segurança em instalações eletricas

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Seja bem Vindo! Curso NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade CursosOnlineSP.com.br Carga horária: 60hs

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Curso de NR10 segurança em instalações elétricas e serviços em eletricidade.

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  • Seja bem Vindo!

    Curso

    NR 10 - Segurana em

    Instalaes e Servios em

    Eletricidade

    CursosOnlineSP.com.br

    Carga horria: 60hs

  • Contedo Programtico:

    Apresentao da Norma NR 10

    Introduo Eletricidade

    Energia Eltrica - Gerao, Transmisso e Distribuio

    Atividades de Manuteno e Inspeo na Gerao, Transmisso

    e Distribuio

    Riscos em Instalaes e Servios com Eletricidade - Choque

    Eltrico

    Tipos de Choques Eltricos

    Efeitos do Choque Eltrico - Contraes Musculares

    Efeitos do Choque Eltrico - Queimaduras

    Causas Determinantes de Choques Eltricos

    Os Perigos do Arco Eltrico

    Campos Eletromagnticos

    Outros Perigos e Riscos de Ambiente

    Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade

    Causas Indiretas de Acidentes com Eletricidade

    Medidas de Controle do Risco Eltrico MCRE MCRE Desenergizao MCRE - Aterramento Funcional, de Proteo e Temporrio

    (TN/TT/IT)

    MCRE - Equipotencializao

    MCRE - Seccionamento Automtico da Alimentao

    MCRE - Dispositivo de proteo a corrente diferencial-residual DR MCRE - Proteo por Extra baixa Tenso: SELV E PELV

    MCRE - Barreiras e Invlucros

    MCRE - Bloqueios e Impedimentos

    MCRE - Isolamento

    MCRE - Proteo por Colocao Fora de Alcance e Separao

    Eltrica

    Equipamentos de Proteo Coletiva e Individual (EPC/EPI)

    Primeiros Socorros em Caso de Acidente com Eletricidade

    Documentao de Instalaes Eltricas

    Normas ABNT sobre Instalaes Eltricas

    Bibliografia/Links Recomendados

  • Apresentao da Norma NR 10 A constante atualizao da legislao brasileira referente

    preveno de acidentes do trabalho uma das principais

    ferramentas disposio de trabalhadores e empregadores para

    garantir ambientes de trabalho seguros e saudveis.

    A Conveno Coletiva de Segurana e Sade no Trabalho do Setor

    Eltrico do Estado de So Paulo, aprovada aps amplo debate e

    negociao entre representantes do Governo, Empresas e

    Trabalhadores, estabeleceu diretrizes para melhoria e

    modernizao das atividades de gerao, transmisso e distribuio

    de energia eltrica, visando prioritariamente valorizar a proteo do

    trabalhador diretamente em contato com instalaes e servios

    eltricos.

    O novo texto da Norma Regulamentadora N 10, instituda

    originalmente pela Portaria 3214/1978 do Ministrio do Trabalho,

    atual Ministrio do Trabalho e Emprego, em vigor desde dezembro

    de 2004, reflete em grande parte as propostas emanadas do Grupo

    responsvel pela implantao da citada Conveno.

    A principal novidade estabelecida na Conveno Coletiva foi a

    criao de treinamento especfico em aspectos de Engenharia de

    Segurana e Sade no Trabalho, definindo tpicos e durao

    mnima, cujo teor foi reforado no texto da NR 10.

    Consulte a norma NR 10 direto no site do Ministrio do Trabalho,

    clicando neste link:

    http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E216601310641F67629F4/nr_10.pdf

    Existe tambm um manual do prprio Ministrio do Trabalho de

    auxlio na interpretao e aplicao da norma NR 10, veja neste

    link:http://www3.mte.gov.br/seg_sau/manual_nr10.pdf

    Introduo Eletricidade

    A eletricidade a forma de energia mais utilizada na sociedade

    atual; a facilidade em ser transportada dos locais de gerao para

    os pontos de consumo e sua transformao normalmente simples

  • em outros tipos de energia, como mecnica, luminosa, trmica,

    contribui em muito para o desenvolvimento industrial.

    Com caractersticas adequadas moderna economia, facilmente

    disponibilizada aos consumidores, a eletricidade sob certas

    circunstncias, pode comprometer a segurana e a sade das

    pessoas.

    A eletricidade no vista, um fenmeno que escapa aos nossos

    sentidos, s se percebem suas manifestaes exteriores, como a

    iluminao, sistemas de calefao, entre outros.

    Em consequncia dessa invisibilidade, a pessoa , muitas vezes,

    exposta a situaes de risco ignoradas ou mesmo subestimadas.

    No se trata simplesmente de atividades de treinamento, mas

    desenvolvimento de capacidades especiais que o habilitem a

    analisar o contexto da funo e aplicar a melhor tcnica de

    execuo em funo das caractersticas de local, de ambiente e do

    prprio processo de trabalho. O objetivo deste curso bsico

    permitir ao aluno o conhecimento bsico dos riscos a que se expe

    uma pessoa que trabalha com instalaes ou equipamentos

    eltricos, incentivar o desenvolvimento de um esprito crtico que lhe

    permita medir tais riscos e apresentar de forma abrangente

    sistemas de proteo coletiva e individual, que devero ser

    utilizados na execuo de suas atividades. Desta forma, portanto, o

    treinamento dirigido preveno de acidentes em nenhuma

    hiptese vai substituir treinamentos voltados execuo de tarefas

    especficas dos eletricistas, permitindo, isto sim, ampliar a viso do

    trabalhador para garantir sua segurana e sade.

    Neste curso bsico, sero apresentados de forma sucinta, entre

    outros, os conceitos bsicos da eletricidade, o comportamento do

    corpo humano quando exposto a uma corrente eltrica, as

    diversas formas de interao e possveis leses nos pontos de

    contato e no interior do organismo, bem como informaes sobre

    primeiros socorros e atendimento em emergncias.

    A passagem de corrente eltrica, em funo do efeito (Joule),

    fonte de calor que, nas proximidades de material combustvel na

    presena do ar, pode gerar um princpio de incndio, e informaes

    gerais sobre o assunto devem ser abordadas, sempre visando

    melhor preparar o trabalhador para analisar os possveis riscos da

    sua atividade.

  • Os trabalhos nas reas de gerao, transmisso e distribuio de

    energia eltrica apresentam riscos diferenciados em relao ao

    consumidor final, e um conhecimento geral das diversas

    metodologias de anlise de riscos fundamental para permitir a

    esperada avaliao crtica das condies de trabalho, sem a qual

    praticamente impossvel garantir a aplicao dos meios de controle

    colocados disposio dos trabalhadores.

    A Segurana um DEVER de Todos. Destacam-se que o

    ferramental, EPIs, EPCs, componentes para sinalizao e outros citados neste trabalho so apenas alguns dos materiais/ferramentas

    necessrias para a execuo das atividades, bem como, os

    exemplos de passo a passo ou procedimentos de trabalho, anlise

    preliminar de risco e seus controles exemplificados so orientativos

    e no representam a nica forma para a realizao das atividades

    com eletricidade, devendo cada empresa ou entidade educacional

    valid-los e adapta-los de acordo com suas particularidades.

    A Eletricidade mata. Esta uma forma bastante brusca, porm

    verdadeira, de iniciarmos o estudo sobre segurana em eletricidade.

    Sempre que trabalhar com equipamentos eltricos, ferramentas

    manuais ou com instalaes eltricas, voc estar exposto aos

    riscos da eletricidade. E isso ocorre no trabalho, em casa, e em

    qualquer outro lugar. Voc est cercado por redes eltricas em

    todos os lugares; alis, todos ns estamos. claro que no trabalho

    os riscos so bem maiores. no trabalho que existe uma grande

    concentrao de mquinas, motores, painis, quadros de

    distribuio, subestaes transformadoras e, em alguns casos,

    redes areas e subterrneas expostas ao tempo. Para completar,

    mesmo os que no trabalham diretamente com os circuitos tambm

    se expem aos efeitos nocivos da eletricidade ao utilizar

    ferramentas eltricas manuais, ou ao executar tarefas simples como

    desligar ou ligar circuitos e equipamentos, se os dispositivos de

    acionamento e proteo no estiverem adequadamente projetados

    e mantidos.

    Embora todos ns estejamos sujeitos aos riscos da eletricidade, se

    voc trabalha diretamente com equipamentos e instalaes

    eltricas ou prximo delas, tenha cuidado. O contato com partes

    energizadas da instalao pode fazer com que a corrente eltrica

    passe pelo seu corpo, e o resultado so o choque eltrico e as

    queimaduras externas e internas. As conseqncias dos acidentes

  • com eletricidade so muito graves, provocam leses fsicas e

    traumas psicolgicos, e em muitas vezes so fatais. Isso sem falar

    nos incndios originados por falhas ou desgaste das instalaes

    eltricas. Talvez pelo fato de a eletricidade estar to presente em

    sua vida, nem sempre voc d a ela o tratamento necessrio. Como

    resultado, os acidentes com eletricidade ainda so muito comuns

    mesmo entre profissionais qualificados.

    No Brasil, ainda no temos muitas estatsticas especficas sobre

    acidentes cuja causa est relacionada com a eletricidade.

    Entretanto, bom conhecer alguns nmeros a esse respeito. No

    Brasil, se considerarmos apenas o Setor Eltrico, assim chamado

    aquele que rene as empresas que atuam em gerao, transmisso

    e distribuio de energia eltrica, temos alguns nmeros que

    chamam a ateno.

    Em 2002, ocorreram 86 acidentes fatais nesse setor, includos

    aqueles com empregados das empreiteiras. A esse nmero,

    entretanto, somam-se 330 mortes que ocorreram nesse mesmo ano

    com membros da populao que, de diferentes formas, tiveram

    contato com as instalaes pertencentes ao Setor Eltrico. Como

    exemplo desses contatos fatais, h os casos que ocorreram em

    obras de construo civil, contatos com cabos energizados,

    ligaes clandestinas, instalaes de antenas de TV, entre tantas

    outras causas. Um relatrio completo divulgado anualmente pela

    Fundao COGE.

    Para completar, entre 1.736 acidentes do trabalho analisados pelo

    Sistema Federal de Inspeo do Trabalho, no ano de 2003, a

    exposio corrente eltrica encontra-se entre os primeiros fatores

    de morbidade/mortalidade, correspondendo a 7,84% dos acidentes

    analisados. Os principais riscos tambm sero apresentados neste

    curso e voc ir aprender a reconhec-los e a adotar procedimentos

    e medidas de controle, previstos na legislao e nas normas

    tcnicas, para evitar acidentes. Da sua preparao, estudo e

    disciplina vo depender a segurana e a vida de muitas outras

    pessoas, incluindo voc. Pense nisso!

