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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
TRANSFORMANDO O AMBIENTE DE TRABALHO EM UM LOCAL MELHOR PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO E
EVOLUÇÃO PROFISSIONAL
Por: Michelle Gomes Luvizotto
Orientador Prof. Adélia Araújo
Rio de Janeiro 2012
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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU’
TRANSFORMANDO O AMBIENTE DE TRABALHO EM UM LOCAL MELHOR PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO E
EVOLUÇÃO PROFISSIONAL
Apresentação de monografia ao Instituto a Vez do
Mestre como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Gestão de Recursos Humanos....
Por: Michele Gomes Luvizotto
AGRADECIMENTOS
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....primeiramente à Deus, meus familiares e amigos de curso que me deram força para continuar nesta caminhada...
DEDICATÓRIA
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... ao meu esposo por estar presente em todos os momentos, sendo compreensivo, paciente e solidário...
RESUMO
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Atualmente, há uma infinidade de trabalhadores, sejam eles técnicos,
especializados, operários, administrativos ou executivos, que sofrem as
consequências por atuarem em determinadas organizações onde o fator
humano não tem importância. Dentre estes fatores está a Qualidade de Vida no
Trabalho, que se preocupa principalmente com dois aspectos importantes: a
eficácia organizacional e o bem-estar do trabalhador. Com a necessidade das
empresas se tornarem mais competitivas no mercado veio à busca incessante
da qualidade total. Acompanhando a Qualidade Total, surgiu a QVT, que está
focada no potencial e no meio em que convive o ser humano, nos mais
diferentes sentidos. O objetivo desta pesquisa é mostrar como as
organizações, e sobretudo, as pessoas envolvidas podem obter a QVT.
METODOLOGIA
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A pesquisa de caráter exploratório tendo como fonte de coleta de dados a
bibliografia disponível no Brasil nos últimos 30 anos, nas áreas de:
administração e gestão.
Teremos também como fonte de pesquisa os artigos, e trabalhos de pesquisa
disponíveis na WEB.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos e dimensões. 9
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CAPÍTULO II - Um ambiente de trabalho saudável. 22
CAPÍTULO III - Considerações sobre o impacto da Qualidade de Vida
na produtividade. 30
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 43
INTRODUÇÃO
O tema Qualidade de Vida no Trabalho foi escolhido como objeto de estudo,
pelo fato de termos a necessidade de transformarmos o nosso ambiente de
trabalho em um local melhor para o nosso desenvolvimento e evolução
profissional, tendo em vista, que a maior parte de nossas vidas nós passamos
dentro dele.
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Podemos constatar que no período atual, as Empresas estão apostando cada
vez mais em modelos de Gestão Pessoal com o objetivo torná-las mais
humanizadas, pois os colaboradores estão enfrentando dificuldades em seu
ambiente de trabalho.
A QVT é um programa que tem como objetivo satisfazer e facilitar as
necessidades dos colaboradores ao desenvolver suas atividades.
O presente estudo relata o histórico do programa Qualidade de Vida no
Trabalho, sua definição e conceitos, a fim de esclarecer e apresentar a
necessidade que as Organizações tem hoje de se aplicar a um programa de
qualidade de vida, tendo consciência de que cada indivíduo tem suas
necessidades e culturas individualizadas.
Poderá ser analisado também, como quando uma Organização se preocupa
com o bem-estar de seus colaboradores, tornando um ambiente de trabalho e
um clima organizacional mais prazeroso com pessoas motivadas, aumenta a
produtividade diminuindo o absenteísmo e a alta rotatividade de mão de obra.
CAPÍTULO I
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO CONCEITOS E DIMENSÕES
Este capítulo apresenta um breve histórico do programa Qualidade de Vida no
Trabalho. O conceito e sua importância para a vida profissional e pessoal dos
colaboradores da vida moderna.
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Segundo Dejours (1992), qualidade de vida é uma expressão de difícil
conceituação, tendo em vista o seu caráter subjetivo, complexo e
multidimensional. Ter qualidade de vida depende, pois, de fatores intrínsecos e
extrínsecos. Assim, há uma conotação diferente de qualidade de vida para
cada indivíduo, que é decorrente da inclusão desses na sociedade.
Nos dias atuais, com a globalização, as pessoas estão sendo obrigadas a
atingir elevados níveis de produtividade, sendo pressionadas pela
concorrência, que se torna cada vez mais acirrada em vários mercados. Sabe-
se que, a cada dia, os clientes estão se tornando mais exigentes e, com isso,
as empresas têm que estar mais preparadas para satisfazer suas exigências.
Com a ênfase do mercado para com as pessoas, as empresas passam a ver o
seu pessoal como peça chave para o seu desenvolvimento e reconhecimento
no cenário competitivo, a partir daí surgiu a necessidade de proporcionar aos
seus colaboradores um ambiente mais agradável e harmonioso, que o estimule
a um melhor desempenho aumentando assim sua produtividade. Diante desta
oportunidade estão surgindo várias pesquisas e estudos a fim de entender a
importância dessa implantação e o que ela vai agregar a empresa, como
também seus impactos positivos e negativos no meio de atividades rotineiras,
que após sua implantação, passarão a ser menos estressantes e cansativas
devido a qualidade de vida que estará sendo oferecida ao operário.
(www.administradores.com.br)
Para Limongi - França (2008, p. 23), muitos são os fatores desencadeadores
de ações de QVT. As demandas de qualidade de vida não são aleatórias. Elas
pressupõem necessidades a serem atendidas no sentido da preservação
pessoal e da sobrevivência da espécie.
Contudo, só na última década do século passado é que se difundiu
amplamente o conceito de qualidade de vida. Em alguns países, as demandas
de QVT são denominadas condições de trabalho, como na França, por
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exemplo. A questão é: QVT era um fenômeno ignorado ou, simplesmente, não
existia nas empresas? O mais provável é que QVT era uma ação não
reconhecida como responsabilidade do ambiente interno da organização, tanto
por empregadores como por empregados.
Historicamente, o que se analisa na maioria das empresas são as ações
paliativas, aleatórias ou reativas às exigências de responsabilidade civil e
criminal.
Do ponto de vista da gestão de pessoas, há estudos iniciais de redução da
fadiga física, um dos vetores da organização dos estudos ergonômicos.
Discutem-se, também, estudos sobre o moral do grupo de trabalho, seguidos
de modelos gerenciais mais ou menos controladores (Teoria X e Y) e de
modelos sócio técnicos. Na última década do século XX, com os temas de
responsabilidade social, envelhecimento da população e desenvolvimento
sustentável, descortinam-se novos paradigmas para as questões de QVT.
