qvt - implantação ergonomia cimento
TRANSCRIPT
1
QVT: Implantação de Ergonomia no setor de distribuição da empresa Atacadista de materiais
de Construção Ltda – divisão Cimento, por Thiago Rodrigues Limirio.
1 INTRODUÇÃO
O fato das pessoas permanecerem 8 horas por dia ou até mais no ambiente de trabalho veio
despertando a atenção dos empresários quanto às questões da Qualidade de Vida no
Trabalho. Essa percepção foi devido ao crescente aumento da produtividade, que foi
necessário dar atenção no que se refere à satisfação e motivação do funcionário para
conseguirem atingir tal aumento onde os empresários passaram a atentar à importância dos
aspectos físicos e ambientais do trabalho.
Se a empresa se compromete em dar atenção às necessidades dos seus clientes internos, que
são peças fundamentais para a obtenção de bons resultados e responsáveis pelo sucesso da
organização como também na produção dos produtos/serviços, consequentemente ela
conseguirá atingir a satisfação dos seus clientes externos. Um funcionário motivado,
capacitado, assegurado de sua saúde e segurança no trabalho, sendo reconhecido e bem
remunerado, apresenta melhores resultados para a empresa.
A QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) pode ser vista como estratégia competitiva de
diferencial de mercado, cujo desenvolvimento dos programas propostos para a melhoria da
qualidade de vida dos funcionários da empresa pode elevar o nível de satisfação do
trabalhador a ponto do mesmo ser motivado passando a contribuir na lucratividade da
organização.
Conforme Detoni (2001, p.124): "A aplicação de programas que visem à qualidade de vida no
trabalho é diferencial competitivo da organização, pois eles podem reverter em benefício para a
empresa, especialmente nas suas relações com os trabalhadores e na qualidade de seus
produtos".
A organização deve enxergar as tarefas de seus empregados como um primeiro passo para o
sucesso da empresa. Funcionários satisfeitos, comprometidos, com boa saúde, executam suas
tarefas corretamente, garantindo àquela organização um diferencial no mercado com uma
jornada de parcerias, e assim obtêm uma maior lucratividade.
Para a implantação de um projeto de QVT, devem-se identificar os aspectos das partes, ou
seja, onde a empresa e seus funcionários estão em desacordo, harmonizar essas desavenças
e adequar um projeto que satisfaça ambos, para que exista a qualidade de vida, portanto,
podemos dizer que, QVT se preocupa com a eficiência da organização e o bem-estar das
pessoas que estão envolvidas na organização.
2
Diante do exposto, para a melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários da
empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda., foi definido como tema a Implantação de
Projeto de Qualidade de Vida no Trabalho, com a proposta de levantar dados e verificar se a
implantação da ergonomia será viável aos funcionários e a empresa, trazendo, desta forma,
benefícios para ambos. Esse tema foi escolhido, tendo em vista a empresa Atacadista de
Materiais Construção Ltda. não ter o cuidado em atentar a ergonomia e nos benefícios que ela
poderá trazer a organização evitando manter o funcionário numa mesma posição por muito
tempo, em um desconforto por não ter equipamentos adequados e de melhor ajuste e etc.
O ambiente atual é caracterizado pelas mudanças que acontecem velozmente, isso traz a
organização uma grande necessidade de reformular as idéias de gestão. Nos tempos atuais a
organização que pretende continuar no mercado e até mesmo conquistando clientes é
necessário que esta venha se adequar às inovações tecnológicas e utilizar meios para oferecer
aos seus funcionários uma melhor qualidade de vida, inclusive podendo atentar as condições
físicas no trabalho.
De acordo com Rodrigues (1994, p.76), "a qualidade de vida no trabalho tem sido uma
preocupação do homem desde o início de sua existência com outros títulos em outros
contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na
execução de sua tarefa". Com essa preocupação de trazer uma melhor qualidade de vida para
o funcionário é que as organizações estão buscando melhorias neste âmbito, procurando trazer
bem estar ao ambiente tornando mais confortável e seguro.
Os fatores que influem, decisivamente, sobre a motivação humana são: Trabalho em grupo;
reconhecimento, segurança e integração ao grupo; Necessidades fisiológicas; Necessidade de
segurança material; Necessidades sociais; Necessidade do ego; e Necessidade de auto-
realização (MATOS, 1997, p.40).
Algumas organizações têm compreendido que a motivação do funcionário é de extrema
necessidade para realização de passos importantes dentro e fora da organização. Um
funcionário bem motivado pode trazer grandes benefícios para organização. A motivação do
trabalhador também está refletida ao papel que o funcionário exercer na organização, parte do
ponto também de sua relação com a gerência e com os demais empregados.
Um programa de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), bem planejado e executado de forma
eficaz, traz grandes vantagens para o funcionário e conseqüentemente para organização.
Portanto, as organizações que pretendem se manter ativa no mercado é necessário que se
utilize programas de Qualidade de Vida no Trabalho.
A problemática que se quer analisar através da pesquisa é: Implantar um projeto de qualidade
de vida no trabalho na empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda., irá motivar seus
funcionários a se dedicarem mais para atingirem metas estabelecidas?
Limongi-França, (2003, p.32): "afirma que a decisão de melhor a QVT das organizações não é
suficiente, sendo necessária a identificação de critérios que sustentem a formulação de
3
modelos de implantação de projetos de QVT". Na afirmação do autor, é necessário que seja
realizado um estudo para definir os critérios mais relevantes para a implantação de qualidade
de Vida no Trabalho.
