instalação da boavista-1

52
N.º 39 | Setembro 2015 Notícias Revista tRimestRal infoRmação GeRal DistRibuição GRatuita REPORTAGEM INSTALAÇÃO DA BOAVISTA-1 Distribuição de combustível a todos ESPECIAL ANGOLA RENOVADA 4 0 ANOS DE INDEPENDÊNCIA DESENVOLVIMENTO ENCOSTAS DA BOAVISTA OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO EM CURSO ACTUALIDADE LIANZI PRODUÇÃO DE PETRóLEO à VISTA ECONOMIA FILDA 2015 FóRUNS MARCAM DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA

Upload: lamthuan

Post on 07-Jan-2017

236 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: INstalação da BoavIsta-1

N.º 39 | Setembro 2015

NotíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita

reportagem

INstalação da BoavIsta-1Distribuição de combustível a todos

eSpeCIaL

ANGOLA RENOVADA40 aNoS De INDepeNDÊNCIa

DESENVOLVIMENTO

ENCOSTAS DA BOAVISTAoBraS De reQUaLIFICaÇÃo em CUrSo

ACTUALIDADE

LIANzIproDUÇÃo De petróLeo à vISta

eCoNomIa

fILDA 2015FórUNS marCam DIverSIFICaÇÃo Da eCoNomIa

Page 2: INstalação da BoavIsta-1
Page 3: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 3

Índice

6aCtUaLIDaDe

LIANZIProdução de petróleo à vista

26marKetINg

nGolInocência Godinho responde a perguntas frequentes sobre

lubrificantes

20reportagem

sonanGol loGÍstiCaEm grande no comércio

de combustível

28DeSeNvoLvImeNto

ENTREVISTAO Presidente da Comissão Executiva

da Sonaref, João Ramos

32eSpeCIaL

anGola RenovaDaComemorações de 40 anos

de independência

35FIgUra

aGostinHo netoO herói de toda uma nação

43tUrISmo

vÁ PaRa foRa CÁ DentRoMalanje e Namibe em destaque

38CULtUra

anGola 40 anosSonangol patrocinou vários eventos

comemorativos por todo o país

46DeSporto

12.º tÍtulo De basQuetebol

Artur Barros revela o segredo do sucesso do Atlético Petróleos de Luanda

n.º 39 | setembRo 2015DistRibuição GRatuita

NotÍCIas

revista disponÍvel nos voos >>>

Este material está protegido pelos direitos de autor. Todos os direitos estão reservados. Por favor contacte o editor para autorização de cópia, distribuição ou re-impressão. Todos os conteúdos são da responsabilidade da Sonangol.

ProPriedade Sonangol, E.P.

Sede Rua Rainha Ginga, 29/31 Caixa Postal 1316 Luanda

Tel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996

www.sonangol.co.ao

ConSelho de adminiStração PreSidente

Francisco de Lemos José Maria

adminiStradoreS exeCutivoSAnabela Soares de Brito Fonseca, Ana Joaquina Van-Dúnem Alves da Costa,

Fernando Joaquim Roberto, Fernandes Gaspar Bernardo Mateus, Mateus Sebastião Francisco Neto, Paulino

Fernando Carvalho Jerónimo

adminiStradoreS não exeCutivoS

Albina Assis Africano, José Gime,

André Lelo e José Paiva.

Gabinete de ComuniCação

e imaGem

[email protected]

direCtor

Mateus Cristóvão Benza

SuPerviSão

Nadiejda Santos, Hélder Sirgado,

Paula Almeida, Kimesso Kissoka

FotoGraFia

José Ribeiro Quarenta,

Henrique Lima Artur

diStribuição

Carvalho Neto, Diogo Lino

imPreSSãoDamer Gráficas, S. A.

tiraGem 5.000 exemplares

deSiGn GráFiCo, aPoio editorial

e ProduçãoZwela Publishing

Page 4: INstalação da BoavIsta-1

4 | Sonangol Notícias

sonanGol – foRmaR PaRa o CResCimento De anGola

Encaminhamo-nos para os 40 anos da Independência, e, inevitavelmente, a nossa memória fixa-se em tempos de angústia, destruição e luto, mas, também, na imensa alegria que constituiu a quebra dos ferrolhos que, por 500 anos, nos prenderam ao jugo colonial. De então para cá muitas outras lembranças, agradáveis

algumas, aziagas outras, povoam a nossa memória colectiva. E, de entre elas, sobressaem as dificuldades que passámos devido à falta de quadros qualificados indispensáveis ao desenvolvimento harmonioso do País.Angola livre era ainda imberbe quando se deu o nascimento da Sonangol. Tomadas as rédeas do País, a necessidade de afirmação e controlo do tecido produtivo assumiu a urgência de imperioso desígnio nacional. E foi por entre fortes dores de crescimento que

a Nação se viu obrigada a delinear a melhor estratégia para chegar rapidamente a porto seguro, apostando, desde a primeira hora, na formação dos homens e mulheres, ontem como hoje, o valor primeiro de qualquer País. A enorme responsabilidade que sobre a petrolífera nacional pesava, impelia o seu urgente crescimento, o que levou ao envio dos primeiros quadros, em busca de capacitação e proficiência, para suprimento das necessidades mais ingentes.Em 1991, fruto de pensamento estruturado e direcionado, a Sonangol enviou para o exterior um número de estudantes até então sem precedentes. Muitos desses jovens são, hoje, pilares importantes da petrolífera e quadros valiosos de outros sectores da vida nacional. Este movimento de qualificação contínua conheceu, entretanto, alguns hiatos, compensados, com a selecção e envio, em 2005, do maior número até hoje registado, de estudantes para algumas das mais conceituadas instituições de ensino em diferentes pontos do mundo. Mais de dez anos passados, e com vários dos últimos formados devidamente habilitados e inseridos na engrenagem que garante o crescimento de Angola, o processo de formação de quadros mantém-se entre as prioridades da Sonangol. As premissas desta estratégia mantêm-se tal qual como na primeira hora: a) Os homens e mulheres são os principais activos e os obreiros capazes de vencer os enormes desafios que se perfilam no horizonte

da nossa imensa Nação;b) O desenvolvimento social e económico do País carece de homens e mulheres especializadas nas mais diversas ciências, com

maior acuidade nos tempos que correm, pois, a questão energética tende a pontificar e capitalizar ainda mais no futuro próximo as agendas de importantes fóruns mundiais.

A pretensão da Sonangol não está na quantidade nem na aquisição do tão apetecível «canudo». O que se pretende, em correspondência directa com os interesses do País, é a formação académica superior de quadros com valências de credibilidade universais. Só com este capital humano será possível construir um futuro em bases sólidas e corporizar a intenção de angolanização do sector petrolífero sem se perder de vista que, com angolanos competentemente habilitados, ganha a Sonangol e ganha o País, que fortalece o know-how indispensável para o combate às assimetrias e ao desenvolvimento do todo nacional.O processo de formação, por bolsas, regista, entretanto, uma pausa, imposta por um preocupante défice de qualificação dos candidatos. Nos últimos anos, do universo de estudantes enviado para o exterior, apenas um terço tem conseguido o acesso às mais reputadas instituições de ensino.É pouco. Muito pouco.Identificada a deficiência impôs-se nova via, centrada em preparação mais cuidada dos candidatos, consentânea com a essência de tão nobre propósito.Só uma selecção criteriosa permitirá, à Sonangol e ao País, a formação de quadros de reconhecida competência, nacional e internacional, que tanta falta fazem ao projecto de construção de uma Angola pujante e solidária.

Mateus Cristóvão

Editorial

Page 5: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 5

A abrir

Sonangol é uma empreSa Sólida

Durante a conferência de imprensa convocada pela Sonangol E.P. a 13 de Julho, em Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da empresa, Francisco de Lemos José Maria, garantiu à opinião pública nacional e internacional a operacionalidade do maior grupo empresarial do país. As declarações do PCA surgiram após a publicação de notícias segundo as quais a petrolífera estaria em “falência técnica”: “A Sonangol E.P. afirma aos seus clientes, credores e principalmente aos seus colaboradores, que é uma empresa estável e operacionalmente robusta, o que é extensível ao segmento comercial e financeiro”, referiu. No dia anterior à conferência, a Sonangol havia emitido um Comunicado de Imprensa no qual apresentava os seus resultados operacionais, comerciais e financeiros analisados após reunião do Conselho de Administração da empresa com os principais bancos credores do país. Durante a sessão de esclarecimento aos órgãos de comunicação social, Francisco Maria não escondeu a reacção de “surpresa” provocada pelos rumores de “bancarrota” que circulavam nos media, sublinhando que: “a empresa possui capitais circulantes suficientes para satisfazer as suas obrigações imediatas e de curto prazo”, não tendo recorrido ao crédito externo mesmo com o preço do petróleo bastante inferior ao de 2014. Actualmente, a Sonangol possui um capital líquido superior a 21,9 mil milhões de dólares, tendo registado no 1.º semestre de 2015 uma produção nacional de petróleo bruto de mais 100 mil barris/dia do que no período homólogo de 2014. O Presidente da empresa afirmou também que a Sonangol E.P. tem reservas de combustíveis e de gás butano acima dos níveis

exigidos pela regulamentação, “garantindo regularidade no abastecimento, distribuição e venda de refinados”. Os investimentos da Sonangol no estrangeiro, através das suas subsidiárias SONUSA, em Houston, nos EUA, SONANGOL LIMITED, em Londres, no Reino Unido, e SONASIA, em Singapura, irão manter-se, decorrendo a sua acção dentro da normalidade, assim como as operações petrolíferas no Brasil e na Venezuela, ao mesmo tempo que a empresa irá continuar a desenvolver actividade em Cuba, com vista à perfuração do primeiro poço de pesquisa, em 2016. A Sonangol mantém o seu programa de investimento estimado em 6,7 mil milhões de dólares em todos os segmentos programados para 2015, concentrando-se na exploração de

petróleo bruto com 58%, sendo o restante investimento em refinação, distribuição e logística. No final da sessão, o PCA da Sonangol, garantiu que face ao período de estabilidade actual da empresa, a queda do preço do petróleo não irá ter consequências na manutenção dos postos de trabalho. A empresa irá ainda concentrar esforços na conclusão do processo de licitação de concessões petrolíferas na plataforma terrestre, desenvolvendo ao mesmo tempo iniciativas que permitam ajustar os preços às suas actividades e à conjuntura actual: “Temos capacidade para ter uma Sonangol forte, competente e robusta, para continuar a vender, produzir e criar rendimento”, concluiu.

Page 6: INstalação da BoavIsta-1

6 | Sonangol Notícias

Texto: Euclides Seia foto: Divulgação

lianzi

produção de petróleo à viSta

Os ministros de Angola e do Congo decidiram, em Brazzaville, no passado mês de Agosto, fazer exploração conjunta do jazigo denominado Lianzi. A Zâmbia

também já manifestou interesse em comprar o crude angolano

Page 7: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 7

Actualidade

De acordo com o anúncio feito pelos ministros dos hidrocarbo-netos do Congo, André Raphael Leomba, e pelo seu homólogo, de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos, a exploração

que começa em Outubro deste ano é fruto das pesquisas efectuadas pelas petrolíferas estatais Sonangol e Empresa Nacional dos Petró-leos do Congo (SNPC).Os dois governos indicaram a Chevron para explorar o campo de Lianzi. A petrolífera norte-americana vai investir dois mil milhões de dólares para alcançar uma produção estimada em 40 mil barris/dia. O jazigo de Lianzi, com um potencial de 70 milhões de barris, localiza-se na fronteira dos dois países. A geografia do campo pe-trolífero destaca os blocos 14, da parte angolana, e Haute Mer, do lado congolês. Segundo o ministro dos petróleos de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos, a produção vai ser repartida em 50 por cento para cada um dos Estados. Para fazer acompanhamento da exploração e produção dessa zona fronteiriça, criou-se, de modo harmonioso, a Comissão de Unitização, que tem à testa os ministros dos petróleos dos dois países e é suportada por uma estrutura técnica que analisa e soluciona os problemas daí decorrentes.São também membros desse órgão intraestatal de gestão, que tem uma presidência rotativa com a duração de um ano, os presidentes dos conselhos de administração da Sonangol E.P. e SNPC. Existe ainda um secretariado executivo situado em Ponta Negra, cujo se-cretário é angolano. A República do Congo assume a pasta de secre-tariado adjunto.

inÍCio Do PRoCesso e objeCtivoO início da produção no campo de Lianzi resulta de um acordo assinado entre as Repúblicas de Angola e do Congo em 2002, com objectivo de fazer a exploração con-junta de estruturas geoló-gicas transfronteiriças no Bloco 14 (Angola) e Bloco Haute Mer (Congo).

Anualmente são rea-lizadas duas reuniões pelo órgão intraestatal da Comissão de Unitiza-ção, alternadamente em Angola e no Congo. Fo-ram também assinados acordos de imigração e o acordo aduaneiro. Todos os acordos que regem esta actividade de uniti-zação foram aprovados pelas assembleias na-cionais dos respectivos países.

