apostila curso de eletricista manutenÇÃo

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ELETRICISTA DE MANUTENO INDUSTRIAL

Itumbiara, OUTUBRO de 2009

SUMRIO

1. ELETRLISE............................................................................................................................ 3 EFEITO ELETROLITICO NAS EMENDAS............................................................................... 4 OXIDAO NA EMENDA......................................................................................................... 5 2. EFEITOS DO CALOR NOS CIRCUITOS ELETRICOS ........................................................... 7 PROTEO E CONTROLE ..................................................................................................... 7 3. EFEITOS TERMICOS DA CORRENTE ELETRICA ................................................................ 9 CONDUTORES......................................................................................................................... 9 4. ARCO VOLTAICO .................................................................................................................. 10 FORMAO ........................................................................................................................... 10 SISTEMA DE EXTINO DO ARCO VOLTAICO.................................................................. 11 MANOBRA E SECCIONAMENTO EM BAIXA TENSO........................................................ 12 SECCIONAMENTO ............................................................................................................ 12 MANOBRA.......................................................................................................................... 13 5. INDUSTRIAL BSICO............................................................................................................ 13 GERADORES PRINCIO DE FUNCIONAMENTO .............................................................. 13 GERADORES SNCRONOS TRIFSICOS ELEMENTARES ............................................... 15 FUNCIONAMENTO DO GERADOR SEM CARGA (EM VAZIO) ........................................... 17 FUNCIONAMENTO EM CARGA ............................................................................................ 18 CARGAS COM CARATER INDUTIVO ................................................................................... 18 GERADORES SNCRONOS TRIFSICOS ........................................................................... 19 6. TRANSFORMADORES .......................................................................................................... 20 TRANSFORMADOR TRIFSICO........................................................................................... 20 TRANSFORMADORES A LEO............................................................................................ 24 LIGAO ZIGUEZAGUE ................................................................................................... 30 7. MOTORES ELETRICOS......................................................................................................... 32 MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA ............................................................................ 35 MOTOR UNIVERSAL ......................................................................................................... 35 MOTOR MONOFSICO DE ANEL EM CURTO ................................................................ 36 MOTOR MONOFSICO DE FASE AUXILIAR................................................................... 37 MOTOR TRIFSICO ASSNCRONO................................................................................. 40 DEFEITOS NAS LIGAES DOS MOTORES C.A. .............................................................. 44 O Motor No Arranca.......................................................................................................... 44 Motor no permanece com sua velocidade nominal com carga ........................................ 44 Aquecimento anormal......................................................................................................... 44 DEFEITOS INTERNOS NOS MOTORES CA ........................................................................ 45 O Motor No Arranca.......................................................................................................... 45 O Motor No Mantm Carga .............................................................................................. 45 AQUECIMENTO ANORMAL .............................................................................................. 46 FUNCIONAMENTO RUIDOSO .......................................................................................... 47 8. MOTORES ELTRICOS II...................................................................................................... 48 LIGAO DE MOTORES TRIFSICOS ................................................................................ 52 Estrela - Tringulo .............................................................................................................. 52 Tripla Tenso Nominal........................................................................................................ 52 Srie - Paralela ................................................................................................................... 52 LIGAES EM ESTRELA ( ) E EM TRINGULO ( ) ...................................................... 52 9. COMANDO, MANOBRA E PROTEO................................................................................ 55 CHAVES DE PARTIDA .............................................................................................................. 91 PARTIDA DIRETA .................................................................................................................. 91 PARTIDA DIRETA COM REVERSO.................................................................................... 92 PARTIDA ESTRELA-TRINGULO (Y/ )................................................................................ 93 CHAVE DE PARTIDA COMPENSADORA ............................................................................. 94 10. SIMBOLOGIA ....................................................................................................................... 95

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1. ELETRLISE

E um processo que separa os elementos qumicos de um composto atravs do uso de eletricidade de maneira sumaria, procede-se primeira a decomposio (ionizao ou dissociao) do composto em ons e posteriormente destes ons so obtidos os elementos qumicos. Em muitos casos dependendo da substancia a ser eletrolisada e do meio em que ele ocorre, alm de formar elementos tambm ocorre formao de novos compostos.

Exemplo de materiais decompostos por uma eletrolise. - ao cobreado; revestido com cobre; - terminais zincados; aqueles recobertos por zinco; - metais cromados; isto e, que recebem banho de cobre; Para ocorrer a eletrolise de um determinado material e preciso empregar corrente continua, ou seja, polaridade definida (bateria), dois materiais condutores (eletrodos de carvo) e um eletrlito (soluo de gua com sulfato de cobre). Os eletrlitos so solues que se apresentam dissociadas em ons positivos e ons negativos, seus tomos ionizados se compem de acordo com suas cargas eltricas: -tomos negativos, com excesso de eltrons - os ons negativos (ou anions); -tomos positivos, com falta de eltrons - os ons positivos (ctions); As cargas eltricas dos ons tambm sero responsveis por uma outra conseqncia eletrodeposio. Os eletrlitos so solues de gua mais sais metlicos, formando uma soluo ionizada que conduz a corrente eltrica facilmente: -gua e cloreto de sdio; -gua e acido sulfrico; -gua e cianeto de prata; -gua e sulfato de cobre; -gua e sulfato de zinco; Obs. A gua quando quimicamente pura, no conduz eletricidade com facilidade, ela e praticamente isolante. Eletrodeposio e a deposio de um metal sobre outro material, atravs de sua decomposio e recomposio provocada pela corrente eltrica.

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Os efeitos eletrolticos dependem diretamente do: -eletrlito; -eletrodos; -intensidade da corrente eltrica; - tempo de aplicao da corrente; EFEITO ELETROLITICO NAS EMENDAS

A maioria dos condutores eltricos so de cobre ou alumnio, por isso pode ser dizer que as a maioria das emendas podem ser de: - cobre com cobre; - cobre com alumnio; - alumnio com alumnio; - cobre com ferro galvanizado; - alumnio com ferro galvanizado; Portanto as emendas de materiais diferentes apresentam todas as caractersticas de uma pilha elementar de um par galvnico, consequentemente entre os condutores da emenda haver uma d.d.p. que provoca uma corrente eltrica de polaridade definida .Por ser originaria do par galvnico,constitudo pela emenda ,essa corrente e chamada de corrente galvnica. A corrente galvanica produzida na emenda nada tem a ver com a corrente de carga, que circula pelos condutores e existe mesmo com o circuito desligado. Como j aprendemos circulando corrente continua entre dois materiais diferentes envolvidas por um eletroltico, neles ocorrer uma eletrolise: haver decomposio do material andico e sua recomposio no material catdico, consequentemente em uma emenda de materiais diferentes submetidos a um eletrlito, observa-se uma dupla situao: produo de CC e eletrolise de dos materiais da emenda, portanto,a emenda acaba provocando a sua prpria destruio

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A medida que o metal andico vai sendo decomposto ,a rea de contato da emenda vai sendo reduzida ,ento o efeito eletroltico provoca a diminuio da rea de contato da emenda. OXIDAO NA EMENDA Quando o cobre exposto ao tempo se torna esverdeado escuro. Ele foi recoberto por uma camada de oxido, em outras matrias tambm ocorre fato semelhante o contato com o oxignio do ambiente provoca uma reao qumica, e consequentemente o material fica recoberto por uma capa de oxido, essa capa de oxido e isolante. A oxidao na emenda e um fenmeno que requer ateno especial do eletricista, dependendo do material empregado, a oxidao pode ser desprezada, na emenda cobre com cobre a intensidade da oxidao e pequena e seus efeitos so desprezveis, mas na emenda alumnio com alumnio , a oxidao rapidamente se torna intensa e causa srios problemas.O oxido de alumnio e altamente isolante .

Portanto o efeito eletroltico como a oxidao provoca diminuio da rea de contato das emendas e a diminuio da rea de contato ser a causa de trs problemas bsicos das emendas : - queda de tenso; - aquecimento; - a perda de resistncia mecnica; Freqentemente os circuitos apresentam defeitos provenientes das emendas, na maioria das vezes os problemas s aparecem algum tempo depois que o circuito esta em operao que e decorrente da diminuio da rea de contato provocada pela oxidao e a eletrolise.

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R=0,001 E=0,5V

I=500A

R=0,02 E=?

I=500A

E=I . R = E=500 . 0,001= 0,5 V

E=I . R = E=500 . 0,02= 10 V

Com um pequeno aumento da resistncia na emenda provocado pela diminuio da rea de contato fez com que provocasse uma queda de tenso de 10 V.Portanto o aumento da resistncia na emenda ,provoca a queda de tenso , quanto maior for a resistncia na emenda ,maior ser a queda de tenso e maior calor . Uma emenda aquecida pode ter sua temperatura elevada ate a fuso do material, interrompendo o circuito pelo secciona mento da rede ou destruio do material da rede. Para resolver estes problemas nas emendas pode se adotada duas solues: Isolar a emenda hermeticamente, isto e, manter a emenda to fechada que a umidade, cidos, ar etc. no possam chegar ate ela. solda fraca usada nas emendas cobre com cobre, quanto so necessrias melhores condies de contato e proteo .

-inibidor, usado nas emendas de alumnio com alumnio, devido o alumnio no pode ser soldado por processos elementares, o inibidor e uma pasta altamente aderente que isola a emenda e impede a ao da umidade. Diminuir a d.d.p. entre os materiais para reduzir os efeitos do par galvnico.

