instituto nacional de pesquisas da amazÔnia – inpa … · 2015. 5. 5. · instituto nacional de...

101
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM ESTIMATIVA DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA REGIÃO CONTROLE DO DNA MITOCONDRIAL DE Nannostomus eques (CHARACIFORMES, LEBIASINIDAE) DA BACIA DO RIO NEGRO MARIA LEANDRA TERENCIO MANAUS - AM FEVEREIRO - 2009

Upload: others

Post on 27-Nov-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

ESTIMATIVA DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA REGIÃO CONTROLE DO DNA MITOCONDRIAL DE Nannostomus eques (CHARACIFORMES,

LEBIASINIDAE) DA BACIA DO RIO NEGRO MARIA LEANDRA TERENCIO

MANAUS - AM FEVEREIRO - 2009

MARIA LEANDRA TERENCIO

ESTIMATIVA DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA REGIÃO CONTROLE DO DNA MITOCONDRIAL DE Nannostomus eques (CHARACIFORMES,

LEBIASINIDAE) DA BACIA DO RIO NEGRO

Orientador: Jorge Ivan Rebelo Porto, Dr.

Dissertação apresentada ao Programa

Integrado de Pós-Graduação em Biologia

Tropical e Recursos Naturais do convênio

INPA/UFAM, como parte dos requisitos

para obtenção do título de Mestre em

Genética, Conservação e Biologia Evolutiva.

MANAUS - AM FEVEREIRO 2009

ii

Ficha Catalográfica

Sinopse:

Estudou-se a diversidade genética de oito populações naturais de Nannostomus eques do alto, médio e

baixo rio Negro, fundamentada na análise da região controle (D-loop) do DNA mitocondrial. As

análises filogenéticas e populacionais sugerem a existência de pelo menos duas unidades evolutivas

dentro de N. eques sendo que das oito populações analisadas somente a população do rio Demeni,

pertencente a unidade evolutiva 2, encontrou-se estruturada geneticamente.

T316 Terencio, Maria Leandra Estimativa da variabilidade genética da região controle do DNA mitocondrial de Nannostomus eques (Characiformes, Lesbiasinidae) da bacia do rio Negro/ Maria Leandra Terencio .--- Manaus : [s.n.], 2009. xvi, 102 f. : il. color. Dissertação (mestrado)-- INPA/UFAM, Manaus, 2009 Orientador : Jorge Ivan Rebelo Porto Área de concentração : Genética, Conservação e Biologia Evolutiva 1. Peixe ornamental – Negro, Rio (AM) . 2. Genética de populações. 3. DNA mitocondrial. 4. Nannostomus eques. I. Título. CDD 19. ed. 597.50415

iii

Aos meus pais, Flávio e Maria Inês,

minha avó Teresa e ao meu esposo

Igor.

iv

“O que faz da evolução uma teoria tão impecável é o fato

de ela explicar como a complexidade organizada pode

surgir da simplicidade primitiva”

Richard Dawkins

v

Agradecimentos

Ao Programa Integrado de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais

do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Universidade Federal do

Amazonas (UFAM), curso de Genética, Conservação e Biologia Evolutiva.

Ao Laboratório Temático de Biologia Molecular (LTBM) do INPA, Coordenação de

Pesquisas (COPE), onde foi desenvolvida a maior parte deste trabalho.

Ao CNPq e FINEP pelo financiamento dos Projetos de pesquisas “Biotecnologia

aplicada ao estudo das populações de peixes de importância econômica para a Amazônia”

(CNPq/CT/Amazônia), Projeto “Navegabilidade, hidrologia, qualidade de água e

biodiversidade do rio Negro (FINEP/CNPq 3724/04) - Projeto Fronteira.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela

bolsa de estudo durante a realização deste trabalho.

A todas essas pessoas fica a minha eterna gratidão, em especial:

Ao meu orientador, Jorge Porto, que até nas corriqueiras ocasiões do “assina isto pra

mim...” aproveitava o momento para me questionar, plantar dúvidas em minha cabeça.

Foram raras as ocasiões em que não saí de sua sala sem um enorme ponto de interrogação

pairando no ar. No início não entendia muito bem, mas hoje sei que estes momentos foram

fundamentais para meu amadurecimento. Sou extremamente grata por este tempo de

convivência, onde mesmo sabendo que eu nunca “havia pisado” em um laboratório de

biologia molecular, confiou em mim! Obrigada.

À Dra. Eliana Feldberg, pelo apoio, incentivo e “socorro” nas horas difíceis. Por me

incluir muitas vezes nos “momentos família” em sua casa e no sítio, aliviando a saudade da

família.

Ao Dr. Jansen Zuanon pela disponibilidade na identificação dos espécimes e pelo

“presente” coletado no Demeni.

À Maria Claudia Gross, “Claudinha cabeça” por existir! Já que não consigo expressar

em palavras quão importante você foi e é em minha vida acadêmica, desde os tempos que

fazíamos parte do seleto grupo “bóias-frias da ciência”, com o agravante de que a bolsa de

Pibic era dividida para três estudantes, Você, Carlos e Eu. Não é que valeu a pena?

Profissional exemplar e acima de tudo humilde em todos os seus atos. Obrigada por me

deixar fazer parte disto. Não adianta, aceite que você é especial!

Ao grande “tudo” Carlos Henrique Schneider, com você aprendi tudo que sei do

mundo da biologia molecular. Obrigada pela paciência ao ensinar “a cabeçuda”, desde o

vi

simples calibrar de uma pipeta até o não usar luva durante uma reação de seqüenciamento

(sabe que muito de suas neuras tem lógica? não se anime que não são todas). Obrigada, mil

vezes!

Aos técnicos e colegas de excursão, Agenor, Arnóbio e em especial ao Roberval pelos

momentos incríveis que foram as coletas e por me ensinarem o vocabulário do pescador, o

que se torna fundamental quando lhe dizem “Neste não! Vamos pegar a lharga dele!!!!”

Aos amigos de mestrado da “grande” turma GCBEV-2007, Adam, Isaura, Letícia e

Marcos.

A toda turma do projeto Pirada (Jacque, Kyara, Jane, Naiara, Iamíli, Rosa, Luci,

Larissa) pelo auxílio no laboratório e momentos de descontração. Em especial à Giselle,

companheira “do turno das sete da matina” por me ensinar muito e confiar seu filho “o

seqüenciador de DNA” em minhas mãos, e à Fabíola, que de “coleguinha de pós”, tornou-se

grande amiga. Obrigada por ouvir e compreender “meus momentos de ira”.

Ao pessoal do “Peixe-elétrico” pela ajuda nas coletas no alto rio Negro e em especial

à Renata Schmitt pela sua atenção e disponibilidade no campo e laboratório.

Aos amigos do Laboratório de Genética Animal do INPA: Claudia, Carlos, Leila,

Eduardo, Rodrigo, Brenda, Érica, Cacá, Marco, Alexandra e Cebolinha. Obrigado pelas

dicas, sugestões, discussões e festas!

Ao Robertão, Mara, Marcelo, e Miguel e demais colegas do Laboratório de

Citogenética Animal da Universidade Estadual de Ponta Grossa, por me iniciarem na vida

científica.

Aos compadres Carlos e Claudia. Se não fosse pela indicação de vocês, com certeza

eu não estaria em Manaus. Obrigada pela guarida quando Igor e eu ficamos “sem teto”,

pelos momentos de descontração, piscina, churrasco, piscina e mais churrasco! Polacos,

vocês são verdadeiros irmãos!

Ao casal de amigos Waleska e Daniel pelos ótimos momentos de diversão, bem como

pelo apoio nas horas que mais precisei.

Ao meu esposo Igor José Theodorovitz, por fazer parte da minha vida, apoiando,

rindo, chorando, brigando, torcendo. Sempre ao meu lado, sem você eu não seria quem sou e

nem faria o que eu faço. Obrigada!

Aos meus pais Flávio e Maria Inês, onde apesar de maneiras diferentes, e mesmo sem

entender completamente o que eu faço sempre me estimularam e me apoiaram a seguir em

frente. Mãe você sempre foi meu exemplo em tudo que faço!

vii

Este mestrado em Manaus me furtou grandes momentos em família e agradeço muito

a tolerância dos meus parentes mais próximos, principalmente de minha “vozinha Teresa”

em compreender que esta ausência foi muito maior do que eu gostaria.

Obrigada!

viii

Resumo

A bacia do médio rio Negro é a área de maior importância para pesca de peixes

ornamentais no estado do Amazonas e o município de Barcelos é o principal entreposto

comercial. Nannostomus eques (Lebiasinidae: Characiformes), conhecida popularmente

como peixe-lápis, é uma dentre as diversas espécies de peixes liberadas para

comercialização como ornamentais. Este trabalho apresenta um estudo sobre a variabilidade

genética em Nannostomus eques fundamentada na análise de seqüências da região controle

do DNA mitocondrial de 125 indivíduos coletados em oito tributários ao longo do alto

(Açaituba, Miuá, Jaradi e Arixanã), médio (Demeni) e baixo (Jacundá, Maguari e Catalão)

rio Negro. As inferências filogenéticas (máxima parcimônia, máxima verossimilhança e

distância genética) dos dados mitocondriais evidenciaram duas unidades evolutivas dentro

de N. eques, as quais estão separadas por 60 passos mutacionais. O limite geográfico entre as

duas unidades evolutivas parece ser as adjacências do principal tributário do rio Negro, o rio

Branco. A distância genética entre as duas unidades evolutivas variou de 5,50% a 8,30%.

Ambas as unidades diferiram de 8,50% a 11,80% em relação à espécie irmã, N. unifasciatus.

As análises populacionais (polimorfismo de DNA, AMOVA, Teste de Mantel) permitiram a

identificação de uma alta diversidade haplotípica (h > 0,90) em cada uma das unidades

evolutivas, uma forte estruturação genética populacional no rio Demeni e uma correlação

entre divergência genética e distância geográfica em apenas uma das unidades. Com base

nos dados moleculares as corredeiras e cachoeiras nas proximidades de São Gabriel da

Cachoeira (alto rio Negro) são a principal barreira ao fluxo gênico entre as populações da

unidade evolutiva 1. Aparentemente os surgimentos do rio Branco e do Arquipélago das

Anavilhanas foram responsáveis pela distribuição descontínua das duas unidades evolutivas,

exceto no igarapé Jacundá onde houve simpatria entre as unidades evolutivas. Tendo em

vista o grau de diferença entre as unidades evolutivas, N. eques da bacia do rio Negro não

pode ser tratada como um único estoque. Estes resultados podem ser de grande importância

para o manejo da pesca deste peixe ornamental.

ix

Abstract

The middle Negro River Basin is the most important area for ornamental fisheries in

the state of Amazonas being that the city of Barcelos is the main trading post. Nannostomus

eques (Lebiasinidae: Characiformes), commonly known as pencilfish, is one among the

many fish species allowed to be exported as ornamental. This paper presents a study on the

genetic variability of Nannostomus eques based on analysis of sequences of the control

region of mitochondrial DNA of 125 individuals collected in eight tributaries along the

upper (Açaituba, Miuá, Jaradi and Arixanã), middle (Demeni) and lower (Jacundá, Maguari

and Catalão) Negro River. The phylogenetic inferences from mitochondrial DNA data of N.

eques (parsimony, likelihood and genetic distance methods) showed two evolutionary units

separated by 60 mutation steps. The rough geographic boundary between the two units

seems to be the vicinity of the Branco River, the main tributary of the Negro River. The

genetic distance between the two evolutionary units ranged from 5.50% to 8.30%. Both

units differ from 8.50% to 11.80% from sister species, N. unifasciatus. The population

analysis (DNA polymorphism, AMOVA, Mantel test) resulted in the identification of high

haplotype diversity (h > 0.90) in each evolutionary unit, a strong population genetic

structure in the Demeni River and a correlation between genetic divergence and geographic

distance in only one of these units. Based on molecular data the rapids and waterfalls near

São Gabriel da Cachoeira (upper Negro River) are the main barriers to the gene flow among

individuals of the evolutionary unit 1. The emergence of Branco River and the Anavilhanas

Archipelago apparently were responsible for the disjoint distribution of the two evolutionary

units, except at Igarapé Jacundá where the evolutionary units were sympatric. In view of

extent differences between the evolutionary units, N. eques can not be treated as a single

stock in the Negro River basin. These results may have important implications for the

fishery management of this ornamental fish.

x

Sumário

Ficha Catalográfica ......................................................................................................... ii 

Sinopse: ............................................................................................................................. ii 

Agradecimentos ............................................................................................................... v 

Resumo .......................................................................................................................... viii 

Abstract ........................................................................................................................... ix 

1. Introdução .................................................................................................................... 1 1.1 Bacia amazônica e sub-bacia do rio Negro .............................................................. 2 

1.2 A ictiofauna do rio Negro ......................................................................................... 4 

1.3 Comércio de peixes ornamentais .............................................................................. 5 

1.4 Família Lebiasinidae e o gênero Nannostomus ........................................................ 6 

1.5 DNA mitocondrial e variabilidade genética ........................................................... 10 

2. Objetivos ..................................................................................................................... 13 2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 13 

2.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 13 

2.2 Hipóteses ................................................................................................................ 13 

3. Material e métodos .................................................................................................... 14 

3.1 Área de estudo e procedimentos de campo ............................................................ 14 

3.2 Análises moleculares .............................................................................................. 15 

3.2.1 Extração de DNA ............................................................................................... 15 

3.2.2 Amplificação e purificação dos fragmentos ....................................................... 16 

3.2.3 Seqüenciamento do DNA ................................................................................... 17 

3.3 Análise dos dados ................................................................................................... 18 

3.3.1 Edição e alinhamento das seqüências ................................................................. 18 

3.3.2 Árvore de haplótipos .......................................................................................... 18 

3.3.3 Inferências Evolutivas ........................................................................................ 18 

3.3.4 Análises populacionais ....................................................................................... 20 

4. Resultados .................................................................................................................. 22 

4.1 A região controle de Nannostomus eques .............................................................. 22 

4.2 Análise e distribuição dos haplótipos ..................................................................... 24 

4.3 Árvore de haplótipos .............................................................................................. 24 

xi

4.4 Matriz de distância genética ................................................................................... 27 

4.5 Análises populacionais ........................................................................................... 31 

4.5.1 Análises de polimorfismo de DNA .................................................................... 31 

4.5.2 Distribuição da variabilidade genética e diferenciação populacional ................ 32 

4.5.3 Teste de Mantel .................................................................................................. 34 

5. Discussão .................................................................................................................... 35 5.1 Caracterização da região controle de N. eques ...................................................... 35 

5.2 Inferências evolutivas ............................................................................................. 37 

5.3 Genética de populações .......................................................................................... 41 

7. Referências Bibliográficas ........................................................................................ 46 

8. Anexos ......................................................................................................................... 57 Anexo 01 ...................................................................................................................... 57 

Anexo 02 ...................................................................................................................... 62 

Anexo 03 ...................................................................................................................... 64 

xii

Lista de Figuras

Figura 01- Peixe-lápis - Nannostomus eques (barra: 1cm)....................................................... 9

Figura 02 – Distribuição geográfica de N. eques. Os pontos vermelhos indicam os locais de

ocorrência de N. eques obtidos no banco de dados NeoDat II e NeoDat III. ........................... 9

Figura 03 – Genoma mitocondrial (Fonte: modificado de Pereira, 2000).............................. 11

Figura 04- Bacia do rio Negro. Os círculos correspondem à localização dos locais

amostrados. Açaituba (AÇ); Miuá (MI); Jaradi (JA); Arixanã (AR); Demeni (DE); Maguari

(MA); Jacundá (JC); Catalão (CT). (ARN) alto rio Negro; (MRN) médio rio Negro; (BRN)

baixo rio Negro. ...................................................................................................................... 14

Figura 05 - Esquema do local de anelamento dos primers (setas vermelhas) que foram

utilizados para a amplificação do fragmento de interesse da região controle do DNAmt. .... 17

Figura 06 – Alinhamento múltiplo dos VNTRs encontrados em N. eques. A última seqüência

corresponde ao VNTR de repetição de N. unifasciatus (Ge). ................................................ 23

Figura 07 – Representação gráfica do número de substituições nucleotídicas (transição e

transversão) versus a distância genética (TVM+I+G) para a região controle do DNAmt. .... 23

Figura 08 – Redes de haplótipos geradas para N. eques. A- Rede formada por 40 haplótipos

pertencentes às populações do AÇ, MI, JA, AR, JC; B - Rede formada por 42 haplótipos

pertencentes às populações do JC, MA, CT; C - Rede formada por 15 haplótipos

pertencentes à população do DE. ............................................................................................ 25

Figura 09 – Árvore gerada pela MP. Valores de bootstrap estão acima dos ramos. Grupo 1

(Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá); Grupo 2 (Demeni, Jacundá, Maguari e

Catalão). Ge = N. unifasciatus. Os valores em porcentagem refere-se à distância genética

entre os ramos. ........................................................................................................................ 28

Figura 10 – Árvore gerada pela MV (Ln=3304.7620). Valores de bootstrap estão acima dos

ramos. Em destaque o grupo 1 (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá) e a população do

Demeni.. Ge = N. unifasciatus. Os valores em porcentagem refere-se à distância genética

entre os ramos. ........................................................................................................................ 29

xiii

Lista de Tabelas

Tabela 01 – Identificação dos locais de coleta de N. eques. ................................................... 15

Tabela 02 – Distância genética média entre e dentro das populações (em porcentagem)

obtida pela distância p não corrigida. Destacado em azul a distancia média entre as

populações do grupo 1; destacado em rosa a distancia média entre as populações do grupo

dois; em vermelho a elevada distância genética nas comparações envolvendo o Demeni. ... 27

Tabela 03 – Índices de polimorfismo de DNA para os espécimes de N. eques das oito

localidades amostradas. N=número amostral; H= número de haplótipos; HU=haplótipos

únicos; S=sítios polimórficos; ETA=número de mutações; HD=diversidade haplotípica; PI=

diversidade nucleotídica; K=média das diferenças nucleotídicas par a par. .......................... 32

Tabela 04 – AMOVA para o grupo 1 de N. eques (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e

Jacundá 1). .............................................................................................................................. 33

Tabela 05 – Diferenciação genética (Φst) acima da diagonal e estimativa indireta de fluxo

gênico (Nm) abaixo da diagonal para o grupo 1. Os valores sublinhados correspondem a

ausência de fluxo gênico efetivo. ........................................................................................... 33

Tabela 06 – AMOVA para o grupo 2 de N. eques (Demini, Jacundá, Maguari e Catalão). .. 33

Tabela 07- Diferenciação genética (Φst) acima da diagonal estimativa indireta de fluxo

gênico (Nm) abaixo da diagonal para o grupo 2. ns = não significativo. Os valores

sublinhados correspondem a ausência de fluxo gênico efetivo. ............................................. 33

Tabela 08 – Matriz de distância geográfica (km) entre as localidades amostradas. ............... 34

Tabela 09 – Valores de correlação obtidos no teste de Mantel para os grupos 1 e 2. ............ 34

Tabela 10 - Comparação da seqüência tipo TAS encontrada em N. eques com seqüência de

outros peixes. .......................................................................................................................... 36

1

1. Introdução

Com grande potencial para servir como modelo de manejo sustentável, os peixes

ornamentais têm sido considerados recursos aquáticos renováveis na Amazônia,

especialmente nos tributários do rio Negro. A grande riqueza de espécies transformou

algumas regiões desta bacia em áreas de comércio de peixes ornamentais, que atualmente

tem um papel importante na região, particularmente para comunidades ribeirinhas, que

através da comercialização no mercado internacional, utilizam desse recurso como fonte de

renda (Chao, 2001). Entretanto, muito pouco é conhecido sobre a história natural e a

estrutura genética das populações, dificultando o entendimento do modo de dispersão de

muitos organismos e a formulação de hipóteses que reflitam a filogenia das espécies. Esta

carência de estudos compromete as estratégias de preservação e manejo racional dos

estoques (Chao, 1993; Harris & Petry, 2001; Porto et al., 2001).

Um problema biológico comum entre os recursos aquáticos é que neles pode conter

uma biodiversidade oculta, representada por complexos de espécies. A exploração de

estoques, sem o conhecimento prévio de sua variabilidade genética e do número real de

espécies existentes pode levar a perda de linhagens isoladas reduzindo a variabilidade

genética total das mesmas (Frankham, 2005). O entendimento da estrutura genética

populacional de uma dada espécie é um passo importante, pois permite conhecer as

diferenças genéticas geradas por processos vicariantes e suas relações com as diferenças

adaptativas das populações (Avise, 1994). Recentemente, dois estudos genético-

populacionais em espécies distintas de peixes do rio Negro claramente demonstram que há

uma biodiversidade oculta (espécies crípticas) em Hipopygus lepturus (Schmitt, 2005) e

Carnegiella strigata (Schneider, 2007).

Dessa forma, através do seqüenciamento de DNA, este trabalho objetivou determinar

se a captura do ornamental Nannostomus eques, conhecido vulgarmente como peixe-lápis,

ao longo do rio Negro é feita sobre um estoque único, geneticamente homogêneo, ou se a

espécie em questão é constituída de várias populações geneticamente diferenciadas. Os

resultados apresentados nesta dissertação trazem informações importantes sobre a estrutura

genética desta espécie muito explorada comercialmente que poderá auxiliar diretamente nas

estratégias de conservação e manejo.

2

1.1 Bacia amazônica e sub-bacia do rio Negro

No começo do Cretáceo, o deslocamento para oeste da placa Sulamericana sob a Placa

de Nazca propiciou o nascimento da futura Cordilheira dos Andes que alcançou seu ápice no

fim do Mioceno. Esta barreira impediu o fluxo livre das águas que circulavam entre os atuais

Oceanos Atlântico e Pacífico represando as águas em um sistema de rios e lagos. Por conta

disto, a bacia amazônica tornou-se o maior ecossistema lacustre pantanoso que a terra já

conheceu. Os sedimentos provenientes dos Andes acumulados ao longo da bacia e as

alterações do nível do mar durante as glaciações do Quaternário (1,6 milhões de anos atrás

até o momento) definiram o episódio que contribuiu para o delineamento do sistema de

escoamento atual (Goulding et al., 1988, Lundberg et al., 1998, Rossetti et al., 2005).

A bacia amazônica está localizada em uma região de planície e possui cerca de 23.000

km de rios navegáveis, sendo o maior sistema de água doce do mundo, com

aproximadamente 7.000.000 km² de área de drenagem. De sua área total, 58% localiza-se no

Brasil, 16% no Peru, 10% na Bolívia e o restante na Colômbia, Equador e Venezuela. É

formada por várias sub-bacias fortemente influenciadas pela sazonalidade das chuvas que

contribuem para a formação dos mais variados habitats. Na época das cheias, os rios

amazônicos transbordam de seus leitos e avançam sobre a vegetação que cresce em volta de

suas margens, alagando uma área de 300.000 km2 (várzea e igapó), formando o mais extenso

ecossistema de áreas alagadas do planeta (Junk & Furch, 1993).

O Solimões-Amazonas é o coletor final deste complexo sistema de drenagem formado

por cerca de sete mil tributários, sendo os principais afluentes de sua margem esquerda o

Japurá, o Negro e o Trombetas, e da direita os rios Juruá, Madeira, Xingu e Tapajós (Santos

& Ferreira, 1999; Goulding et al., 2003).

Os rios amazônicos são diferentes não apenas na morfologia de seus cursos, mas

também nas propriedades físicas e químicas de suas águas. Com base nestas características,

Sioli (1950) classificou as águas da bacia amazônica como claras, brancas e pretas.

As águas pretas recebem este nome devido à coloração escura que suas águas possuem

quando em grande volume. A cor escura é devida à grande concentração de ácidos húmicos

e fúlvicos que se originam da decomposição, em condições de acidez, da matéria orgânica

das florestas que circundam os rios e dos processos edáficos existentes nos solos

amazônicos. Ainda são desconhecidos os fatores que causam a produção destes ácidos. A

acidez (pH entre 3,0 e 5,0) se deve à ausência de cálcio/magnésio e à pobreza de sais

minerais (Sioli, 1990).

