instituto a vez do mestre pÓs graduaÇÃo “lato ...contexto da época, e tendo como base a...

42
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” TRANSFORMANDO O AMBIENTE DE TRABALHO EM UM LOCAL MELHOR PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO E EVOLUÇÃO PROFISSIONAL Por: Michelle Gomes Luvizotto Orientador Prof. Adélia Araújo Rio de Janeiro 2012

Upload: others

Post on 20-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    TRANSFORMANDO O AMBIENTE DE TRABALHO EM UM LOCAL MELHOR PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO E

    EVOLUÇÃO PROFISSIONAL

    Por: Michelle Gomes Luvizotto

    Orientador Prof. Adélia Araújo

    Rio de Janeiro 2012

  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU’

    TRANSFORMANDO O AMBIENTE DE TRABALHO EM UM LOCAL MELHOR PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO E

    EVOLUÇÃO PROFISSIONAL

    Apresentação de monografia ao Instituto a Vez do

    Mestre como requisito parcial para obtenção do grau

    de especialista em Gestão de Recursos Humanos....

    Por: Michele Gomes Luvizotto

    AGRADECIMENTOS

  • ....primeiramente à Deus, meus familiares e amigos de curso que me deram força para continuar nesta caminhada...

    DEDICATÓRIA

  • ... ao meu esposo por estar presente em todos os momentos, sendo compreensivo, paciente e solidário...

    RESUMO

  • Atualmente, há uma infinidade de trabalhadores, sejam eles técnicos,

    especializados, operários, administrativos ou executivos, que sofrem as

    consequências por atuarem em determinadas organizações onde o fator

    humano não tem importância. Dentre estes fatores está a Qualidade de Vida no

    Trabalho, que se preocupa principalmente com dois aspectos importantes: a

    eficácia organizacional e o bem-estar do trabalhador. Com a necessidade das

    empresas se tornarem mais competitivas no mercado veio à busca incessante

    da qualidade total. Acompanhando a Qualidade Total, surgiu a QVT, que está

    focada no potencial e no meio em que convive o ser humano, nos mais

    diferentes sentidos. O objetivo desta pesquisa é mostrar como as

    organizações, e sobretudo, as pessoas envolvidas podem obter a QVT.

    METODOLOGIA

  • A pesquisa de caráter exploratório tendo como fonte de coleta de dados a

    bibliografia disponível no Brasil nos últimos 30 anos, nas áreas de:

    administração e gestão.

    Teremos também como fonte de pesquisa os artigos, e trabalhos de pesquisa

    disponíveis na WEB.

    SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8

    CAPÍTULO I - Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos e dimensões. 9

  • CAPÍTULO II - Um ambiente de trabalho saudável. 22

    CAPÍTULO III - Considerações sobre o impacto da Qualidade de Vida

    na produtividade. 30

    CONCLUSÃO 40

    BIBLIOGRAFIA 41

    ÍNDICE 43

    INTRODUÇÃO

    O tema Qualidade de Vida no Trabalho foi escolhido como objeto de estudo,

    pelo fato de termos a necessidade de transformarmos o nosso ambiente de

    trabalho em um local melhor para o nosso desenvolvimento e evolução

    profissional, tendo em vista, que a maior parte de nossas vidas nós passamos

    dentro dele.

  • Podemos constatar que no período atual, as Empresas estão apostando cada

    vez mais em modelos de Gestão Pessoal com o objetivo torná-las mais

    humanizadas, pois os colaboradores estão enfrentando dificuldades em seu

    ambiente de trabalho.

    A QVT é um programa que tem como objetivo satisfazer e facilitar as

    necessidades dos colaboradores ao desenvolver suas atividades.

    O presente estudo relata o histórico do programa Qualidade de Vida no

    Trabalho, sua definição e conceitos, a fim de esclarecer e apresentar a

    necessidade que as Organizações tem hoje de se aplicar a um programa de

    qualidade de vida, tendo consciência de que cada indivíduo tem suas

    necessidades e culturas individualizadas.

    Poderá ser analisado também, como quando uma Organização se preocupa

    com o bem-estar de seus colaboradores, tornando um ambiente de trabalho e

    um clima organizacional mais prazeroso com pessoas motivadas, aumenta a

    produtividade diminuindo o absenteísmo e a alta rotatividade de mão de obra.

    CAPÍTULO I

    QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO CONCEITOS E DIMENSÕES

    Este capítulo apresenta um breve histórico do programa Qualidade de Vida no

    Trabalho. O conceito e sua importância para a vida profissional e pessoal dos

    colaboradores da vida moderna.

  • Segundo Dejours (1992), qualidade de vida é uma expressão de difícil

    conceituação, tendo em vista o seu caráter subjetivo, complexo e

    multidimensional. Ter qualidade de vida depende, pois, de fatores intrínsecos e

    extrínsecos. Assim, há uma conotação diferente de qualidade de vida para

    cada indivíduo, que é decorrente da inclusão desses na sociedade.

    Nos dias atuais, com a globalização, as pessoas estão sendo obrigadas a

    atingir elevados níveis de produtividade, sendo pressionadas pela

    concorrência, que se torna cada vez mais acirrada em vários mercados. Sabe-

    se que, a cada dia, os clientes estão se tornando mais exigentes e, com isso,

    as empresas têm que estar mais preparadas para satisfazer suas exigências.

    Com a ênfase do mercado para com as pessoas, as empresas passam a ver o

    seu pessoal como peça chave para o seu desenvolvimento e reconhecimento

    no cenário competitivo, a partir daí surgiu a necessidade de proporcionar aos

    seus colaboradores um ambiente mais agradável e harmonioso, que o estimule

    a um melhor desempenho aumentando assim sua produtividade. Diante desta

    oportunidade estão surgindo várias pesquisas e estudos a fim de entender a

    importância dessa implantação e o que ela vai agregar a empresa, como

    também seus impactos positivos e negativos no meio de atividades rotineiras,

    que após sua implantação, passarão a ser menos estressantes e cansativas

    devido a qualidade de vida que estará sendo oferecida ao operário.

    (www.administradores.com.br)

    Para Limongi - França (2008, p. 23), muitos são os fatores desencadeadores

    de ações de QVT. As demandas de qualidade de vida não são aleatórias. Elas

    pressupõem necessidades a serem atendidas no sentido da preservação

    pessoal e da sobrevivência da espécie.

    Contudo, só na última década do século passado é que se difundiu

    amplamente o conceito de qualidade de vida. Em alguns países, as demandas

    de QVT são denominadas condições de trabalho, como na França, por

  • exemplo. A questão é: QVT era um fenômeno ignorado ou, simplesmente, não

    existia nas empresas? O mais provável é que QVT era uma ação não

    reconhecida como responsabilidade do ambiente interno da organização, tanto

    por empregadores como por empregados.

    Historicamente, o que se analisa na maioria das empresas são as ações

    paliativas, aleatórias ou reativas às exigências de responsabilidade civil e

    criminal.

    Do ponto de vista da gestão de pessoas, há estudos iniciais de redução da

    fadiga física, um dos vetores da organização dos estudos ergonômicos.

    Discutem-se, também, estudos sobre o moral do grupo de trabalho, seguidos

    de modelos gerenciais mais ou menos controladores (Teoria X e Y) e de

    modelos sócio técnicos. Na última década do século XX, com os temas de

    responsabilidade social, envelhecimento da população e desenvolvimento

    sustentável, descortinam-se novos paradigmas para as questões de QVT.