Alguns desencadeadores de QVT típicos em nossa sociedade pós-industrial
são os seguintes:
• vínculos e estrutura da vida pessoal: família, atividades de lazer e esporte,
hábitos de vida, expectativa de vida, cuidados com a saúde, alimentação,
combate à vida sedentária, grupos de afinidade e apoio;
• fatores socioeconômicos: globalização, tecnologia, informação, desemprego,
políticas de governo, organizações de classe, privatização de serviços públicos,
expansão do mercado de seguro-saúde, padrões de consumos mais
sofisticados;
• metas empresariais: competitividade, qualidade do produto, velocidade,
custos, imagem corporativa;
• pressões organizacionais: novas estruturas de poder, informação, agilidade,
co-responsabilidade, remuneração variável, transitoriedade no emprego,
investimento em projetos sociais.
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Limongi-França (2004, p. 24) ressalta que o tema Qualidade de Vida no
Trabalho tem sido tratado como um leque amplo e geralmente, confuso. As
definições de QVT vão desde cuidados médicos estabelecidos pela legislação
de saúde e segurança até atividades voluntárias dos empregados e
empregadores nas áreas de lazer, motivação, entre inúmeras outras. A maioria
desses caminhos leva à discussão das condições de vida e do bem-estar de
pessoas, grupos, comunidades e até mesmo do planeta inteiro e de sua
inserção no universo. Na verdade, a base da discussão sobre o conceito de
qualidade de vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser
feito para atender a expectativas criadas tanto por gestores como por usuários
das ações de QVT nas empresas.
De acordo com Rodrigues (1994, p. 76) a qualidade de vida no trabalho tem
sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência. Com outros
títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer
satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa.
Não podendo desprezar, por exemplo, os ensinamentos de Euclides de
Alexandria sobre princípios de geometria, a 300 anos aC, e que foram
aplicados para melhorar o método de trabalho dos agricultores à margem do
Nilo, ou a “Lei das Alavancas”, de Arquimedes, que, em 287 anos aC, veio
diminuir o esforço físico de muitos trabalhadores. Estes são alguns fatos
históricos que vieram alterar a forma de execução da tarefa, trazendo
intrinsecamente uma melhoria nas condições de trabalho e bem-estar do
trabalhador. Como estes, seria possível citar centenas de outros exemplos.
Mas o importante é explicitar que já nas primeiras civilizações as preocupações
com a forma de execução das tarefas existiam e que vários foram os
métodos ou teorias que, aplicados minimizaram o mal-estar ou esforço físico do
trabalhador.
No início da década de 50, na Inglaterra, Eric TRIST e colaboradores
estudavam um modelo macro para agrupar o trinômio
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INDIVÍDUO/TRABALHO/ORGANIZAÇÃO. Esta nova técnica recebeu a
denominação de Qualidade de Vida no Trabalho - QVT (RODRIGUES, 1994, p.
75)
Para TRIST, 1975, apud, RODRIGUES, 1994, p. 75, QVT é de fundamental
importância para as organizações, tanto dos países desenvolvidos, como dos
países em desenvolvimento.
Para Nadler & Lawler (1983), QVT é a grande esperança das organizações
para atingirem altos níveis de produtividade, sem esquecer a motivação e
satisfação do indivíduo.
Em 1950, no “Tavistock Institute”, em Londres, Eric Trist e colaboradores
desenvolveram uma série de estudos que deram origem a uma abordagem
sócio-técnica em relação à organização do trabalho, tendo como base a
satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. Nesta mesma época,
Louis Davis e colaboradores realizavam nos Estados Unidos, pesquisas para
modificar as “linhas de montagens”, no intuito de tornar a vida dos operários no
trabalho mais agradável e satisfatória. ( HUSE Y CUMMINGS, 1985, apud,
RODRIGUES, 1994, p. 76 - 77)
Somente na década de 60, estes movimentos, ou seja, as preocupações com a
Qualidade de Vida no Trabalho - QVT, tomaram impulso.
Huse & Cummings (1983) admitem que a conscientização dos trabalhadores e
o aumento das responsabilidades sociais da empresa contribuíram, de forma
decisiva, para que cientistas e dirigentes organizacionais pesquisassem
melhores formas de realizar o trabalho.
Nadler & Lawler (1983) e Huse & Cumming (1985) estabelecem 1974 como um
marco no desenvolvimento da QVT. A primeira fase, que teve início em
meados da década de 60 e se estendeu até 1974, foi marcada pela crescente
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preocupação de cientistas, líderes sindicais, empresários e governantes, pelas
formas de “como influenciar a qualidade das experiências do trabalhador num
determinado emprego” (NADLER & LAWLER, 1983, p. 21).
Impulsionada pela perspectiva de uma sociedade progressista, induzida pelo
contexto da época, e tendo como base a saúde, segurança e satisfação dos
trabalhadores, a QVT seguiu, primeiramente, uma linha sócio-técnica.
Para Rodrigues (1994), a abordagem sócio -técnica tinha como princípio maior
a organização do trabalho a partir da análise e da reestruturação da tarefa.
Nos Estados Unidos, neste primeiro período, ocorreram alguns fatos
significativos. Dentre os mais importantes, podemos citar (HUSE &
CUMMINGS, 1985, apud, RODRIGUES, 1994)
- a criação da “National Comission on Productivity” que teve como função
analisar as causas da baixa produtividade nas indústrias norte-americanas.
Esta comissão foi a base para a publicação da conhecida obra “Work in
America”;
- a criação pelo congresso do “National Center for Productivity and Quality of
Working Life” que tinha como função realizar estudos e servir de laboratório,
sobre a produtividade e a qualidade de vida do trabalhador nas atividades de
produção;
- a criação de grupos de estudo da Qualidade de Vida no Trabalho, onde se
destacaram o “Quality of Working Life Program” na University of Califórnia, o
“Massachusetts Quality of Working Life Center”, o “American Center for the
Quality of Work Life” e o “Center for Productivity” na Texas Tech University.
A Universidade de Michigan teve também grande participação nas pesquisas e
estudos sobre QVT neste período (NADLER & LAWLER, 1983, apud,
RODRIGUES, 1994, p. 78)
Huse & Cummings (1985) explicitam em sua obra os pontos de maiores
convergências e preocupações sobre as dimensões que trariam ao indivíduo
uma melhor QVT. São eles:
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1) Adequada e satisfatória recompensa;
2) Segurança e saúde no trabalho;
3)Desenvolvimento das capacidades humanas;
4) Crescimento e segurança profissional;
5) Integração Social;
6) Direitos dos trabalhadores;
7) Espaço total de vida no trabalho e fora dele;
8) Relevância Social.
A “crise energética” e alta inflação que acometeram as grandes potências do
Ocidente e, em particular, os Estados Unidos, no início dos anos 70,
desaceleraram e mudaram os rumos da QVT. A crescente competição nos
mercados internacionais, com o surgimento de novas forças
industriais/comerciais, principalmente o Japão, fez com que os norte-
americanos repensassem seus modelos organizacionais e principalmente de
gerenciamento (RUBINSTEIN, 1983; BACHNER & BENTLEY, 1983; BENTLEY
& HANSEN, 1983, apud, RODRIGUES, 1994, p. 78).
Para Rodrigues (1994), até o final da década de 70, tivemos uma paralisação
no desenvolvimento e preocupações com a QVT. As organizações
preocupavam-se e tinham suas atenções desviadas para a alta inflação e a
substituição do petróleo, que até 1974 era uma fonte de energia de baixo custo.