CONGO

CabindaCN

CC

BACIA DO BAIXO CONGO

BACIA DO KWANZA

BACIA DE BENGUELA

BACIA DO NAMIBE

8º0’0”E 10º0’0”E 12º0’0”E 14º0’0”E 16º0’0”E

6º0’0”S

8º0’0”S

10º0’0”S

12º0’0”S

14º0’0”S

16º0’0”S

6º0’0”E 8º0’0”E 10º0’0”E 12º0’0”E 14º0’0”E 16º0’0”E

6º0’0”S

8º0’0”S

10º0’0”S

12º0’0”S

16º0’0”S

R.D.CONGO

ANGOLA

32

16

17/06

4

35

36

37

21

38 22

39

9

25

26

KON1

KON10

KON3

KON4 KON5 KON6 KON7

KON8 KON9

KON13KON12KON11 KON14

KON18KON17KON16KON15

KON19 KON20

KON21KON22

KON23

0

3000m

25

00

m

20m

20

00

m

50

m

1500m

ÁG

UA

UL

TR

A P

RO

FU

ND

AS

OC

EA

NO

A

TL

ÂN

TIC

O

13

4429

12

45 30

42

27

11

43

28

23

4024

10

41

7

8

6

20

33

34

18/6

5

19

48

49

50

3/05-A

1/06

15/06

46

47

2/05

31

14

SOYO

R I O

C U N E N E

14º0’0”S

CON4

CON2

CON1

CON3

CON5

CON7CON6

CON8 CON9

CON10

ANGOLA-CONCESSÕES

GAD201501-DMC0001-P

NAMIBIA

KON2

CS

CAPITAL

CIDADE

LEGEND

FRONTEIRA

LINHAS BATIMÉTRICA

RIO

ÁREA EM EXPLORAÇÃO

ÁREA EM PRODUÇÃO

ÁREA LIVRES

A C T I V I D A D E D E P R O D U Ç Ã O E M Á G U A S P R O F U N D A S

A C T I V I D A D E D E E X P L O R A Ç Ã O N O O N S H O R E E O F F S H O R E

A C T I V I D A D E D E E X P L O R A Ç Ã O E M Á G U A S P R O F U N D A S

A C T I V I D A D E D E P R O D U Ç Ã O N O O N S H O R E E O F F S H O R E

A C T I V I D A D E D E E X P L O R A Ç Ã O E M Á G U A S U L T R A P R O F U N D A S

CHEVRON (OP) 31.00%SONANGOL P&P 20.00%ENI 20.00%TOTAL ANGOLA 20.00%GALP ENERGIA OVERSEAS 09.00%

BLOCO - 14 BLOCO - 17

S

ESSO (OP) 40.00%BP 26.67%ENI 20.00%TATOIL 13.33%

BLOCO - 15

BP (OP) 50.00%

SSI 50.00%

BLOCO - 18

MAERSK OIL ANGOLA AS (OP) 65.00%SONANGOL P&P 20.00%ODEBRECHT E&P Gmbh(”OE&P”)15.00%

BLOCO - 16

TOTAL (OP) 30.00%SSI 27.50%SONANGOL P&P 20.00%SOMOIL 10.00%FALCON OIL 05.00%ACREP 17 S.A. 05.00%PARTEX 02.50%

BLOCO - 17 / 06

PETROBRAS (OP) 30.00%SSI 40.00%SONANGOL P&P 20.00%FALCON OIL 05.00%GEMINAS 05.00%

BLOCO - 18 / 06

BLOCO-0 ÁREA (A,B) CHEVRON (OP) 39.20%SONANGOL 41.00% TOTAL 10.00%ENI 09.80%

BLOCO - 3CANUKU

SONANGOL P&P (OP) 100.00% 12.00%

BLOCO - 3 / 05 SONANGOL P&P (OP) 25.00%CHINA SONANGOL 25.00%AJOCO 20.00%ENI SOMOIL 10.00%NAFTGAS 04.00%INA-NAFTA 04.00%

BLOCO-2 / 85 PETROBRAS 27.50%SONANGOL P&P (OP) 25.00%CHEVRON 20.00%SOMOIL 09.30%POLIEDRO OIL, CO. 09.10%KOTOIL, S.A. 09.10%

15.00%

BLOCO - 3 / 91 TOTAL (OP) 50.00%SONANGOL 06.25%ENI AJOCO 12.50%SVENSKA 06.25%INA-NAFTA 05.00%NAFTAGAS 05.00%

BP (OP) 50.00%SONANGOL P&P 40.00%CHINA SONANGOL 10.00%

BLOCO - 19/11

BLOCO - 20/11

COBALT (OP) 40.00%SONANGOL P&P 30.00%BP 30.00%

BLOCO - 24/11 BP (OP) 50.00%

SONANGOL P&P 50.00%

BLOCO - 25/11

TOTAL (OP) 35.00%SONANGOL P&P 30.00%STATOIL 20.00%BP 15.00%

PETROBRAS (OP) 40.00%BP 40.00%SONANGOL P&P 20.00%

BLOCO - 26/06

SOMOIL (OP) 15.00%SONANGOL 63.67%CHEVRON 16.33%SONANGOL P&P 05.00%

FST ASSOCIAÇÕES

80.00%SOMOIL (OP) 15.00%SONANGOL SONANGOL P&P 05.00%

FS ASSOCIAÇÕES

BLOCO - 23 MAERSK OIL & GAS (OP) 50.00%SVENSKA 30.00%SONANGOL P&P 20.00%

BLOCO - 15 / 06 ENI (OP) 35.00% SONANGOL P&P 35.00%SSI 25.00%FALCON OIL 05.00%

CHEVRON (OP) 31.00%SONANGOL P&P 20.00%ENI 20.00%TOTAL ANGOLA 20.00%GALP ENERGIA OVERSEAS 09.00%

BLOCO- 14

BLOCO-0 ÁREA (A,B) %02.93 )PO( NORVEHC%00.14 LOGNANOS%00.01 LATOT

INE 09.80%

5

BLOCO-2 / 05 SONANGOL P&P (OP) 0.00%SOMOIL 30.00%KOTOIL 10.00%POLIEDRO OIL CO. S.A. 10.00%

12.00%

SONANGOL P&P (OP) 25.00%CHINA SONANGOL 25.00%AJOCO 20.00%ENI SOMOIL 10.00%NAFTGAS 04.00%INA-NAFTA 04.00%

BLOCO- 3/05A

BLOCO - 4 / 05 SONANGOL P&P (OP) 40.00%STATOIL 20.00%SOMOIL 15.00%ACREP 15.00%PRODOIL 10.00%

BLOCO - 5 / 06

VAALCO ENERGY (OP) 40.00%SONANGOL P&P 60.00%

PETROBRAS (OP) 40.00%SONANGOL P&P 20.00%CHINA SONANGOL 20.00% FALCON OIL 10.00%INITIAL OIL & GAS 10.00%

BLOCO- 6/06

SVENSKA 30.00%MAERSK OIL & GAS (OP) 50.00%

SONANGOL P&P 20.00%

BLOCO - 8

CABINDA NORTE SONANGOL P&P (OP) 20.00%TEIKOKU 17.00%SOCO 17.00%ACREP S.A. 15.00%CHINA SONANGOL 11.00% ENI 10.00%PETROPARS 10.00%

15.00%

CABINDA SUL

PLUS PETROL (OP) 55.00%SONANGOL P&P 20.00%FORCE PETROLEUM LDTE 20.00%CUPET 05.00%

BLOCO - 22/11

SONANGOL P&P 50.00%STATOIL 20.00%

REPSOL ANGOLA 22 B.V. (OP) 30.00%

COBALT (OP) 40.00%SONANGOL P&P 45.00%NAZAKI OIL & GAS 15.00%

BLOCO - 9/09

COBALT (OP) 40.00%SONANGOL P&P 45.00%NAZAKI OIL & GAS 15.00%

BLOCO - 21/09

TOTAL (OP) 40.00%

ESSO 20.00%BP 16.67%

STATOIL 23.33%

TOTAL (OP) 58.67%SONANGOL P&P 20.00%FALCON OIL 16.00%GALP 05.33%

BLOCO - 33

SONANGOL P&P (OP) 20.00%STATOIL HYDRO 50.00%BRASPETRO 30.00%

BLOCO - 34 BLOCO - 35/11

ENI (OP) 30.00%SONANGOL P&P 45.00%REPSOL 25.00%

BLOCO - 36/11

CONOCOPHILLIPS (OP) 50.00%SONANGOL P&P 50.00%

BLOCO - 37/11

CONOCOPHILLIPS (OP) 30.00%SONANGOL P&P 50.00%REPSOL 20.00%

BLOCO - 39/11

STATOIL (OP) 37.50%SONANGOL P&P 30.00%TOTAL 07.50%WRG ANGOLA BLOCO 3 9 L IMITED 15.00%ECOPETROL GERMANY GHBH 10.00%

BP (OP) 26.67%SONANGOL E.P 45.00%

STATOIL 13.33%SSI 31 15.00%

BLOCO - 31

TOTAL (OP) 30.00%SONANGOL P&P 35.00%SSI 32 20.00%ESSO 15.00%

BLOCO - 32

BLOCO - 38/11

STATOIL (OP) 55.00%SONANGOL P&P 30.00%WRG Angola Limited 15.00%

BLOCO - 40/11

TOTAL (OP) 40.00%SONANGOL P&P 30.00%STATOIL 20.00%PETRONA 10.00%

PotenCial ClienteA Zâmbia quer importar o petróleo e seus derivados de Angola. O interesse na compra do crude angolano foi ma-nifestado por Mulenga Sata, vice-mi-nistro junto da presidência da Zâmbia, durante uma audiência concedida pelo Presidente José Eduardo dos Santos. “Gostaríamos de aproveitar a futu-ra capacidade de Angola em termos de produtos refinados, porque sabe-mos que Angola tem três projectos de construção de refinarias em carteira e achamos que também podemos tirar proveito deles”, declarou o dirigente zambiano.

Page 8: INstalação da BoavIsta-1

8 | Sonangol Notícias

gimBoaSEIS ANOS A PRODUZIR SEM ACIDENTESO FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) Gimboa, ao serviço da Sonangol Pesquisa & Produção, operador do Bloco 4/05, comemorou a 10 de Junho último, seis anos consecutivos de produção sem acidentes de trabalho, o que constitui um desempenho digno de realce.A data foi assinalada com um programa come-morativo, que incluiu uma visita guiada à unida-de petrolífera, com explicações técnicas sobre o seu funcionamento e demonstrações práticas dos procedimentos de segurança e do uso cor-recto de equipamentos.Nas cerimónias estiveram presentes o Vogal da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Ricardo Van-Deste, bem como técni-cos das diversas áreas da referida subsidiária, representantes da SAIPEM (companhia emprei-teira responsável pela operação desta FPSO).O FPSO Gimboa iniciou as suas actividades no offshore angolano em Abril de 2009, estando a produzir actualmente cerca de 11 mil barris/dia. Está posicionado a 85 km da costa e opera a 700 metros de profundidade. Fazem parte do Bloco 4/05, as empresas So-nangol Pesquisa & Produção, Statoil, Acrep, Prodoil e a Somoil.

BloCo 17 alCança oS doiS mil milHÕeS de BarriS em produção aCumuladaA Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) anunciou ter atingido a significativa marca de produção acumulada de dois mil milhões de barris de petróleo no Bloco 17 do offshore angolanoDe acordo com o comunicado da Sonangol, com a entrada recente em funcionamento da FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armaze-namento e Descarga) denominado CLOV, o Bloco 17, operado pela companhia francesa Total, passou a produzir 700 mil barris de petróleo por dia, que, no conjunto, permite atingir a quantidade de dois mil milhões de produção acumulada.

Ao longo dos últimos catorze anos, a sua produção tem registado um crescimento contínuo, facto de referência mundial para a indústria petrolífera, com quinze descobertas e perspectivas de produção bastante promissoras.

A Sonangol é a concessionária do Bloco 17 e tem como operador a Total, com 40%; Statoil 23,33%; Esso Exploration Angola Block 17 Ltd, 20%; e BP Exploration Angola Ltd., 16,57%.

Em Abril, de acordo com um relatório do Ministério das Finanças de Angola, o bloco 17 garantiu 29,7 mil milhões de kwanzas em receitas fiscais, com a exportação de 20,4 milhões de barris de petróleo. No mesmo mês, entre um total de dez blocos de produção, a exportação de 53,1 milhões de barris de crude, incluindo o bloco 17, rendeu em receitas fiscais 90,5 mil milhões de kwanzas.

As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (ca-tegoria de provável).

Page 9: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 9

Notícias

atlaS de radiologiaAPRESENTADO O PRIMEIRO VOLUME

Da autoria dos especialistas Vasco Sabino da Silva e João Carlos Costa, da Clínica Girassol, o Volume I, do Atlas de Radiologia, foi apresenta-do em finais do mês de Junho pela Reitora da Universidade António Agostinho Neto, Maria do Rosário Bragança SamboA obra, num total de dezoito volumes, editados em português e inglês, retrata casos clínicos do foro da Imagiologia e, também, outras especialidades.O primeiro volume contém 170 páginas e aborda 115 casos clínicos, incluindo um estudo anatómico do tórax, casos de Tomografia Axial Computorizada (TAC) com imagens, diagnósti-cos e imagens radiológicas do coração.

A apresentação decorreu no mausoléu erguido em homenagem ao 1.º presidente de Angola, Dr. Agostinho Neto, e contou com a presen-ça do Ministro e do Secretário de Estado da Saúde, José Van-Dúnem e Carlos Alberto Masseca, respectivamente, bem como de ad-ministradores da Sonangol E.P., membros da Comissão Executiva da Clínica Girassol.A Medicina em Angola ganha, assim, mais um importante meio de obtenção de conhecimen-to, de grande utilidade para os profissionais da área de Imagiologia, mas, também, de outras especialidades, bem como para técnicos e estudantes do sector.

angola preSide ao proCeSSo KimBerleyDiscutida em Luanda a questão do embargo à exportação de diamantes pela República Centro-Africana (RCA) e pela VenezuelaA reunião dos membros do Processo Kimber-ley, em Luanda, no passado mês de Junho, decorreu sob o signo do impasse em relação à eleição da vice-presidência da organização, actualmente sob a égide de Angola.Bernardo Campos, presidente em exercício, sublinhou, na sessão de abertura, o facto de Angola ter sido o berço da ideia estratégica que deu origem ao Processo Kimberley, quando, em 2000, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, apresentou ao representante da Nações Unidas, Robert Fowler, as linhas que, em seu entender, seriam a chave para o com-bate eficaz aos diamantes de conflito.A reunião de Luanda decorreu sob o impasse que opõe a Austrália e o Dubai na corrida à vice-presidência. Angola está a envidar todos os esforços para que a situação seja ultrapassada.Mais de 200 representantes, dos 46 países que integram o Processo de Kimberley, entidade internacional que tenta travar o negócio dos “diamantes de sangue”, estiveram presentes na reunião que decorreu de 22 a 27 de Junho. O Processo de Kimberley representa uma certificação, criada em 2002 (entrou em vigor em 2003), com o apoio da Organiza-

ção das Nações Unidas, para impedir que o comércio internacional de diamantes em bruto financie guerras. Foram apelidados de “diamantes de sangue” pelos conflitos que têm alimentado em África.O encontro de Luanda serviu, igualmente, para preparar propostas a apresentar na reunião plenária que terá lugar em Novem-bro, na capital angolana.

Angola é o quinto maior produtor de diaman-tes, com 8,1% do valor a nível mundial.A mina de Catoca, no interior Norte do país, é a quarta do género no mundo.A produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta anual perspectivada de cerca de 1,1 mil milhões de dólares.