A d.d.p. na emenda e grande quando ele e composta por materiais que esto distantes um do outro na tabela de potencial eletroqumico, na tabela de potencial o estanho situa-se entre o cobre e o alumnio. Para reduzir a d.d.p. basta transforma-la 6

num sanduche,isto e ,basta intercalar um pedao de lato estanhado entre o cobre e o alumnio .

2. EFEITOS DO CALOR NOS CIRCUITOS ELETRICOS

PROTEO E CONTROLE O calor tambm pode ser uma forma de manifestao de energia, que quando controlada pode ter vrios benefcios, os materiais pode alterar suas dimenses quando exposto ao calor atravs de sua dilatao ou sua fuso. Dilatao depende da temperatura, quanto maior for o gradiente de temperatura maior a dilatao. Gradiente de dilatao e a diferena entre a temperatura inicial e a final de um material Exemplo. Um pedao de cobre a 20C e elevada a uma temperatura de 70C. Portanto teremos 70C-20C=50C Assim o gradiente e 50C

A dilatao trmica e o principio de funcionamento de vrios equipamentos de proteo e controle eltrico. O principio usado e quando uma lamina bimetlica sofre uma dilatao atravs de ser percorrida por uma corrente eltrica, fazendo com que movimente um contato mvel. Lamina bimetlica e uma lamina formada por dois metais de coeficientes de dilatao diferentes, onde quando aquecida se curva para o lado do metal de menor coeficiente de dilatao, isto e, um metal se alonga mais do que o outro.

A figura ao lado mostra uma bimetlica a temperatura ambiente e outra aquecida, observam-se na sua extremidade h um contato, este contato se abre quando

lamina

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a lamina se curva, ao ser aquecido. A lamina bimetlica e empregada nos circuitos eltricos,com a funo de rele , atua nos comandos bsicos dos circuitos automticos, que so: -comando; -controle; -proteo; Na ilustrao abaixo, o circuito apresenta os seguintes componentes: A - chave de comando tipo faca; B - lamina bimetlica com contatos (A e B); C - lmpada incandescente; D - reostato; E - ampermetro; Ligando a chave (A), a corrente eltrica passa pela lamina (B) e deve aquec-la, quando a lamina e aquecida diretamente pela corrente eltrica fica caracterizado o rele direto , mas o reostato (D) deve estar no ponto mximo de resistncia os contatos (A e B) mantem a continuidade do circuito , a lmpada (C) acusar qualquer interrupo que possa ocorrer no circuito antes do reostato , manejando o reostato a corrente do circuito aumentara e algum tempo depois a lamina se abrira e a lmpada se apaga. Concluso: -a lamina no se abre com qualquer corrente, ela permanece fechada, se acorrente no atingir o limite mnimo capaz de provocar a abertura. -a lamina s se abre quando o calor for suficiente. TABELA DE PONTO DE FUSO -aps a abertura a lamina esfria e fecha novamente. MATERIAL PONTO DE FUSO-C Estanho 232 327 Fuso, a fuso dos metais, ocorre quando eles Chumbo Zinco 419 passam do estado slido para o estado. Liquido, pela elevao da temperatura a Alumnio 658 temperatura em que o metal passa do estado slido Prata 960 para o liquido chama-se ponto de fuso, claro que Cobre 1084 cada material tem seu prprio ponto de fuso. Nquel 1453

Vamos demonstrar o fenmeno da fuso do metal, com auxilio da ilustrao abaixo.

No trecho compreendido entre as letras O e A da figura colocaremos um fio de cobre bem fino, de numero 30 AWG. Usaremos um reostato de 20 A. No trecho O-A a 8

corrente ter densidade bem maior que na rede, em razo dessa densidade, o fio de cobre, nesse trecho O-A,vai esquentar e , consequentemente ,fundir-se , interrompendo o circuito .O fio de cobre do trecho O-A no permite a passagem de uma corrente maior no circuito , o fio de cobre limita a corrente do circuito a um valor determinado ele atua como guardio do circuito , no permitindo a passagem de uma corrente maior .Assim , s ele se queimar . Esse fio e chamado de elo fusvel, elo porque mantm a continuidade do circuito e fusvel porque funde. O elo fusvel mais comum e feito de cobre, chumbo ou alumnio. Eventualmente e revestido de estanho ou prata.

3. EFEITOS TERMICOS DA CORRENTE ELETRICA CONDUTORES Condutor eltrico: corpo constitudo de material bom condutor, destinado transmisso da eletricidade. Fio: condutor slido, macio, de seo circular, com ou sem isolamento. Cabo: conjunto de fios encordoados, no-isolados entre si, isolado ou no, conforme o uso a que se destina, sendo mais flexvel que um fio de mesma capacidade de carga. Condutor (fio): slido de cobre eletroltico nu tempera mole. Condutor (cabo): formado por fios de cobre eletroltico nu, tempera mole. Os cabos podem ser: Unipolares: quando constitudos por um condutor de fios tranados, com cobertura isolante protetora; Multipolares: quando constitudos por dois ou mais condutores isolados, protegidos por uma camada protetora de cobertura comum.

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4. ARCO VOLTAICO

FORMAO O arco voltaico pode ocorrer nos dispositivos de manobra, proteo e seccionamento, como nos seccionadores, disjuntores, contatores etc. A ao de desligar um dispositivo de comutao e sempre acompanhada pela formao de um arco voltaico. Com o afastamento das pecas de contato na operao de desligar, a corrente passa a circular de um contato para outro atravs de uma estreita camada metlica. A corrente que passa por esta camada aquece intensamente o material da ponte formada, provoca a fuso e posteriormente a evaporao. A ponte ento desfeita e a corrente circula atravs do arco voltaico, o arco vai aumentando medida que os contatos vo se afastando um do outro e permanece estacionrio ate um comprimento de 2mm e provoca nos pontos nascentes nas pecas de contato, uma queima . Apenas com o aumento da distancia entre as pecas de contato e que o arco sofre um deslocamento (desdobramento). Com o auxilio de seu prprio campo magntico, e empurrado para fora das pecas de contato, aumentando seu comprimento ate o ponto em que se auto extingue. Arcos transitrios este tipo de arco envolve voltagens bastante elevadas ,quando da sua ocorrncia , caracteriza-se pela presena de fascas e sons. Exemplo tpico de arco transitrio na natureza e o relmpago ou raio. Arcos curtos permanentes relativa alta voltagem e baixas intensidades de corrente. Nesse tipo de arco voltaico a descarga se processa em um meio gasoso e baixas presses. Exemplo. : lmpadas florescentes. Arcos estveis ou automantidos - caracterizados pela alta corrente e baixa tenso. Exemplo: solda eltrica. A formao dos arcos voltaicos depende dos seguintes fatores: -tipo de corrente eltrica (CA ou CA); Quando um arco e originrio por corrente continua sua extino e bastante complicada, sabendo que a corrente continua circula sempre pelo mesmo sentido no circuito, assim a configurao do arco eltrico ser nica, sendo que a corrente no esta passando pelo momento. Assim o arco eltrico s se cessa quando no tem mais alimentao. Ao contrario do arco eltrico em corrente continua o de corrente alternada poder ser feita com relativa facilidade, pois em corrente alternada, a inverso do sentido da circulao da corrente, faz inverter-se a configurao do arco voltaico inmero vezes por segundo, desta forma o arco uma vez estabelecido, poder ser extinto no momento em que estiver passando de uma para outra configurao, porque neste instante, a corrente tambm esta passando pelo momento 0(zero). - tenso de circuitos: quanto maior a tenso do circuito melhor ser a condio para a formao do arco voltaico.

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- corrente a ser interrompida: assim, como a tenso quanto maior for a corrente a ser interrompida maior ser o arco voltaico. - indutncia e capacitncia do circuito: conforme sabemos, na interrupo de circuitos predominante indutivos, ou no estabelecimento de circuitos predominantes capacitivos surgem fenmenos transitrios que acarretam sobre tenso, nestes casos teremos sobre tenso, tambm teremos maiores propores de arco voltaico. - meio existentes entre os contatos: depende da substancia existente entre os contatos o favorecimento ou no a formao de arco voltaico ,quando no h nenhuma substancia entre os contatos , teremos o que chamamos de vcuo, com isso a formao do arco voltaico ser dificultada, formando se apenas um pequeno arco voltaico. - distncia entre os contatos e a velocidade de separao dos mesmos: a distncia do arco voltaico e inversamente proporcional a distancia de separao dos contatos. De fato, quanto menor for separao dos contatos, mais intenso ser o arco voltaico e vice-versa: maior separao, menor intensidade de arco. SISTEMA DE EXTINO DO ARCO VOLTAICO Na realidade o arco voltaico e fundamental para o bom xito dos dispositivos de manobra e seccionamento, se o arco voltaico no aparecesse e o circuito fosse de alguma forma interrompido instantaneamente, seriam criadas grandes sobre tenses, que destruiriam os equipamentos alimentados por esse circuito. A sobretenso cresceriam, porque a passagem de corrente em um condutor sempre induz um campo magntico em suas imediaes , a energia armazenada no campo magntico e transformada em energia eltrica , quando a corrente decresce e o campo termina . O arco voltaico permite que a corrente eltrica passe brevemente entre os contatos abertos e isso impede que o campo magntico se interrompa rpido demais, consequentemente, a resistncia passagem de corrente aumenta e a temperatura da rea de contato decrescente tambm aumenta, quando se alcana o ponto de fuso da superfcie de contato, somente uma fina ponte de metal fundido permanece para transportar a corrente, nesse instante a temperatura aumenta to precipitadamente que o metal se vaporiza, portanto, deve-se interromper o circuito com rapidez necessria a cada caso e usar um sistema de extino de arco voltaico adequado. Os arcos voltaicos podem-se extinguira atravs dos seguintes sistemas: -extino a ar em condies normais. Neste sistema os contatos operam ao ar livre, a extino do arco se faz pela separao dos contatos. -cmara de extino a leo. Este sistema e o mais comum. Consiste em fazer a abertura ou o fechamento dos contatos em leo isolante no interior de uma cmara. -cmara de extino a ar comprimido.

