instalações eletricas temporarias

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  • 7/23/2019 Instalaes eletricas temporarias

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    RECOMENDAOTCNICA

    DE PROCEDIMENTOS

    INSTALAES ELTRICASTEMPORRIAS EM

    CANTEIROS DE OBRAS

    RTP 05

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    RECOMENDAO TCNICADE PROCEDIMENTOS

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    Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

    Ministro do Trabalho e Emprego

    Carlos Lupi

    FUNDACENTRO

    Presidente em exerccioOsvaldo da Silva Bezerra

    Diretor ExecutivoOsvaldo da Silva Bezerra

    Diretor TcnicoCarlos Srgio da Silva

    Diretora de Administrao e FinanasRenata Maria Celeguim

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    RECOMENDAO TCNICADE PROCEDIMENTOS

    INSTALAES ELTRICAS TEMPORRIASEM CANTEIROS DE OBRAS

    NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DO

    TRABALHO NA INDSTRIA DA CONSTRUO

    Elaborao

    CoordenadorMaurcio Jos Viana

    Tecnologista Fundacentro PernambucoArtur Carlos Moreira da Silva

    Tecnologista Fundacentro Santa Catarina

    Orlando Cassiano MantovaniTecnologista Fundacentro Santa Catarina

    Paulo Csar de SouzaTecnologista Fundacentro Minas Gerais

    Swylmar dos Santos Ferreira

    Tecnologista Fundacentro Distrito Federal

    So Paulo2007

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    I59 Instalaes eltricas temporrias em canteiros de obras / coordenador,

    Maurcio Jos Viana ; Artur Carlos Moreira da Silva ; Orlando CassianoMantovani ...[et al]. So Paulo : Fundacentro, 2007.44 p. : il. (Recomendao tcnica de procedimentos. RTP ; 05).

    ISBN 978-85-98117-22-5

    1. Canteiro de obras Instalaes eltricas temporrias Segurana notrabalho. I. Viana, Maurcio Jos. II. Silva, Artur Carlos Moreira da. III.Mantovani, Orlando Cassiano. IV. Ttulo.

    CIS/OIT Hbac Hez As CDU 69.055:696.6:614.8

    Catalogao na Fonte Biblioteca Fundacentro

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    APRESENTAO

    A presente publicao tem como objetivo principal orientar os profissionaisde segurana e sade no trabalho e demais atores sociais presentes ou envolvidoscom as atividades da indstria da construo quanto aos riscos relacionados sinstalaes eltricas temporrias nos canteiros de obras.

    A publicao desta recomendao tcnica de procedimentos (RTP 05) possi-bilitar aos profissionais de SST e da indstria da construo maior embasamentotcnico sobre instalaes eltricas temporrias em canteiros de obras, o que es-sencial para promover a segurana, a sade e a qualidade de vida dos trabalhadores

    dessa atividade econmica.

    Com esta publicao, a Fundacentro/MTE reafirma seu compromisso hist-rico com a produo e a disseminao de conhecimentos acerca das condies detrabalho, contribuindo para a promoo da segurana e da sade dos trabalhadoresnos ambientes laborais.

    A Direo

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    SUMRIO

    1. Introduo ................................................................................................... 09

    2. Choque eltrico ........................................................................................... 102.1 Definio .......................................................................................... 102.2 Efeito da corrente eltrica ................................................................. 102.3 Classificao do choque eltrico ...................................................... 102.4 Percurso da corrente eltrica atravs do corpo humano ................... 112.4.1 Conceitos .......................................................................................... 122.5 Efeitos fisiolgicos diretos da eletricidade ....................................... 132.6 Efeitos fisiolgicos indiretos da eletricidade .................................... 13

    3. Tipos de proteo contra choques eltricos .............................................. 143.1 Proteo contra contatos diretos ....................................................... 143.1.1 Isolao das partes vivas .................................................................. 153.1.2 Barreiras ou invlucros .................................................................... 163.1.3 Obstculos ........................................................................................ 163.1.4 Colocao fora de alcance ................................................................ 173.2 Proteo contra contatos indiretos .................................................... 173.2.1 Dispositivo corrente diferencial-residual DR ............................. 17

    3.2.1.1 Princpio de funcionamento .............................................................. 183.2.1.2 Descrio .......................................................................................... 193.2.2 Esquema de aterramento TT ............................................................. 203.2.2.1 Aterramento eltrico ......................................................................... 203.2.2.2 Sistema de aterramento .................................................................... 213.2.2.3 Seco mnima do condutor de proteo .......................................... 233.2.2.4 Conexo dos eletrodos ...................................................................... 23