Page 10: INstalação da BoavIsta-1

10 | Sonangol Notícias10 | Sonangol Notícias

CongrESSo

engenHariaS ao Serviço do deSenvolvimentoEspecialistas em ciências da engenharia reflectiram, em Agosto, no Centro de Convenções de Talatona, sobre a importância das engenharias para o desenvolvimento de Angola

Os participantes ao 2.º Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola, que durou dois dias, debateram os temas: “O papel da engenharia no desenvolvimento das nações”, “Projectos de engenharia em Angola”, “O ensino da engenharia e o mercado de trabalho” e “A engenharia e a Sociedade – Experiências Partilhadas”.Durante o discurso de abertura, o ministro dos petróleos, Botelho de Vasconcelos, disse que a engenharia “é imprescindível a todos os países interessados num desenvolvimento assente na capacidade criativa e no uso correcto da força e recursos da natureza em favor da humanidade.O bastonário da Ordem dos Engenheiros

de Angola, José Dias, informou que os 2500 engenheiros de que o país dispõe, apesar de capacitados, é insuficiente para enfrentar os novos desafios da nossa jovem nação. “Angola precisa, actualmente, entre 10 a 15 mil novos engenheiros para suprir todas as deficiências que o país enfrenta”, mencionou o responsável.Sob o lema “Engenharia e dinâmicas de desenvolvimento de Angola”, o evento atribui ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o título de Primeiro Grau da Ordem dos Engenheiros de Angola, pelo seu contributo nas obras que colocaram o país na rota do desenvolvimento socioeconómico. Desidério

Costa, em representação do Chefe de Estado, recebeu o prémio e agradeceu o gesto da Ordem.Os objectivos do certame centraram-se na promoção, estímulo e reflexão sobre o papel da engenharia no fomento, inovação e desenvolvimento de Angola, bem como na discussão sobre o papel do engenheiro, práticas de engenharia e situação do profissional do sector face aos novos desafios do país. Testemunharam o evento, que teve o patrocínio da Sonangol, membros do Executivo, deputados à Assembleia Nacional, representantes do corpo diplomático e académicos.

Page 11: INstalação da BoavIsta-1

Notícias

SETEMBRO 2015 | 11

Uma licitação, no caso específico do sector petrolífero, é um concurso pú-blico para adjudicação de concessões

de hidrocarbonetos.A Sonangol E.P., na qualidade de conces-sionária nacional dos direitos mineiros para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos procedeu, com a devida autorização do Ministério dos Petróleos, a uma ronda de licitações, desta feita refe-rente a 2014-2015, de blocos petrolíferos nas Zonas Terrestres das Bacias do Kwanza e do Baixo Congo.O processo, iniciado em 2014, tal como já referido, inclui 10 blocos petrolíferos distri-buídos regionalmente, sendo sete na Zona Terrestre da Bacia do Kwanza, designados KON3, KON5, KON6, KON7, KON8, KON9 e KON17, e três na Bacia do Baixo Congo (CON1, CON5 e CON6).A sísmica recentemente efectuada nos locais mencionados mostra um grande potencial remanescente nas três unidades litoestrati-gráficas que compõem as Bacias de Angola, nomeadamente a unidade pré-salífera, a unidade evapo-carbonática e a unidade terciária. Refira-se, para melhor entendi-mento desta matéria sobre Licitações, que a Sísmica 2D, um dos termos de referência desse concurso, é um método de prospec-ção Geofísica que se utiliza para obtenção da imagem das estruturas geológicas em sub-superfície num só plano. Acrescente-se, na mesma senda, que unidade litoestratigrá-fica é um termo usado em Geociências para representar um conjunto de eventos geoló-gicos ocorridos num determinado tempo e espaço, (Estratigrafia) associados a tipos de

rochas e/ou estratos (litologia) depositados numa bacia sedimentar intrinsecamente ligados ao sistema petrolífero.

Fases da Licitação já realizadasDesde o início do processo de Licitação dos re-feridos blocos petrolíferos foram já realizadas as seguintes etapas: auscultação das empre-sas concorrentes (Roadshows), lançamento do concurso, pré-qualificação e a publicação dos Termos de Referência. Em Outubro do corrente ano está programada a abertura das propostas feitas pelas empresas concorrentes, sendo que, nos 45 dias posteriores, a Sonangol E.P. deverá concluir a análise das propostas, proceder à adjudicação das concessões e realizar a contratualização com os respectivos Grupos Empreiteiros.

O concurso tem sido executado no estrito cumprimento da Lei nº 10/04, de 12 de No-vembro (Lei das Actividades Petrolíferas), e do Decreto nº 48/06, de 1 de Setembro.Refira-se que a Bacia do Baixo Congo é uma Bacia de margem passiva do oeste africano, causada pela separação dos continentes sul-americano e africano no Mesozoico. Está localizada entre as latitudes 3°20’s e 7°30›s e limitada a norte pela Bacia do Gabão e a sul pela Bacia do Kwanza. Tem uma área geográfica de cerca de 7.190 km2.A Bacia do Kwanza é uma Bacia igualmente de margem passiva do oeste africano. Está situada entre as latitudes 8 ° 00´e 11 °30’s e limitada a norte pelo Alto do Ambriz e a sul pela Bacia de Benguela. A porção terrestre cobre uma área de cerca de 25.000 km2.

Texto: Tatiana Baptista foto: José Quarenta

liCitação de BloCoS petrolíferoS 2014-2015

O processo inclui dez blocos petrolíferos distribuídos regionalmente nas zonas terrestres das bacias do Kwanza e do Baixo Congo

Page 12: INstalação da BoavIsta-1

12 | Sonangol Notícias

…e aoS emiradoS ÁraBeS unidoSDepois da China, o Presidente da República realizou uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos, a convite do Khalifa bin Zayed Al Nahyan, Presidente daquele país.Em Abu Dhabi, José Eduardo dos Santos teste-munhou a assinatura de um acordo de coope-ração económica e técnica, e de um outro que cria a Comissão Mista entre os dois países.O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e o seu homólogo Anwar Gar-gachi, rubricaram os documentos que repre-sentam um importante avanço no âmbito da cooperação entre os dois países.Os Emirados Árabes Unidos estão a preparar a abertura de uma representação diplomática em Luanda, enquanto Angola mantém a sua, em Abu Dhabi, e representação consular no Dubai.

viSita ofiCial do preSidente da repÚBliCa à CHinaJosé Eduardo dos Santos assinou importantes acordos de cooperação estratégica em domínios de interesse comum entre os dois países

Na sua deslocação de cinco dias, a convite do seu homólogo Xi Jiping, em meados do mês de Junho, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, enalteceu o desenvolvimento político, econó-mico, social e cultural da Repúbli-ca Popular da China, segundo se lê no comunicado final da visita.Segundo este comunicado, com vista à diversificação e desenvol-vimento sustentável da economia angolana, as duas partes assina-ram quatro importantes acordos:1. Acta da primeira sessão da co-missão orientadora para a coopera-ção económica, técnica e comercial;2. Memorando de funcionamento;3. Acordo de cooperação económi-ca e técnica;

4. Acordo no domínio da aviação civil; acordo no domínio financeiro.

Os dois chefes de Estado concor-daram, entre outros aspectos, tra-balhar no sentido da facilitação da concessão de vistos entre os dois países, por forma a incrementar o fluxo nas trocas comerciais.A China manifestou disponibili-dade em estabelecer, em Angola, um centro de Tecnologia Agrícola com o objectivo formar quadros técnicos no processo de desen-volvimento agro-industrial.Nesta sua quarta visita oficial à China, em 27 anos, o Presidente da República fez-se acompanhar de nove ministros e de uma delega-ção de empresários angolanos.

Page 13: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 13

Notícias

No dia 17 de Setembro, o Pavilhão de Angola, na Expo Milão, recebeu centenas de cidadãos angolanos e

estrangeiros durante as comemorações do Dia do Herói Nacional, em homenagem ao primeiro presidente angolano, Agostinho Neto. A cerimónia de abertura teve lugar na praça Expo Center e contou com a presença do Secretário de Estado italiano dos Negó-cios Estrangeiros, Benedetto della Vedova, que sublinhou o papel que Angola desem-penha na resolução dos conflitos em África. Por seu turno, o Vice-Presidente angolano destacou o lema da exposição: “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida”, aproveitando para realçar o compromisso do Governo em assegurar uma maior produção de alimen-tos, diversificação de empregos, melhoria da escolarização e do atendimento médico e facilidade nos acessos ao abastecimento de água potável e de distribuição de energia eléctrica. Durante todo o dia foram várias as activi-dades culturais realizadas no âmbito do Dia Nacional de Angola, com destaque para mostras de arte de vários artistas plásticos angolanos, como Etona, Tchivinda e Van. Ao som de batuques e ritmos africanos, os gru-pos de dança tradicional Kilandukilo e Kina Ku Moxi pisaram o Palco Angola captando a atenção do público através da originalidade das suas coreografias. As estilistas Nadir

Texto: Maria João Fernandes foto: Divulgação

O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, chefiou a delegação angolana

Tati, Carla Silva e Elizabeth Santos também marcaram presença exibindo as suas mais recentes criações, como testemunho vivo da cultura angolana. Os cantores Danny L e Coréon Dú encerraram a noite com um espectáculo musical que contagiou todos os presentes.O Pavilhão de Angola é, de acordo com o site Expo Adviser, o mais popular entre os mais de 100 pavilhões da Expo Milão, tendo registado um recorde de 20.040 visitas, só no dia 6 de Setembro.Presidido por Manuel Vicente, em represen- tação do Chefe de Estado angolano, José

Eduardo dos Santos, o evento contou com a presença de vários membros do Executivo, de entre os quais o Ministro das Relações Exteriores, George Chikoti, da Comissário--geral de Angola na Expo Milão, Eng.ª Albina Assis, e do embaixador angolano em Itália, Florêncio de Almeida.

expo milão 2015

itÁlia Comemora dia do Herói naCional em grande apoteoSe

Page 14: INstalação da BoavIsta-1

14 | Sonangol Notícias

Na atmosfera dos 40 anos de Independência Nacional e contrariamente às feiras passadas, em que a abertura era normalmente reservada a visitas guiadas e contactos de parceria entre expositores, este ano,

além de exposição de produtos e serviços, a maior bolsa de negócios do país promoveu encontros empresariais, que constituíram a novidade da edição de 2015: Fórum Angola-Itália, Luanda Investment Forum 2015 e o Fórum Econó-mico Alemanha-Angola.Na ocasião, o Ministro da Economia, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, garantiu que a FILDA já é uma marca reconhecida por todas as partes interessadas no desenvolvimento de Angola. Abrahão Gourgel considerou que o lema escolhido este ano contém todos os elementos que no difícil momento da conjuntura económica exige de todos os angolanos: “dinamismo, criatividade e competência na produção nacio-nal – um pressuposto para a diversificação e industrialização da economia angolana, um desafio para a juventude empreendedora”. “Para Angola, a queda abrupta do preço do petróleo é um lembrete das im-

portantes vulnerabilidades e de gritos estruturais inerentes à actividade eco-nómica altamente concentrada, e da necessidade de acelerar o esforço para a diversificação económica a médio e longo prazo”, reiterou o governante.O representante do Presidente da República reconheceu que mudar uma economia baseada num único recurso natural é um desafio gigantesco para qualquer país fortemente dependente de um só produto. Neste sentido, Angola não é excepção.De acordo com o Ministro Abrahão Gourgel, o Executivo angolano inscreveu o objectivo da diversificação como estratégico no Plano Nacional de Desenvol-vimento, no período 2013 a 2017, e desenhou, mais recentemente, o programa executivo da aceleração da diversificação da economia.Na opinião do responsável da pasta da economia, o desenvolvimento de capital humano ajuda a promover o desenvolvimento e a reforçar a competitividade. “As perspectivas actuais são de retomar o crescimento sustentado até final de 2015, apesar das incertezas presentes ainda da economia mundial.”

Texto: Euclides Seia foto: Malocha

filda 2015 é marCa reConHeCida por todoS

fórunS marCam diverSifiCação da eConomiaA 32.ª Edição da Feira Internacional de Luanda, que decorreu de 21 a 26 de Julho

no espaço da FILDA, foi dominada por três fóruns diferentes de negócios. Ao cortar a fita, o Ministro da Economia, Abrahão Gourgel, afirmou que o certame

tem despertado o interesse dos empresários nacionais e estrangeiros

Page 15: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 15

PnfQ“O Governo lançou o Programa Nacional de Formação de Quadros com a meta de formar, até 2020, 10.320 dirigentes, gestores e quadros superiores e médios para as em-presas angolanas, com um orçamento de três mil milhões de dólares”, informou Abraão Gourgel.

Especial Notícias

Números da FILdaÁrea de feira - 50.000 m2Empresas expositoras - 1000Países presentes - 40Continentes representados - todos

fóRuns De neGóCios

O Fórum Angola-Itália centrou-se nos sectores da agricultura e da indústria alimentar. Por seu turno, o Luanda Investiment Forum 2015 baseou-se numa mesa redonda sob o tema “Geminações, Desenvolvimento e Parcerias Empresariais”. Durante este fórum, os participantes puderam conhecer as oportunidades de investimento no município de Luanda e a promoção de pequenas bolsas de negócios entre os países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). O Fórum Económico entre Alemanha-Angola, realizado no Centro de Convenções de Talatona, esteve focado nos distintos sectores, com destaque para o produtivo e o das tecnologias de informação e telecomunicações.Várias personalidades acompanharam o Ministro da Economia, com destaque para o Ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, da Família e Promoção da Mulher, Maria Filomena Delgado, da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, o Governador de Luanda, Graciano Domingos, PCA da FIL, José de Matos Cardoso, o Ministro da Agricultura, Alimentação e Florestas da República da Itália, Maurizio Martina e a Secretária de Estado Parlamentar do Ministério Federal da Economia e Energia da Alemanha, Brigitte Zypries. Além de secretários de estado, diplomatas, vice-governadores, autoridades tradicionais e religiosas e a Miss Angola 2015.