Em 1979, teve início uma nova fase no desenvolvimento das abordagens sobre
a QVT. Este período foi induzido pelo fascínio das técnicas de administrar,
usadas em um país que superou muito bem a crise: o Japão. Algumas destas
técnicas, como por exemplo os Ciclos de Controle de Qualidade - CCQ,
disseminaram-se nas organizações do Ocidente, principalmente nas norte-
americanas (HUSE & CUMMINGS, 1985, apud, RODRIGUES, 1994, p. 78).
1.1- Os benefícios de implementação do programa QVT nas organizações.
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Alguns benefícios de implementação do programa Qualidade de Vida no
Trabalho será abordado neste subitem, trazendo enriquecimento e maior
entendimento em relação ao objeto de estudo.
Tomando como modelo as empresas americanas bem sucedidas, os autores
encontraram oito atributos que devem ser seguidos pelas organizações e que
seriam a base para um programa de produtividade organizacional e melhor
Qualidade de Vida no Trabalho. Os atributos de Peters & Waterman são os
seguintes. (RODRIGUES, 1994, p. 79).
1) Uma firme disposição para agir.
2) Maior aproximação do cliente.
3) Autonomia e iniciativa dos trabalhadores.
4) Produtividade através dos trabalhadores.
5) Orientação por valores-filosofia organizacional.
6) Limitar-se ao conhecido.
7) Formas de trabalho simples e em pequenos grupos.
8) Política administrativa flexível.
A QVT é hoje difundida e tem acentuado desenvolvimento em outros países.
Huse & Cummings (1985) citam a França, Alemanha Ocidental, Dinamarca,
Suécia, Noruega, Holanda e Itália como os países que institucionalizaram em
suas organizações a filosofia e métodos para uma maior satisfação do
indivíduo no trabalho. Também em outros países as abordagens sobre a QVT
apresentam significativo desenvolvimento, dentre eles podem ser citados a
Inglaterra, Checoslováquia, Hungria, Iugoslávia, Canadá, México e Índia.
No Brasil, algumas pesquisas, no intuito de readaptar modelos estrangeiros e
encontrar um modelo próprio a partir das características culturais locais, estão
sendo desenvolvidas. Dos vários focos existentes identificamos como os mais
sistematizados e com maior contribuição já fornecida à comunidade científica o
de Tarcísio Quirino e colaboradores em Brasília, o de Eda Fernandes e
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colaboradores no Rio Grande do Sul e o de Lúcio Flávio R. De Moraes e
colaboradores em Minas Gerais. (RODRIGUES, 1994).
Para Rodrigues (1994), nos últimos anos, a expressão Qualidade de Vida no
Trabalho tem sido usada com frequência para descrever situações e métodos
com objetivos diversos. Westley (1979) reforça tal posicionamento ao afirmar
que “com o mesmo título, Qualidade de Vida no trabalho, é aplicada numa
diversidade de mudanças propostas nas organizações de trabalho, o que leva
a uma confusão considerável”.
Para Walton (1973) são propostas, no intuito de fornecer uma estrutura para
analisar as características notáveis da Qualidade de Vida no Trabalho, oito
categorias conceituais. São elas:
1) Compensação adequada e justa
Walton vê o trabalho, em primeiro plano, como meio do indivíduo ganhar a
vida. A compensação recebida pelo trabalho realizado “é um conceito relativo,
não um simples consenso sobre os padrões objetivos e subjetivos para julgar a
adequação da compensação” (p. 12).
De acordo com Rodrigues (1994, p. 13), a honestidade da compensação pode
ser focalizada por vários prismas, por exemplo: pelas relações entre salário e
fatores como experiência e responsabilidade; pelas relações entre salário e
talento ou habilidade; pela demanda de mão de obra ou pela média de
compensação da comunidade em questão.
Walton conclui afirmando que “a adequação e a honestidade do salário e/ ou
compensações são questões parcialmente ideológicas”.
2) Condições de segurança e saúde do trabalho
Walton propõe algumas sugestões para o melhoramento desta dimensão,
dentre elas podemos citar:
“horários razoáveis reforçados por um período normal de trabalho padronizado;
condições físicas de trabalho que reduzam ao mínimo o risco de doenças e
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danos; limite de idade imposto quando o trabalho é potencialmente destrutivo
para o bem-estar das pessoas abaixo ou acima de uma certa idade” (p. 13).
3) Oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da capacidade
humana
Diz Walton (1973, p. 13) que o trabalho “tem tendido a ser fracionado, inábil e
firmemente controlado”.
Para Rodrigues (1993, p. 14), o planejamento e sua implementação têm tido
caminhos distintos. O autor estabelece cinco requisitos básicos para o
atendimento aceitável deste item: autonomia no trabalho; múltiplas habilidades;
informação e perspectivas; tarefas completas e planejamento.
4) Oportunidade futura para crescimento contínuo e segurança
Neste item o autor focaliza a atenção na oportunidade de carreira.
E é nele que surge uma barreira muitas vezes intransponível: a educação
formal, que geralmente é pré-requisito para posições mais elevadas dentro da
organização. Para a viabilidade deste item, Walton sugere que se trabalhe
com:
“Aplicação respectiva: a expectativa de usar o conhecimento e as habilidades
expandidas e recém adquiridas em atribuições de trabalho futuro;
Desenvolvimento: a extensão em que as atividades atuais de alguém
contribuam para manter e expandir sua capacidade antes de levá-lo à
obsolescência;
Oportunidades de progresso: a avaliação das oportunidades de progredir em
termos organizacionais ou de carreiras reconhecidas pelos semelhantes
membros da família ou associados;
Segurança: a segurança de emprego ou de renda associada ao trabalho do
trabalhador”.
5) Integração social na organização de trabalho
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Walton estabelece alguns pontos fundamentais para uma boa integração social
no trabalho. Inicialmente, prega a ausência de preconceitos de cor, raça, sexo,
religião, nacionalidade, estilo de vida e aparência física. A ausência de
estratificação e a mobilidade social facilitariam ou induziriam um senso de
comunidade nas organizações.
O que sem dúvida seria a mola mestra para um bom nível de integração social.
(RODRIGUES, 1994, p. 84).
6) O constitucionalismo na organização do trabalho
As normas que estabelecem os direitos e deveres dos trabalhadores são vistas
por Walton como elementos chaves para fornecer uma elevada QVT. Os
aspectos mais significativos, na concepção do autor, são o direito à
privacidade, direito de posicionamento (o diálogo livre) e o direito a tratamento
justo em todos os assuntos. (RODRIGUES, 1994)
7) O trabalho e o espaço total da vida
Walton afirma que a “experiência de trabalho de um indivíduo pode ter efeito
negativo ou positivo sobre outras esferas de sua vida, tais como suas relações
com sua família” (p. 16).
Para Rodrigues (1994), a relação entre o trabalho e o espaço total da vida é
visto através do conceito de equilíbrio.