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Este sistema e anlogo ao anterior, s difere no seguinte: o arco voltaico e expulso da cmara por um jato de ar comprimido, que e obrigado a passar entre os contatos no momento da separao dos mesmos. Neste caso h necessidade de equipamento auxiliar para comprimir o ar. -cmara de extino a gs. O gs utilizado nesse sistema tem duas funes: isolar os contatos e extinguir o arco voltaico. Normalmente utilizam-se o hexafluoreto f enxofre (SF6), que e um gs isolante. Os contatos ficam imersos no gs, que e mantido sob presso por um equipamento auxiliar. -cmara de extino a vcuo. Como j foi visto, no existindo meio material entre os contatos, a formao do arco voltaico e dificultado. Baseados nesse principio, so utilizados sistemas de extino a vcuo (os contatos operam em uma cmara submetida a vcuo). -sistema de extino por areia. Este sistema e usado principalmente no caso de fusveis diazed e nh. O fusvel Diazed e constitudo de um corpo de porcelana, em cujos extremos metlicos se fixa um fio de cobre puro ou recoberto por uma camada de zinco, imerso em areia especial, de granulao adequada, desta forma quando o elo fusvel se funde a areia funciona como meio extintor de arco voltaico. MANOBRA E SECCIONAMENTO EM BAIXA TENSO Existem dois dispositivos para extino de arcos voltaicos so eles: -os dispositivos de seccionamento (seccionadoras); -os dispositivos de manobra (disjuntores e contatores);

SECCIONAMENTO Os dispositivos se dividem em dois: seccionadores para operarem com ou sem carga. Os seccionadores para operar sem carga s devem ser manobrados sem carga mnima, nunca devem ser operados (fechados ou abertos) sob carga, pois estes seccionadores em geral no possuem sistemas de extino de arcos. Ao tentar operar estes seccionadores sob carga, podem ocorrer arcos de grandes propores, como tambm curto circuito entre fases, causando exploso. Os seccionadores para operar sob carga podem atuar com o sistema funcionando em condies normais, ou seja, previsto para interromper a corrente nominal. Em relao aos seccionadores para operar sem carga, este tipo e diferente: -no tempo de atuao, para uma abertura rpida dos contatos automticos; -na sua constituio fsica, so melhores elaborados para essa finalidade;

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-na existncia de cmara de extino, devem possuir cmaras de extino de arcos eltricos, pois, neste caso, os arcos podem assumir maiores propores. MANOBRA Os disjuntores e contatores para baixa tenso geralmente funcionam pelo sistema em que os contatos operam ao ar livre. Assim, para que isso seja possvel sem danificar os contatos, alem de facilitar a extino do arco voltaico, os contatos dos disjuntores e contatores que operam por este sistema normalmente so dotados de um prolongamento, desta forma quando se der a abertura dos contatos e surgir um arco voltaico, o propor arco voltaico gera uma intensa zona de calor ao seu redor , assim o ar quente sobe , levando consigo o arco voltaico dos contatos para o seu prolongamento. Para contatores e disjuntores que operam com correntes mais elevadas existe ainda o recurso de se utilizarem elementos isolantes dentro da cmara. Esses isolantes ficam a uma determinada altura e a distancias pr-estabelecidas ,quando o arco sobe pelas placas de conduo , e forado a prolongar-se. 5. INDUSTRIAL BSICO GERADORES PRINCIO DE FUNCIONAMENTO Considere inicialmente uma bobina constituda por "N" espiras e imersa em campo magntico produzida por ims permanentes. (Fig.1) Acionando-se o eixo de rotao, as espiras da bobina cortam as linhas do campo e, pela lei Fundamental: da induo eletromagntica, uma fora eletro motriz (f.e.m.) induzida nos condutores. Literalmente a f.e.m. (E) diretamente proporcional ao nmero de espiras da bobina (N), induo do campo magntico: (B), velocidade perifrica (v) comprimento decada condutor (L).

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A induo magntica produzida pelos ims permanentes possui distribuio espacial que depende essencialmente da forma de superfcie polar (sapata polar). Com configurao adequada da sapata consegue-se maior concentrao de indues no centro do plo e valores menores nas extremidades. A distribuio senoidais de indues utiliza na construo de geradores, so determinadas pelo desenho conveniente da sapata polar. A bobina "ab" movimenta-se em relao ao campo de indues senoidal, resultando uma f.e.m. induzida tambm senoidal, ou seja:

polaridade de f.e.m. contrria a das espiras "b", que se encontra sob o plo sul. Desta forma, a variao da f.e.m. acompanha em todos os pontos a distribuio de indues e possui polaridade distinta sob os plos norte e sul. A ligao dos condutores das "N" espiras realizada de maneira que a tenso nos condutores "a" somada dos condutores "b" ou seja: Vab = Va + Vb

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Cada giro das espiras corresponde a um ciclo completo da tenso gerada. Para que a tenso gerada seja de 60 Hz, necessrio que a espira gire 60 vezes em 1 segundo, ou ainda, 3.600 rotaes por minuto (RPM). Na fig. 4 encontra-se um gerador para quatro plos observe que para quatro plos, a cada volta completa a espira excursiona sob dois plos norte e dois plos sul, gerando dois ciclos. Portanto para a gerao de 60 Hz necessrio que a espira gire 30 vezes em 1 segundo, ou seja, 1.800 RPM. Generalizando o raciocnio, pode-se concluir que para um gerador com "P" pares de plos girando a n rotaes por minuto a freqncia de f.e.m. induzida em hertz (Hz) determinada por:

Exemplo 1: Determinar a freqncia da tenso induzida em gerador de 12 plos na rotao de 600 RPM. Soluo: Dados: P = 6 pares de plos (12 plos) n = 600 RPM ento:

Exemplo 2: Nos geradores para avio a jato que operam na freqncia de 400 Hz, determinar o nmero de plos necessrios para obteno dessa freqncia, sabendo que a turbina que aciona esse gerador gira a 24.000 rpm. Soluo: Dados: f = 400 Hz n = 24.000 rpm ento:

Portanto: p = 1 par de plos Concludo: nmero de plos = 2p = 2 plos

GERADORES SNCRONOS TRIFSICOS ELEMENTARES

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O gerador trifsico constitudo por trs bobinas com o mesmo nmero de espiras, dispostas simetricamente no espao, formando entre si um ngulo de 120, conforme mostra a fig.5a. As bobinas inicialmente so independentes, no possuindo ligao entre si. A nomenclatura dos terminais da bobina definida por P1, F1, F2, P3, F3, respectivamente princpios e fim das bobinas 1, 2 e 3. A distribuio de campo de induo magntica, produzido pelos ims permanentes exatamente a mesma do gerador monofsico. Nas bobinas 1, 2 e 3 so geradas tenses iguais, pois possuem o mesmo nmero de espiras, as mesmas dimenses geomtricas e so submetidas a um nico campo de indues, possuindo apenas uma defasagem entre si de 120 no tempo, em funo da posio espacial que ocupam. Cada bobina uma fase e, observando-se a fig.5b nota-se que a f.e.m. gerada nas fases so idnticas e defasadas de 120 no tempo.

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FUNCIONAMENTO DO GERADOR SEM CARGA (EM VAZIO)Alimentando-se as bobinas dos plos com fonte de c.c. obtm-se o campo magntico que depende da corrente de excitao. As bobinas so dispostas de modo a gerar idntico nmero de plos norte e sul. As linhas de campo atravessam o entreferro, o rotor fecha-se pela coroa. Acionando-se o eixo da armadura as bobinas cortam as linhas de campo, gerando uma tenso alternada monofsica ou trifsica. Em alternadores trifsicos as bobinas das fases so conectadas em estrela ou tringulo, conforme mostra os esquemas da fig.7.

As caractersticas principais das ligaes so as seguintes: Ligaes Estrela: VL = 1,73 . Vf (Tenso de Linha = 1,73 . tenso de fase) IL = If (Corrente de linha = corrente de fase) Ligaes Tringulo: Vl = Vf (tenso de linha = tenso de fase) IL = 1,73 . If (corrente de linha = 1,73 . corrente de fase) Resumindo o exposto, a tenso gerada depende da intensidade das indues de campo magntico e, para geradores com eletroms, da corrente que circula nas bobinas de campo ou corrente de excitao (Iex).