Page 16: INstalação da BoavIsta-1

Texto: Euclides Seia foto: Shayne

petróleoS

oS deSafioS do SeCtor Continuam em CurSo

No dia 24 de Julho, em Luanda, o ministro dos petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, garantiu à imprensa que os projectos de pesquisa e produção,

que contribuem para o desenvolvimento de Angola, continuam em curso

o Ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, visitou o stand principal da Sonangol, que ocupava uma

área de 432 m2 e no qual se podia ver imagens representativas de todas as empresas do Grupo, a Sonangol tinha igualmente espaços colaterais, num total de 18 m2, onde estavam expostos, essencialmente, produtos das subsidiárias Sonangol Gás Natural, Sonangol Distribuidora e Sonangol Investimentos Industriais. O stand particularmente vistoso foi reciclado e exibido na Rio Oil & Gas 2014.No pavilhão dos petróleos, o ministro garan-tiu que as empresas do sector dos petróleos marcam presença em todas as edições da FILDA com o objectivo de mostrarem ao público

o que fazem, desde a actividade operativa à intervenção junto das comunidades. Na opinião do ministro, a feira é uma oportunidade para a população contactar com a realidade da indús-tria petrolífera.‘‘O período actual é difícil, mas os projectos estão em curso, pois têm sido actualizados e adaptados à realidade que vivemos. Estes projectos darão uma certa garantia para a manutenção dos níveis de produção previstos para o Orçamento Geral do Estado”, informou o titular dos petróleos’’.Sobre a questão do Angola LNG, o dirigente disse que o projecto poderá estar finalizado em Dezembro deste ano, mas a sua consolidação, em termos de funcionamento regular e perma-

nente, só depois do primeiro trimestre de 2016.Segundo o visitante Baptista João, a exposição permitiu-lhe saber mais sobre o mundo do petróleos. Outro visitante, Domingos Teixeira, considerou que, este ano, a exposição das empresas petrolíferas tinha evoluído imenso, com grande destaque para o stand da Sonangol, devido à sua estrutura arquitectónica. A delegação, liderada pelo Dr. Fernando Roberto, em representação do Presidente do Conselho de Administração Francisco de Lemos José Maria, contou com a companhia dos administradores Fernandes Mateus e Mateus Neto, bem como, Presidentes das Comissões Executivas das empresas Subsidiárias, Gestores, Técnicos, entre outras individualidades.

16 | Sonangol Notícias

Page 17: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 17

DestaqueDestaque

Cobertura Termoplástica

Construída em polietileno de alta densidade, um material resistente ao choque, radiação e corrosão

Alicerce

Base de polistireno de alta densidade, garantindo a estabilidade e protecção da botija

Pegas Ergonómicas

Adaptadas aos contornos das mãos e revestidas de um material macio e confortável, que permite um manuseamento da botija mais cómodo

Bucha de Absorção

Implementada debaixo da botija para reforçar a protecção do cilindro

Material Composto (Twintex)

Matrix de polipropileno e fibras de vidro, triplicando a resistência interior da botija

Válvula de segurança com fusível térmico

Aumenta a segurança da botija, evitando explosão em caso de temperaturas externas elevadas

Aço Especial Protegido em Zinco

Depósito de gás

DURABILIDADE › SEGURANÇA › COMODIDADEA Levita, além de mais leve, obedece aos mais rigorosos critérios de segurança. E agora já a pode encontrar em muitos mais pontos de venda, entre Postos de Abastecimento, e também em hipermercados e supermercados.

Apoio ao cliente: tel.: 226 692 211 | email:[email protected]

levitaSegurança a todo o gás

Page 18: INstalação da BoavIsta-1

Sonangol reafirma apoio SoCial

populaçÕeS de luanda, Benguela e Huíla reCeBem doaçÕeS

esCola PRimÁRia e assoCiação DesPoRtiva GanHam ComPutaDoResA Direcção de Responsabilidade Social Corporativa (DRSC) da Sonangol E.P. procedeu, no passado mês de Junho, à oferta de 35 computadores de mesa à escola do ensino primário n.º 1247, localizada em Luanda e pertencente à Igreja Evangélica Baptista de Angola (IEBA).Na ocasião, o director daquela instituição de ensino, Eduardo Lusimana, agradeceu o gesto de solidariedade da petrolífera estatal angolana e garantiu que os computadores serão utiliza-dos para ministrar aulas práticas de informática aos alunos da escola.Ainda na senda de acções de Responsabilidade Social, no mes-mo mês, a DRSC fez igualmente a entrega de três computado-res à Associação Provincial de Jiu-Jitsu de Luanda, representa-da no acto pelo seu secretário provincial, Marcos Vieira Dias.

ConCuRso atRibui bolsas De estuDo no eXteRioRNo âmbito da execução do programa estratégico de aumento de pro-dução e da área de Responsabilidade Social Corporativa, alinhados com a política de angolanização do sector petrolífero, a Sonangol E.P. anunciou recentemente a abertura de candidaturas para o preenchi-mento de 200 vagas destinadas a bolsas de estudo de licenciatura, nas áreas de Geociências, Engenharia e Ciências Económicas.A Sonangol, E.P. irá posteriormente enquadrar os candidatos que venham a ser selecionados, por curso e país de destino, em função das suas necessidades de força de trabalho de acordo com o seu Plano Estratégico e de Negócios. Os resultados do con-curso deverão ser publicados no Jornal de Angola e nos sites da Sonangol E.P. e do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC).

18 | Sonangol Notícias

Texto: Maria João Fernandes foto: Divulgação

Page 19: INstalação da BoavIsta-1

Reportagem

luanDa aColHe 9.ª eDição Do jaRDim Do livRo infantilA 9.ª edição do Jardim do Livro Infantil, evento que tem a Sonangol E.P. como um dos seus principais patrocinadores, teve a sua abertura oficial no passado dia 25 de Junho, no Parque da Independência Nacional, em Luanda, no âmbito do programa comemorativo do 40.º aniversário da República de Angola que se assinala a 11 de Novembro próximo.A cerimónia, na qual a petrolífera angolana esteve representada por duas técnicas da Direcção de Responsabilidade Social Corporativa (DRSC), foi presidida pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, tendo contado igualmente com a presença do gover-nador provincial de Luanda, Graciano Domingos, e da vice-governadora para os Ser-viços Técnicos e Infra-Estruturas, Nzila Carvalho. Participaram também do acto, os escritores Cremilda de Lima, “Pepetela” e Valdemar Sakwesa, este último vencedor da edição de 2015 do Prémio Literário Jardim do Livro Infantil. No seu discurso de abertura, Rosa Cruz e Silva realçou o ambiente festivo registado em todo o país, no mês da criança, no qual o Ministério que dirige assumiu como meta divulgar a literatura infantil, visando o resgate dos valores morais e culturais. Referiu-se ainda à importância do livro como instrumento fundamental no processo de socialização da criança, na perspectiva da sua integração e contribuição para a prática da cidadania responsável.Ainda no decorrer da actividade, o escritor “Pepetela” realizou uma sessão de autó-grafos da sua obra “As Aventuras de Ngunga”.

aPoio a vÍtimas Das CHuvas no lobitoA Sonangol E.P., através da sua Direcção de Responsabilidade Social Cor-porativa (DRSC), procedeu recentemente à entrega, no município do Lobito (província de Benguela), de materiais de construção para apoio às populações que sofreram as consequências das fortes chuvas que se registaram naquela localidade, no mês de Março de 2015.A referida doação, que incluiu dez mil telhas e igual número de sacos de cimento, foi entregue, em acto simbólico, pela directora de Responsabilidade Social Corporativa, Arlete Borges, ao vice-governador para a Esfera Política e Social da província de Benguela, Victor Sardinha Moita.O gesto da Sonangol E.P. contribui para a construção, em zonas seguras, de residências para distribuição às populações sinistradas do Lobito.De realçar que já aquando da tragédia recentemente vivida naquele município, que infelizmente provocou vítimas mortais, a Direcção de Responsabilidade Social Corporativa havia doado cobertas, roupas e géneros alimentares arreca-dados em campanhas de solidariedade realizadas na petrolífera angolana.

PRovÍnCia Da HuÍla ReCebe esCola novaO Orfanato da Missão Católica do Sendi, situado no município do Quipungo, na Huíla, recebeu uma nova escola primária. O projecto conta com o apoio do Departamento de Responsabilidade Social Corporativa (DRSC) da Sonangol E.P. e contempla a construção de um espaço escolar com seis salas de aula, de modo a suprimir a necessidade de novas instalações visto as antigas já se encontrarem bastante degradadas. Orçamentada em 30.000.000,00 AKZ, a escola do 1.º ciclo está a contribuir para a educação e formação de mais de 480 crianças e adolescentes, de forma a promover uma educação inclusiva. A infraestrutura, que ainda se encontra em fase de construção, irá suportar mais de 480 crianças e jovens, para além de criar 12 postos de trabalho directo, contribuindo para a promoção das condições psicológicas adequadas que permitem um bom desempenho académico e social. A inauguração decorreu a 03 de Setembro de 2015.

SETEMBRO 2015 | 19

Responsabilidade Social

Page 20: INstalação da BoavIsta-1

20 | Sonangol Notícias

Texto: Euclides Seiafoto: Malocha

Sonangol logíStiCa

efiCiênCia e efiCÁCia em artiCulação

As Instalações da Boavista (IBV-1) armazenam e comercializam gasolina e gasóleo com eficiência e eficácia. Em articulação com a Sonangol

Distribuidora o combustível chega a todo país

Page 21: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 21

Reportagem

Com o objectivo de melhorar o tempo médio de atendimento, bem como o índice de satisfação dos clientes,

a IBV-1 tem no seu espaço geográfico oito tanques para armazenar gasolina e quatro para gasóleo. Segundo o supervisor da área de movimentação de produtos, Edivaldo da Silva, o combustível que a instituição comercializa é fornecido pela Refinaria de Luanda e pelos navios Embondeiro e Welwitschia, através de tubos condutores.‘‘Diariamente recebemos três mil metros cúbicos de gasóleo e mil e quinhentos metros cúbicos de gasolina. Amostras dos produtos são enviadas para o laboratório, a fim de se verificar, e aprovar, a sua qua-lidade. Os analistas levam três horas para concluírem a análise e darem luz verde à área de venda’’,

No dia da nossa visita as entregas foram feitas a dois grandes clientes: «Sonangol Distribuidora e Pumangola, que distribuem aos consumidores”, explicou o supervisor.A distribuição de derivados do petróleo a vários pontos do país, com destaque para os postos de abastecimento, aeroporto, portos e caminhos-de-ferro, começa com o carregamento dos camiões-cisternas na placa do enchimento da IBV-1. Esta plataforma tem capacidade para atender dez carros ao mesmo tempo: metade para gasolina e cinco ilhas (designação da bom-ba) para o carregamento do gasóleo.Estas operações comerciais são realizadas 24 horas por dia e a higiene é um pon-to de honra, com tolerância zero ao lixo, sendo o espaço mantido por todos os que o utilizam. Estas instalações incluem um refeitório e um conjunto de geradores.

Camiões-CisteRnas na PlaCaFeliciano Nenge, funcionário da empresa há 22 anos, explicou--nos que os carros autorizados para o carregamento da cisterna se dirigem à placa e devem cumprir obrigatoriamente as regras de es-tacionamento para o enchimento. “Caso contrário, não atendemos o cliente e pedimos que se retire imediatamente da placa”, sublinhou este trabalhador.Das regras obrigatórias destacam-se: desligar o carro, manter a chave na ignição, accionar o travão de mão, pôr calços nos pneus, se necessário, não realizar nenhuma actividade mecânica ao veícu-lo, não deixar cair combustível, nem deitar lixo no chão. É obrigató-rio o uso do capacete e botas de trabalho.

Page 22: INstalação da BoavIsta-1

22 | Sonangol Notícias

Combate a inCênDiosHá alguns anos a Instalação da Boavista-1 foi alvo de dois incêndios de grandes dimensões que provocaram prejuízos incalculáveis à Sonangol Logística, Sonangol Distribuidora, clientes e automobilistas.Segundo o responsável do sector de segurança e protecção, Afonso Salumbongo, há na IBV-1 um sistema automático contra incêndios, para não se repetirem situações do géne-ro, onde é visível a existência de um tanque com água, com a capacidade de 2.500 metros cúbicos. Além deste recurso, a Logística conta também com um tanque subterrâneo de 200 metros cúbicos, extintores diversos e um carro de bom-beiros. Esses meios são manuseados por grupos de traba-lhadores preparados para prevenir e combater acidentes, e incidentes, nas instalações.

PRoteCção e seGuRançaDepois de algumas tragédias registadas há alguns anos, a direcção da IBV-1 cumpre, e faz cumprir escrupulosamen-te, as regras de segurança e protecção. O ponto de partida é a inspeção/revista a indivíduos e automóveis.Edivaldo da Silva revelou que, de segunda a sexta-feira técnicos qualificados da instituição dialogam com os tra-balhadores, das 7h30 às 8h00, para prevenção e combate a acidentes, ou incidentes, no local de serviço.Logo após a recepção, feita pela superintendência, a equipa da Sonangol Notícias foi encaminhada para a sala de formação onde recebeu informações sobre as regras de segurança. Afonso Salumbongo explicou que “é obriga-tório o uso de botas fortes, capacete e outros meios, para protecção de qualquer situação que perigue a integridade física dos visitantes. Durante a permanência nas instala-ções as pessoas e os veículos devem obedecer à sinaliza-ção rodoviária”.

Page 23: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 23

Reportagem

saúDe no tRabalHoComo a saúde física, mental e psicológi-ca é importante, no estaleiro central da Sonangol Logística há um posto médico bem apetrechado, com equipamento semelhante ao de um centro de saúde, e uma equipa de profissionais qualificados, integrado por uma médica, um enfermei-ro e um motorista de ambulância. Segundo a médica Daniela Gonçalves, a hipertensão arterial é o principal motivo de afluência ao posto: “atendemos 20 a 25 pacientes por semana, com esta e outras patologias, mas reconhecemos que o

cumprimento rigoroso das normas de se-gurança, por parte de todos os que utili-zam a IBV-1, é o factor que permite evitar situações graves e diminuir o número de pacientes”, informou a especialista em medicina do trabalho.Localizada na rua Kima Kienda, no distrito da Ingombota, a Instalação da Sonangol Logística aposta na moderniza-ção tecnológica e investe na melhoria das condições infraestruturais e de gestão de stocks, respeitando as normas de qualidade, saúde, segurança e ambiente. Tem como função primária armazenar e transportar os derivados de petróleos.

Page 24: INstalação da BoavIsta-1

24 | Sonangol Notícias

foRa Das instalaçõesFora da IBV-1 o comércio do combustível prossegue de modo ilegal e sem atenção para os perigos que daí podem resultar. Alguns jovens do bairro da Boavista, com residências próximas ao enchimento, retiram combustível das cisternas dos camiões, em movimento ou estacionadas. Segundo um jovem, os derivados do petró-leo retirados dos veículos são armazena-dos em esconderijos, no exterior e interior das habitações, para, de seguida, serem comercializados, em bidões de 25 litros e tambores de 200 litros, a preços que

variam entre 500 e 6.000 mil kwanzas.Esta actividade foi baptizada como “des-bobar” e o praticante é chamado desbo-beiro. Os desbobeiros são jovens entre os 13 e os 30 anos de idade.Alex, que deixou de frequentar a escola depois de terminar a 6.ª classe, revelou que a falta de emprego desmotiva a pros-secução dos estudos e conduz a este tipo de comportamentos.Os jovens contaram que alguns colegas, como Vado-Sida, Camudiba e Ngangula, foram atropelados mortalmente ao faze-rem a extracção do combustível. “Caíram da cisterna e foram esmagados pelas

rodas dos camiões”, recordaram entris-tecidos.‘‘Num só ataque ao camião, a cisterna pode perder mais de 90 litros de gasolina ou gasóleo”, calculou o camionista João Sousa, acrescentando que “já tentámos dialogar com eles para desistirem desta actividade, mas somos ameaçados’’.O supervisor da Sonangol Logística, Edivaldo da Silva, disse-nos que a sua instituição já informou a Polícia da extrac-ção ilegal que os camiões cisternas têm sofrido. ‘‘Depois da queixa, a Polícia tem fiscalizado, mas, os protagonistas não desistem’’, lamenta.