    4. Localizao dos riscos eltricos ................................................................. 24

    4.1 Quadros de distribuio .................................................................... 244.1.1 Quadro principal de distribuio ...................................................... 254.1.2 Quadros intermedirios (divisrios) ................................................. 254.1.3 Quadros terminais: fixos ou mveis ................................................. 264.2 Chaves eltricas ................................................................................ 274.3 Instalaes eltricas areas e subterrneas ....................................... 284.4 Plugse tomadas ................................................................................ 304.4.1 Plugse tomadas blindadas ............................................................... 314.5 Iluminao provisria ....................................................................... 32

    4.6 Mquinas e equipamentos ................................................................ 33

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    5. Equipamentos de proteo individual EPI ............................................ 345.1 Botina de couro, solado isolante ....................................................... 345.2 Luvas isolantes para eletricista ......................................................... 345.3 Luvas de cobertura em vaqueta ........................................................ 34

    5.4 culos de segurana ......................................................................... 355.5 Capacete de segurana ...................................................................... 355.6 Cinto de segurana / tabalarte .......................................................... 35

    6. Equipamentos de proteo coletiva ........................................................... 366.1 Detector de tenso ............................................................................ 366.2 Barreiras / invlucros / grades articuladas / bandeirolas

    fitas / placas de sinalizao / cones .................................................. 36

    7. Ferramentas manuais com isolamento eltrico ........................................ 37

    8. Preveno e combate a incndio ................................................................ 398.1 Agentes extintores ............................................................................ 398.2 Como empregar os agentes extintores .............................................. 398.3 Utilizao dos extintores em instalaes eltricas energizadas ........ 40

    9. Bibliografia .................................................................................................. 41

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    INTRODUO

    Na indstria da construo, o choque eltrico uma das principais causasde acidentes graves e fatais. Este grave quadro decorrente da falta de projetoadequado, de dificuldades na execuo e na manuteno das instalaes eltri-cas temporrias dos canteiros de obras. As instalaes eltricas temporrias emcanteiros de obras, na maioria das vezes, so executadas por profissionais noqualificados, gerando com isso situaes de extrema gravidade para a seguranados trabalhadores, dos equipamentos e das instalaes.

    A reduo do quadro atual de acidentes de trabalho envolvendo instalaeseltricas necessita da adoo de novos mtodos e dispositivos que permitam ouso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nvel de perigo s pessoas, asperdas de energia, os danos s instalaes eltricas e aos bens.

    O projeto das instalaes eltricas temporrias dever ser elaborado por profis-sional legalmente habilitado, com recolhimento da Anotao de ResponsabilidadeTcnica (ART) e executado por profissional qualificado.

    O projeto das instalaes eltricas temporrias dever estabelecer os requisitose as condies para implementao de medidas de controle preventivas de forma agarantir a segurana e a sade dos trabalhadores nos canteiros de obras. O projetodever ficar disposio das autoridades competentes e ser mantido atualizado.

    Esta recomendao tcnica de procedimentos (RTP) estabelece os mtodosbsicos objetivando proteger a integridade fsica e a sade dos trabalhadores quedireta ou indiretamente interagem com as instalaes eltricas temporrias e asatividades executadas nos canteiros de obras.

    Suas orientaes contemplam o planejamento, a organizao, a execuo,a manuteno e o controle em conformidade com a NBR 5410 da AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas (ABNT), com a Portaria 3.214/78 do Ministriodo Trabalho, Normas Regulamentadoras 10 e 18, bem como com outras normasvigentes.

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    CHOQUE ELTRICO

    2.1 Definio

    o efeito patofisiolgico que resulta da passagem de uma corrente eltrica,chamada de corrente de choque, atravs do organismo humano, podendo provocarefeitos de importncia e gravidades variveis, bem como fatais.

    2.2 Efeito da corrente eltrica

    O efeito da corrente eltrica depende dos seguintes itens:

    Intensidade da corrente;

    Tempo de exposio;

    Percurso atravs do corpo humano;

    Condies orgnicas do indivduo.

    2.3 Classificao do choque eltrico

    a) Contato direto

    o contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de umainstalao eltrica.

    b) Contato indireto

    o contato de pessoas e animais com partes metlicas (equipamentos) ouelementos condutores que, por falha de isolao, ficaram acidentalmente energi-zados.

