia de forma bem visvel e com onome do responsvel;No deixar expostos chaves tipo faca nem quadro de comando de fora energizados,oferecendo riscos de contato acidental;Instrumentao BsicaSENAI40Proteger os equipamentos eltricos de alta tenso atravs de guardas fixas, comocercas, ou instal-los em locais que no oferecam perigo;Usar fiao correta para as ligaes, dimensionando a bitola da mesma de acordocom a carga (corrente) que ir conduzir usando, para isso, de preferncia, as tabelasda NB-3 da ABNT;Proteger as instalaes eltricas usando fusveis e disjuntores para que, em caso desobrecarga, o circuito seja desligado queimando o fusvel, desligando o disjuntor ouprovocando o corte do fornecimento de energia, no danificando, com isso, ainstalao eltrica e o equipamento;Ao ligar um aparelho a uma tomada eltrica ou ao fazer a ligao de um aparelho auma rede eltrica verificar se a tenso da linha de fornecimento corresponde doaparelho e se, ligando-o, no se ir sobrecarregar a linha, provocando queima dofusvel, queda de disjuntores ou danos fiao eltrica;No ligar simultaneamente mais de um aparelho mesma tomada de corrente;Usar ferramentas manuais com isolamento eltrico;Certificar-se se o circuito eltrico est energizado ou no atravs do detector detenso;Identificar o nvel de tenso das instalaes eltricas e colocar placas de advertncia.Medidas Preventivas em Instalaes EltricasAs medidas a seguir tm importncia capital na preveno de acidentes.Somente usar material, aparelhos e equipamentos de qualidade comprovada;Permitir instalaes e manutenes somente por profissionais qualificados eobedecendo s normas tcnicas vigentes no pas;Manter as instalaes e os aparelhos em timo estado de conservao emanuteno;Tomar cuidado em qualquer servio de instalao eltrica, mesmo de baixa tenso;Usar somente fios com capacidade adequada para o equipamento a ser utilizado,devidamente protegidos contra toque acidental e preferivelmente isolados eprotegidos mecanicamente, fazendo-se a instalao area ou por eletroduto(condute) rgido ou flexvel;Aterrar eletricamente as carcaas e as protees metlicas dos equipamentos.Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tenso, colocando-os dentro decaixas especiais ou cercando-os com barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada).Instrumentao BsicaSENAI41Nos acidentes de origem eltrica o nmero de casos fatais poder serconsideravelmente diminudo se medidas de socorro forem postas imediatamente emprtica, j que o tempo de exposio corrente um fator muito importante noagravamento deste tipo de acidente.O ideal que todos conheam os mtodos de primeiros socorros para acidentescausados por eletricidade ou que, pelo menos, eles sejam conhecidos pelo pessoal quetrabalha nessa rea ou em lugares onde o risco de choques eltricos alto.Na reanimao de um acidentado devem-se observar alguns cuidados como, porexemplo:antes de tocar no corpo da vtima, procurar livr-la do circuito eltrico com seguranae rapidez;no usar as mos nuas ou qualquer objeto metlico para cortar o circuito ou afastarfios; usar luvas ou bastes isolantes;verificar se o desligamento da corrente no causar queda da vtima e, se istoocorrer, procurar um meio de ampar-la.Passos a seguir na reanimao:a) desligar imediatamente o circuito;b) mover o menos possvel a vtima;c) examinar as narinas, abrir a boca, desenrolar a lngua e retirar objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) do acidentado, se for o caso;d) se for o caso de respirao artificial, seguir as instrues do Captulo de Primeiros Socorros;e) afrouxar o colarinho e peas de roupa que impeam a livre circulao;f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardaca.Aterramento EltricoO aterramento eltrico uma maneira, entre vrias, de eliminar os riscos de:Choque eltrico proveniente de defeitos de equipamentos eltricos;Incndios ou exploses resultantes da manipulao de produtos inflamveis e/ouexplosivos.Alm das duas finalidades mencionadas, o aterramento eltrico comumente utilizadocom o propsito de oferecer segurana aos equipamentos e s instalaes eltricas. ocaso de dispositivos como o pra-raios, que visam a proteger as linhas areas quantoInstrumentao BsicaSENAI42aos perigos decorrentes de sobretenses ou, ento, de dispositivos que visam a evitar ainterferncia