Gestão de stocks e veNda

Tanques - 12Capacidade - 584 a 6817 m3

Enchimento - 10 lugares/IlhasVenda diária - gasóleo: 4000 m3; gasolina: 3000 m3

Page 25: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 25

Reportagem

Page 26: INstalação da BoavIsta-1

26 | Sonangol Notícias

Inocência Godinho, Directora da Unidade de Negócios de Lubrificantes

Texto: Inocência godinhofotos: José Quarenta

linHa ngol – 25 anoS (ii)Quando é que se deve mudar o óleo nos veículos motorizados?

Quais as especificidades e o tipo de lubrificantes que devem ser usados? Como entender a composição e comportamento dos óleos de lubrificação?

Uma viatura bem cuidada prolonga a sua duração. Poupe a sua viatura e atente aos conselhos que se seguem

Page 27: INstalação da BoavIsta-1

Marketing

Como esColHeR o lubRifiCante mais aDeQuaDo?Para saber qual é o lubrificante correcto para o seu veículo é necessário consultar, e seguir, as recomendações do fabricante contidas no manual que acompanha a viatura, pois, é o fabricante quem melhor conhece a viatura e pode definir, por meio de testes, as condições operacionais e a especificação mais adequada do lubrificante.Os lubrificantes caracterizam-se pelas especificações da sua viscosidade e pela performance ou desempenho. É com base nelas que se define o lubrificante adequado.A classificação de viscosidade para os lubrificantes aplicados ao ramo automóvel é definida pela SAE (Sociedade de Engenheiros de Automóveis), que apresenta uma classificação para óleos de motores e outra para as transmissões.A classificação SAE apresenta duas graduações: uma de baixa temperatura (0 W, 5W, 10W, 15W, 20W e 25W) e outra de alta temperatura (20, 30, 40, 50 e 60), no caso de óleo de motores. No caso de transmissões são 70W, 75W, 80W e 85W, para baixas temperaturas e 90, 140 e 250 para altas temperaturas.Quanto maior o número, maior a viscosidade indispensável para o óleo suportar maiores temperaturas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.Um óleo do tipo monograduado só é classificado em uma graduação. Por exemplo, o NGOL DIESEL apresenta os graus 10W, 30, 40 e 50. Já um óleo do tipo multigraduado enquadra-se em duas classificações, por apresentar menor variação da viscosidade com a temperatura.Por exemplo, o NGOL MULTIDIESEL 15W40 comporta-se como um óleo SAE 15W a baixa temperatura, reduzindo o desgaste no arranque do motor, ainda frio, e em alta temperatura comporta-se como um óleo SAE 40, tendo por isso, uma ampla faixa de utilização.A classificação de performance é definida

por entidades como o API (American Petroleum Institute), ACEA (Association des Constructeus Européens de Automobile), JASO (Japanese Automobile Standards Organization), e, também, por alguns construtores de equipamentos, por exemplo, a Mercedes, a Volkswagen, etc.Estas classificações indicam os níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender.No caso do API, classificação mais comum, existem categorias para motores a gasolina, nomeadamente API SA, SB, SD, SE, SF, SG, SH, SJ, SL, SM e, a mais recente, SN. As categorias SA, SB, SC, SD e SE já se encontram obsoletas.Para motores diesel, as categorias actuais são API CE, CF, CF-4, CG-4, CH-4, CI-4 e CJ-4.Um mesmo óleo pode atender a uma categoria “S” e, simultaneamente, à categoria “C”.Para transmissões são API GL-4 e API GL-5.

Como sabeR Qual a QuilometRaGem inDiCaDa PaRa a tRoCa De óleo?Esta informação pode ser encontrada no manual do veículo e varia de acordo com o seu modelo. Os intervalos entre as trocas devem ser diminuídos quando o veículo circula constantemente em condições desfavoráveis (estradas de terra batida e congestionamento do tráfego). Se o veículo circula pouco, recomenda-se trocar o óleo a cada seis meses. A cada troca de óleo recomenda-se a troca do respectivo filtro.

o Que aConteCe QuanDo o óleo ultRaPassa a QuilometRaGem ReComenDaDa?Durante o processo de lubrificação o óleo é submetido a altas temperaturas e a contaminações inerentes ao uso. Estes dois factores fazem o óleo perder as suas propriedades originais e, consequentemente, a capacidade de lubrificação. Isto desgasta as peças do motor que terá sua vida útil reduzida.

PoR Que é Que o óleo De motoR fiCa mais esCuRo?Para realizar a função de manter o motor limpo, o óleo deve manter em suspensão as impurezas que não ficam retidas no filtro de óleo, para que elas não se depositem no motor. Desta forma, o óleo fica escuro e o motor fica limpo.

o óleo mais esCuRo é também mais esPesso?Este é um conceito errado. O óleo mais claro pode ser mais viscoso (espesso) do que um óleo mais escuro e vice-versa. Os óleos são formulados misturando-se óleos base e aditivos e a sua cor final dependerá da cor das matérias-primas (óleos base e aditivos) que forem usadas na sua formulação.A cor não tem nenhuma influência no desempenho do óleo. (continua na próxima edição)

SETEMBRO 2015 | 27

perguntaS freQuenteS SoBre luBrifiCação

Page 28: INstalação da BoavIsta-1

28 | Sonangol Notícias

Texto: Sonangolfotos: Sonangol

entreviSta do pCe à reviSta univerSo

O Presidente da Comissão Executiva da Sonaref, João Ramos, considerou que a futura refinaria do Lobito constitui um mega projecto, não só pelo seu volume

de investimentos e complexidade tecnológica, mas também pelo impacto económico e social que terá para Angola

Page 29: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 29

sonangol: Qual é a importância deste ambicio-so Projecto para a sonangol e para angola?

João ramos: A importância deste projecto para a Sonangol e para Angola é de grandeza ímpar. É um projecto estratégico, considerado mega projecto pelo volume de investimentos, pela complexidade tecnológica e pelo impacto económico e social para o país e para a pro-víncia de Benguela, em particular.

Como sabemos, a economia de Angola cresceu vertiginosamente nos últimos anos, incluindo o crescimento dos parques, indus-trial e automóvel.

A única refinaria que possuímos, localizada em Luanda, cobre em apenas 20% os con-sumos do mercado nacional. O País faz um esforço grande com a importação suple-mentar de produtos refinados, para suprir os consumos actuais.

Como orientação do plano nacional de desenvolvimento do Executivo Angolano, a Sonangol, através da Sonaref, foi mandatada para implementar este projecto estruturante que visa diminuir a dependência energética e agregar valor acrescentado aos crudes an-golanos, transformando-os em combustíveis de alto valor comercial.

Esta refinaria foi dimensionada para proces-sar 200,000 bbl/dia e irá suprir as necessi-dades do país com a produção de combus-tíveis de alta qualidade e valor comercial, nomeadamente LPG,Gasolina,Jeta1,Petróleo Iluminante e Gasóleo.

Será uma refinaria moderna, de alta comple-xidade e eficiência.

A implementação do projecto aumentará a oferta nacional e fortalecerá a cadeia logís-tica da Sonangol em matéria de refinação e comercialização de combustíveis e outros derivados de petróleo para o mercado inter-no e para a região.

A capacidade de produção projectada na refinaria do Lobito, adicionada à produção actual da refinaria de Luanda, vai permitir satisfazer uma parte significativa da deman-da do mercado nacional. Nesta fase crucial de desenvolvimento de Angola, a diversifi-cação da economia está na pauta do dia e, a transformação da matéria-prima que são os crudes angolanos, vai concorrer para a industrialização do país e contribuir para uma maior arrecadação de receitas para o Orçamento Geral do Estado.

s: em que fase e estado se encontram as obras da refinaria?

Jr: As obras que tiveram início em Janeiro de 2012, estão relacionadas com as infra-es-truturas de suporte à construção da refinaria do Lobito, nomeadamente:

O Terminal Petroleiro que servirá para a des-carga dos materiais e equipamentos pesados durante a fase da construção da refinaria e mais tarde para a expedição dos combustíveis;

A Estrada especializada (LHHR ) preparada para suportar e transportar equipamentos de grande tonelagem e dimensão;

A estrada de serventia a passagem dos pi-pelines (CARB) entre a refinaria e o Terminal Petroleiro;

Terraços (Terracing),local onde será erguida a refinaria.

O nível de execução das obras ronda em média os 95%. Têm decorrido satisfato-riamente, no que toca as boas práticas de engenharia, segurança, ambiente, qualida-de, assim como o cumprimento dos prazos estabelecidos.

s: sabemos que o alicerce e base já estão prontos; qual será o próximo passo ?

Jr: Uma vez completados os estudos da con-figuração da refinaria pela empresa america-na KBR, decorre o processo de revisão final dos mesmos pela Sonangol e EIL (Engenharia Indian Limited) a fim de adaptar a sua flexibi-lidade às características das novas ramas de petróleo bruto, descobertas em Angola.

Seguir-se-á a contratação do empreiteiro geral (EPC) responsável pela construção da refinaria, que comportará as unidades de processo, utilidades, armazenagem e siste-mas de importação e expedição de produtos no terminal marítimo.

• Ao mesmo tempo iniciaremos o segundo pacote de trabalhos que permitirão acele-rar a mobilização futura na refinaria. Este pacote incluirá:

• Acampamentos para o pessoal da empresa e das empreiteiras;

• Edifícios de administração e apoio;

• Tanques dedicados à importação temporá-ria de produtos refinados;

• Estruturas de apoio às actividades de im-portação e expedição;

• Utilidades.

s: Quais são as companhias/parceiros para este projecto?

Jr: A Sonangol é única investidora até ao momento no projecto, representada pelas suas subsidiárias Sonaref, através da SIP (Sonaref Investimentos e Participações) com 51%, Sonangol Gás Natural com 39% e Sonangol Holdings com 10%.

Por outro lado, a captação de investidores que queiram formar parceria para desen-volver o projecto refinaria do Lobito, revela--se de significante importância, no sentido em que irá reduzir o esforço financeiro da Sonangol e contribuir com know how tecnológico e comercial. Nesta vertente continuam os esforços para atracção de potenciais parceiros.

Desenvolvimento

Page 30: INstalação da BoavIsta-1

30 | Sonangol Notícias

s: a linha de transporte de energia eléc-trica de cambambe até ao Lobito já está operacional?

Jr: Este projecto não é da tutela da Sonan-gol. O seu executante é o Ministério da Ener-gia e Águas. De qualquer maneira, uma vez concluído será certamente uma mais-valia para aumentar a rentabilidade da operação da refinaria, pois, a utilização de energia da rede pública poderá representar uma forma de redução dos custos de produção.

s: existem alguns projectos de construção de pipelines entre a refinaria e os seus mercados principais, por exemplo, Lobito--Huambo ou até mesmo a Zâmbia?

Jr: A Sonangol-EP como parte do seu mandato tem sido chamada a desenvolver projectos de infra-estruturas para apoiar os esforços do executivo para o desenvolvimen-to sustentável do país no todo e para apoiar os esforços de diversificação da economia. É neste âmbito que novos projectos poderão ser considerados.

s: como está a ser vista a possibilidade de construir uma extensão ferroviária entre a refinaria e o caminho de Ferro de Benguela?

Jr: Está em fase de estudo a possibilidade de se construir um novo ramal ferroviário que interligue o Caminho de Ferro de Ben-guela (CFB) ao Terminal Oceânico do Lobito (TOL), propriedade da Sonangol Logística, à fábrica de cimento da Secil, ao Terminal

Mineiro e eventualmente ao Terminal Petro-leiro da Sonaref.

s: Futuramente a refinaria vai produzir petroquímicos?

Jr: A configuração da refinaria não prevê produtos petroquímicos nesta fase. O pro-jecto do Lobito está atento à dinâmica das necessidades do mercado local, que acredi-tamos ser um sector em rápido crescimento, factor de oportunidade para implementação de políticas que garantam a sustentabili-dade do mesmo. É com este objectivo que o projecto prevê incluir no futuro a compo-nente petroquímica,de forma a responder às necessidades internas.

s: como está o processo de captação e formação de novos quadros para operar e trabalhar no Lobito?

Jr: Seguindo a estratégia de construção da refinaria do Lobito, a Sonangol recrutou e formou dezenas de engenheiros e técnicos que estão funcionar no projecto. Outros quadros serão capacitados para integrar as equipas do projecto, acompanhar a obra, aumentar a sua capacidade técnica e no futuro integrar os quadros de operação da refinaria.

Também no âmbito do conteúdo local, os empreiteiros vão recrutar e formar muitos jovens, preferencialmente da província de Benguela, que vão participar na construção da refinaria.

s: a sonaref tem algum envolvimento na refinaria do soyo?

Jr: A Sonaref através da sua subsidiária SIP - Sonaref Investimentos e Participações, já formalizou a sua intenção de adquirir participação no projecto refinaria do Soyo no valor de 20%. A iniciativa resulta da estraté-gia corporativa de aumentar a capacidade de processamento, assim como manter a lide-rança no fornecimento de produtos a nível local e posteriormente a nível regional.