    AVISO !!

    Gostaramos tambm, lhe deixar ciente que, este curso ir

    apresentar diversos exemplos de imagens com acidentes com a

    eletricidade, so imagens de forte impacto, para demonstrar a

    importncia da prudncia e o uso correto tanto das normas de

  • segurana, em especial a NR 10 que este curso visa ensinar, como

    tambm o correto uso dos equipamentos de segurana individual

    (EPI).

    Energia Eltrica - Gerao, Transmisso e Distribuio

    No Brasil a energia eltrica que alimenta as indstrias, comrcio e

    nossos lares gerada principalmente em usinas hidreltricas, onde

    a passagem da gua por turbinas geradoras transformam a energia

    mecnica, originada pela fora dagua, em energia eltrica. 80% da energia eltrica produzida a partir de hidreltricas, 11% por

    termoeltricas e o restante por outros processos como Usinas

    Nucleares e Aelica.

    A partir da usina a energia transformada, em subestaes

    eltricas, e elevada a nveis de tenso (69/88/138/240/440 kV) e

    transportada em corrente alternada (60 Hertz) atravs de cabos

    eltricos, at as subestaes rebaixadoras, delimitando a fase de

    Transmisso.

    J na fase de Distribuio (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades

    dos centros de consumo, a energia eltrica convertida nas

    subestaes, com seu nvel de tenso rebaixado e sua qualidade

    controlada, sendo transportada por redes eltricas areas ou

    subterrneas, constitudas por estruturas (postes, torres, dutos

    subterrneos e seus acessrios), cabos eltricos e transformadores

    para novos rebaixamentos (110 / 127 / 220 / 380 V), e finalmente

    entregue aos clientes industriais, comerciais, de servios e

    residenciais em nveis de tenso variveis, de acordo com a

    capacidade de consumo instalada de cada cliente.

  • Quando falamos em setor eltrico, referimo-nos normalmente ao

    Sistema Eltrico de Potncia (SEP), definido como o conjunto de

    todas as instalaes e equipamentos destinados gerao,

    transmisso e distribuio de energia eltrica at a medio

    inclusive.

    Com o objetivo de uniformizar o entendimento importante informar

    que o SEP trabalha com vrios nveis de tenso, classificadas em

    alta e baixa tenso e normalmente com corrente eltrica alternada

    (60 Hz).

    Conforme definio dada pela ABNT atravs das NBR (Normas

    Brasileiras Regulamentadoras), considera-se baixa tenso, a tenso

    superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente

    contnua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou

    1500 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra.

    Da mesma forma considera-se alta tenso, a tenso superior a

    1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente

    contnua, entre fases ou entre fase e terra.

  • Atividades de Manuteno e Inspeo na Gerao, Transmisso e Distribuio Atividades de manuteno nas unidades geradoras

    (Hidreltricas, Termeltricas, etc)

    So atividades de interveno realizadas nas unidades geradoras,

    para restabelecer ou manter suas condies adequadas de

    funcionamento.

    Essas atividades so realizadas nas salas de mquinas, salas de

    comando, junto a painis eltricos energizados ou no, junto a

    barramentos eltricos, instalaes de servio auxiliar, tais como:

    transformadores de potencial, de corrente, de aterramento, banco

    de baterias, retificadores, geradores de emergncia, etc. Os riscos

    na fase de gerao (turbinas/geradores) de energia eltrica so

    similares e comuns a todos os sistemas de produo de energia e

    esto presentes em diversas atividades, destacando:

    - Instalao e manuteno de equipamentos e maquinrios

    (turbinas, geradores, transformadores, disjuntores, capacitores,

    chaves, sistemas de medio, etc.);

    - Manuteno das instalaes industriais aps a gerao;

    - Operao de painis de controle eltrico;

    - Acompanhamento e superviso dos processos;

    - Transformao e elevao da energia eltrica;

    - Processos de medio da energia eltrica.

    As atividades caractersticas da gerao se encerram nos sistemas

    de medio da energia usualmente em tenses de 138 a 500 kV,

    interface com a transmisso de energia eltrica.

    Transmisso de Energia Eltrica: basicamente est constituda

    por linhas de condutores destinados a transportar a energia eltrica

    desde a fase de gerao at a fase de distribuio, abrangendo

    processos de elevao e rebaixamento de tenso eltrica,

    realizados em subestaes prximas aos centros de consumo.

    Essa energia transmitida em corrente alternada (60 Hz) em

    elevadas tenses (138 a 500 kV). Os elevados potenciais de

    transmisso se justificam para evitar as perdas por aquecimento e

    reduo no custo de condutores e mtodos de transmisso da

    energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao longo das

  • imensas extenses a serem transpostas, que ligam os geradores

    aos centros consumidores.

    Atividades de Inspeo de Linhas de Transmisso

    Neste processo so verificados: o estado da estrutura e seus

    elementos, a altura dos cabos eltricos, condies da faixa de

    servido e a rea ao longo da extenso da linha de domnio.

    As inspees so realizadas periodicamente por terra ou por

    helicptero.

    Manuteno de Linhas de Transmisso:

    - Substituio e manuteno de isoladores (dispositivo constitudo

    de uma srie de discos, cujo objetivo isolar a energia eltrica da estrutura);

    - Limpeza de isoladores;

    - Substituio de elementos pra-raios;

    - Substituio e manuteno de elementos das torres e estruturas;

    - Manuteno dos elementos sinalizadores dos cabos;

    - Desmatamento e limpeza de faixa de servido, etc.

    Construo de Linhas de Transmisso:

    - Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatrios

    de impacto do meio ambiente e projetos;

    - Desmatamentos e desflorestamentos;

    - Escavaes e fundaes civis;

    - Montagem das estruturas metlicas;

    - Distribuio e posicionamento de bobinas em campo;

    - Lanamento de cabos (condutores eltricos);

    - Instalao de acessrios (isoladores, pra-raios);

    - Tensionamento e fixao de cabos;

    - Ensaios e testes eltricos.Salientamos que essas atividades de

    construo so sempre realizadas com os circuitos desenergizados,

    via de regra, destinadas ampliao ou em substituio a linhas j

    existentes, que normalmente esto energizadas. Dessa forma

    muito importante a adoo de procedimentos e medidas adequadas

    de segurana, tais como: seccionamento, aterramento eltrico,

    equipotencializao de todos os equipamentos e cabos, dentre

  • outros que assegurem a execuo do servio com a linha

    desenergizada (energizada).

    Comercializao de energia

    Grandes clientes abastecidos por tenso de 67 kV a 88 kV.

    Distribuio de Energia Eltrica

    o segmento do setor eltrico que compreende os potenciais aps

    a transmisso, indo das subestaes de distribuio entregando

    energia eltrica aos clientes.

    A distribuio de energia eltrica aos clientes realizada nos

    potenciais:

    - Mdios clientes abastecidos por tenso de 11,9 kV / 13,8 kV / 23

    kV;

    - Clientes residenciais, comerciais e industriais at a potncia de 75

    kVA (o abastecimento de energia realizado no potencial de 110,

    127, 220 e 380 Volts);

    - Distribuio subterrnea no potencial de 24 kV.

    A distribuio de energia eltrica possui diversas etapas de

    trabalho, conforme descrio abaixo:

    - Recebimento e medio de energia eltrica nas subestaes;

    - Rebaixamento ao potencial de distribuio da energia eltrica;

    - Construo de redes de distribuio;

    - Construo de estruturas e obras civis;

    - Montagens de subestaes de distribuio;

    - Montagens de transformadores e acessrios em estruturas nas

    redes de distribuio;

    - Manuteno das redes de distribuio area;

    - Manuteno das redes de distribuio subterrnea;

    - Poda de rvores;

    - Montagem de cabinas primrias de transformao;

    - Limpeza e desmatamento das faixas de servido;

    - Medio do consumo de energia eltrica;

    - Operao dos centros de controle e superviso da distribuio.

    Na histria do setor eltrico o entendimento dos trabalhos

    executados em linha viva esto associados s atividades realizadas

    na rede de alta teno energizada pelos mtodos: ao contato, ao

    potencial e distncia e devero ser executados por profissionais

    capacitados especificamente em curso de linha viva.

  • Manuteno com a linha desenergizada (linha morta)

    Todas as atividades envolvendo manuteno no setor eltrico

    devem priorizar os trabalhos com circuitos desenergizados. Apesar

    de desenergizadas devem obedecer a procedimentos e medidas de

    segurana adequado.

    Somente sero consideradas desenergizadas as instalaes

    eltricas liberadas para servios mediante os procedimentos

    apropriados: seccionamento, impedimento de reenergizao,

    constatao da ausncia de tenso, instalao de aterramento

    temporrio com equipotencializao dos condutores dos circuitos,

    proteo dos elementos energizados existentes, instalao da

    sinalizao de impedimento de energizao.

    Manuteno com a linha energizada (linha viva)

    Esta atividade deve ser realizada mediante a adoo de

    procedimentos e metodologias que garantam a segurana dos

    trabalhadores. Nesta condio de trabalho as atividades devem ser

    realizadas mediante os mtodos abaixo descritos:

    Mtodo ao contato: o trabalhador tem contato com a rede

    energizada, mas no fica no mesmo potencial da rede eltrica, pois

    est devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de

    proteo individual e equipamentos de proteo coletiva adequados

    a tenso da rede.

    Mtodo ao potencial: o mtodo onde o trabalhador fica em

    contato direto com a tenso da rede, no mesmo potencial. Nesse

    mtodo necessrio o emprego de medidas de segurana que

    garantam o mesmo potencial eltrico no corpo inteiro do

    trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta condutiva

    (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas atravs de cabo condutor

    eltrico e cinto rede objeto da atividade.

    Mtodo distncia: o mtodo onde o trabalhador interage com a

    parte energizada a uma distncia segura, atravs do emprego de

    procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e

    dispositivos isolantes apropriados.

  • Riscos em Instalaes e Servios com Eletricidade - Choque Eltrico Hoje em dia, com o domnio da cincia da eletricidade, o ser

    humano usufrui de todos os seus benefcios. Construdas as

    primeiras redes de energia eltrica, tivemos vrios benefcios, mas

    apareceram tambm vrios problemas de ordem operacional, sendo

    o mais grave o choque eltrico.