Para Walton, o equilíbrio tem origem nos esquemas de trabalho, expectativa de
carreira, progresso e promoção.
O autor questiona ainda a relação do tempo e energia extras que o trabalhador
dedica ao trabalho e as deficiências na situação familiar. (RODRIGUES, 1994,
p. 84).
8) A relevância social da vida do trabalho
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Walton denuncia a forma irresponsável com a qual algumas organizações
agem, fazendo com que “um número crescente de empregados depreciem o
valor de seus trabalhos e carreiras, afetando, assim , a auto-estima do
trabalhador” (p. 16).
A “produtividade também parece ter uma relação curvilínea para a maioria das
dimensões de vida no trabalho” (WALTON, 1973, apud, RODRIGUES, 1994, p.
85).
Considerando os níveis potenciais da produtividade para qualquer classe
determinada de trabalho e grupo de empregados, é provável que há algum
nível muito bom de oportunidade para se utilizar e desenvolver capacidades.
Este nível de oportunidade é criado pela autonomia , multiplicidade das
habilidades exigidas, informações de trabalho e planejamento da
responsabilidade existente na situação de trabalho” (WALTON, 1973, p.17,
apud, RODRIGUES, 1994).
Analisando Walton, Rodrigues (1994), chegou a conclusão de que o autor
prevê que as mudanças organizacionais ocorrerão num passo mais lento do
que a do aumento das expectativas do empregado e que esta situação trará
uma maior alienação para o trabalhador e somente com uma reestruturação do
trabalho, a Qualidade de Vida poderá ser exaltada e as expectativas dos
trabalhadores de todos os níveis poderão ser entendidas e satisfeitas.
(RODRIGUES, 1994, p. 85)
De fato, a QVT ocorre no momento que as empresas tomam consciência que
os colaboradores são parte fundamental da organização. Vendo, assim, as
pessoas como um todo. Segundo Campos (1992), um dos mais importantes
conceitos dos programas de qualidade está na premissa de que, somente se
melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar,
sendo, assim, necessário avaliar de forma sistemática a satisfação dos
profissionais da empresa e, nesse sentido, o processo do autoconhecimento e
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as sondagens de opiniões internas são de grande importância para detectar a
percepção dos funcionários sobre os fatores intervenientes na qualidade de
vida na organização do trabalho.
Para Matos, não há Qualidade de Vida no Trabalho sem Qualidade Total, ou
seja, sem que a empresa seja boa. Não confundir QVT com política de
benefícios, nem com atividades festivas de congraçamento, embora essas
sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem a ver
essencialmente com a cultura organizacional. São fundamentalmente os
valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por
pertencer a elas e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que
criam a identificação empresa-empregado. O ser humano fazendo a
concepção da empresa e em suas estratégias. (FERNANDES, Camila A.)
De acordo com os autores acima citados, podemos constatar que o programa
Qualidade de Vida no Trabalho é eficiente e muito importante na vida dos
colaboradores, quando diz respeito à saúde e bem estar dentro das
organizações. Uma empresa que adota esta ferramenta consegue obter
resultados mais expressivos tornando-se competitiva no mercado de trabalho
por investir na saúde e bem estar dos seus profissionais tornando-os
motivados.
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CAPÍTULO II
UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL
Nos dias atuais, as pessoas passam a maior parte de suas vidas no ambiente
de trabalho. Convivem com vários tipos de pessoas e, principalmente, com
tarefas a serem realizadas. Este capítulo vem mostrar que é possível sim,
transformar o ambiente de trabalho em um local agradável, saudável e
prazeroso quando o mesmo, é pensado e preparado em função de seus
colaboradores.
Para que o sujeito tenha boa saúde física ou mental, deve haver um clima
adequado propiciado pela organização, que por sua vez resultará numa boa
qualidade de vida no trabalho, favorecendo a formação e a manutenção de
indivíduos mais criativos, serenos, responsáveis e com capacidade para
demonstrar ou desenvolver novas habilidades, gerando, assim, um melhor
retorno para a própria empresa.
Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento
interpessoal e a produtividade, assim como reduzir acidentes, doenças,
absenteísmo e rotatividade do pessoal. Fazer do ambiente um local agradável
para se trabalhar tornou-se uma verdadeira obsessão para as empresas bem-
sucedidas. (www.administradores.com.br)
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Um dos fatores que mais preocupam os gestores de qualquer organização é a
presença de estresse, que pode ser definido por Chiavenato (1999) como um
conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa a estímulos ou
estressores no ambiente, prejudicando o bom desempenho do colaborador
dentro da organização.
Pode-se dizer que o trabalho, além de possibilitar crescimento, transformações,
reconhecimento e independência pessoal e profissional, também causa
problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e, também, muita irritação.
Segundo França e Rodrigues (1997), o termo estresse vem da física, e neste
campo do conhecimento tem o sentido de grau de deformidade que uma
estrutura sofre quando é submetida a um esforço.
(www.administradores.com.br)
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) visa proporcionar um ambiente
favorável ao bem estar de todos, na tentativa de humanizar as relações e o
trabalho nas organizações, conduzindo a melhorias na execução das tarefas e
o consequente aumento do nível de satisfação do funcionário com a
organização.
Os programas de QVT despontam no cenário empresarial como fruto do
conhecimento e de práticas empresariais, demonstrando a importância que os
funcionários possuem. A atmosfera do ambiente de trabalho, por sua vez,
constitui um fator importante, visto que é por meio dele que organizações
tomam conhecimento de como as expectativas dos membros estão sendo
atendidas.
O nível de QVT percebido pelo trabalhador produz resultados importantes para
a organização, podendo interferir no serviço e na produção. O clima
organizacional, por sua vez, corresponde aos aspectos motivacionais a nível
pessoal dentro das organizações, permeando as relações entre estas e seus
funcionários. A existência de um clima organizacional favorável constitui um
fator positivo quanto à satisfação dos funcionários. (FIDALGO, Diego Maués)
http://www.administradores.com.br%29/
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Para Limongi-França (2008), toda pessoa é um complexo biopsicossocial, isto
é, tem potencialidades biológicas, psicológicas e sociais que respondem
simultaneamente às condições de vida. Essas respostas apresentam variadas
combinações e intensidades nesses três níveis e podem ser mais visíveis em
um deles, embora eles sejam sempre interdependentes. Esse conceito advém
da medicina psicossomática, e Lipowski é seu precursor. Nessa visão, a
pessoa prevalece como ente biopsicossocial, e os fatores psicossociais são
fundamentais para a explicação da saúde e da doença da sociedade moderna.