    Alguns desencadeadores de QVT típicos em nossa sociedade pós-industrial

    são os seguintes:

    • vínculos e estrutura da vida pessoal: família, atividades de lazer e esporte,

    hábitos de vida, expectativa de vida, cuidados com a saúde, alimentação,

    combate à vida sedentária, grupos de afinidade e apoio;

    • fatores socioeconômicos: globalização, tecnologia, informação, desemprego,

    políticas de governo, organizações de classe, privatização de serviços públicos,

    expansão do mercado de seguro-saúde, padrões de consumos mais

    sofisticados;

    • metas empresariais: competitividade, qualidade do produto, velocidade,

    custos, imagem corporativa;

    • pressões organizacionais: novas estruturas de poder, informação, agilidade,

    co-responsabilidade, remuneração variável, transitoriedade no emprego,

    investimento em projetos sociais.

  • Limongi-França (2004, p. 24) ressalta que o tema Qualidade de Vida no

    Trabalho tem sido tratado como um leque amplo e geralmente, confuso. As

    definições de QVT vão desde cuidados médicos estabelecidos pela legislação

    de saúde e segurança até atividades voluntárias dos empregados e

    empregadores nas áreas de lazer, motivação, entre inúmeras outras. A maioria

    desses caminhos leva à discussão das condições de vida e do bem-estar de

    pessoas, grupos, comunidades e até mesmo do planeta inteiro e de sua

    inserção no universo. Na verdade, a base da discussão sobre o conceito de

    qualidade de vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser

    feito para atender a expectativas criadas tanto por gestores como por usuários

    das ações de QVT nas empresas.

    De acordo com Rodrigues (1994, p. 76) a qualidade de vida no trabalho tem

    sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência. Com outros

    títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer

    satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa.

    Não podendo desprezar, por exemplo, os ensinamentos de Euclides de

    Alexandria sobre princípios de geometria, a 300 anos aC, e que foram

    aplicados para melhorar o método de trabalho dos agricultores à margem do

    Nilo, ou a “Lei das Alavancas”, de Arquimedes, que, em 287 anos aC, veio

    diminuir o esforço físico de muitos trabalhadores. Estes são alguns fatos

    históricos que vieram alterar a forma de execução da tarefa, trazendo

    intrinsecamente uma melhoria nas condições de trabalho e bem-estar do

    trabalhador. Como estes, seria possível citar centenas de outros exemplos.

    Mas o importante é explicitar que já nas primeiras civilizações as preocupações

    com a forma de execução das tarefas existiam e que vários foram os

    métodos ou teorias que, aplicados minimizaram o mal-estar ou esforço físico do

    trabalhador.

    No início da década de 50, na Inglaterra, Eric TRIST e colaboradores

    estudavam um modelo macro para agrupar o trinômio

  • INDIVÍDUO/TRABALHO/ORGANIZAÇÃO. Esta nova técnica recebeu a

    denominação de Qualidade de Vida no Trabalho - QVT (RODRIGUES, 1994, p.

    75)

    Para TRIST, 1975, apud, RODRIGUES, 1994, p. 75, QVT é de fundamental

    importância para as organizações, tanto dos países desenvolvidos, como dos

    países em desenvolvimento.

    Para Nadler & Lawler (1983), QVT é a grande esperança das organizações

    para atingirem altos níveis de produtividade, sem esquecer a motivação e

    satisfação do indivíduo.

    Em 1950, no “Tavistock Institute”, em Londres, Eric Trist e colaboradores

    desenvolveram uma série de estudos que deram origem a uma abordagem

    sócio-técnica em relação à organização do trabalho, tendo como base a

    satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. Nesta mesma época,

    Louis Davis e colaboradores realizavam nos Estados Unidos, pesquisas para

    modificar as “linhas de montagens”, no intuito de tornar a vida dos operários no

    trabalho mais agradável e satisfatória. ( HUSE Y CUMMINGS, 1985, apud,

    RODRIGUES, 1994, p. 76 - 77)

    Somente na década de 60, estes movimentos, ou seja, as preocupações com a

    Qualidade de Vida no Trabalho - QVT, tomaram impulso.

    Huse & Cummings (1983) admitem que a conscientização dos trabalhadores e

    o aumento das responsabilidades sociais da empresa contribuíram, de forma

    decisiva, para que cientistas e dirigentes organizacionais pesquisassem

    melhores formas de realizar o trabalho.

    Nadler & Lawler (1983) e Huse & Cumming (1985) estabelecem 1974 como um

    marco no desenvolvimento da QVT. A primeira fase, que teve início em

    meados da década de 60 e se estendeu até 1974, foi marcada pela crescente

  • preocupação de cientistas, líderes sindicais, empresários e governantes, pelas

    formas de “como influenciar a qualidade das experiências do trabalhador num

    determinado emprego” (NADLER & LAWLER, 1983, p. 21).

    Impulsionada pela perspectiva de uma sociedade progressista, induzida pelo

    contexto da época, e tendo como base a saúde, segurança e satisfação dos

    trabalhadores, a QVT seguiu, primeiramente, uma linha sócio-técnica.

    Para Rodrigues (1994), a abordagem sócio -técnica tinha como princípio maior

    a organização do trabalho a partir da análise e da reestruturação da tarefa.

    Nos Estados Unidos, neste primeiro período, ocorreram alguns fatos

    significativos. Dentre os mais importantes, podemos citar (HUSE &

    CUMMINGS, 1985, apud, RODRIGUES, 1994)

    - a criação da “National Comission on Productivity” que teve como função

    analisar as causas da baixa produtividade nas indústrias norte-americanas.

    Esta comissão foi a base para a publicação da conhecida obra “Work in

    America”;

    - a criação pelo congresso do “National Center for Productivity and Quality of

    Working Life” que tinha como função realizar estudos e servir de laboratório,

    sobre a produtividade e a qualidade de vida do trabalhador nas atividades de

    produção;

    - a criação de grupos de estudo da Qualidade de Vida no Trabalho, onde se

    destacaram o “Quality of Working Life Program” na University of Califórnia, o

    “Massachusetts Quality of Working Life Center”, o “American Center for the

    Quality of Work Life” e o “Center for Productivity” na Texas Tech University.

    A Universidade de Michigan teve também grande participação nas pesquisas e

    estudos sobre QVT neste período (NADLER & LAWLER, 1983, apud,

    RODRIGUES, 1994, p. 78)

    Huse & Cummings (1985) explicitam em sua obra os pontos de maiores

    convergências e preocupações sobre as dimensões que trariam ao indivíduo

    uma melhor QVT. São eles:

  • 1) Adequada e satisfatória recompensa;

    2) Segurança e saúde no trabalho;

    3)Desenvolvimento das capacidades humanas;

    4) Crescimento e segurança profissional;

    5) Integração Social;

    6) Direitos dos trabalhadores;

    7) Espaço total de vida no trabalho e fora dele;

    8) Relevância Social.

    A “crise energética” e alta inflação que acometeram as grandes potências do

    Ocidente e, em particular, os Estados Unidos, no início dos anos 70,

    desaceleraram e mudaram os rumos da QVT. A crescente competição nos

    mercados internacionais, com o surgimento de novas forças

    industriais/comerciais, principalmente o Japão, fez com que os norte-

    americanos repensassem seus modelos organizacionais e principalmente de

    gerenciamento (RUBINSTEIN, 1983; BACHNER & BENTLEY, 1983; BENTLEY

    & HANSEN, 1983, apud, RODRIGUES, 1994, p. 78).