    Atualmente os condutores energizados perfazem milhes de

    quilmetros, portanto, aleatoriamente o defeito (ruptura ou fissura

    da isolao) aparecer em algum lugar, produzindo um potencial de

    risco ao choque eltrico. Como a populao atual da Terra

    enorme, sempre haver algum perto do defeito, e o acidente ser

    inevitvel. Portanto, a compreenso do mecanismo do efeito da

    corrente eltrica no corpo humano fundamental para a efetiva

    preveno e combate aos riscos provenientes do choque eltrico.

    Em termos de riscos fatais, o choque eltrico, de um modo geral,

    pode ser analisado sob dois aspectos:

    - Correntes de choques de baixa intensidade, provenientes de

    acidentes com baixa tenso, sendo o efeito mais grave a considerar

    as paradas cardacas e respiratrias;

    - Correntes de choques de alta intensidade, provenientes de

    acidentes com alta-tenso, sendo o efeito trmico o mais grave, isto

    , queimaduras externas e internas no corpo humano.

    O choque eltrico um estmulo rpido no corpo humano,

    ocasionado pela passagem da corrente eltrica. Essa corrente

    circular pelo corpo onde ele tornar-se parte do circuito eltrico,

    onde h uma diferena de potencial suficiente para vencer a

    resistncia eltrica oferecida pelo corpo.

    Embora tenhamos dito, no pargrafo acima, que o circuito eltrico

    deva apresentar uma diferena de potencial capaz de vencer a

    resistncia eltrica oferecida pelo corpo humano, o que determina a

    gravidade do choque eltrico a intensidade da corrente circulante

    pelo corpo. O caminho percorrido pela corrente eltrica no corpo

    humano outro fator que determina a gravidade do choque, sendo

    os choques eltricos de maior gravidade aqueles em que a corrente

    eltrica passa pelo corao.

  • Explicando ainda mais a fundo o choque eltrico a perturbao de

    natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano

    quando este percorrido por uma corrente eltrica. Os efeitos do

    choque eltrico variam e dependem de:

    - percurso da corrente eltrica pelo corpo humano;

    - intensidade da corrente eltrica;

    - tempo de durao;

    - rea de contato;

    - freqncia da corrente eltrica;

    - tenso eltrica;

    - condies da pele do indivduo;

    - constituio fsica do indivduo;

    - estado de sade do indivduo.

    Tipos de Choques Eltricos O corpo humano, mais precisamente sua resistncia orgnica

    passagem da corrente, uma impedncia eltrica composta por

    uma resistncia eltrica, associada a um componente com

    comportamento levemente capacitivo. Assim, o choque eltrico

    pode ser dividido em duas categorias:

    1 - Choque Esttico: obtido pela descarga de um capacitor ou

    devido descarga eletrosttica.

    Descarga esttica: o efeito capacitivo presente nos mais

    diferentes materiais e equipamentos com os quais o homem

    convive. Um exemplo tpico o que acontece em veculos que se

    movem em climas secos. Com o movimento, o atrito com o ar gera

    cargas eltricas que se acumulam ao longo da estrutura externa do

    veculo. Portanto, entre o veculo e o solo passa a existir uma

    diferena de potencial. Dependendo do acmulo das cargas, poder

  • haver o perigo de faiscamentos ou de choque eltrico no instante

    em que uma pessoa desce ou toca no veculo.

    2 - Choque Dinmico: o que ocorre quando se faz contato com

    um elemento energizado. Este choque se d devido ao:

    - toque acidental na parte viva do condutor;

    - toque em partes condutoras prximas aos equipamentos e

    instalaes, que ficaram energizadasacidentalmente por defeito,

    fissura ou rachadura na isolao.

    Este tipo de choque o mais perigoso, porque a rede de energia

    eltrica mantm a pessoa energizada, ou seja, a corrente de

    choque persiste continuadamente. O corpo humano um

    organismo resistente, que suporta bem o choque eltrico nos

    primeiros instantes, mas com a manuteno da corrente passando

    pelo corpo, os rgos internos vo sofrendo conseqncias.

    Isto se d pelo fato de o choque eltrico produzir diversos efeitos no

    corpo humano, tais como:

    - elevao da temperatura dos rgos devido ao aquecimento

    produzido pelacorrente de choque;

    - tetanizao (rigidez) dos msculos;

    - superposio da corrente do choque com as correntes

    neurotransmissoras que comandam o organismo humano, criando

    uma pane geral;

    - comprometimento do corao, quanto ao ritmo de batimento

    cardaco e possibilidade de fibrilao ventricular;

    - efeito de eletrlise, mudando a qualidade do sangue;

    - comprometimento da respirao;

    - prolapso, isto , deslocamento dos msculos e rgos internos da

    sua devida posio;

    - comprometimento de outros rgos, como rins, crebro, vasos,

    rgos genitais e reprodutores.

    Muitos rgos aparentemente sadios s vo apresentar sintomas

    devido aos efeitos da corrente de choque muitos dias ou meses

    depois, apresentando sequelas, que muitas vezes no so

    relacionadas ao choque em virtude do espao de tempo decorrido

    desde o acidente. Os choques dinmicos podem ser causados

    pela tenso de toque ou pela tenso de passo.

  • Tenso de toque: a tenso eltrica existente entre os membros

    superiores e inferiores do indivduo, devido a um choque dinmico.

    Exemplo de um defeito de ruptura na cadeia de isoladores de uma

    torre de transmisso (tenso de toque): O cabo condutor ao tocar

    na parte metlica da torre produz um curto-circuito do tipo

    monofsico terra. A corrente de curto-circuito passar pela torre,

    entrar na terra e percorrer o solo at atingir a malha da

    subestao, retornando pelo cabo da linha de transmisso at o

    local do curto. No solo, a corrente de curto circuito gerar potenciais

    distintos desde o "p" da torre at uma distncia remota. Uma

    pessoa tocando na torre no momento do curto-circuito ficar

    submetida a um choque proveniente da tenso de toque. Entre a

    palma da mo e o p haver uma diferena de potencial chamada

    de tenso de toque.

  • Tenso de Passo: a tenso eltrica entre os dois ps no instante

    da operao ou defeito tipo curto circuito monofsico terra no

    equipamento.

    No caso da torre de transmisso, a pessoa receber entre os dois

    ps a tenso de passo. Nos projetos de aterramento considera-se a

    distncia entre os dois ps de 1 metro. Observe que as tenses

    geradas no solo pelo curto-circuito criam superfcies equipotenciais.

    Se a pessoa estiver com os dois ps na mesma superfcie de

    potencial, a tenso de passo ser nula, no havendo choque

    eltrico. A tenso de passo poder assumir uma gama de valores

    que vai de zero at a mxima diferena entre duas superfcies

    equipotenciais separadas de 1 metro. Um agravante que a

    corrente de choque devido tenso de passo contrai os msculos

    da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao tocar no solo com as

    mos, a tenso se transforma em tenso de toque no solo. Nesse

    caso, o perigo maior, porque o corao est contido no percurso

    da corrente de choque. No gado, a tenso de passo se transforma

  • em tenso entre patas. Essa tenso maior que a tenso de passo

    do homem, com o agravamento de que no gado a corrente de

    choque passa pelo corao.

    Efeitos do Choque Eltrico - Contraes Musculares O choque eltrico pode ocasionar contraes violentas dos

    msculos, a fibrilao ventricular do corao, leses trmicas e no

    trmicas, podendo levar a bito como efeito indireto as quedas e

    batidas, etc.

    A morte por asfixia ocorrer, se a intensidade da corrente eltrica

    for de valor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular por

    um perodo de tempo relativamente pequeno, normalmente por

    alguns minutos. Da a necessidade de uma ao rpida, no sentido

    de interromper a passagem da corrente eltrica pelo corpo. A morte

    por asfixia advm do fato do diafragma da respirao se contrair

    tetanicamente, cessando assim, a respirao. Se no for aplicada a

    respirao artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a trs

    minutos, ocorrer srias leses cerebrais e possvel morte.

    A fibrilao ventricular do corao ocorrer se houver intensidades

    de corrente da ordem de 15mA que circulem por perodos de tempo

    superiores a um quarto de segundo. A fibrilao ventricular a

    contrao desritmado do corao que, no possibilitando desta

    forma a circulao do sangue pelo corpo, resulta na falta de

    oxignio nos tecidos do corpo e no crebro. O corao raramente

    se recupera por si s da fibrilao ventricular. No entanto, se

    aplicarmos um desfibrilador, a fibrilao pode ser interrompida e o

    ritmo normal do corao pode ser restabelecido. No possuindo tal

    aparelho, a aplicao da massagem cardaca permitir que o

    sangue circule pelo corpo, dando tempo para que se providencie o

    desfibrilador, na ausncia do desfibrilador deve ser aplicada a

    tcnica de massagem cardaca at que a vtima receba socorro

    especializado.

    Alm da ocorrncia destes efeitos, podemos ter queimaduras tanto

    superficiais, na pele, como profundas, inclusive nos rgos internos.

    Por ltimo, o choque eltrico poder causar simples contraes

    musculares que, muito embora no acarretem de uma forma direta

    leses, fatais ou no, como vimos nos pargrafos anteriores,

  • podero origin-las, contudo, de uma maneira indireta: a contrao

    do msculo poder levar a pessoa a, involuntariamente, chocar-se

    com alguma superfcie, sofrendo, assim, contuses, ou mesmo,

    uma queda, quando a vitima estiver em local elevado. Uma grande

    parcela dos acidentes por choque eltrico conduz a leses

    provenientes de batidas e quedas.

    Fatores determinantes da gravidade

    Analisaremos, a seguir, os seguintes fatores que determinam a

    gravidade do choque eltrico:

    - percurso da corrente eltrica;

    - caractersticas da corrente eltrica;

    - resistncia eltrica do corpo humano.

    Percurso da corrente eltrica: tem grande influncia na gravidade

    do choque eltrico o percurso seguido pela corrente no corpo. A

    figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos

    pela corrente no corpo humano.