3

Dentre as águas pretas destaca-se a bacia do rio Negro, formada por este rio e seus

afluentes. Este sistema de drenagem, com aproximadamente 700.000 km2, é responsável por

14% do volume de água da bacia amazônica (Goulding et al., 2003).

O Negro é um rio relativamente canalizado, com poucos meandros, mas

freqüentemente separado em braços pelas numerosas ilhas que norteiam o rio. Nasce na

região pré-andina da Colômbia, entra em território brasileiro e encontra-se com o rio

Solimões para formar o Amazonas, totalizando 1.700 km de extensão (Goulding et al.,

1988).

De acordo com a geomorfologia da área, o curso do rio Negro foi dividido em três

porções: alto, médio e baixo rio Negro (Franzinelli et al., 2002). O alto rio Negro refere-se à

região de sua nascente até a localidade de Santa Isabel do Rio Negro, onde o rio deixa as

rochas cristalinas do escudo das Guianas revelado pelas cataratas onde os canais atravessam

afloramentos de rochas antigas e flui através de depósitos sedimentares da bacia amazônica.

Nesta região o canal possui seções onde as águas fluem lentamente alternadas por seções de

correnteza entremeada de corredeiras e cachoeiras. A profundidade máxima é de

aproximadamente 12 metros no período da seca.

O médio rio Negro flui nos depósitos sedimentares do Terciário. Nesta região o canal

apresenta numerosos bancos de areia, especialmente perto de sua extremidade ao sul da

confluência com o rio Branco. Alcança uma largura de 20 quilômetros e profundidade

máxima de 18 metros na estação seca, assemelhando-se a uma bacia de sedimentação, com

rochas cristalinas até a boca do rio Branco onde se forma uma barreira causada pelo

acúmulo de sedimentos rio acima.

O baixo rio Negro tem início na região de confluência com o rio Branco e termina no

encontro de suas águas com o rio Solimões. Nesta região o rio Branco é o principal

fornecedor dos sedimentos, os quais não são suficientes para afetar a coloração da água

preta. O neotectonismo nesta área é responsável pela profundidade do rio e pela ocorrência

das íngremes falésias ao longo de suas margens Além disso, o neotectonismo parece ter

influenciado na origem de Anavilhanas, arquipélago formado por cerca de 400 ilhas, que

pelo grande fluxo das águas abriga uma ictiofauna bem diversificada (Franzinelli et al.,

2002).

Posteriormente, Latrubesse & Franzinelli (2005) subdividiram o rio Negro em seis

subunidades geomorfológicas, sendo que a primeira, subdividida em duas porções

4

correspondentes ao alto rio Negro; a segunda e a terceira correspondentes ao médio rio

Negro; e as demais subunidades correspondentes ao baixo rio Negro.

O rio Negro possui flutuações anuais do nível de água, o que determina períodos de

seca e inundação, que controla a biota do canal do rio e de áreas alagáveis (Junk et al.,

1989). Devido a este pulso de inundação, no período da cheia, muitos dos afluentes da

região mediana de seu curso podem se conectar por meio de uma planície, também chamada

zona de interflúvio (Goulding et al., 2003). Ainda, imagens de satélite no período da cheia

revelam que o rio Negro se conecta com o rio Uatumã ao leste e com o rio Japurá a oeste

(Goulding et al., 1988).

1.2 A ictiofauna do rio Negro  

A formação da bacia amazônica foi um dos fatores responsáveis pela diversidade da

fauna de peixes de água doce Neotropical (Vari & Malabarba, 1998). Estima-se que existe

mais de 6.000 espécies habitando as águas continentais da região Neotropical (Reis et al.,

2003). A maior parte desta diversidade concentra-se no norte da América do Sul, que

abrange a região ao leste dos Andes compreendida pela bacia amazônica e bacia do Orinoco

(Buckup et al., 2007; Vari, 1997).

A ictiofauna amazônica está representada principalmente pela superordem

Ostariophysi, que agrupa cerca de 85% das espécies amazônicas, em média 43% estão

incluídas na ordem Characiformes, 39% na ordem Siluriformes e 3% na ordem

Gymnotiformes. As demais espécies pertencem a outras 14 famílias de diferentes ordens

(Santos & Ferreira, 1999).

O catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil, recentemente elaborado,

registra a ocorrência de 2.587 espécies pertencentes a famílias de peixes que ocorrem

exclusivamente em ambientes de água doce, onde 2.481 espécies estão formalmente

descritas e 106 em fase de descrição (Buckup et al., 2007). É bem provável que 50% de

todas as espécies de peixes do Brasil ocorram na bacia amazônica, já que apenas para o rio

Negro são creditadas de 700 (Goulding et al., 1998) a 946 espécies (Chao, 2001).

A comunidade de peixes do rio Negro é composta em sua maioria por peixes

pequenos. Goulding et al. (1988) relacionaram este fator à menor quantidade de nutrientes

das águas pretas. Cerca de 40 espécies alcançam sua maturidade sexual com tamanhos

menores que 20 mm, cujos adultos medem no máximo 40 mm de comprimento o que

caracteriza o fenômeno conhecido como miniaturização (Santos et al., 2006).

5

Dentre as inúmeras espécies encontradas na bacia do rio Negro, várias são liberadas

para comercialização como peixes ornamentais: cardinal (Paracheirodon axelrodi), acará-

disco (Shymphysodon spp.), acará-bandeira (Pterophyllum spp.), peixe-borboleta

(Carnegiella spp.), peixe-lápis (Nannostomus spp.), entre outras (Chao, 2001).

1.3 Comércio de peixes ornamentais

O comércio de peixes ornamentais se mantém entre os principais produtos da pauta

de exportações no Estado do Amazonas, o que gera uma renda anual de cerca de 3 milhões

de dólares. Entre 2005 a 2007, aproximadamente 30 milhões de peixes ornamentais foram

exportados do Estado do Amazonas. O volume exportado aumentou a uma taxa de

crescimento média de aproximadamente 28,8% ao ano, passando de 17 milhões em 2002,

para 36,2 milhões em 2005 (Anjos et al.,2007, MMA 2008).

Os peixes ornamentais exportados do Estado do Amazonas correspondem de 130 a

140 espécies, distribuídas em 25 famílias das quais a Characidae, com aproximadamente 26

espécies, representam 79% das exportações. O cardinal é a espécie mais popular e representa

em média 60% do volume exportado. Calcula-se que cerca de 70% dos peixes exportados do

Estado do Amazonas provem da região do rio Negro próximo ao município de Barcelos,

onde grande parte das espécies são capturadas em pequenos riachos de águas pretas e claras

(Anjos et al., 2007).

A bacia do médio rio Negro é a maior área de pesca de peixe ornamental do Estado

do Amazonas e o município de Barcelos é o principal entreposto comercial. Estima-se que

80% da população ribeirinha da região tenha alguma relação econômica com este comércio

sendo a principal fonte de emprego e rendimento para a população dos municípios de

Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro (Prang, 2001; 2007).

Apesar da grande importância do comércio de peixes ornamentais para o

desenvolvimento da região amazônica, existem falhas graves nas atividades ligadas à

comercialização. Anjos et al. (2007), analisando declarações de exportações fornecidas pelo

IBAMA, detectaram muitas informações errôneas sobre as espécies comercializadas nos

portos da região amazônica. Freqüentemente os autores encontraram grupos de espécies

sendo exportadas sob uma mesma denominação, isso ocorre porque muitos exportadores

classificam as espécies de acordo com catálogos de peixes ornamentais destinados aos

aquaristas, com base em fotografias. Fica clara a falta de controle que se tem sobre o número

real de espécies que são exploradas pelo comércio de ornamentais. Esta situação não se

6

alterou com a recente publicação da IN 203/2008 pelo Ministério do Meio Ambiente que

normatiza as espécies de peixes ornamentais passíveis de serem comercializadas, pois

muitas delas ainda permanecem indeterminadas (Ancistrus spp; Baryancistrus spp;

Engemannia spp; Farlowella spp; Hiphessobrycon spp; Hypostomus spp; Scobiancistrus

spp).

1.4 Família Lebiasinidae e o gênero Nannostomus

Pertencente à ordem Characiformes, a família Lebiasinidae consiste de 61 espécies

consideradas válidas e se encontram distribuídas em sete gêneros: Lebiasina, Piabucina

(subfamília Lebiasininae), Nannostomus, Copeina, Copella, Pyrrhulina (subfamília

Pyrrhulininae) e o gênero Derhamia, recentemente descrito, mas não incluído em nenhuma

subfamília (Netto-Ferreira, 2005). Desse total de espécies, 16 lebiasinídeos estão

oficialmente liberados pelo IBAMA para serem comercializadas para fins ornamentais:

Copeina (C. guttata; C. arnoldi; C. metae); Copella (C. nattereri; C. nigrofasciata);

Nannostomus (N. beckfordi; N. digrammus; N. eques; N. espei; N. marginatus; N.

trifasciatus; N. unifasciatus); Pyrrhulina (P. brevis; P. laeta; P. rachoviana; P. vittata)

(IBAMA IN 203/2008).

Os lebiasinideos são endêmicos da região Neotropical, sendo encontrados na América

Central e em todos os países da América do Sul, exceto o Chile. São peixes que vivem

próximos às margens e podem ser encontrados em rios de água preta, branca e clara

(Weitzman & Weitzman, 1982).

Os representantes desta família possuem o corpo cilíndrico e alongado, sendo

considerados de pequeno a médio porte com comprimento variando de 1,6 cm

(Nannostomus anduzei) a 20 cm (algumas espécies de Pyrrhulina) (Weitzman, 1964).

As espécies dos gêneros Copeina, Copella e Pyrrhulina são invertívoras, já as espécies

do gênero Nannostomus alimentam-se de organismos bentônicos associados à vegetação

aquática. Os representantes dos gêneros Lebiasina e Piabucina, por sua vez, possuem

hábitos alimentares mais generalistas, alimentando-se de insetos, crustáceos e peixes

(Román -Valencia, 2004).

Os lebiasinídeos apresentam acentuado dimorfismo sexual relacionado principalmente

à coloração e à morfologia da nadadeira anal. Nos machos ela é mais protuberante e

colorida. Tubérculos nupciais aparecem em algumas espécies de Nannostomus e Lebiasina.

A fecundação é externa e as espécies apresentam cuidado parental (Netto-Ferreira, 2005),

7

que é realizado principalmente pelos machos que permanecem aerando os ovos até a eclosão

dos mesmos (Blumer, 1979). Produzem ovos em pequenas quantidades, possivelmente como

resposta às condições oligotróficas dos igarapés amazônicos de terra-firme (Araújo, 2003).

A taxonomia da família Lebiasinidae é complexa devido às inúmeras propostas de

relacionamento entre os gêneros que a compõe e os demais Characiformes. As hipóteses

filogenéticas com base em caracteres morfológicos incluem os lebiasinideos no clado

monofilético denominado Erythrinoidea, juntamente com as famílias Erythrinidae,

Ctenoluciidae e Hepsetidae (Buckup, 1998; Oyokawa, 1998). Netto-Ferreira (2005), com

base em 25 sinapomorfias, considerou a família Lebiasinidae monofilética. Contrariamente,

Moreira (2007) propôs que a família Lebiasinidae é parafilética onde Pyrrhulininae aparece

como grupo-irmão de Erythrinidae. Os estudos relevantes (Oyokawa, 1998; Buckup, 1998;

Netto-Ferreira, 2005; Moreira 2007), concordam com a existência das duas subfamílias,

Pyrrhulininae e Lebiasininae.

Alguns estudos genéticos conduzidos nos Characiformes permitiram inferir sobre o

posicionamento de representantes da família Lebiasinidae (gênero Nannostomus) na

filogenia da ordem. Orti & Meyer (1996) a partir da análise de seqüências de DNA nuclear,

posicionaram o gênero Nannostomus na base do clado que inclui todos os Characiformes.

Novamente, Orti & Meyer (1997) utilizando seqüências de genes mitocondriais do DNA

ribossomal (12S e 16S) apresentaram três árvores de relacionamento de Nannostomus com

os demais Characiformes, sendo que devido a saturação dos genes a árvore mais plausível

agrupou Nannostomus com Pyrrhulina e este clado como sendo grupo irmão dos clados

Hoplias + Hepsetus, Boulengerela + Ctenolucius, Phenacogrammus + Hydrocynus + Alestes

+ Acestrorhynchus. Calcagnotto et al. (2005) em uma análise fundamentada em seqüências

de quatro genes nucleares (RAG2; sai; fkh; trop) e dois genes mitocondriais (12S e Cyt b),

incluíram a família Lebiasinidae na superfamília Erythrinoidea e propõem uma relação mais

estreita com Hepsetidae (Africano) e Ctenoluciidae (Neotropical) e estes formam um grupo

irmão de Crenuchidae e Erythrinidae.

Com relação às espécies do gênero Nannostomus, estas distribuem-se pelas bacias do

Amazonas, Orinoco e bacias costeiras entre a foz destes dois rios, ocorrendo em águas

abertas dos grandes rios, áreas alagadas e pequenos igarapés (Weitzman & Weitzman,

2003). Três gêneros nominais são atualmente considerados sinônimos de Nannostomus:

Archicheir, Poecilobrycon e Nannobrycon (Netto-Ferreira, 2005).

8

Até o momento existem 16 espécies válidas que integram o gênero Nannostomus. São elas:

N. anduzei, N. beckfordi, N. bifasciatus, N. britskii, N. digrammus, N. eques, N. espei, N.

harrisoni, N. limatus, N. marginatus, N. marilynae, N. minimus, N. mortenthaleri, N. nitidus,

N. trifasciatus e N. unifasciatus (Weitzman & Weitzman, 2003).

As relações filogenéticas dentro do gênero Nannostomus ainda permanecem obscuras,

apesar das revisões já efetuadas. Segundo Weitzman (1966) e Weitzman & Cobb (1975), as

espécies N. harrisoni, N. bifasciatus, N. unifasciatus e N. eques formam um grupo mais

relacionado dentro do gênero, com base em caracteres morfológicos.

Os representantes de Nannostomus são pequenos, coloridos e apresentam de uma a

cinco listras escuras na região longitudinal do corpo, e por conta disto, são conhecidas

popularmente por peixes-lápis. Este padrão de coloração é observado somente durante o dia,

pois durante a noite as listras desaparecem e três listras verticais ou perpendiculares são

evidenciadas. Este padrão noturno de coloração é observado em todos os indivíduos juvenis

de muitas espécies, sendo substituído pelo padrão de listras horizontais somente quando os

indivíduos alcançam a idade adulta. Além disso, o padrão de coloração noturna é exibido por

fêmeas de algumas espécies durante a corte reprodutiva (Weitzman & Cobb, 1975;

Weitzman, 1978). Segundo Fujii & Masagaki (1999) a alternância dos padrões de coloração

se deve à mudanças circadianas que atuam nos melanóforos tegumentares destas espécies.

Nannostomus eques (Figura 01), escolhida como objeto de estudo, é uma das mais

exploradas no ramo da aquariofilia, por apresentar uma posição de natação quase vertical e

um padrão de colorido aparentemente especializado. Além disso, é a única espécie do

gênero a apresentar cinco listras horizontais ao longo do corpo (Weitzman & Weitzman,

2003). De acordo com uma compilação no banco de dados NeoDat II e NeoDat III, a

distribuição geográfica desta espécie inclui tributários das bacias amazônica, Orinoco e

Essequibo (Figura 02).

Apesar da exploração das espécies de Nannostomus, as análises genéticas feitas no gênero ainda são

poucas. Há algumas informações que indicam que o número cromossômico haplóide encontrado nas espécies

deste gênero varia de n=11 a n=23 (Scheel, 1973) e o número diplóide de N. beckfordi e N. eques é 2n=42 e

2n=34, respectivamente (Arefjev, 1990). Há também o desenvolvimento de marcadores microssatélites para o

estudo da variabilidade genética de N. unifasciatus de populações do médio rio Negro (Beheregaray et al.,

2004). Estes últimos autores encontraram uma alta variabilidade genética entre as localidades amostradas e

constataram que existe possibilidade de utilização destes marcadores microssatélites em N. eques.

9

Figura 01- Peixe-lápis - Nannostomus eques (barra: 1cm).

Figura 02 – Distribuição geográfica de N. eques. Os pontos vermelhos indicam os locais de ocorrência de N. eques obtidos no banco de dados NeoDat II e NeoDat III.

10

1.5 DNA mitocondrial e variabilidade genética Porto et al. (2001) destacaram que para explorar o recurso pesqueiro, particularmente

os peixes ornamentais do rio Negro, é de fundamental importância conhecer não apenas o

ciclo de vida das espécies mas também a estrutura genética das populações.

As técnicas moleculares, dentre elas a análise de seqüências de DNA, têm sido

eficientes para fornecer informações que visam avaliar e diagnosticar geneticamente grande

parte da biodiversidade amazônica. De acordo com Avise (1994) este nível de detalhamento

tem sido relevante para discutir questões importantes sobre a conservação e o manejo

genético de diversas espécies de peixes.

O DNA mitocondrial (Figura 03) dos animais vem sendo utilizado para aferir o grau de

diversidade genética das espécies e estimar a variabilidade genética entre populações. Isto se

deve a algumas vantagens: à facilidade de ser isolado, pelo seu tamanho reduzido, por

apresentar herança uniparental, ausência de recombinação e elevada taxa de mutação (Avise,

1994). Estas propriedades do DNA mitocondrial facilitam a reconstrução das relações

evolutivas entre haplótipos que muitas vezes pode ajudar a entender o modo de dispersão de

muitos organismos, podendo gerar hipóteses que reflitam a filogenia da espécie (Avise,

1994; 1998).

O genoma mitocondrial é uma molécula circular de fita dupla contida em múltiplas

cópias nas mitocôndrias. São descritos 37 genes, dos quais 13 codificam proteínas, 22

codificam RNAs transportadores (RNAt) e dois codificam RNAs ribossomais (Meyer,

1993). Além disso, o DNA mitocondrial (DNAmt) possui uma região não codificadora

chamada região controle (alça-D ou D-loop), que apresenta seqüências específicas que

determinam o início da replicação da fita pesada (H- Heavy) e transcrição de ambas as fitas

de DNA. A região controle se encontra situada entre o RNAt da prolina e o RNAt da

fenilalanina no DNAmt de vertebrados, variando em algumas bases de tamanho entre as

espécies (Nahum, 2001). De todo o genoma mitocondrial a região controle é a que mais

acumula mutações podendo ser de duas a cinco vezes maior que dos genes que codificam

proteínas (Meyer, 1993).

Em peixes, a região controle apresenta por volta de 1.100 pares de bases, um domínio

central conservado e duas porções ricas em A/T (extremamente variáveis) nas extremidades

5` e 3` (Meyer, 1993). A região controle mitocondrial é dividida em três domínios:

ETAS/TAS (domínio das seqüências estendidas associadas com a terminação da síntese da

fita pesada durante a replicação), CCD (domínio central conservado) que se mostra pouco

11

variável por conter blocos de sequências conservadas, cuja função ainda é desconhecida;

CSB (blocos de seqüências conservados) que contém a origem de replicação da fita pesada e

os promotores da transcrição deste genoma. O domínio I (ETAS/TAS) têm se mostrado

altamente variável e freqüentemente contém seqüências repetidas em tandem (VNTR –

Variable Number of Tandem Repeats) que podem ou não variar no número de repetições,

sua localização corresponde a porção 5’ logo após o tRNA da prolina (Lee et al., 1995; Ray

& Densmore, 2003).

Figura 03 – Genoma mitocondrial (Fonte: modificado de Pereira, 2000).

O DNA mitocondrial de algumas espécies de peixes da bacia amazônica tem sido

utilizado para estudos de relações inter e intra-específicas e para verificar se existe relação

entre a estrutura genética das populações e os locais de amostragem (Alves-Gomes, 1995;

Porto, 1999; Lovejoy & Araújo, 2000; Sivasundar et al., 2001; Batista, 2001; Formiga-

Aquino, 2004; Schmitt, 2005; Hrbek, 2005; Frederico, 2006; Ribeiro, 2006; Santos, 2007;

Schneider, 2007, Souza, 2008).

De maneira geral, os trabalhos acima citados revelam o grau de variabilidade

genética presente nas espécies estudadas e mostram que os fatores que determinam o

isolamento genético de uma determinada população dependem de forças evolutivas como

seleção natural, fluxo gênico, deriva genética, mutação e o tempo viável para que estes

processos ocorram. Ainda, no caso dos peixes estudados, a estrutura genética dentro e entre

12

populações tem sido influenciada principalmente pelo fluxo gênico e o tamanho

populacional efetivo.

Sabe-se que a depauperação da variabilidade genética, dentro e entre populações,

pode ser um componente decisivo para a sobrevivência de uma espécie a médio e longo

prazos, já que a habilidade de se adaptar às constantes modificações do meio ambiente

depende em grande parte do nível de diversidade genética encontrada na mesma (Solé-Cava,

2001).

A variabilidade genética de uma população pode ser estimada por meio de vários

parâmetros: Número médio ou total de alelos/loco; diversidade genética, heterozigosidade

esperada; conteúdo de informação de polimorfismo; índice de fixação de Wright, entre

outros (Ridley, 2004).

O grau de diferenciação genética entre os estoques pesqueiros depende também de

vários fatores que levam as populações à homogeneidade ou à heterogeneidade. A avaliação

da estrutura genética de uma espécie determina a intensidade com que o fluxo gênico entre

suas populações vem ocorrendo. Se a troca de genes entre estas tem sido limitada a uma

determinada população que esteja sob pesca predatória, a possibilidade de sua recuperação

genética pela migração é pequena (Hilsdorf et al., 2006).

Todavia, o isolamento geográfico entre populações pode não significar uma total

heterogeneidade entre elas, pois as freqüências gênicas observadas podem estar sendo

representadas por episódios de fluxo gênico ocorridos em um passado recente. Assim,

diferentes populações podem não apresentar divergências genéticas estatisticamente

significativas (Frankhan, 2005).

13

2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

Caracterizar a região controle do DNA mitocondrial das populações do peixe

ornamental Nannostomus eques coletados em tributários ao longo do rio Negro.

2.1.2 Objetivos específicos

a) Estimar e comparar o grau de variabilidade genética de N. eques.

b) Verificar a presença de fluxo gênico entre as populações de N. eques.

c) Relacionar os agrupamentos encontrados com a distribuição geográfica e propor

hipóteses de diferenciação populacional.

2.2 Hipóteses

H01 – N. eques consiste em uma única linhagem genética dentro da área estudada, sendo

formada por uma população panmítica.

H02 - O fluxo gênico entre as populações não é influenciado pela distância ou barreira

geográfica.

14

3. Material e métodos

3.1 Área de estudo e procedimentos de campo

Os locais de amostragens referem-se a tributários das margens direita e esquerda,

localizados no alto, médio e baixo rio Negro. Ao todo, oito localidades foram amostradas:

Açaituba (AÇ), Miuá (MI), Jaradi (JA), Arixanã (AR), Demeni (DE), Jacundá (JC), Maguari

(MA) e Catalão (CT) (Figura 04).

Os 125 espécimes de Nannostomus eques analisados neste trabalho foram coletados

em fevereiro (no período da seca) e outubro (período de cheia) no ano de 2007, com o

auxílio de puçás e rapichés. Um espécime de N. unifasciatus, coletado no Catalão, foi usado

como grupo externo. Os espécimes foram identificados pelo Dr. Jansen Sampaio Zuanon

(INPA) e encontram-se depositados no Laboratório de Genética da Coordenação de

Pesquisas em Biologia Aquática do INPA. Cada ponto de coleta teve a sua localização

georeferenciada (Tabela 01). As coletas foram realizadas com a autorização do IBAMA

(Licença nº 1960108).

Figura 04- Bacia do rio Negro. Os círculos correspondem à localização dos locais amostrados. Açaituba (AÇ); Miuá (MI); Jaradi (JA); Arixanã (AR); Demeni (DE); Maguari (MA); Jacundá (JC); Catalão (CT). (ARN) alto rio Negro; (MRN) médio rio Negro; (BRN) baixo rio Negro.