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FUNCIONAMENTO EM CARGA O gerador eltrico um equipamento eletromecnico que converte energia mecnica em energia eltrica. A carga do gerador tambm um equipamento conversor de energia. Os exemplos mais comuns so as lmpadas que convertem energia eltrica em energia luminosa estufas que convertem energia eltrica em energia trmica e os motores eltricos que convertem energia eltrica em energia mecnica. Atravs da tenso e corrente eltrica, o gerador envia energia aos conversores de carga. Para um nvel de tenso fixo, por exemplo, 220V, quanto maior a corrente eltrica, maior a energia transmitida. As cargas nem sempre so constitudas por elementos puramente resistivos e normalmente possuem indutncias e capacitncias associadas que armazenam energia nos campos eltricos ou magnticos. O ideal seria que toda energia eltrica fornecida pelo gerador carga fosse convertida, porm, parte da energia armazenada nos campos eltricos ou magnticos e devolvida em seguida ao gerador, sem sofrer converso. Assim sendo, acorrente circula entre o gerador e a carga sem converso de energia eltrica para outra forma. Essa corrente que apenas circula entre gerador e carga, no transportando energia efetivamente, denomina-se energia reativa. A potncia reativa ser indutiva ou capacitiva, conforme o carter da carga, indutivo ou capacitivo, respectivamente. A potncia efetivamente entregue a carga potncia ativa. Resumindo, o gerador fornece energia a um conversor que poder ter carter reativo. Parte da energia entregue convertidas em energia luminosa, trmica, mecnica, etc., e parte armazenada no campo magntico (indutor) ou eltrico (capacitor) e devolvida ao gerador. Evidentemente, quando o fornecimento de energia do gerador de potncia ativa, o motor acionante (diesel, turbina, etc,) fornece energia mecnica ao eixo para a converso em energia eltrica. Quando o gerador alimenta cargas reativas, o motor acionante no solicitado pois o gerador no entrega, efetivamente energia carga. A potncia reativa altera apenas a excitao e o comportamento do gerador sob carga pode ser descrito como segue: CARGAS COM CARATER INDUTIVO So cargas que consomem potncia ativa e ainda trocam energia com o gerador. A energia ativa que realmente o gerador entrega carga comporta-se como carga puramente resistiva, e a energia reativa. Apenas para efeito de registro, na fig.10 indicado o diagrama de fatores da tenso e corrente do gerador e o tringulo de potncia. O co-seno do ngulo entre a corrente ativa Ip e o corrente IG denominado de fator de potncia da carga.

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Um gerador eltrico que fornece 100 KVA com fator de potncia de 0,8, alimenta uma carga que absorve 80 KW de potncia ativa e 60 KVAR de potncia reativa (carga de crater indutivo) Devemos aumentar a excitao para manter a tenso nos terminais do gerador constante devido aos reativos, e o motor acionante dever fornecer a potncia de 80 KW e as perdas de operao do gerador. A fig.11 indica a variao de corrente de campo com diversas cargas afim de manter a tenso do gerador constante. GERADORES SNCRONOS TRIFSICOS O sistema de excitao esttico constitudo por gerador sncrono controlado por um componente eletrnico, totalmente em estado slido, denominado excitatriz esttica. A excitatriz verifica a tenso de sada do gerador e alimenta o campo com c.c., necessria para manter constante a tenso nos terminais para qualquer carga e fator de potncia. No inicio do processo, ou escorvamento, o gerador acionado na rotao nominal. As partes de ferro do gerador retm certo nvel de induo remanente, mesmo quando a corrente de excitao nula. A tenso gerada, apenas por induo remanente, normalmente superior a 5V e suficiente para sensibilizar a excitatriz esttica.Se a excitatriz verificar que a tenso de sada baixa, ela ajusta a corrente de excitao necessria para que a tenso decorrente da colocao ou retirada de cargas corrigida automaticamente pela excitatriz, atravs do fornecimento de maior ou menor potncia de excitao.

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6. TRANSFORMADORES TRANSFORMADOR TRIFSICO Os transformadores trifsicos tm as mesmas funes que os monofsicos, ou seja, abaixar e elevar a tenso. Mas trabalham com trs fases, ao invs de apenas uma como os monofsicos. Enquanto o transformador de seu televisor tem a funo de reduzir 220 volts para 110 volts, ou estabilizar a tenso, o transformador que voc v nos postes tem por finalidade a distribuio da energia eltrica para os consumidores. Existem vrios tipos de transformadores trifsicos de fora. Existem transformadores de grande potncia e alta tenso. Voc poder ver transformadores de fora de grande potncia e alta tenso nas subestaes. Nas subestaes, o transformador no tem a mesma finalidade que os pequenos transformadores domsticos. Eles so distribudos e tem maiores capacidades. Mas tem, basicamente, o mesmo princpio de funcionamento e executam o mesmo trabalho: transforma tenses. Transformar, por exemplo, 120 KV em 13,8 KV. Os enrolamentos do transformador trifsico nada mais que uma associao de trs enrolamentos monofsicos. O ncleo dos transformadores trifsicos constitudo de chapas siliciosas a exemplo dos monofsicos. Possuem trs colunas.

Cada coluna servir de ncleo para uma fase, como se cada coluna fosse um transformador monofsico. Ento em cada coluna voc ter duas bobinas, uma primria e outra secundria. Portanto, o transformador trifsico tem no mnimo seis bobinas: trs primrias e trs secundrias.

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Veja a figura onde as seis bobinas esto montadas no ncleo. O conjunto colocado em um recipiente prprio, denominado tanque.

Fora do tanque, existem seis terminais: trs para entrada da rede trifsica e trs para a sada. Note que, no lado da tenso mais elevada, os terminais so prprios para alta tenso: tem muitas saias e so bem mais longos. O isolador para as tenses mais baixa bem menor em comprimento, tem menos saias e os seus terminais (parafusos de fixao do condutor) tem maior dimetro, pois a corrente, nesses terminais, bem maior que a existente no lado de alta tenso. As bobinas das trs fases (fases 1, 2 e 3) devem ser exatamente iguais. Nos transformadores de alta tenso, o enrolamento de alta tenso fica do lado externo, para facilitar a isolao.

Vejamos algumas particularidades do transformador trifsico. O transformador trifsico difere do transformador monofsico na construo do ncleo e na disposio das bobinas das fases. Cada fase funciona independentemente das outras duas fases. exatamente como se fossem trs transformadores monofsicos num s. Tanto que, numa

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instalao, trs transformadores monofsicos, exatamente iguais, podem substituir um transformador trifsico. Os primrios e secundrios so isolados entre si, como nos transformadores monofsicos. O transformador trifsico pode alimentar cargas monofsicas e trifsicas.

Acessrios Normais 1- Bucha TS 15 ou 25 KV 2- Bucha TI e neutra 1,2 KV 3- Secador de ar 4- Janela de inspeo 5- Olhal de suspenso 6- Suspenso da parte extravel (interna) 7- Olhal de trao 8- Apoio para macaco 9- Suporte para ganchos 11- Rodas bidirecionais 12- Fixao de tampa 13- Mudana de derivaes (interna) 14- Acionamento do comutador 15- Bujo para drenagem de leo Acessrios Opcionais 28- Rel Buchholz 29- Termmetro com contatos 30- Indicador magntico do nvel de leo 16- Dispositivo para amostra de leo 17- Indicador de nvel de leo 18- Bujo para drenagem e retirada de amostra do leo 19- Vlvula para drenagem e ligao do filtroprensa 20- Tubo de encher 21- Tubo para ligao do filtro-prensa 22- Bujo para drenagem do conservador 23- Radiadores 24- Bolsa para termmetro 25- Previso para rel Buchholz 26- Terminal de aterramento 27- Placa de identificao

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Como voc j sabe, as perdas do transformador geram calor, provocando o aquecimento dos enrolamentos. Com o excesso de calor, o isolamento dos enrolamentos e tambm o isolamento entre as bobinas, tendem a deteriorar-se, provocando curto-circuito e queima do transformador. O calor deve ser dissipado, a fim de que a temperatura estabelecida para os enrolamentos seja mantida. Os pequenos transformadores podem dissipar o calor por radiao direta, isto , expostos ao ar, naturalmente. Porm, transformadores para grandes capacidades monofsicas ou trifsicas, precisam de maior resfriamento. No sendo suficiente a ventilao natural, esses transformadores podem ser resfriados por ventilao forada. Na ventilao forada, empregam-se ventiladores que impelem ar frio para dentro do transformador. A contnua circulao de ar frio retira o calor dos pontos onde ele gerado.

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Esses transformadores, resfriados a ar, por ventilao natural ou forada, so classificados como transformadores a seco. TRANSFORMADORES A LEO Voc viu que os transformadores a seco so resfriados por ventilao natural ou forada. Agora, vamos examinar outra forma de resfriamento de transformadores: trata-se da refrigerao a leo. Transformadores a leo tm suas bobinas e ncleos colocados num tanque, cheio de leo isolante. Circulando no tanque, o leo retira o calor das bobinas e se aquece, precisando ser novamente resfriado. O leo pode ser resfriado pelo ar, em movimento natural ou forado por ventiladores; pode tambm ser refrigerado pela gua, com o uso de serpentinas. Analise cada caso: 1 - O leo pode ser resfriado pelo ar ambiente, em movimento natural, de trs maneiras: circulando no prprio tanque, circulando por canos externos ao tanque, circulando por aletas.

Em todos os casos, o resfriamento do leo possvel graas ao processo de conveco. Veja como ele ocorre num transformador de aletas: O leo quente sobe e vai para as aletas; 24

Ao circular pelas aletas, o leo se resfria e volta ao transformador; O leo frio, mais pesado, fora a entrada no transformador e vai resfriar as bobinas; E, assim, o processo recomea.

Essa a refrigerao por leo, com a ajuda do ar ambiente. O ar o agente da dissipao do calor. 2 - Os transformadores de aletas podem ter refrigerao forada, atravs do ar frio, que impelido por ventiladores. O ar frio movimentado por entre as aletas, retirando o calor, num processo contnuo.

3 - A refrigerao pode ser conseguida com o uso de gua, para dissipar o calor. A gua retira o calor do leo e o leo retira o calor das bobinas e ncleo. Nesse caso, a gua o agente dissipador do calor.