    Caractersticas da corrente eltrica: outros fatores que

    determinam a gravidade do choque eltrico so as caractersticas

    da corrente eltrica. Nos pargrafos anteriores vimos que a

    intensidade da corrente era um fator determinante na gravidade da

    leso por choque eltrico; no entanto, observa-se que, para a

    Corrente Contnua (CC), as intensidades da corrente devero ser

    mais elevadas para ocasionar as sensaes do choque eltrico, a

    fibrilao ventricular e a morte. No caso da fibrilao ventricular,

    esta s ocorrer se a corrente continua for aplicada durante um

    instante curto e especifico do ciclo cardaco. As correntes

    alternadas de frequncia entre 20 e 100 Hertz so as que oferecem

    maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos sistemas

  • de fornecimento de energia eltrica, so especialmente perigosas,

    uma vez que elas se situam prximas frequncia na qual a

    possibilidade de ocorrncia da fibrilao ventricular maior.

    Ocorrem tambm diferenas nos valores da intensidade da corrente

    para uma determinada sensao do choque eltrico, se a vtima for

    do sexo feminino ou masculino. A tabela abaixo ilustra o que

    acabamos de

    Diferenas de sensaes para pessoas do sexo feminino e

    masculino:

    Resistncia eltrica do corpo humano: a intensidade da corrente

    que circular pelo corpo da vtima depender, em muito, da

    resistncia eltrica que esta oferecer passagem da corrente, e

    tambm de qualquer outra resistncia adicional entre a vtima e a

    terra. A resistncia que o corpo humano oferece passagem da

    corrente quase que exclusivamente devida camada externa da

    pele, a qual constituda de clulas mortas. Esta resistncia est

    situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se

    seca e no apresenta cortes, e a variao apresentada funo da

    sua espessura. Quando a pele encontra-se mida, condio mais

    facilmente encontrada na prtica, a resistncia eltrica do corpo

    diminui. Cortes tambm oferecem uma baixa resistncia. Pelo

    mesmo motivo, ambientes que contenham muita umidade fazem

    com que a pele no oferea uma elevada resistncia eltrica

    passagem da corrente. A pele seca, relativamente difcil de ser

    encontrado durante a execuo do trabalho, oferece maior

    resistncia a passagem da corrente eltrica. A resistncia oferecida

    pela parte interna do corpo, constituda, pelo sangue msculos e

    demais tecidos, comparativamente da pele bem baixa, medindo

    normalmente 300 ohms em mdia e apresentando um valor mximo

    de 500 ohms. As diferenas da resistncia eltrica apresentadas

    pela pele passagem da corrente, ao estar seca ou molhada,

    podem ser grande, considerando que o contato foi feito em um

  • ponto do circuito eltrico que apresente uma diferena de potencial

    de 120 volts, teremos:

    Efeitos do Choque Eltrico Queimaduras

    A corrente eltrica atinge o organismo atravs do revestimento

    cutneo. Por esse motivo, as vitimas de acidente com eletricidade

    apresentam, na maioria dos casos queimaduras.

    Devido alta resistncia da pele, a passagem de corrente eltrica

    produz alteraes estruturais conhecidas como marcas de corrente.

    As caractersticas, portanto, das queimaduras provocadas pela

    eletricidade, diferem daquelas causadas por efeitos qumicos,

    trmicos e biolgicos.

    Em relao s queimaduras por efeito trmico, aquelas causadas

    pela eletricidade so geralmente menos dolorosas, pois a

    passagem da corrente poder destruir as terminaes nervosas.

    No significa, porm que sejam menos perigosas, pois elas tendem

    a progredir em profundidade, mesmo depois de desfeito o contato

    eltrico ou a descarga.

    A passagem de corrente eltrica atravs de um condutor cria o

    chamado efeito joule, ou seja, uma certa quantidade de energia

    eltrica transformada em calor. Essa energia (Watts) varia de

    acordo com a resistncia que o corpo oferece passagem da

    corrente eltrica, com a intensidade da corrente eltrica e com o

    tempo de exposio, podendo ser calculada pela expresso:

    importante destacar que no h necessidade de contato direto da

    pessoa com partes energizadas. A passagem da corrente poder

  • ser devida a uma descarga eltrica em caso de proximidade do

    individuo com partes eletricamente carregadas. A eletricidade pode

    produzir queimaduras por diversas formas, o que resulta na

    seguinte classificao;

    - queimaduras por contato;

    - queimaduras por arco voltaico;

    - queimaduras por radiao (em arcos produzidos por curtos-

    circuitos);

    - queimaduras por vapor metlico.

    Queimaduras por contato: quando se toca uma superfcie

    condutora energizada, as queimaduras podem ser locais e

    profundas atingindo at a parte ssea, ou por outro lado muito

    pequenas, deixando apenas uma pequena mancha branca na pele.

    Em caso de sobrevir morte, esse ltimo caso bastante

    importante, e deve ser verificado no exame necrolgico, para

    possibilitar a reconstruo, mais exata possvel, do caminho

    percorrido pela corrente.

    Queimaduras por arco voltaico: o arco eltrico caracteriza-se pelo

    fluxo de corrente eltrica atravs do ar, e geralmente produzido

    quando da conexo e desconexo de dispositivos eltricos e

    tambm em caso de curto-circuito, provocando queimaduras de

    segundo ou terceiro grau. O arco eltrico possui energia suficiente

    para queimar as roupas e provocar incndios, emitindo vapores de

    material ionizado e raios ultravioletas.

    Queimaduras por vapor metlico: na fuso de um elo fusvel ou

    condutor, h a emisso de vapores e derramamento de metais

    derretidos (em alguns casos prata ou estanho) podendo atingir as

    pessoas localizadas nas proximidades.

    Relao dos Sintomas e Efeitos da Queimadura Devido ao

    Choque Eltrico

    Como j vimos acima, quando uma corrente eltrica passa atravs

    de uma resistncia eltrica liberada uma energia trmica. Este

    fenmeno denominado Efeito Joule. O calor liberado aumenta a

    temperatura da parte atingida do corpo humano, podendo produzir

    vrios efeito se sintomas, que podem ser:

  • - queimaduras de 1, 2 ou 3 graus nos msculos do corpo;

    - superaquecimento do sangue, com a sua consequente dilatao;

    - aquecimento, podendo provocar o derretimento dos ossos e

    cartilagens;

    - queima das terminaes nervosas e sensoriais da regio atingida;

    - queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-se

    gelatinosas.

    Estas condies citadas no acontecem isoladamente, mas sim

    associadas, advindo, em consequncia, outras causas e efeitos nos

    demais rgos.

    O choque de alta-tenso queima, danifica, fazendo buracos na pele

    nos pontos de entrada e sada da corrente pelo corpo humano. As

    vtimas do choque de alta-tenso morrem devido, principalmente, a

    queimaduras. E as que sobrevivem ficam com sequelas, geralmente

    com:

    - perda de massa muscular;

    - perda parcial de ossos;

    - diminuio e atrofia muscular;

    - perda da coordenao motora;

    - cicatrizes; etc.

    Choques eltricos em baixa tenso tm pouco poder trmico. O

    problema maior o tempo de durao, que, se persistir, pode levar

    morte, geralmente por fibrilao ventricular do corao. A

    queimadura tambm provocada de modo indireto, isto , devido

    ao mau contato ou a falhas internas no aparelho eltrico. Neste

    caso, a corrente provoca aquecimentos internos, elevando a

    temperatura a nveis perigosos.

    Veja a seguir (imagem de forte impacto), uma queimadura originria

    do choque com a alta tenso que resultou na amputao pela

    queima do brao.

  • Proteo Contra Efeitos Trmicos

    As pessoas, os componentes fixos de uma instalao eltrica, bem

    como os materiais fixos prximos devem ser protegidos contra os

    efeitos prejudiciais do calor ou irradiao trmica produzidos pelos

    equipamentos eltricos, particularmente quanto a:

    - riscos de queimaduras;

    - prejuzos no funcionamento seguro de componentes da instalao;

    - combusto ou deteriorao de materiais.

    Proteo Contra Queimaduras

    As partes acessveis de equipamentos eltricos situados na zona de

    alcance normal no devem atingir temperaturas que possam causar

    queimaduras em pessoas e devem atender aos limites de

    temperaturas, ainda que por curtos perodos, determinados pela

    NBR14039 e devem ser protegidas contra qualquer contato

    acidental.

    Causas Determinantes de Choques Eltricos

    A seguir sero especificados os meios atravs dos quais so

    criadas condies para que uma pessoa venha a sofrer um choque

    eltrico:

  • Contato com um condutor nu energizado

    Uma das causas mais comuns desses acidentes o contato com

    condutores areos energizados. Normalmente o que ocorre que

    equipamentos tais como guindastes, caminhes basculantes tocam

    nos condutores, tornando-se parte do circuito eltrico; ao serem

    tocados por uma pessoa localizada fora dos mesmos, ou mesmo

    pelo motorista, se este, ao sair do veculo, mantiver contato

    simultneo com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal. Com

    frequncia, pessoas sofrem choque eltrico em circuitos com banca

    de capacitores, os quais, embora desligados do circuito que os

    alimenta, conservam por determinado intervalo de tempo sua carga

    eltrica. Da a importncia de se seguir as normativas referentes a

    estes dispositivos. Grande cuidado deve ser observado, ao desligar-

    se o primrio de transformadores, nos quais se pretende executar

    algum servio. O risco que se corre que do lado do secundrio

    pode ter sido ligado algum aparelho, o que poder induzir no

    primrio uma tenso elevadssima. Da a importncia de, ao se

    desligarem os condutores do primrio de um transformador, estes

    serem aterrados.

    Falha na isolao eltrica

    Os condutores quer sejam empregados isoladamente, como nas

    instalaes eltricas, quer como partes de equipamentos, so

    usualmente recobertos por uma pelcula isolante. No entanto, a

    deteriorao por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou

    forado ou mesmo o uso inadequado do equipamento podem

    comprometer a eficcia da pelcula, como isolante eltrico.

    Veremos, a seguir, os vrios meios pelos quais o isolamento

    eltrico pode ficar comprometido:

    Calor e Temperaturas Elevadas: a circulao da corrente em um

    condutor sempre gera calor e, por conseguinte, aumento da

    temperatura do mesmo. Este aumento pode causar a ruptura de

    alguns polmeros, de que so feitos alguns materiais isolantes, dos

    condutores eltricos.

    Umidade: alguns materiais isolantes que revestem condutores

    absolvem umidade, como o caso do nylon. Isto faz com que a

    resistncia isolante do material diminua.