que surge em equipamentos eletrnicos devido falta do aterramentoeltrico.Em ambos os casos, os cuidados a serem observados nas instalaes no so tofundamentais quanto aqueles dirigidos proteo de pessoas expostas a riscos dechoque eltrico, incndios ou exploses.A obrigatoriedade do uso do aterramento eltrico como medida de controle dos riscosprovenientes do uso da eletricidade dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 doMinistrio do Trabalho, atravs da Norma Regulamentadora n 10, "Instalaes eServios em Eletricidade".Instrumentao BsicaSENAI433. Gesto Ambiental3.1 Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente (ECO - 92)Em 1972 realizou-se em Estocolmo, Sucia, a primeira Conferncia das Naes Unidassobre Meio Ambiente Humano, que adotou, como documento conclusivo, umaDeclarao de Princpios composta por 27 itens.Tais princpios podem ser resumidos em oito direitos bsicos sobre qualidade de vida,vlidos para o mundo todo:Direito alimentao adequadaDireito a consumir gua puraDireito a respirar ar limpoDireito a moradia decente, sem amontoados e promiscuidadeDireito a desfrutar as belezas naturaisDireito ao silncio e paz ambientalDireito a salvar-se da intoxicao por pesticidasDireito a livrar-se das guerras de extermnioA segunda Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,tambm chamada Cpula da Terra, reuniu mais de 172 pases no Rio de Janeiro, entre 3e 14 de junho de 1992, tendo como objetivos:examinar a situao ambiental mundial desde 1972 e suas relaes com o estilo dedesenvolvimento vigente;estabelecer mecanismos de transferncia de tecnologias no-poluentes aos pasessubdesenvolvidos;examinar estratgias nacionais e internacionais para incorporao de critriosambientais ao processo de desenvolvimento;estabelecer um sistema de cooperao internacional para prever ameaas ambientaise prestar socorro em casos emergenciais;reavaliar o sistema de organismo da ONU, eventualmente criando novas instituiespara implementar as decises da conferncia.Nessa reunio internacional foram muito importantes o debate e a negociao entre opoder pblico, representado pelas delegaes oficias e as chamadas Organizaes No-Governamentais (ONGs), compostas por membros dos mais variados setores dasociedade civil.As decises da Conferncia geraram cinco documentos bsicos, a saber:Instrumentao BsicaSENAI44Declarao do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - documento genrico,com 27 princpios, visando a estabelecer um novo estilo de vida do homem na Terra paraatingir o desenvolvimento sustentvel.Agenda 21 - constituiu-se de detalhado plano de ao, que no tem fora de lei masque deveria ser implementado pelos governantes dos pases presentes Confernciacom o fim de contornar os problemas ambientais do sculo XXI. A Agenda 21, comocompromisso assumido internacionalmente, previa:alocar ajuda internacional para programas com altos retornos em termos dediminuio da pobreza, melhoria da sade e do meio ambiente, fazendo obrasde saneamento, abastecimento de gua, controle da poluio do ar em recintosfechados e atendimento de necessidades bsicas;investir em pesquisa e extenso para reduzir a eroso e a degradao dossolos e promover a adoo de prticas agrcolas sustentveis;alocar mais recursos ao planejamento familiar e educao primria esecundria, sobretudo de meninas;apoiar os governos na tentativa de acabar com distores e desequilbriosmacroeconmicos que prejudiquem o meio ambiente;liberar financiamento para proteger a biodiversidade e os habitats naturais;investir na pesquisa e no desenvolvimento de fontes de energiaque no sejam base de carbono para evitar a ameaa da mudana climtica;resistir s presses protecionistas e garantir que os mercados internacionais debens e servios, inclusive financiamento e tecnologia, permaneam abertos.Princpios para a Administrao Sustentvel das Florestas - foi um documento cujanegociao gerou atritos entre os pases presentes. Era ainda uma Declarao dePrincpios, no tendo sido assinado, na poca, pelos Estados Unidos. A Declaraoento consensada previa o direito de explorao das florestas pelos pases que asdetm, desde que feita de forma sustentvel.Conveno da Biodiversidade - assinada por 153 pases, tratava da conservao dasespcies animais e vegetais atravs da posterior criao de regulamentaes