15

Tabela 01 – Identificação dos locais de coleta de N. eques. rio Negro Localidade N. amostral Coord. S-N Coord. W-E

alto rio Negro Açaituba (AÇ) 15 00º 54' 28,9''N 66º 50' 6,5''W

Ig. Miuá (MI) 20 00º 08' 41''S 66º 52' 23''W Ig. Jaradi (JA) 14 00º 20' 10''S 65º 18' 32''W Ig. Arixanã (AR) 15 00º 16’15,8''S 62º 47'12,9''W

médio rio Negro Rio Demeni (DE) 15 00º 16’15,8''S 62º 47'12,9''W

baixo rio Negro Ig. Jacundá (JC) 09 01º 26'02''S 61º48' 24''W Ig. Maguari (MA) 20 01º 09' 45''S 61º 50' 53''W Lago Catalão (CT) 18 03º 09' 57''S 59º 54' 44''W

3.2 Análises moleculares

3.2.1 Extração de DNA

A extração de DNA foi realizada à partir de tecido muscular preservado em etanol

100%. O tecido foi retirado da região látero-dorsal de cada espécime. O protocolo de

extração de DNA utilizado foi o descrito por Sambrook & Russell (2001), com algumas

modificações.

Seguindo o protocolo, o tecido muscular foi retirado, colocado em tubo eppendorf e a ele

foi adicionado o tampão de lise (Tris-HCl pH 8,0 em 10 mM, NaCl 0,3 M, EDTA 10 mM,

Urea 4 M, SDS 1%) de Estoup et al. (1993) e Asahida et al. (1996), 15 μL de proteinase K

(10 mg/mL) e 6 μL de RNAse (10 mg/mL). As amostras foram levadas à estufa a 60 ºC para

digestão do tecido. Posteriormente, foram feitas três lavagens sucessivas, mediante

centrifugação a 14000 rpm, com 600 μL de cada um dos seguintes reagentes: fenol, fenol-

clorofórmio e álcool isoamílico.

Após a lise, o DNA foi separado das proteínas por precipitação salina (acetato de amônio

0,3M) por meio de centrifugação à 14000 rpm. O sobrenadante de cada amostra foi

precipitado com 400 μL de isopropanol gelado (100%), por meio de centrifugação. Ao final,

o DNA foi hidratado com aproximadamente 100 μL de água milli-Q, dependendo do

precipitado formado.

A análise da quantidade e integridade do DNA foi feita por eletroforese padrão (com

tampão Tris-Borato-EDTA 1X e corrida a 70 V por 40 minutos) em gel de agarose 0,8%

usando-se 1 μL DNA. A visualização e o registro fotográfico do DNA no gel, corado com

16

brometo de etídio (EtBr – 0,5 g/mL), foram feitos no fotodocumentador Eagle Eye

(Stratagene).

3.2.2 Amplificação e purificação dos fragmentos

A região controle do DNAmt foi amplificada por Reação em Cadeia da Polimerase

(PCR - Saiki et al., 1988), utilizando os seguintes oligonucleotídeos (primers): FTTF2 5’ –

CTAACTCCCAAAGCTAGTATT– 3’ (Ortí et al., 2008), HN20 5’ –

GTGTTATGCTTTAGTTAAGC– 3’ (Bernatchez & Danzmann, 1993) e DL-R1 (desenhado

por Jacqueline Batista, dados não publicados). Um esquema do local do anelamento dos

primers é apresentado na Figura 05.

As reações de amplificação foram feitas em termociclador Eppendorf– Mastercycler

Gradient, para um volume final de 25 μL (~100 ng de DNA genômico; Tampão 1X; 0,5

unidades de Taq DNA Polimerase; 0,2 mM de cada dNTP; 0,2 μM de cada primer; 2,0 mM

de cloreto de magnésio e água mili-Q para completar o volume). O perfil de reação utilizado

foi: 35 ciclos de desnaturação a 92°C por 1 minuto, anelamento a 54°C por 1 minuto e

extensão a 72°C por 1 minuto e 30 segundos. Após todos os ciclos, uma extensão final a

72°C por 5 minutos.

Após a amplificação, os produtos da PCR foram submetidos a corrida eletroforética,

em gel de agarose 1,0%, para verificar se houve ou não a amplificação da região controle.

Para visualização das bandas o gel foi corado com EtBr (0,5 μg/mL) e em seguida

fotodocumentada no Eagle Eye.

A purificação dos produtos da PCR foi realizada com uso do kit GFX PCR DNA Kit

(GE HealthCare), seguindo o protocolo sugerido pelo fabricante.

17

Figura 05 - Esquema do local de anelamento dos primers (setas vermelhas) que foram utilizados para a amplificação do fragmento de interesse da região controle do DNAmt.

3.2.3 Seqüenciamento do DNA

O seqüenciamento do DNA foi realizado pelo método de Sanger et al. (1977),

utilizando terminadores marcados com fluorescência. Para as reações de seqüenciamento foi

utilizado o kit DYEnamic ET Terminator Cycle Sequencing (GE HealthCare), onde cada

dideoxinucleotídeo é marcado com fluoresceína e rodamina, cuja fluorescência é captada

pelo seqüenciador automático de DNA MegaBACE 1000 (GE HealthCare).

As reações de seqüenciamento foram feitas em placas com 96 poços para um volume

final de 10 μL (~ 200 ng do produto purificado da PCR; 0,2 mM de cada primer em reações

separadas; 4 μL do premix e água mili-Q para completar o volume). As reações foram feitas

no termociclador Eppendorf – Mastercycler Gradient, em 30 ciclos de temperatura. O perfil

de reação utilizado foi: 30 ciclos de desnaturação a 95°C por 20 segundos, anelamento a

50°C por 15 segundos e extensão a 72°C por 1 minuto e 30 segundos. Os primers utilizados

no seqüenciamento foram os mesmos utilizados para a amplificação.

Após a reação de seqüenciamento as amostras foram submetidas a um tratamento de

precipitação para eliminar resíduos de baixo peso molecular tais como sais, iniciadores e

dNTPs não incorporados durante a reação. Neste processo adiciona-se à placa 1 μL de

acetato de amônio 7,5M (GE HealthCare) e 25 μL de etanol 100%. Após 15 minutos em

temperatura ambiente foram feitas duas lavagens sucessivas, mediante centrifugação a

14000 rpm com etanol 70% (GE HealthCare).

Depois deste processo, as amostras foram injetadas no seqüenciador automático de

DNA MegaBACE 1000 (GE HealthCare), com o perfil de injeção (2 kv /100 s) seguido de

18

corrida eletroforética (6 kv /300 min.). As seqüências de DNA geradas foram salvas na

extensão abd para posterior análise.

3.3 Análise dos dados

3.3.1 Edição e alinhamento das seqüências

As seqüencias salvas no formato abd foram transferidas do seqüenciador para outro

computador. e comparadas com seqüências depositadas no banco de dados público do

GenBank (http://www.ncbi.nlm.nih.gov) com o auxílio do programa BLAST. Este

procedimento foi realizado para determinar se o fragmento seqüenciado realmente

correspondia à região controle do DNAmt. Uma vez confirmada a homologia das

seqüências, as mesmas foram manualmente conferidas com os programas Chromas Lite 2.01

e o BioEdit 7.0.9 (Hall, 1999). Finalmente, foi gerado um alinhamento múltiplo com auxílio

do programa Clustal W (Thompson et al., 1994), incluído no BioEdit.

3.3.2 Árvore de haplótipos

A genealogia entre os haplótipos foi inferida por meio da construção de uma rede de

haplótipos, utilizando o limite de confiança de 95%, elaborada pelo método de parcimônia

estatística com o auxílio do programa TCS 1.21 (Clement et al., 2000). Este programa

estima a relação entre haplótipos, agrupando-os a partir das mutações obtidas em suas

seqüências. Tal genealogia é baseada no cálculo da freqüência dos haplótipos nas

populações amostradas, usando um algoritmo descrito por Templeton et al. (1992). Na rede

gerada o tamanho dos círculos é proporcional ao número de indivíduos que compartilham o

mesmo haplótipo. Os círculos menores, que ligam os haplótipos identificados correspondem

à haplótipos perdidos ou não amostrados (missing haplotypes). O haplótipo representado por

um retângulo refere-se ao haplótipo ancestral entre os indivíduos analisados.

3.3.3 Inferências Evolutivas

Para estimar as relações genéticas entre as populações foram utilizados os métodos

filogenéticos de máxima parcimônia (Henning, 1966), máxima verossimilhança

(Felsenstein, 1981) e agrupamento de vizinhos (Saitou & Nei, 1987). As análises de

19

parcimônia e agrupamento de vizinhos foram realizadas no programa PAUP* 4.0 (Swofford,

1999), já a análise de máxima verossimilhança foi feita no programa Treefinder (Jobb et al.,

2004). O modelo evolutivo adequado para as análises foi gerado pelo programa ModelTest

3.0 (Posada & Crandall, 1998). Para o enraizamento das árvores, foi utilizado como grupo

externo um indivíduo de Nannostomus unifasciatus.

O método da máxima parcimônia (MP) é empregado em análises de seqüências

moleculares com o propósito de reconstrução de árvores filogenéticas. A filogenia preferida

será aquela que envolver o menor número de mudanças, neste caso, substituições

nucleotídicas que seja compatível com as seqüências observadas. Foram estimados o

comprimento em número de passos (L), o índice de consistência (CI), o índice de retenção

(RI) e o índice de retenção reescalonado (RC). A consistência de cada nó interno foi avaliada

através da análise de bootstrap, realizada com 10.000 replicatas. Nesta análise os gaps foram

tratados como um quinto estado.

O princípio da máxima verossimilhança (MV) avalia a maior probabilidade de serem

encontrados grupos monofiléticos, tendo em vista o modelo de evolução molecular que

melhor explica a variância dos dados apresentados. Para a construção da árvore o modelo

escolhido com o auxílio do programa ModelTest 3.7. (Posada & Crandall, 1998) foi o

TVM+I+G (modelo transversional + sítios invariáveis (I) + média de variação entre os sítios

(G)). A procura pela árvore mais verossímil foi realizada pela busca heurística com adição

aleatória de táxons com 1.000 replicatas.

Os métodos de distância, entre eles o agrupamento de vizinhos (neighbour joining =

NJ) convertem as seqüências alinhadas em uma matriz de distância que representa uma

estimativa da distância evolutiva entre duas seqüências enquanto métodos probabilísticos

analisam cada sítio. Utilizando este método foi gerada uma árvore de distância genética

(distância p) com adição randômica de táxons com 10000 réplicas considerando todos os 97

haplótipos de N. eques e o grupo externo N. unifasciatus.

A diferenciação intraespecífica (distância-p) foi estimada considerando os 97

haplótipos de N. eques utilizando-se o programa MEGA 4.0 (Kumar et al., 2004). Para isto,

foi criada uma matriz de distância “p” (número de diferenças par a par dividido pelo número

total de bases) da qual foram extraídos os valores de divergência entre as seqüências.

20

3.3.4 Análises populacionais

Para as análises populacionais cada ponto de coleta (igarapé) foi considerado a priori

como uma população: Açaituba (n = 15), Miuá (n = 20), Jaradi (n = 14), Arixanã (n = 14),

Demeni (n = 15), Maguari (n = 20), Jacundá (n = 9) e Catalão (n = 18).

As estimativas de variabilidade e diferenciação genética calculadas nos programas

ARLEQUIN 3.1 (Excoffier et al., 2006) e DnaSP 4.0 (Rozas et al., 2003) foram:

H – número de haplótipos;

HU – haplótipos únicos;

ETA – número de mutações;

K – média das diferenças par a par;

HD – diversidade haplotípica

PI – diversidade nucleotídica;

S – número de sítios polimórficos;

Nm – número de migrantes por geração entre populações.

Φst – índice de fixação (Weir & Cockerham, 1984)

O gráfico de saturação gerado a partir do cálculo do número de substituições

nucleotídicas (TS/TV) versus a distância genética foi obtido no programa DAMBE 4.5.56.

A Análise da Variância Molecular – AMOVA (Excoffier et al., 1992) foi utilizada para

estimar a significância da variabilidade encontrada dentro e entre as populações amostradas

à partir de informações de uma matriz de distância entre as seqüências para medir o número

de mutações entre as diferentes populações e o número de mutações entre os diferentes

haplótipos de cada população. Posteriormente, estes valores foram utilizados para o cálculo

dos índices de fixação. Por se tratar de uma análise hierárquica foi possível agrupar os

indivíduos dentro de populações (localidades amostradas) e estas dentro de grupos

(Excoffier et al., 2006). Foram testadas as diferenças dentro e entre cada população.

O isolamento genético por distância foi testado mediante metodologia estatística

desenvolvida por Mantel (1967), denominado teste de Mantel, que averigua a significância

da correlação entre uma matriz de distância genética (índice Φst ) e uma matriz de distância

geográfica entre as localidades (seguindo o curso dos rios). Esta análise foi realizada no

programa ARLEQUIN 3.1 (Excoffier et al., 2006) .

21

Para aferir a neutralidade seletiva nas populações foram utilizados dois testes: D de

Tajima (Tajima, 1989) e o Fs de Fu (Fu, 1997), calculados no programa ARLEQUIN 3.1

(Excoffier et al., 2006). O teste D se baseia no modelo dos sítios infinitos sem recombinação

(Kimura, 1969) e leva em consideração a razão do número de sítios segregantes e o número

médio de diferenças nucleotídicas, estimado pela comparação em pares de bases (Tajima, 1989).

O teste Fs baseia-se na probabilidade de observar em uma amostragem ao acaso um número de

alelos similar ou menor do que o número observado de diferenças par-a-par, tirados da

estimativa de theta. É o mais sensível para detectar expansão populacional (Fu, 1997), sua

significância foi testada por comparações da estatística de Fs contra uma distribuição gerada a

partir de 10000 amostras aleatórias sobre as hipóteses de neutralidade seletiva e equilíbrio

populacional (Hartl & Clark, 1989).

22

4. Resultados

4.1 A região controle de Nannostomus eques

A região controle dos 125 espécimes de N. eques gerou uma matriz totalizando 1087

sítios, dos quais 944 foram constantes, 113 variáveis e 30 indels (inserção/deleção). Os sítios

polimórficos são mostrados no anexo 1. Duas regiões correspondentes ao início e ao término

das seqüências foram excluídas das análises porque não foi possível determiná-las para

todos os indivíduos seqüenciados.

Considerando-se os três domínios que caracterizam a região controle do genoma

mitocondrial, o primeiro deles (TAS), mostrou-se altamente variável em N. eques com 101

sítios polimórficos. Além disso, foi encontrado em todos os indivíduos analisados uma

seqüência de 32 pb e 34 pb repetidas em tandem (VNTR) por nove vezes, totalizando um

bloco entre 288 e 306 pb. Os haplótipos das populações de Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã

e Jacundá (cinco indivíduos), apresentaram blocos de 32 pb enquanto os haplótipos do

Demeni, Jacundá, Maguari e Catalão apresentaram o bloco de 34 pb. A espécie N.

unifasciatus, utilizado como grupo externo, também apresentou a seqüencia repetitiva com

32 pb, entretanto o padrão de variação encontrado foi exclusiva para a espécie. A figura 06

mostra os dois padrões de VNTRs observados em N. eques e N. unifasciatus.

O segundo domínio (CCD) correspondente a região central conservada foi localizado

mediante a comparação com seqüências de outros peixes teleósteos disponíveis no banco de

dados público do GenBank. No presente estudo esta região mostrou-se pouco variável nos

grandes blocos conservados como visto para a maioria dos vertebrados, entretanto, entre os

blocos conservados foram constatados 18 sítios polimórficos.

O 3º domínio (CSB) também apresentou-se variável em N. eques com exceção da

região correspondente aos blocos conservados (CSBs) associados com a origem de

replicação (OH) do genoma mitocondrial. Neste domínio foi possível constatar 24 sítios

polimórficos.

A média da composição nucleotídica calculada foi de 35% para adenina, 15,7% para

citosina, 12,9% para guanina e 36,4% para timina. Nos 143 sítios polimórficos foram

encontradas 122 substituições nucleotídicas, onde 88 foram transições e 34 foram

23

transversões, os demais sítios correspondem a indels. A taxa de transição/transversão foi de

2,58. A representação gráfica do número de substituições nucleotídicas versus a distância

genética não apresentou acúmulo de transições e transversões em relação à divergência

apresentada entre as seqüências (Figura 07).

Figura 06 – Alinhamento múltiplo dos VNTRs encontrados em N. eques. A última seqüência corresponde ao VNTR de repetição de N. unifasciatus (Ge).

Figura 07 – Representação gráfica do número de substituições nucleotídicas (transição e transversão) versus a distância genética (TVM+I+G) para a região controle do DNAmt.

24

4.2 Análise e distribuição dos haplótipos

Um total de 97 haplótipos foram encontrados nas oito populações analisadas (Anexo

2) O haplótipo h28 foi o mais freqüente, compartilhado por nove indivíduos seguidos pelos

haplótipos h29 e h30 compartilhados por cinco indivíduos e os haplótipos h2, h4, h5,, h18,

h20, h24, h32 e h40 foram compartilhados por dois a quatro indivíduos, os demais

haplótipos (86) foram únicos.

4.3 Árvore de haplótipos

O resultado desta análise gerou três redes de haplótipos (Figura 08). A primeira (A)

foi formada por 68 indivíduos representados por 40 haplótipos pertencentes às populações

de Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá. A segunda (B) foi formada por 42 indivíduos

(haplótipos únicos) das populações do Jacundá, Maguari e Catalão. A terceira (C) foi

formada apenas pelos indivíduos da população do Demeni. As conexões ambíguas foram

resolvidas utilizando as informações das árvores geradas pelo métodos filogenéticos.

Utilizando o limite de confiança de 95% não houve conexão destas três sub-árvores, a qual

só foi possível quando foi estabelecido 60 passos mutacionais. Excluindo-se a rede A, as

redes B e C se conectam com 20 passos. Somente a população de Jacundá apresentou

haplótipos nas rede A (h37-41) e B (h36, h42-44).

25

Figura 08 – Redes de haplótipos geradas para N. eques. A- Rede formada por 40 haplótipos pertencentes às populações do AÇ, MI, JA, AR, JC; B - Rede formada por 42 haplótipos pertencentes às populações do JC, MA, CT; C - Rede formada por 15 haplótipos pertencentes à população do DE.

26

A análise da máxima parcimônia resultou em uma árvore com 703 passos, índice de

consistência de 0,34 (CI), índice de retenção 0,88 (RI) e índice de retenção reescalonado

0,30 (RC) (Figura 09). As transições e transversões (TS/TV) foram consideradas com pesos

iguais. Do número total de caracteres (1.087), 139 foram informativos para parcimônia. O

resultado desta análise separou N. eques em dois clados. O primeiro, suportado por um

bootstrap de 100, englobou haplótipos do alto (Açaituba, Miuá, Jaradi e Arixanã) e baixo rio

Negro (cinco indivíduos da população do Jacundá). O haplótipo mais representativo deste

clado foi o h28, compartilhado por nove indivíduos das populações de Açaituba, Miuá,

Jaradi e Arixanã. O haplótipo basal foi o h41, referente a um indivíduo da população do

Jacundá. O segundo clado (bootstrap de 74,33) englobou todos os indivíduos das

populações do Demeni (médio rio Negro), Maguari, Catalão e quatro indivíduos da

população do Jacundá (baixo rio Negro). Dentro deste clado, ficou evidente o monofiletismo

da população do Demeni (bootstrap de 99,97).

A árvore de máxima verossimilhança mostrou a existência uma grande politomia, e

dentro desta se destacou dois grupos bem distintos, um deles, formado pelos mesmos

haplótipos do alto (Açaituba, Miuá, Jaradi e Arixanã) e baixo rio Negro (cinco indivíduos da

população do Jacundá) e o outro, formado pelos haplótipos do Demeni, enquanto os demais

haplótipos não foram resolvidos em grupos específicos. (Figura 10). O modelo escolhido foi

o TVM+I+G. e os parâmetros indicados pelo modelo foram: Gamma = 0, 3637 e freqüência

de bases nucleotídicas A = 0,3428; C =0,1525; G =0,1287 e T =0,3760. A análise resultou

em uma árvore com Ln = 3304.7620.

A árvore de distância genética, gerada pelo método de agrupamento de vizinhos (NJ)

separou as populações analisadas de N. eques em dois clados. O primeiro, suportado por um

bootstrap de 93,3 englobou todos os indivíduos das populações do Açaituba, Miuá, Jaradi e

Arixanã (alto rio Negro) e cinco indivíduos da população do Jacundá (baixo rio Negro). O

segundo clado (bootstrap 99,5) englobou todos os indivíduos das populações do Demeni,

Maguari, Catalão e quatro indivíduos da população do Jacundá. Com base nesta árvore há

uma indicação de subdivisão neste grupo. Assim, como na árvore de máxima parcimônia, o

monofiletismo da população do Demeni dentro deste clado também é suportado (bootstrap

100) (Figura 11).

27

4.4 Matriz de distância genética Os resultados da matriz de distância genética par a par, determinados pela distância p

não corrigida entre todos os haplótipos, encontram-se no anexo 03. Entre N. eques e N.

unifasciatus (grupo externo) a distância p variou de 8,50% a 11,80%. Considerando os

haplótipos de todas as populações de N. eques a variação foi de 0,00% a 8,30%. Ao tratar N.

eques como dois grupos distintos (representados pelos clados da árvore de NJ), a distância

genética encontrada dentro do grupo 1 variou de 0,00% a 1,00% e dentro do grupo 2 de

0,10% a 5,50%, essa maior variação deve-se ao sub-clado do Demeni que aparece como um

grupo monofilético, excluindo a população do Demeni, a distância p dentro do grupo 2

variou de 1,20% a 1,70%. Porém, ao determinar a distância p entre os dois grupos foi

encontrada uma variação de 5,50% a 8,30%. Dentro de cada população a distância genética

entre os haplótipos foi baixa. Pelo fato da população do Jacundá conter haplótipos em ambos

os grupos formados, a mesma foi dividida em JC 1 (haplotipos do grupo 1) e JC 2

(haplotipos do grupo 2).

Tabela 02 – Distância genética média entre e dentro das populações (em porcentagem) obtida pela distância p não corrigida. Destacado em cinza claro a distancia média entre as populações do grupo 1; destacado em cinza escuro a distancia média entre as populações do grupo dois; sublinhado a elevada distância genética nas comparações envolvendo o Demeni.

Açaituba Miuá Jaradi Arixanã Jacundá 1 Jacundá 2 Demeni Maguari Catalão Dentro das populações

Açaituba 0,1% Miuá 0,21% 0,2% Jaradi 0,16% 0,15% 0,1%

Arixanã 0,27% 0,21% 0,21% 0,2% Jacundá 1 0,62% 0,75% 0,70% 0,08% 0,9% Jacundá 2 5,66% 5,54% 5,59% 5,49% 5,24% 1,0% Demeni 7,98% 7,91% 7,92% 7,91% 7,94% 4,05% 0,6% Maguari 6,19% 6,09% 6,14% 6,06% 5,87% 1,47% 3,59% 1,5% Catalão 6,10% 6,06% 6,09% 6,02% 5,65% 1,39% 4,50% 1,61% 1,1%

N. unifasciatus 10,82% 10,67% 10,72% 10,59% 10,49% 8,98% 11,40% 9,13% 9,07%

28

Figura 09 – Árvore gerada pela MP. Valores de bootstrap estão acima dos ramos. Grupo 1 (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá); Grupo 2 (Demeni, Jacundá, Maguari e Catalão). Ge = N. unifasciatus. Os valores em porcentagem refere-se à distância genética entre os ramos.

29

Figura 10 – Árvore gerada pela MV (Ln=3304.7620). Valores de bootstrap estão acima dos ramos. Em destaque o grupo 1 (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá) e a população do Demeni.. Ge = N. unifasciatus. Os valores em porcentagem refere-se à distância genética entre os ramos.

30

Figura 11 – Árvore gerada pelo método NJ mostrando a relação entre os haplótipos. Valores de bootstrap estão acima dos ramos. Grupo 1 (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá); Grupo 2 (Demeni, Jacundá, Maguari e Catalão). Ge = N. unifasciatus. Os valores em porcentagem refere-se à distância genética entre os ramos.