    Oxidao: esta pode ser atribuda presena de oxignio, oznio

    ou outros oxidantes na atmosfera. O oznio torna-se um problema

  • especial em ambientes fechados, nos quais operem motores,

    geradores. Estes produzem em seu funcionamento arcos eltricos,

    que por sua vez geram o oznio. O oznio o oxignio em sua

    forma mais instvel e reativa. Embora esteja presente na atmosfera

    em um grau muito menor do que o oxignio, por suas

    caractersticas, ele cria muito maior dano ao isolamento do que

    aquele.

    Radiao: as radiaes ultravioleta tm a capacidade de degradar

    as propriedades do isolamento, especialmente de polmeros. Os

    processos fotoqumicos iniciados pela radiao solar provocam a

    ruptura de polmeros, tais como, o cloreto de vinila, a borracha

    sinttica e natural, a partir dos quais o cloreto de hidrognio

    produzido. Esta substncia causa, ento, reaes e rupturas

    adicionais, comprometendo, desta forma, as propriedades fsicas e

    eltricas do isolamento.

    Produtos Qumicos: os materiais normalmente utilizados como

    isolantes eltricos degradam-se na presena de substncias como

    cidos, lubrificantes e sais.

    Desgaste Mecnico: as grandes causas de danos mecnicos ao

    isolamento eltrico so as abrases, as cortes, as flexes e tores

    do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento d-se

    quando o condutor puxado atravs de uma superfcie cortante. A

    abraso tanto pode ser devida puxada de condutores por sobre

    superfcies abrasivas, por orifcios por demais pequenos, quanto

    sua colocao em superfcies que vibrem, as quais consomem o

    isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol (material

    cortante) tambm agridem o isolamento dos condutores.

    Fatores Biolgicos: roedores e insetos podem comer os materiais

    orgnicos de que so constitudos os isolamentos eltricos,

    comprometendo a isolao dos condutores. Outra forma de

    degradao das caractersticas do isolamento eltrico a presena

    de fungos, que se desenvolvem na presena da umidade.

    Altas Tenses: altas tenses podem dar origem arcos eltricos

    ou efeitos corona, os quais criam buracos na isolao ou

    degradao qumica, reduzindo, assim, a resistncia eltrica do

    isolamento.

  • Presso: o vcuo pode causar o desprendimento de materiais

    volteis dos isolantes orgnicos, causando vazios internos e

    consequente variao nas suas dimenses, perda de peso e

    consequentemente, reduo de sua resistividade.

    Os Perigos do Arco Eltrico

    Toda vez que ocorre a passagem de corrente eltrica pelo ar ou

    outro meio isolante (leo, por exemplo) est ocorrendo um arco

    eltrico. O arco eltrico (ou arco voltaico) uma ocorrncia de

    curtssima durao (menor que segundo), e muitos so to

    rpidos que o olho humano no chega a perceber. Os arcos

    eltricos so extremamente quentes. Prximo ao "laser", eles so a

    mais intensa fonte de calor na Terra. Sua temperatura pode

    alcanar 20.000C. Pessoas que estejam no raio de alguns metros

    de um arco podem sofrer severas queimaduras. Os arcos eltricos

    so eventos de mltipla energia. Forte exploso e energia acstica

    acompanham a intensa energia trmica. Em determinadas

    situaes, uma onda de presso tambm pode se formar, sendo

    capaz de atingir quem estiver prximo ao local da ocorrncia.

    Consequncias de Arcos Eltricos (Queimaduras e Quedas)

    Se houver centelha ou arco, a temperatura deste to alta que

    destri os tecidos do corpo. Todo cuidado pouco para evitar a

    abertura de arco atravs do operador. Tambm podem desprender-

    se partculas incandescentes que queimam ao atingir os olhos. O

  • arco pode ser causado por fatores relacionados a equipamentos, ao

    ambiente ou a pessoas. Uma falha pode ocorrer em equipamentos

    eltricos quando h um fluxo de corrente no intencional entre fase

    e terra, ou entre mltiplas fases. Isso pode ser causado por

    trabalhadores que fazem movimentos bruscos ou por descuido no

    manejo de ferramentas ou outros materiais condutivos quando

    esto trabalhando em partes energizadas da instalao ou prximo

    a elas. Outras causas podem estar relacionadas a equipamentos, e

    incluem falhas em partes condutoras que integram ou no os

    circuitos eltricos. Causas relacionadas ao ambiente incluem a

    contaminao por sujeira ou gua ou pela presena de insetos ou

    outros animais (gatos ou ratos que provocam curtos-circuitos em

    barramentos de painis ou subestaes).

    A quantidade de energia liberada durante um arco depende da

    corrente de curto-circuito e do tempo de atuao dos dispositivos de

    proteo contra sobre correntes. Altas correntes de curto-circuito e

    tempos longos de atuao dos dispositivos de proteo aumentam

    o risco do arco eltrico.

  • A severidade da leso para as pessoas na rea onde ocorre a falha

    depende da energia liberada durante a falha, da distncia que

    separa as pessoas do local e do tipo de roupa utilizada pelas

    pessoas expostas ao arco.

    As mais srias queimaduras por arco voltaico envolvem a ignio

    da roupa da vtima pelo calor do arco eltrico. Tempos

    relativamente longos (30 a 60 segundos, por exemplo) de queima

    contnua de uma roupa comum aumentam tanto o grau da

    queimadura quanto a rea total atingida no corpo. Isso afeta

    diretamente a gravidade da leso e a prpria sobrevivncia da

    vtima.

    A proteo contra o arco eltrico depende do clculo da energia que

    pode ser liberada no caso de um curto-circuito. As vestimentas de

    proteo adequadas devem cobrir todas as reas que possam estar

    expostas ao das energias oriundas do arco eltrico. Portanto,

    muitas vezes, alm da cobertura completa do corpo, elas devem

  • incluir capuzes. O que agora nos parece bvio, nem sempre foi

    observado, isto , se em determinadas situaes uma anlise de

    risco nos indica a necessidade de uma vestimenta de proteo

    contra o arco eltrico, essa vestimenta deve incluir proteo para o

    rosto, pescoo, cabelos, enfim, as partes da cabea que tambm

    possam sofrer danos se expostas a uma energia trmica muito

    intensa.

    Veja um exemplo do risco ao usar equipamento de proteo

    inadequado em uma determinada situao, nesse caso o arco

    eltrico foi to forte que resultou em bito, veja a imagem do que

    sobrou do capacete de proteo:

    Alm dos riscos de exposio aos efeitos trmicos do arco eltrico,

    tambm est presente o risco de ferimentos e quedas, decorrentes

    das ondas de presso que podem se formar pela expanso do ar.

    Na ocorrncia de um arco eltrico, uma onda de presso pode

    empurrar e derrubar o trabalhador que est prximo da origem do

    acidente. Essa queda pode resultar em leses mais graves se o

    trabalho estiver sendo realizado em uma altura superior a dois

    metros, o que pode ser muito comum em diversos tipos de

    instalaes.

  • Proteo Contra Perigos Resultantes do Arco Eltrico

    Os dispositivos e equipamentos que podem gerar arcos durante a

    sua operao devem ser selecionados e instalados de forma a

    garantir a segurana das pessoas que trabalham nessas

    instalaes. Vamos relacionar algumas medidas para garantir a

    proteo contra os perigos resultantes da ignio por arco.

    Utilizao de um ou mais dos seguintes meios:

    - dispositivos de abertura sob carga;

    - chave de aterramento resistente ao curto-circuito presumido;

    - sistemas de intertravamento;

    - fechaduras com chave no intercambiveis.

    Corredores operacionais to curtos, altos e largos quanto possvel;

    Coberturas slidas ou barreiras ao invs de coberturas ou telas;

    Equipamentos ensaiados para resistir aos arcos internos;

    Emprego de dispositivos limitadores de corrente;

    Seleo de tempos de interrupo muito curtos, o que pode ser

    obtido atravs de rels instantneos ou atravs de dispositivos

    sensveis a presso, luz ou calor, atuando em dispositivos de

    interrupo rpidos;

    Operao da instalao.

  • Campos Eletromagnticos Um campo eltrico uma grandeza vetorial (funo da posio e do

    tempo) que descrita por sua intensidade. Normalmente campos

    eltricos so medidos em volts por metro (V/m).

    Experincias demonstram que uma partcula carregada com carga

    Q, abandonada nas proximidades de um corpo carregado com

    carga, pode ser atrada ou repelida pelo mesmo sob a ao de uma

    fora F, a qual denominamos fora eltrica. A regio do espao ao

    redor da carga, em que isso acontece, denomina-se campo eltrico.

    Denomina-se campo magntico toda regio do espao na qual uma

    agulha imantada fica sob ao de uma fora magntica. O fato de

    um pedao de ferro ser atrado por um m conhecido por todos

    ns. A agulha da bssola um m. Colocando-se uma bssola nas

    proximidades de um corpo imantado ou nas proximidades da Terra,

    a agulha da bssola sofre desvio. A exposio aos campos

    eletromagnticos pode causar danos, especialmente quando da

    execuo de servios na transmisso e distribuio de energia

    eltrica, nos quais se empregam elevados nveis de tenso. Embora

    no haja comprovao cientfica, h suspeitas de que a radiao

    eletromagntica possa provocar o desenvolvimento de tumores.

    Entretanto, certo afirmar que essa exposio promove efeitos

    trmicos e endcrinos no organismo humano. Especial ateno

    deve ser dada aos trabalhadores expostos a essas condies que

    possuam prteses metlicas (pinos, encaixes, hastes), pois a

    radiao promove aquecimento intenso nos elementos metlicos,

    podendo provocar leses. Da mesma forma, os trabalhadores que

    portam aparelhos e equipamentos eletrnicos (marca-passo,

    amplificador auditivo, dosadores de insulina, etc.) devem se

    precaver dessa exposio, pois a radiao interfere nos circuitos

    eltricos, podendo criar disfunes nos aparelhos. Uma outra

    preocupao com a induo eltrica. Esse fenmeno pode ser

    particularmente importante quando h diferentes circuitos prximos

    uns dos outros.

    A passagem da corrente eltrica em condutores gera um campo

    eletromagntico que, por sua vez, induz uma corrente eltrica em

    condutores prximos. Assim, pode ocorrer a passagem de corrente

    eltrica em um circuito desenergizado se ele estiver prximo a outro

    circuito energizado. Por isso fundamental que voc, alm de

  • desligar o circuito no qual vai trabalhar, confira, com equipamentos

    apropriados (voltmetros ou detectores de tenso), se o circuito est

    efetivamente sem tenso.