nacionaispara nortear o acesso biodiversidade.Conveno sobre Mudana do Clima - ratificada por 120 pases, referia-se estabilizao e posterior diminuio da emisso de gases causadores do efeito estufa.Cinco anos mais tarde, em maro de 1997, realizou-se o FRUM RIO + 5 (por iniciativado Conselho da Terra, uma ONG internacional criada aps 1992 em San Jos (CostaRica), para fazer um balano da situao ambiental e promover novas alianas a fim deimplementar os compromissos estabelecidos na Cpula da Terra.Analisando a Agenda 21, os participantes do FRUM RIO + 5 consideraram que omundo no tinha, at aquele momento, conseguido atingir uma economiaambientalmente sustentvel e socialmente eqitativa.Instrumentao BsicaSENAI45Na Rio-92 os pases ricos assumiram o compromisso de destinar 0,7% do seu PIB snaes em desenvolvimento para promover o desenvolvimento sustentvel.Dados da prpria ONU revelaram que os recursos destinados pelos pasesdesenvolvidos para projetos de sustentabilidade, que em 1992 eram de 0,33% do PIB,caram para 0,27% em 1997. Paralelamente, vem aumentando a degradao do solo, aperda de reas florestais, a poluio da gua e do ar e a contaminao urbana.A atividade econmica tem se expandido, verdade, mas esta no tem conseguidoaumentar a satisfao das necessidades bsicas entre as populaes mais pobres quesomam, hoje, bilhes de seres humanos. Dominam, ainda, as foras sociais eeconmicas que impulsionam o desenvolvimento no sustentvel.Segundo Maurice Strong, canadense, secretrio geral da ECO-92 e atual presidente daONG Conselho da Terra, o pouco que foi feito com relao ao ambiente pode serconsiderado muito, se pensarmos que no precisaremos comear do zero, daqui para afrente. Muitas das sementes lanadas no Rio j deram frutos. Como exemplo, pode sercitado que governos de 103 pases estabeleceram instituies nacionais responsveispela insero dos conceitos de desenvolvimento sustentvel na legislao e nas polticasdomsticas. H, aproximadamente, 1600 cidades e povoados do mundo inteiro queelaboraram programas locais da Agenda 21.Outros fatos positivos so que a populao, hoje, est crescendo em ndices maismoderados do que antes e a produo de alimentos est aumentado, principalmentedevido ao uso da biotecnologia. preciso reconhecer que cinco anos um perodo muito pequeno para que severifiquem mudanas to profundas nos padres de comportamento, consumo, uso danatureza e modelo de desenvolvimento scio-econmico, como as que seriamdesejveis e necessrias para atingir o desenvolvimento sustentado.Carta da TerraA Cpula da Terra, em 1992, retomando os princpios da Conferncia de 1972, comeoua discutir uma Carta de Direitos Ambientais, propondo cooperao mundial pararestabelecer, proteger e conservar a sade do Planeta Terra.Com a elaborao desse importante documento pretendeu-se criar os Mandamentos daTerra, conjunto de princpios ticos e recomendaes prticas para pases,comunidades, organizaes e indivduos rumo ao desenvolvimento sustentvel.Os princpios tm como base a idia de que a humanidade parte de um processoevolutivo que inclui todo o Universo e, portanto, est inserida num grande conjunto deelementos interdependentes e diversificados. Assim, cada ser humano responsvel,diante das futuras geraes, pela utilizao de sua casa, a Terra. exatamente essautilizao (correta ou inadequada), que vai permitir a manuteno ou destruio doequilbrio vital do planeta num futuro prximo.Instrumentao BsicaSENAI46A Carta da Terra entrou em vigor em 2002, data escolhida pela ONU por comemorar otrigsimo aniversrio da Conferncia de Estocolmo, o dcimo da Rio-92 e o quinto doFRUM RIO + 5. O documento est transcrito na ntegra a seguir:Ns somos a Terra, gente, planta e animais; somos chuva e oceanos.Honramos a Terra, que o lugar de todos os seres vivos.Apreciamos a beleza da Terra e sua diversidade de vida.Agradecemos a capacidade da Terra em renovar-se e ser base para todas asformas de vida.Reconhecemos o lugar especial da Terra em que h povos indgenas, seusterritrios, seus costumes e as relaes nicas que mantm com a Terra.Estamos constrangidos pelo sofrimento humano, pela pobreza e pelos danosprovocados a ela em decorrncia da desigualdade do poder.Aceitamos a responsabilidade compartilhada para proteger e restaurar a Terra,para promover o uso racional e