Este trabalho tem como objetivo geral mostrar a importância da implementação do projeto de
qualidade de vida no trabalho à empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda., para uma
reorganização estrutural, organizacional, apresentando ações que poderão levar à melhoria
através da ergonomia para seus empregados, principalmente no setor de distribuição, atingindo
as metas estabelecidas.
Os objetivos específicos são: Analisar a situação atual da organização em relação a QVT;
Propor a empresa a adotar novos programas de benefícios aos empregados; Propor ações de
ergonomia para saúde e segurança dos empregados, tendo em vista que se trata de uma
empresa de distribuição de materiais para construção; e levantar a percepção dos empregados
quanto a QVT no ambiente de trabalho.
Hoje, num mercado tão competitivo, a implantação de um projeto de qualidade de vida em uma
empresa é de suma importância e esse processo pode se tornar em ganhos para a
organização traduzindo em produtividade e qualidade.
A justificativa para querer implantar um projeto de Qualidade de Vida nos tempos atuais não é
somente fazer qualidade nos produtos produzidos ou satisfazer as expectativas dos clientes,
mais também de inspirar os empregados a fazerem o melhor.
Os programas de Qualidade de Vida no Trabalho constituem um fator de excelência pessoal e
organizacional e, se implantado com eficiência, pode trazer vários benefícios às pessoas e às
organizações. Sendo assim, com a implantação do projeto QVT na Atacadista de Materiais
Construção Ltda, irá trazer à organização um grande fator de reconhecimento no âmbito
nacional e internacional e aos seus empregados, orgulho e prazer de trabalhar numa
organização que valoriza o seu trabalho e cuida da sua saúde.
Este estudo está estruturado da seguinte forma: o presente capítulo, introdutório, no qual se
apresenta o tema da pesquisa, o objetivo e a justificativa; o segundo capítulo a fundamentação
teórica onde serão apresentados seus conceitos e principais abordagens teóricas sobre o
tema; o terceiro capítulo trata-se da metodologia a ser adotada na possível pesquisa. O quarto
capítulo apresenta o histórico da empresa que será apresentada a pesquisa; e o quinto capítulo
se dá à conclusão. O estudo é encerrado com as referências da pesquisa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A fundamentação teórica desta pesquisa está destacando dois temas: Qualidade de Vida no
Trabalho, onde terá alguns conceitos de alguns autores sobre o assunto; bem como a
abordagem dos conceitos relacionados à saúde e segurança do trabalho no que diz respeito a
ergonomia.
4
2.1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Para Nadler e Lawler (1983, p.20), Qualidade de Vida no Trabalho é: "a grande esperança das
organizações para atingirem alto nível de produtividade, sem esquecer a motivação e
satisfação do indivíduo".
Conforme França (1997, p.80), "Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma
empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no
ambiente de trabalho".
A Qualidade de Vida no Trabalho pode ser definida como a "união" entre os empregados e a
organização como um todo, cuja preocupação está com o bem-estar do indivíduo no trabalho,
procurando efetivar a participação destes nas decisões e problemas de trabalho. Não há como
transformar a qualidade de vida em uma questão externa ou interna, mas há de se admitir que
seja impossível separar o indivíduo do seu meio, seja ele profissional ou social, e cultura em
que vive.
Qualidade de vida está vinculada com o bem-estar, saúde, satisfação, responsabilidade
pessoal, e procura entender e atender a pessoa em suas necessidades integrais. Sendo assim,
a definição de qualidade de vida é tão ampla quanto à dimensão do ser humano, uma vez que
perseguir qualidade de vida significa entender e procura atender o funcionário em suas
necessidades integrais.
Para Fernandes (1996, p. 37): "[...] somente atendendo às necessidades das pessoas e as
desenvolvendo, maximizando as suas potencialidades, é que a empresa também se
desenvolverá atingindo suas metas". Em meio a este contexto surge a questão de qualidade de
vida do homem no trabalho.
De acordo com Hackman e Suttle (1977 apud BÚRIGO, 1997, p. 19):
A qualidade de vida no trabalho refere-se à satisfação das necessidades da pessoa. Ela afeta
atitudes pessoais e comportamentais, tais como criatividade, vontade de inovar ou aceitar
mudanças, capacidade de adaptar-se a mudanças no ambiente de trabalho e o grau de
motivação interna para o trabalho, que são fatores importantes para a produtividade do
indivíduo.
As empresas devem desenvolver projetos de acordo com a realidade de cada uma, procurando
adequar as disposições organizacionais mudando o próprio comportamento da liderança, pois,
dependerá do comprometimento destes, inclusive da sua participação efetiva, para que haja a
possibilidade de abranger o todo da organização.
"A qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua
existência com outros títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer
5
satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de sua tarefa", conforme diz Rodrigues
(1994, p.76).
Segundo Davis e Newstron (1992, p. 47):
Embora não haja respostas simples para a questão da motivação um importante ponto de
partida reside na compreensão das necessidades do empregado. Dizer às pessoas que se
espera que elas façam o melhor significa que estas são consideradas capazes de alcançar
altos padrões sobre os quais concordam.
A produtividade do funcionário dentro da organização depende de como o sistema de
implantação de QVT irá proporcionar melhorias e obter resultados positivos para ambas as
partes. O funcionário irá produzir de forma significativa quando se sentir motivado,
independente do tipo de motivação que a organização oferecer.