    Outros Perigos e Riscos de Ambiente Podemos considerar como outros perigos e riscos, alm dos

    eltricos j conhecidos, os que so especficos de cada ambiente

    ou processo de trabalho que direta ou indiretamente, possam afetar

    a segurana e a sade dos que trabalham com a eletricidade, so

    eles:

    - Altura: em trabalhos com energia eltrica feitos em alturas como

    torres de transmisso e postes, deve ser seguido as instrues

    relativas a segurana para estas atividades.

    - Ambientes Confinados: nas atividades que exponham os

    trabalhadores a riscos de asfixia, exploso, intoxicao e doenas

    do trabalho, devem ser adotadas medidas especiais de proteo.

    - reas Classificadas: so ambientes de alto risco aqueles nos

    quais existe a possibilidade de vazamento de gases inflamveis em

    situao de funcionamento normal devido a razes diversas, como,

    por exemplo, desgaste ou deteriorao de equipamentos. Estas

    reas, tambm chamadas de ambientes explosivos, so

    classificadas conforme normas internacionais e de acordo com a

    classificao exigem a instalao de equipamentos e/ou interfaces

    que atendam s exigncias prescritas nas mesmas como

    exaustores, entre outros.

    - Instalaes Eltricas em Ambientes Explosivos: as instalaes

    e servios de eletricidade devem ser projetados, executados,

    operados, mantidos, reformados e ampliados de forma que

    permitam a adequada distribuio de energia e isolamento, correta

    proteo contra fugas de corrente, curtos-circuitos, choques

    eltricos, entre outros riscos.

    - Condies Atmosfricas (chuva, umidade e ventos): como j

    vimos num captulo anteriormente, sabemos que a existncia de

    umidade no ar propicia a diminuio da capacidade disruptiva do ar,

  • aumentando assim o risco de acidentes eltricos. Todo o trabalho

    em equipamentos energizados s deve ser iniciado com boas

    condies meteorolgicas, no sendo permitidos trabalhos sob

    chuva, neblina densa ou ventos.

    - Descargas Atmosfricas (Raios): um fenmeno da natureza

    absolutamente imprevisvel tanto em relao s suas caractersticas

    eltricas como em relao aos efeitos destruidores decorrentes de

    sua incidncia sobre as edificaes, as pessoas ou animais.

    - Sobretenses Transitrias Provocadas por Raios: Um raio ao

    cair na terra pode provocar grande destruio, devido ao alto valor

    de sua corrente eltrica, que gera intensos campos

    eletromagnticos, calor, etc. Alm dos danos causados diretamente

    pela corrente eltrica e pelo intenso calor, o raio pode provocar

    sobretenses em redes de energia eltrica, em redes de

    telecomunicaes, de TV a cabo, antenas parablicas, redes de

    transmisso de dados, etc. Essa sobretenso denominada

    Sobretenso Transitria, podendo inclusive chegar at as

    instalaes eltricas internas ou de telefonia, de TV a cabo ou de

    qualquer unidade consumidora (casa/escritrio/indstria).

    Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade Os atos inseguros so, geralmente, definidos como causas de

    acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano,

    isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefas de forma

    contrria s normas de segurana. a maneira como os

    trabalhadores se expem (consciente ou inconscientemente) aos

    riscos de acidentes.

    falsa a ideia de que no se pode predizer nem controlar o

    comportamento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores

    relacionados com a ocorrncia dos atos inseguros e control-los.

    Descrevemos alguns fatores que podem levar os trabalhadores a

    praticarem atos inseguros sendo causas diretas de acidentes:

    - Inadaptao entre homem e funo por fatores

    constitucionais: exemplos; sexo, idade, tempo de reao aos

  • estmulos, coordenao motora, agressividade, impulsividade, nvel

    de inteligncia, grau de ateno.

    - Os fatores circunstanciais que influenciam no desempenho do

    indivduo no momento da execuo da atividade. Podem ser fatores

    como problemas familiares, abalos emocionais, discusso com

    colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doena, etc.

    - Desconhecimento dos riscos da funo e/ou da forma de

    evit-los: Estes fatores so na maioria das vezes causados por

    seleo ineficaz, falhas ou falta de treinamento.

    - Desajustamento: este fator relacionado com certas condies

    especficas do trabalho como: problema com a chefia, problemas

    com os colegas, polticas salariais imprprias, poltica

    promocionalim prpria, clima de insegurana.

    - Personalidade: fatores que fazem parte das caractersticas da

    personalidade do trabalhador e que se manifestam por

    comportamentos imprprios com a atividade exercida como: o

    desleixado, o macho, o exibicionista, o desatento, o brincalho.

    Podemos ento especificar como causas diretas de acidentes

    eltricos as propiciadas pelo contato direto por falha de isolamento,

    podendo estas ainda serem classificadas quanto ao tipo de contato

    fsico:

    Contatos diretos: o contato com partes metlicas normalmente

    sob tenso (partes vivas).

    Contatos indiretos: o contato com partes metlicas normalmente

    no energizadas(massas), mas que podem ficar energizadas devido

    a uma falha de isolamento. O acidente mais comum a que esto

    submetidas as pessoas, principalmente aquelas que trabalham em

    processos industriais ou desempenham tarefas de manuteno e

    operao de sistemas industriais, o toque acidental em partes

    metlicas energizadas, ficando o corpo ligado eletricamente sob

    tenso entre fase e terra.

  • Causas Indiretas de Acidentes com Eletricidade As causas indiretas de acidentes com eletricidade podemos

    especificar por trs grandes causas como: originadas por descargas

    atmosfricas, originadas por tenses induzidas eletromagnticas e

    originadas por tenses estticas.

    Segue uma breve descrio de cada causa:

    Descargas Atmosfricas: As descargas atmosfricas induzem

    surtos de tenso que chegam a centenas de milhares de volts. A

    frico entre as partculas de gua que formam as nuvens,

    provocada pelos ventos ascendentes de forte intensidade, do

    origem a grandes quantidades de cargas eltricas.

    Realizando-se uma experincia observou-se que as cargas eltricas

    positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas

    eltricas negativas se posicionam na parte inferior, acarretando

    consequentemente uma intensa migrao de cargas positivas na

    superfcie da terra para a rea correspondente localizao da

    nuvem, dando dessa forma uma caracterstica bipolar s nuvens. A

    concentrao de cargas eltricas positivas e negativas numa

    determinada regio faz surgir uma diferena de potencial entre a

    terra e a nuvem. No entanto, o ar apresenta uma determinada

    rigidez dieltrica, normalmente elevada, que depende de certas

    condies ambientais. O aumento dessa diferena de potencial, que

    se denomina gradiente de tenso, poder atingir um valor que

    supere a rigidez dieltrica do ar interposto entre a nuvem e a terra,

  • fazendo com que as cargas eltricas migrem na direo da terra,

    num trajeto tortuoso e normalmente cheio de ramificaes, cujo

    fenmeno conhecido como descarga piloto (raio).

    Tenso Esttica: Os condutores possuem eltrons livres e,

    portanto, podem ser eletrizados por induo. Os isoladores,

    conhecidos tambm por dieltricos, praticamente no possuem

    eltrons livres. Normalmente, os centros de gravidade das massas

    dos eltrons e prtons de um tomo coincidem-se e localizam-se no

    seu centro. Quando um corpo carregado se aproxima desses

    tomos, h um deslocamento muito pequeno dos seus eltrons e

    prtons, de modo que os centros de gravidade destes no mais se

    coincidem, formando assim um dipolo eltrico.

    Um dieltrico que possui tomos assim deformados (achatados)

    est eletricamente polarizado gerando o choque de tenso esttica

    (descarga) ao tocar.

    Tenses Induzidas em Linhas de Transmisses de Alta-

    Tenso: Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em

    condies secas, as linhas sofrem uma contnua induo que se

    soma s demais tenses presentes. As tenses estticas crescem

    continuamente, e aps um longo perodo de tempo podem ser

    relativamente elevadas.

    Ao aterrarmos uma linha, as correntes, devido s tenses induzidas

    capacitivas e s tenses estticas ao referencial de terra, so

    drenadas imediatamente. Todavia, existiro tenses de

    acoplamento capacitivo e eletromagntico induzidas pelos

    condutores energizados prximos linha.

  • Medidas de Controle do Risco Eltrico MCRE Os riscos segurana e sade dos trabalhadores no setor de

    energia eltrica so elevados, podendo levar a leses de grande

    gravidade e so especficos a cada tipo de atividade. Porm, o

    maior risco segurana e sade dos trabalhadores o de origem

    eltrica. A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de

    risco ao homem. Mesmo em baixas tenses ela representa perigo

    integridade fsica e sade do trabalhador. Sua ao mais nociva a

    ocorrncia do choque eltrico com consequncias diretas e

    indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras).

    Tambm apresenta risco devido possibilidade de ocorrncias de

    curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema eltrico

    originando grandes incndios e exploses.

    O que vamos mostrar agora uma tcnica qualitativa cujo objetivo

    consiste na identificao dos riscos/perigos potenciais decorrentes

    de novas instalaes ou da operao das j existentes.

    Em uma instalao programada, para cada evento perigoso

    identificado em conjunto com as respectivas consequncias, um

    conjunto de causas levantado, possibilitando a classificao

    qualitativa do risco associado, de acordo com categorias pr

    estabelecidas; de frequncia, de ocorrncia, do cenrio, de acidente

    e de severidade das consequncias.

    Mais conhecida como APR/APP (Anlise preliminar de risco e/ou

    perigos) permite uma ordenao qualitativa dos cenrios de

    acidentes encontrados, facilitando a proposio e a priorizao de

    medidas para reduo dos riscos da instalao, quando julgadas

    necessrias, alm da avaliao da necessidade de aplicao de

    tcnicas complementares de anlise.

    A metodologia adotada nas APR/APP compreende na execuo

    das seguintes tarefas:

    a) definir os objetivos e o escopo da anlise;

    b) definir as fronteiras das instalaes analisadas;

    c) coletar informaes sobre a regio, das instalaes, das

    substncias perigosas envolvidas e dos processos;

    d) subdividir a instalao em mdulos para anlise;

    e) realizar a APR/APP (fazer a planilha de riscos);

  • f) elaborar estatsticas dos cenrios identificados por categorias de

    frequncia e de severidade;

    g) e por fim analisar os resultados, elaborar recomendaes quando

    necessrio e preparar o relatrio final.