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    2.4 Percurso da corrente eltrica atravs do corpo humano

    O percurso da corrente eltrica atravs do corpo humano depende da posiode contato do indivduo com a instalao (circuito) energizada ou que venha afi

    car energizada, podendo ser o mais variado possvel.

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    2.4.1 Conceitos

    Limiar de percepo

    a menor corrente que sensibiliza o corpo humano.

    Tetanizao

    a paralisia muscular provocada pela circulao de correntes eltricas atravsdos tecidos nervosos que controlam os msculos.

    Parada respiratria

    Ocorre quando so envolvidos na tetanizao os msculos peitorais, blo-

    queando os pulmes e parando a funo vital de respirao.

    Asfixia

    Contrao de msculos ligados respirao e/ou paralisia dos centros nervososque comandam a funo respiratria causadas por correntes eltricas superiores aolimite de largar. Se a corrente eltrica permanece, o indivduo perde a conscinciae morre sufocado.

    Fibrilao ventricular

    Se a corrente eltrica atinge diretamente o msculo cardaco, poder perturbarseu funcionamento regular. Os impulsos peridicos, que em condies normaisregulam as contraes (sstole) e as expanses (distole), so alterados e o coraovibra desordenadamente.

    Queimadura por choque eltrico

    A passagem da corrente eltrica pelo corpo humano gera calor produzindoqueimaduras, cuja gravidade depende da intensidade e do tempo de contato coma corrente eltrica. Em altas tenses, os efeitos trmicos produzem destruio detecidos superficiais e/ou profundos, artrias, centros nervosos, alm de causarhemorragias.

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    2.5 Efeitos fisiolgicos diretos da eletricidade

    INTENSIDADE EFEITO CAUSAS

    1 a 3 mA Percepo A passagem da corrente provoca

    formigamento. No existe perigo.

    3 a 10 mA Eletrizao A passagem da corrente provocamovimentos.

    10 mATetanizao

    A passagem da corrente provocacontraes musculares,agarramento ou repulso.

    25 mA Parada Respiratria A corrente atravessa o crebro.

    25 a 30 mA Asfixia A corrente atravessa o trax.

    60 a 75 mA Fibrilao Ventricular A corrente atravessa o corao.

    2.6 Efeitos fisiolgicos indiretos da eletricidade

    EFEITO CAUSAS

    Transtornos Cardiovasculares O choque eltrico afeta o ritmocardaco: infarto, taquicardia etc...

    Queimaduras Internas A energia dissipada produzqueimaduras internas:

    coagulao, carbonizao.

    Queimaduras Externas Produzidas por arco eltrico a 4000C.

    Outros Transtornos Conseqncias da passagem Auditivo, ocular

    da corrente nervoso, renal

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    TIPOS DE PROTEO

    CONTRA CHOQUES ELTRICOS

    Existem duas formas de proteo contra choques eltricos. Lembramos quea medida de proteo prioritria contra choques eltricos a desenergizaoeltrica:

    Proteo contra contatos diretos

    Proteo contra contatos indiretos

    3.1 Proteo contra contatos diretos

    Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultarde um contato com partes vivas da instalao, tais como condutores nus ou des-cobertos, terminais de equipamentos eltricos etc.

    A proteo contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de:

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    Isolao das partes vivas;

    Barreiras ou invlucros;

    Obstculos;

    Colocao fora de alcance.

    3.1.1 Isolao das partes vivas

    destinada a impedir todos os contatos com as partes vivas da instalaoeltrica atravs do recobrimento total por uma isolao que somente possa serremovida atravs de sua destruio.

    As isolaes dos componentes de uma instalao eltrica tm um papel fun-damental na proteo contra choques eltricos.

    Tipos de isolaes:

    Bsica: aplicada s partes vivas para assegurar um mnimo de proteo.

    Ex: Isolao com fita isolante.

    Suplementar: destinada a assegurar a proteo contra choques eltricos no

    caso de falha da isolao bsica.

    Ex: Isolamento com fita isolante complementada por mangueira isolante.

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    Dupla: composta por isolao bsica e suplementar.

    Ex: Cabo com dupla isolao.

    Reforada: aplicada sobre partes vivas, tem propriedades equivalentes s

    da isolao dupla.

    O recobrimento total por uma isolao dever ter as mesmas caractersticasdo isolamento original do cabo.

    3.1.2 Barreiras ou invlucros

    So destinados a impedir todos os contatos com as partes vivas da instalao

    eltrica, sendo que as partes vivas devem estar no interior de invlucros ou atrsde barreiras.

    Para instalao de barreiras ou invlucros, a rede eltrica dever ser desligada.