Segundo Davis e Newstron (1992, p. 47), "o resultado de um sistema eficaz de comportamento
organizacional é a motivação que quando combinada com as habilidades e capacidades do
empregado, resulta na produtividade humana".
O funcionário gosta de ser lembrado, precisa sentir-se importante dentro da organização.
Motivar cada funcionário, deixando-o mostrar o que de melhor se pode contribuir para a
organização, é uma forma de fazer com esta pessoa mostre o seu comprometimento e
capacidade para realização das funções exercidas levando-os a atingirem as metas.
Segundo Weiss (1991, p.32): "as pessoas trabalham por recompensas. Essas não precisam
ser tangíveis, como dinheiro, podem ser intangíveis, como no caso de deixar um funcionário
ser líder de um grupo".
Conforme a citação, para que um funcionário seja estimulado, muitas das vezes não precisa de
algo que seja além do que a organização possa oferecer. Reconhecimento, gratificações,
elogios, comemorações de aniversários, funcionários destaque do mês, melhoria dos
equipamentos de trabalho, entre outras possibilidades, são pequenos investimentos, porém
causam grande efeito na vida dos empregados.
Para Fernandes (1996, p.38):
Qualidade de vida no trabalho (QVT) é ouvir as pessoas e utilizar ao máximo sua
potencialidade. Ouvir é procurara saber o que as pessoas sentem, o que as pessoas querem, o
que as pessoas pensam, e utilizar ao máximo sua potencialidade é desenvolver as pessoas e
procurar criar condições para elas, em se desenvolvendo, consigam desenvolver a empresa.
Os programas de QVT buscam criar uma organização mais humanizada através do aumento
da satisfação dos trabalhadores.
6
De acordo com Fernandes (1996, p.40), "o conceito engloba, além de atos legislativos que
protegem o trabalhador, o atendimento a necessidades e aspirações humanas, calcado na
idéia de humanização do trabalho e na responsabilidade social da empresa". A autora ainda
sintetiza as diferentes concepções e análises da QVT ao longo do tempo, na ótica dos autores
Nadler e Lawler (1983), o quadro 1 demonstra a evolução da QVT:
CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS DO QVT
CARACTERÍSTICAS OU VISÃO
1 – QVT como uma variável (1959 a 1972)
Reação do indivíduo ao trabalho. Era investigado como melhorar a qualidade de vida no
trabalho para o indivíduo.
2 – QVT como uma abordagem (1969 a 1974)
O foco era o indivíduo antes do resultado organizacional; mas, ao mesmo tempo, tendia a
trazer melhorias tanto ao empregado como à direção.
3 – QVT como um método (1972 a 1975)
Um conjunto de abordagens, métodos ou técnicas para melhorar o ambiente de trabalho e
tornar o trabalho mais produtivo e mais satisfatório. QVT era visto como sinônimo de grupos
autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas com integração
social e técnica.
4 - QVT como um movimento (1975 a 1980)
Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores com a
organização. Os termos – administração participativa e democracia industrial – eram
freqüentemente ditos como idéias do movimento de QVT.
5 - QVT como tudo (1979 a 1982)
Como panacéia contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de
produtividade, problemas de queixas e outros problemas organizacionais.
6 – QVT como nada (futuro)
No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passará de apenas um
"modismo" passageiro.
7
A definição de Fernandes (1996, p.43):
Na aplicação concreta de uma filosofia humanista pela introdução de métodos participativos,
visando modificar um ou vários aspectos do meio-ambiente de trabalho, a fim de criar uma
nova situação mais favorável à satisfação dos empregados e à produtividade da empresa.
A revisão de literatura sobre o tema mostra que os autores citados acima apresentam idéias
diferentes quando discorre sobre o tema Qualidade de Vida no Trabalho, o que parece
semelhante a todos é conciliar os interesses dos indivíduos e das organizações, pode-se dizer
assim que quando há interesse em desenvolver uma melhoria para satisfação do trabalhador,
consequentemente há uma melhora nos ganhos da organização.
Pode-se verificar que a necessidade do ser humano está voltada de acordo com a
cultura de cada indivíduo, e essa pode variar muito conforme as suas necessidades e por essa
razão os autores apresentam modelos de QVT, que serão apresentados a seguir.
No modelo de QVT de Fernandes (1996, p.49) existem oito fatores que afetam a QVT, a saber:
a) Compensação justa e adequada;
b) Condições de segurança e saúde no trabalho;
c) Utilização e desenvolvimento de capacidades;
d) Oportunidades de crescimento contínuo e segurança;
e) Integração social na organização;
f) Constitucionalismo;
g) Trabalho e espaço total de vida; e
h) Relevância social da vida no trabalho.
O modelo de QVT de Chiavenato (1999, p. 392): "está fundamentado em quatro aspectos, que
na medida em que esses são incrementados, haverá uma melhoria na QVT". São eles:
a) Participação dos funcionários nas decisões;
b) Reestruturação do trabalho através do enriquecimento de tarefas e de grupos autônomos de
trabalho;
8
c) Inovação no sistema de recompensas para influenciar o clima organizacional e melhoria no
ambiente de trabalho quanto a condições físicas e psicológicas;
d) Horário de trabalho, etc.
Os aspectos citados demonstram que o ser humano passa a ser parte integrante das
organizações e mostra a evolução da importância de cada empregado. E para que a empresa
consiga essa evolução é importante que se atente aos problemas de saúde como também da
segurança de seu funcionário, pois, assim, diminui ou elimina alguns problemas que a empresa
Atacadista de Materiais Construção Ltda. possui como: rotatividade e problemas de saúde dos
funcionários que foram acarretados devido suas tarefas, ergonomia, incentivo ou gratificação,
dentre outros.