    As principais informaes requeridas para a fazer uma APR/APP

    so as seguintes:

    Das instalaes: especificaes tcnicas de projeto,

    especificaes de equipamentos, lay-out das instalaes e

    descrio dos principais sistemas de proteo e segurana;

    Dos processos: descrio dos processos envolvidos;

    das substncias: caractersticas e propriedades fsicas e qumicas

    das mesmas.

    Para simplificar a realizao da anlise, as instalaes estudadas

    so divididas em "mdulos de anlise", os quais podem ser:

    unidades completas, locais de servio eltrico, partes de locais de

    servio eltrico ou partes especficas das instalaes, tais como

    subestaes, painis, etc.

    A diviso das instalaes feita com base em critrios de

    funcionalidade, complexidade e proximidade fsica.

    Para voc entender melhor a planilha acima, iremos explicar nas

    prximas lies os detalhes de cada MCRE (medidas de controle de

    riscos eltricos).

  • MCRE Desenergizao

    A desenergizao um conjunto de aes coordenadas,

    sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva

    ausncia de tenso no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante

    todo o tempo de interveno e sob controle dos trabalhadores

    envolvidos.

    Somente sero consideradas desenergizadas as instalaes

    eltricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos

    apropriados e obedecida a sequncia a seguir:

    Seccionamento: o ato de promover a descontinuidade eltrica

    total, com afastamento adequado entre um circuito ou dispositivo e

    outro, obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado

    (chave seccionadora, interruptor, disjuntor), acionado por meios

    manuais ou automticos, ou ainda atravs de ferramental

    apropriado e segundo procedimentos especficos.

    Impedimento de reenergizao: o estabelecimento de

    condies que impedem, de modo reconhecidamente garantido, a

    reenergizao do circuito ou equipamento desenergizado,

    assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento. Na

    prtica trata-se da aplicao de travamentos mecnicos, por meio

    de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou

    com sistemas informatizados equivalentes.

    Dever ser utilizado um sistema de travamento do dispositivo de

    seccionamento, para o quadro, painel ou caixa de energia eltrica e

    garantir o efetivo impedimento de reenergizao involuntria ou

    acidental do circuito ou equipamento durante a execuo da

    atividade que originou o seccionamento. Deve-se tambm fixar

    placas de sinalizao alertando sobre a proibio da ligao da

    chave e indicando que o circuito est em manuteno.

  • O risco de energizar inadvertidamente o circuito grande em

    atividades que envolvam equipes diferentes, onde mais de um

    empregado estiver trabalhando. Nesse caso a eliminao do risco

    obtida pelo emprego de tantos bloqueios quantos forem necessrios

    para execuo da atividade.

    Dessa forma, o circuito ser novamente energizado quando o ltimo

    empregado concluir seu servio e destravar os bloqueios. Aps a

    concluso dos servios devero ser adotados os procedimentos de

    liberao especficos.

    A desenergizao de circuito ou mesmo de todos os circuitos numa

    instalao deve ser sempre programada e amplamente divulgada

    para que a interrupo da energia eltrica reduza os transtornos e a

    possibilidade de acidentes.

    A reenergizao dever ser autorizada mediante a divulgao a

    todos os envolvidos e somente depois da retirada dos lacres e

    cadeados de proteo.

    Constatao da ausncia de tenso: a verificao da efetiva

    ausncia de tenso nos condutores do circuito eltrico. Deve ser

    feita com detectores testados antes e aps a verificao da

    ausncia de tenso, sendo realizada por contato ou por

    aproximao e de acordo com procedimentos especficos.

    Instalao de aterramento temporrio com equipotencializao

    dos condutores dos circuitos: constatada a inexistncia de

    tenso, um condutor do conjunto de aterramento temporrio dever

  • ser ligado a uma haste conectada terra. Na sequncia, devero

    ser conectadas as garras de aterramento aos condutores fase,

    previamente desligados.

    OBS.: Trabalhar entre dois pontos devidamente aterrados.

    Proteo dos elementos energizados existentes na zona

    controlada: define-se zona controlada como, rea em torno da

    parte condutora energizada, segregada, acessvel, de dimenses

    estabelecidas de acordo com nvel de tenso, cuja aproximao s

    permitida a profissionais autorizados, como disposto no anexo II

    da Norma Regulamentadora N10. Podendo ser feito com

    anteparos, dupla isolao invlucros, etc.

    Instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao:

    dever ser adotada sinalizao adequada de segurana, destinada

    advertncia e identificao da razo de desenergizao e

    informaes do responsvel.

  • Os cartes, avisos, placas ou etiquetas de sinalizao do

    travamento ou bloqueio devem ser claros e adequadamente

    fixados. No caso de mtodo alternativo, procedimentos especficos

    devero assegurar a comunicao da condio impeditiva de

    energizao a todos os possveis usurios do sistema. Somente

    aps a concluso dos servios e verificao de ausncia de

    anormalidades, o trabalhador providenciar a retirada de

    ferramentas, equipamentos e utenslios e por fim o dispositivo

    individual de travamento e etiqueta correspondente.

    Os responsveis pelos servios, aps inspeo geral e certificao

    da retirada de todos os travamentos, cartes e bloqueios,

    providenciar a remoo dos conjuntos de aterramento, e adotar

    os procedimentos de liberao do sistema eltrico para operao.

    A retirada dos conjuntos de aterramento temporrio dever ocorrer

    em ordem inversa de sua instalao.

    Os servios a serem executados em instalaes eltricas

    desenergizadas, mas com possibilidade de energizao, por

    qualquer meio ou razo, devem atender ao que estabelece o

    disposto no item 10.6. da NR 10, que diz respeito a segurana em

    instalaes eltricas desenergizadas.

    MCRE - Aterramento Funcional, de Proteo e Temporrio (TN / TT / IT) O Aterramento nada mais que uma ligao intencional terra

    atravs da qual correntes eltricas podem fluir.

    O aterramento classificado por:

    Funcional: ligao atravs de um dos condutores do sistema

    neutro.

    De Proteo: ligao terra das massas e dos elementos

    condutores estranhos instalao.

    Temporrio: ligao eltrica efetiva com baixa impedncia

    intencional terra, destinada a garantir a equipotencialidade e

    mantida continuamente durante a interveno na instalao eltrica.

  • Tipo de Aterramento

    Na classificao dos esquemas de aterramento utilizada uma

    simbologia padro, onde a primeira letra indica a situao da

    alimentao em relao terra:

    T = um ponto diretamente aterrado;

    I = isolao de todas as partes vivas em relao terra ou

    aterramento de um ponto atravs de impedncia.

    J a segunda letra indica a situao das massas da instalao

    eltrica em relao terra:

    T = massas diretamente aterradas, independentemente do

    aterramento eventual de um ponto da alimentao;

    N = massas ligadas ao ponto da alimentao aterrado (em corrente

    alternada, o ponto aterrado normalmente o ponto neutro);

    E outras letras (eventuais) indicam a disposio do condutor neutro

    e do condutor de proteo:

    S = funes de neutro e de proteo asseguradas por condutores

    distintos;

    C = funes de neutro e de proteo combinada sem um nico

    condutor (condutor PEN).

    Esquemas de aterramento

    Conforme a NBR-5410/2004 so considerados os esquemas de

    aterramento TN / TT / IT, cabendo as seguintes observaes sobre

    as ilustraes e smbolos utilizados:

    As figuras na sequncia, que ilustram os esquemas de aterramento,

    devem ser interpretadas de forma genrica. Elas utilizam como

    exemplo sistemas trifsicos.

  • Aterramento TN-S

    Aterramento TN-C

    Aterramento TN-CS

  • Aterramento TT

    a)

    b)

    Aterramento IT

    a)

  • b)

    Aterramento temporrio

    O aterramento eltrico temporrio de uma instalao tem por funo

    evitar acidentes gerados pela energizao acidental da rede,

    propiciando rpida atuao do sistema automtico de

    seccionamento ou proteo. Tambm tem o objetivo de promover

    proteo aos trabalhadores contra descargas atmosfricas que

    possam interagir ao longo do circuito em interveno. Esse

    procedimento dever ser adotado a montante (antes) e a jusante

    (depois) do ponto de interveno do circuito e derivaes se houver,

    salvo quando a interveno ocorrer no final do trecho. Deve ser

    retirado ao final dos servios.

    Para cada classe de tenso existe um tipo de aterramento

    temporrio. O mais usado em trabalhos de manuteno ou

    instalao nas linhas de distribuio um conjunto ou Kit padro

    composto pelos seguintes elementos:

    - vara ou basto de manobra em material isolante, com cabeotes

    de manobra;

    - grampos condutores para conexo do conjunto de aterramento com os condutores e a terra;

    - trapzio de suspenso - para elevao do conjunto de grampos

    linha e conexo dos cabos de interligao das fases, de material

    leve e bom condutor, permitindo perfeita conexo eltrica e

    mecnica dos cabos de interligao das fases e descida para terra;

    - grampos para conexo aos condutores e ao ponto de terra; - cabos de aterramento de cobre, extra flexvel e isolado;

  • - trado ou haste de aterramento para ligao do conjunto de aterramento com o solo, deve ser dimensionado para propiciar

    baixa resistncia de terra e boa rea de contato com o solo.

    Nas subestaes, por ocasio da manuteno dos componentes, se

    conecta os componentes do aterramento temporrio malha de

    aterramento fixa, j existente.

    MCRE Equipotencializao

    Podemos definir equipotencializao como o conjunto de medidas

    que visa minimizar as diferenas de potenciais entre componentes

    de instalaes eltricas de energia e de sinal (telecomunicaes,

    rede de dados, etc.), prevenindo acidentes com pessoas e baixando

    a nveis aceitveis os danos tanto nessas instalaes quanto nos

    equipamentos a elas conectados.

    Todas as massas de uma instalao devem estar ligadas os

    condutores de proteo. Em cada edificao deve ser realizada

    uma equipotencializao principal, em condies especificadas, e

    tantas equipotencializaes suplementares quantas forem

    necessrias.

    Todas as massas da instalao situadas em uma mesma edificao

    devem estar vinculadas equipotencializao principal (BEP) da

    edificao e, dessa forma, a um mesmo e nico eletrodo de

    aterramento. Isso sem prejuzo de equipotencializaes adicionais

    que se faam necessrias, para fins de proteo contra choques

    e/ou de compatibilidade eletromagntica.