    Para Rodrigues (1994), até o final da década de 70, tivemos uma paralisação

    no desenvolvimento e preocupações com a QVT. As organizações

    preocupavam-se e tinham suas atenções desviadas para a alta inflação e a

    substituição do petróleo, que até 1974 era uma fonte de energia de baixo custo.

    Em 1979, teve início uma nova fase no desenvolvimento das abordagens sobre

    a QVT. Este período foi induzido pelo fascínio das técnicas de administrar,

    usadas em um país que superou muito bem a crise: o Japão. Algumas destas

    técnicas, como por exemplo os Ciclos de Controle de Qualidade - CCQ,

    disseminaram-se nas organizações do Ocidente, principalmente nas norte-

    americanas (HUSE & CUMMINGS, 1985, apud, RODRIGUES, 1994, p. 78).

    1.1- Os benefícios de implementação do programa QVT nas organizações.

  • Alguns benefícios de implementação do programa Qualidade de Vida no

    Trabalho será abordado neste subitem, trazendo enriquecimento e maior

    entendimento em relação ao objeto de estudo.

    Tomando como modelo as empresas americanas bem sucedidas, os autores

    encontraram oito atributos que devem ser seguidos pelas organizações e que

    seriam a base para um programa de produtividade organizacional e melhor

    Qualidade de Vida no Trabalho. Os atributos de Peters & Waterman são os

    seguintes. (RODRIGUES, 1994, p. 79).

    1) Uma firme disposição para agir.

    2) Maior aproximação do cliente.

    3) Autonomia e iniciativa dos trabalhadores.

    4) Produtividade através dos trabalhadores.

    5) Orientação por valores-filosofia organizacional.

    6) Limitar-se ao conhecido.

    7) Formas de trabalho simples e em pequenos grupos.

    8) Política administrativa flexível.

    A QVT é hoje difundida e tem acentuado desenvolvimento em outros países.

    Huse & Cummings (1985) citam a França, Alemanha Ocidental, Dinamarca,

    Suécia, Noruega, Holanda e Itália como os países que institucionalizaram em

    suas organizações a filosofia e métodos para uma maior satisfação do

    indivíduo no trabalho. Também em outros países as abordagens sobre a QVT

    apresentam significativo desenvolvimento, dentre eles podem ser citados a

    Inglaterra, Checoslováquia, Hungria, Iugoslávia, Canadá, México e Índia.

    No Brasil, algumas pesquisas, no intuito de readaptar modelos estrangeiros e

    encontrar um modelo próprio a partir das características culturais locais, estão

    sendo desenvolvidas. Dos vários focos existentes identificamos como os mais

    sistematizados e com maior contribuição já fornecida à comunidade científica o

    de Tarcísio Quirino e colaboradores em Brasília, o de Eda Fernandes e

  • colaboradores no Rio Grande do Sul e o de Lúcio Flávio R. De Moraes e

    colaboradores em Minas Gerais. (RODRIGUES, 1994).

    Para Rodrigues (1994), nos últimos anos, a expressão Qualidade de Vida no

    Trabalho tem sido usada com frequência para descrever situações e métodos

    com objetivos diversos. Westley (1979) reforça tal posicionamento ao afirmar

    que “com o mesmo título, Qualidade de Vida no trabalho, é aplicada numa

    diversidade de mudanças propostas nas organizações de trabalho, o que leva

    a uma confusão considerável”.

    Para Walton (1973) são propostas, no intuito de fornecer uma estrutura para

    analisar as características notáveis da Qualidade de Vida no Trabalho, oito

    categorias conceituais. São elas:

    1) Compensação adequada e justa

    Walton vê o trabalho, em primeiro plano, como meio do indivíduo ganhar a

    vida. A compensação recebida pelo trabalho realizado “é um conceito relativo,

    não um simples consenso sobre os padrões objetivos e subjetivos para julgar a

    adequação da compensação” (p. 12).

    De acordo com Rodrigues (1994, p. 13), a honestidade da compensação pode

    ser focalizada por vários prismas, por exemplo: pelas relações entre salário e

    fatores como experiência e responsabilidade; pelas relações entre salário e

    talento ou habilidade; pela demanda de mão de obra ou pela média de

    compensação da comunidade em questão.

    Walton conclui afirmando que “a adequação e a honestidade do salário e/ ou

    compensações são questões parcialmente ideológicas”.

    2) Condições de segurança e saúde do trabalho

    Walton propõe algumas sugestões para o melhoramento desta dimensão,

    dentre elas podemos citar:

    “horários razoáveis reforçados por um período normal de trabalho padronizado;

    condições físicas de trabalho que reduzam ao mínimo o risco de doenças e

  • danos; limite de idade imposto quando o trabalho é potencialmente destrutivo

    para o bem-estar das pessoas abaixo ou acima de uma certa idade” (p. 13).

    3) Oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da capacidade

    humana

    Diz Walton (1973, p. 13) que o trabalho “tem tendido a ser fracionado, inábil e

    firmemente controlado”.

    Para Rodrigues (1993, p. 14), o planejamento e sua implementação têm tido

    caminhos distintos. O autor estabelece cinco requisitos básicos para o

    atendimento aceitável deste item: autonomia no trabalho; múltiplas habilidades;

    informação e perspectivas; tarefas completas e planejamento.

    4) Oportunidade futura para crescimento contínuo e segurança

    Neste item o autor focaliza a atenção na oportunidade de carreira.

    E é nele que surge uma barreira muitas vezes intransponível: a educação

    formal, que geralmente é pré-requisito para posições mais elevadas dentro da

    organização. Para a viabilidade deste item, Walton sugere que se trabalhe

    com:

    “Aplicação respectiva: a expectativa de usar o conhecimento e as habilidades

    expandidas e recém adquiridas em atribuições de trabalho futuro;

    Desenvolvimento: a extensão em que as atividades atuais de alguém

    contribuam para manter e expandir sua capacidade antes de levá-lo à

    obsolescência;

    Oportunidades de progresso: a avaliação das oportunidades de progredir em

    termos organizacionais ou de carreiras reconhecidas pelos semelhantes

    membros da família ou associados;

    Segurança: a segurança de emprego ou de renda associada ao trabalho do

    trabalhador”.

    5) Integração social na organização de trabalho

  • Walton estabelece alguns pontos fundamentais para uma boa integração social

    no trabalho. Inicialmente, prega a ausência de preconceitos de cor, raça, sexo,

    religião, nacionalidade, estilo de vida e aparência física. A ausência de

    estratificação e a mobilidade social facilitariam ou induziriam um senso de

    comunidade nas organizações.

    O que sem dúvida seria a mola mestra para um bom nível de integração social.

    (RODRIGUES, 1994, p. 84).

    6) O constitucionalismo na organização do trabalho

    As normas que estabelecem os direitos e deveres dos trabalhadores são vistas

    por Walton como elementos chaves para fornecer uma elevada QVT. Os

    aspectos mais significativos, na concepção do autor, são o direito à

    privacidade, direito de posicionamento (o diálogo livre) e o direito a tratamento

    justo em todos os assuntos. (RODRIGUES, 1994)

    7) O trabalho e o espaço total da vida

    Walton afirma que a “experiência de trabalho de um indivíduo pode ter efeito

    negativo ou positivo sobre outras esferas de sua vida, tais como suas relações

    com sua família” (p. 16).