    3.1.3 Obstculos

    So destinados a impedir os contatos diretos acidentais com partes vivas,

    sendo instalados em compartimentos cujo acesso permitido somente a pessoasautorizadas.

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    3.1.4 Colocao fora de alcance

    destinada a impedir os contatos acidentais, consistindo em instalar os condu-tores energizados a uma altura/distncia que fique fora do alcance do trabalhador,

    das mquinas e dos equipamentos.

    3.2 Proteo contra contatos indiretos

    Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultarde um contato com massas colocadas acidentalmente sob tenso atravs do des-ligamento da fonte por disjuntor ou fusvel rpido ou desligamento da fonte porum dispositivo corrente diferencial - DR.

    3.2.1 Dispositivo corrente diferencial-residual (DR)

    Os dispositivos corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meiomais eficaz de proteo das pessoas e animais contra choques eltricos. Estesdispositivos permitem o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nvelde perigo s pessoas, as perdas de energia e os danos s instalaes, porm semdispensar outros elementos de proteo (disjuntores, fusveis etc.). A sua aplicao especfica na proteo contra a corrente de fuga.

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    Grfico com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas

    IEC 479-1

    Zona 1Nenhum efeito perceptvel

    Zona 2

    Efeitos fisiolgicos geralmente no danosos

    Zona 3Efeitos fisiolgicos notveis (parada cardaca, parada respiratria, contraes mus-culares), geralmente reversveis

    Zona 4Elevada probabilidade de efeitosfisiolgicos graves e irreversveis (fibrilao cardaca,parada respiratria

    Zona 5 6

    Faixas de atuao dos Dispositivos DR ou Disjuntores DR

    3.2.1.1 Princpio de funcionamento

    Os dispositivos DR podem ser divididos em trs partes:

    a) transformador toroidal;

    b) disparador para converso de uma grandeza eltrica em uma ao mec-

    nica;c) mecanismo mvel com os elementos de contato.

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    O princpio de funcionamento destes dispositivos decorrente da aplicao da leide Kirchhoff, ou seja, em uma instalao sem defeito, a soma geomtrica das correntesnos condutores de fase e neutro nula. Logo, o campo magntico gerado nulo ea tenso induzida no secundrio do transformador tambm ser nula, no havendo,

    portanto, grandeza eltrica residual para converso numa ao mecnica.

    A deteco dessa diferena feita por um ncleo ferromagntico que envolve oscondutores (menos o condutor PE) e que tem um enrolamento, no qual, em condiesnormais, no circula nenhuma corrente. Se houver uma diferena entre as correntesde entrada e de sada, surgir uma tenso entre os terminais desse enrolamento, queacionar um eletrom, que por sua vez abrir o circuito principal. A corrente con-vencional de atuao do DR representada por In. Um DR de corrente nominalde 30mA oferece proteo contra contatos indiretos e, se a corrente nominal for

    menor ou igual a 30mA, oferecer proteo tambm contra choques diretos.

    3.2.1.2 Descrio

    Os dispositivos corrente diferencial-residual so aqueles capazes de detectara corrente diferencial-residual de um circuito eltrico, provocando o seccionamen-to automtico do mesmo, no caso desta corrente ultrapassar o valor especificadode atuao do dispositivo DR, isto , a corrente diferencial residual nominal deatuao.

    Estes dispositivos asseguram a proteo contra tenses de contato perigosasprovenientes de:

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    Defeitos de isolamento em aparelhos ligados terra;

    Contatos indiretos com o terra da instalao ou parte dela;

    Contatos indiretos com partes ativas da instalao;

    Curto-circuito com a terra cuja corrente atinge o valor nominal proteocontra incndio.

    3.2.2 Esquema de aterramento TT

    O esquema de aterramento utilizado em canteiros de obras o TT. Nesse es-quema de aterramento existe um ponto de alimentao (geralmente o secundriodo transformador com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando as massasda instalao ligadas a um eletrodo de aterramento, independentemente do eletro-do de aterramento da alimentao, provido de uma proteo complementar a serinstalado nas derivaes da instalao (circuitos terminais), utilizando dispositivo corrente diferencial-residual (DR) para a proteo contra contatos indiretos porseccionamento automtico.