O calor do leo passa para a gua, onde dissipado. Porm a serpentina de gua interna ao transformador. 4 - O mesmo processo utilizado de outra forma.

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O leo mineral o mais usado, por satisfazer aos casos normais de instalao, alm de ter preo reduzido. O uso do leo ascarel, produto qumico no inflamvel, se restringe a casos especiais. Por ser isolante, o leo do transformador deve ser verificado a cada trs anos, pelo menos. Essa inspeo s pode ser feita por pessoal especializado, porque at o simples contato com o leo pode contamin-lo. O tanque do transformador, alm de ser um depsito de leo, tem a caracterstica de dissipador de calor, transferido pelo meio lquido (leo isolante).

Como voc pode observar nas ilustraes, os tanques tem formas prprias para essa finalidade, ou seja, so providos de aletas ou tubulaes, por onde circula o leo. O peso de toda a estrutura dos enrolamentos (bobinas, ncleo e ainda isoladores) sustentado pelo tanque, principalmente quando se trata de transformadores que se montam em postes e so presos por ganchos. Construdos com chapa reforada, o acabamento dos tanques cuidadoso, por ser responsvel, tambm pelo bom funcionamento. Os tipos variam; podem ser lisos ou corrugados (de chapa ondulada). Esse tipo de tanque normalmente utilizado em transformadores de mdia capacidade, onde o aquecimento das bobinas menor. necessrio verificar o nvel do leo periodicamente, para que no haja falta de leo no transformador. Mas nunca abra um transformador, para no contaminar seu leo isolante.

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Veja, novamente, a mesma ligao, representada de forma mais simples. Observe que os trs diagramas representam a mesma ligao em estrela.

Essa ligao vlida tanto para o primrio como para o secundrio. De forma idntica, voc pode fazer a ligao tringulo. Vejamos um exemplo de ligao tringulo no primrio de um transformador.

A ligao tringulo tambm vlida, tanto para o primrio como para o secundrio. 27

No transformador, as ligaes estrela ou tringulo devem obedecer s notaes que correspondem s Entradas e Sadas das fases. Isso necessrio, pois a corrente, em cada fase, tem que ter sentido definido. Vamos representar as fases, com as entradas e sadas, e as letras correspondentes, conforme as normas. Observe o diagrama:

Como ficou visto acima, essas letras so normalizadas. U, V e W so sempre entradas. X, Y e Z so sempre sadas.

Para o fechamento em estrela, temos que ligar as trs sadas das fases. Fechamos X, Y e Z. Esse fechamento origina o ponto neutro. U, V e W ficam sendo as entradas das fases. Vamos, agora, ao fechamento em tringulo, conforme as notaes de entrada e sada. Veja o diagrama abaixo:

Esse diagrama representa as conexes internas de um transformador fechado em tringulo. Tem, ainda, as notaes de entrada e sada das fases. Em U, V e W temos as entradas das fases. Para o fechamento em tringulo, as ligaes so feitas da seguinte forma: Entrada de F1 com sada de F3 U com Z; Entrada de F2 com sada de F1 V com X; Entrada de F3 com sada de F2 X com Y.

Essas conexes so vlidas para primrio e secundrio. Vimos os fechamentos estrela e tringulo, conforme as notaes para entrada e sada.

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Vamos, agora, complement-las: Para o primrio voc notar U1, V1 e W1; Para o secundrio voc notar U2, V2 e W2.

Por norma, temos que observar os terminais que correspondem entrada e sada do transformador. No confundir entrada e sada das fases, com a entrada e sada do transformador. A entrada e sada do transformador se referem aos terminais de entrada e sada do primrio e secundrio. Esses terminais ficam na tampa, na parte superior externa do transformador. Veja na figura abaixo, onde tem origem os terminais do primrio e secundrio. Note que por hiptese, suas fases so ligadas em tringulo e estrela.

Essas notaes devem obedecer, ainda, a outras regras: O terminal H1 deve ficar direita de quem olha para os terminais, a partir do lado de tenso mais alta. Em frente a H1 deve ficar o terminal X1, de tenso mais baixa.

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LIGAO ZIGUEZAGUE A ligao de um secundrio em ziguezague assim denominada porque, como voc pode observar nas ilustraes, o secundrio das fases distribudo, metade numa coluna e metade na outra. Veja o exemplo da ligao ziguezague da fase 1. A metade 7-8 est na coluna 1 e a segunda metade (18-17) est na coluna 2. Na ilustrao abaixo, voc pode perceber como ligada a fase 2. A primeira metade(11-12), na coluna 2, e a segunda metade (9-10), na coluna 1. A outra figura representa a fase 3. A primeira metade (15-16) est na coluna 3 e, a segunda (13-14), na coluna 2. Note que todas as primeiras metades esto num sentido e, as segundas metades, em outro. Isso necessrio para retorno do fluxo magntico.

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A ligao ziguezague recomendada para pequenos transformadores de distribuio, cuja carga no secundrio no seja equilibrada. Imagine que a carga do secundrio, por exemplo, na fase 1, se desequilibra, isto a fase 1 receba maior carga que os demais. Como a fase 1 est distribuda em 2 colunas, ela recebe induo dessas duas colunas. Assim, a maior carga de fase 1 ser compensada pela induo de 2 colunas. Isso tender a equilibrar a carga no primrio do transformador, resultando menor queda de tenso na fase secundria correspondente. 7. MOTORES ELETRICOS Os motores eltricos so mquinas que transformam energia eltrica em energia mecnica; assim, ao ligarmos um motor rede, ele ir absorver uma dada quantidade de energia eltrica, e em troca aciona uma carga, por exemplo, um bonde. Este processo de converso da forma de energia anlogo ao que se verifica num motor a gasolina. Neste motor, tambm dito motor a exploso, aproveita-se a energia proveniente da queima de combustvel para movimentar o veculo. Num motor eltrico o combustvel a energia eltrica. Os motores eltricos em geral se compem de duas partes: o rotor que a parte mvel e o estator ou carcaa que a parte fixa.

Os motores eltricos de corrente alternada funcionam quando ligados a uma rede de tenso alternada; so monofsicos ou trifsicos se necessitam de tenso monofsica ou de tenso trifsica.

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Os motores eltricos de corrente contnua funcionam quando ligados uma rede de tenso contnua. Os motores de CA so hoje os mais utilizados; podemos encontr-los em refrigeradores domsticos. em mquinas ferramentas etc. Os motores de CC so de emprego mais restrito, sendo encontrados na trao eltrica, grandes laminadores etc. Vamos estudar com maior profundidade os motores de CA. Eles podem se classificar, segundo o sistema eltrico de alimentao e o princpio de funcionamento ou arranque, em:

Existem outros tipos de motores de CA, que se encontram mais raramente. Os motores de induo (tanto trifsicos como monofsicos) possuem no estator um jogo de bobinas que produzem um campo magntico. No interior do motor, apoiando-se sobre mancais, encontra-se a parte mvel, ou rotor. Este rotor dispe de um enrolamento constitudo por simples condutores ou barras postas em curto-circuito entre si (rotor em curto ou em gaiola de esquilo) ou podem tambm possuir um outro tipo de enrolamento, cujos extremos so levados a anis coletores eletricamente isolados do eixo e entre si e sobre os quais se apoiam escovas de carvo, fixas ao estator, que nos permitem ligar o motor a um circuito externo.

O motor de induo possui velocidade praticamente constante.

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Os motores de induo de pequena potncia so, na maioria das vezes, monofsicos, com rotor em curto; para a partida necessitam de dispositivos especiais, uma vez que no tem arranque prprio. J os motores trifsicos de induo so de maior potncia e tem arranque prprio. Como exigem grande corrente da rede, no instante de partida, usam-se dispositivos especiais para diminu-la. No motor monofsico srie ou universal o enrolamento do rotor levado s escovas, por intermdio de um comutador (coletor constitudo por lminas isoladas entre si), e ligado ao estator. Este tipo de motor funciona tanto com CC como com CA. Possui velocidade varivel. No motor repulso o enrolamento do rotor levado s escovas que esto ligadas em curto circuito. Possui velocidade varivel, sendo usualmente empregado como motor repulso induo. Na partida funciona como motor de repulso (que tem arranque prprio) e, posteriormente, por um dispositivo centrfugo, as lminas do coletor so colocadas em curto-circuito, passando a funcionar como motor de induo monofsico. Os motores de corrente contnua podem ser classificados segundo o modo de excitao em:

Eles so empregados em razo de terem suas velocidades variveis, conforme a corrente no campo indutor. De acordo com as normas brasileiras de eletrotcnica NB-3, todos os motores eltricos devem possuir uma placa metlica firmemente presa ao estator, na qual so marcadas, de maneira legvel, pelo menos as seguintes caractersticas: Nome, marca comercial ou smbolo identificador do comerciante; Tipo, srie e nmero de fabricao; Espcie de corrente (alternada ou contnua); Espcie de motor ( induo, paralelo, etc.); O nmero de fases ou freqncia em ciclos/seg. (motores de CA); Potncia nominal em KW, HP (1 HP = 0,746 KW), ou em CV (1 CV = 0,736 KW); Tenso nominal ou tenses nominais de operao; Corrente nominal plena carga; Velocidade angular nominal plena carga (rotaes p/min.);

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Tenso e corrente do circuito secundrio (motores de induo com rotor bobinado de anis).