A visão biopsicossocial está assim fundamentada:
• a dimensão biológica refere-se às características físicas herdadas ou
adquiridas ao nascer e durante toda a vida. Inclui metabolismo, resistências e
vulnerabilidades dos órgãos ou sistemas;
• a dimensão psicológica refere-se aos processos afetivos, emocionais e de
raciocínio, conscientes ou inconscientes, que formam a personalidade de cada
pessoa e seu modo de perceber e de posicionar-se diante das demais pessoas
e das circunstâncias que vivencia;
• a dimensão social revela os valores socioeconômicos, a cultura e as crenças,
o papel da família e as outras formas de organização social, no trabalho e fora
dele, os sistemas de representação e a organização da comunidade a que
cada pessoa pertence e da qual participa. O meio ambiente e a localização
geográfica também formam a dimensão social. (LIMONGI-FRANÇA, 2008, p.
28).
Essa conceituação é descrita por (LIPOWSKI, 1986, apud, LIMONGI-FRANÇA,
2008) como o resgate de uma visão mais ampla do conceito de saúde que tem
sido a tendência nas últimas décadas. A saúde não seria apenas a ausência de
doença, mas também o completo bem-estar biológico, psicológico e social.
Essa conceituação, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em
1986, abre campo significativo para a compreensão dos fatores psicossociais
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na vida moderna e, especificamente, no desempenho e na cultura
organizacionais da saúde do trabalho.
Ferraz (200), afirma que a adaptação do trabalho ao ser humano tem sido vista
pela Ergonomia com base nos meios físicos, cognitivos, ambientais e
psicossociais. A crescente, e cada vez mais rápida, evolução da tecnologia
vem tornando o trabalho mais complexo e exigindo pessoas com maior
qualificação, em um movimento contrário ao que ocorreu no período taylorista-
fordista.
A organização do trabalho humano também tem sido considerada como um
dos elementos na análise e no projeto ergonômicos. Ela envolve, entretanto,
questões mais amplas do que aquelas habitualmente tratadas pela Ergonomia
em suas avaliações. Não se limita ao escopo do cargo ou da tarefa. Ao realizar
um trabalho, o indivíduo está inserido em um contexto social mais amplo. A
representação que esse trabalho tem socialmente causa impacto na vida e no
bem-estar desse indivíduo, podendo levar a situações de maior ou menor
desgaste, (LIMONGI-FRANÇA,2008, p. 34-35).
No início dos anos 20, surgiam as primeiras preocupações científicas sobre a
influência das condições físicas do local de trabalho na produtividade industrial.
O primeiro experimento, na tentativa de correlacionar as duas variáveis,
ocorreu entre 1924 e 1927, na “Western Eletric Company”, empresa localizada
próximo a Chicago que fabricava equipamentos para a Bell Telephone.
Essa empresa ,mostrou-se constantemente preocupada com o bem-estar dos
empregados, mantendo sempre um alto nível de salários, procurando
estabelecer boas condições de trabalho e lançando mão de todos os métodos,
reconhecidamente válidos em orientação vocacional, para bem adaptar os
funcionários às suas funções. (HOMANS, 1971, p. 6, apud, RODRIGUES,1994,
p. 36).
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Algumas inovações nas condições materiais de trabalho já tinham sido
introduzidas nesta empresa. Tratava-se assim de uma empresa bem
progressista, com planos de pensões, benefícios no caso de doenças e
numerosas facilidades recreacionais e outras (BROWN, 1972, p. 66, apud,
RODRIGUES,1994 ,p. 36). Apesar disto, continua o autor, havia muitas queixas
e insatisfações entre os empregados.
Com a ajuda do “National Research Council” (Conselho Nacional de Pesquisas
dos Estados Unidos), deu início em 1924, aos estudos sobre o efeito da
iluminação na produtividade do trabalhador. “Acreditava-se, na época, que a
eficiência seria influenciada principalmente pelos movimentos dispendiosos e
ineficientes na execução do trabalho, pela fadiga, e pelas deficiências do
ambiente físico” (MOTTA, 1985, apud, RODRIGUES, 1994).
Homans, quanto aos resultados das pesquisas iniciais na Westwrn Eletric, diz
que:
“Os pesquisadores concluíram que o resultado negativo
foi obtido não porque a relação não existissi, mas porque
era impossível isolar essas de outras variáveis que entra-
vam em qualquer determinação de eficiência produtiva ...
o resultado obtido comprovou a importância do fator psi -
cológico (HOMANS, p.7, apud, RODRIGUES, P.37)”
Rodrigues (1994) acrescenta que, os resultados de tal experimento inquietaram
a direção da Organização. Fatores desconhecidos tinham influência decisiva no
aumento da produção e estes precisavam ser determinados. Para esta tarefa a
direção da empresa contou com o suporte científico do Departamento de
Pesquisas Industriais da “Harvard Graduate School of Business
Administration”, da qual fazia parte Elton Mayo.
O novo experimento teve início em abril de 1927, e tinha por primeiro objetivo o
estudo dos efeitos da fadiga e da monotonia. (MOTTEZ, 1973, apud,
RODRIGUES, 1994).
-
Para compor a equipe de observação, foram escolhidas duas trabalhadoras e
pedido às mesmas que escolhessem mais quatro outras, compondo, assim, um
grupo com seis moças. Vale ressaltar que, segundo Homans, (1971), todas
elas tinham o “nível médio, isto é, não eram novatas nem peritas”.
A tarefa escolhida foi a montagem de relés telefônicos, sendo que cinco das
moças selecionadas montariam os relés e a sexta forneceria as peças
necessárias às montadoras, continua Rodrigues (1994),
O experimento foi dividido em duas partes: as pesquisas da Sala de Teste de
Montagem de Relés e o Programa de Entrevistas. Para a primeira parte do
experimento, as seis moças foram separadas dos outros trabalhadores em uma
sala especial. Nesta sala, havia um supervisor, que deveria realizar suas
tarefas convencionais e um observador que tinha por função observar todos os
dados, tanto referentes à produção como também comentários ou
posicionamentos das trabalhadoras, referentes ou não ao trabalho,
(RODRIGUES, 1994, p. 37).
Miller & Form, citados por Brown (1972), apresentam as seguintes conclusões
sobre as pesquisas iniciais de Mayo em Hawthorne:
1) O trabalho é uma atividade grupal;
2) O mundo social do adulto é primariamente padronizado em relação à sua
atividade no trabalho;
3) A necessidade de reconhecimento e segurança e o senso de pertencer a
algo são mais importantes na determinação da moral do operário e da
produtividade do que as condições físicas sob as quais ele trabalha;
4) Uma reclamação não é necessariamente o enunciado objetivo de fatos,
comumente é um sintoma de distúrbio, relacionado com o status do indivíduo;
5) O trabalhador é uma pessoa cujas atitudes e eficiências são condicionadas
pelas demandas sociais, tanto dentro como fora da fábrica;
6) Grupos informais dentro da fábrica exercem grande controle social sobre os
hábitos no trabalho e atitudes do operário individual;
-
7) A mudança de uma sociedade estabelecida para outra em adaptação tende
a desmembrar continuamente a organização social de uma fábrica ou indústria
em geral;
8) A colaboração grupal não ocorre por acidente, ela deve ser planejada e
desenvolvida. Se essa colaboração for alcançada, as relações no trabalho
dentro da fábrica podem chegar a uma coesão que resiste aos efeitos do
desmembramento e uma sociedade em adaptação, (BROWN, 1972, p. 79-80,
apud, RODRIGUES, 1994, p. 38).