31

4.5 Análises populacionais

4.5.1 Análises de polimorfismo de DNA 

Considerando os resultados das inferências evolutivas (MP, MV, NJ), onde

ficou evidente a presença de pelo menos dois grupos, optou-se por fazer as análises

populacionais considerando cada um dos grupos (Tabela 03).

As estimativas de polimorfismo genético indicaram diferentes níveis de

variabilidade genética ao longo da bacia do rio Negro.

Para o grupo 1 (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá 1) a maior

diversidade haplotípica (HD), nucleotídica (PI) e média das diferenças par a par (K)

foi evidenciada na população do Jacundá 1 (baixo rio Negro). O menor valor para

estes índices (HD; PI; K) foram evidenciados na população do Açaituba (alto rio

Negro).

Para o grupo 2 (Demeni, Jacundá 2, Maguari e Catalão) a maior diversidade

haplótípica foi evidenciada na população do Jacundá 2, a maior diversidade

nucleotídica e o maior valor da média das diferenças par a par foi encontrado na

população do Maguari. O menor valor de HD foi evidenciado na população do

Catalão, os menores valores de PI e K foram encontrados na população do Demeni.

Quando analisados os índices de polimorfismo de DNA totais, comparando os

dois grupos, os maiores valores de HD, PI e K foram evidenciados no grupo 2.

Os testes de neutralidade foram estimados para cada população de N. eques.

Nenhuma população do grupo 1 apresentou valores significativos para ambos os testes

de neutralidade (D de Tajima e Fs de Fu) indicando que o polimorfismo genético está

de acordo com o modelo neutro de mutações. Para as populações do grupo 2 o teste D

de Tajima também não apresentou valores significativos, enquanto que o Fs de Fu

mostrou desvio significativo da expectativa neutra das mutações em três populações:

Demeni, Maguari e Catalão (Tabela 03). Quando as localidades de cada grupo foram

consideradas conjuntamente (grupo 1 e grupo 2) o teste D de Tajima não apresentou

valores significativos. No grupo 2 o Fs de Fu indicou um significante desequilíbrio

genético. Como valores não significativos, mas negativos, podem ser um indício de

expansão populacional foi realizado uma análise de mismatch distribution na qual foi

evidenciada um padrão multimodal indicando que não houve expansão súbita.

32

Tabela 03 – Índices de polimorfismo de DNA para os espécimes de N. eques das oito localidades amostradas. N=número amostral; H= número de haplótipos; HU=haplótipos únicos; S=sítios polimórficos; ETA=número de mutações; HD=diversidade haplotípica; PI= diversidade nucleotídica; K=média das diferenças nucleotídicas par a par.

Pop. N H HU S ETA HD PI K D de Tajima Fs de Fu

AÇ 15 6 2 5 5 0,695 +/- 0,006 0,00093 +/- 0,00003 1,4666+/- 0,9404 -0,62465 -0,358

MI 20 17 11 9 9 0,868 +/- 0,004 0,00161 +/- 0,00001 2,8263 +/- 1,5552 0,64246 -7,062

JA 14 11 5 7 7 0,857 +/- 0,005 0,00124 +/- 0,0000 1,8461 +/- 1,1255 -1,08076 -3,466

AR 14 12 7 10 10 0,934+/- 0,003 0,00232 +/- 0,00033 3,2417 +/- 1,7772 0,45490 -7,456

JC 1 5 5 4 22 22 1,000 +/- 0,016 0,00846 +/- 0,00242 10,3333 +/- 5,9933 -0,46204 -0,480

Grupo 1 68 51 29 34 34 0,913 +/- 0.002 0,00266 +/- 0,00049 3,7919 +/- 1,9334 -1,57707 -12,589

DE 15 15 15 22 22 1,000 +/- 0,005 0,00593 +/- 0,00057 6,9904 +/- 3,4804 0,19126 -10,178*

JC 2 5 5 5 20 20 1,000 +/- 0,031 0,00906 +/- 0,00368 10,3333 +/- 5,9933 -0,52388 0,314

MA 20 20 20 55 58 1,000 +/- 0,003 0,01452 +/- 0,00104 16,8736 +/- 7,8388 0,29254 -6,331*

CT 18 18 18 47 48 1,000 +/- 0,000 0,01103 +/- 0,00146 13,4313 +/- 6,3359 -0,09688 -8,294*

Grupo 2 57 58 58 92 99 0,999 +/- 0.000 0,02390 +/- 0,00130 27,4317 +/- 12,1897 1,17069 -34,378

*Resultados significativos (P < 0.05).

4.5.2 Distribuição da variabilidade genética e diferenciação populacional

Por meio da Análise de Variância Molecular verificou-se que para o grupo 1

(Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacunda 1) a maior parte da variação foi observada

dentro do grupo (71,17%) do que entre as localidades do grupo (28,83%) (Φst =

0,28835 P < 0,001) (Tabela 04). A comparação entre as localidades do grupo 1

apresentou valores significativos de Φst. O fluxo gênico estimado a partir do número

de migrantes por geração (Nm) foi baixo em todas as combinações envolvendo a

população do Jacundá 1, e a maioria das combinações envolvendo Açaituba. Entre as

demais populações (Miuá, Jaradi, e Arixanã) observou-se um elevado número de

migrantes por geração entre as populações (2,36 e 6,18), indicando assim altos níveis

de fluxo gênico (Tabela 05).

A AMOVA realizada para o grupo 2 (Demeni, Maguari, Jacundá 2 e Catalão), revelou

uma característica distinta do grupo 1, pois a maior variação deveu-se à diferenças encontradas

entre as populações (61,54%), do que dentro das mesmas (38,46%) (Φst = 0,61541 P < 0,001)

(Tabela 06). Os valores de Φst foram significativos para a maioria das combinações, contudo

foram muito altos nas comparações envolvendo a população do Demeni. Entre as populações do

Jacundá 2, Maguari e Catalão observou-se fluxo gênico efetivo, os valores de Nm encontrados

indicaram 1,73 a 3,61 migrantes por geração entre estas populações (Tabela 07).

33

Tabela 04 – AMOVA para o grupo 1 de N. eques (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá 1).

Fonte de variância Componentes da variância

Porcentage de variação

Entre populações 0.58261 28,83% Dentro da população 143.791 71,17%

Total 202.051 100%

Tabela 05 – Diferenciação genética (Φst) acima da diagonal e estimativa indireta de fluxo gênico (Nm) abaixo da diagonal para o grupo 1. Os valores sublinhados correspondem a ausência de fluxo gênico efetivo.

Açaituba Miuá Jaradi Arixana Jacundá Açaituba 0.28542 0.36179 0.36111 0.44462

Miuá 1.25180 0.15090 0.07475 0.47611 Jaradi 0.88202 2.81354    0.17448 0.44529

Arixanã 0.88461 6.18867 2.36569    0.43005 Jacundá 0.62455 0.55019 0.62287 0.66267   

Tabela 06 – AMOVA para o grupo 2 de N. eques (Demini, Jacundá, Maguari e Catalão).

Fonte de variância Componentes da

variância Porcentagem de

variação Entre populações 10.23217 61,54%

Dentro da população 6.39434 38,46% Total 16.62651 100%

Tabela 07- Diferenciação genética (Φst) acima da diagonal estimativa indireta de fluxo gênico (Nm) abaixo da diagonal para o grupo 2. ns = não significativo. Os valores sublinhados correspondem a ausência de fluxo gênico efetivo.

   Demeni Jacundá Maguari Catalão Demeni   0,82995 0,69269 0,79366 Jacundá 0,10245   0,12161ns 0,22349 Maguari 0,22182 3,61134   0,17983 Catalão 0,12999 1.73725 2,28047

34

4.5.3 Teste de Mantel

A hipótese de isolamento genético por distância foi testada somente entre as

populações dos grupos. A distancia geográfica (km) foi medida tomando como base o leito

fluvial (variação entre 43 e 1.200 km) (Tabela 08) e para a distância genética foram

utilizados os valores obtidos das comparações múltiplas entre os pares de populações

obtidos através do índice Φst.

A hipótese de isolamento por distância testada via teste de Mantel indicou correlação

significativa somente para o grupo 1 (r = 0,80904; P = 0,0244), para o grupo 2 não houve

relação entre a variação genética e a distribuição geográfica entre as populações estudadas (r

= 0,340252; P = 0,2955) (Tabela 09).

Tabela 08 – Matriz de distância geográfica (km) entre as localidades amostradas.    Açaituba Miuá Jaradi Arixanã Demeni Jacundá Maguari Catalão

Açaituba 0,00              Miuá 239,36 0,00    

Jaradi 419,28 199,92 0,00    Arixanã 435,63 216,27 16,35 0,00    Demeni 817,14 597,68 397,86 381,51 0,00    Jacundá 889,98 670,62 470,70 454,35 262,36 0,00    Maguari 904,25 684,89 484.97 468,62 180,89 43,01 0,00  

Catalão 1199,95 980,59 780,67 764,32 472,83 330,50 349,95 0,00

Tabela 09 – Valores de correlação obtidos no teste de Mantel para os grupos 1 e 2.

Grupo 1 Grupo 2

r 0,80904 0,340252 P 0,0244 0,2955

35

5. Discussão

5.1 Caracterização da região controle de N. eques Na Amazônia, a importância sócio-econômica dos peixes é notória e vários estudos

genéticos têm utilizado a região controle como ferramenta na investigação da ictiofauna

amazônica (Porto, 1999; Harris & Petry, 2001; Santos, 2004; Schmitt, 2005; Batista et al.,

2006; Ortí et al., 2008; Souza, 2008), sendo estas informações muito importantes para

definir planos de manejo e conservação (Porto et al., 2001). Por esta razão, a região controle

mitocondrial foi utilizada neste trabalho para verificar os níveis de variabilidade genética nas

populações naturais de N. eques na bacia do rio Negro.

De maneira geral, a região controle de N. eques apresentou-se mais variável no

primeiro e terceiro domínio, TAS e CSB, respectivamente, e pouco variável no domínio

CCD.

O domínio CCD, costuma ser muito conservado para a maioria dos vertebrados,

sugerindo que tenha funções críticas para o metabolismo mitocondrial, enquanto que

seqüências altamente polimórficas são encontradas principalmente na região do primeiro

domínio (TAS) (Ray & Densmore, 2003).

Conforme observado na tabela 11 as seqüências TAS encontradas em N. eques são

similares às de outros Characiformes, tais com Mylesinus parashonburgki (Porto, 1999);

Colossoma macropomum (Santos, 2006); Nannostomus unifasciatus (presente estudo) bem

como a de outros grupos neotropicais .

Em N. eques, um bloco repetitivo (VNTR) foi encontrado em todos os indivíduos

analisados neste trabalho. Apesar do padrão da seqüência repetitiva não estar associado com

estrutura populacional, está relacionado aos diferentes clados filogenéticos (grupo 1 e 2)

encontrados. Considerando estudos envolvendo espécies da região amazônica, o mesmo

resultado foi encontrado em populações de Paracheirodon axelrodi (Harris & Petry, 2001),

de Colossoma macropomum (Santos, 2004) e de Pristobrycon striolatus (Freeman et al.,

2007), dentre estes o VNTR de N. eques e P. striolatus são muito similares. Convém

destacar que ao se comparar a seqüência repetitiva entre os dois grupos de N. eques foram

constatados seis sítios polimórficos (2 indels , 3 transições e 1 transversão).

Seqüências repetitivas caracterizadas como VNTRs, estão normalmente localizadas no

primeiro domínio da região controle o qual flanqueia o tRNA da prolina nos peixes

teleósteos, mas também podem ser encontradas no domínio CSB (Lee et al. 1995, Chen et

36

al., 2004). Em Cyprinella spiloptera Broughton & Dowling (1994; 1997) detectaram

VNTRs e sugeriram que a evolução das repetições deve ter ocorrido de forma independente

do resto do genoma mitocondrial.

Dentre os vários modelos que tentam explicar os mecanismos moleculares

responsáveis pela formação destas duplicações os mais aceitos incluem recombinações

intramoleculares (Rand & Harrinson, 1989) e o pareamento desigual das fitas durante a

replicação (slipped-strand mispairing) (Buroker et al., 1990).

No que diz respeito a composição de bases nucleotídicas, a região controle de N.

eques apresentou maiores quantidades de adenina e timina (71,4%) de que citosina e guanina

(28,6%), tais valores também estão dentro do esperado para a região controle de vertebrados

(Lee et al., 1995) e de peixes neotropicais (Ortí et al., 2008; Souza, 2008).

Com relação aos tipos de substituições nucleotídicas, em N. eques ocorreram mais

transições (72,1%) do que transversões (27,8%). De acordo com Meyer (1994) esta

tendência tem sido observada em todos os genes mitocondriais de peixes e tende a ser maior

na região controle.

Tabela 10 - Comparação da seqüência tipo TAS encontrada em N. eques com seqüência de outros peixes.

ESPÉCIE TAS 1 TAS 2 TAS 3 REF

Cyprinella spiloptera GCATAAACCAAAT - - 1

Mylesinus paraschomburgkii GCATAATATGYAA ACATAAAGCATAM MCATAAACTCCTY 2

Colossoma macropomum ACATTATATGCAT ACATAAACCATAA YYATAC - CTYCAT 3

N. unifasciatus ACATATTATGCA- - ACATTATGGTGTA - 4

N. eques GRUPO 1 AC-TATAATGTACG ACATTATGGTATA - 4

N. eques GRUPO 2 ACATATTATGCATG GCATTATGGTATA - 4

1= Broughton & Dowling, 1997; 2= Porto, 1999; 3= Santos, 2004; 4= presente trabalho.

37

5.2 Inferências evolutivas

As análises evolutivas foram realizadas a partir de três métodos distintos (máxima

parcimônia, máxima verossimilhança e agrupamento de vizinhos) para estimar a topologia

mais provável que possa refletir a história evolutiva de Nannostomus eques do rio Negro.

Tais análises (MP, ML e NJ) indicaram a existência de pelo menos dois grupos em N. eques.

O grupo 1, formado por haplótipos do alto (Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã) e baixo

(Jacundá 1) rio Negro foi corroborado por um alto valor de bootstrap em todas as árvores.

O grupo 2, formado pelas populações do médio (Demeni) e baixo rio Negro (Jacundá

2, Maguari e Catalão), apresentou-se com uma configuração distinta nas três árvores tendo

ficado evidente o monofiletismo da população do Demeni (bootstrap 100). Com base na

árvore de agrupamento de vizinhos há uma indicação de sub-divisão no grupo 2 (bootstrap

99,5) e que quando comparado com a árvore de máxima parcimônia o suporte de bootstrap

foi baixo (55,04). Na máxima verossimilhança o grupo 2 apresentou-se como uma politomia

e apenas a população do Demeni aparece como um grupo monofilético.

A rede de haplótipos, gerada pelo programa TCS, separou as populações analisadas

em três redes de haplótipos disjuntas (A, B e C) que não podem ser conectados

parcimoniosamente (Figura 08). A rede A, correspondente ao grupo 1, e as redes B e C,

correspondentes ao grupo 2, só se conectam entre si com 60 passos mutacionais. As redes B

e C, que são mais próximas geneticamente, só se conectam com 20 passos mutacionais. A

alta diversidade haplotípica encontrada em ambas unidades sugerem que a maioria das

amostras populacionais apresentam elevada variabilidade genética.

Com relação à rede A, formada por haplótipos do alto e baixo rio Negro, foi possível

constatar a homogeneidade das populações deste grupo. Isto se reflete no compartilhamento

de haplótipos entre a maioria das populações que compõem esta rede, como é o caso do

haplótipo h28, compartilhado por nove indivíduos de quatro populações. Os haplótipos do

Jacundá pertencentes a esta rede (h37, h38, h39, h41) só se conectam entre si e com o h28

por meio de haplótipos perdidos ou não amostrados.

A rede B, formada por haplótipos do baixo rio Negro (Jacundá 2, Maguari e Catalão),

apresentou uma característica diferenciada onde a maioria dos haplótipos amostrados só se

conectam por meio de haplótipos perdidos ou não amostrados (missing haplotype). Além

disso, não houve compartilhamento de haplótipos entre as populações que a compõem

38

(Jacundá 2, Maguari e Catalão) refletindo a grande diversidade genética encontrada neste

grupo.

A rede C, fomada exclusivamente pela população do Demeni, também apresentou

uma diferenciação genética acentuada, corroborando as árvores filogenéticas.

Na prática, uma espécie pode consistir de inúmeras populações separadas,

parcialmente isoladas ou com fluxo gênico restrito, permitindo que as populações evoluam,

com uma certa amplitude, de forma independente (Ridley, 2006). O limite geográfico entre

os grupos 1 e 2 parece ser as adjacências do principal tributário do rio Negro, o rio Branco.

O rio Branco delimita o trecho do baixo e médio rio Negro onde seu delta age como um

obstáculo no vale do rio Negro, estreitando o canal, que nesta localidade tem apenas 2 km de

largura (Latrubesse & Franzinelli, 2005). Assim, o grupo 1 parece ter sua distribuição

preferencialmente associada a fisico-química dos tributários de água preta, enquanto que o

grupo 2 parece ter sua distribuição associada tanto à físico-química de água preta quanto de

água branca.

Com base nas elevações tectônicas reveladas em mapas de radar, acredita-se que

durante boa parte do Quaternário o rio Negro drenava na direção N-NE (região do

Essequibo, Guiana). Estes dados indicam que não houve ligação entre esta drenagem e a

bacia do Solimões até pelo menos antes do Pleistoceno tardio (Rossetti et al., 2005). Durante

o Plio-Pleistoceno mudanças geomorfológicas causaram um afundamento da área a oeste de

Manaus, o que mudou o fluxo do rio para o sentido N-O, alcançando o Oceano Atlântico

através do rio Essequibo na planície do Demerara. Este modelo é corroborado pela

orientação leste-oeste das falhas do Pleistoceno tardio, assim como pela captação

subseqüente da drenagem pelas falhas noroeste/sudeste. Dessa forma, o rio Negro está

instalado em uma grande falha (noroeste-sudeste) formada pela associação de movimentos

no sentido leste-oeste, que culminou em uma bacia rombóide situada entre este rio e o

Solimões (Franzinelli & Igreja, 1990; Franzinelli & Latrubesse, 1993; Bezerra, 2003).

Se assumirmos que desde o Plio-Pleistoceno N. eques já se distribuía em toda a bacia

Amazônica e que o fluxo do rio Negro era diferente do atual, conforme explicado acima,

acreditamos que somente o grupo 1 povoava o rio Negro. A conexão do Negro com o

sistema Solimões/Amazonas permitiu que grupo 2, que até então distribuía-se na região

central do Solimões/Amazonas (águas brancas), começasse a ocupar a região do baixo rio

Negro. A contribuição do rio Branco e o surgimento do arquipélago de Anavilhanas talvez

39

tenha favorecido a colonização por indivíduos do grupo 2 no baixo rio Negro, uma vez que o

aporte de águas ricas em partículas provenientes da bacia do rio Branco torna a margem

esquerda do arquipélago de Anavilhanas mais rica em nutrientes que a margem direita.

Os índices de distância genética nos levam a crer que a diversidade constatada

corrobora a existência de pelo menos duas unidades evolutivas dentro de N. eques, uma

referente aos haplótipos pertencentes ao grupo 1 e a outra representada pelos haplótipos do

grupo 2. Porém, foi possível constatar a existência de uma forte estrutura populacional

dentro do gupo 2 representada pela distância genética entre a população do Demeni e as

demais populações. As distâncias p não corrigidas obtidas nesta dissertação mostram valores

elevados de divergência entre os dois grupos de N. eques (5,50 a 8,30%) sendo muito

próximo da divergência em relação à espécie irmã N. unifasciatus (de 8,50% a 11,80%). Se

desconsiderarmos o Demeni a distância p entre os dois grupos é ainda maior (7,5% a 8,3%).

Além disso, o fato de indivíduos dos dois grupos (Jacundá 1 e Jacundá 2) terem sido

encontrados em simpatria no igarapé Jacundá, reforça ainda mais esta evidência da

existência de pelo menos duas unidades evolutivas dentro de N. eques.

Com freqüência muitos trabalhos envolvendo a região controle teem revelado uma

acentuada divergência intraespecífica em peixes neotropicais. Batista (2001) avaliando a

diversidade genética de Brachyplatystoma rousseauxii por meio de seqüências da região

controle do DNAmt encontrou valores de divergência genética que variaram de 0% a 3,5%.

Formiga-Aquino (2004) utilizando a mesma ferramenta em Brachyplatystoma vaillantii

encontrou valores de divergência intraespecífica que variaram de 0% a 4,7%. Schmitt

(2005), analisando a região controle de Hypopygus lepturus da bacia do médio rio Negro,

encontrou valores muito elevados de divergência entre duas linhagens evolutivas (7,34%).

Em média, a distância genética estimada por meio da região controle nos peixes

Characiformes varia de 0,1% a 4,2% em nível intraespecífico e de 1,2% a 25% em nível

interespecífico (Sivasundar et al., 2001; Hubert et al., 2007; Ortí et al., 2008).

O conceito de unidades evolutivas consiste na definição de uma população ou grupo

de populações que se encontram diferenciados em termos genéticos, morfológicos ou

ecológicos de populações próximas (co-específicas), refletindo uma história de isolamento

geográfico em níveis variáveis (Rider, 1986). Estas populações, ao possuírem características

próprias, mereceriam ser consideradas como unidades independentes para fins de

conservação (Eizirik, 1996). Moritz (1994) sugere o seguinte critério genético para a

40

definição de unidades evolutivas: Estas devem ser reciprocamente monofiléticas para

linhagens do mtDNA e apresentar divergência significativa nas freqüências alélicas em loci

nucleares. A utilização de diferentes marcadores se faz necessário devido a diferenças no

modo em que estes são afetados por processos populacionais históricos e deve ser

interpretada de modo a buscar uma compreensão realista da evolução do organismo em

questão. Segundo Crandall et al., (2000) em táxons com baixo fluxo gênico, as populações

que se diferenciaram por deriva genética podem ser designadas como unidades evolutivas

separadas, mesmo que elas não sejam adaptativamente diferentes. Considerando a

divergência genética intraespecífica encontrada em N. eques, passamos a denominar os

grupos de unidade evolutiva 1 e unidade evolutiva 2.

Pelo menos quatro casos de unidades evolutivas foram identificadas em uma mesma

espécie nominal na bacia do rio Negro: Schmitt (2005) utilizando marcadores genéticos

mitocondriais encontrou que a espécie H. lepturus é um complexo de espécies com pelo

menos três linhagens distintas. Schneider (2007) em uma análise fundamentada nas

subunidades 6 e 8 do gene mitocondrial ATPase concluiu que a espécie ornamental

Carnegiella stigata compreende duas linhagens distintas. Willis et al. (2007) relataram a não

monofilia de populações do tucunaré C. orinocensis onde uma unidade evolutiva ocorre no

baixo e médio rio Negro enquanto a outra unidade ocorre em várias localidades nas bacias

do Orinoco e Cassiquiare. Souza (2008) analisando espécies de Fluviphylax relatou que

dentro de F. obscurus há uma nova espécie, Fluviphylax sp n., mais relacionada à espécie F.

simplex e que distribui-se na área macrogeográfica do alto rio Negro/Orinoco e a espécie F.

obscurus stricto sensu distribuida na área macrogeográfica do médio rio Negro e que foi

grupo irmão do clado (F. zonatus, F. pygmaeus, (Fluviphylax sp., F. simplex)).

No que se refere à quantificação de variação genética necessária para discernir duas

espécies, as investigações feitas não são consensuais, assim como permanece sem respostas

a quantidade de diferenças genéticas necessária para individualizar subespécies. O

polimorfismo acentuado na região controle das duas unidades evolutivas de N. eques não se

mostrou relacionado com as características morfológicas externas (Zuanon, informação

pessoal) mas sim à físico-química da água. Dentre os lebiasinídeos, o gênero Nannostomus é

o único que passou por duas revisões taxonômicas (Weitzman, 1966; Weitzman & Cobb,

1975), mas ainda assim existem prováveis complexos de espécies mal definidos

taxonomicamente, incluindo o “complexo Nannostomus eques” que necessita de revisão

41

(Netto-Ferreira, 2005). Futuras investigações morfológicas e sistemáticas serão

fundamentais para confirmar se essas unidades evolutivas de N. eques correspondem à

espécies cripticas.