equilibrado dos recursos eesperar um equilbrioecolgico, assim como novos valores sociais, econmicos e espirituais.Em toda a nossa diversidade, somos nicos.Nosso lugar comum est crescentemente ameaado.Portanto, comprometemo-nos com os seguintes princpios, ressaltando em todo omomento as necessidades particulares das mulheres, dos grupos indgenas, doSUL, dos incapacitados e de todos aqueles que se encontram em desvantagem:1. Respeitar a Terra e todas as manifestaes de vida, independentemente de seuvalor utilitrio para a humanidade.2. Proteger e restaurar a sade, integridade e beleza dos ecossistemas terrestres,incluindo a atmosfera, oceanos, fontes de gua doce, solos, bosques, montanhase diversidade de espcies.3. Estabelecer a justia e defender os direitos humanos de todas as pessoas,independentemente de sua raa, sexo, idade, religio ou classe social.4. Viver de maneira sustentvel e trabalhar em conjunto para conseguircomunidades sustentveis. Integrar a conservao ambiental s atividades dodesenvolvimento em todos os nveis.5. Promover o desenvolvimento sustentvel reduzindo a pobreza e fortalecendoas comunidades locais.6. Compartilhar eqitativamente os custos e benefcios do uso dosrecursosnaturais e a proteo ambiental entre naes, entre ricos e pobres, mulheres ehomens e a gerao presente e futura.7. Estabilizar os nveis de crescimento populacional usando mtodos voluntrios epraticar a moderao no consumo.Instrumentao BsicaSENAI478. Criar oportunidades para que todos os indivduos e grupos participemnatomada de decises que os afetem e estabelecer a transparncia e a prestaode contas no exerccio do poder.9. Praticar a paz. A guerra , por definio, destruidora do desenvolvimentosustentvel, da sade ecolgica e das conquistas das mais altas aspiraes dahumanidade.10. Pensar e atuar com sentido de responsabilidade universal. Cada pessoa,instituio e governo tem uma responsabilidade comum na promoo do bem-estar planetrio.11. Aumentar e compartilhar o conhecimento cientfico sobre a Biosferaterrestree desenvolver, adotar e transferir tecnologias ambientais saudveis.12. Proporcionar de forma universal a educao para a paz, a justia, asustentabilidade e o cuidado da Terra.13. Estabelecer preos de mercado e indicadores econmicos que reflitam oscustos completos do aspecto ambiental e social da atividade humana.14. Tratar todas as criaturas decentemente e proteg-las da crueldade, sofrimentoe matana desnecessrias.15. No causar prejuzo real ou potencial ao ambiente de outras pessoas.16. Salvaguardar e restaurar as reas naturais e culturais de clara importnciaesttica, social, cientfica e espiritual.17. Evitar danos ambientais severos ou prolongados por causa de atividadesmilitares. Os estados devem buscar um acordo para a eliminao de todas asarmas nucleares, qumicas e biolgicas.18. Prevenir o dano ao ambiente espacial, incluindo a Lua e outros corposcelestes. O espao deve ser explorado e usado com fins pacficos e benficospara todos os povos.Carta de So Paulo sobre Produo mais Limpa e Preveno da Poluio.Os representantes dos pases e instituies, reunidos na Conferncia das Amricassobre Produo mais Limpa realizada em So Paulo de 17 a 19 de agosto de 1998,entendendo o papel crucial desempenhado pela produo mais limpa e pela prevenoda poluio na busca do desenvolvimento sustentvel no continente decidiram lanar aMesa Redonda das Amricas para Produo mais Limpa e publicar esta Carta deSo Paulo.A Conferncia designou um Comit Diretivo Interino para organizar e orientar o processode estabelecimento da Mesa Redonda. O Comit foi formado por representantes dosgovernos, indstrias, centros nacionais de produo mais limpa e ONGs.A Carta de So Paulo contm as recomendaes mais importantes para aimplementao da produo mais limpa/preveno da poluio nas Amricas e est deInstrumentao BsicaSENAI48acordo com as diretrizes do documento Parcerias para Preveno Poluio adotadopelos Chefes de Estado durante a Cpula das Amricas (Miami, 1994) e reforada pelaCpula das Amricas para o Desenvolvimento Sustentvel (Santa Cruz, Bolvia, 1996) epela Segunda Cpula das Amricas, realizada em Santiago, Chile, em 1998. Suasrecomendaes so dirigidas aos governos, setor privado, organizaes nogovernamentais e outros segmentos da sociedade civil.Definio:Produo mais Limpa