O segundo momento da tarefa, foi a entrevista, onde as funcionárias puderam
ser ouvidas, sem medo de represálias das colegas e supervisores.
Brown (1972) apoia tal posicionamento ao afirmar que , dando chance a uma
pessoa para falar e expressar suas queixas, nota-se, em decorrência disto, um
efeito benéfico sobre o seu moral, ( p. 74, apud, RODRIGUES, 1994, p. 39).
Os experimentos prosseguiram até 1932, quando, por motivos econômicos e
psicológicos provocados pela recessão, tiveram de ser paralisados
(RODRIGUES, 1994).
Para os autores, é de fundamental importância a qualidade no ambiente de
trabalho, não se preocupando somente com a ergonomia, recursos, iluminação
e afins. Valorizando também o clima organizacional a saúde e o bem estar,
pois como os colaboradores passam a maior parte do seu dia dentro das
organizações, está mais do que provado que elas tenham que atender as
necessidades individuais de cada um.
Analisando os experimentos acima citados, podemos constatar que quando os
profissionais são ouvidos tendo direito de opinar e participar dos projetos e
planejamento de seus setores, ficam mais confiantes e motivados a buscarem
novas ideias proporcionando assim crescimento não só para eles, mas também
para a organização em que estão inseridos.
-
CAPÍTULO III
-
CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA QUALIDADE
DE VIDA NA PRODUTIVIDADE
Este capítulo tem como objetivo mostrar que, quanto mais satisfeito o
colaborador estiver dentro da sua organização, maior é a sua produtividade
gerando maiores resultados.
Há bem pouco tempo, felicidade no trabalho era carteira assinada, estabilidade,
especialização no que se fazia. Hoje, esse sentimento pode ser traduzido em
crescimento profissional, qualidade de vida, ambiente propício para o
desenvolvimento de talentos e reconhecimento, entre outras características.
Manter-se feliz diante das crises, turbulências e pressões que acometem o
mundo atualmente não é uma tarefa fácil, mas deve ser responsabilidade tanto
de empresas quanto dos próprios profissionais.
Difícil achar uma definição para felicidade, já que o que pode deixar uma
pessoa feliz pode também gerar uma reação completamente contrária em outra
e o ambiente de trabalho é o espaço onde vários sentimentos contraditórios
devem ser administrados diariamente. "Não é fácil definir felicidade. O que é
ser feliz para um não é o mesmo para outro. Precisamos diferenciar o que é ser
feliz no trabalho e ser feliz com o trabalho. Nesse cenário complicado, com alto
índice de desemprego, para quem está desempregado arrumar um trabalho já
é motivo de felicidade. Para quem está empregado o fato de ter um trabalho
por si só muitas vezes não basta para se sentir feliz", afirma Marcelo Alves dos
Santos, vice-presidente de RH do Bank Boston e presidente da Fundação Bank
Boston.
A felicidade é um sentimento muito subjetivo e para alcançá-la tanto na vida
pessoal quanto profissional é preciso haver, antes de tudo, uma pré-disposição
individual. "A realização pessoal não pode ser totalmente depositada no
emprego e não convém esperar por empresas que patrocinem felicidade", diz
Edina Bom Sucesso, diretora da Ergon - Consultoria e Educação Continuada e
-
membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Qualidade de
Vida Nacional. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)
Inicialmente, cabe indagar o que caracteriza um trabalho que gera satisfação.
Para Tamayo (2001:38), "um trabalho satisfatório é aquele que oferece a
oportunidade de obter as principais metas desejadas". Em geral, quando
pessoas alcançam suas metas elas são tomadas por uma sensação
incomensuravelmente agradável, de bem-estar, de alegria e plenitude;
portanto, satisfação no trabalho é um estado de quase êxtase
(VASCONCELOS, 2004), ou seja, é a auto-realização suprema e a felicidade
(ALBERTO, 2000). Para fins desta investigação, satisfação no trabalho é
definida como um conjunto de sentimentos favoráveis ou desfavoráveis que os
empregados têm (DAVIS e NEWSTRON, 1998). (www.revistasusp.sibi.usp.br)
Hoje o colaborador não aceita mais ser tratado somente como um número,
uma máquina a serviço da empresa, quer ser reconhecido pelo seu trabalho,
sua dedicação e para que ele obtenha resultados expressivos e constantes é
preciso se tomar várias ações em prol do seu bem-estar, de sua saúde e da
sua qualidade de vida como um todo, criando um ambiente favorável, saudável,
propício à criação. Para que sua rotina diária se torne prazerosa, muitas
empresas tem a disposição de toda a sua força de trabalho, academia, sala de
jogos, massagem, ginástica laboral, outras até permitem animais de estimação
dividindo o ambiente de trabalho para assegurar uma melhor desenvoltura nas
tarefas e um baixo nível de stress.
A QVT engloba uma série de medidas que objetivam um profissional cada vez
mais apaixonado pelo que faz, pelas atividades que executa, do lugar onde
trabalha, das pessoas com que se relaciona, rendendo mais, satisfeito,
agregando, somando com sinergia, propondo sugestões de melhoria, sendo
não só um mero expectador e sim contribuinte ativo da organização.
( ABREU, Valter)
-
Segundo Chiavenato (2002, p. 391), “a QVT tem o objetivo de assimilar duas
posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao
bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações
quanto a seus efeitos sobre a produção e a produtividade”.
Pode-se afirmar que uma empresa com qualidade é, entre outros fatores,
aquela que possui colaboradores que, após atender suas necessidades
básicas, estejam satisfeitos com a empresa e seus colegas de trabalho, isto é,
sua equipe de trabalho.
Para Fernandes (1996), pode-se entender QVT como um programa que visa a
facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas
atividades na organização, tendo como ideia básica o fato de que as pessoas
são mais produtivas quanto mais estiverem satisfeitas e envolvidas com o
próprio trabalho.
Neste caso, a conquista da qualidade de vida, em grande parte, depende do
próprio indivíduo, seja na organização ou fora dela. Depende de sua auto-
estima e auto-imagem, do engajamento profissional, político e social e, acima
de tudo, de sua postura na transformação da realidade e da consciência de
seus direitos e deveres.
A meta principal do programa de QVT é melhorar a satisfação do trabalhador
dando o devido valor a seu colaborador, incentivando-o no seu trabalho.
A QVT envolve toda a empresa e, principalmente, a qualidade de vida, pois o
que mais se deseja na vida é a felicidade, constituindo-se em uma busca antiga
do homem. Porém, para ser feliz, é necessário ter saúde, satisfação consigo
próprio e com seu trabalho, e tudo isso compreende a qualidade de vida.
Entretanto, muito se tem falado sobre qualidade de vida no trabalho. Mas a
satisfação no trabalho não pode estar isolada da vida do indivíduo como um
todo. Os colaboradores que possuem uma vida familiar insatisfatória têm no
trabalho como o único ou maior meio para obter a satisfação de muitas de suas
necessidades, principalmente, as sociais. (RODRIGUES, 1999).