    3.2.2.1 Aterramento eltrico

    Aterramento eltrico a ligao intencional com a terra, isto , com o solo,considerado um condutor atravs do qual a corrente eltrica pode fluir, difundindo-se. Toda instalao ou pea condutora que no faa parte dos circuitos eltricos,mas que, eventualmente, possa ficar sob tenso, deve ser aterrada, desde que estejaem local acessvel a contatos.

    recomendvel utilizar o aterramento constante do projeto eltrico definitivopara as instalaes eltricas temporrias. O condutor de aterramento dever estardisponvel em todos os andares, em todos os quadros de distribuio.

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    3.2.2.2 Sistema de aterramento

    o conjunto de condutores, hastes e conectores interligados, circundados porelementos que dissipam para a terra as correntes impostas nesse sistema.

    Os principais tipos de sistema de aterramento so:

    1. Apenas uma haste cravada no cho;

    2. Hastes dispostas triangularmente;

    3. Hastes em quadrado;

    4. Hastes alinhadas;

    5. Placas metlicas enterradas no solo;6. Fios ou cabos enterrados no solo, formando vrias configuraes:

    quadrado formando uma malha de terra

    em cruz

    estendido em vala

    em estrela7. Eletrodos de fundao / encapsulados em concreto.

    O projeto do sistema de aterramento deve ser desenvolvido de acordo comnormas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    Um sistema de aterramento deve ser composto das seguintes etapas:

    1. Definir o local de aterramento;

    2. Efetuar medies de resistividade no local definido;

    3. Fazer a estratificao do solo.

    O sistema de aterramento deve ser sempre dimensionado, levando em contaa segurana das pessoas e a sensibilidade dos equipamentos.

    A manuteno do sistema de aterramento deve ser executada com periodi-cidade para evitar a corroso e a oxidao de seus componentes. O projeto deve

    ser elaborado por profi

    ssional legalmente habilitado e executado por trabalhadorqualificado.

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    Tipo de eletrodo Dimenses mnimas Observaes

    Tubo de ao zincado 2,40m de comprimento Enterramento totalmentee dimetro nominal a 25mm vertical

    Perfil de ao zincado Cantoneira de (20mm x 20mm x 3mm) Enterramento totalmentecom 2,40m de comprimento vertical

    Haste de ao zincado Dimetro de 15mm com 2m Enterramento totalmenteou 2,40m de comprimento vertical

    Haste de ao revestida Dimetro de 15mm com 2m Enterramento totalmentede cobre ou 2,40m de comprimento vertical

    Haste de cobre Dimetro de 15mm com 2m Enterramento totalmenteou 2,40m de comprimento vertical

    Fita de cobre 25mm2 de seco, 2mm de Profundidade mnima de

    espessura e 10m de comprimento 0,60m. Largura na

    posio vertical

    Fita de ao galvanizado 100mm2 de seco, 3mm de Profundidade mnima de

    espessura e 10m de comprimento 0,60m. Largura naposio vertical

    Cabo de cobre 25mm2 de seco e 10m Profundidade mnima dede comprimento 0,60m. Largura na

    posio horizontal

    Cabo de ao zincado 95mm2 de seco e 10m Profundidade mnima dede comprimento 0,60m. Largura na

    posio horizontal

    Cabo de ao cobreado 50mm2 de seco e 10m Profundidade mnima de

    de comprimento 0,60m. Largura naposio horizontal

    Exemplo:

    haste: de ao cobreado;

    comprimento: 2m ou 2,40m;

    seco: cilndrica com dimetro de 15mm;

    condutor: cobre, preferencialmente nu.

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    3.2.2.3 Seco mnima do condutor de proteo

    Seco dos condutores fase Seco mnima do condutorda instalao S(mm2) de proteo correspondente - Sp(mm2)

    S

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    LOCALIZAO DOS RISCOS ELTRICOS

    4.1 Quadros de distribuio

    Nos canteiros de obras da indstria da construo, a distribuio de energiaeltrica deve ser feita atravs dos quadros eltricos de distribuio que, conformesuas caractersticas, podem ser: quadro principal de distribuio, quadro interme-dirio de distribuio e quadro terminal de distribuio fixo e/ou mvel.

    Os quadros de distribuio devem ser construdos de forma a garantir a pro-teo dos componentes eltricos contra poeira, umidade, impactos etc., e ter noseu interior o diagrama unifilar do circuito eltrico.

    Sero instalados em locais visveis, sinalizados e de fcil acesso, no de-

    vendo, todavia, localizarem-se em pontos de passagem de pessoas, materiais eequipamentos.

    Os materiais empregados na construo dos quadros devem ser incombustveise resistentes corroso.

    Quando as carcaas dos quadros de distribuio forem condutoras, devem serdevidamente aterradas, conforme recomendao do item 3.2.2.1 desta recomen-dao tcnica de procedimentos.