    Massas simultaneamente acessveis devem estar vinculadas a um

    mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuzo de

    equipotencializaes adicionais que se faam necessrias, para fins

    de proteo contra choques e/ou de compatibilidade

    eletromagntica.

    Massas protegidas contra choques eltricos por um mesmo

    dispositivo, dentro das regras da proteo por seccionamento

    automtico da alimentao, devem estar vinculadas a um mesmo

    eletrodo de aterramento (BEP), sem prejuzo de

    equipotencializaes adicionais que se faam necessrias, para fins

    de proteo contra choques e/ou de compatibilidade

  • eletromagntica. Todo circuito deve dispor de condutor de proteo,

    em toda sua extenso.

    *BEP: Barra de Equipotencializao Principal

    Veja a seguir um esquema de Equipotencializao por BEP:

    1- Condutor de aterramento

    2- Estrutura do prdio

    3- a) gua (*) = Vlvula

    3- b) Gs

    3- c) Esgoto

    3- d) Duto de ar condicionado

    4- a) Eletroduto de Sinal

    4- b) Eletroduto de eltrica

    5 - Eletrodo de ligao BEP x Estrutura do Prdio

    BEP = Barra de Equipotencializao Principal

    EC = Condutor de Equipotencializao

    MCRE - Seccionamento Automtico da Alimentao

    O seccionamento automtico possui um dispositivo de proteo que

    dever seccionar automaticamente a alimentao do circuito ou

    equipamento por ele protegido sempre que uma falta (contato entre

    parte viva e massa, entre parte viva e condutor de proteo e ainda

  • entre partes vivas) no circuito ou equipamento der origem a uma

    corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de proteo,

    levando-se em conta o tempo de exposio tenso de contato.

    Cabe salientar que estas medidas de proteo requerem a

    coordenao entre o esquema de aterramento adotado e as

    caractersticas dos condutores e dispositivos de proteo. O

    seccionamento automtico de suma importncia em relao a:

    - proteo de contatos diretos e indiretos de pessoas e animais;

    - proteo do sistema com altas temperaturas e arcos eltricos;

    - quando as correntes ultrapassarem os valores estabelecidos para

    o circuito;

    - proteo contra correntes de curto-circuito;

    - proteo contra sobre tenses.

    Um dispositivo de proteo deve seccionar automaticamente a

    alimentao do circuito ou equipamento protegido contra contatos

    indiretos sempre que uma falta entre a parte viva e a massa no

    circuito ou equipamento considerado der origem a uma tenso de

    contato superior ao valor apropriado de [UL (V)].

    Veja nas lies seguintes a diferenciao entre cada sistema.

    MCRE - Dispositivo de proteo a corrente diferencial-residual DR

    Antes de falar diretamente sobre o dispositivo DR preciso

    esclarecer alguns pontos importante quanto utilizao destes

    dispositivos.

    Na verdade independentemente do esquema de aterramento que

    est sendo usado (TN / TT / IT), o uso de proteo DR, mais

    particularmente de alta sensibilidade (isto , com corrente

    diferencial-residual nominal igual ou inferior a 30 mA), tornou-se

    expressamente obrigatrio nos seguintes casos:

    - circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo

    banheiro ou chuveiro;

    - circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em reas

    externas edificao;

    - circuitos de tomadas de corrente situadas em reas internas que

    possam vir a alimentar equipamentos no exterior;

  • - circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas,

    lavanderias, reas de servio, garagens e, no geral, de todo local

    interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.

    O DR mede permanentemente a soma vetorial das correntes que

    percorrem os condutores. Enquanto o circuito se mantiver

    eletricamente igual, a soma vetorial das correntes nos seus

    condutores praticamente nula. Ocorrendo a falha de isolamento

    em um equipamento alimentado por esse circuito, interromper uma

    corrente de falta terra, ou seja, haver uma corrente residual para

    a terra. Devido a este "vazamento" de corrente para a terra, a soma

    vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo DR no

    mais nula e o dispositivo detecta justamente essa diferena de

    corrente.

    Se alguma pessoa vier a tocar uma parte viva do circuito protegido:

    a poro de corrente que ir circular pelo corpo da pessoa

  • provocar igualmente um desequilbrio na soma vetorial das

    correntes a diferena, ento, detectada pelo dispositivo diferencial, tal como se fosse uma corrente de falta terra. Quando

    essa diferena atinge um determinado valor, ativado o rel. Este

    rel ir provocar a abertura dos contatos principais do prprio

    dispositivo ou de um disjuntor, desligando o circuito

    instantaneamente.

    Os dispositivos fabricados atualmente, normalmente tm

    capacidade de interromper o fornecimento de energia eltrica a

    equipamentos ou a circuitos eltricos que operem com correntes at

    160A. A sensibilidade exigida do dispositivo, para detectar correntes

    de fuga, depender das caractersticas do circuito em ser instalado

    (rels de sobre corrente de fase e neutro, rels de alta impedncia,

    etc).

    A sensibilidade determina se um DR pode ser aplicado proteo

    contra contatos indiretos e proteo contra contatos diretos. A

    aplicao do DR pode ser dividido em:

    - Uso obrigatrio de DR de alta sensibilidade (30 mA): Na

    proteo complementar contra choques eltricos em circuitos de

    banheiros, tomadas externas, tomadas de cozinhas, lavanderias,

    reas de servio, garagens e assemelhados.

    - Uso de DR de alta sensibilidade (30 mA) como alternativa: Na

    proteo de equipamentos situados prximos piscinas.

    - Uso previsto de DR de baixa sensibilidade (500 mA): Um dos

    meios prescritos para limitar as correntes de falta/fuga terra em

    locais que processem ou armazenem materiais inflamveis.

  • Na prtica a proteo diferencial-residual pode ser realizada atravs

    de:

    - interruptores diferenciais-residuais;

    - disjuntores com proteo diferencial-residual incorporada;

    - tomadas com interruptor DR incorporado (pouco usadas

    atualmente);

    - blocos diferenciais acoplveis e disjuntores em caixa moldada ou

    a disjuntores modulares (mini disjuntores);

    - peas avulsas (rel DR e transformador de corrente toroidal) que

    so associadas apenas a um elemento desinalizao e/ou alarme,

    se eventualmente for apenas este, e no um desligamento, que o

    objetivo da deteco diferencial-residual (normalmente usado na

    indstria em equipamentos com suspeita de curto ou fuga).

    MCRE - Proteo por Extrabaixa Tenso: SELV E PELV

    Visando a segurana este mtodo excelente, pois neste caso o

    fator de segurana 3x maior devido a trs fatores: a isolao

    funcional, a isolao do sistema (transformadores) e a reduo da

    tenso. Porm na prtica este mtodo de proteo tem algumas

    desvantagens como: necessidade de uma instalao eltrica de

    baixa tenso, grandes seces transversais para os condutores de

    fornecimento da baixa tenso e, frequentemente, construo de

    equipamentos de dimenses relativamente grandes quando

    comparados com equipamentos que se utilizam de tenses mais

    altas para o seu funcionamento.

    Vamos s definies dos sistemas:

    Sistema SELV (do ingls: separated extra-low voltage): Sistema de

    extra baixa tenso que eletricamente separada da terra de outros

    sistemas e de tal modo que a ocorrncia de uma nica falta no

    resulta em risco de choque eltrico.

    Sistema PELV (do ingls: protected extra-low voltage): Sistema de

    extra baixa tenso que no eletricamente separado da terra mas

    que preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um

    SELV.

    Os circuitos SELV no tm qualquer ponto aterrado nem massas

    aterradas. Os circuitos PELV podem ser aterrados ou ter massas

    aterradas.

  • Dependendo da tenso nominal do sistema SELV ou PELV e das

    condies de uso, a proteo bsica proporcionada por:

    - Limitao da tenso;

    - Isolao bsica ou uso de barreiras ou invlucros;

    - Condies ambientais e construtivas em o equipamento esta

    inserido.

    As partes vivas de um sistema SELV ou PELV no precisam

    necessariamente ser inacessveis, podendo dispensar isolao

    bsica, barreira ou invlucro, porm deve atender as exigncias

    mnimas da norma NBR 5410/2004.

    MCRE - Barreiras e Invlucros So dispositivos que impedem qualquer contato com partes

    energizadas das instalaes eltricas. So componentes que visam

    impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes

    energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam advertidas de

    que as partes acessveis atravs das aberturas esto energizadas e

    no devem ser tocadas.

    As barreiras devem ser fortes e fixadas de forma segura e que

    tenham durabilidade, tendo como fator de referncia o ambiente em

    que est inserido. S podero ser retirados com chaves ou

    ferramentas apropriadas e tambm como predisposio uma

    segunda barreira ou isolao que no possa ser retirada sem ajuda

    de chaves ou ferramentas apropriadas.

    Ex.: Telas de proteo com parafusos de fixao e tampas de

    painis, etc.

  • O uso de barreiras ou invlucros, como meio de proteo bsica,

    destina-se a impedir qualquer contato com partes vivas. As partes

    vivas devem ser confinadas no interior de invlucros ou atrs de

    barreiras que garantam grau de proteo.

    Quando o invlucro ou barreira compreender superfcies superiores,

    horizontais, que sejam diretamente acessveis, elas devem garantir

    grau de proteo mnimo.

    MCRE - Bloqueios e Impedimentos

    Bloqueio a ao destinada a manter, por meios mecnicos um

    dispositivo de manobra fixo numa determinada posio, de forma a

    impedir uma ao no autorizada, em geral utilizam cadeados.

    Dispositivos de bloqueio so aqueles que impedem o acionamento

    ou religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

    importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio,

  • ou seja, a insero de mais de um cadeado, por exemplo, para

    trabalhos simultneos de mais de uma equipe de manuteno.

    Toda ao de bloqueio deve estar acompanhada de etiqueta de

    sinalizao, com o nome do profissional responsvel, data, setor de

    trabalho e forma de comunicao.

    Os obstculos e anteparos devem impedir:

    - uma aproximao fsica no intencional das partes vivas (como

    por meio de corrimos ou de telas de arame);

    - contatos no intencionais com partes vivas por ocasio de

    operao de equipamentos sob tenso (por exemplo, por meio de

    telas ou painis sobre os seccionadores).

  • MCRE Isolamento

    O isolamento feito para impedir todo o contato com as partes

    vivas da instalao eltrica. As partes vivas devem ser

    completamente recobertas por uma isolao que s pode ser

    removida atravs de sua destruio.

    Isolamento em partes vivas (rede)

    O isolamento par