a aplicao contnua de uma estratgia ambiental preventivaintegrada aos processos, produtos e servios para aumentar a eco-eficincia e reduzir osriscos ao homem e ao ambiente. Aplica-se a:Processos Produtivos: conservao de matrias-primas e energia, eliminao dematrias-primas txicas e reduo da quantidade e da toxicidade dos resduos eemisses;Produtos: reduo dos impactos negativos ao longo do ciclo de vida de um produtodesde a extrao das matrias-primas at sua disposio final;Servios: incorporao de preocupaes ambientais no planejamento e entrega dosservios.Produo mais Limpa requer mudanas de atitude, garantia de gerenciamento ambientalresponsvel, criao de polticas nacionais direcionadas e avaliao de alternativastecnolgicas.Preveno da Poluio definida como a utilizao de processos, prticas, materiais,produtos ou energia que evitem ou minimizem a gerao de poluentes e resduos nafonte (reduo na fonte) e reduzam os riscos globais para a sade humana e para oambiente.Recomendaes:1. Considerar produo mais limpa/preveno da poluio (P+L/P2) como um princpionorteador para a poltica e legislao ambientais em nvel dos governos federal,estadual e municipal, bem como um componente para o planejamento estratgicodas empresas e organizaes no governamentais;2. Promover o desenvolvimento de parcerias para P+L/P2 entre os diferentes nveis degoverno, os vrios setores da sociedade civil e as indstrias;3. Prover incentivos legais e econmicos para P+L/P2;4. Motivar o estabelecimento de ndices e indicadores de desempenho com baseambiental para avaliar o progresso e demonstrar e disseminar informao sobre aeficcia econmica de P+L/P2;5. Promover a divulgao de informaes sobre a correta utilizao e lanamento desubstncias txicas e poluentes;Instrumentao BsicaSENAI496. Promover o desenvolvimento e a disseminao de indicadores paramedir padresde consumo;7. Estimular a sinergia entre os setores industriais e os programas voluntrios dedesenvolvimento mais limpo que incentivem as indstrias a buscar odesenvolvimento sustentvel e investimento em P+L/P2;8. Apoiar a educao e a divulgao para a aplicao de P+L/P2;9. Encorajar as empresas a levarem em considerao o uso das prticas tradicionais edas prticas de produo das minorias nativas e tnicas que estejam de acordo comos princpios de P+L/P2;10. Promover a criao (ou adoo) e implementao de polticas e aplicaes depreveno da poluio nas instalaes e escritrios dos governos;11. Reconhecer a fiscalizao e a aplicao da legislao ambiental como fatoresimportantes de motivao para a adoo de P+L/P2 e considerar, tambm, queobjetivos de P+L/P2 devem ser includos no desenvolvimento e implantao deprogramas de regulamentao e fiscalizao;12. Trabalhar, de maneira cooperativa, para fornecer assistncia tcnica, capacitao eaumento da competncia local para as economias emergentes, visando criarconscincia de P+L/P2;13. Aumentar o dilogo, o desenvolvimento e a transferncia de informaes etecnologia dentro do continente (norte-sul e sul-sul) para promover P+L/P2 eencorajar o desenvolvimento do mercado para servios e tecnologias de P+L/P2;14. Fortalecer os mecanismos tradicionais de financiamento e desenvolver mecanismosinovadores para promover P+L/P2 atravs das instituies financiadoras e aumentaro dilogo com as instituies financeiras internacionais para aprimorar taismecanismos;15. Promover P+L/P2para atender os acordos internacionais;16. Promover a criao e o fortalecimento de mecanismos e instituies para serviremcomo fontes de recursos e promotores da implementao de P+L/P2;17. Aumentar a troca de informaes e cooperao no continente atravs doestabelecimento da Mesa Redonda das Amricas.Deliberaes:1. Criar o Comit Diretivo Interino com membros de governos (incluindo pases comeconomias mais e menos desenvolvidas e um representante dos pases insulares),membros de um centro nacional de produo mais limpa, da indstria e de ONGs.A composio acordada para o mesmo :Governos: Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e EUACentro Nacional de Produo mais Limpa: ColmbiaIndstria: Confederao Nacional da Indstria - CNI, BrasilInstrumentao BsicaSENAI50ONGs: Water Environment Federation - WEF2.Convocar a primeira reunio do Comit durante o Seminrio Internacional Produo+ Limpa: Parcerias entre os setores Pblico e Privado, a