5.3 Genética de populações O conhecimento dos efeitos da variabilidade genética em uma população de peixes é

de fundamental importância para o entendimento de como essa diversidade está distribuída

em uma espécie. Se ela apresenta diversidade contínua, qualquer área de sua distribuição é

representativa da espécie, enquanto que, havendo estruturação, a representatividade de cada

subpopulação terá de ser preservada (Frankham, 1995).

As estimativas de polimorfismo genético de N. eques indicaram diferentes níveis de

variabilidade genética ao longo de sua distribuição na bacia do rio Negro.Como visto na

tabela 03, a diversidade haplotípica (HD) foi alta e a diversidade nucleotídica (PI) foi baixa

na maioria das populações analisadas, principalmente nas populações do Demeni, Maguari e

Catalão, onde o teste de neutralidade Fs de Fu detectou valores significativos (P < 0,05). A

associação desses resultados indica que estas populações podem ter passado por um

crescimento populacional recente. O grande número de haplótipos únicos encontrados nestas

populações corroboram esta hipótese, uma vez que um rápido crescimento populacional

aumenta a retenção de novas mutações (Avise et al.,1984). A possível detecção de expansão

observada nas populações do Demeni, Maguari e Catalão não foi confirmada pelo mismatch

distribution, mas poderá ser eventualmente confirmada através de marcadores mais sensíveis

como os microssatélites, já que o DNA mitocondial pode fornecer estimativas distorcidas

em populações onde os eventos como dispersão ou migração ocorrem com taxas diferentes

entre machos e fêmeas e tem quatro vezes mais chance de ser fixado por deriva genética nas

populações do que o DNA nuclear (Causse et al., 1994).

Os índices de diversidade totais revelaram uma grande diversidade genética, porém

não homogênea, já que para a unidade evolutiva 1 os valores foram mais baixos quando

comparados com a unidade evolutiva 2. Dois fatores que poderiam estar influenciando a

elevada diversidade genética dentro da unidade evolutiva 2 seriam: 1) Proteção de estoques,

já que a pesca de N. eques no rio Negro para fins ornamentais só é permitida acima da

confluência do rio Negro com o rio Branco e 2) A grande quantidade de microhabitats e

disponibilidade de alimento proporcionada pelo arquipélago de Anavilhanas.

42

Para a unidade evolutiva 1 os resultados da AMOVA revelaram que grande parte da

variação genética ocorre dentro das populações (71,17% ). Os altos índices de Φst

associados ao limitado fluxo gênico (Nm) demonstraram que algumas populações da

unidade evolutiva 1 são diferenciadas geneticamente, principalmente nas comparações

envolvendo o Açaituba e o Jacundá 1. O número de migrantes por geração foi relativamente

alto (1,25 a 6,18 indivíduos) entre as populações do Miuá, Jaradi e Arixanã indicando fluxo

gênico efetivo entre estas populações que estão localizadas abaixo das corredeiras de São

Gabriel da Cachoeira (alto rio Negro). O alto número de migrantes entre estas populações

pode estar sendo facilitado por influência do pulso de inundação durante o período de cheia,

que apesar de não ser tão marcante no alto rio Negro, pode conectar alguns tributários por

meio de uma planície de inundação (Goulding et al., 2003). Entretanto, a maioria das

combinações par a par envolvendo a população do Açaituba resultou em um baixo número

de migrantes por geração. Considerando que sua localização geográfica é acima do

município de São Gabriel da Cachoeira, as corredeiras e cachoeiras do alto rio Negro podem

estar limitando o fluxo gênico efetivo entre esta população e as demais. Segundo o teste de

Mantel o isolamento por distância é o fator responsável para explicar a divergência genética

encontrada na unidade evolutiva 1, já que a correlação da distância genética e distância

geográfica foi significativa. Desta forma, o baixo fluxo gênico observado entre as

comparações envolvendo Açaituba e Jacundá pode estar relacionado com a ampla

distribuição desta unidade.

Para a unidade evolutiva 2 os resultados da AMOVA foram diferentes da unidade

evolutiva 1 e revelaram que a maior parte da variação genética se deve a diferenças

encontradas entre as populações (61,54%) do que dentro delas (38,46%). As populações do

Jacundá 2, Maguari e Catalão apresentaram de moderada a alta divergência genética nas

comparações par a par. Nestas, o fluxo gênico mostrou-se efetivo para homogeneizar as

populações, já que o cálculo do Nm estimou de 1,73 a 3,61 indivíduos migrantes por

geração. Entretanto, a grande divergência genética encontrada na unidade evolutiva 2 se

deve à forte estrutura populacional no Demeni indicada pela diferenciação genética (Φst)

altamente significativa e ausência de fluxo gênico efetivo (inferior a 1) desta população com

as demais. De princípio pensou-se que a grande distância geográfica separando as

populações fosse o fator determinante das diferenças genéticas observadas, porém, a

hipótese de isolamento por distância foi descartada pelo teste de Mantel.

43

Um dos fatores que poderia estar contribuindo significativamente para a divergência

genética encontrada na unidade evolutiva 2 seria a distribuição geográfica das populações

amostradas em ambientes heterogêneos, tanto do ponto de vista geomorfológico da bacia do

rio Negro, quanto das diferenças físico-químicas das águas amazônicas. Além disso, peixes

com ampla distribuição geográfica, como é o caso de N. eques, podem apresentar fluxo

gênico reduzido quando possuem características biológicas e comportamentais que resultam

em baixa dispersão e conseqüentemente, estrutura populacional. Considerando que N. eques

é uma espécie sedentária que não realiza ciclos de migração e que possui uma preferência

por águas paradas e lagoas isoladas, este fator deve ser considerado. Apesar dos fatores

acima citados, grande parte da variação intrapopulacional na maioria dos casos é devida ao

equilíbrio entre mutação e seleção Mayr (1976).

A pronunciada divergência genética entre a população do Demeni e as demais

populações pode ser devido às características físico-químicas do rio Aracá (de água preta)

que como principal tributário do Demeni (de água branca) pode estar restringindo o fluxo

gênico entre a população amostrada e as populações próximas da calha do rio Negro

(Jacundá, Maguari e Catalão).

Diferenças físico-químicas entre os tipos de água podem ser determinantes para

divergências populacionais ou mesmo especiação. Ribeiro (2006) analisando seqüências do

genoma mitocondrial em espécies do gênero Potamotrygon associou os eventos de

especiação à distribuição geográfica das espécies, onde o fator determinante poderia ser as

diferenças físico-químicas entre os rios Amazonas e Negro. Farias & Hrbek (2008)

estudando os padrões de diversificação de Symphysodon spp. sugerem que as diferenças

entre os discos azuis, marrons e heckel são mantidas por preferências por determinados tipos

de água.

Mudanças ocorridas em nível de genoma nem sempre aparecem na morfologia o que

torna fundamental a associação de estudos genéticos, morfológicos e ecológicos,

principalmente na bacia amazônica que é formada por uma rica variedade de ambientes

associados a diferentes tipos de água.

O reconhecimento de diferenças populacionais é de grande importância para a

determinação de estratégias adequadas para a conservação biológica, pois permite a

identificação de estruturação geográfica e subdivisões populacionais históricas ou atuais nas

espécies. Estudos destes padrões tem sido extremamente úteis na definição de unidades para

44

a conservação e baseiam-se primariamente em filogenias intraespecíficas de linhagens do

mtDNA e de microssatélites (Avise et al., 1987; Baker & Palumbi, 1996).

A diversidade dos recursos genéticos aquáticos é um componente importante da

biodiversidade (Solé-Cava, 2001). Contudo, as preocupações e ações referentes aos

impactos sobre a biodiversidade nos ecossistemas aquáticos estão muito mais relacionadas à

percepção do desaparecimento de uma dada espécie do que à diminuição da diversidade

genética das espécies.

A descoberta de espécies crípticas, antes consideradas como parte de uma espécie

taxonomicamente definida torna-se importante quando são alvos de uso comercial. A bacia

do rio Negro é reconhecida por possuir uma riqueza de espécies de peixes singular

(Goulding et al., 1988). Com o uso de dados moleculares uma biodiversidade oculta no rio

Negro começa a ser revelada.

A questão de como definir espécies e do que este conceito representa em termos reais

tem gerado extensas discussões na literatura, talvez porque seja realmente impossível

chegar-se a uma definição consensual que abranja as infindáveis variações encontradas na

natureza. Ao nível intraespecífico, quaisquer subdivisões tendem a ser vistas como

arbitrárias. No entanto, parece claro que existem subdivisões reais, geradas através de

separações geográficas (históricas) e ou ecológicas entre grupos de populações que podem

ser considerados como pertencentes à mesma espécie por grande parte dos conceitos

vigentes. Estes subgrupos comporiam uma fração significativa da biodiversidade presente

nos ecossistemas e podem representar, em termos evolutivos, unidades tão ou mais reais do

que o conjunto total de populações que compõem a espécie em questão. Isto porque,

dependendo do grau de isolamento histórico ou atual entre estes grupos, pode-se supor que

estes representem unidades com “destino” evolutivo independente (Avise et. al., 1987;

Baum, 1992; Moritz, 1994; Rojas, 1995; Baker & Palumbi, 1996).

Apesar da adoção de medidas preventivas, a importância dos aspectos da genética no

manejo de estoques capturados pela pesca comercial raramente está na pauta de discussões

dos programas de manejo e conservação. Considerando que N. eques pode constituir-se em

um possível complexo de espécies com ampla distribuição na bacia Amazônica, a mesma

não pode ser tratada para fins de manejo como um único estoque.

45

6. Conclusão

Os resultados obtidos para Nannostomus eques, fundamentado na análise de

seqüências da região controle do DNA mitocondrial, permitiram chegar às seguintes

conclusões:

1) Pelo menos duas unidades evolutivas foram evidenciadas na bacia do rio Negro.

Uma, encontrada nas localidades de Açaituba, Miuá, Jaradi, Arixanã e Jacundá e a

outra nas localidades do Demeni, Jacundá, Maguari e Catalão.

2) Mudanças geomorfológicas ocorridas no Quaternário e os ambientes heterogêneos da

bacia do rio Negro parecem ter moldado a distribuição e a estrutura genética dentro e

entre as populações destas unidades. O limite geográfico entre as unidades evolutivas

parece ser as adjacências do principal tributário do rio Negro, o rio Branco.

3) As corredeiras e cachoeiras nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira (alto rio

Negro) reduzem o fluxo gênico entre as populações da unidade evolutiva 1.

4) Detectou-se valores significativos do índice de fixação Φst e ausência de fluxo

gênico efetivo entre a população do Demeni e as demais populações que compõem a

unidade evolutiva 2. Outros fatores, excluindo o isolamento por distância podem

estar impedindo o fluxo gênico efetivo entre elas.

5) O teste de neutralidade, Fs de Fu, sugere que as populações do Demeni, Maguari e

Catalão, passaram por um recente crescimento populacional, mas essa hipótese foi

descartada pela análise do mismatch distribution.

6) O polimorfismo acentuado da região controle das duas unidades evolutivas, não se

mostrou correlacionado com as características morfológicas externas.

7) N. eques não pode ser tratada para fins de manejo como um único estoque na bacia

do rio Negro, tendo em vista o grau de diferenças genéticas entre as unidades

evolutivas.

46

7. Referências Bibliográficas Anjos, H. D. B.; Siqueira, J. A.; Amorim, R. M. S. 2007. Comércio de peixes ornamentais

do Estado do Amazonas, Brasil. Boletim Sociedade Brasileira de Ictiologia, 87 4-5 p.

Alves-Gomes, J. A. 1995. The phylogeny and Evolutionary history of the south american

electric fishes (order Gymnotiformes). Tese de Doutorado, Universidade da Califórnia,

São Diego.

Araújo M. S. 2003. Existe gradiente de tamanho, massa corpórea e fecundidade de

Pyrrhulina brevis (Characiformes, Lebiasinidae) em igarapés de terra-firme da

Amazônia Central? In: Ecologia da Floresta Amazônica, 132-135. Manaus, 146p.

Arefjev, V. A. 1990. Karyotypic Diversity of Characid Families (Pisces, Characidae).

Caryologia, 43(4): 291-304.

Asahida, T.; Kobayashi, T.; Saitoh, K.; Nakayama, I. 1996. Tissue preservation and total

DNA extraction from fish stored at ambient temperature using buffers containing high

concentration of urea. Fisheries Science, 62(5):727-730.

Avise, J.C.; Arnold, J.; Ball, R.M.; Bermingham, E.; Lamb, T.; Neigel, J.E.; Reeb, C.A. and

Saunders, N.C. 1987. Intraespecific Phylogeography: the mitochondrial DNA bridge

between population genetics and systematic. Ann. Rev. Ecol. Syst. 18: 489-522.

Avise, J. C. 1994. Molecular markers, natural history and evolution. Chapman & Hall, New

York, 511 pp.

Avise, J. C. 1998. The history and purview of phylogeography: a personal reflection.

Molecular Ecology, 7: 371-379.

Avise, J. C. 2000. Phylogeography: The history and formation of species. Harvard

University Press, London, 447 pp.

Baker, C.S. & Palumbi, S.R. 1996. Population structure, molecular systematic, and forensic

identification of whales and dolphins. In: Conservation Genetics: Case Histories from

Nature (Avise, J.C. and Hamrick, J. L., eds.).

Batista, J. S. 2001. Estimativa da variabilidade genética intra-específica da dourada –

Brachyplatystoma flavicans Castelnau 1855 (Pimelodidae – Siluriformes) no sistema

Estuário-Amazona-Solimões. Dissertação de Mestrado. Instituto Nacional de Pesquisas

da Amazônia / Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas. 113pp.

Baum, D. 1992. Phylogenentic species concepts. Trends Ecol. Evol. 7:1.

47

Beheregaray, L. B.; Schwartz, T. S.; Möller, L. M.;Call, D.; Chao, N. L.; Caccones, A.

2004. A set of microsatellite DNA markers for the one-lined pencilfish Nannostomus

unifasciatus, an Amazonian flooded forest fish. Molecular Ecology Notes, 4 (3): 333-

335.

Bernatchez, L. and Danzmann, R. G. 1993. Congruence in Control-Region Sequence and

Restriction-Site Variation in Mitochondrial DNA of Brook Charr (Salvelinus fontinalis

mitchill) Molecular Biology Evolution, 10: 1002-1014.

Bezerra, P. E. L. 2003. Compartimentação morfotectônica do interflúvio Solimões-

Negro.Tese deDoutorado .Universidade Federal do Pará, Belém 335 p.

Blumer, L. S. 1979. Male parental care in the bony fishes. The Quarterly Review of Biology,

2: 149-161 pp.

Broughton R. E., Dowling, T. E., 1994. Length variation in mitochondrial DNA of the

minnow Cyprinella spiloptera. Genetics, 138:179–190

Dowling T. E.; Broughton. E.; Demarais B. D. 1997. Significant role for historical effects in

the evolution of reproductive isolation: Evidence from patterns of introgression between

the cyprinid fishes, Luxilus cornutus and Luxilus chrysocephalus. Evolution, (51) 1574-

1583.

Buckup, P. A. 1998. Relationships of the Characidinae and Phylogeny of Characiform fishes

(Teleostei: Ostariophysi). In: Malabarba, L. R., Reis, R. E., Vari, R. P., Lucena, Z. M.

S., Lucena, C. A. S. Phylogeny and Classification of Neotropical Fishes, 123-144. Porto

Alegre, Edipucrs, 603p.

Buckup, P. A. 1999. Sistemática e biogeografia de peixes de riachos. In: Caramaschi, E. P.;

Mazzoni, R.; Peres-Neto, P. R.. Ecologia de peixes de riachos. Série Oecologia

Brasiliensis, vol. VI. PPGE-UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil.

Buckup, P.A.; Menezes, N.A.; Ghazzi, M.S. (eds.) 2007. Catálogo das espécies de peixes de

água doce do Brasil. Rio de Janeiro, Museu Nacional. 195p. (Série Livros, 23).

Buroker, N. E., Brown, J. R., Gilbert, T. A., O'Hara, P. J., Beckenbach, A. T., Thomas, W.

K., Smith, M. J. 1990. Length Heteroplasmy of Sturgeon Mitochondrial DNA: An

Illegitimate Elongation Model. Genetics,124: 157-163

Calcagnoto, D., Schaefer S. A., Desalle R. 2005. Relationships among characiform fishes

inferred from analysis of nuclear and mitochondrial gene sequences. Molecular

Phylogenetics Evolution, 36: 135-153.

48

Causse, M.A.; Fulton, T.M.; Cho, Y.G.; Ahn, S.N.; Chunwongse, J.; Wu, K.; Xiao, J.; Yu,

Z.; Ronald, P.C.; Harrington, S.E.; Second, G.E.; Mccouch, S.R.; Tanksley, S.D. 1994.

Satured molecular map of rice genome based on an interespecific backcross population.

Genetics, 138: 1251-1274.

Chao, N.L. 1993. Conservations of rio Negro ornamental fishes. Tropical Fish Hobbyist,

41(5): 99-114.

Chao, N. L. 2001. The fishery, diversity and conservation of ornamental fishes in the Rio

Negro Basin, Brazil - A Review of Project Piaba (1989-1999). In: Chao, N. L.; Petry, P.;

Prang, G.; Sonneschien, L. e Tlusty, M. (Eds). Conservation and Management of

ornamental fish Resources of the rio Negro Basin. Amazonia, Brazil - Project Piaba.

Editora da Universidade do Amazonas, Manaus, Amazonas. p. 161-204.

Chen, C. A., Anonuevo, M.C., McManus, J.W., Bell, J.D., Tuan,V. S., Cabanban, A.S.,

Shao1, K.T. 2004. Variable Numbers of Tandem Repeats (VNTRs), Heteroplasmy, and

Sequence Variation of the Mitochondrial Control Region in the Threespot Dascyllus,

Dascyllus trimaculatus (Perciformes: Pomacentridae). Zoological Studies, (4): 803-812

(2004)

Clement, M.; Posada, D.; Crandall, K. A. 2000. TCS: a computer program to estimate gene

genealogies. Molecular Ecology, 10: 1657-1660.

Crandall, K.A.; Bininda-Emonds, O.R.P.; Mace, G.M.; Wayne, R.K. 2000. Considering

evolutionary process in conservation biology. Trends in Ecology & Evolution 15:290

295.

Estoup, A.; Presa, P.; Krieg, F.; Vaiman, D.; Guyomard, R. 1993. (CT)n and (GT)n

microsatellites: a new class of genetic markers for Salmo trutta L. (brown trout).

Heredity, 71: 488-496.

Excoffier, L.; Smouse, P.; Quattro, J. 1992. Analysis of molecular variance inferred from

metric distances among DNA haplotypes: application to human mitochondrial DNA

restriction data. Genetics, 131: 479-491.

Excoffier, L.; Laval, G., Schneider S. 2006. An integrated software package for population

genetics data analysis. Computational and Molecular Population Genetics Lab (CMPG),

Institute of Zoology, University of Berne, Switzerland.

Farias IP.; Hrbek, T. 2008 Patterns of diversification in the discus fishes (Symphysodon spp.

Cichlidae) of the Amazon basin. MolecularPhylogenetics and Evolution, 49: 32-43.

49

Felsenstein, J. F. 1981. Evolutionary tree from DNA sequences: a maximum likelihood

approach. Journal of Molecular Evolution, 17: 368-376.

Ferreira, E. J. G.; Zuanon, J.; Forsberg, B. R.; Goulding, M.; Briglia-Ferreira, S. R. 2007.

Rio Branco - Peixes, Ecologia e Conservação de Roraima. 1. ed. Lima: Wust Ediciones,

v. 1. 201 p.

Formiga-Aquino, K. 2004. Filogeografia da piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii) na

Bacia Amazônica. Dissertação de Mestrado. Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia / Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas. 80pp.

Frankham, R. 2005. Genetics and extinction. Biological Conservation, 126: 131-140.

Franzinelli, E., Igreja, H.L.S., 1990. Utilização de sensoriamento remoto na investigação da

área do Baixo Rio Negro e Grande Manaus. VI Simp. Bras. Sens. Rem. An. 3, 641– 648

Franzinelli E., Latrubesse E., 1993. Neotectonic in the central part of the Amazon basin.

Bulletin INQUA Neotectonic Commission, 16: 10– 13.

Franzinelli E., Igreja, H. 2002. Modern sedimentation in the lower Negro River, Amazonas

state, Brazil. Geomorphology, 44 259–271.

Frederico, R. G. 2006. Filogeografia de Paratrygon aiereba Müller & Henle, 1841

(Chondrichtyes: Potamotrygonidae) na região Amazônica. Dissertação de Mestrado.

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / Universidade Federal do Amazonas.

Manaus, Amazonas. 80pp.

Freeman,B.; Nico,L.G.; Osentoski,M.; Jelks,H.L.; Collins,T.M.. 2007. Molecular

systematics of Serrasalmidae: deciphering the identities of piranha species and

unraveling their evolutionary histories. Zootaxa, 1484: 1-38.

Fu, Y-X. 1997. Statistical tests of neutrality of mutations against population growth

hitchhiking and background selection. Genetics, 1447: 915-925.

Fujii, R.; Masagaki, A. 1999. Differential Actions of Melatonin on Melanophores of the

Threeline Pencilfish, Nannostomus trifasciatus. Zoological Science, 16: 35-42.

Goulding, M.; Carvalho, M. L.; Ferreira, E. G. 1988. Rio Negro: rich life in the poor water.

The Hague, The Netherlands: SPB Acadmic Publishing, 200pp.

Goulding, M.; Barthem, R.; Ferreira, E. 2003. The Negro and the Trombetas – Balck and

Clear Waters from Ancient Lands. In: The Smithsonian Atlas of the Amazon. Princeton

Editorial Associates, Inc. Hong Kong.

50

Hall, T. A. 1999. BioEdit: a user-friendly biological sequence alignment editor and analysis

program for Windows 95/96/NT. Nucleic Acids Symposium Series, 41:95-98.

Harris, P.; Petry, H. 2001. Preliminary report on the genetic population structure and

phylogeography of cardinal tetra (Paracheirodon axelrodi) in the rio Negro basin. In:

Chao, N. L.; Petry, P.; Prang, G.; Sonneschien, L. & Tlusty, M. (Eds). Conservation and

Management of ornamental fish Resources of the rio Negro Basin. Amazonia, Brazil -

Project Piaba. Editora da Universidade do Amazonas, Manaus, Amazonas, p. 205-225.

Hartl, D.L. & Clark, A.G. 1989. Principles of Population Genetics, second edition, Sinauer

Associates Inc, Sunderland MA, 481pp.

Hennig, W 1966. Phylogenetic systematics. University of Illinois Press, Urbana, 263 pp.

Hilsdorf, A. W. S.; Marques D. K. S.; Resende E. K. 2006. Genética e conservação de

estoques pesqueiros de águas continentais no Brasil: Situação atual e perspectivas.

Embrapa, Pantanal. Corumbá, Mato Grosso, 44pp.

Hrbek, T., Farias, I. P.; Crossa, M.; Sampaio, I.; Porto, J. I. R.; Meyer, A. 2005. Population

genetic analysis of Arapaima gigas, one the largest freshwater fishes of the Amazon

basin: implications of this conservation. Animal Conservation, 8) 297-308.

Hubert, N.; Torrico, J.P.; Bonhomme, F.; Renno, J.F. 2007. Species polyphyly and mtDNA

introgression among three Serrasalmus sister-species. Molecular Phylogenetics and

Evolution, 46: 375–381.

Jobb, G.; Haeseler, A.V.; Strimmer, K. 2004. TREEFINDER: a powerful graphical analysis

environment for molecular phylogenetics. BMC Evolution Biology, 4: 1-9.

Junk, W. J.; Bayley, P.B.; Sparks, R.E. 1989. The Flood Pulse Concept in River-Floodplain

Systems. In D.P. Dodge. Proceedings of the International Large River Symposium.

Canadian Special Publications of Fisheries and Aquatic Science, 106: 110-127.

Junk, W. J.; Furch K. 1993. A general review of tropical South American floodplains.

Wetlands Ecology and Management, 4: 231-238.