Page 31: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 31

desenvolvimento

Page 32: INstalação da BoavIsta-1

32 | Sonangol Notícias32 | Sonangol Notícias

Texto: Maria João Fernandes fotos: Divulgação

eSpeCial 40 anoS de independênCia

angola renovadaNo dia 11 de Novembro Angola comemora mais uma vitória da liberdade. O povo recorda os heróis do 4 de Fevereiro e revive a alegria da fundação da

nação angolana. Há 13 anos que a paz chegou. Angola reergueu-se, supera-se e transforma-se a cada minuto. Quarenta anos dão para mudar muita coisa

Depois de quase 500 anos de coloni-zação, o povo assistiu ao surgimento de uma nova nação. A fundação da República Popular de Angola,

antiga colónia portuguesa, marcou a história da luta pela liberdade. Antes disso, a 4 de Fevereiro de 1961, os três principais Mo-vimentos de Libertação Angolanos: FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) já tinham iniciado a luta armada contra o colonialismo

português. Posteriormente, iniciaram uma luta entre si pelo controlo da capital, Luanda, e das restantes províncias. Eram apoiados por grandes potências estrangeiras: o MPLA contava com o apoio militar de Cuba e da antiga União Soviética (URSS), a UNITA era apoiada pela África do Sul, e a FNLA pelo Zaire. Estava-se em plena guerra fria, entre dois blocos liderados pelos EUA e pela União Soviética, divididos pelo socialismo e o capitalismo. O MPLA, presidido por António Agostinho Neto, formou um governo socia-lista assente num partido único. Contudo,

só depois da queda do regime de ditadura português, com a Revolução dos Cravos a 25 de Abril de 1974, é que se abriram as portas para a independência de Angola. Ao mes-mo tempo, as antigas ex-colónias de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique tornavam-se independentes. Era tempo de mudança. A palavra “liberdade” começava a ouvir-se pelas ruas de Luanda. Durante várias noites trabalhavam-se os símbolos da futura República: o hino “Angola Avante”, a bandeira e a insígnia. Angola estava prestes a fazer história.

a luta De um Povo

Page 33: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 33

Especial

Na praça do 1.º de Maio, no centro de Luanda, às 00h do dia 11 de Novembro de 1975, ao som de tiros, cânticos e palavras de ordem difundidas por alti-

falantes, o primeiro Presidente da República Angolano, Agostinho Neto, rodeado por com-batentes, entre os quais se encontrava José Eduardo dos Santos, proclama a independên-cia de Angola: “correspondendo aos anseios mais sentidos pelo Povo, o MPLA declara o nosso país constituído em República Popular de Angola”. A bandeira da nova República foi içada pelo pioneiro Dinis Kanhanga e pelo Comandante do 4 de Fevereiro, Imperial San-tana. O hino “Angola, Avante” foi entoado pela primeira vez. O povo, em euforia, experimen-tava a liberdade. Angola é um país soberano, nasce um novo estado político africano. No rescaldo da independência, uma nova realida-de. Nas ruas e nos bairros, o povo apoiante do MPLA assumia a histórica responsabilidade da proclamação da independência mas os dois partidos da oposição declararam guerra aberta ao partido de Agostinho Neto. Na mesma data, a aliança FNLA / UNITA decla-rava a independência no Huambo, formando um governo alternativo com sede na capital da província. Entretanto, a FNLA de Holden

a ConQuista De uma nação

A 10 de Setembro de 1979 o funda-dor da Nação angolana, Agos-tinho Neto, morre em Moscovo, vítima de doença prolongada.

O cargo da Presidência da República é concedido ao então Ministro da Planifi-cação, o Engenheiro José Eduardo dos Santos. Vive-se o início da década de 80 e os ataques da África do Sul em apoio à UNITA sucedem-se. Estes conflitos só terminaram em 1988 após a independên-cia da Namíbia e da retirada dos Cubanos de Angola. Com a queda do bloco da ex-União Soviética surgem os primeiros acordos de paz entre o MPLA e a UNITA com vista ao cessar-fogo. A 11 de Maio de 1991 o governo põe fim ao mono-parti-darismo vigente desde a Independência, vencendo no ano seguinte as primeiras eleições democráticas multipartidá-rias com 50% dos votos. Jonas Savimbi

não aceitou a derrota da UNITA dando novamente início ao conflito armado. Em Novembro de 1994 o governo assina o Protocolo de Lusaka com vista à desmo-bilização das tropas do MPLA e da UNITA. Contudo, ainda não havia paz. Entretanto, o governo do MPLA conseguiu reunir o apoio político do Ocidente marcando o declínio militar da UNITA que passou a ter dificuldades em financiar a compra de armamento perante a presença cada vez mais eminente das FAA (Forças Armadas Angolanas). A 22 de Fevereiro de 2002 Jonas Savimbi é morto em combate após uma longa perseguição pelas FAA. Só após a morte do líder é que a UNITA ini-ciou negociações com o governo de José Eduardo dos Santos, depositando todo o seu armamento e passando a existir apenas como força política. A paz tinha finalmente chegado a Angola.

a Paz – a muDança

Roberto desiste da aliança com a UNITA, mas inconformado o líder Jonas Savimbi dá início a uma guerra armada contra o MPLA, desen-cadeando uma sucessão de ataques por todo o todo o país. Angola era finalmente indepen-dente mas caminhava para uma guerra civil sem precedentes.

04/02/1961 - Início da luta armada pela independência de Angola.

11/11/1975 - Agostinho Neto proclama a Independência de Angola.

21/09/1979 - José Eduardo dos Santos assume a Presidência da República.

Page 34: INstalação da BoavIsta-1

34 | Sonangol Notícias

Com a consolidação da paz a 4 de Abril de 2002, inicia-se uma vida nova para o povo angolano. O país começou a trabalhar arduamente na construção

do futuro da nação angolana. Depois de 23 anos ao comando do país, o governo de José Eduardo dos Santos, através do Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN), traçou um plano estratégico de desenvolvimento, para o qual conta com o apoio da República Popular da China como aliado. Rapidamente a China tornou-se o principal importador de petróleo angolano. Construíram-se novas infraestru-turas na capital e nas províncias: recupera-ram-se os Caminhos-de-Ferro de Luanda, aperfeiçoaram-se estradas, construíram-se novas centralidades habitacionais, escolas e serviços de saúde para a população. África e o mundo assistem à recuperação económica do país. Como membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Angola tornou-se o segundo maior produtor de petróleo de África, depois da Nigéria. Os 40 anos de independência e o alcance da paz permitiram um maior crescimento em todos os sectores. Na última década, o país chegou a registar um crescimento económico anual superior a 20% graças à sua riqueza

petrolífera. O sucesso da política económica do Presidente José Eduardo dos Santos tem pas-sado pela adopção de medidas como a consoli-dação fiscal, que começou a ser implementada em 2009. A gestão cuidadosa das despesas públicas e o investimento nas infraestruturas têm funcionado como alavanca para o aumento da competitividade da produção não petrolífera e para o desenvolvimento do sector nacional

privado. Hoje, é importante manter viva a cha-ma que alimentou o desejo de independência do povo angolano e acreditar que a libertação de Angola foi a manifestação da identidade de uma pátria que se constrói traçando com de-terminação o presente, procurando atingir um futuro que corresponda aos anseios de todos os angolanos que lutaram para conseguir um país mais justo e livre.

a PRosPeRiDaDe – o futuRo

30/09/1992 - MPLA vence as primeiras eleições gerais.

04/04/2002 - Dia da Paz e Reconciliação Nacional.

20/11/1994 – Governo assina acordos de paz de Lusaka.

Page 35: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 35

Cultura

o Herói de toda uma naçãoFoi pioneiro, revolucionário. Lutou pela Pátria e pela terra que o viu nascer. Foi preso, por diversas vezes, mas nunca desistiu de lutar pela independência do seu povo. O primeiro Presidente

da República Angolano fez história, é símbolo da libertação. Quarenta anos depois, o país recorda-o. Na verdade, Angola nunca o esqueceu

a 17 de Setembro de 1922 nasceu António Agostinho Neto, na localidade de Kaxicane, município de Icolo e Bengo, em

Luanda. Ainda pequeno foi morar para a capital, onde prosseguiu os estudos, até embarcar para Portugal, em 1947, para frequentar a Faculdade de Medicina em Coimbra. Ao longo do percurso académico, o seu espírito interventivo levou-o a participar em diversas actividades sociais e políticas, fundando o Movimento dos Jovens Intelectuais de Angola e criando publicações como veículo da sua ideologia. Foi preso em 1951, em Lisboa, pela Polícia de Intervenção e Defesa do Estado (PIDE), enquanto recolhia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz, a realizar em Estocolmo. Em Lisboa, fundou clandestinamente o Centro de Estudos Africanos com o objectivo de promover políticas orientadas para a afirmação da nacionalidade africana, mas, em 1955, regressou à prisão. Durante os 18 meses em que esteve preso desenvolveu os seus dotes literários, escrevendo poemas que denunciavam as condições de vida precárias do povo angolano. Homem de cultura denunciava as injustiças através da escrita, dando voz aos oprimidos, como instrumento de libertação. Em Julho de 1958 foi posto em liberdade, concluindo a licenciatura em Medicina pela Universidade de Lisboa. O seu espírito patriota levou-o a ser um dos fundadores do clandestino Movimento Anticolonialista (MAC) que defendia a independência das cinco colónias portuguesas. Em 1959 regressa a Luanda onde abriu um consultório médico, mas não tardou a ser novamente detido pela PIDE. Foi deportado para a prisão do Tarrafal, em Cabo Vede, e passou mais 3 anos preso, em Lisboa. Várias individualidades do cenário cultural e político internacional demonstraram o seu apoio ao líder angolano, e, perante grande

pressão, as autoridades fascistas decidiram libertá-lo. Regressa à capital angolana numa altura em que os outros dois partidos angolanos, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência de Angola (UNITA) declaram guerra ao MPLA, dando início à luta armada no país. É então eleito Presidente do MPLA e apela à mobilização do povo para que este se oponha às forças que impedem o seu Partido de proclamar a independência do país. Com a

queda do regime fascista de Salazar, assina um acordo de cessar-fogo com o governo português. É, assim, transferida a soberania de Portugal para o povo angolano. No dia 11 de Novembro de 1975 o país parou para ouvir as palavras do primeiro Presidente da República angolano: “perante África e o mundo proclamo a Independência de Angola”. Faleceu aos 56 anos de idade, vítima de doença, mas o legado permanece: 17 de Setembro é dia do Herói Nacional.

Page 36: INstalação da BoavIsta-1

36 | Sonangol Notícias

deSCoBre Cuando CuBango

Page 37: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 37

Opinião

Com as descobertas feitas pelos vários pesquisadores desta importante expedição, Angola passa a estar na

rota dos países africanos com biodiversidade única e sui generis, contribuindo, desta forma, para estudos mais aprofundados, tendo em vista um melhor aproveitamento de espécies raras, desde aves, peixes, plantas, répteis a pequenos anfíbios.Sendo o Delta do Okavango património Cultural da Unesco, o National Geographic pretende, depois desta importante desco-berta, enriquecê-lo com a inclusão dos rios Cuito e Cubango, que o alimentam.Aqui está uma grande oportunidade para que as Universidades do nosso país, princi-palmente desta zona do território, possam incluir no seu currículo o estudo das mais variadas espécies descobertas pelos pesqui-

sadores norte-americanos. E, quem sabe, num futuro não muito longínquo, possamos orgulhar-nos de sermos os descobridores de remédios naturais de utilidade global.A descoberta dos pesquisadores da National Geographic pode ser o ponto de partida para que a nossa diversidade de espécies, exis-tente neste ecossistema, esteja disponível para que os futuros estudantes de Biologia, Ecologia e Geografia, com a ajuda de profes-sores e cientistas, angolanos e estrangeiros, possuidores de grande experiência, possam dar os primeiros passos na Biomedecina, entre outras áreas das ciências da Natureza.Com esta descoberta, que permite a inclusão de um novo itinerário no turismo angola-no, enriquecendo-o e valorizando-o, onde os homens de negócios, ligados à área do Ecoturismo, podem desfrutar de maior cam-

po de escolha no que concerne aos sítios catalogados como de preservação ambiental ao dispor dos visitantes. O Ministério do Ambiente, enquanto institui-ção responsável pela preservação do nosso ecossistema, tem colaborado activamente desde o início do projecto, colocando todo o empenho na prevenção e levantamento das espécies animais e da flora, bem como da preservação de elefantes e leões, outrora objecto de caça furtiva, para abastecimento do mercado negro.É urgente que as nossas instituições coope-rem com países que têm estabelecimentos científicos de renome mundial, como é o caso do Brasil, que tem uma fauna pare-cida com a nossa e vasta experiência na descoberta, reprodução e preservação das espécies.

Texto: Carlos guerreiro

Desde há algum tempo a esta parte que os rios Cuíto e Cubango, a partir da sua nascente, na província do Cuando Cubango, têm estado a ser pesquisados por uma equipa do canal norte-americano, National Geographic

Page 38: INstalação da BoavIsta-1

38 | Sonangol Notícias38 | Sonangol Notícias

Texto: Tatiana Baptista fotos: Sonangol

A propósito do programa comemorativo dos 40 anos da independência de Angola, estão a ser realizadas em todo o país

diversas actividades patrocinadas pela Sonangol. Nesta senda, de 15 de Agosto a 12 de Setembro teve lugar o Road Show musical Angola 40 anos, que incluiu diversos eventos gratuitos produzidos pela “Arca Velha Entretenimentos” e que, com o apoio dos governos provinciais, abrangeu várias localidades do país, nomeadamente Soyo (Zaire), Luena (Moxico), Malanje, Huambo, Lubango (Huíla) e Benguela.O Road Show juntou um grande número de cantores com grande projecção nacional e internacional, assim como novos talentos. A província do Zaire foi o local escolhido

para a abertura da tournée e a de Benguela para o encerramento. Participaram dos espectáculos nomes sonantes da música angolana, como Yuri da Cunha, Pérola, Ary, Yannick Afroman, Yola Araújo, Eddy Tussa, Heavy C, Titica, Gabriel Tchiema, Kueno Aionda, Euclides da Lomba, Kyaku Kyadaff, Big Nelo, e os grupos Kalibrados e Zona 5. Os Tunezas também marcaram presença, proporcionando uma perfeita aliança entre o humor e a música. Com um balanço bastante positivo, o Road Show movimentou mais de 30 mil pessoas.E por cá, Luanda foi a capital do teatro durante 25 dias, com a exibição inédita de 29 peças, em 4 salas distintas, numa organização da empresa cultural Cena Livre. A temporada de teatro Angola 40 anos

levou actores e público às salas de teatro da LAASP, Auditório Njinga Mbandi, Elinga Teatro e Complexo IGCA. As sessões tiveram início na Casa 70, numa gala onde foi exibida a peça “Discursos do Presidente”, pela Associação de Teatro do Sambizanga, que colocou em cena a síntese de mais de 20 discursos de José Eduardo dos Santos. O ciclo encerrou com uma homenagem ao primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, com o grupo Catarcis Teatro que apresentou a peça “Neto Presente”, da qual participaram mais de 30 crianças com idades dos 7 aos 14 anos.O elevado número de grupos envolvidos e de salas utilizadas e a presença massiva de actores entre a plateia, fez desta a maior temporada de teatro jamais realizada em Angola.