    Para Rodrigues (1994), a relação entre o trabalho e o espaço total da vida é

    visto através do conceito de equilíbrio.

    Para Walton, o equilíbrio tem origem nos esquemas de trabalho, expectativa de

    carreira, progresso e promoção.

    O autor questiona ainda a relação do tempo e energia extras que o trabalhador

    dedica ao trabalho e as deficiências na situação familiar. (RODRIGUES, 1994,

    p. 84).

    8) A relevância social da vida do trabalho

  • Walton denuncia a forma irresponsável com a qual algumas organizações

    agem, fazendo com que “um número crescente de empregados depreciem o

    valor de seus trabalhos e carreiras, afetando, assim , a auto-estima do

    trabalhador” (p. 16).

    A “produtividade também parece ter uma relação curvilínea para a maioria das

    dimensões de vida no trabalho” (WALTON, 1973, apud, RODRIGUES, 1994, p.

    85).

    Considerando os níveis potenciais da produtividade para qualquer classe

    determinada de trabalho e grupo de empregados, é provável que há algum

    nível muito bom de oportunidade para se utilizar e desenvolver capacidades.

    Este nível de oportunidade é criado pela autonomia , multiplicidade das

    habilidades exigidas, informações de trabalho e planejamento da

    responsabilidade existente na situação de trabalho” (WALTON, 1973, p.17,

    apud, RODRIGUES, 1994).

    Analisando Walton, Rodrigues (1994), chegou a conclusão de que o autor

    prevê que as mudanças organizacionais ocorrerão num passo mais lento do

    que a do aumento das expectativas do empregado e que esta situação trará

    uma maior alienação para o trabalhador e somente com uma reestruturação do

    trabalho, a Qualidade de Vida poderá ser exaltada e as expectativas dos

    trabalhadores de todos os níveis poderão ser entendidas e satisfeitas.

    (RODRIGUES, 1994, p. 85)

    De fato, a QVT ocorre no momento que as empresas tomam consciência que

    os colaboradores são parte fundamental da organização. Vendo, assim, as

    pessoas como um todo. Segundo Campos (1992), um dos mais importantes

    conceitos dos programas de qualidade está na premissa de que, somente se

    melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar,

    sendo, assim, necessário avaliar de forma sistemática a satisfação dos

    profissionais da empresa e, nesse sentido, o processo do autoconhecimento e

  • as sondagens de opiniões internas são de grande importância para detectar a

    percepção dos funcionários sobre os fatores intervenientes na qualidade de

    vida na organização do trabalho.

    Para Matos, não há Qualidade de Vida no Trabalho sem Qualidade Total, ou

    seja, sem que a empresa seja boa. Não confundir QVT com política de

    benefícios, nem com atividades festivas de congraçamento, embora essas

    sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem a ver

    essencialmente com a cultura organizacional. São fundamentalmente os

    valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por

    pertencer a elas e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que

    criam a identificação empresa-empregado. O ser humano fazendo a

    concepção da empresa e em suas estratégias. (FERNANDES, Camila A.)

    De acordo com os autores acima citados, podemos constatar que o programa

    Qualidade de Vida no Trabalho é eficiente e muito importante na vida dos

    colaboradores, quando diz respeito à saúde e bem estar dentro das

    organizações. Uma empresa que adota esta ferramenta consegue obter

    resultados mais expressivos tornando-se competitiva no mercado de trabalho

    por investir na saúde e bem estar dos seus profissionais tornando-os

    motivados.

  • CAPÍTULO II

    UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL

    Nos dias atuais, as pessoas passam a maior parte de suas vidas no ambiente

    de trabalho. Convivem com vários tipos de pessoas e, principalmente, com

    tarefas a serem realizadas. Este capítulo vem mostrar que é possível sim,

    transformar o ambiente de trabalho em um local agradável, saudável e

    prazeroso quando o mesmo, é pensado e preparado em função de seus

    colaboradores.

    Para que o sujeito tenha boa saúde física ou mental, deve haver um clima

    adequado propiciado pela organização, que por sua vez resultará numa boa

    qualidade de vida no trabalho, favorecendo a formação e a manutenção de

    indivíduos mais criativos, serenos, responsáveis e com capacidade para

    demonstrar ou desenvolver novas habilidades, gerando, assim, um melhor

    retorno para a própria empresa.

    Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento

    interpessoal e a produtividade, assim como reduzir acidentes, doenças,

    absenteísmo e rotatividade do pessoal. Fazer do ambiente um local agradável

    para se trabalhar tornou-se uma verdadeira obsessão para as empresas bem-

    sucedidas. (www.administradores.com.br)

  • Um dos fatores que mais preocupam os gestores de qualquer organização é a

    presença de estresse, que pode ser definido por Chiavenato (1999) como um

    conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa a estímulos ou

    estressores no ambiente, prejudicando o bom desempenho do colaborador

    dentro da organização.

    Pode-se dizer que o trabalho, além de possibilitar crescimento, transformações,

    reconhecimento e independência pessoal e profissional, também causa

    problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e, também, muita irritação.

    Segundo França e Rodrigues (1997), o termo estresse vem da física, e neste

    campo do conhecimento tem o sentido de grau de deformidade que uma

    estrutura sofre quando é submetida a um esforço.

    (www.administradores.com.br)

    A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) visa proporcionar um ambiente

    favorável ao bem estar de todos, na tentativa de humanizar as relações e o

    trabalho nas organizações, conduzindo a melhorias na execução das tarefas e

    o consequente aumento do nível de satisfação do funcionário com a

    organização.

    Os programas de QVT despontam no cenário empresarial como fruto do

    conhecimento e de práticas empresariais, demonstrando a importância que os

    funcionários possuem. A atmosfera do ambiente de trabalho, por sua vez,

    constitui um fator importante, visto que é por meio dele que organizações

    tomam conhecimento de como as expectativas dos membros estão sendo

    atendidas.

    O nível de QVT percebido pelo trabalhador produz resultados importantes para

    a organização, podendo interferir no serviço e na produção. O clima

    organizacional, por sua vez, corresponde aos aspectos motivacionais a nível

    pessoal dentro das organizações, permeando as relações entre estas e seus

    funcionários. A existência de um clima organizacional favorável constitui um

    fator positivo quanto à satisfação dos funcionários. (FIDALGO, Diego Maués)

    http://www.administradores.com.br%29/

  • Para Limongi-França (2008), toda pessoa é um complexo biopsicossocial, isto

    é, tem potencialidades biológicas, psicológicas e sociais que respondem

    simultaneamente às condições de vida. Essas respostas apresentam variadas

    combinações e intensidades nesses três níveis e podem ser mais visíveis em

    um deles, embora eles sejam sempre interdependentes. Esse conceito advém

    da medicina psicossomática, e Lipowski é seu precursor. Nessa visão, a

    pessoa prevalece como ente biopsicossocial, e os fatores psicossociais são

    fundamentais para a explicação da saúde e da doença da sociedade moderna.