Latrubesse, E. M. 2008 Patterns of anabranching channels: The ultimate end-member

adjustment of mega rivers. Geomorphology, 101: 130-145.

Latrubesse, E. M.; Franzinelli. E. 2005. The late Quaternary evolution of the Negro River,

Amazon, Brazil: Implications for island and floodplain formation in large anabranching

tropical systems, Geomorphology, 70: 372-397

51

Lee, W.J; Conroy, J.; Howell, W.H.; Kocher, T.D. 1995. Structure and evolution of teleost

mitochondrialcontrol regions. Journal of Molecular Evolution, 41:54-66.

Lovejoy, N. R.; de Araújo, M. L. G. 2000. Molecular systematics, biogeography and

population structure of neotropical freshwater needlefishes of the genus Potamorrhaphis.

Molecular Ecology, 9: 259-268.

Mantel N. 1967. The detection of disease clustering and a generalized regression approach.

Cancer Research, 27: 209-220.

Mayr, E. 1976. Evolution and the Diversity of Life. Cambridge, Mass.: Harvard University

Press.

MMA, Instrução Normativa nº 203, de 22 de outubro de 2008. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 22 de outubro de 2008.

Meyer, A. 1993. Evolution of mitochondrial DNA in fishes. In: Hochachka, P. W. &

Mommsen (Eds). Biochemistry and molecular biology of fishes, Vol 2. Elsevier Science

Publishers. p 1-38.

Meyer, A. 1994. DNA technology and phylogeny of fish: molecular phylogenetic studies of

fish. In: Genetic and evolution of aquatic organisms, Chapman & Hall. Lodon. p. 219-

249.

Moreira, C. R. 2007. Relações filogenéticas na ordem Characiformes (Teleostei:

Ostariophysi. Tese de Doutorado. Instituo de Biociências da Universidade de São Paulo.

São Paulo 468pp.

Moritz, C. 1994. Defining ‘Evolutionarily Significant Units’for conservation. Trends Ecol.

Evol. 9: 373-375.

Nahum, L.A. Evolução dos Genomas. In: Matioli S. R., Biologia Molecular e Evolução.

Ribeirão Preto: Holos Ed., 2001.

Netto-Ferreira A. L. 2005. Relações Filogenéticas dos Gêneros de Lebiasinidae

(Ostariophysi, Characiformes). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio

de Janeiro. Rio de Janeiro. 394pp.

Ortí, G.; Meyer, A. 1996. Molecular evolution of ependymin and the phylogenetic

resolutionof early divergences among euteleost fishes. Molecular Biology and Evolution,

13(4):556-573.

Ortí, G.; Meyer, A. 1997. The radiation of characiform fishes and the limits of resolution of

mitochondrial ribosomal DNA sequences. Systematic Biology, 46(1):75-100.

52

Ortí, G., Sivasundar A.; Dietz K.; Jégu M.; 2008. Phylogeny of the Serrasalmidae

(Characiformes) based on mitochondrial DNA sequence. Genetics and Molecular

Biology. 31 343-351.

Oyakawa, O. T. 1998. Relações filogenéticas das famílias Pyrrhulinidae, Lebiasinidae e

Erythrinidae (Osteichthyes: Characiformes). Tese de Doutorado. Universidade de São

Paulo, São Paulo, 200 pp.

Pereira, S. L., 2000. Mitochondrial genome organization and vertebrate phylogenetics.

Genetics and Molecular Biology. 4 745-752.

Porto, J. I. R., Feldeberg, E.; Nakayama, C. M.; Falcão, J. N. 1992. A checklist of

chromosome numbers and karyotypes of amazonian freshwater fishes. Revue D'

Hydrobiologie Tropicale, 4: 287-299.

Porto, J. I. R. 1999. Análises cariotípicas e sequenciamento de mtDNA de populações de

Mylesinus paraschomburgkii (Characiformes, Serrasalmidae) da bacia Amazônica. Tese

de Doutorado. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do

Amazonas. Manaus, Amazonas. 120 pp.

Porto, J. I. R.; Alves-Gomes, J. A.; Farias, I. P.; Feldberg, E. 2001. Using molecular biology

techniques to characterize the diversity of amazonian ornamental fishes. In: Chao, N. L.;

Petry, P.; Prang, G.; Sonneschien, L. e Tlusty, M. (Eds). Conservation and Management

of ornamental fish Resources of the rio Negro Basin. Amazonia, Brazil Project Piaba.

Editora da Universidade do Amazonas, Manaus, Amazonas, p. 227-244.

Posada, D.; Crandall, K. A. 1998. MODELTEST: testing the model of DNA substitution.

Bioinformatics, 14: 817-818.

Ray, D. A., Densmore, D. L. 2003. Repetitive Sequences in the Crocodilian Mitochondrial

Control Region: Poly-A sequences and heteroplasmic tandem repeats. Molecular

Biology and Evolution. 6. 1006-1013.

Rand, D. M. Harrison, R. G. 1989. Molecular population genetics of mtDNA size variation

in crickets. Genetics, 121: 551-569.

Reis, R. E.; Kullander, S. O.; Ferraris Jr, C. J. 2003. Check list of the freshwater fishes of

south and central america. Editora da Pontifícia Universidade Católica, Porto Alegre,

Brasil. 729 pp.

Ribeiro, D. T. 2006. História evolutiva de espécies do gênero Potamotrygon Garman, 1877

(Potamotrygonidae) na Bacia Amazônica. Dissertação de Mestrado. Instituto Nacional

53

de Pesquisas da Amazônia / Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas,

114pp.

Ridley, M. 2004. Evolution. Cambrige, Blackwell Science. 719pp.

Ridley, M.; Ferreira, H. B.; Passaglia, L.; Fischer, Araújo, M. A. 2006. Evolução. Ed.

Artmed. 752p.

Rojas, M. 1995. The species problem and conservation: what are we protecting? In: Genes,

Populations, Species: Readings from Conservation Biology. Blackwell Science.

Cambridge, MA, pp. 1-9.

Román-Valencia, C. 2004. Sobre la bioecología de Lebiasina panamensis (Pisces:

Lebiasinidae) de los ríos Atrato y La Vieja, Colombia. Dahlia, 7: 33-35.

Rossetti D. F.; Peter, M. T.; Góes, A. M. 2005. New geological framework for Western

Amazonia (Brazil) and implications for biogeography and evolution. Quaternary

Research, 66: 78-89.

Rozas, J.; Sánchez-DelBarrio, J. C.; Messeguer, X.; Rozas, R. 2003. DnaSP, DNA

polymorphism analyses by the coalescent and other methods. Bioinformatics, 19 : 2496-

2497.

Ruffino, M. 2004. A pesca e os recursos pesqueiros na Amazônia brasileira. Manaus,

IBAMA/PróVárzea. 272pp.

Saiki, R. K.; Gelfand, D. H.; Stoffel, S.; Scharf, S. J.; Higuchi, R.; Horn, G. T.; Mullis, K.

B.; Erlich, H. A. 1988. Primer-directed enzymatic amplification of DNA with a

thermostable DNA polymerase. Science, 239: 487-491.

Saitou, M.; Nei, M. 1987. The Neighbor-joining Method: A New Method for Reconstructing

Phylogenetic Trees. Molecular Biology and Evolution, 4 (4): 406-425.

Sambrook, J.; Russell, D. W. 2001. Molecular cloning: a laboratory manual. Vol. I. Cold

Spring Harbor Press. Cold Spring Harbor. NY.

Sanger, F.; Nicklen, S.; Coulson, A. R. 1977. DNA Sequencing with chain terminating

inhibitors. Proceedings of National Academy of Science. USA, 74: 5463-5467.

Santos, G. M.; Ferreira, E. J. G. 1999. Peixes da Bacia Amazônica. In: Lowe-McConnel,

R.H.(Ed.). Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. EDUSP, São Paulo,

Brasil. p. 345-373.

54

Santos S, Schneider H and Sampaio I (2003) Genetic differentiation of Macrodon ancylodon

(Sciaenidae, Perciformes) populations in Atlantic coastal waters of South America as

revealed by mtDNA analysis. Genetics and Molecular Biology, 26 :151-161.

Santos, M. C. F. 2004. Estimativa da variabilidade genética intra e interpopulacional de

Tambaqui (Colossoma macropomum, Cuvier) 1818 na bacia Amazônica. Dissertação de

Mestrado. Universidade Federal de São Carlos. 94pp.

Santos, T.; Vosgueritchian, S.B.; Nazareth, T. M.; Costa, J.B.P. 2006. Tipo de habitat

determina a ocorrência de peixes de tamanhos diferentes? In: Ganade, G. Ecologia da

floresta Amazônica, 2006. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA);

Floresta Amazônica; Manaus, AM; BRASIL.

Santos, M. C. F.; Ruffino, M. L.; Farias, I. P. 2007. High levels of genetic variability and

panmixia of the tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1816) in the main channel

of the Amazon River. Journal of fish Biology.

Scheel, J. J. 1973. Fish chromosomes and their evolution. Internal Report of Danmarks

Akvarium, Charlottenlund. 22pp.

Schmitt, R. 2005. Filogeografia de Hypopygus lepturus Hoedeman, 1962 (Gymnotiformes:

Rhamphycthyidae) ao longo do médio rio Negro, Amazônia. Dissertação de Mestrado.

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia /Universidade Federal do Amazonas.

Manaus, Amazonas. 143pp.

Schneider, C.H. 2007. Filogeografia do peixe ornamental Carnegiella strigata

(Characiformes, Gasteropelecidae) de três rios de água preta da Amazônia central.

Dissertação de Mestrado. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/ Universidade

Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas. 70pp.

Sioli H. 1984. The Amazon: Limnology and Landscape Ecology of a Mighty Tropical River

and its Basin. In: Monographiae Biologicae eds. Dumont HJ, Werger MJA), p. 800.

Springer Verlag, New York, NY.

Sioli, H. 1950. Das Wasser im Amazonasgebiet. Forsch. Fortschr. In: Lowe-McConnel,

R.H.(Ed.). Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. EDUSP, São Paulo,

Brasil. p. 345-373.

Sioli, H. 1990. Amazônia: fundamentos da ecologia da maior região de florestas tropicais.

Editora Vozes, Petrópolis, Brasil. 73 pp.

55

Sivasundar, A.; Bermingham, E.; Ortí, G. 2001. Population structure and biogeography of

migratory freshwather fishes (Prochilodus: Characiformes) in major South American

rivers. Molecular Ecology, 10: 407-417.

Solé-Cava, A.M. 2001. Biodiversidade molecular e genética da conservação. In: Matioli,

S.R.(Eds.). Biologia Molecular e Evolução. Holos, Ribeirão Preto, p.172-192.

Souza, E. R. 2008. Filogeografia do gênero neotropical Fluviphylax (Cyprinodontiformes:

Poeciliidae) das bacias do Amazonas e do Orinoco. Dissertação de Mestrado. Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia/ Universidade Federal do Amazonas. Manaus,

Amazonas. 122pp.

Swofford, D. L. 1999. PAUP: Phylogenetics analysis using parsimony, version 4.0. Sinauer

Associates, Sunderland.

Tajima, F. 1989. Statistical method for testing the neutral mutation hypothesis by DNA

polymorphism. Genetics, 123: 585-595.

Templeton, A.R., Crandall, K. A., Sing, C. F. 1992. A cladistic analysis of phenotypic

associations with haplotypes inferred from restriction endonuclease mapping & DNA

sequence data. III. Cladogram estimation. Genetics, (132): 619–633.

Thompson, J. D.; Higging, D. G.; Gibson, T. J. 1994. ClustalW : Improving the sensitivity

of progressive multiple sequence alignment through sequence weighting, position

specific gap penalties and matrix choice. Nucleic Acids Research, 22: 4673-4680.

Vari, R. P.; Malabarba, L. R. 1998. Neotropical ichthyology: An overview In: Malabarba, L.

R.; Reis, R. E.; Vari, R. P.; Lucena, Z. M. S.; Lucena, C. A. S. (Eds). Phylogeny and

classification of neotropical fishes. Editora da Pontifícia Universidade Católica, Porto

Alegre, Brasil. p.1-11.

Weitzman, S.H. 1964. Osteology and relationships of South American characid fishes of

subfamilies Lebiasinidae and Erythrinidae with special references to subtribe

Nannoatomina. Proceedings of the United States National Museum,116 (3538):1-56.

Weitzman, S. H. 1966. Review of South American characid fishes of the subtribe

Nannostomina. Proceedings of the United States National Museum, 119 (3538): 1-56.

Weitzman, S. H.; COBB, J. S. 1975. A revision of the South American fishes of the genus

Nannostomus Günther (Family Lebiasinidae). Smithsonian Contribution Zoology, 186:

1-36.

56

Weitzman, S. H. 1978. Three new species of fishes of the genus Nannostomus from the

Brazilian states of Pará and Amazonas (Teleostei: Lebiasinidae). Smithsonian

Contribution Zoology, 263: 1-14.

Weitzman, H.; Weitzman, M. 1982. Biogeography and Evolutionary Diversification in

Neotropical Freshwates Fishes, with Comments on the Refuge Theory. In: Prance, G.T.

(ed). Biological Diversification in the Tropics. Columbia University Press. New York. p.

404-422.

Weitzman, S. H.; Weitzman, M. 2003. Family Lebiasinadae. In: Reis, R. E.; Kullander, S.

O.; Ferraris Jr, C. J. (Eds). Check list of the freshwater fishes of south and central

America. Editora da Pontifícia Universidade Católica, Porto Alegre, Brasil. p.101-103.

Willis, S.C.; Nunes, M. S.; Montana, C. G.; Farias, I.P.; Lovejoy, N. R. 2007. Systematics,

biogeography, and evolution of the Neotropical peacock basses Cichla (Perciformes:

Cichlidae). Molecular Phylogenetics and Evolution, 44 (1): 291-307.

57

8. Anexos

Anexo 01 Sítios polimórficos das seqüências da região controle dos 97 haplótipos encontrados neste trabalho. h 1 -TATC-CA-TATC-A-TATC-A-TATC-A-TATC-A-TATC-A-TATC-AA-TATAC-TAAA-TTAATC-A-TATC-AAAAATACACCACCTCAACGGCCATGATTAGA-TTTTTATTGCGCGACGTACTAAGGTT-GCAAGT

h 2 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-..........................G.....G..........................-......

h 3 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-......-.-.T..-................................-..........................-......

h 4 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-................................G......................A...-......

h 5 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-..........................G.....-..........................-......

h 6 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-..........................G.....G..........................-......

h 7 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................-........-......-..........-......

h 8 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-..T...-.-.T..-..........................G.....G......................A...-......

h 9 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-......-.-.T..-................................G..........................-......

h 10 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-..T...-.-.T..-................................-..........................-......

h 11 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-..T...-.-.T..-..........................G.....G..........................-......

h 12 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-..T...-.-.T..-..........................G.....G..........................-......

h 13 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................-........-.................-......

h 14 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................-........-.-...............-......

h 15 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................G...............-..........-......

h 16 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................-..........-....-..........-......

h 17 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-.........................-......G......................A...-......

h 18 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................G..........................-......

h 19 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.........................-G.....G..........................-......

h 20 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-.........................-......G..........................-......

h 21 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-..T...-.-.T..-.........................-......G..........................-......

58

h 22 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-......-.-.T..-.........................-......G..........................-......

h 23 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T.T-................................G..........................-......

h 24 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-..T...-.-.T..-................................G......................A...-......

h 25 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-.T..-..-.T...-....-..T...-.-.T..-................................G..........................-......

h 26 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-.T..-.-....-..-.....-....-......-.-....-................................G..........................-......

h 27 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.........................-......G...............-......A...-......

h 28 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-................................G..........................-......

h 29 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-..T...-.-.T..-................................G..........................-......

h 30 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-.T..-................................G......................A...-......

h 31 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-CT..-.-....-..-.T...-....-..T...-.-.T..-................................G..........................-......

h 32 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.T...-....-..T...-.-.T..-................................G..........................-......

h 33 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-.T..-..-.....-....-..T...-.-.T..-................................G..........................-......

h 34 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-..T...-.-.T..-................................G...............-..........-......

h 35 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-.T..A.-.T..-..-.....-....-..T...-.-.T..-.........................-......G...............-..........-......

h 36 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......GGT...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T..A.T.....T-....AAT..A.

h 37 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.......GGT...T.T...A...CC.......G....................T.....-....A.

h 38 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-................................G....................T-A...-....A.

h 39 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.........................-......G....................T-....-....A.

h 40 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.........................-......G..........................-......

h 41 -....-..-....-.-....-.-....-.-....-.-....-.-....-..-.....-....-......-.-....-.............T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T..A.T.....T-....-A...A.

h 42 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA....A..T.CTAGA.TCTAG......GGT...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T......A.T.....T-...CAAT..A.

h 43 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA....A..T.CTAGA.TCTAG......GGT...T.T...A...CC..AA..GG.A...T...T.......T...-A..CA.T..A.

h 44 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......GGT...T.T...A...CC-GA..A.G.C...T...T....T.....T-...CAAT..A.

h 45 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.CC.TAAG.TA.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTT.TTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT-.-A.A.A.TGCAC

h 46 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TCTTA.GGTA.C.TCTAGA.TCTAG..GTC.A..TTTTA...TTATTCC.GAAT.GG.A...T.A.T.T..T..TT-..A.A.A.TGCAC

59

h 47 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TAAG..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTTATTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT-..A.A.A.TGCAC

h 48 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TC.TA.G..A.C.TCTAGACTCTAG..GTCGA..TTTTA...TTATTCC.GAAT.GG.A...T.A.T.T..T..TT-..A.A.A.TGCAC

h 49 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTT.TTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT-..A.A.A.TGCAC

h 50 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA...TTATTCC.GAAT.GG.A...T.A......T..TT-.-A.A.G.TGCAC

h 51 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA...TT.TTCC.GAAT.GG.A...T.A......T..TT-.-A.A.A.TGCAC

h 52 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTCTTAAG.TA.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTTATTCC..AAT.GG.A...T.A......T..TT-.-.AA.A.TGCAC

h 53 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TAAG.TA.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA...TT.TTCC.GAAT.GG.A...T.A.T.T..T..TT-.-A.A.G.TGCAC

h 54 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA...TTATTCC.GAAT.GG.A...T.A.T....T..T.-.-A.A.A.TGCAC

h 55 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA...TTATTCC.GAAT.GG.A...T.A......T..TT-.-.AA.A.TGCAC

h 56 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TAAG.TA.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTT.TTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT..-AAA.A.TGCAC

h 57 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTT.TTCC..AAT.GG.A...T.A......T..TT-T-.AA.A.TGCAC

h 58 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TC.TA.G..A.C.TCTAGA.TCTAG..GTCGA..TTTTA..GTTATTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT-.-.AA.A.TGCAC

h 59 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.C.TCTAGACTCTAG..GTCGA..TTTTA..GTTATTCC..AAT.GG.A...T.A.T....T..TT-.-.AA.A.TGCAC

h 60 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA...GG.....TA..T....T..T...-A.A.A.T..AC

h 61 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A..C.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.....TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 62 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..C.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.....TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 63 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G..T..T.T...TATTCC.GAAT..G.A...TA..T....T.CT...-A.A.A.T..AC

h 64 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.ACTC.TA.G..A..C.CTAGA.TCTAG.G....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 65 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.ACTC.TA....A..C.CTAGA.TCTAG.G....G.T...T.T...A...CC-GA..A.G.C.C.T-..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 66 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGACTCTAGGACTC.TA.G..A.CT.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC..A..A.G-.C.CT...T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 67 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.CT.CTAGACTCTAG.G....G.T...T.....A.TTCC.GAAT.GG.A...TA..T....T..T...-A.A.A.T..AC

h 68 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA..G.A..C.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C.C.T...T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 69 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T.....T...A...CC-GA.T.GG.....TA..T.......T...-A.A.A.T..AC

h 70 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.GG.A..C.CTAGA.TCTA.......G.T...T.T...A...CC.GA.T.GG.....TA..T....T..T..T-A.A.A.T..AC

h 71 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.CT.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA.T.GG.A...TA..T.......T...-A.A.A.T..AC

60

h 72 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A.CT.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CCAGA..A.G.C...T...T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 73 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A.CT.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC-GA..A.G.C...TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 74 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TC.TA.GG.A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T..T..A...CC-GA.T.GG.....TA..T....T..T...-A...A.T..A.

h 75 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C.C.TA..T....T..T...-....A.T..AC

h 76 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA..G.AC.C.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.CC..TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 77 ACTCTA..ACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA.T.GG.A...TA..T....T..T...-A...A.T..AC

h 78 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGGACTC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T.T...A...CC-GA..A.G.C.C.T-..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 79 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA..CTAG......G.T...TAT..TA...CC.GAA..GG.A...T.A.T....T..TT....AA.A.T..A.

h 80 -....-A.A.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.T.TA..G....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

h 81 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A.CT.CTAGACTCTAG......G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T-..T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

h 82 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..C.CTAGA.CCTAGC.....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T.TA.T.CT..T-...CAAT..A.

h 83 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.CCTAGCG....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.CC..TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 84 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.CCTAGC.....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C.C.T-..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 85 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG......G.T...T.....A...CC-GA..A.G.CC..TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 86 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.CCTAGCG....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 87 -.T..AA.A.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.GG.A..C..TAGA.CCTAG.G....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.CC..TA..T.TAGT..T..T-...CAAT..A.

h 88 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA..CTAGA..CTAGA..CTAG.A.TC.TA....A..T.CTAGA.CCTAGCG....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

h 89 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.GG.A..C.CTAGA.CCTAG.G....G.T...T.T...A...CC-GA..A.G.C.C.T-..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 90 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA....A..T.CTAGA.CCTAGCG....G.T...T.T.......CC.GA....G.....TA..T..A.T..T..T-....AAT..AC

h 91 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..-..C.CTAGA.CCTAGC.....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C...T...T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

h 92 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA..G.A..C.CTA.A.CCTAGC.....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G.C.C.T-..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 93 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..C.CTAGA.CCTA.C.....G.T...T.T...A...CC.GA..A.G..C..T...T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

h 94 -....AA.A.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.G..A..T.CTAGA.TCTAG.G....G.T...T.T...A...CC..A..A.G.CC..T-..T..A.T..T..T-...CAAT..A.

h 95 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.GG.A..C.CTAGA.CCTAGC.....G.T...T.....A...CC-GA..A.G.CC..TA..T..A.T.CT..T-...CAAT..A.

h 96 A.TCTA.GA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAGA.TCTAG.A.TC.TA.GG.A..C.CTAGA.TCTAGCG....G.T...T.T.......CC.GA..A.G.C...T...T.TAGT.CT..T-...CAAT..A.

61

h 97 ACTCTA.GACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAGACTCTAG.ACTCCTA.G..A.CT.CTAGACTCTAGC.....G.T...T.....A...C..GA..A.G.....TA..T..A.T..T..T-....AAT..AC

62

Anexo 02 Freqüência dos haplótipos de N. eques. AÇ= Açaituba; MI= Miuá; JA=Jaradi;

AR=Arixanã; DE=Demeni; MA=Maguari; JC=Jacundá e CT=Catalão.