-
Assim, o trabalho assume dimensões enormes na vida do homem, pois a
qualidade de vida tem sido usada com crescente frequência para descrever
certos valores ambientais e humanos, descuidados pelas sociedades
industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento
econômico. (RODRIGUES, 1994). (www.administradores.com.br)
Segundo Limongi-França (2008), a produtividade tem sido definida como o
grau de aproveitamento dos meios utilizados para produzir bens e serviços. Em
geral, a perspectiva é aproveitar ao máximo os recursos disponíveis para
chegar a resultados cada vez mais competitivos.
Do ponto de vista das pessoas, deve-se prioritariamente dar condição básica
de segurança e saúde no trabalho ao fator produtivo, denominado “capital
humano” pelos economistas e “recursos humanos” e, mais recentemente,
“gestão de pessoas” pela administração. A rigor, essa prioridade está presente
na própria constituição da área de atuação da QVT. Em cenários mais
avançados, pode-se afirmar que a condição básica para o ambiente produtivo
da empresa é criar modelos gerenciais efetivos de Qualidade de Vida no
Trabalho aderentes a ambientes altamente competitivos, nos quais a busca da
produtividade representa uma política decisiva. (LIMONGI-FRANÇA, 2008, p.
45).
Segundo a autora, o desafio é reconstruir, com bem-estar, o ambiente
competitivo, altamente tecnológico, de alta produtividade do trabalho, e garantir
ritmos e situações ecologicamente corretas. O bem-estar considera, no
referente à Qualidade de Vida no Trabalho, as dimensões biológica,
psicológica, social e organizacional de cada pessoa e não, simplesmente, o
atendimento a doenças e outros sintomas de stress que emergem ou
potencializam-se no trabalho. Trata-se do bem-estar no sentido de manter-se
íntegro como pessoa, cidadão e profissional. A meta é catalisar experiências e
http://www.administradores.com.br/
-
visões avançadas dessa poderosa relação entre Produtividade e Qualidade de
Vida no Trabalho. (LIMONGI-FRANÇA. 2008)
A QVT pode hoje ser definida como uma forma de pensamento envolvendo
pessoas, trabalho e organização, onde se destacam dois aspectos distintos:
1) a preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a eficácia
organizacional,
2) a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho
(HUSE &CUMMINGS, 1985, p. 202, apud, RODRIGUES, 1994, p. 90).
Esta definição torna um programa de QVT diferente de outras abordagens
tradicionais. A operacionalização deste conceito é explicitada por Huse &
Cummings (1985), através de quatro aspectos ou programas: a participação do
trabalhador nos problemas e soluções organizacionais; o projeto do cargo;
inovação no sistema de recompensa e a melhora no ambiente de trabalho
(RODRIGUES, 1994, p. 90).
Por um lado, as empresas podem adotar políticas que melhorem o ambiente de
trabalho e propiciem maior bem-estar a seus funcionários. "Condições
saudáveis de trabalho incluem a justiça, a solidariedade, a perspectiva da
participação, o tratamento ético, o reconhecimento e a valorização de talentos",
afirma Edina.
De acordo com Santos, o aprendizado e a qualidade de vida estão sendo mais
valorizados dentro das companhias e, principalmente, pelos profissionais.
"Estamos falando em satisfação no trabalho. Alguns fatores contribuem para
isso, como o desenvolvimento profissional, mas não se trata apenas de um
salário melhor ou uma promoção. Trata-se de evoluir do ponto de vista de
aprendizado dentro de uma empresa. A qualidade de vida também tem um
papel relevante. Muitas vezes a pessoa se dedica, cresce profissionalmente,
mas a um custo muito alto, que é o pouco contato com a família, não ver o filho
-
crescer, não ter momentos de lazer. E isso está começando a pesar muito na
hora de avaliar a satisfação dos profissionais", conta o presidente da Fundação
Bank Boston e vice-presidente de RH do banco.
Para Cláudia Falcão, diretora de RH da Natura, "é preciso que as pessoas se
identifiquem com as crenças e valores da empresa, para se sentirem parte de
algo maior e perceberem que seu trabalho faz diferença no mundo". Ela
acredita que trabalho e felicidade não estão em lados opostos: "Um trabalho
desafiador, com oportunidade de desenvolvimento, um bom clima
organizacional, com processos transparentes são formas de estimular a
felicidade no trabalho. É preciso que as pessoas tenham vontade de aprender
e ensinar e que gostem de se relacionar. Na Natura, estimulamos o
relacionamento entre as pessoas de diversas formas. Acreditamos que a vida é
um encadeamento de relações", declara. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)
Dentre esses aspectos citados, devemos destacar “a melhora no ambiente de
trabalho” que segundo os autores Huse & Cummings (1985), com a melhoria
das condições de trabalho, os operários tornam-se mais satisfeitos com seus
serviços.
As intervenções do programa QVT afetam, segundo Huse & Cummings (1985),
positivamente a comunicação e coordenação que são condições preliminares
para uma melhor produtividade. A QVT motiva o trabalhador, principalmente
quando este satisfaz suas necessidades individuais. A QVT também “pode
aperfeiçoar a capacidade do trabalhador melhorando seu desempenho”. A
motivação e a capacidade do trabalhador são pré-requisitos para uma maior
produtividade (RODRIGUES, 1994, p. 92).
Um dos fatores mais essenciais para assegurar a produtividade dos Recursos
Humanos, sem dúvida alguma, é a garantia da plena saúde e vitalidade. Os
programas de qualidade de vida mudam o comportamento, atuam
preventivamente, reduzem custos e contribuem para atrair ou reter
-
colaboradores. Ao elegermos SAÚDE E VITALIDADE como fatores essenciais
para a produtividade, tínhamos em mente que a chave do desenvolvimento e o
crescimento das organizações, e indiretamente da produtividade, está na
capacidade cerebral dos Recursos Humanos. Em outras palavras, a
capacidade de iniciativa, a competência profissional, a inventividade, a auto-
disciplina e o pensamento estratégico - o hábito de agir no presente, tendo em
vista o futuro - estão diretamente ligados às condições de saúde e educação de
cada um. (MARQUES, 1996, p. 197, apud, LIMONGI-FRANÇA, 2008, p. 47)
De um modo geral, os pesquisadores têm apontado variados aspectos que
contribuem para explicar a satisfação no trabalho. Tamayo (1998, 2001), por
exemplo, afirma que ela é uma variável multifatorial, cujos aspectos mais
citados são: salário, colegas, supervisão, oportunidades para promoção,
benefícios, condições de trabalho, progresso na carreira, estabilidade no
trabalho, desenvolvimento pessoal e quantidade de trabalho. Em outras
palavras, esses são alguns dos aspectos que podem afetar a satisfação do
empregado.