ser realizada em Santiago,Chile, de 25 a 27 de novembro de 1998.3.Realizar a Segunda Conferncia sobre Produo + Limpa, na Colmbia, emsetembro de 1999.4.Preparar o Relatrio de Situao de Atividades de Produo + Limpa na AmricaLatina e no Caribe, sob a coordenao do PNUMA e da Cetesb.3.2 Declarao de Princpios da Indstria para o Desenvolvimento Sustentvel.A Confederao Nacional da Indstria considera que um dos grandes desafios do mundoatual conciliar crescimento econmico e social com equilbrio ecolgico.Para que tal desafio seja superado, a CNI entende como essencial que as indstriasdesenvolvam suas atividades comprometidas com a proteo do meio ambiente, asade, a segurana e o bem-estar dos seus trabalhadores e das comunidades.Neste sentido, a CNI prope que a indstria brasileira se empenhe em atender aosprincpios listados a seguir:1.Promover a efetiva participao pr-ativa do setor industrial em conjunto com asociedade, parlamentares, governo e organizaes no governamentais no sentidode desenvolver e aperfeioar leis, regulamentos e padres ambientais.2.Exercer liderana empresarial junto sociedade em relao aos assuntosambientais.3.Incrementar a competitividade da indstria brasileira, respeitados os conceitos dedesenvolvimento sustentvel e o uso racional dos recursos naturais e de energia.4.Promover a melhoria contnua e o aperfeioamento dos sistemas de gerenciamentoambiental, de sade e de segurana do trabalho nas empresas.5.Promover a monitorao e a avaliao dos processos e parmetros ambientais nasempresas. Antecipar a anlise e o estudo de questes que possam causarproblemas ao meio ambiente e sade humana, bem como implementar aesapropriadas para proteger o meio ambiente.6.Apoiar e reconhecer a importncia do envolvimento contnuo e permanente dostrabalhadores e do comprometimento da superviso nas empresas, assegurando queos mesmos tenham o conhecimento e o treinamento necessrio em relao squestes ambientais.7.Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas com o objetivo dereduzir ou eliminar impactos adversos ao meio ambiente e sade da comunidade.8.Estimular o relacionamento e parcerias do setor privado com o governo e com asociedade em geral na busca do desenvolvimento sustentvel, bem como namelhoria contnua dos processos de comunicao.Instrumentao BsicaSENAI519.Estimular as lideranas empresariais a agirem permanentemente junto sociedadecom relao aos assuntos ambientais.10. Incentivar o desenvolvimento e o fornecimento de produtos e servios que noproduzam impactos inadequados ao meio ambiente e sade da comunidade.11. Promover a mxima divulgao e conhecimento da Agenda 21 e estimular suaimplementao.3.3 Questes e Solues Ambientais3.3.1 rvores e DesmatamentoEntre muitas finalidades do uso da madeira destacam-se:produo de mveis;utilizao em construes (estruturas, forros, pisos, portas, janelas, divisrias, etc.);fornecimento de energia (como lenha e carvo vegetal);fabricao de papel.Se tomarmos como exemplo esta ltima finalidade, podemos considerar que temos queabater uma rvore para produzir 50 quilos de papel, em mdia (considerando-se asvariaes de altura, dimetro, idade e caractersticas filogenticas de cada espcie).Consideremos que um estudante use, durante o ano letivo, oito livros didticos, com amassa aproximada de 700 gramas cada um. Quantos quilos de papel seriamnecessrios para produzir esses livros?E se considerarmos uma classe de 40 alunos? Quantas rvores sero abatidas para queos alunos tenham seus livros?Considerando que uma escola tenha 20 classes em cada turno e funcione em trsturnos, quantas rvores sero abatidas para que todos os alunos tenham seus livros?Se estendssemos esses clculos para todos os jovens do Brasil e do mundo em idadeescolar, teramos como resultado nmeros assustadores!3.3.2AsSndromes do SoloA ao do homem sobre a terra tem sido causa de grande destruio, provocando aschamadas "doenas do solo". A populao, em geral, no tem muita informao sobreessas "doenas", mas elas so motivo de grande preocupao para os cientistas. Estesconsideram que no apenas o uso indiscriminado do solo para a agricultura causa seuesgotamento, tambm a sua utilizao desordenada pela crescente populao dasgrandes cidades fator de destruio.Pesquisadores do Conselho Cientfico de Mudanas Globais do Meio Ambien