2.2 QVT X ERGONOMIA
Conforme pudemos observar no tópico 2.1, o programa de Qualidade de Vida no Trabalho
contribui para melhores condições no ambiente de trabalho. O programa busca a satisfação
dos funcionários, proporcionando melhorias nas atividades e criando fatores que contribuam na
motivação de cada um.
O programa de Qualidade de Vida engloba inúmeros fatores que irão motivar os funcionários,
como, por exemplo, ambiente de trabalho extremamente saudável, reconhecimento de
superiores das tarefas exercidas dentro da empresa, salários compatíveis com a função
exercida, bem como participação nas decisões decorrentes na empresa.
Para que a organização seja de forma satisfatória, o ambiente de trabalho deverá proporcionar
para os funcionários fatores que irão gerar satisfação, segurança e bem estar, e estas serão
importantíssimas para a produtividade de alta qualidade.
Conforme os autores Nadler e Lawler (1983, apud OLIVEIRA; MORAES, 2001, p. 2), a QVT é:
"[...] uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organização, destacando-se
dois pontos: a preocupação sobre o impacto do trabalho sobre as pessoas e a participação nas
soluções de problemas organizacionais e tomadas de decisões".
A QVT desde que implantada dentro da Organização proporciona para os trabalhadores a
motivação, esta irá proporcionar dentro da empresa melhorias em sua produtividade, buscando
a satisfação do empregado e do empregador. Com isso, a ergonomia vem a somar com a QVT
na Organização, pois a implantação da ergonomia na empresa tem o principal intuito de
beneficiar ambos os lados, empregado e empregador. A empresa tende a optar por mudanças,
essas, por sua vez, irão girar de forma satisfatória causando melhorias diversas dentro da
organização e o ajustamento entre o empregado e as condições do trabalho na empresa.
A Ergonomia dentro da empresa faz com que o indivíduo seja compreendido de forma geral. A
implantação deste serviço irá resolver os problemas causados nas realizações das funções no
9
ambiente de trabalho. A Ergonomia irá buscar os pontos fracos que nas empresas para a
adequação dos serviços nos setores que enfrentam os problemas referentes aos trabalhos
repetitivos com o mau ajuste de maquinários e equipamentos.
De acordo com Laville (1977, p. 6), precursor do estudo da ergonomia, esta é conceituada
como: "o conjunto de conhecimentos a respeito do desempenho do homem em atividade, a fim
de aplicá-los à concepção das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de
produção".
A Ergonomia estuda o trabalho do homem no seu cotidiano dia após dia. O ambiente de
trabalho e seus respectivos instrumentos de trabalho que agregam na realização das tarefas
devem estar em bom estado para a sua utilização e apropriado para exercer suas funções de
forma que não prejudiquem o seu rendimento e sua saúde.
Conforme Chiavenato (2004, p. 435): "A ergonomia no ambiente de trabalho envolve máquinas
e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao
tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano".
De acordo com Mendes e Leite (2004, p.208): "Os reforços musculares, associados a um
trabalho ergonômico, diminuem a possibilidade de os trabalhadores apresentarem DORT
(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)".
As medidas preventivas são de extrema importância para o combate ou a minimização dos
níveis de absenteísmo nas empresas, principalmente no setor de distribuição pelos mais
diversificados casos de DORT, problemas renais, cardiovasculares, entre outros.
A implantação da ergonomia dentro da empresa é um ponto a favor do empregador. É através
de funcionários motivados e ambientes de trabalho adequado que a empresa obterá resultados
significativos. O reconhecimento que há pontos fracos e que podem ser melhorados para uma
maior produtividade tornará a organização um local em que os funcionários cumpram seus
trabalhos de forma adequada.
Chiavenato (2004, p.432), relacionou algumas medidas simples que podem tornar o ambiente
de trabalho mais saudável:
a) Assegure que as pessoas respirem ar fresco. O custo desta providência é ridículo quando
comparado com as despesas de limpeza;
b) Evite materiais suspeitos que emitam odores ou toxinas. Estabeleça uma regra geral: evitar
todo material ou instalação que emita odor ou toxinas;
c) Proporcione um ambiente livre de fumaça. Proíba ou estabeleça um local destinado aos
fumantes com um sistema de ventilação;
10
d) Adote dutos limpos e secos. Dutos de ventilação ou ar condicionado quando úmidos
favorecem o aparecimento de fungos e, conseqüentemente, doenças;
e) Preste atenção às queixas das pessoas. Registre as reclamações e tome providências
quanto à higiene no trabalho; e
f) Proporcione equipamentos adequados. Evite traumas físicos com o uso de ergonomia.
Ergonomia significa adequação do ambiente e condições de trabalho com o indivíduo. Cada
pessoa é diferente e requer o uso de equipamentos que se ajustem à suas características
individuais.
O ser humano necessita sentir-se bem, seja no trabalho, em casa, de modo geral. O ambiente
de trabalho poderá tornar a vida do empregado mais saudável adequando o local de trabalho
com seus respectivos empregados. Para se tornarem competitivas as empresas deverão
implantar a Ergonomia que será uma estratégia para melhorar as condições de trabalho e
diminuir fisicamente e mentalmente a saúde dos empregados.