    Os quadros de distribuio devem ter sinalizao de advertncia, alertandosobre os riscos presentes naquele local.

    QPD

    QID 2

    QTD 1

    QID 1 QID n

    QTD nQTD 3QTD 2

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    4.1.1 Quadro principal de distribuio

    Destinado a receber energia eltrica alimentada pela Rede Pblica da con-cessionria.

    A rea do quadro principal de distribuio deve ser isolada por anteparosrgidos, devidamente sinalizados, de forma a garantir somente o acesso de tra-

    balhadores autorizados. Essa rea deve estar permanentemente limpa, no sendopermitido o depsito de materiais no seu interior.

    4.1.2 Quadros intermedirios (divisrios)

    destinado a distribuir um ou mais circuitos a quadros terminais.

    a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a

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    4.1.3 Quadros terminais: fixos ou mveis

    So aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos terminais, isto, diretamente mquinas e equipamentos.

    As ligaes nos quadros de distribuio devem ser feitas por trs, dotando-osainda de fundo falso, de modo que a fiao fique embutida.

    A distribuio de energia nos diversos pavimentos da edificao deve ser feitaatravs de prumadas, sendo a fiao protegida por eletrodutos, que devem estarlocalizados de forma a garantir uma perfeita disposio dos quadros eltricos.

    Quadro terminal fixo

    Quadro terminal mvel

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    Quando da manuteno das instalaes eltricas, deve ser impedida a ener-gizao acidental do circuito atravs de dispositivos de segurana adequados. recomendvel dotar os quadros de distribuio de cadeados, estando a chave sobresponsabilidade do eletricista que realiza o reparo na instalao, bem como a

    utilizao de sinalizao indicativa da execuo do trabalho.

    4.2 Chaves eltricas

    As chaves eltricas mais utilizadas nos canteiros de obras da indstria da cons-truo so as chaves eltricas blindadas, os disjuntores e as chaves magnticas.

    As chaves eltricas blindadas e os disjuntores devem ser dotados de cadeadosou dispositivos que permitam o acesso somente de trabalhadores autorizados.

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    4.3 Instalaes eltricas areas e subterrneas

    As instalaes eltricas temporrias devem ser dispostas em locais onde nohaja possibilidade de sofrerem choques mecnicos provenientes da movimentaode materiais e mquinas ou possibilidade de contatos acidentais com os trabalha-dores. As instalaes eltricas temporrias devem constar do PCMAT4 .

    Nos postes, a rede eltrica (fiao) deve estar a uma altura mnima de 5m (cin-co metros) a partir do solo. Nos servios especiais ou que empreguem mquinase equipamentos de grandes dimenses, a altura da rede eltrica (fiao) deve serdimensionada para este fim.

    Quando no for possvel guardar distncia segura entre trabalhador ou mquinae a rede energizada, devero ser instaladas barreiras de proteo com dimensessuficientes para garantir proteo eficaz (ver proteo contra contatos diretos), bemcomo haver sinalizao informando a existncia de riscos naquele local.

    4 PCMAT: Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo.

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    No permitida a queima de qualquer material embaixo de redes eltricas, poiso calor gerado poder danificar a fiao e ionizar o ar, possibilitando a formaode arcos eltricos que podero se constituir em causas de acidentes.

    Quando a distribuio de energia for area, os condutores devero estarcorretamente fixados nos postes, exclusivamente atravs de elementos isolanteseltricos, tais como isoladores, em altura que no acarrete riscos de contato compessoas, mquinas e equipamentos.

    No recomendvel dispor os condutores eltricos sobre superfcies ou locais

    que possam provocar desgaste ou ruptura do seu isolamento, assim como em locaisencharcados ou midos.

    Quando houver riscos de contato, a fiao dever estar devidamente isoladapor eletrodutos, fixados de forma adequada na edificao e corretamente dimen-sionados em funo do nmero de fios e cabos no seu interior.

    As derivaes do circuito principal destinadas a alimentar interruptores etomadas devem estar protegidas por eletrodutos ou calhas.

    Os condutores de ligao dos equipamentos eltricos no devem ser tra-cionados, principalmente para moviment-los, transport-los, pendur-los oudeslig-los.

    As extenses devem ser feitas com condutores de dupla isolao.

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    Se a instalao eltrica for subterrnea, dever ser protegida por calhas oueletrodutos. Nos locais da passagem da fiao subterrnea, deve haver sinalizaoindicativa.