    A visão biopsicossocial está assim fundamentada:

    • a dimensão biológica refere-se às características físicas herdadas ou

    adquiridas ao nascer e durante toda a vida. Inclui metabolismo, resistências e

    vulnerabilidades dos órgãos ou sistemas;

    • a dimensão psicológica refere-se aos processos afetivos, emocionais e de

    raciocínio, conscientes ou inconscientes, que formam a personalidade de cada

    pessoa e seu modo de perceber e de posicionar-se diante das demais pessoas

    e das circunstâncias que vivencia;

    • a dimensão social revela os valores socioeconômicos, a cultura e as crenças,

    o papel da família e as outras formas de organização social, no trabalho e fora

    dele, os sistemas de representação e a organização da comunidade a que

    cada pessoa pertence e da qual participa. O meio ambiente e a localização

    geográfica também formam a dimensão social. (LIMONGI-FRANÇA, 2008, p.

    28).

    Essa conceituação é descrita por (LIPOWSKI, 1986, apud, LIMONGI-FRANÇA,

    2008) como o resgate de uma visão mais ampla do conceito de saúde que tem

    sido a tendência nas últimas décadas. A saúde não seria apenas a ausência de

    doença, mas também o completo bem-estar biológico, psicológico e social.

    Essa conceituação, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em

    1986, abre campo significativo para a compreensão dos fatores psicossociais

  • na vida moderna e, especificamente, no desempenho e na cultura

    organizacionais da saúde do trabalho.

    Ferraz (200), afirma que a adaptação do trabalho ao ser humano tem sido vista

    pela Ergonomia com base nos meios físicos, cognitivos, ambientais e

    psicossociais. A crescente, e cada vez mais rápida, evolução da tecnologia

    vem tornando o trabalho mais complexo e exigindo pessoas com maior

    qualificação, em um movimento contrário ao que ocorreu no período taylorista-

    fordista.

    A organização do trabalho humano também tem sido considerada como um

    dos elementos na análise e no projeto ergonômicos. Ela envolve, entretanto,

    questões mais amplas do que aquelas habitualmente tratadas pela Ergonomia

    em suas avaliações. Não se limita ao escopo do cargo ou da tarefa. Ao realizar

    um trabalho, o indivíduo está inserido em um contexto social mais amplo. A

    representação que esse trabalho tem socialmente causa impacto na vida e no

    bem-estar desse indivíduo, podendo levar a situações de maior ou menor

    desgaste, (LIMONGI-FRANÇA,2008, p. 34-35).

    No início dos anos 20, surgiam as primeiras preocupações científicas sobre a

    influência das condições físicas do local de trabalho na produtividade industrial.

    O primeiro experimento, na tentativa de correlacionar as duas variáveis,

    ocorreu entre 1924 e 1927, na “Western Eletric Company”, empresa localizada

    próximo a Chicago que fabricava equipamentos para a Bell Telephone.

    Essa empresa ,mostrou-se constantemente preocupada com o bem-estar dos

    empregados, mantendo sempre um alto nível de salários, procurando

    estabelecer boas condições de trabalho e lançando mão de todos os métodos,

    reconhecidamente válidos em orientação vocacional, para bem adaptar os

    funcionários às suas funções. (HOMANS, 1971, p. 6, apud, RODRIGUES,1994,

    p. 36).

  • Algumas inovações nas condições materiais de trabalho já tinham sido

    introduzidas nesta empresa. Tratava-se assim de uma empresa bem

    progressista, com planos de pensões, benefícios no caso de doenças e

    numerosas facilidades recreacionais e outras (BROWN, 1972, p. 66, apud,

    RODRIGUES,1994 ,p. 36). Apesar disto, continua o autor, havia muitas queixas

    e insatisfações entre os empregados.

    Com a ajuda do “National Research Council” (Conselho Nacional de Pesquisas

    dos Estados Unidos), deu início em 1924, aos estudos sobre o efeito da

    iluminação na produtividade do trabalhador. “Acreditava-se, na época, que a

    eficiência seria influenciada principalmente pelos movimentos dispendiosos e

    ineficientes na execução do trabalho, pela fadiga, e pelas deficiências do

    ambiente físico” (MOTTA, 1985, apud, RODRIGUES, 1994).

    Homans, quanto aos resultados das pesquisas iniciais na Westwrn Eletric, diz

    que:

    “Os pesquisadores concluíram que o resultado negativo

    foi obtido não porque a relação não existissi, mas porque

    era impossível isolar essas de outras variáveis que entra-

    vam em qualquer determinação de eficiência produtiva ...

    o resultado obtido comprovou a importância do fator psi -

    cológico (HOMANS, p.7, apud, RODRIGUES, P.37)”

    Rodrigues (1994) acrescenta que, os resultados de tal experimento inquietaram

    a direção da Organização. Fatores desconhecidos tinham influência decisiva no

    aumento da produção e estes precisavam ser determinados. Para esta tarefa a

    direção da empresa contou com o suporte científico do Departamento de

    Pesquisas Industriais da “Harvard Graduate School of Business

    Administration”, da qual fazia parte Elton Mayo.

    O novo experimento teve início em abril de 1927, e tinha por primeiro objetivo o

    estudo dos efeitos da fadiga e da monotonia. (MOTTEZ, 1973, apud,

    RODRIGUES, 1994).

  • Para compor a equipe de observação, foram escolhidas duas trabalhadoras e

    pedido às mesmas que escolhessem mais quatro outras, compondo, assim, um

    grupo com seis moças. Vale ressaltar que, segundo Homans, (1971), todas

    elas tinham o “nível médio, isto é, não eram novatas nem peritas”.

    A tarefa escolhida foi a montagem de relés telefônicos, sendo que cinco das

    moças selecionadas montariam os relés e a sexta forneceria as peças

    necessárias às montadoras, continua Rodrigues (1994),

    O experimento foi dividido em duas partes: as pesquisas da Sala de Teste de

    Montagem de Relés e o Programa de Entrevistas. Para a primeira parte do

    experimento, as seis moças foram separadas dos outros trabalhadores em uma

    sala especial. Nesta sala, havia um supervisor, que deveria realizar suas

    tarefas convencionais e um observador que tinha por função observar todos os

    dados, tanto referentes à produção como também comentários ou

    posicionamentos das trabalhadoras, referentes ou não ao trabalho,

    (RODRIGUES, 1994, p. 37).

    Miller & Form, citados por Brown (1972), apresentam as seguintes conclusões

    sobre as pesquisas iniciais de Mayo em Hawthorne:

    1) O trabalho é uma atividade grupal;

    2) O mundo social do adulto é primariamente padronizado em relação à sua

    atividade no trabalho;

    3) A necessidade de reconhecimento e segurança e o senso de pertencer a

    algo são mais importantes na determinação da moral do operário e da

    produtividade do que as condições físicas sob as quais ele trabalha;

    4) Uma reclamação não é necessariamente o enunciado objetivo de fatos,

    comumente é um sintoma de distúrbio, relacionado com o status do indivíduo;

    5) O trabalhador é uma pessoa cujas atitudes e eficiências são condicionadas

    pelas demandas sociais, tanto dentro como fora da fábrica;

    6) Grupos informais dentro da fábrica exercem grande controle social sobre os

    hábitos no trabalho e atitudes do operário individual;

  • 7) A mudança de uma sociedade estabelecida para outra em adaptação tende

    a desmembrar continuamente a organização social de uma fábrica ou indústria

    em geral;

    8) A colaboração grupal não ocorre por acidente, ela deve ser planejada e

    desenvolvida. Se essa colaboração for alcançada, as relações no trabalho

    dentro da fábrica podem chegar a uma coesão que resiste aos efeitos do

    desmembramento e uma sociedade em adaptação, (BROWN, 1972, p. 79-80,

    apud, RODRIGUES, 1994, p. 38).