Para buscar adquirir a saúde e segurança do empregado foi elaborada a Norma
Regulamentadora que trata especificamente da ergonomia, a NR 17 que consta no anexo I. É
um estudo para melhores condições de trabalho com a adaptação dos instrumentos, ambiente
físico, visando um melhor conforto para que seus empregados possam realizar suas tarefas
apropriadamente tendo melhor desempenho e bem estar em suas posições de trabalho.
De acordo com a NR 17.1.1, os principais fatores ergonômicos, de saúde e de segurança do
trabalhador, com suas respectivas metas e indicadores são: levantamento, transporte e
descarga individual de materiais; mobiliário dos postos de trabalho; equipamentos dos postos
de trabalho; condições ambientais de trabalho; e organização do trabalho.
A implantação de projeto de qualidade de vida além de focar o âmbito profissional ela também
visa à vida pessoal, isto é, no bem estar do funcionário. Com a implantação das medidas
ergonômicas podem também favorecer tanto a vida profissional, seja facilitando no manuseio
dos materiais e etc., como na prevenção de possíveis problemas de saúde que pode afetar o
empregado impedindo desenvolver as tarefas para melhor desempenho e atingir as metas da
empresa.
3 METODOLOGIA DO PROJETO
Com base em autores, a metodologia busca responder às necessidades de conhecimento do
problema em questão.
Para Minayo (2004, p. 11): "a metodologia é entendida como o caminho do pensamento e o
instrumental próprio de abordagem da realidade". Ou seja, a metodologia deve incluir,
simultaneamente, o método, as técnicas e o potencial criativo do pesquisador.
11
O estudo será realizado na Atacadista de Materiais Construção Ltda., situada estrada da
Servidão, s/nº, galpão 12, Fazenda Caveiras, St. Vila João Vaz, para avaliação de implantação
da QVT, aos 52 colaboradores do setor de distribuição. A pesquisa poderá ser caracterizada
como um estudo de caso descritivo, de caráter quantitativo.
Richardson (1999, p. 70) diz que a abordagem quantitativa é caracterizada pelo:
[...] emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,
média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de
regressão, entre outras.
Na empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda., especificamente no setor de
distribuição, será realizado estudo de caso visando verificar as proposições conceituais e sua
prática. A proposta é focar na análise dos esforços para promoção da qualidade de vida no
trabalho através da ergonomia.
O estudo de caso objetiva avaliar as contribuições positivas para a capacitação e satisfação
dos trabalhadores para alcançar metas, visto que ao promover a saúde e o bem estar de seus
funcionários com a ergonomia, a Atacadista de Materiais Construção Ltda. poderá alcançar seu
objetivo na busca de resultados, melhorias da produtividade e qualidade atendendo às
necessidades de satisfação, promoção da saúde e segurança, integração social e
desenvolvimento de capacitação profissional dos funcionários a implantação de QVT podendo
produzir redução de ausência nos setores de trabalho, redução da rotatividade de pessoal
qualificado, redução e até eliminação da fadiga, promoção da saúde e segurança, integração
social, desenvolvimento das capacidades humanas e aumento da produtividade.
A coleta de dados será através de questões que abrangem desde as condições de trabalho até
a satisfação dos trabalhadores. Os dados dessa pesquisa serão analisados visando avaliar a
implantação de QVT na Atacadista de Materiais Construção Ltda..
Desenvolveremos a pesquisa, segundo a proposta de Vergara (2010, p. 41-49): "considerando
dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios".
Quanto aos fins, aplicaremos a pesquisa descritiva, conforme Vergara (2010, p.42):
A descritiva por apresentar as características da população ou de determinado fenômeno,
podendo também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Onde o
pesquisador deve ter definido o que pretende com a pesquisa, a importância nas relações de
causa e efeito.
Quanto aos meios, a pesquisa bibliográfica é de campo.
12
A primeira etapa da pesquisa, pela qual serão consultadas diversas fontes, trata da QVT e
saúde e segurança do trabalho com ênfase na ergonomia. Vergara (2010, p 43) diz que: "a
pesquisa bibliográfica trata de um estudo sistematizado baseando-se em contribuições teóricas
publicadas em documentos, livros, artigos de revistas, jornais, redes eletrônicas, que tratem do
assunto abordado".
A segunda etapa da pesquisa será obtida pela pesquisa de campo. A pesquisa social, ou
pesquisa de campo, segundo Vergara (2010, p. 43): "a princípio examina o problema ou
fenômeno, no local onde ocorre e posteriormente encaminha para explicá-los".
O departamento/setor objetyo deste estudo possui 52 funcionários que são distribuídos em 04
(quatro) funções. Participarão da pesquisa todos os 52 (cinquenta e dois) funcionários
totalmente ligados ao setor de distribuição da empresa Atacadista de Materiais Construção
Ltda., o que corresponde a um percentual de aproximadamente 80% em relação ao total de
funcionários da empresa. Como o foco do artigo é o setor de distribuição, será feita a pesquisa
para todos os que trabalham nesta área, para que seja analisada a real necessidade de ser
implantado o projeto de ergonomia para a Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários.
Será apresentado no apêndice A, um questionário composto de 26 questões fechadas, que
será aplicado aos funcionários, posteriormente, os resultados obtidos, serão analisados e
acontecerá a consequente interpretação dos dados coletados.