Sonangol patrocinou vários eventos comemorativos por todo o país

independênCia naCional

angola 40 anoS

Page 39: INstalação da BoavIsta-1

outRas aCtiviDaDesO programa dos 40 anos da independência inclui também a realização, de 07 a 18 de Outubro de 2015, de uma prova de ciclismo denominada Volta a Angola em Bicicleta, que conta com a participação de cerca de 98 ciclistas, entre nacionais e estrangeiros, estes últimos em representação de Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, África do Sul, Portugal e França. Com 10 etapas e um percurso de 1.177 quilómetros, a competição parte do Bié com destino a Luanda, passando pelas localidades do Huambo, Ganda, Benguela, Lobito, Sumbe, Gabela, Dondo, N’Dalatando, Malanje, Camabatela, Uíge, Quibaxe e Caxito. A cerimónia oficial

de apresentação dos meios técnicos e humanos de apoio à Volta a Angola em Bicicleta teve lugar no dia 30 de Setembro do ano corrente, em Luanda.Estão ainda previstas outras actividades, entre as quais: um festival gimnodesportivo, a produção de uma obra em banda desenhada e animação sobre a história de Angola, um passeio com idosos ao Memorial Dr. António Agostinho Neto e ao Museu das Forças Armadas, uma Olimpíada Caça Talentos de Matemática, Física e Química, um torneio nacional de futebol onze (juniores), um quadrangular internacional igualmente em futebol onze (seniores), com a participação de equipas de Angola, Brasil, Portugal e Moçambique, a gravação de um disco de músicas e vozes do passado e uma antologia literária intitulada “Angola 40 Contos”.

Cultura

SETEMBRO 2015 | 39

Page 40: INstalação da BoavIsta-1

40 | Sonangol Notícias

Texto: Maria João Fernandes fotos: Divulgação

a humildade e simplicidade sempre lhe foram reconhecidas pelo público que o admirava. Desde cedo, o rapaz

nascido no bairro Brás, no Sambizanga, mostrou inclinação natural para a música. Subiu pela primeira vez a um palco aos 10 anos de idade, como artista Pió, interpretando temas de vários artistas nacionais. Venceu duas vezes e terminou outras duas em último lugar. Ainda assim, Bernardo Jorge Correia nunca desistiu e, incentivado pela família e amigos, começou a escrever as suas próprias canções, levando a sério uma promissora carreira

Homenagem a Bangão (1962-2015)

o até jÁ do rei do SemBaNo ano em que o país completa 40 anos de independência, a voz de Bernardo Jorge Correia, “Bangão”, deixou de se fazer ouvir, mas as suas músicas vão perpetuar-se na memória de todos os angolanos que o acompanharam ao

longo de 36 anos de carreira

musical. Chamavam-lhe Bangão, pelo facto de se apresentar sempre de gravata para ir à escola ou à igreja, apesar de não apreciar o termo utilizado pelos colegas. Começou a carreira no agrupamento ‘‘Tradição’’, em 1974, e foi vocalista do grupo ‘‘Processo de África’’, de 1976 a 1977.Em Outubro de 1978 subiu novamente ao palco, desta vez profissionalmente, como membro do grupo Gingas de Kakulo Kalunga. Na altura, os amigos continuavam a tratá-lo por Bangão. Foi aconselhado a manter a alcunha. Fez parte de vários grupos musicais, de entre os quais os Super

Musa, 21 de Janeiro e Nzimbo, conquistando cada vez maior reconhecimento público. Em 1992 gravou o CD Sembele,que popularizou temas como ‘‘Emoção’’, ‘‘Mucongo’’ e ‘‘Sambito’’. Em 1996 foi-lhe atribuído o prémio Liceu Vieira Dias, com o tema ‘‘Kibuikila – Peste’’, acompanhado pela Banda Movimento, da qual passaria a ser vocalista, em 1999. No mesmo ano saiu vencedor da primeira edição do ‘‘Semba de Ouro’’, com a música ‘‘Kangila – Pássaro Agoirento’’, mas, foi só em 2000 que decidiu, finalmente, lançar-se numa carreira a solo. Somou sucessos de bilheteira, sagrou-se um dos maiores intérpretes da música popular angolana e, em 2003, ganhou o prémio ‘‘Música do Ano’’, com o tema ‘‘Fofucho’’, sendo reconhecido como Voz Masculina do Ano e distinguido com o prémio ‘‘Preservação’’, pelo seu contributo em defesa da música popular angolana. Doze anos depois de ter gravado o primeiro álbum, Bangão lança o segundo disco, com o título ‘‘Cuidado’’, que lhe valeu o primeiro lugar no ‘‘Top dos Mais Queridos’’, da Rádio Nacional de Angola (RNA). O sucesso musical que ganhou no estilo Semba vem das suas músicas e das letras que contam histórias do quotidiano angolano, a maior parte delas em Kimbundu, e com as quais o público se identifica. Deu espectáculos em Portugal, Argentina, Namíbia e Brasil, onde dividiu o palco com o cantor brasileiro Gilberto Gil. O músico, compositor e intérprete, que foi convidado para cantar na festa de aniversário do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, deixou de cantar aos 53 anos de idade, a 17 de Maio de 2015. O corpo sucumbiu, vítima de doença. O adeus foi inevitável, mas a música do Rei do Semba vai continuar a tocar.

Page 41: INstalação da BoavIsta-1

Saúde

Texto: Maria João Fernandes foto: Shayne

A vida corre-nos nas veias” é o nome da campanha que arrancou no passado dia 14 de Junho, Dia Internacional do Dador de Sangue, na Clínica Girassol.As portas do Centro de Hemoterapia estarão abertas até ao final do ano e

aguardam por potenciais dadores. Bastam apenas cinco minutos do seu dia para salvar uma vida

SETEMBRO 2015 | 41

doe Sangue e dê vida

Doar sangue é ainda um tema ‘‘tabu’’ para muitos angolanos. ‘‘Falta informação por parte dos órgãos de Comunicação Social,

educação nas escolas sobre o tema, e, acima de tudo, falta desmistificar os mitos relacionados com a doação’’, afirma a Dra. Maria de Brito, médica responsável pelo Centro de Hemotera-pia e Banco de Sangue da Clínica Girassol.Segundo a especialista, a solução para existirem mais doadores passa por haver, sobretudo, ‘‘maior esclarecimento junto da população, e quebrar com a ideia generalizada

de que tirar sangue vai doer’’. O processo é simples. Na fase inicial é feito o registo (cadastramento) do potencial doador, do qual constam os seus dados pessoais; segue-se a colheita de sangue, através de pré-testes, que identificam o grupo sanguíneo, além de detectarem possíveis enfermidades de que o doador possa padecer; por último, e, depois de recolhido o sangue, é feita a análise de todos os seus componentes, de forma a saber-se se o doador está clinicamente. apto para a doação. O primeiro passo consiste em saber qual o

grupo sanguíneo a que o doador pertence. ‘‘Muitos doadores desconhecem o seu grupo sanguíneo, entre outros, que padecem de doenças transmissíveis pelo sangue sem sequer o suspeitarem’’, afirma a Dra. Adis Gogle, médica residente do serviço. Afirmar que o exemplo ‘‘vem de cima’’ pode parecer um lugar-comum mas, numa primeira fase, a Clínica Girassol lançou, internamente, a Campanha ‘‘A vida corre-nos nas veias’’, de forma a consciencializar os funcionários para a importância da doação de sangue.

Page 42: INstalação da BoavIsta-1

42 | Sonangol Notícias

DoaDoRes voluntÁRios não são sufiCientes O Centro de Hemoterapia e o Banco de Sangue foram criados em 2011 e contam com uma equipa de 14 profissionais de saúde, entre os quais duas médicas e técnicos de hemoterapia. Surgiu da necessidade de a Clínica Girassol ter começado a receber pacientes que iriam ser submetidos a cirurgias cardiotorácicas, procedimento médico em que a taxa de transfusão é elevada.Desde então, a equipa tem trabalhado no sentido de fomentar a cultura da doação de sangue, através de campanhas direccionadas à população. No entanto, e apesar dos esforços, cerca de 95% das suas doações são dirigidas, isto é, são agendadas através de contactos efectuados pelo próprio centro a grupos de potenciais doadores, e, por isso, mais susceptíveis a uma baixa taxa de adesão por parte dos candidatos. Como consequência, apenas 5% das doações provêm de voluntários. De acordo com a Dra. Adis ‘‘este é um problema mundial’’, sendo que o doador voluntário ‘‘será sempre o doador ideal, pressupondo-se que tenha informação sobre a doação de sangue e que se encontre saudável’’.Depois de se conhecerem os resultados dos pré-testes, e partindo do princípio de que o doador cumpre todos os requisitos necessários, é feito um questionário na sala de triagem sobre questões relacionadas com a doação. Segue-se um pequeno lanche antes de o doador entrar na sala de colheitas, ‘‘Muitas

pessoas confundem a doação de sangue com as análises clínicas e pensam que têm de estar em jejum, quando, é exactamente o contrário’’, esclarece a Dr.ª Adis.Cerca de cinco a sete minutos são suficientes para concluir a colheita. Dez minutos depois, o paciente está livre. Segue-se o estudo do sangue e dos seus componentes, um processo complexo, porém, decisivo.‘‘O sangue do doador não é transferido na totalidade, porque, o paciente receptor, só irá receber os componentes de que necessita, consoante a patologia de que padece’’, completa a especialista.

sanGue ‘‘0 neGativo’’ é o mais RaRo

Depois da colheita, as bolsas de sangue passam por um processo onde este é dividido em glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plasma e plaquetas. Segue-se um teste de serologia para verificar se o sangue é positivo, para doenças transmissíveis, como a Hepatite B e C, o HIV e a Sífilis. O sangue que der positivo é descartado.Dividido em quatro grupos sanguíneos (A, B, AB e O), o tipo de sangue mais raro é o ‘‘O negativo’’, cujo stock da Girassol se encontra abaixo dos restantes. Os grupos negativos são os que têm menos doadores.Calcula-se que, em África, a taxa de pacientes “O negativo” esteja abaixo de 1,2%. O tipo de sangue predominante

no continente africano é o ‘‘O positivo’’. Acredita-se que esta incidência possa estar relacionada com a predominância da malária, pressupondo-se que os pacientes do grupo “O positivo” sejam mais resistentes a determinadas complicações da doença. Depois da divisão dos componentes, as bolsas de sangue passam por um processo de repouso e centrifugação e, só depois, é retirado o plasma. De acordo com a responsável pelo serviço, Dra. Maria de Brito, “muitas vezes esse plasma é enviado para unidades de queimados”, salientando que a Clínica Girassol segue o protocolo da doação ‘‘e trabalha com as instituições do Estado e outras clínicas, porque, dar sangue é salvar uma vida’’, conclui.

Na Clínica Girassol o doador tem direitos. Quanto mais raro o tipo de sangue maiores os seus benefícios: atendimento de urgência, consultas, análises e exames na clínica gratuitos.Como prova das imensas dificuldades sentidas por esta unidade hospitalar em fortalecer o seu stock de sangue, um grupo de 25 dadores, dirigidos, faltou, num sábado, ao compromisso agendado, não se tendo registado, também, a comparência de voluntários.

Hoje, pode parecer-lhe indiferente, mas amanhã o seu sangue pode fazer toda a diferença.

Page 43: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 43

Turismo

Situada a 423 km da capital, Luanda, a província de Malanje está localizada no planalto Norte de Angola e conta com

uma população de aproximadamente 998.000 habitantes. Composta por uma área de cerca de 98.302 km², a cidade de Malanje é a capital desta província, que está rodeada pela República Democrática do Congo e províncias do Uíge, Cuanza Norte, Lunda Norte, Lunda Sul, Bié e Cuanza Sul.A província é composta pelos municípios de Cacuso, Caombo, Kalandula, Cambundi-Catembo, Cangandala, Cuaba Nzogo, Cunda-Dia-Baze, Luquembo, Malanje, Marimba, Massango, Mucari, Quela e Quirima. A população tem origens diversas e está distribuída em três grupos linguísticos: Kimbundu, Kikongo e Ambundo, sendo o Kimbundu o dialecto mais falado pelo povo local.

HistóRiaA origem do nome Malanje surge do Kimbundu antigo e significa “as pedras” (Ma-lanji). Existem, no entanto, várias versões para a explicação do nome atribuído pelos exploradores portugueses a esta província, a maioria com base em interpretações linguísticas do Kimbundo por parte dos colonos. A cidade de Malanje foi fundada na margem do rio com o mesmo nome e era um importante centro entre as regiões de

Cassanje e Lunda. Outrora dividida entre a cidade “branca” e a cidade “africana”, a capital da província passou a ser considerada após a independência de Angola, em 1975, como única cidade. A independência permitiu aos africanos residirem no território antes reservado aos europeus.Fundada em 1852, a cidade de Malanje possui uma linha férrea desde 1909, que a liga a Luanda, o que contribuiu em grande escala para o desenvolvimento da capital da província.

eConomiaDividida em três zonas geoeconómicas: planalto de Malanje, a Baixa de Kassanji e a Zona do Luando, a província de Malanje vive essencialmente da agricultura. As principais culturas são a mandioca, arroz, algodão, milho, ginguba, girassol e feijão. A província também dispõe de recursos minerais como diamantes, calcário, urânio e fosfatos. Malanje possui ainda uma pequena indústria na área da produção de materiais de construção, produtos alimentares e tabaco.

natuRezaLocalizada a uma altura que varia de 500 m a 1500 m em relação ao nível do mar, a província de Malanje é constituída por duas

malanjea terra da palanCa negra gigante

bacias hidrográficas, a do rio Zaire e a do rio Cuanza. Conhecida como a terra da Palanca Negra Gigante, Malanje é o território deste animal que habita exclusivamente em Angola, com maior incidência na Reserva Natural do Luando, situada nesta província. Com uma vegetação composta por florestas e savanas, a província possui uma vasta fauna, dispondo de várias reservas e parques naturais que albergam diferentes espécies de animais selvagens, com destaque para a palanca negra gigante, hiena, leopardo, elefante, crocodilo, leão e várias espécies de aves.

LAZERQuedas de Kalandula - As segundas quedas de água mais altas de África, as Quedas de Kalandula estão localizadas no rio Lucala, no município de Kalandula, e são uma das principais atracções turísticas da região.Parque Nacional de Kangandala – Alberga o animal símbolo de Angola, a Palanca Negra Gigante. Com uma área de 600 km² é também habitat de vários tipos de aves como a capota, patos bravos e perdizes, entre outros. Pedras Gigantes de Pungo Andongo – Localizadas no município de Cacuso, na localidade de Pungu-a-Ndongo, as grandes formações rochosas escondem as pegadas da rainha Nzinga Mbandi e do rei Ngola Kiluanje, cuja fortaleza estava localizada nesta mesma localidade.Túmulo da Rainha Nginga Mbandi e do Rei Ngola Mbandi – Os túmulos dos reis, e do irmão da rainha, Mbingi a Mbandi, estão localizados na aldeia de Mukulo a Ngola, município da Marimba. As visitas são organizadas por membros pertencentes à família real. Os visitantes têm de vestir-se com um traje especial.

a fiXaRAs festas da cidade de Malanje acontecem a 13 de Fevereiro.O dia 4 de Fevereiro também é celebrado, em memória das vítimas do massacre da Baixa de Kassange. Nas festas tradicionais as danças típicas são a massemba e a nbuenzena, ao som de instrumentos como a marimba de Kalandula e batuques.