    O segundo momento da tarefa, foi a entrevista, onde as funcionárias puderam

    ser ouvidas, sem medo de represálias das colegas e supervisores.

    Brown (1972) apoia tal posicionamento ao afirmar que , dando chance a uma

    pessoa para falar e expressar suas queixas, nota-se, em decorrência disto, um

    efeito benéfico sobre o seu moral, ( p. 74, apud, RODRIGUES, 1994, p. 39).

    Os experimentos prosseguiram até 1932, quando, por motivos econômicos e

    psicológicos provocados pela recessão, tiveram de ser paralisados

    (RODRIGUES, 1994).

    Para os autores, é de fundamental importância a qualidade no ambiente de

    trabalho, não se preocupando somente com a ergonomia, recursos, iluminação

    e afins. Valorizando também o clima organizacional a saúde e o bem estar,

    pois como os colaboradores passam a maior parte do seu dia dentro das

    organizações, está mais do que provado que elas tenham que atender as

    necessidades individuais de cada um.

    Analisando os experimentos acima citados, podemos constatar que quando os

    profissionais são ouvidos tendo direito de opinar e participar dos projetos e

    planejamento de seus setores, ficam mais confiantes e motivados a buscarem

    novas ideias proporcionando assim crescimento não só para eles, mas também

    para a organização em que estão inseridos.

  • CAPÍTULO III

  • CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA QUALIDADE

    DE VIDA NA PRODUTIVIDADE

    Este capítulo tem como objetivo mostrar que, quanto mais satisfeito o

    colaborador estiver dentro da sua organização, maior é a sua produtividade

    gerando maiores resultados.

    Há bem pouco tempo, felicidade no trabalho era carteira assinada, estabilidade,

    especialização no que se fazia. Hoje, esse sentimento pode ser traduzido em

    crescimento profissional, qualidade de vida, ambiente propício para o

    desenvolvimento de talentos e reconhecimento, entre outras características.

    Manter-se feliz diante das crises, turbulências e pressões que acometem o

    mundo atualmente não é uma tarefa fácil, mas deve ser responsabilidade tanto

    de empresas quanto dos próprios profissionais.

    Difícil achar uma definição para felicidade, já que o que pode deixar uma

    pessoa feliz pode também gerar uma reação completamente contrária em outra

    e o ambiente de trabalho é o espaço onde vários sentimentos contraditórios

    devem ser administrados diariamente. "Não é fácil definir felicidade. O que é

    ser feliz para um não é o mesmo para outro. Precisamos diferenciar o que é ser

    feliz no trabalho e ser feliz com o trabalho. Nesse cenário complicado, com alto

    índice de desemprego, para quem está desempregado arrumar um trabalho já

    é motivo de felicidade. Para quem está empregado o fato de ter um trabalho

    por si só muitas vezes não basta para se sentir feliz", afirma Marcelo Alves dos

    Santos, vice-presidente de RH do Bank Boston e presidente da Fundação Bank

    Boston.

    A felicidade é um sentimento muito subjetivo e para alcançá-la tanto na vida

    pessoal quanto profissional é preciso haver, antes de tudo, uma pré-disposição

    individual. "A realização pessoal não pode ser totalmente depositada no

    emprego e não convém esperar por empresas que patrocinem felicidade", diz

    Edina Bom Sucesso, diretora da Ergon - Consultoria e Educação Continuada e

  • membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Qualidade de

    Vida Nacional. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)

    Inicialmente, cabe indagar o que caracteriza um trabalho que gera satisfação.

    Para Tamayo (2001:38), "um trabalho satisfatório é aquele que oferece a

    oportunidade de obter as principais metas desejadas". Em geral, quando

    pessoas alcançam suas metas elas são tomadas por uma sensação

    incomensuravelmente agradável, de bem-estar, de alegria e plenitude;

    portanto, satisfação no trabalho é um estado de quase êxtase

    (VASCONCELOS, 2004), ou seja, é a auto-realização suprema e a felicidade

    (ALBERTO, 2000). Para fins desta investigação, satisfação no trabalho é

    definida como um conjunto de sentimentos favoráveis ou desfavoráveis que os

    empregados têm (DAVIS e NEWSTRON, 1998). (www.revistasusp.sibi.usp.br)

    Hoje o colaborador não aceita mais ser tratado somente como um número,

    uma máquina a serviço da empresa, quer ser reconhecido pelo seu trabalho,

    sua dedicação e para que ele obtenha resultados expressivos e constantes é

    preciso se tomar várias ações em prol do seu bem-estar, de sua saúde e da

    sua qualidade de vida como um todo, criando um ambiente favorável, saudável,

    propício à criação. Para que sua rotina diária se torne prazerosa, muitas

    empresas tem a disposição de toda a sua força de trabalho, academia, sala de

    jogos, massagem, ginástica laboral, outras até permitem animais de estimação

    dividindo o ambiente de trabalho para assegurar uma melhor desenvoltura nas

    tarefas e um baixo nível de stress.

    A QVT engloba uma série de medidas que objetivam um profissional cada vez

    mais apaixonado pelo que faz, pelas atividades que executa, do lugar onde

    trabalha, das pessoas com que se relaciona, rendendo mais, satisfeito,

    agregando, somando com sinergia, propondo sugestões de melhoria, sendo

    não só um mero expectador e sim contribuinte ativo da organização.

    ( ABREU, Valter)

  • Segundo Chiavenato (2002, p. 391), “a QVT tem o objetivo de assimilar duas

    posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao

    bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações

    quanto a seus efeitos sobre a produção e a produtividade”.

    Pode-se afirmar que uma empresa com qualidade é, entre outros fatores,

    aquela que possui colaboradores que, após atender suas necessidades

    básicas, estejam satisfeitos com a empresa e seus colegas de trabalho, isto é,

    sua equipe de trabalho.

    Para Fernandes (1996), pode-se entender QVT como um programa que visa a

    facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas

    atividades na organização, tendo como ideia básica o fato de que as pessoas

    são mais produtivas quanto mais estiverem satisfeitas e envolvidas com o

    próprio trabalho.

    Neste caso, a conquista da qualidade de vida, em grande parte, depende do

    próprio indivíduo, seja na organização ou fora dela. Depende de sua auto-

    estima e auto-imagem, do engajamento profissional, político e social e, acima

    de tudo, de sua postura na transformação da realidade e da consciência de

    seus direitos e deveres.

    A meta principal do programa de QVT é melhorar a satisfação do trabalhador

    dando o devido valor a seu colaborador, incentivando-o no seu trabalho.

    A QVT envolve toda a empresa e, principalmente, a qualidade de vida, pois o

    que mais se deseja na vida é a felicidade, constituindo-se em uma busca antiga

    do homem. Porém, para ser feliz, é necessário ter saúde, satisfação consigo

    próprio e com seu trabalho, e tudo isso compreende a qualidade de vida.

    Entretanto, muito se tem falado sobre qualidade de vida no trabalho. Mas a

    satisfação no trabalho não pode estar isolada da vida do indivíduo como um

    todo. Os colaboradores que possuem uma vida familiar insatisfatória têm no

    trabalho como o único ou maior meio para obter a satisfação de muitas de suas

    necessidades, principalmente, as sociais. (RODRIGUES, 1999).