4 HISTÓRICO DA EMPRESA
A Atacadista de Materiais Construção Ltda., foi fundada em 1987. A história da empresa, até
então denominada de “Visão Distribuidora”, teve início em 1987 com a ousadia do
empreendedor Virgílio Antônio Alves que, percebendo a tendência de crescimento no ramo de
materiais de construção, abriu seu primeiro negócio, um pequeno depósito de cimento. Com
muito trabalho e determinação, o pequeno depósito passou a ser uma distribuidora de Cimento,
conquistando credibilidade junto aos fornecedores e clientes.
No ano de 2001, a empresa ampliou seu portfólio, incluindo a venda de materiais hidráulicos e
elétricos, dando início a uma nova fase: o atacado.
Hoje, o Grupo Visão Atacadista, trabalha com um mix de mais de 4 mil itens e atende a cidade
de Goiânia e região metropolitana, todo o estado de Goiás, Distrito Federal, Tocantins,
Rondônia e Roraima, atuando através do segmento comercial, logística e transportes, por meio
dos seus 250 colaboradores.
O Grupo Visão, após 25 anos de história, almeja conquistar ainda mais espaço no mercado,
conquistar novos clientes e, com isso, contribuir para a função social de gerar emprego e
renda, promovendo o bem estar de seus clientes internos e externos.
O setor de distribuição (da divisão Cimento) conta com 52 colaboradores, é um ambiente com
boa luminosidade, entretanto, há um quantidade grande de poeira no ar - oriunda dos produtos
13
comercializados, bem como barulho oriundo da movimentaçlção da empilhadeira. Faz-se
necessário readequar tais ambientes.
5. PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS
Importante para que seja implantado um programa de QVT, é ter conhecimento do quadro
físico dos empregados em geral, além das ocupações e tarefas.
Faz-se necessário a análise do perfil dos funcionários conforme no apêndice B, no que diz
respeito ao quadro da faixa etária dos funcionários.
Suspeita-se que, o tempo de permanência na empresa, foi observado que é relativamente
curta, representando um alto padrão de rotatividade dos profissionais da área, onde pode-se
prever que, em se aplicando a ergonomia, a empresa poderá contar com a qualificação de
profissionais experientes.
5.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO
Os setores produtivos, bem como o setor de distribuição de produtos comercializados na área
da cosntrução civil, se deparam com um sistema "esgotável" onde a cobrança em função do
tempo e da qualidade da entrega dos produtos exigem uma sobrecarga no ritmo do trabalho.
Deve-se avaliar como implantar uma atividade ergonômica para fins de alcançar satisfação e
bem estar de forma a levar QVT aos trabalhadores ante a função exercida, analisar as horas
de execução das tarefas bem como as condições de trabalho.
A atividade profissional desempenhada pelos colaboradores deste setor é considerada pesada.
As atividades que exigem uma sobrecarga no ritmo de trabalho motivam ao estudo de uma
necessidade de pausa apropriada a cada tarefa conforme sua execução.
O Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora NR 17 (2002, p. 14), diz:
a) Subitem 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais
do posto de trabalho e à própria organização do trabalho;
b) Subitem 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme
estabelecido nesta NR.
14
Para realizar a função no setor de distribuição da empresa Atacadista de Materiais Construção
Ltda., é necessário esforço, atenção, firmeza, dentre outras coisas, pois é um trabalho que
deve ser feito com muito cuidado para que não tenha desgaste físico, lesões corporais, além
de possíveis prejuízos materiais na entrega dos produtos, bem como avaria nos mesmos.
Para a formalização do projeto ergonômico, o analista deverá estar atento à organização do
trabalho no que diz respeito às horas trabalhadas.
Conforme a Constituição das Leis Trabalhistas (CLT), algumas atividades são 8 horas diárias
trabalhadas de segunda-feira a sexta-feira, mais 4 horas considerando o trabalho ser de
segunda a sábado, totalizando 44 horas semanais. Vale ressaltar que a Constituição permite
que o empregado possa realizar horas extras totalizando 2 horas diárias, mas isso é de acordo
com a tarefa realizada pelo funcionário para que se evite qualquer dano à saúde física e mental
do mesmo.
A população trabalhadora do setor de distribuição materiais de construção demonstra uma
tendência de permanecer por pouco tempo na mesma empresa. Essa característica é
constatada em função da pouca satisfação em exercer determinadas tarefas e o desgate físico,
pois o desempenho eficiente das mesmas está relacionado com a atividade profissional.
As condições físicas de trabalho definem a importância de analisar minuciosamente os
processos da rotina de trabalho, bem como estrutura, instalações e ao meio ambiente laboral.
Nesse estágio o ergonomista deverá falar diretamente com os trabalhadores onde as origens
das queixas serão bem explicitadas, possibilitando um esquema para formalizar as condições
de uma melhor qualidade laboral.
5.2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Um trabalho voltado para conscientização da necessidade de uma atividade física é de
extrema importância, por mais simples que pareça com orientações sobre que tipo de exercício
se faz necessário e que favorecerá as atividades diárias no ambiente laboral.
De acordo com o descrito no subitem da NR 17: 17.5.2, as condições ambientais favoráveis
dos setores produtivos podem ser constatadas através da avaliação das tarefas, da carga
horária, do tipo de uniforme, medindo a umidade relativa do ar não inferior a 40%, índice de
temperatura efetiva ente 20 e 22°C e a velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.
O Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora NR17 no subitem 17.6.3 (2002, p.56-57),
diz:
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros,
dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser
15
observado o seguinte:[...] b) devem ser incluídas pausas para descanso: Está mais do que
provado que a incidência de DORT é reduzida ao fazer-se micro pausas entre um ciclo e outro,
permitindo o retorno das articulações à posição neutra.