Alto rio Negro Médio rio Negro Baixo rio Negro Total Haplótipos AÇ MI JA AR DE MA JC CT

h1 1 - - - - - - - 1 h2 2 - - - - - - - 2 h3 1 - - - - - - - 1 h4 2 - - - - - - - 2 h5 3 - - - - - - - 3 h6 - 1 - - - - - - 1 h7 - 1 - - - - - - 1 h8 - 1 - - - - - - 1 h9 - 1 - - - - - - 1 h10 - 1 - - - - - - 1 h11 - 1 - - - - - - 1 h12 - 1 - - - - - - 1 h13 - 1 - - - - - - 1 h14 - 1 - - - - - - 1 h15 - 1 - - - - - - 1 h16 - 1 - - - - - - 1 h17 - - 1 - - - - - 1 h18 - 2 2 - - - - - 4 h19 - - 1 - - - - - 1 h20 - - 3 - - - - - 3 h21 - - 1 - - - - - 1 h22 - - 1 - - - - - 1 h23 - - 1 - - - - - 1 h24 - 1 - 1 - - - - 2 h25 - - - 1 - - - - 1 h26 - - - 1 - - - - 1 h27 - - - 1 - - - - 1 h28 6 1 1 1 - - - - 9 h29 - 1 1 3 - - - - 5 h30 - 3 1 1 - - - - 5 h31 - - - 1 - - - - 1 h32 - 1 - 1 - - - - 2 h33 - - - 1 - - - - 1 h34 - - - 1 - - - - 1 h35 - - - 1 - - - - 1 h36 - - - - - - 1 - 1 h37 - - - - - - 1 - 1 h38 - - - - - - 1 - 1 h39 - - - - - - 1 - 1 h40 - - 1 - - - 1 - 2 h41 - - - - - - 1 - 1 h42 - - - - - - 1 - 1 h43 - - - - - - 1 - 1 h44 - - - - - - 1 - 1 h45 - - - - 1 - - - 1 h46 - - - - 1 - - - 1 h47 - - - - 1 - - - 1 h48 - - - - 1 - - - 1

63

h49 - - - - 1 - - - 1 h50 - - - - 1 - - - 1 h51 - - - - 1 - - - 1 h52 - - - - 1 - - - 1 h53 - - - - 1 - - - 1 h54 - - - - 1 - - - 1 h55 - - - - 1 - - - 1 h56 - - - - 1 - - - 1 h57 - - - - 1 - - - 1 h58 - - - - 1 - - - 1 h59 - - - - 1 - - - 1 h60 - - - - - 1 - - 1 h61 - - - - - 1 - - 1 h62 - - - - - 1 - - 1 h63 - - - - - 1 - - 1 h64 - - - - - 1 - - 1 h65 - - - - - 1 - - 1 h66 - - - - - 1 - - 1 h67 - - - - - 1 - - 1 h68 - - - - - 1 - - 1 h69 - - - - - 1 - - 1 h70 - - - - - 1 - - 1 h71 - - - - - 1 - - 1 h72 - - - - - 1 - - 1 h73 - - - - - 1 - - 1 h74 - - - - - 1 - - 1 h75 - - - - - 1 - - 1 h76 - - - - - 1 - - 1 h77 - - - - - 1 - - 1 h78 - - - - - 1 - - 1 h79 - - - - - 1 - - 1 h80 - - - - - - - 1 1 h81 - - - - - - - 1 1 h82 - - - - - - - 1 1 h83 - - - - - - - 1 1 h84 - - - - - - - 1 1 h85 - - - - - - - 1 1 h86 - - - - - - - 1 1 h87 - - - - - - - 1 1 h88 - - - - - - - 1 1 h89 - - - - - - - 1 1 h90 - - - - - - - 1 1 h91 - - - - - - - 1 1 h92 - - - - - - - 1 1 h93 - - - - - - - 1 1 h94 - - - - - - - 1 1 h95 - - - - - - - 1 1 h96 - - - - - - - 1 1 h97 - - - - - - - 1 1

Total 15 20 14 14 15 20 9 18 125

64

Anexo 03 Distância genética entre os haplótipos (em porcentagem) obtida pela distância p não corrigida. Os haplótipos h 1 até h 41 correspondem à unidade

evolutiva 1 (com exceção do h 36 que pertence à unidade evolutiva 2). Haplótipos h 42 à h 97 pertencem à unidade evolutiva 2. Nu – N. unifasciatus

(Grupo externo).

h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18

h1 0,00% h2 0,10% h3 0,20% 0,30% h4 0,10% 0,20% 0,30% h5 0,10% 0,00% 0,30% 0,20% h6 0,40% 0,50% 0,20% 0,30% 0,50% h7 0,20% 0,10% 0,20% 0,30% 0,10% 0,40% h8 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% h9 0,50% 0,40% 0,30% 0,40% 0,40% 0,10% 0,30% 0,40% h10 0,20% 0,30% 0,00% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% h11 0,20% 0,30% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% h12 0,40% 0,30% 0,20% 0,50% 0,30% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,20% 0,20% h13 0,30% 0,20% 0,30% 0,40% 0,20% 0,30% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,10% h14 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% h15 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% h16 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,00% h17 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,00% 0,00% h18 0,20% 0,30% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% h19 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,10% h20 0,10% 0,00% 0,30% 0,20% 0,00% 0,50% 0,10% 0,20% 0,40% 0,30% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% h21 0,10% 0,20% 0,10% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,00% 0,40% 0,10% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,10% h22 0,20% 0,30% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,20% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20%

65

h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18

h23 0,20% 0,30% 0,00% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,00% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h24 0,20% 0,30% 0,20% 0,30% 0,30% 0,40% 0,20% 0,10% 0,50% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h25 0,20% 0,30% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,20% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h26 0,40% 0,50% 0,20% 0,50% 0,50% 0,20% 0,40% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,40% h27 0,10% 0,20% 0,30% 0,20% 0,20% 0,50% 0,30% 0,20% 0,60% 0,30% 0,30% 0,50% 0,40% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% h28 0,10% 0,20% 0,30% 0,00% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,40% 0,30% 0,30% 0,50% 0,40% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,10% h29 0,00% 0,10% 0,20% 0,10% 0,10% 0,40% 0,20% 0,10% 0,50% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h30 0,20% 0,30% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,00% h31 0,50% 0,60% 0,30% 0,60% 0,60% 0,30% 0,50% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,30% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,50% h32 0,30% 0,40% 0,10% 0,40% 0,40% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% h33 0,30% 0,40% 0,30% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,30% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% h34 0,20% 0,30% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,10% 0,30% 0,20% 0,00% 0,20% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h35 0,40% 0,50% 0,40% 0,50% 0,50% 0,40% 0,40% 0,30% 0,50% 0,40% 0,20% 0,40% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,40% h36 5,60% 5,50% 5,50% 5,70% 5,50% 5,40% 5,40% 5,60% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% 5,40% 5,60% 5,60% 5,50% 5,60% 5,60% h37 0,90% 1,00% 1,10% 1,00% 1,00% 1,30% 1,10% 1,00% 1,40% 1,10% 1,10% 1,30% 1,20% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,10% h38 0,30% 0,40% 0,50% 0,20% 0,40% 0,50% 0,50% 0,40% 0,60% 0,50% 0,50% 0,70% 0,60% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,30% h39 0,20% 0,30% 0,40% 0,30% 0,30% 0,60% 0,40% 0,30% 0,70% 0,40% 0,40% 0,60% 0,50% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,40% h40 0,00% 0,10% 0,20% 0,10% 0,10% 0,40% 0,20% 0,10% 0,50% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% h41 1,50% 1,40% 1,70% 1,60% 1,40% 1,90% 1,50% 1,60% 1,80% 1,70% 1,70% 1,70% 1,60% 1,60% 1,60% 1,60% 1,60% 1,70% h42 5,50% 5,40% 5,40% 5,60% 5,50% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% 5,40% 5,40% 5,20% 5,30% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% h43 5,90% 6,00% 5,70% 5,80% 6,00% 5,50% 5,90% 5,80% 5,60% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,70% h44 5,60% 5,50% 5,50% 5,70% 5,60% 5,50% 5,50% 5,60% 5,40% 5,50% 5,50% 5,30% 5,40% 5,60% 5,60% 5,60% 5,60% 5,60% h45 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,70% 7,80% 7,70% 7,80% 7,90% 7,90% 7,70% 7,70% 7,70% 7,70% 7,60% h46 8,20% 8,10% 8,00% 8,10% 8,10% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,00% h47 8,10% 8,20% 7,90% 8,00% 8,20% 7,90% 8,10% 8,00% 8,00% 7,90% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 7,90% h48 8,10% 8,00% 7,90% 8,00% 8,00% 7,90% 7,90% 8,00% 7,80% 7,90% 8,10% 7,90% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 7,90% h49 7,90% 8,00% 7,70% 7,80% 8,00% 7,70% 7,90% 7,80% 7,80% 7,70% 7,90% 7,90% 8,00% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,70% h50 7,90% 7,80% 7,70% 7,80% 7,80% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,70%

66

h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18

h51 7,80% 7,70% 7,60% 7,70% 7,70% 7,60% 7,60% 7,70% 7,50% 7,60% 7,80% 7,60% 7,70% 7,70% 7,70% 7,70% 7,70% 7,60% h52 8,20% 8,30% 8,00% 8,30% 8,30% 8,20% 8,20% 8,10% 8,30% 8,00% 8,20% 8,20% 8,30% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,20% h53 8,20% 8,10% 8,00% 8,10% 8,10% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,00% h54 7,90% 7,80% 7,70% 7,80% 7,80% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,70% h55 7,90% 7,80% 7,70% 8,00% 7,80% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,90% h56 8,20% 8,30% 8,00% 8,10% 8,30% 8,00% 8,20% 8,10% 8,10% 8,00% 8,20% 8,20% 8,30% 8,10% 8,10% 8,10% 8,10% 8,00% h57 7,90% 8,00% 7,70% 8,00% 8,00% 7,90% 7,90% 7,80% 8,00% 7,70% 7,90% 7,90% 8,00% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,90% h58 7,90% 8,00% 7,70% 8,00% 8,00% 7,90% 7,90% 7,80% 8,00% 7,70% 7,90% 7,90% 8,00% 7,80% 7,80% 7,80% 7,80% 7,90% h59 8,10% 8,20% 7,90% 8,20% 8,20% 8,10% 8,10% 8,00% 8,20% 7,90% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,10% h60 6,00% 5,90% 5,80% 5,90% 5,90% 5,60% 5,80% 5,90% 5,50% 5,80% 5,80% 5,60% 5,70% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 5,80% h61 6,60% 6,50% 6,40% 6,70% 6,50% 6,50% 6,40% 6,50% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 6,40% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,60% h62 5,80% 5,70% 5,60% 5,90% 5,70% 5,70% 5,60% 5,70% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 5,60% 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% h63 6,60% 6,50% 6,40% 6,50% 6,50% 6,20% 6,40% 6,50% 6,10% 6,40% 6,40% 6,20% 6,30% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,40% h64 6,10% 6,00% 5,90% 6,20% 6,00% 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h65 6,00% 5,90% 5,80% 6,10% 5,90% 5,90% 5,80% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,80% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% h66 6,20% 6,30% 6,00% 6,30% 6,30% 6,00% 6,20% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h67 7,00% 6,90% 6,90% 6,90% 7,00% 6,70% 6,90% 7,00% 6,60% 6,90% 6,90% 6,70% 6,80% 7,00% 7,00% 7,00% 7,00% 6,90% h68 5,90% 5,80% 5,70% 6,00% 5,80% 5,80% 5,70% 5,80% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 5,70% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% h69 6,20% 6,10% 6,00% 6,10% 6,10% 5,80% 6,00% 6,10% 5,70% 6,00% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,00% h70 5,80% 5,70% 5,60% 5,70% 5,70% 5,50% 5,60% 5,70% 5,40% 5,60% 5,70% 5,50% 5,60% 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,60% h71 6,60% 6,50% 6,40% 6,50% 6,50% 6,20% 6,40% 6,50% 6,10% 6,40% 6,40% 6,20% 6,30% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,40% h72 6,00% 5,90% 5,80% 6,10% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,80% 5,80% 5,60% 5,70% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% h73 6,00% 5,90% 5,80% 6,10% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,80% 5,80% 5,60% 5,70% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% h74 6,30% 6,20% 6,10% 6,20% 6,20% 5,90% 6,10% 6,20% 5,80% 6,10% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,10% h75 6,40% 6,30% 6,20% 6,50% 6,30% 6,20% 6,20% 6,30% 6,10% 6,20% 6,20% 6,00% 6,10% 6,30% 6,30% 6,30% 6,30% 6,40% h76 6,10% 6,00% 5,90% 6,20% 6,00% 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h77 6,30% 6,20% 6,10% 6,20% 6,20% 5,90% 6,10% 6,20% 5,80% 6,10% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,10% h78 6,10% 6,00% 5,90% 6,20% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 5,90% 5,70% 5,80% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10%

67

h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18

h79 6,50% 6,40% 6,50% 6,60% 6,40% 6,50% 6,50% 6,60% 6,40% 6,50% 6,50% 6,30% 6,40% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,70% h80 5,60% 5,50% 5,50% 5,70% 5,50% 5,40% 5,40% 5,60% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% 5,40% 5,60% 5,60% 5,50% 5,60% 5,60% h81 7,00% 6,90% 6,80% 7,00% 6,90% 6,80% 6,80% 6,90% 6,70% 6,80% 6,80% 6,60% 6,70% 6,90% 6,90% 6,90% 6,90% 7,00% h82 6,00% 5,90% 5,90% 6,10% 5,90% 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h83 6,20% 6,10% 6,10% 6,30% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% 6,00% 6,10% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,30% h84 6,00% 5,90% 5,90% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 5,90% 5,70% 5,80% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h85 6,70% 6,60% 6,50% 6,80% 6,60% 6,50% 6,50% 6,60% 6,40% 6,50% 6,50% 6,30% 6,40% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,70% h86 6,10% 6,00% 6,00% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h87 6,00% 5,90% 5,90% 6,10% 5,90% 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h88 5,80% 5,70% 5,70% 5,90% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 5,70% 5,70% 5,50% 5,60% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% h89 6,10% 6,00% 6,00% 6,20% 6,00% 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h90 6,10% 6,00% 6,00% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h91 6,10% 6,00% 6,00% 6,20% 6,00% 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h92 5,90% 5,80% 5,80% 6,00% 5,80% 5,90% 5,80% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,80% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% h93 6,00% 5,90% 5,90% 6,10% 5,90% 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% h94 5,60% 5,60% 5,40% 5,60% 5,60% 5,40% 5,50% 5,50% 5,50% 5,40% 5,40% 5,40% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,60% h95 6,10% 6,00% 6,00% 6,20% 6,00% 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h96 6,20% 6,10% 6,00% 6,30% 6,10% 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,20% h97 6,70% 6,60% 6,50% 6,80% 6,60% 6,50% 6,50% 6,60% 6,40% 6,50% 6,50% 6,30% 6,40% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,70% Nu 10,80% 10,90% 10,60% 10,70% 10,90% 10,40% 10,80% 10,70% 10,50% 10,60% 10,60% 10,60% 10,70% 10,70% 10,70% 10,70% 10,70% 10,60%

68

h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36

h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9

h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18 h19 h20 h21 h22 0,20% h23 0,00% 0,20% h24 0,10% 0,30% 0,10% h25 0,10% 0,30% 0,10% 0,20% h26 0,10% 0,30% 0,10% 0,20% 0,20% h27 0,10% 0,30% 0,10% 0,00% 0,20% 0,20% h28 0,30% 0,50% 0,30% 0,20% 0,20% 0,40% 0,20%

69

h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h29 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,50% h30 0,20% 0,20% 0,20% 0,30% 0,30% 0,30% 0,30% 0,50% 0,20% h31 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,40% 0,10% 0,10% h32 0,10% 0,30% 0,10% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,40% 0,30% 0,10% 0,20% h33 0,40% 0,60% 0,40% 0,30% 0,30% 0,50% 0,30% 0,30% 0,40% 0,60% 0,50% 0,50% h34 0,20% 0,40% 0,20% 0,10% 0,10% 0,30% 0,10% 0,10% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,20% h35 0,20% 0,40% 0,20% 0,10% 0,30% 0,30% 0,10% 0,10% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,40% 0,20% h36 0,10% 0,30% 0,10% 0,00% 0,20% 0,20% 0,00% 0,20% 0,30% 0,30% 0,20% 0,20% 0,30% 0,10% 0,10% h37 0,30% 0,50% 0,30% 0,20% 0,40% 0,40% 0,20% 0,20% 0,30% 0,50% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,10% 0,20% h38 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,40% 5,40% 5,30% 5,50% 5,70% 5,60% 5,60% 5,40% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% h39 1,00% 1,00% 1,00% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,30% 1,00% 1,00% 0,90% 1,10% 1,40% 1,20% 1,20% 1,10% 1,30% 4,70% h40 0,40% 0,40% 0,40% 0,50% 0,50% 0,50% 0,50% 0,70% 0,40% 0,20% 0,30% 0,30% 0,80% 0,60% 0,60% 0,50% 0,70% 5,50% h41 0,30% 0,30% 0,30% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,60% 0,30% 0,30% 0,20% 0,40% 0,70% 0,50% 0,50% 0,40% 0,60% 5,50% h42 0,10% 0,10% 0,10% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,40% 0,10% 0,10% 0,00% 0,20% 0,50% 0,30% 0,30% 0,20% 0,40% 5,60% h43 1,60% 1,40% 1,60% 1,70% 1,70% 1,70% 1,70% 1,90% 1,60% 1,60% 1,50% 1,70% 2,00% 1,80% 1,80% 1,70% 1,90% 4,10% h44 5,40% 5,50% 5,50% 5,40% 5,40% 5,40% 5,40% 5,20% 5,40% 5,60% 5,50% 5,50% 5,30% 5,30% 5,30% 5,40% 5,20% 0,30% h45 5,80% 6,00% 5,80% 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,50% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,60% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 1,70% h46 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,30% 5,50% 5,70% 5,60% 5,60% 5,40% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% 0,20% h47 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,70% 7,60% 7,80% 7,70% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 7,80% 7,80% 7,70% 7,80% 7,60% 4,10% h48 8,10% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 7,90% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 4,20% h49 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 7,90% 7,90% 8,10% 7,90% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 7,80% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 4,30% h50 8,00% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 7,90% 8,10% 7,90% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 7,80% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 4,10% h51 7,80% 8,00% 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 7,60% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 4,10% h52 7,80% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 7,60% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 4,20% h53 7,70% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 7,60% 7,80% 7,60% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 7,50% 7,70% 7,70% 7,80% 7,60% 4,10% h54 8,10% 8,30% 8,10% 8,20% 8,00% 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 8,30% 8,20% 8,20% 7,90% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 4,60% h55 8,10% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 7,90% 8,10% 8,10% 8,20% 8,00% 4,30% h56 7,80% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 7,60% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 4,00%

70

h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h57 7,80% 8,00% 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 8,00% 7,90% 7,90% 7,60% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 4,10% h58 7,80% 8,00% 7,80% 7,90% 7,70% 7,70% 7,90% 7,70% 7,80% 8,00% 7,90% 7,90% 7,60% 7,80% 7,80% 7,90% 7,70% 4,10% h59 8,00% 8,20% 8,00% 8,10% 7,90% 7,90% 8,10% 7,90% 8,00% 8,20% 8,10% 8,10% 7,80% 8,00% 8,00% 8,10% 7,90% 4,30% h60 5,90% 5,90% 5,90% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,60% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 1,50% h61 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 6,50% 6,70% 6,60% 6,60% 6,20% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 1,40% h62 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 5,70% 5,90% 5,80% 5,80% 5,60% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 0,60% h63 6,50% 6,50% 6,50% 6,40% 6,40% 6,40% 6,40% 6,20% 6,50% 6,50% 6,60% 6,40% 6,30% 6,30% 6,30% 6,40% 6,20% 2,20% h64 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 6,00% 6,20% 6,10% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 0,70% h65 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,90% 6,10% 6,00% 6,00% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 0,80% h66 6,10% 6,30% 6,10% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,80% 6,10% 6,30% 6,20% 6,20% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 1,10% h67 6,90% 7,00% 7,00% 6,90% 6,90% 6,90% 6,90% 6,70% 6,90% 7,00% 7,00% 6,90% 6,60% 6,80% 6,80% 6,90% 6,70% 2,60% h68 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 5,80% 6,00% 5,90% 5,90% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 0,70% h69 6,10% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,80% 6,10% 6,10% 6,20% 6,00% 5,70% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 2,00% h70 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 5,60% 5,60% 5,60% 5,70% 5,50% 1,40% h71 6,50% 6,50% 6,50% 6,40% 6,40% 6,40% 6,40% 6,20% 6,50% 6,50% 6,60% 6,40% 6,10% 6,30% 6,30% 6,40% 6,20% 2,10% h72 5,90% 5,80% 5,80% 5,70% 5,70% 5,80% 5,80% 5,60% 5,90% 6,00% 6,00% 6,00% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,50% 0,60% h73 5,90% 5,90% 5,90% 5,80% 5,80% 5,80% 5,80% 5,60% 5,90% 6,10% 6,00% 6,00% 5,70% 5,70% 5,70% 5,80% 5,60% 0,60% h74 6,20% 6,20% 6,20% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 5,90% 6,20% 6,20% 6,30% 6,10% 5,80% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 1,90% h75 6,30% 6,30% 6,30% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,00% 6,30% 6,50% 6,40% 6,40% 5,90% 6,10% 6,10% 6,20% 6,00% 1,50% h76 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 6,00% 6,20% 6,10% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 0,90% h77 6,20% 6,20% 6,20% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 5,90% 6,20% 6,20% 6,30% 6,10% 5,80% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 1,80% h78 6,00% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 5,70% 6,00% 6,20% 6,10% 6,10% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 0,60% h79 6,60% 6,40% 6,60% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,30% 6,40% 6,60% 6,50% 6,70% 6,20% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 2,00% h80 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,50% 5,40% 5,40% 5,30% 5,50% 5,70% 5,60% 5,60% 5,40% 5,40% 5,40% 5,50% 5,30% 1,30% h81 6,90% 6,90% 6,90% 6,80% 6,80% 6,80% 6,80% 6,60% 6,90% 7,10% 7,00% 7,00% 6,50% 6,70% 6,70% 6,80% 6,60% 1,50% h82 6,00% 5,90% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,00% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 0,70% h83 6,20% 6,10% 6,20% 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 5,90% 6,10% 6,30% 6,20% 6,30% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 0,80%

71

h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h84 6,00% 5,90% 6,00% 5,90% 5,90% 5,90% 5,90% 5,70% 5,90% 6,10% 6,00% 6,10% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 0,60% h85 6,60% 6,60% 6,60% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,30% 6,60% 6,80% 6,70% 6,70% 6,20% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 1,40% h86 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,80% 6,00% 6,20% 6,10% 6,20% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 0,70% h87 6,00% 5,90% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,00% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 1,50% h88 5,80% 5,70% 5,80% 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,70% 5,90% 5,90% 5,80% 5,90% 5,80% 5,60% 5,80% 5,70% 5,90% 1,20% h89 6,10% 6,00% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,10% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 0,80% h90 6,10% 6,00% 6,10% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 5,80% 6,00% 6,20% 6,10% 6,20% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 1,50% h91 6,10% 6,00% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,10% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 0,80% h92 5,90% 5,80% 5,90% 5,90% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 5,80% 6,00% 5,90% 6,00% 5,80% 5,80% 5,80% 5,90% 5,70% 1,00% h93 6,00% 5,90% 6,00% 6,00% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 5,90% 6,10% 6,00% 6,10% 5,90% 5,90% 5,90% 6,00% 5,80% 1,10% h94 5,50% 5,60% 5,50% 5,40% 5,40% 5,40% 5,40% 5,20% 5,50% 5,60% 5,50% 5,50% 5,30% 5,30% 5,30% 5,40% 5,20% 1,00% h95 6,10% 6,00% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,00% 6,20% 6,10% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 1,00% h96 6,10% 6,10% 6,10% 6,10% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 6,10% 6,30% 6,20% 6,20% 6,00% 6,00% 6,00% 6,10% 5,90% 1,00% h97 6,60% 6,60% 6,60% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,30% 6,60% 6,80% 6,70% 6,70% 6,20% 6,40% 6,40% 6,50% 6,30% 1,70% Nu 10,70% 10,90% 10,70% 10,60% 10,60% 10,70% 10,60% 10,40% 10,70% 10,70% 10,80% 10,60% 10,50% 10,50% 10,50% 10,60% 10,40% 8,80%

72

h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18 h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28