  • Assim, o trabalho assume dimensões enormes na vida do homem, pois a

    qualidade de vida tem sido usada com crescente frequência para descrever

    certos valores ambientais e humanos, descuidados pelas sociedades

    industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento

    econômico. (RODRIGUES, 1994). (www.administradores.com.br)

    Segundo Limongi-França (2008), a produtividade tem sido definida como o

    grau de aproveitamento dos meios utilizados para produzir bens e serviços. Em

    geral, a perspectiva é aproveitar ao máximo os recursos disponíveis para

    chegar a resultados cada vez mais competitivos.

    Do ponto de vista das pessoas, deve-se prioritariamente dar condição básica

    de segurança e saúde no trabalho ao fator produtivo, denominado “capital

    humano” pelos economistas e “recursos humanos” e, mais recentemente,

    “gestão de pessoas” pela administração. A rigor, essa prioridade está presente

    na própria constituição da área de atuação da QVT. Em cenários mais

    avançados, pode-se afirmar que a condição básica para o ambiente produtivo

    da empresa é criar modelos gerenciais efetivos de Qualidade de Vida no

    Trabalho aderentes a ambientes altamente competitivos, nos quais a busca da

    produtividade representa uma política decisiva. (LIMONGI-FRANÇA, 2008, p.

    45).

    Segundo a autora, o desafio é reconstruir, com bem-estar, o ambiente

    competitivo, altamente tecnológico, de alta produtividade do trabalho, e garantir

    ritmos e situações ecologicamente corretas. O bem-estar considera, no

    referente à Qualidade de Vida no Trabalho, as dimensões biológica,

    psicológica, social e organizacional de cada pessoa e não, simplesmente, o

    atendimento a doenças e outros sintomas de stress que emergem ou

    potencializam-se no trabalho. Trata-se do bem-estar no sentido de manter-se

    íntegro como pessoa, cidadão e profissional. A meta é catalisar experiências e

    http://www.administradores.com.br/

  • visões avançadas dessa poderosa relação entre Produtividade e Qualidade de

    Vida no Trabalho. (LIMONGI-FRANÇA. 2008)

    A QVT pode hoje ser definida como uma forma de pensamento envolvendo

    pessoas, trabalho e organização, onde se destacam dois aspectos distintos:

    1) a preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a eficácia

    organizacional,

    2) a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho

    (HUSE &CUMMINGS, 1985, p. 202, apud, RODRIGUES, 1994, p. 90).

    Esta definição torna um programa de QVT diferente de outras abordagens

    tradicionais. A operacionalização deste conceito é explicitada por Huse &

    Cummings (1985), através de quatro aspectos ou programas: a participação do

    trabalhador nos problemas e soluções organizacionais; o projeto do cargo;

    inovação no sistema de recompensa e a melhora no ambiente de trabalho

    (RODRIGUES, 1994, p. 90).

    Por um lado, as empresas podem adotar políticas que melhorem o ambiente de

    trabalho e propiciem maior bem-estar a seus funcionários. "Condições

    saudáveis de trabalho incluem a justiça, a solidariedade, a perspectiva da

    participação, o tratamento ético, o reconhecimento e a valorização de talentos",

    afirma Edina.

    De acordo com Santos, o aprendizado e a qualidade de vida estão sendo mais

    valorizados dentro das companhias e, principalmente, pelos profissionais.

    "Estamos falando em satisfação no trabalho. Alguns fatores contribuem para

    isso, como o desenvolvimento profissional, mas não se trata apenas de um

    salário melhor ou uma promoção. Trata-se de evoluir do ponto de vista de

    aprendizado dentro de uma empresa. A qualidade de vida também tem um

    papel relevante. Muitas vezes a pessoa se dedica, cresce profissionalmente,

    mas a um custo muito alto, que é o pouco contato com a família, não ver o filho

  • crescer, não ter momentos de lazer. E isso está começando a pesar muito na

    hora de avaliar a satisfação dos profissionais", conta o presidente da Fundação

    Bank Boston e vice-presidente de RH do banco.

    Para Cláudia Falcão, diretora de RH da Natura, "é preciso que as pessoas se

    identifiquem com as crenças e valores da empresa, para se sentirem parte de

    algo maior e perceberem que seu trabalho faz diferença no mundo". Ela

    acredita que trabalho e felicidade não estão em lados opostos: "Um trabalho

    desafiador, com oportunidade de desenvolvimento, um bom clima

    organizacional, com processos transparentes são formas de estimular a

    felicidade no trabalho. É preciso que as pessoas tenham vontade de aprender

    e ensinar e que gostem de se relacionar. Na Natura, estimulamos o

    relacionamento entre as pessoas de diversas formas. Acreditamos que a vida é

    um encadeamento de relações", declara. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)

    Dentre esses aspectos citados, devemos destacar “a melhora no ambiente de

    trabalho” que segundo os autores Huse & Cummings (1985), com a melhoria

    das condições de trabalho, os operários tornam-se mais satisfeitos com seus

    serviços.

    As intervenções do programa QVT afetam, segundo Huse & Cummings (1985),

    positivamente a comunicação e coordenação que são condições preliminares

    para uma melhor produtividade. A QVT motiva o trabalhador, principalmente

    quando este satisfaz suas necessidades individuais. A QVT também “pode

    aperfeiçoar a capacidade do trabalhador melhorando seu desempenho”. A

    motivação e a capacidade do trabalhador são pré-requisitos para uma maior

    produtividade (RODRIGUES, 1994, p. 92).

    Um dos fatores mais essenciais para assegurar a produtividade dos Recursos

    Humanos, sem dúvida alguma, é a garantia da plena saúde e vitalidade. Os

    programas de qualidade de vida mudam o comportamento, atuam

    preventivamente, reduzem custos e contribuem para atrair ou reter

  • colaboradores. Ao elegermos SAÚDE E VITALIDADE como fatores essenciais

    para a produtividade, tínhamos em mente que a chave do desenvolvimento e o

    crescimento das organizações, e indiretamente da produtividade, está na

    capacidade cerebral dos Recursos Humanos. Em outras palavras, a

    capacidade de iniciativa, a competência profissional, a inventividade, a auto-

    disciplina e o pensamento estratégico - o hábito de agir no presente, tendo em

    vista o futuro - estão diretamente ligados às condições de saúde e educação de

    cada um. (MARQUES, 1996, p. 197, apud, LIMONGI-FRANÇA, 2008, p. 47)

    De um modo geral, os pesquisadores têm apontado variados aspectos que

    contribuem para explicar a satisfação no trabalho. Tamayo (1998, 2001), por

    exemplo, afirma que ela é uma variável multifatorial, cujos aspectos mais

    citados são: salário, colegas, supervisão, oportunidades para promoção,

    benefícios, condições de trabalho, progresso na carreira, estabilidade no

    trabalho, desenvolvimento pessoal e quantidade de trabalho. Em outras

    palavras, esses são alguns dos aspectos que podem afetar a satisfação do

    empregado.

    No Brasil, em um estudo desenvolvido com o objetivo de conhecer as

    tendências predominantes nas pesquisas sobre satisfação no trabalho, Ramos

    (1980) identificou análises sobre o status dessa variável como preditora e sua

    influência sobre divergentes aspectos expressivos do comportamento na

    situação do trabalho. Hampton (1992), por sua vez, observou que nas últimas

    décadas mais de dois mil levantamentos foram feitos com o objetivo de

    investigar o grau de satisfação entre os empregados. Apesar de todos os

    levantamentos feitos no decorrer desses anos – as dimensões, os

    determinantes, os correlatos (conceitos semelhantes), as consequências

    (possíveis efeitos) e o desenvolvimento de técnicas de mensuração –, ainda

    estão longe de se esgotarem as possibilidades de um maior entendimento

    desse fenômeno, bem como de se obter um consenso sobre o conceito

    Satisfação no trabalho (MELEIRO e SIQUEIRA, 2005).