No Brasil, em um estudo desenvolvido com o objetivo de conhecer as
tendências predominantes nas pesquisas sobre satisfação no trabalho, Ramos
(1980) identificou análises sobre o status dessa variável como preditora e sua
influência sobre divergentes aspectos expressivos do comportamento na
situação do trabalho. Hampton (1992), por sua vez, observou que nas últimas
décadas mais de dois mil levantamentos foram feitos com o objetivo de
investigar o grau de satisfação entre os empregados. Apesar de todos os
levantamentos feitos no decorrer desses anos – as dimensões, os
determinantes, os correlatos (conceitos semelhantes), as consequências
(possíveis efeitos) e o desenvolvimento de técnicas de mensuração –, ainda
estão longe de se esgotarem as possibilidades de um maior entendimento
desse fenômeno, bem como de se obter um consenso sobre o conceito
Satisfação no trabalho (MELEIRO e SIQUEIRA, 2005).
-
Em resumo, pode-se dizer que satisfação no trabalho é um dos fatores
considerados determinantes na construção de um ambiente organizacional
melhor e de uma sociedade mais feliz, gerando resultados positivos para as
várias partes envolvidas. (www.revistasusp.sibi.usp.br/)
Pesquisas comprovam que pessoas felizes, satisfeitas, produzem mais e
melhor. "Se a empresa der espaço, der oportunidade e se preocupar, o nível de
satisfação do profissional no trabalho aumenta e pessoas mais satisfeitas são
mais produtivas. Isso reflete nos resultados da companhia e acaba criando um
círculo no qual todos saem ganhando”, diz Santos.
A seguir, seguem alguns relatos de Empresas que adotaram o programa
Qualidade de Vida no Trabalho e os benefícios alcançados.
SIEMENS
A Siemens, empresa do mercado eletroeletrônico, foi premiada em 2006 pela
ABQV como “Programa de Qualidade de Vida Bem-Te-Vi”. O programa foi
implementado pela área de Saúde e Segurança no Trabalho, com um olhar
para outros fatores além da saúde e segurança, como os sociopsicológicos que
interferem na cultura, no clima da organização e na produtividade. Assim, o
programa foi estruturado considerando quatro pilares: saúde física e mental,
motivação, conscientização e meio ambiente. Iniciou com um diagnostico
(distribuição e determinantes dos fatores de risco). Depois, foram identificados
e classificados os fatores com potencial para influenciar ou mudar o ambiente.
Houve um estudo das ações anteriores, obstáculos, sucessos e fracassos e,
então, foram priorizadas as ações de intervenção, que foram baseadas nos
quatro pilares descritos. Algumas ações do Bem-Te-Vi incluem o combate a
hábitos como o sedentarismo, a alimentação rápida e desbalanceada, o
tabagismo e o estresse. (www.fae.edu)
BMS – BELGO MINEIRA SISTEMAS
http://www.fae.edu%29/
-
A empresa Belgo Mineira, do ramo de Telecomunicações e Tecnologia, foi
premiada em 2006 pelo “Programa Bem-Estar BMS”. O programa, implantado
pela área de Recursos Humanos, visa promover o bem-estar de seu grupo de
profissionais, seja nos momentos em que ele está no trabalho, seja quando
está fora dele. Para isso, foram criadas ações, de participação voluntária,
voltadas para o estímulo do bem-estar em diferentes aspectos da vida dos
colaboradores na empresa. Especificamente, os objetivos do programa são:
conscientizar sobre a importância da saúde física e mental, promovendo, a
partir de um conjunto de ações permanentes, a mudança do estilo de vida dos
colaboradores, de forma que eles possam viver mais e melhor; desenvolver o
potencial humano mental, emocional e espiritual, com a conquista de
autoconfiança, otimismo e positividade; promover maior integração entre os
colaboradores de diferentes funções; promover maior equilíbrio entre trabalho e
vida pessoal; e manter os colaboradores mais saudáveis, aptos, equilibrados e
motivados para enfrentar melhor o trabalho e suas pressões. (www.fae.edu)
"Está aumentando a consciência das pessoas. Hoje, elas estão mais
mobilizadas e mais críticas do que no passado e as empresas estão
começando a olhar o funcionário com outros olhos", conta o vice-presidente de
RH do Bank Boston. (http://incubadora.inatel.br/artigos/)
-
CONCLUSÃO
No momento em que vivemos, foi possível constatar após esta pesquisa, que a
Qualidade de Vida é fundamental em nossas vidas devido a correria do dia a
dia. Com a sociedade cada vez mais moderna, onde não só as mulheres, mas
os homens também assumiram vários papéis, tanto de chefes dos lares como
grandes executivos, faz-se necessário investir neste programa.
Para Rodrigues (1994), a nossa relação com o trabalho parece, portanto, algo
ainda bastante conflitivo, sendo ele muitas vezes percebido como indesejado,
como um fardo pesado, que acaba nos impedindo de viver. Mas
frequentemente ele é também percebido como algo que dá sentido à vida,
eleva status, define identidade pessoal e impulsiona o crescimento do ser
humano.
Como passamos a maior parte do nosso tempo dentro das organizações, as
Empresas que adotam o programa QVT, está investindo não só em seus
colaboradores, mas também em seu crescimento, pois pode ser comprovado
pelos autores pesquisados que, um ambiente favorável, saudável, clima
organizacional harmonioso e profissionais motivados, há um aumento na
produtividade trazendo assim, lucros e resultados para todos.As Empresas
retém colaboradores, reduz absenteísmo, fadiga, stress, custos com
assistência psicológica e médica.
-
BIBLIOGRAFIA
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(www.administradores.com.br). Acessado em: 11/07/212.
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desempenho organizacional. (www.administradores.com.br) Acessado em:
09/07/12.
FIDALGO, Diego Maués. QUALIDADE de Vida no Trabalho: um estudo
sobre o nível de satisfação dos funcionários de uma clinica de exames e
diagnósticos por imagem. (http://artigos.netsaber.com.br/) Acessado em :
16/07/12.
JÚNIOR, Ismael Lemes Vieira. Higiene e segurança do trabalho.
(www.administradores.com.br) Acessado em: 16/07/12.
LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida no Trabalho - QVT:
conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo:
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NISHIMURA, Adriana Zoqui de Freitas Cayres. A Gestão Estratégica da
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OLIVEIRA, Gisele de. Colaboradores Satisfeitos Rendem Mais.
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REGE, Revista. Gestão. Uma análise dos antecedentes da satisfação no
trabalho em uma empresa madeireira. São Paulo, 2007.
(www.revistasusp.sibi.usp.br). Acessado em: 11/07/12.
RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho:
Evolução e Análise no Nível Gerencial. Petrópolis: Vozes, 1994.
http://www.revistasusp.sibi.usp.br%29./
-
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 9
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO CONCEITOS E DIMENSÕES 9
1.1- Os benefícios da implementação do programa QVT
nas organizações. 15
CAPÍTULO II 22
UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL. 22
CAPÍTULO III 30
CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA QUALIDADE DE VIDA NA
PRODUTIVIDADE. 30
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 43