A duração da pausa deve ser avaliada minuciosamente, levando-se em conta a particularidade
de cada atividade. Os analistas podem aproveitar essas pausas para elaborarem exercícios
físicos convenientes às tarefas individuais de cada empregado.
Tem-se a necessidade da empresa obter informações da constância dos problemas de saúde
ocupacional e seus efeitos, até mesmo para um melhor planejamento de rendição de pessoal
afastado por motivos de enfermidades. Muitos funcionários obtêm problemas de saúde
relacionados ao ambiente profissional e uma boa porcentagem tiveram problemas mais de
quatro vezes.
5.3 EXPECTATIVAS DOS FUNCIONÁRIOS
Este artigo relata sobre a importância em proporcionar melhoria à qualidade de vida no
trabalho de cada empregado e isso está relacionado diretamente com as expectativas dos
funcionários que podem estar sendo atentadas ou não, isto é, se está conforme o empregado
bem como o empregador espera. A implantação do projeto de QVT na empresa Atacadista de
Materiais Construção Ltda. mostrará a atenção às expectativas de todos os lados, empregados
e empregador, no que diz respeito aos aspectos físicos, saúde e segurança e sociais.
Os resultados desse estudo poderão mostrar a possibilidade de se fazerem necessárias ações
para intervir nas causas do processo saúde-trabalho-satisfação-produtividade; por sua vez,
acredita-se que essa intervenção poderá ser feita em vários níveis, pelos analistas que atuam
neste campo de trabalho, bem como a compreensão dos empresários do setor e de seus
trabalhadores.
6 CONCLUSÕES
A qualidade de vida no trabalho proporciona para cada pessoa uma perspectiva diferente.
Algumas pessoas preocupam-se com o bem estar, com a saúde, com a adequação do local
onde serão exercidas suas atividades, enquanto outras se preocupam somente com o lado
material.
A Ergonomia, que é o foco principal para a implantação na empresa Atacadista de Materiais
Construção Ltda., poderá acarretar inúmeras mudanças que serão altamente benéficas para
cada funcionário e consequentemente para a Organização.
O Programa de Qualidade de Vida no Trabalho na empresa, com principal foco em Ergonomia,
irá proporcionar crescimento e desenvolvimento acima do que é normalmente realizado na
empresa. O principal motivo da implantação do sistema é buscar a satisfação e fazer com que
16
os funcionários tenham prazer em realizar suas tarefas, e assim consequentemente
aumentando a produtividade.
As más condições no trabalho podem acarretar problemas tanto na vida profissional, quanto na
vida pessoal. Chiavenato (2004, p.402) afirma que "as relações com empregados devem fazer
parte integrante da filosofia da organização: a organização deve ter o cuidado de tratar seus
empregados com respeito e oferecer meios de atender as suas necessidades pessoais".
Tendo as medidas ergonômicas o objetivo de planejar, projetar e avaliar as tarefas para
adaptá-las as necessidades, habilidades e limitações humanas pode-se desenvolver um
projeto em curto prazo como de exercício laboral e, a médio prazo, modificações na
relacionada a carga e descarga de produtos comercializados pela empresa. Para isso não será
necessário que a empresa abra mão de sua visão em atingir metas de distribuição e
consequentemente garantir a competitividade no mercado e seu lucro, mas precisa modificar
sua estrutura e cultura organizacional para obter resultados mais satisfatórios.
A motivação pode ser mais simples do que parece, através de pequenos eventos como, por
exemplo, atividades laborais exercidas em pequenos intervalos, confraternizações entre outros.
Essas atividades poderão melhorar o desempenho de cada um e assim aumenta a qualidade
de vida no trabalho.
O estudo a ser desenvolvido será de extrema importância para a verificação dos problemas
existentes dentro da empresa, muitas vezes, podem passar despercebidos, por falta de
interesse do lado organizacional e também por falta de iniciativas e questionamentos vindos do
lado de quem proporciona a distribuição a cada dia.
Acredita-se que a maioria dos empregados se mostrará entusiasmada com a possibilidade de
mudanças e melhorias no seu ambiente de trabalho, levando a um consequente melhor
rendimento e qualidade na realização das tarefas profissionais.
Quando a Empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda. colocar em prática todos
objetivos proporcionados neste artigo haverá uma enorme mudança. Os funcionários terão
oportunidades de desenvolver suas tarefas motivadas e satisfeitas, e assim produzirão muito
mais. A finalidade é fazer com que o funcionário contribua de formas agradáveis, e assim
ambas as partes, funcionários e organização, serão recompensados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÚRIGO, C. C. D.,Qualidade de vida no trabalho: Um estudo de caso na Universidade Federal
de Santa Catarina. 1997. Dissertação (Mestrado em Administração) - Programa de Pós-
Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1997.
17
CHIAVENATO, I., Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 2.ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2004.
DAVIS, K. NEWSTROM, J. W. Comportamento humano no trabalho – Uma
abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira, 1992.
DETONI, D. J. Estratégias de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho. Estudos de caso
em agroindústrias. 2001. 124p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção).
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
FERNANDES, E. C., Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. Salvador: Casa
da Qualidade, 1996.
FRANÇA, A. C. Qualidade de Vida no Trabalho - QVT: Conceitos e práticas nas empresas da
sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas, 1997.
LAVILLE, A. Ergonomia. São Paulo: EPU, 1977.