Todos os motores devem trazer, ainda, na mesma ou noutra placa, o esquema das ligaes. As placas de caractersticas podem ainda indicar: Fator de potncia nominal plena carga; Espcie de servio (contnuo, de pequena durao; quando falta esta indicao, o motor de servio contnuo); Aumento permissvel da temperatura dos enrolamentos e partes adjacentes, em graus centgrados; O fator de servio (sobrecarga que o motor pode suportar em servio contnuo).

MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA MOTOR UNIVERSAL O motor eltrico universal um motor que permite ligao, tanto na corrente contnua como na corrente alternada, pois o seu rotor bem como seu estator so formados por chapas de ferrosilcio, que reduzem ao mnimo os efeitos calorficos originados pelas correntes induzidas nas massas metlicas, quando sob a ao de um campo magntico varivel.

Nas ranhuras do estator so alojadas as bobinas de campo (geralmente duas), necessrias para a formao do campo indutor. Nas ranhuras do rotor so enroladas diretamente as bobinas induzidas, cujas pontas terminais so ligadas devidamente nas lminas que formam o coletor.

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O induzido I e o campo indutor C, so ligados em srie, como mostra o diagrama. Para a mudana do sentido de rotao, basta inverter as ligaes nos portaescovas, ou as ligaes das bobinas do campo indutor, quando a colagem de ligaes ao coletor, so equivalentes aos dois sentidos.

Os motores universais apresentam um alto conjugado de partida, desenvolvem alta velocidade, so construdos para tenses de 110V e 220V CC ou CA e normalmente a sua potncia no vai alm de 300W, salvo em casos especiais. Este tipo de motor aplicado na maioria dos aparelhos portteis eletrodomsticos e em algumas mquinas portteis usadas na indstria. MOTOR MONOFSICO DE ANEL EM CURTO O motor monofsico de anel em curto um motor de induo de rotor tipo gaiola de esquilo e seu estator de plos salientes com cavidades, onde so colocados anis de cobre ou lato, que abraam pouco menos da metade de cada plo.

criado pelos anis, um fluxo, devido as correntes induzidas produzida pelo fluxo varivel, defasado em atraso do fluxo originado pelas bobinas dos plos indutores, surgindo com a resultante, um campo giratrio. O rotor dentro dele forado a girar no mesmo sentido devido ao campo produzido pelas correntes induzidas nas barras alojadas nas ranhuras do rotor.

So construdos para tenses de 110V e 220V, 50 ou 60 Hz, 25W a 120W e normalmente para 2 - 4 e 6 plos para velocidades de 900 a 2800 R.P.M. em 50 Hz e

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1000 a 3400 R.P.M. para 60 Hz. tem velocidade constante no admite regulagem e nem reversibilidade. A aplicao desses motores se faz em pequenas mquinas tais como: tocadiscos, relgios, servo-mecanismo, etc., porque um motor de baixo conjugado de partida e baixo rendimento. MOTOR MONOFSICO DE FASE AUXILIAR O motor de fase auxiliar um motor de induo constitudo de um rotor tipo gaiola de esquilo e um estator formado por coroas de chapas isoladas de ferro-silcio, com ranhuras na parte interna, fixadas numa carcaa. Os enrolamentos, principal e auxiliar so alojados nas ranhuras isoladas, deslocadas de um ngulo de 90 eltricos um do outro. Os motores monofsicos de induo sem dispositivos de partida, no tem arranque prprio, por no produzir campo rotativo, da a necessidade, de se utilizar a fase auxiliar com caractersticas diferentes do principal, para que os campos magnticos defasados entre si produzam uma resultante rotativa, que por induo movimente o rotor tipo gaiola colocado dentro dele. O enrolamento principal calculado de modo preciso, mas o auxiliar conseguido de maneira emprica, mas sempre em relao ao principal, isto , o auxiliar vai de 34% a 80% do nmero de condutores do principal e a seo do condutor varia de 30% a 50% do condutor empregado no principal, calculado para 110 V.

Para duas tenses, basta desdobrar o enrolamento do principal calculado inicialmente para 110 V em duas vezes o nmero de condutores, com sua seo reduzida pela metade, dividido em dois circuitos, para que possibilite ligar em paralelo para 110 V e em srie para 220 V.

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O enrolamento auxiliar no deve ser modificado para 220 V, mas seus terminais devero ser ligados um num dos extremos e o outro no centro da ligao srie do principal, para que o condensador que fica ligado em srie com o auxiliar, no receba uma tenso alm de 110 V. Geralmente usado o enrolamento auxiliar somente para o arranque, depois, por intermdio de um interruptor comandado por um dispositivo centrfugo o auxiliar desligado, permanecendo o campo rotativo pela ao do sentido de rotao do rotor e pela componente de campo criada pelas correntes induzidas nas barras do tipo gaiola (rotor em curto). Atualmente estes motores so fabricados para duas tenses. 110 V e 220 V, para as freqncias de 50 Hz ou 60 Hz, para as potncias, de 1/6 a 2 CV. Sobre o motor colocado um condensador eletroltico com sua proteo conforme a figura abaixo.

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Para velocidade em vazio foi tomada a velocidade de sincronismo, embora, na prtica, essa velocidade seja ligeiramente menor. A velocidade marcada na placa dos motores refere-se quela medida plena carga. Os motores monofsicos de induo tm os seguintes inconvenientes: Pequena capacidade para suportar sobrecarga; Baixo rendimento; Baixo fator de potncia; Manuteno de custo elevado.

Os motores monofsicos de induo de fase auxiliar so utilizados em mquinas de lavar roupas, em eletrobombas, em geladeiras, enceradeiras de potncia elevadas, etc. O condensador aplicado nos motores de fase auxiliar tem dupla finalidade: Dar maior conjugado no arranque; Produzir maior defasamento entre os campos magnticos principais e auxiliar.

A capacidade dos condensadores de partida, determinada experimentalmente pelos fabricantes de motores, varia ao variar a potncia do motor, conforme a tabela abaixo com limite mximo at 1 CV

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MOTOR TRIFSICO ASSNCRONO O motor trifsico se compe de um estator com ranhuras no seu interior, onde so alojadas vrias bobinas perfeitamente isoladas da massa estatrica e entre si, devidamente distribudas e ligadas formando trs circuitos distintos e simtricos chamados fases. Estas fases devero estar ligadas em tringulo () ou estrela (Y) a uma rede trifsica para que suas bobinas produzam um campo resultante giratrio de valor invarivel. O motor trifsico de aplicao mais comum tem seu rotor do tipo gaiola de esquilo, podendo tambm ser do tipo bobinado com anis para controlar o arranque por intermdio de reostato. O campo giratrio ao passar pelas barras ou condutores produz nestes correntes induzidas, fazendo com que o rotor crie um campo magntico que acompanhe seu sentido de giro. Pode-se enunciar o seguinte princpio de funcionamento: trs enrolamentos idnticos A, B e C simetricamente colocados com os respectivos eixos a 120 entre si, percorridos por trs correntes alternadas de igual freqncia e valor eficaz, mas defasadas uma da outra de 120 eltricos ou de 1/3 de perodo, produzem um campo magntico rotativo R com amplitude constante, igual a 1,5 vezes o valor mximo de cada um dos trs campos componentes A, B e C.

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O campo magntico rotativo gira com velocidade uniforme, fazendo uma rotao em cada perodo da corrente de alimentao. O sentido de giro est subordinado seqncia de fases das correntes nos trs enrolamentos das fases do motor que para girar ao contrrio preciso inverter-se a corrente de dois enrolamentos. Em geral, os trs enrolamentos so ligados em estrela ou tringulo, para receber ligao de uma linha trifsica com trs fios. O sentido de giro do campo poder ser invertido, trocando-se simplesmente dois fios da linha ligados aos terminais do motor.

O grfico abaixo mostra uma curva senoidal que a representao da f.e.m. da corrente alternativa, e do campo magntico varivel produzido por uma corrente que varia periodicamente seu sentido e sua intensidade.

O motor trifsico de induo tem rotao de campo girante de acordo com a freqncia da rede e do nmero de pares de plos: , onde: f = freqncia de rede eltrica e P = nmero de plos do motor.

Escorregamento A diferena entre a velocidade do campo girante e a do rotor d-se o nome de escorregamento. Geralmente o escorregamento expresso percentualmente em relao velocidade de sincronismo. Seu valor baixo quando o motor funciona vazio. O escorregamento calculado pela relao: Onde: s = escorregamento, em %; ns = velocidade sncrona; n = velocidade do rotor. O rotor do motor plena carga d um escorregamento que varia de 3% para os motores potentes at 6% para os de pequena potncia. 41

Estes motores levam vantagem sobre o motor sncrono, pelo fato de poder partir com carga. H dois tipos de motores de induo, conforme a forma do enrolamento do seu induzido: Motor de rotor gaiola de esquilo; Motor de rotor bobinado.

Rotor com Gaiola de Esquilo O enrolamento do induzido deste tipo de motor formado por barras de alumnio ou cobre, colocadas dentro das ranhuras do rotor e tendo suas extremidades reunidas atravs de anis de curto circuito; as barras, quando de cobre, so soldadas aos anis. Este motor tambm chamado rotor em curto circuito. A velocidade do motor praticamente constante, pois o escorregamento varia pouco com a carga. O fator de potncia aumenta com a utilizao do motor at prximo plena carga nominal, quando alcana o seu mximo; a partir de ento elevando-se a carga, diminuir o valor de cs . O rendimento cresce, com a carga, at determinado ponto, tambm vizinho plena carga nominal quando as perdas fixas e variveis se equivalem; alm deste ponto o rendimento passa a baixar. As caractersticas acima podem ser observadas no grfico seguinte, onde 3 curvas relacionam o rendimento, a velocidade e o fator de potncia com a potncia solicitada ao motor.