    Nos trabalhos de escavao, as redes eltricas subterrneas devem ser devida-mente sinalizadas, o servio, supervisionado por profissional legalmente habilitadoe deve ser garantido um espaamento mnimo de segurana de 1,5m entre o localescavado e a rede.

    4.4 Plugs e tomadas

    Os plugse as tomadas devem ser protegidos contra penetrao de umidade ougua. obrigatrio o uso do conjunto plug/tomada para a ligao dos equipamentoseltricos ao circuito de alimentao. No ligar mais de um equipamento mesmatomada, a menos que o circuito de derivao tenha sido projetado para tal.

    Obs.: Nas ligaes com plug/tomada, a parte energizada deve ser a tomada,

    afim de se evitar a exposio de trabalhadores s parte vivas

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    4.4.1 Plugs e tomadas blindadas

    A tabela abaixo especifica os tipos de tomadas indicadas para baixa tenso.

    Voltagem de Freqncia Posio horriautilizao Hz 2P + T 3P + T 3P + N + T

    16 e 32A 63 e 125A 16 e 32A 63 e 125A 16 e 32A 63 e 125A

    100 a 130 50 e 60 4 4 4 4 4 4

    200 a 250 50 e 60 6 6 9 9 9 9

    380 a 440 50 e 60 9 9 6 6 6 6

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    A tabela abaixo indica as cores especificadas em plugse tomadas de acordocom a voltagem utilizada.

    Voltagem Cor

    20 a 25V Violeta

    40 a 50V Branca

    110 a 130V Amarela

    220 a 240V Azul

    380 a 440V Vermelha

    4.5 Iluminao provisria

    As cargas de iluminao devem ser determinadas como resultado da aplicaoda NBR 5413 (Iluminncia de interiores procedimento).

    Os circuitos de iluminao provisria sero ligados aos quadros terminais dedistribuio.

    A altura da fiao deve ser de no mnimo 2,50m a fim de evitar contatos com

    mquinas, equipamentos ou pessoas. Se a fiao no puder ser area, em alturacondizente com o trabalho, a rea de distribuio dever ser isolada e corretamentesinalizada.

    proibida a ligao direta de lmpadas nos circuitos de distribuio. Noslocais onde houver movimentao de materiais, tais como escadas, rea de cortee dobra de ferragem, carpintaria etc., as lmpadas devem estar protegidas contraimpacto por luminrias adequadas.

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    Os sistemas de iluminao portteis sero usados onde no se pode obter ilu-minao direta adequada. A lmpada deve ser protegida com armao de proteocontra impactos, soquete isolado, cabos com dupla isolao e ligao plug/tomadaem bom estado de conservao.

    Nos locais onde se encontram mquinas com movimento giratrio, no permitida a utilizao de lmpadas fluorescentes em uma nica fase pelo fato deo efeito estroboscpico decorrente da freqncia da rede ser mltiplo da rotaoda mquina.

    4.6 Mquinas e equipamentos

    Os operadores de mquinas e equipamentos devem ter em seu treinamento no-es bsicas sobre eletricidade, contemplando as medidas de controle necessriaspara eliminao ou neutralizao dos riscos eltricos.

    Mquinas e equipamentos devem ser dotados de dispositivo de acionamento,parada e bloqueio, conforme Norma Regulamentadora NR - 18.

    Na operao de mquinas de grande porte, medidas adicionais de seguranadevem ser adotadas principalmente quanto ao contato com redes de distribuiode energia eltrica.

    Equipamentos eltricos devem estar desligados da tomada quando no es-tiverem sendo usados. Os servios de manuteno devero ser realizados com amquina desligada.

    Os cabos de alimentao e os demais dispositivos eltricos devem estar emperfeito estado de conservao.

    As operaes com veculos, mquinas e equipamentos devem ser planejadas,evitando o contato ou o impacto com redes de distribuio de energia e/ou equi-pamentos eltricos energizados.

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    EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI

    5.1 Botina de couro, solado isolante

    Para proteo dos ps contra agentes agressivos echoques eltricos.

    No dever possuir componentes metlicos.

    5.2 Luvas isolantes para eletricista

    Para o uso em servios com risco de choque el-trico em equipamentos energizados e passveis de

    energizao.

    Obs.: As luvas isolantes no devem ser utilizadas isola-damente, isto , sem as luvas de cobertura.

    5.3 Luvas de cobertura em vaqueta

    Utilizadas para proteo das luvas isolantes.

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    5.4 culos de segurana

    Destina-se proteo dos olhos contra impactos

    mecnicos e efeitos decorrentes da irradiao solarou do arco eltrico.