  • Em resumo, pode-se dizer que satisfação no trabalho é um dos fatores

    considerados determinantes na construção de um ambiente organizacional

    melhor e de uma sociedade mais feliz, gerando resultados positivos para as

    várias partes envolvidas. (www.revistasusp.sibi.usp.br/)

    Pesquisas comprovam que pessoas felizes, satisfeitas, produzem mais e

    melhor. "Se a empresa der espaço, der oportunidade e se preocupar, o nível de

    satisfação do profissional no trabalho aumenta e pessoas mais satisfeitas são

    mais produtivas. Isso reflete nos resultados da companhia e acaba criando um

    círculo no qual todos saem ganhando”, diz Santos.

    A seguir, seguem alguns relatos de Empresas que adotaram o programa

    Qualidade de Vida no Trabalho e os benefícios alcançados.

    SIEMENS

    A Siemens, empresa do mercado eletroeletrônico, foi premiada em 2006 pela

    ABQV como “Programa de Qualidade de Vida Bem-Te-Vi”. O programa foi

    implementado pela área de Saúde e Segurança no Trabalho, com um olhar

    para outros fatores além da saúde e segurança, como os sociopsicológicos que

    interferem na cultura, no clima da organização e na produtividade. Assim, o

    programa foi estruturado considerando quatro pilares: saúde física e mental,

    motivação, conscientização e meio ambiente. Iniciou com um diagnostico

    (distribuição e determinantes dos fatores de risco). Depois, foram identificados

    e classificados os fatores com potencial para influenciar ou mudar o ambiente.

    Houve um estudo das ações anteriores, obstáculos, sucessos e fracassos e,

    então, foram priorizadas as ações de intervenção, que foram baseadas nos

    quatro pilares descritos. Algumas ações do Bem-Te-Vi incluem o combate a

    hábitos como o sedentarismo, a alimentação rápida e desbalanceada, o

    tabagismo e o estresse. (www.fae.edu)

    BMS – BELGO MINEIRA SISTEMAS

    http://www.fae.edu%29/

  • A empresa Belgo Mineira, do ramo de Telecomunicações e Tecnologia, foi

    premiada em 2006 pelo “Programa Bem-Estar BMS”. O programa, implantado

    pela área de Recursos Humanos, visa promover o bem-estar de seu grupo de

    profissionais, seja nos momentos em que ele está no trabalho, seja quando

    está fora dele. Para isso, foram criadas ações, de participação voluntária,

    voltadas para o estímulo do bem-estar em diferentes aspectos da vida dos

    colaboradores na empresa. Especificamente, os objetivos do programa são:

    conscientizar sobre a importância da saúde física e mental, promovendo, a

    partir de um conjunto de ações permanentes, a mudança do estilo de vida dos

    colaboradores, de forma que eles possam viver mais e melhor; desenvolver o

    potencial humano mental, emocional e espiritual, com a conquista de

    autoconfiança, otimismo e positividade; promover maior integração entre os

    colaboradores de diferentes funções; promover maior equilíbrio entre trabalho e

    vida pessoal; e manter os colaboradores mais saudáveis, aptos, equilibrados e

    motivados para enfrentar melhor o trabalho e suas pressões. (www.fae.edu)

    "Está aumentando a consciência das pessoas. Hoje, elas estão mais

    mobilizadas e mais críticas do que no passado e as empresas estão

    começando a olhar o funcionário com outros olhos", conta o vice-presidente de

    RH do Bank Boston. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)

  • CONCLUSÃO

    No momento em que vivemos, foi possível constatar após esta pesquisa, que a

    Qualidade de Vida é fundamental em nossas vidas devido a correria do dia a

    dia. Com a sociedade cada vez mais moderna, onde não só as mulheres, mas

    os homens também assumiram vários papéis, tanto de chefes dos lares como

    grandes executivos, faz-se necessário investir neste programa.

    Para Rodrigues (1994), a nossa relação com o trabalho parece, portanto, algo

    ainda bastante conflitivo, sendo ele muitas vezes percebido como indesejado,

    como um fardo pesado, que acaba nos impedindo de viver. Mas

    frequentemente ele é também percebido como algo que dá sentido à vida,

    eleva status, define identidade pessoal e impulsiona o crescimento do ser

    humano.

    Como passamos a maior parte do nosso tempo dentro das organizações, as

    Empresas que adotam o programa QVT, está investindo não só em seus

    colaboradores, mas também em seu crescimento, pois pode ser comprovado

    pelos autores pesquisados que, um ambiente favorável, saudável, clima

    organizacional harmonioso e profissionais motivados, há um aumento na

    produtividade trazendo assim, lucros e resultados para todos.As Empresas

    retém colaboradores, reduz absenteísmo, fadiga, stress, custos com

    assistência psicológica e médica.

  • BIBLIOGRAFIA

    ABREU, Valter. QVT - Um Diferencial ou uma Exigência.

    (www.administradores.com.br). Acessado em: 11/07/212.

    FERNANDES, Camila Araújo. Qualidade de vida no trabalho, fator decisivo no

    desempenho organizacional. (www.administradores.com.br) Acessado em:

    09/07/12.

    FIDALGO, Diego Maués. QUALIDADE de Vida no Trabalho: um estudo

    sobre o nível de satisfação dos funcionários de uma clinica de exames e

    diagnósticos por imagem. (http://artigos.netsaber.com.br/) Acessado em :

    16/07/12.

    JÚNIOR, Ismael Lemes Vieira. Higiene e segurança do trabalho.

    (www.administradores.com.br) Acessado em: 16/07/12.

    LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida no Trabalho - QVT:

    conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo:

    Atlas, 2008.

    NISHIMURA, Adriana Zoqui de Freitas Cayres. A Gestão Estratégica da

    Qualidade de Vida no Trabalho. (www.fae.edu/publicações). Acessado em:

    23/07/12.

    http://www.administradores.com.br%29./http://www.administradores.com.br%29/http://www.administradores.com.br%29/http://www.fae.edu/publica��es%29.

  • OLIVEIRA, Gisele de. Colaboradores Satisfeitos Rendem Mais.

    (http://incubadora.inatel.br/artigos/). Acessado em: 12/07/12.

    REGE, Revista. Gestão. Uma análise dos antecedentes da satisfação no

    trabalho em uma empresa madeireira. São Paulo, 2007.

    (www.revistasusp.sibi.usp.br). Acessado em: 11/07/12.

    RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho:

    Evolução e Análise no Nível Gerencial. Petrópolis: Vozes, 1994.

    http://www.revistasusp.sibi.usp.br%29./

  • ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMÁRIO 7

    INTRODUÇÃO 8

    CAPÍTULO I 9

    QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO CONCEITOS E DIMENSÕES 9

    1.1- Os benefícios da implementação do programa QVT

    nas organizações. 15

    CAPÍTULO II 22

    UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL. 22

    CAPÍTULO III 30

    CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA QUALIDADE DE VIDA NA

    PRODUTIVIDADE. 30

    CONCLUSÃO 40

    BIBLIOGRAFIA 41

    ÍNDICE 43