O conjugado que vem relacionado com o escorregamento, no grfico seguinte baixo no incio do funcionamento, sendo prprio para arranques sem carga. Quando se necessita maior conjugado no incio do funcionamento eleva-se a resistncia do induzido usando-se rotores com dupla ou tripla gaiola, ou ainda com ranhuras profundas.

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O motor de induo com o rotor em curto circuito prprio para comando de eixo de transmisso, acionando bombas centrfugas, compressores de ar, ventiladores, tornos mecnicos etc. Rotor Bobinado O enrolamento do induzido constitudo por condutores de cobre isolados entre si e montados nas ranhuras do rotor. O conjugado no arranque, deste tipo de motor, bem melhor que o anterior porque podemos inserir resistores em srie com as fases do enrolamento do rotor. H tipos em que os resistores so montados no rotor e eliminados, quando a mquina atinge a sua velocidade normal, atravs de mecanismos centrfugos. Outro tipo de rotor bobinado aquele em que seus enrolamentos se ligam anis coletores sobre os quais apiam-se as escovas. Para entes tipos usam-se reostatos, em estrela (Y), ligados em srie com os enrolamentos do rotor atravs de escovas e anis coletores. A medida que o motor aumenta a usa velocidade, manobra-se o reostato a fim de retirar gradativamente os resistores do circuito at ligar os enrolamentos em estrela. Em alguns tipos de motores, para que as escovas no fiquem desgastando-se durante a marcha normal, elas so suspensas e, atravs de alavancas, os anis so curtos circuitados. Com a adio de reostatos alm de se melhorar o conjugado do motor pode-se variar a velocidade do mesmo, porm com o inconveniente de aumentar a perda por efeito Joule nos resistores, diminuindo o seu rendimento. O motor com rotor bobinado usado quando se necessita arrancar com carga e ainda quando se precisa variar a velocidade, como no caso das gruas, elevadores, etc. Os motores de induo, gaiola ou rotor bobinado, apresentam as seguintes vantagens: So simples, robustos, de arranque prprio e bom rendimento. O tipo gaiola de esquilo deve ser utilizado em todos os locais onde haja perigo de exploso, visto no produzir fascas, pois no contm contatos deslizantes (coletor, escovas, etc.). O tipo com rotor bobinado empregado quando h necessidade de arranque e paradas freqentes (servio intermitente) que exige maior conjugado inicial. Alm disso, com reostatos se tem velocidade regulvel. Como desvantagens dos motores assncronos citamos: o fator de potncia no igual a unidade, sendo baixo nos motores de pequena potncia, salvo no caso de serem bem construdos. O tipo gaiola de esquilo apresenta um baixo conjugado inicial, exceto nos de gaiolas especiais, e sua velocidade no pode ser regulada por meios comuns. Quando for necessrio a velocidade na proporo de 2 para 1 ou vice-versa, usase efetuar enrolamentos especiais de estator. 43

DEFEITOS NAS LIGAES DOS MOTORES C.A. Trataremos apenas dos defeitos externos mais freqentes dos motores de CA. O Motor No Arranca

Interrupo de uma ou mais fases da rede Com o auxlio de um multmetro, pode ser verificado se h fios interrompidos, conexo solta, contato frouxo, fusvel queimado, ou falta de tenso em uma ou mais fases da rede. Com exceo da ltima, que depende da rede da distribuio externa, as outras causas podem ser facilmente reparadas. Reostato de arranque interrompido Com o auxlio de um multmetro, pode se verificar a continuidade do circuito dos resistores ou o mau funcionamento dos contatos. Este defeito de fcil reparao. Motor no permanece com sua velocidade nominal com carga

Tenso baixa Com a diminuio da tenso, velocidade decresce, pois a potncia proporcional a ela. Com um voltmetro devemos conferir o valor da tenso e ajust-la ao devido valor, quando possvel. Ligao trocada Corrige-se o defeito trocando-se as ligaes. Aquecimento anormal

Interrupo de uma das fases O motor funciona como se fosse monofsico, sua velocidade baixa e apresenta um rudo caracterstico, consome uma corrente muito maior que a de regime e, no caso de estar com carga, acaba por queimar o enrolamento. Deve-se parar a mquina imediatamente, localizar o defeito com um multmetro e repar-lo, sempre que possvel.

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Ligao trocada Corrige-se o defeito, mudando-se as ligaes. Caso se mude as ligaes e o motor continue apresentando o problema, por que o defeito interno. DEFEITOS INTERNOS NOS MOTORES CA O Motor No Arranca Interrupo numa das fases do estator trifsico A interrupo numa das fases dos motores trifsicos transforma o enrolamento em monofsico e o motor no arranca. O consumo de corrente ser excessivo e o enrolamento, como bvio, se aquecer demasiadamente, podendo at queimar o motor. Com um multmetro, procura-se a fase interrompida e a seguir, usando-se o mesmo processo, verifica-se qual a ligao ou bobina defeituosa. Encontrando-se o defeito, o reparo simples. Interrupo do circuito de trabalho ou auxiliar dos estatores monofsicos A interrupo na alimentao de uma das bobinas (ou nas prprias bobinas), no condensador ou no interruptor centrfugo faz com que o motor no arranque. Localize o defeito como anteriormente e repare. Rotor roando no estator O entreferro de motores de pequena e mdia potncia muito reduzido e qualquer desgaste de mancais ou defeitos nos rolamentos desloca o rotor que entra em contato com o estator; tem-se ento o rotor bloqueado em razo da atrao magntica, o que faz com que o rotor permanea parado. Constatado o defeito, proceder ao reparo dos mancais ou rolamentos. Interrupo em uma das fases do rotor bobinado Havendo interrupo em uma das fases do rotor, o motor no d partida. Com um multmetro observar os defeitos que podem ser devido falta de contato das escovas com os anis, ligaes no executadas ou bobinas interrompidas. Constatado o defeito, proceder o reparo. O Motor No Mantm Carga Fase interrompida no enrolamento do rotor bobinado A interrupo de uma fase no rotor bobinado, durante o funcionamento sob carga provoca perda de velocidade do motor, gradualmente, at parar; essa anomalia verificada tambm por um rudo caracterstico. A localizao deste defeito se efetua ligando-se trs ampermetros em srie com as fases respectivas do rotor. No funcionamento vazio, as correntes assinaladas nos aparelhos so iguais; a medida que se carrega o motor, h diminuio da velocidade e um desequilbrio nas fases do rotor

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que se observa nos ampermetros. Num dos aparelhos a corrente cai a zero e nos outros dois, ela se eleva, indicando a fase interrompida naquela em que a corrente se anula. Procurar o defeito e efetuar o reparo. Defeito de fundio ou de solda no rotor gaiola de esquilo Pode acontecer que, na fundio, o alumnio no encha completamente as ranhuras, ficando as barras defeituosas, ou ainda, partirem-se devido ao esforo a que o rotor est submetido. Em se tratando de barras de cobre, ligadas ao anel de curto circuito, com solda fraca, podem elas, por aquecimento dessoldarem-se. Essas irregularidades trazem consigo aumento de resistncia do rotor, o motor se aquece e a velocidade ser inferior do regime. Inspecionando-se o rotor, constata-se o defeito e substitui-se o induzido ou refaz-se a solda conforme o caso. sempre prefervel usar a solda forte ao invs da solda fraca, pois o ponto de fuso da solda forte mais elevado que o da fraca. AQUECIMENTO ANORMAL Interrupo numa fase do estator Durante o funcionamento, ocorrendo a interrupo numa fase do estator, o motor passa a trabalhar como monofsico, absorvendo maiores correntes e aquecendo exageradamente. Deve-se parar o motor, verificar a fase interrompida, com um multmetro e efetuar o conserto. O interruptor centrfugo no desliga (motores monofsicos) O circuito auxiliar dos motores monofsicos no sendo interrompido durante o funcionamento, provoca aquecimento do motor podendo queimar o enrolamento. Verificar o interruptor centrfugo e repar-lo. Ligaes erradas Engano nas ligaes das fases ou nos grupos de bobinas de uma fase, ou ainda desigualdade do nmero de espiras nas fases do lugar a desequilbrios de correntes. Comumente a corrente resulta ser superior a do regime e o aquecimento ser anormal. Com trs ampermetros inseridos em srie nas fases do motor verificam-se as diferenas das correntes. Tambm pode ocorrer dissimetria devido a curto circuito entre espiras de uma fase. Localizar o defeito, com instrumento adequado e conferir as ligaes. Refazer as conexes conforme esquema ou trocar bobinas com espiras em curto. Curto circuito no rotor bobinado Contatos entre espiras ou entre bobinas do rotor provocam maiores consumo de corrente do estator, principalmente no arranque, e forte aquecimento. Localizar o defeito com instrumento adequado e efetuar o reparo.