    5.5 Capacete de segurana

    Destina-se a proteger a cabea contra impactos,

    quedas de objetos, contato acidental com circuitoseltricos energizados. Constitudo de materialisolante.

    5.6 Cinto de segurana / tabalarte

    Cinto de segurana do tipo subabdominal desti-nado a equilibrar/sustentar o trabalhador em postes/torres para prevenir quedas por altura. Talabarte

    complemento do cinto de segurana.

    Obs.: vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instales el-tricas (NR10).

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    EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA

    6.1 Detector de tenso

    Equipamento empregado para confirmar a presena ou ausncia de tenso emum circuito ou parte dele. Podem ser:

    Do tipo de chave de fenda, para uso exclusivo em baixa tenso;

    Do tipo eletrnico, para uso em alta e baixa tenses.

    6.2 Barreiras / invlucros / grades articuladas / bandeirolas /fitas /placas de sinalizao / cones

    So para delimitar as reas de trabalho ou de perigo, sinalizar e informar riscosexistentes e impedir o contato com partes vivas das instalaes eltricas.

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    FERRAMENTAS MANUAIS COM ISOLAMENTO

    ELTRICO

    As ferramentas manuais destinadas a trabalhos em adjacncias de peas sobtenses at 1000v em corrente alternada (valor efetivo) ou 1500v em correntecontnua devem ter isolamento para proteo dos trabalhadores contra choqueseltricos.

    Definimos ferramentas isoladas como sendo aquelas que podem ser isoladas

    totalmente ou parcialmente, sendo que devemos dar preferncia pela utilizao,sempre que possvel, de ferramentas com isolamento completo.

    importante lembrar que acidentes com eletricidade, choques eltricos,podem ser causados por falhas no isolamento dessas ferramentas.

    As ferramentas completamenteisoladas so aquelas fabricadas com:

    1 material isolante;

    2 material condutor com revestimento de material isolante nas quais sas partes atuantes (parte da ferramenta que age sobre a pea) podem estar semisolamento.

    Exemplo: ponta da chave de fenda

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    As ferramentas parcialmente isoladas so aquelas fabricadas com materialcondutor e que tm um revestimento de material isolante, com exceo da cabeaatuante (parte da ferramenta que transmite a fora aplicada no cabo ao local detrabalho) ou parte da mesma.

    Exemplo: cabea do alicate

    As ferramentas com isolamento eltrico devem satisfazer as condies squais foram fabricadas, no podendo ter defeitos de isolamento, ser imprprias

    para o servio a ser executado, nem estar em mau estado de conservao, devendoser empregadas de acordo com sua finalidade e no constituir risco aos trabalha-dores que a utilizaro e instalao.

    Ferramentas com isolamento eltrico devem ser sempre inspecionadas de modoa no apresentarem defeitos de isolao, como trincas, bolhas, m aderncia. Esseexame feito visualmente.

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    PREVENO E COMBATE A INCNDIO

    8.1 Agentes extintores

    Agente extintor toda substncia que, aplicada em princpio de fogo, inter-fere na combusto, provocando descontinuidade na reao qumica, alterando ascondies para que haja fogo.

    Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados lquido, gasoso ou

    slido.Existe uma variedade muito grande de agentes extintores, dos quais os mais

    comuns so:

    gua

    Espuma (qumica e mecnica)

    Gs carbnico (CO2)

    P qumico seco

    8.2 Como empregar os agentes extintores

    AgentesExtintores

    gua Espuma P Qumico Gs Carbnico (CO

    2)Classes

    de incncio

    A

    SIM SIM SIM* SIM*madeira, papel, tecidos,plsticos, cortinas, alcatifas,poltronas etc.

    BNO SIM SIM SIM*

    gasolina, lcool, querosene,leo, cera, tinta, graxa etc.

    C

    NO NO SIM SIMequipamentos e instalaeseltricas energizadas

    *Com restrio, pois h risco de reignio.

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    8.3 Utilizao dos extintores em instalaes eltricas energizadas

    Retirar o pino de segurana quebrando o lacre.

    Empunhar a mangueira com o difusor.

    Acionar a vlvula dirigindo o jato para o fogo.

    Retirar o pino de segurana.

    Empunhar a mangueira.

    Atacar o fogo acionando o gatilho.

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    Karina Penariol SanchesIlustraes:

    Fabiana Rebelo BezFrancisco Eduardo Gonalves Silveira

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    Glaucia Fernandes

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