LIMONGI-FRANÇA, A. C. Qualidade de Vida no Trabalho: Conceitos e práticas nas empresas
da sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas, 2003.
Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora NR 17 .
Brasília: 2002.
MATTAR JR. R., AZZE, R.J. Conduta médica nas lesões por esforço repetitivo. In: CODO, W.,
ALMEIDA, M. (Org.) LER: Lesões por esforço repetitivos. Petrópolis: Vozes, 1995.
MATOS, F. G. Ciclo de felicidade no trabalho. São Paulo: Makron Books, 1997.
MENDES, R.A.; LEITE, N. Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. São Paulo:
Manole, 2004.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social. Petrópolis: Vozes, 2004.
NADLER, D. A.; LAWLER, E. E. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: Campus,
1983.
OLIVEIRA, R. C. M.; MORAES, L. F. R. Qualidade de vida no trabalho: uma análise no
contexto de trabalho dos detetives da polícia civil metropolitana de Belo Horizonte. In:
ENANPAD – ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 2001. Campinas. Anais... Campinas: ANPAD,
2001.
18
RODRIGUES, M. V. C. Qualidade de Vida no Trabalho – Evolução e Análise no Nível
Gerencial. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VERGARA, S. M. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo:
Atlas,2010.
WEISS, D. Motivação e resultado: Como obter o melhor de sua equipe. São Paulo: Nobel,
1991.
APÊNDICE A – Questionário quantitativo aplicado aos funcionários do setor de distribuição da
empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda.
Pesquisa de campo na empresa Atacadista de Materiais Construção Ltda.
Data: ____/______________/_______.
1 – Idade:
( ) De 18 a 21 ano ( ) De 22 a 29 anos ( ) De 30 a 35 anos ( ) De 36 a 45 anos ( ) Acima de 45
anos
19
2 – Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
3 – Estado civil:
( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Divorciado ( ) União estável
4 – Escolaridade:
( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino médio completo (
) Ensino médio incompleto ( ) Ensino superior (completo ou cursando)
( ) Nenhuma das opções
5 – Quanto tempo de empresa você tem:
( ) Menos de 1 ano ( ) de 1 a 2 anos ( ) de 3 a 6 anos ( ) Acima de 6 anos
6 – Sua função exercida dentro da empresa, em sua opinião, é considerada:
( ) Leve ( ) Razoável ( ) Pesado ( ) Muito pesado
7 – Quantas horas você trabalha por dia na empresa?
( ) Menos de 6 horas ( ) 6 a 8 horas ( ) 9 a 10 horas ( ) Mais de 10 horas
8 – Você tira férias na empresa todo ano?
( ) Sim ( ) Não
9 – Quando você tirou suas últimas férias?
( ) Menos de 1 ano ( ) 1 a 2 anos ( ) Mais de 2 anos ( ) Não tirou férias
10 – Você está satisfeita (o) com a atividade que executa dentro da empresa?
( ) Muito satisfeita ( ) Satisfeita ( ) Regular ( ) Pouco insatisfeita ( ) Insatisfeita
11 – Como você se sente diante das condições físicas de trabalho no seu dia-a-dia?
( ) Muito satisfeita ( ) Satisfeita ( ) Regular ( ) Pouco insatisfeita ( ) Insatisfeita
20
12 – Você pratica alguma atividade física?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca
13 – Nos últimos 6 (seis) meses quantas vezes você precisou faltar ao serviço por motivo de
doença ou problemas ?
( ) Nenhuma vez ( ) 1 a 2 vezes ( ) 3 a 5 vezes ( ) Mais de 5 vezes
14 – Os equipamentos de trabalho como máquinas de costura, assentos, mesas, acesso ao
material, são de forma adequadas para exercer a função?
( ) Sim ( ) Não
15 – A temperatura ambiente na área de produção nos dias de muito calor influência no
desenvolvimento das atividades?
( ) Sim ( ) Não
16 – Como você considera a Iluminação no ambiente de trabalho?
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Ruim ( ) Péssima
17 – Há intervalos para exercícios de relaxamento ou alongamento dentro da Empresa?
( ) Sim ( ) Não
18– As máquinas e equipamentos estão sempre em manutenção ou substituídos por novos?
( ) Sim ( ) Regularmente ( ) Não
19 – No final da jornada de trabalho você se sente: (física e mentalmente)
( ) Ótimo ( ) Bem ( ) Cansado(a) ( ) Muito cansado(a)
20 – Você considera que a sua atividade profissional afeta a sua saúde física e mental?
( ) Sim ( ) Não
21 – Você já apresentou problemas de saúde que foram ocasionadas por sua atividade
profissional?
21
( ) Sim ( ) Não
22 – Se você já apresentou problemas de saúde por sua atividade, foi em que frequência?
( ) 1 vez ( ) de 2 a 4 vezes ( )mais de 4 vezes ( ) Nenhuma das respostas
23 – Como você classificaria seu estado de saúde atual?
( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Excelente
24 – A atividade exercida na área de produção faz com que a sua vida profissional seja:
( ) Muito satisfatória ( ) Satisfatória ( ) Regular ( ) Insatisfatória
25 – Se houvesse um projeto de Qualidade de vida no trabalho você acha que seria bom para
sua saúde?
( ) Sim ( ) Não
26 – Você acha que algum projeto automaticamente o(a) levaria a prestar suas funções de
maneira mais produtiva para que sejam alcançadas as metas estabelecidas pela empresa?
( ) Sim ( ) Não