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Contato defeituoso entre barras e anis de curto circuito A f.e.m. induzida nas barras do rotor muito pequena e a corrente, dada a baixa resistncia da gaiola, grande. Os contatos, quando imperfeitos, provocam aumento de resistncia, havendo, pela Lei de Joule, aquecimento suficiente para dessoldar as barras de anis (quando se trata de solda fraca). Com este defeito o motor perde velocidade. Com gaiola de alumnio fundido sob presso ou com barras de cobre unidas aos anis, com solda forte, estes inconvenientes no se manifestam. Umidade ou leo nos enrolamentos Umidade ou leo nos enrolamentos baixa a resistncia do isolamento, provocando aquecimento anormal na mquina. Quando este fica depositado em lugar pouco arejado e com vapor de gua os enrolamentos adquirem umidade. de boa norma efetuar um teste de isolao antes de colocarmos a mquina em funcionamento. No caso do leo lubrificante escorregar dos mancais, penetrando nos enrolamentos; necessrio efetuarmos um teste de isolao, pois tanto a umidade como o leo lubrificante estragam o verniz dos enrolamentos. Para repararmos estes inconvenientes necessrio colocarmos a mquina em estufa, tendo o cuidado de retirar as partes que podem se danificar com a temperatura que vai aproximadamente a 100C. Em alguns casos torna-se necessrio aplicar nova camada de verniz nos enrolamentos. Enrolamento do estator ou do rotor ligados massa Com um meghmetro, verificar se h contato entre condutores e massa. Localizar as bobinas defeituosas e isol-las ou substitu-las por outras novas, conforme a necessidade. Mancais ou rolamentos gastos Verificar a folga nos mancais e rolamentos e proceder a reparao do mancal ou substituio dos rolamentos. Defeitos de lubrificao (falta ou excesso) Verificar os mancais e reparar caso haja excesso ou falta de lubrificao. FUNCIONAMENTO RUIDOSO Rotor desequilibrado O defeito se manifesta com um rudo peridico, tanto mais acentuado quanto for o desequilbrio do rotor e excessiva vibrao da mquina. Essa irregularidade pode ser proveniente de um enrolamento mal distribudo. Deve-se restabelecer de imediato, o equilbrio esttico, com mquina apropriada; o desequilbrio faz com que a parte mais pesada do rotor se desloque para baixo. Adiciona-se ou retira-se um contrapeso, que pode ser de chumbo, na parte diametralmente oposta.

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A fixao deste contrapeso deve ser firme para evitar que se solte sob a ao da rotao.

Desgaste dos mancais ou rolamentos O desgaste dos mancais ou dos rolamentos provoca um ronco no motor que pode ser contnuo ou intermitente. Reparar os mancais ou substituir os rolamentos quando comprovada essa anomalia. Induo excessiva Sobre carga, tenso superior normal, e freqncia inferior a de regime fazem com que a induo se eleve, provocando aquecimento do motor e funcionamento ruidoso. A sobrecarga eleva a corrente acima do normal, aumentando por conseguinte o nmero de ampre-espiras, o que determina excesso de induo. A tenso superior normal e a freqncia inferior do regime produzem o mesmo efeito da sobrecarga. A induo excessiva se elimina fazendo com que o motor trabalhe dentro de suas caractersticas que esto indicadas na placa fixada na carcaa.

8. MOTORES ELTRICOS II Motor eltrico a mquina destinada a transformar energia eltrica em energia mecnica. O motor de induo o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilizao de energia eltrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando com sua construo simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptao s cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. Os tipos mais comuns de motores eltricos so: Motores de Corrente Contnua So motores de custo mais elevado e, alm disso, precisam de uma fonte de corrente contnua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contnua. Podem funcionar com velocidade ajustvel entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e preciso. Por isso, seu uso restrito a casos especiais em que estas exigncias compensam o custo muito mais alto da instalao.

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Motores de Corrente Alternada So os mais utilizados, porque a distribuio de energia eltrica feita normalmente em corrente alternada. Os principais tipos so: Motor sncrono: Funciona com velocidade fixa, utilizado somente para grandes potncias (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade invarivel. Motor de induo: Funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga mecnica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de mquinas acionadas, encontradas na prtica. Atualmente possvel controlarmos a velocidade dos motores de induo com o auxlio de inversores de freqncia. CONSTITUIO DO MOTOR DE INDUO O motor assncrono constitudo basicamente pelos seguintes elementos: um circuito magntico esttico, constitudo por chapas ferro magnticas empilhadas e isoladas entre si, ao qual se d o nome de estator; por bobinas localizadas em cavidades abertas no estator e alimentadas pela rede de corrente alternada; por um rotor constitudo por um ncleo ferromagntico, tambm laminado, sobre o qual se encontra um enrolamento ou um conjunto de condutores paralelos, nos quais so induzidas correntes provocadas pela corrente alternada das bobinas do estator. O rotor apoiado num veio, que por sua vez transmite carga a energia mecnica produzida. O entreferro (distncia entre o rotor e o estator) bastante reduzido, de forma a reduzir a corrente em vazio e, portanto as perdas, mas tambm para aumentar o fator de potncia em vazio. Como exemplo apresentamos a "projeo" dos diversos elementos o motor assncrono de rotor em gaiola de esquilo.

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LIGAO DE MOTORES TRIFSICOS Os motores trifsicos podem apresentar 6 ou 12 terminais sendo cada par de terminais referente a uma bobina. Os terminais so numerados como a seguir: Estrela - Tringulo - Segunda tenso 3 vezes maior que a primeira; - Tenses: 220/380 V, 380/660 V, 440/760 V - Cabos: 6 ( seis ) Tripla Tenso Nominal - Tenses: 220/380/440/760 V - Cabos: 12 ( doze ) Srie - Paralela - Cada fase dividida em 2 partes; - Segunda tenso o dobro da primeira; - Tenses: 220/440 V e 230/460 V - Cabos: 9 ( nove ) LIGAES EM ESTRELA ( ) E EM TRINGULO ( ) Cada bobina do motor trifsico deve receber 220 V em funcionamento normal, exceto se for motor especial para alta tenso. O motor de 6 terminais pode ser ligado em 220 V ou em 380 V; O motor, de 12 terminais pode ser ligado em 220 V, 380 V, 440 V, ou 760 V. A tenso com que se pode alimentar o motor depende da forma como so associadas suas bobinas. Tal ligao pode ser estrela (ou y) ou tringulo (ou ) sendo que em tringulo as bobinas recebem a tenso existente entre fases e em estrela as bobinas recebem tal tenso dividida por 3. As bobinas do motor de 6 terminais podem ser associadas em tringulo (para funcionar em 220V) ou em estrela (para funcionar em 380V ou para partir em 220V).

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As bobinas do motor de 12 terminais podem ser ligadas de diversas formas diferentes: tringulo paralelo (220V) , estrela paralelo (380V), tringulo srie (440V) e em estrela srie (760V) Observe-se que em paralelo as tenses so as mesmas do motor de 6 terminais e em srie as tenses so dobradas.

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9. COMANDO, MANOBRA E PROTEO

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CHAVES DE PARTIDA Durante a partida a corrente pode atingir valores muito altos, por isso, nos motores de maior potncia utilizam-se meios de aplicar s bobinas menor valor de tenso durante a partida, a fim de se reduzir a corrente nesse momento. PARTIDA DIRETA Provoca: Picos de corrente na rede; Pode provocar: Queda de tenso na rede; Suscita: Restries por parte da concessionria; Reduo da vida til da rede (quando no dimensionada de acordo).

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PARTIDA DIRETA COM REVERSO Se desejarmos que um motor trabalhe nas duas rotaes possveis (horrio e anti horrio) basta inverter uma das fases no motor que o sentido de rotao ser invertido. Veja o exemplo prtico abaixo:

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PARTIDA ESTRELA-TRINGULO (Y/ ) Utilizada em aplicaes cujas cargas tm conjugados baixos ou partidas a vazio; O motor deve possuir 6 terminais; A corrente e o conjugado de partida ficam reduzidos a 33%; Dupla tenso, sendo a segunda tenso 3 vezes a primeira; (Ex.: 220/380Volts); Na partida o motor ligado em estrela at prximo da rotao nominal e em seguida ocorre a comutao para a configurao tringulo. Uma das formas de se conseguir essa reduo ligar as bobinas de forma que pudessem receber tenso maior que a de funcionamento. Por exemplo, se o motor funciona em 220V, na partida este pode ser ligado em estrela, de forma que cada bobina receba 127V, e depois que o motor atinge pelo menos 75% da rotao nominal as bobinas passam para ligao tringulo. Esta tcnica de partida chamada estrela tringulo, /.

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CHAVE DE PARTIDA COMPENSADORA A chave de partida compensadora alimenta o motor com tenso reduzida em suas bobinas na partida. Essa reduo feita atravs da ligao de um autotransformador em srie com as bobinas, aps o motor ter acelerado, elas voltam a receber tenso nominal. A reduo da corrente de partida depende do TAP em que estiver ligado o autotransformador: TAP 65% - Reduo para 42% do seu valor de partida direta TAP 80% - Reduo para 64% do seu valor de partida direta A chave de partida compensadora utilizada em motores que partem sob carga; o conjugado resistente de partida da carga deve ser inferior metade do conjugado de partida do motor.

Figura 1 Fora

Figura 2. Comando

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10. SIMBOLOGIA

FIM DE CURSO MECANICO NA NF

DISJUNTOR UNIPOLAR

BOTO PULSADOR NA NF

SECCIONADORA FUSIVEL

BOTO COM RETENO NA NF

FUSIVEL

CONTATOS AUXILIARES

RELE TERMICO CONTATO AUXILIAR

NA

NF

P

PRESSOSTATO

T

TERMOSTATO

DISJUNTOR MOTOR

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CORRENTE ALTERNADA

CORRENTE RETIFICADA

CORRENTE CONTINUA

RELE TERMICO CONTATOS PRINCIPAIS

TERRA

CONTATOR CONTATOS PRINCIPAIS

BORNE

DISJUNTOR MOTOR CONTATOS PRINCIPAIS

TRANSFORMADOR

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