73

h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h37 h38 0,80% h39 0,80% 0,10% h40 0,90% 0,30% 0,20% h41 1,10% 1,40% 1,30% 1,50% h42 4,60% 5,40% 5,40% 5,50% 4,20% h43 5,20% 5,80% 5,90% 5,90% 5,60% 1,60% h44 4,70% 5,50% 5,50% 5,60% 4,30% 0,30% 1,50% h45 7,80% 7,70% 7,80% 7,80% 7,60% 4,40% 3,00% 4,20% h46 8,20% 8,10% 8,20% 8,20% 7,80% 4,50% 3,30% 4,20% 1,00% h47 8,10% 8,00% 8,10% 8,10% 7,90% 4,60% 3,20% 4,30% 0,60% 0,80% h48 8,10% 8,00% 8,10% 8,10% 7,70% 4,40% 3,20% 4,20% 0,90% 0,50% 0,60% h49 7,90% 7,80% 7,90% 7,90% 7,70% 4,40% 3,00% 4,20% 0,60% 0,80% 0,20% 0,60% h50 7,90% 7,80% 7,90% 7,90% 7,70% 4,30% 3,30% 4,20% 1,00% 0,70% 0,50% 0,50% 0,50% h51 7,80% 7,70% 7,80% 7,80% 7,60% 4,10% 3,10% 4,10% 0,80% 0,70% 0,50% 0,50% 0,30% 0,20% h52 8,20% 8,30% 8,20% 8,20% 8,20% 4,70% 3,70% 4,60% 0,80% 0,90% 0,50% 1,00% 0,60% 0,70% 0,70% h53 8,20% 8,10% 8,20% 8,20% 7,80% 4,60% 3,40% 4,30% 0,70% 0,60% 0,60% 0,60% 0,60% 0,50% 0,50% 0,80% h54 7,90% 7,80% 7,90% 7,90% 7,50% 4,20% 3,00% 4,00% 0,90% 0,60% 0,40% 0,40% 0,40% 0,30% 0,30% 0,80% 0,60% h55 7,90% 8,00% 7,90% 7,90% 7,70% 4,20% 3,40% 4,20% 1,10% 0,80% 0,60% 0,60% 0,60% 0,30% 0,30% 0,50% 0,70% 0,40% h56 8,20% 8,10% 8,20% 8,20% 8,00% 4,70% 3,30% 4,40% 0,50% 0,90% 0,30% 0,80% 0,30% 0,70% 0,60% 0,40% 0,50% 0,60%

74

h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h57 7,70% 7,80% 7,70% 7,90% 7,70% 4,20% 3,40% 4,20% 0,90% 1,20% 0,60% 0,90% 0,40% 0,60% 0,50% 0,50% 0,90% 0,70% h58 7,90% 8,00% 7,90% 7,90% 7,70% 4,40% 3,20% 4,20% 0,70% 0,80% 0,40% 0,60% 0,40% 0,60% 0,60% 0,50% 0,90% 0,60% h59 8,10% 8,20% 8,10% 8,10% 7,90% 4,60% 3,40% 4,30% 0,90% 1,00% 0,40% 0,60% 0,40% 0,60% 0,60% 0,50% 0,90% 0,60% h60 5,40% 5,90% 6,00% 6,00% 5,40% 1,70% 1,00% 1,50% 2,90% 3,00% 3,10% 2,90% 2,90% 3,00% 2,90% 3,60% 3,10% 2,80% h61 5,80% 6,50% 6,40% 6,60% 5,30% 1,50% 1,70% 1,40% 4,10% 3,80% 3,70% 3,70% 3,50% 3,60% 3,40% 4,00% 3,70% 3,30% h62 5,10% 5,70% 5,60% 5,80% 4,50% 0,70% 1,80% 0,60% 4,20% 4,30% 4,40% 4,20% 4,20% 4,30% 4,10% 4,70% 4,40% 4,10% h63 6,30% 6,50% 6,60% 6,60% 6,00% 2,50% 1,70% 2,20% 2,50% 2,40% 2,50% 2,30% 2,50% 2,40% 2,40% 2,90% 2,70% 2,10% h64 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,80% 2,00% 0,70% 4,40% 4,50% 4,40% 4,40% 4,20% 4,30% 4,10% 4,70% 4,40% 4,10% h65 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,50% 0,70% 1,90% 0,80% 4,50% 4,60% 4,50% 4,50% 4,30% 4,40% 4,20% 4,80% 4,50% 4,20% h66 5,50% 6,10% 6,00% 6,20% 5,10% 1,20% 2,10% 1,10% 4,40% 4,50% 4,20% 4,40% 4,10% 4,30% 4,20% 4,50% 4,40% 4,10% h67 6,70% 6,90% 7,00% 7,00% 6,60% 2,90% 1,70% 2,60% 2,70% 2,40% 2,30% 2,10% 2,10% 2,20% 2,00% 2,80% 2,30% 1,90% h68 5,20% 5,80% 5,70% 5,90% 4,40% 0,60% 1,80% 0,70% 4,40% 4,30% 4,60% 4,40% 4,40% 4,50% 4,30% 4,90% 4,60% 4,20% h69 5,80% 6,10% 6,20% 6,20% 6,00% 2,30% 1,20% 2,00% 3,10% 2,90% 3,00% 2,80% 2,80% 2,90% 2,70% 3,40% 3,00% 2,60% h70 5,10% 5,50% 5,60% 5,80% 5,10% 1,70% 1,80% 1,40% 3,50% 3,40% 3,70% 3,50% 3,50% 3,60% 3,40% 4,10% 3,70% 3,30% h71 6,00% 6,50% 6,60% 6,60% 6,10% 2,40% 1,20% 2,10% 2,90% 2,70% 2,60% 2,60% 2,40% 2,50% 2,30% 3,00% 2,60% 2,20% h72 5,30% 5,90% 5,70% 5,90% 4,50% 0,60% 1,80% 0,50% 4,10% 4,20% 4,30% 4,10% 4,10% 4,20% 4,10% 4,60% 4,30% 4,00% h73 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,50% 0,60% 1,80% 0,60% 4,20% 4,20% 4,30% 4,20% 4,20% 4,20% 4,10% 4,60% 4,30% 4,00% h74 5,90% 6,20% 6,30% 6,30% 5,90% 2,20% 1,30% 1,90% 3,20% 2,80% 3,00% 2,90% 2,90% 3,00% 2,80% 3,50% 3,00% 2,70% h75 5,80% 6,50% 6,40% 6,40% 5,40% 1,70% 1,50% 1,50% 3,60% 3,30% 3,20% 3,20% 3,00% 3,10% 2,90% 3,50% 3,20% 2,90% h76 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,80% 2,00% 0,90% 4,60% 4,50% 4,80% 4,60% 4,60% 4,70% 4,50% 5,10% 4,80% 4,40% h77 5,70% 6,20% 6,30% 6,30% 5,60% 2,10% 1,10% 1,80% 3,00% 2,80% 2,90% 2,70% 2,70% 2,80% 2,60% 3,30% 2,90% 2,50% h78 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,70% 1,90% 0,60% 4,40% 4,50% 4,40% 4,40% 4,20% 4,30% 4,20% 4,70% 4,40% 4,10% h79 5,90% 6,60% 6,50% 6,50% 5,80% 2,30% 1,30% 2,00% 2,70% 2,60% 2,70% 2,50% 2,50% 2,60% 2,40% 2,80% 2,70% 2,50% h80 4,90% 5,50% 5,50% 5,60% 4,10% 1,40% 2,60% 1,30% 5,10% 5,00% 5,30% 4,90% 5,10% 5,20% 5,00% 5,50% 5,10% 4,90% h81 6,20% 6,90% 6,80% 7,00% 5,50% 1,60% 1,80% 1,50% 4,20% 3,70% 3,80% 3,40% 3,60% 3,70% 3,50% 4,10% 3,60% 3,40% h82 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,50% 0,80% 2,00% 0,70% 4,40% 4,30% 4,60% 4,20% 4,40% 4,50% 4,30% 4,90% 4,40% 4,20% h83 5,40% 6,10% 6,00% 6,20% 4,70% 0,90% 2,10% 0,80% 4,60% 4,70% 4,80% 4,60% 4,60% 4,70% 4,50% 5,10% 4,80% 4,40%

75

h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h84 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,50% 0,70% 1,90% 0,60% 4,40% 4,50% 4,60% 4,40% 4,40% 4,50% 4,30% 4,90% 4,60% 4,20% h85 6,10% 6,60% 6,50% 6,70% 5,40% 1,50% 1,80% 1,40% 4,10% 3,80% 3,70% 3,70% 3,50% 3,60% 3,40% 4,00% 3,70% 3,30% h86 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,80% 2,00% 0,70% 4,50% 4,60% 4,70% 4,50% 4,50% 4,60% 4,40% 5,00% 4,70% 4,30% h87 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,50% 1,60% 2,80% 1,50% 5,20% 4,90% 5,40% 5,00% 5,20% 5,30% 5,10% 5,60% 5,20% 5,00% h88 5,10% 5,70% 5,60% 5,80% 4,30% 1,10% 2,30% 1,20% 5,00% 4,90% 5,20% 4,80% 5,00% 5,10% 4,90% 5,40% 5,00% 4,80% h89 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,90% 2,10% 0,80% 4,50% 4,40% 4,70% 4,50% 4,50% 4,60% 4,40% 5,00% 4,70% 4,30% h90 5,50% 6,00% 5,90% 6,10% 5,20% 1,60% 1,60% 1,70% 3,80% 3,90% 4,00% 3,80% 3,80% 3,90% 3,70% 4,20% 4,00% 3,60% h91 5,40% 6,00% 5,90% 6,10% 4,60% 0,90% 2,10% 0,80% 4,50% 4,40% 4,70% 4,30% 4,50% 4,60% 4,40% 5,00% 4,50% 4,30% h92 5,20% 5,80% 5,70% 5,90% 4,40% 0,90% 2,10% 1,00% 4,70% 4,60% 4,90% 4,70% 4,70% 4,80% 4,60% 5,20% 4,90% 4,50% h93 5,30% 5,90% 5,80% 6,00% 4,70% 1,20% 2,30% 1,10% 4,70% 4,60% 4,90% 4,50% 4,70% 4,80% 4,60% 5,20% 4,70% 4,50% h94 4,80% 5,50% 5,40% 5,60% 4,20% 1,10% 2,10% 1,00% 4,60% 4,90% 4,80% 4,80% 4,60% 4,90% 4,70% 5,10% 5,00% 4,60% h95 5,50% 6,00% 5,90% 6,10% 4,80% 1,10% 2,30% 1,00% 4,50% 4,40% 4,70% 4,50% 4,50% 4,60% 4,40% 5,00% 4,70% 4,30% h96 5,60% 6,10% 6,00% 6,20% 4,90% 1,10% 2,30% 1,00% 4,60% 4,30% 4,80% 4,40% 4,60% 4,70% 4,50% 5,10% 4,60% 4,40% h97 6,30% 6,60% 6,50% 6,70% 5,70% 2,00% 2,20% 1,90% 4,00% 3,60% 3,60% 3,40% 3,40% 3,50% 3,30% 3,80% 3,60% 3,20% Nu 10,40% 10,50% 10,60% 10,80% 10,00% 8,90% 9,30% 8,90% 11,20% 11,50% 11,40% 11,40% 11,20% 11,50% 11,30% 11,80% 11,50% 11,20%

76

h55 h56 h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9

h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18 h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28

77

h55 h56 h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h55 h56 0,60%

78

h55 h56 h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h57 0,40% 0,50% h58 0,40% 0,50% 0,40% h59 0,40% 0,50% 0,40% 0,20% h60 3,10% 3,20% 3,30% 3,10% 3,30% h61 3,50% 3,80% 3,50% 3,70% 3,70% 1,40% h62 4,20% 4,50% 4,20% 4,20% 4,40% 1,40% 0,70% h63 2,50% 2,80% 2,90% 2,50% 2,70% 1,00% 2,00% 2,00% h64 4,20% 4,50% 4,20% 4,40% 4,40% 1,70% 0,80% 0,30% 2,20% h65 4,30% 4,60% 4,30% 4,50% 4,50% 1,80% 1,00% 0,50% 2,40% 0,20% h66 4,20% 4,30% 4,10% 4,20% 4,20% 2,00% 1,20% 0,80% 2,70% 0,90% 1,00% h67 2,30% 2,40% 2,50% 2,50% 2,30% 1,20% 1,80% 2,60% 1,30% 2,40% 2,60% 2,70% h68 4,40% 4,70% 4,40% 4,40% 4,60% 1,80% 1,20% 0,50% 2,40% 0,60% 0,30% 1,10% 2,90% h69 3,00% 3,00% 3,10% 3,00% 3,10% 0,60% 1,40% 1,90% 1,40% 2,20% 2,40% 2,40% 1,00% 2,40% h70 3,70% 3,80% 3,70% 3,70% 3,90% 0,80% 1,80% 1,10% 1,70% 1,40% 1,60% 1,90% 1,80% 1,40% 1,20% h71 2,60% 2,70% 2,80% 2,80% 2,80% 0,70% 1,40% 2,10% 1,40% 2,10% 2,30% 2,20% 0,60% 2,50% 0,40% 1,40% h72 4,10% 4,40% 4,10% 4,10% 4,30% 1,70% 1,20% 0,50% 2,20% 0,60% 0,60% 0,70% 2,60% 0,60% 2,10% 1,60% 2,10% h73 4,20% 4,40% 4,20% 4,20% 4,30% 1,50% 1,00% 0,30% 2,00% 0,40% 0,60% 0,70% 2,40% 0,60% 2,00% 1,40% 1,90% 0,10% h74 3,00% 3,10% 3,20% 3,00% 3,20% 0,80% 1,30% 1,80% 1,70% 2,10% 2,30% 2,30% 1,10% 2,10% 0,60% 1,30% 0,80% 2,00% h75 3,00% 3,30% 3,20% 3,20% 3,20% 0,90% 0,80% 1,60% 1,70% 1,50% 1,50% 1,80% 1,30% 1,70% 0,90% 1,70% 0,80% 1,70% h76 4,60% 4,90% 4,60% 4,60% 4,80% 1,80% 1,20% 0,50% 2,40% 0,60% 0,60% 1,10% 2,90% 0,40% 2,40% 1,40% 2,50% 0,70% h77 2,90% 2,90% 3,00% 2,90% 3,00% 0,60% 1,30% 1,80% 1,30% 2,00% 2,20% 2,30% 0,90% 2,20% 0,50% 1,30% 0,50% 2,00% h78 4,20% 4,50% 4,20% 4,40% 4,40% 1,70% 1,00% 0,50% 2,20% 0,40% 0,40% 0,60% 2,60% 0,50% 2,20% 1,60% 2,10% 0,40% h79 2,30% 2,60% 2,50% 2,30% 2,50% 1,20% 1,80% 2,20% 1,80% 2,40% 2,50% 2,70% 1,70% 2,40% 1,40% 2,00% 1,40% 2,20% h80 5,10% 5,40% 5,10% 5,10% 5,30% 2,40% 1,90% 1,20% 3,00% 1,10% 1,20% 1,70% 3,30% 1,30% 3,00% 2,10% 3,00% 1,10% h81 3,60% 3,90% 3,60% 3,80% 3,60% 1,80% 0,60% 1,30% 2,30% 1,20% 1,40% 1,30% 1,80% 1,50% 1,80% 2,40% 1,50% 1,10% h82 4,40% 4,70% 4,40% 4,40% 4,60% 1,80% 1,20% 0,50% 2,40% 0,60% 0,60% 1,10% 2,90% 0,60% 2,40% 1,60% 2,50% 0,60% h83 4,60% 4,90% 4,60% 4,60% 4,80% 1,70% 1,30% 0,60% 2,30% 0,50% 0,60% 1,00% 2,70% 0,80% 2,30% 1,70% 2,40% 0,60%

79

h55 h56 h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h84 4,40% 4,70% 4,40% 4,40% 4,60% 1,70% 1,20% 0,50% 2,20% 0,60% 0,60% 1,00% 2,80% 0,50% 2,20% 1,60% 2,30% 0,50% h85 3,50% 3,80% 3,50% 3,70% 3,70% 1,60% 0,40% 1,10% 2,10% 1,00% 1,20% 1,20% 1,80% 1,40% 1,60% 2,20% 1,50% 1,10% h86 4,50% 4,80% 4,50% 4,50% 4,70% 1,70% 1,20% 0,50% 2,20% 0,40% 0,60% 1,10% 2,60% 0,70% 2,20% 1,60% 2,30% 0,60% h87 5,20% 5,40% 5,20% 5,20% 5,40% 2,40% 1,90% 1,20% 3,10% 1,10% 1,30% 1,80% 3,30% 1,30% 3,00% 1,90% 3,00% 1,50% h88 5,00% 5,20% 5,00% 5,00% 5,20% 2,30% 1,80% 1,10% 2,90% 1,00% 0,90% 1,60% 3,20% 1,00% 2,90% 2,20% 2,90% 1,00% h89 4,50% 4,80% 4,50% 4,50% 4,70% 1,80% 1,20% 0,50% 2,40% 0,40% 0,40% 1,20% 2,80% 0,30% 2,40% 1,40% 2,50% 0,60% h90 3,80% 4,10% 3,80% 3,80% 4,00% 1,10% 1,20% 1,40% 1,80% 1,50% 1,50% 2,00% 1,90% 1,70% 1,50% 1,70% 1,70% 1,70% h91 4,50% 4,80% 4,50% 4,50% 4,70% 1,90% 1,30% 0,60% 2,50% 0,60% 0,70% 1,20% 3,00% 0,60% 2,50% 1,70% 2,60% 0,60% h92 4,70% 5,00% 4,70% 4,70% 4,90% 2,00% 1,40% 0,60% 2,60% 0,70% 0,60% 1,40% 3,10% 0,30% 2,60% 1,60% 2,70% 0,80% h93 4,70% 5,00% 4,70% 4,70% 4,90% 2,00% 1,40% 0,60% 2,70% 0,90% 1,00% 1,10% 3,20% 0,90% 2,60% 1,60% 2,80% 0,90% h94 4,80% 4,90% 4,60% 4,60% 4,80% 2,00% 1,80% 1,00% 2,80% 0,90% 1,10% 1,20% 3,00% 1,20% 2,60% 1,90% 2,70% 1,00% h95 4,50% 4,80% 4,50% 4,50% 4,70% 1,90% 1,30% 0,60% 2,50% 0,60% 0,80% 1,20% 2,90% 0,60% 2,50% 1,50% 2,60% 0,70% h96 4,60% 4,90% 4,60% 4,60% 4,80% 2,10% 1,50% 0,70% 2,60% 0,60% 0,70% 1,40% 3,00% 0,60% 2,70% 1,70% 2,80% 0,80% h97 3,40% 3,70% 3,40% 3,60% 3,40% 1,60% 0,90% 1,70% 2,40% 1,70% 1,90% 1,80% 1,50% 2,10% 1,60% 2,20% 1,40% 1,70% Nu 11,50% 11,40% 11,40% 11,40% 11,50% 9,20% 9,50% 8,70% 9,80% 8,70% 8,70% 8,90% 9,80% 8,70% 9,40% 8,50% 9,60% 8,90%

80

h73 h74 h75 h76 h77 h78 h79 h80 h81 h82 h83 h84 h84 h85 h86 h87 h88 h89 h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18 h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28

81

h73 h74 h75 h76 h77 h78 h79 h80 h81 h82 h83 h84 h84 h85 h86 h87 h88 h89 h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h55 h56

82

h73 h74 h75 h76 h77 h78 h79 h80 h81 h82 h83 h84 h84 h85 h86 h87 h88 h89 h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h73 h74 1,90% h75 1,50% 1,00% h76 0,60% 2,10% 1,80% h77 1,80% 0,60% 0,70% 2,20% h78 0,40% 2,10% 1,30% 0,70% 2,00% h79 2,20% 1,50% 1,50% 2,60% 1,30% 2,30% h80 1,10% 2,90% 2,40% 1,50% 2,60% 1,20% 3,00% h81 1,00% 1,70% 1,00% 1,60% 1,60% 1,20% 2,00% 1,70% h82 0,60% 2,30% 1,80% 0,70% 2,20% 0,60% 2,30% 1,10% 1,30% h83 0,50% 2,20% 1,70% 0,60% 2,10% 0,60% 2,40% 1,20% 1,50% 0,50%

83

h73 h74 h75 h76 h77 h78 h79 h80 h81 h82 h83 h84 h84 h85 h86 h87 h88 h89 h84 0,40% 2,10% 1,50% 0,70% 2,00% 0,40% 2,20% 1,20% 1,40% 0,30% 0,30% h85 1,00% 1,30% 0,80% 1,20% 1,40% 1,00% 1,90% 1,90% 0,60% 1,40% 1,10% 1,20% h86 0,40% 2,10% 1,70% 0,70% 2,00% 0,60% 2,30% 1,10% 1,40% 0,40% 0,10% 0,20% 1,20% h87 1,30% 2,70% 2,40% 1,10% 2,60% 1,50% 3,00% 0,90% 1,90% 1,10% 1,00% 1,30% 1,90% 1,10% h88 1,00% 2,80% 2,30% 1,20% 2,70% 1,10% 2,80% 1,20% 1,60% 0,60% 0,70% 0,70% 1,80% 0,60% 1,40% h89 0,60% 2,10% 1,70% 0,60% 2,20% 0,60% 2,40% 1,20% 1,60% 0,50% 0,50% 0,40% 1,40% 0,40% 0,90% 0,90% h90 1,50% 1,60% 1,30% 1,70% 1,40% 1,70% 1,80% 2,20% 1,60% 1,50% 1,20% 1,30% 1,40% 1,10% 2,00% 1,60% 1,50% h91 0,60% 2,40% 1,90% 0,80% 2,30% 0,70% 2,40% 1,00% 1,20% 0,10% 0,60% 0,40% 1,50% 0,50% 1,00% 0,60% 0,60% 0,60% h92 0,70% 2,30% 1,80% 0,60% 2,40% 0,70% 2,60% 1,60% 1,80% 0,50% 0,60% 0,40% 1,60% 0,60% 1,30% 0,90% 0,40% 0,70% h93 0,90% 2,50% 2,20% 0,90% 2,50% 1,00% 2,60% 1,10% 1,50% 0,40% 0,60% 0,60% 1,60% 0,70% 1,10% 0,80% 0,80% 0,90% h94 0,90% 2,50% 2,00% 1,10% 2,20% 1,10% 2,70% 0,60% 1,90% 1,20% 0,80% 1,10% 1,60% 0,90% 0,70% 1,50% 1,10% 0,90% h95 0,60% 2,00% 1,90% 0,50% 2,30% 0,80% 2,60% 1,60% 1,70% 0,50% 0,40% 0,50% 1,10% 0,50% 1,00% 1,10% 0,50% 0,60% h96 0,80% 2,40% 2,10% 0,80% 2,50% 0,90% 2,70% 1,00% 1,40% 0,50% 0,70% 0,70% 1,70% 0,60% 1,00% 0,70% 0,60% 0,80% h97 1,60% 1,50% 1,00% 2,10% 1,50% 1,80% 2,20% 2,70% 0,90% 1,90% 1,80% 1,80% 0,90% 1,70% 2,70% 2,40% 2,10% 1,60% Nu 8,70% 9,20% 9,70% 8,60% 9,10% 8,70% 9,90% 9,00% 9,80% 9,10% 8,70% 8,90% 9,50% 8,70% 9,00% 9,20% 8,70% 8,70%

84

h90 h91 h92 h93 h94 h95 h96 h97 Nu h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h15 h16 h17 h18 h19 h20 h21 h22 h23 h24 h25 h26 h27 h28

85

h90 h91 h92 h93 h94 h95 h96 h97 Nu h29 h30 h31 h32 h33 h34 h35 h36 h37 h38 h39 h40 h41 h42 h43 h44 h45 h46 h47 h48 h49 h50 h51 h52 h53 h54 h55 h56

86

h90 h91 h92 h93 h94 h95 h96 h97 Nu h57 h58 h59 h60 h61 h62 h63 h64 h65 h66 h67 h68 h69 h70 h71 h72 h73 h74 h75 h76 h77 h78 h79 h80 h81 h82 h83

87

h90 h91 h92 h93 h94 h95 h96 h97 Nuh84 h85 h86 h87 h88 h89 h90 h91 1,60% h92 1,50% 0,60% h93 1,70% 0,30% 0,80% h94 1,80% 1,30% 1,50% 1,40% h95 1,60% 0,60% 0,50% 0,60% 1,20% h96 1,60% 0,40% 0,70% 0,60% 1,30% 0,70% h97 1,20% 2,00% 2,10% 2,10% 2,30% 1,80% 2,20% Nu 9,30% 9,20% 8,70% 9,10% 8,60% 8,90% 9,00% 9,80%