Page 44: INstalação da BoavIsta-1

44 | Sonangol Notícias

namiBeterra da feliCidade

Localizada a 1.234 km de Luanda e a 225 km do Lubango, a província do Namibe é composta por uma área de 57.091 km² e

possui aproximadamente 1.195.779 habitantes (dados de 2006). A província, cuja capital é a cidade do Namibe, é composta por cinco municípios: Namibe, Bibala, Virei, Camucuio e Tômbua. O povo local pertence maioritariamente à etnia Herero, sendo os Cuvales o subgrupo predominante, que se dedicam sobretudo à pesca e à pecuária. A província do Namibe faz fronteira com Benguela, Huíla, Cunene e com a República da Namíbia. O Slogan “Terra da Felicidade” é a marca identificativa do Namibe no que respeita a campanhas de promoção da província, tendo sido aprovado por membros do Conselho Nacional de Concertação Social, em Agosto de 2013.

HistóRiaA cidade do Namibe foi fundada em 1840 e até 1975 era conhecida como Moçâmedes. O nome foi atribuído durante a época da colonização portuguesa e apesar de o território ter sido oficialmente descoberto pelo navegador português, Diogo Cão, já teria sido colonizado anteriormente pelo povo brasileiro. Antes apelidada pelos marinheiros de “Angra do Negro”, a partir de 1849 passou a chamar-se Moçâmedes, em homenagem a um barão general do exército colonial português. Após a independência de Angola, em 1975, a província passou a ser apelidada oficialmente de “Namibe”, adoptando o nome do deserto que a compõe.

eConomiaA província do Namibe alberga o terceiro maior porto comercial de Angola, depois de Luanda e do Lobito, tornando-se, assim, na principal

porta de entrada de mercadorias provenientes do sul de Angola. A província dispõe de uma linha de caminhos-de-ferro que liga a cidade do Namibe às capitais das províncias da Huíla e do Cuando Cubango, estendendo-se até ao porto, de forma a facilitar as trocas comerciais para dentro e fora do Namibe. É igualmente um importante centro piscatório, com cerca 480 km de costa, representando mais de 65% de toda a actividade piscatória do país. A indústria existente baseia-se, em grande parte, na produção de peixe congelado, conservas e óleo de peixe. Para além dos recursos piscatórios o Namibe é também rico em minerais como o ouro, o cobre, o ferro e o mármore.

natuRezaO deserto do Namibe alberga uma das plantas mais raras do mundo, a Welwitschia Mirabilis, espécie vegetal endémica que só existe nesta região. Conhecida por ter uma aparência semelhante à de um polvo gigante, pelas suas folhas largas, é um símbolo da sobrevivência da vida vegetal e animal no deserto. Os principais rios da região são o Cunene, Curoca, Bero e Carujamba. O rio Bero

desagua no litoral da capital da província e encontra-se seco a maior parte do ano.Maioritariamente deserto, e com um clima seco e fresco, o Namibe dispõe de uma vasta diversidade ecológica, presente nas montanhas, cascatas, praias, lagoas e reservas naturais, que lhe conferem um forte potencial turístico.

LAZERDeserto do Namibe – A maior atracção turística da província estende-se ao longo de 310.000 km², numa paisagem típica desta região. É no deserto, entre o Namibe e o município do Tômbua, que se encontra a planta Welwitschia Mirabilis. Reserva Especial do Namibe – Com uma área de 4.450 km2 alberga avestruzes, rinocerontes, zebras, leões, elefantes e suricatas.Parque Nacional do Iona – Constituído em 1937, dispõe de uma área de 15.150 km2 onde se podem observar as pinturas rupestres do Monte Negro, junto às quedas com o mesmo nome, no rio Cunene. As zebras e guelengues (órix do deserto) são as principais espécies animais. Furnas do Kapangumbe – Localizadas no Parque Nacional do Iona, em áreas do Salojamba, próximo do Porto de Namibe, escondem-se grutas e cavernas onde, outrora, viveram os povos Bosquímanos.

a fiXaRAs Festas do Mar têm lugar durante todo o mês de Março e são o principal evento social, económico e cultural do Namibe, atraindo todos os anos visitantes de várias províncias. Com uma tradição de mais de 50 anos, funcionam como uma mostra dos costumes locais, gastronomia e potencial turístico da região.

Page 45: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 45

Desporto

Texto: Euclides Seiafotos: Shayne

Tomás Faria informou os órgãos de Comunicação Social presentes, na-cionais e estrangeiros, que o Atlético Petróleos de Luanda mantém a

mesma metodologia para estabilizar o seu sector administrativo e financeiro.O líder do histórico do desporto nacional ex-plicou que, na Assembleia de Maio, os sócios aprovaram as contas referentes ao exercício económico de 2014, que foram certificadas pela empresa de auditoria KPMG. Tomás Faria sublinhou que a aprovação das contas constitui o primeiro passo que culminará em bons resultados desportivos.

petro de luanda

direCção faz Balanço poSitivo

A direcção do Petro de Luanda apresentou os resultados de nove meses de mandato, completados em finais do passado mês de Junho, na sede do clube.

Em conferência de imprensa, o presidente do clube mais titulado de Angola reiterou a política de estabilização administrativa e financeira

reForços e saídas A equipa de futebol reforçou o seu sector atacante com a contratação de Mawiya Tutona Jiresse, proveniente do Sporting de Cabinda. O atleta, natural da República Democrática do Congo, que foi o melhor marcador da primeira metade do Girabola 2015 com oito golos, vestirá a camisola número 28 e ficará no Catetão até ao fim de 2016. Por outro lado, as andebolistas Magda Cazanga e Maria Pedro desfalcaram a equipa. A primeira, em fase de recuperação, e, a segunda com uma lesão que a manterá afastada por um período de seis meses.

“Estamos a fazer a reestruturação dos recursos humanos do clube até ao fim de 2015. Antes do ano terminar veremos os resultados deste processo, que, estou convicto, nos permitirão ter a nossa estrutura bem definida e o pessoal redimensionado em função daquilo que preci-samos”, garantiu o presidente da agremiação do eixo-viário.Por outro lado, para a comunicação do clube fluir melhor, tanto pela via do site, como do facebook, e outros meios, o clube, patrocinado pela Sonangol, contratou profissionais qualifi-cados para criarem a área de marketing de for-ma a reduzir especulações sobre a organização.

A direcção aponta como prioridade despor-tiva o futebol, o basquetebol e o andebol. “No andebol feminino o clube conquistou, nesta época, a supertaça e o provincial; no basquetebol, não participou na taça dos clubes campeões africanos, mas, conquistou a Supertaça, o provincial e o campeonato nacional. No futebol, comparativamente à época de 2014, em que o Petro ocupava a 7.ª posição, em 2015 terminou a primeira etapa do Girabola no 8.º lugar.

Page 46: INstalação da BoavIsta-1

46 | Sonangol Notícias

Texto: Euclides Seiafoto: Shayne

O vogal de direcção do histórico Atlético Petróleos de Luanda, Artur Barros, revelou à Sonangol Notícias o segredo do sucesso

da época 2015. A estratégia de boa gestão administrativa, o conhecimento do mercado desportivo e a vontade de vencer dos

atletas foi a táctica aplicada em cada jogo

BaSQueteBol

eStratégia de geStão dÁ 12.º título

Face às dificuldades financeiras, e saída de alguns atletas influentes, o atlético Petróleos de luanda abdicou de lutar por títulos até 2018, mas, sagrou-se campeão este ano. Para este sucesso, onde é que a equipa foi buscar forças para suplantar os adversários no biC basket2015?

Em função do baixo orçamento e da reestru-turação em curso, não estávamos em condi-ções de nos bater de igual para igual com as outras equipas candidatas ao título.Tínhamos de estar bem do ponto de vista administrativo e desportivo, a fim de trans-formarmos o Petro no maior clube africano

até 2025. A redefinição da estratégia de boa gestão administrativa, de 2015 a 2018, e os conhecimentos que temos sobre o mercado desportivo, aliado ao real valor dos atletas/referências das equipas adversárias, foram factores que nos levaram a formar um grupo forte e coeso. Mas sem definir o título como meta para a época que terminou.Só que, no decorrer da época, constatámos que, se trabalhássemos bem, era possível ganharmos alguma coisa. E juntou-se a esta previsão a grande vontade de vencer dos próprios atletas e técnicos que, na primeira reunião da época de 2015, me disseram “o vogal terá, este ano, muitas surpresas boas connosco”.

Como reagiu o Petro à saída de alguns jo-gadores influentes, como o Carlos morais?A vida é assim. As pessoas procuram sempre o melhor. Entristeceu-nos, mas não podíamos impedir a sua saída. Até porque os atletas Carlos Morais, Braulio Morais e Valdelício Joaquim, já tinham terminado o vínculo contratual com o clube. O que mais nos abalou foi a saída, a meio da época e sem prévio aviso, de Miguel Kiala, porque nós contávamos com ele para o pro-jecto de reestruturação do plantel.Para colmatar essas saídas procurámos valorizar, em primeiro lugar, quem está

Page 47: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 47

Desporto

PerFIL Artur Casimiro BarrosLocal e data de nascimento: Huambo, aos 22 de Agosto de 1962Estado civil: Solteirofilhos (5): Jorge, 29 anos; Erica, 15; Miriam, 13; Artur, 10; e Gerson de 27 (guarda-redes da equipa principal de futebol do Petro).Habilitações literárias: Licenciatura em Cultura Física e Desporto e mestrado em Ciências Pedagógicas de Educação Física pela Universidade de Estado de Educação Física, Desportos e Turismo de Moscovo.Estatuto no Petro: Quadro fundador. Fez parte da equipa que conquistou o primeiro troféu da história do clube, quando júnior, em 1980. Modalidades que praticou: Futebol (Progresso e F.C. de Luanda), Andebol (Clube Ferroviário de Angola) e Basquetebol (Petro).Selecção de basquetebol: Integrou o cinco inicial que se sagrou campeão africano pela primeira vez na categoria de júnior, em 1980, e pan-africano, em sénior, no ano de 1986.Afro-Basket: Jogou em três campeonatos africanos, onde somou duas medalhas de prata e o 9.º lugar.Experiência desportiva: Professor de educação física e de basquetebol, preparador físico e técnico adjunto do Petro e das selecções nacionais de hóquei em patins, andebol e basquetebol.

presente. Depois, fomos ao mercado buscar um “matador”, um jogador que fizesse muita diferença e que marcasse muitos pontos por jogo. Qualidades encontradas em Emanuel Quezada, o MVP (jogador mais valioso) do nosso 37.º campeonato que, na temporada passada, representou o clube brasileiro Sanjoanense.Muitos atletas do nosso mercado rejeitaram o Petro por receberem ofertas de contratos exorbitantes de outros clubes. Nós só damos o que podemos, de acordo com as condições reais da nossa agremiação. Esta diferença mostra desorganização do mercado nacional.

o que se passa com o mercado de contrata-ções que afirma estar desorganizado ?Cada clube define o seu tecto máximo na con-

tratação de um atleta e, assim, os que têm maiores capacidades financeiras superam os outros. Deve haver fair-play financeiro num mercado que é livre. Os Ministérios da Juven-tude e Desporto e das Finanças devem deter-minar as regras, começando por estipular o valor máximo para contratar um jogador. E as equipas devem limitar-se a cumpri-lo.

o que é que o clube tem vindo a fazer para colmatar as dificuldades financeiras?Além da boa gestão e aplicabilidade correcta do dinheiro que o clube recebe da Sonangol, esta-mos, também, a contactar pessoas singulares para ajudarem o Petro a ter uma boa saúde financeira, bem como a incentivar os sócios a pagarem as suas quotas regularmente. Junta--se a esta metodologia a realização de negócios de material desportivo através da nossa loja.

Como está o clube a tratar do castigo im-posto pela Federação angolana de basque-tebol (Fab) ao treinador lazare adingono?Após a recepção do documento relativo à sus-pensão do técnico, o gabinete jurídico do clube começou a trabalhar no processo para, em tempo oportuno, responder ou impor recurso.Em final de entrevista, Artur Barros solicitou paciência a todos os petrolíferos e explicou que há muito ainda por se fazer para se alcançarem os objectivos traçados dentro do horizonte temporal definido pela direcção liderada por Tomás Faria.

Page 48: INstalação da BoavIsta-1

e Se penSÁSSemoS Qualidade?

48 | Sonangol Notícias

Page 49: INstalação da BoavIsta-1

SETEMBRO 2015 | 49

Dentre inúmeras variáveis que compõem o nosso sistema que se chama vida, destacamos a saúde

com a famosa frase: “A saúde está em primeiro lugar”. O dinheiro, que, em teo-ria, para não sermos mal interpretados consideramos não ser muito importante, na prática sabemos que é indiscutivel-mente indispensável e o amor, de que alguns falam, poucos sentem, apesar de muitos dizerem ter sentido ou quererem experimentar.Poderíamos destacar outras variáveis, não menos importantes, e, até, utiliza-das por muitos como verdadeira filosofia de vida. Porém, e se destacássemos a qualidade? Variável «si», importante nos tempos modernos, que, para muitos consumidores, clientes e interessados, é mais valiosa do que o valor propriamente atribuído ao bem ou serviço a adquirir. Esta variável de consenso (afinal de

contas todos a queremos), que nos é tão exigida nos nossos locais de trabalho, nas nossas casas, nos nossos relaciona-mentos, só estará efectivamente pre-sente e com impacto positivo na nossa vida, quando for culturalmente aceite. Ao invés de ser um mero gesto, um acto, ou mesmo uma prática esporádica, a qualidade tem de ultrapassar a moral e os bons costumes e cair em nós como traço cultural indispensável. A cultura da qualidade, quando madura e interiorizada (implementada e utilizada 24 horas sobre 24 horas por dia), permite compreender, ou descobrir que não é só nossa, nem só para nós, mas também a satisfação de quem nos solicita algo. Afinal, não nos esqueçamos, aquele que nos solicita alguma coisa é o nosso principal cliente directo. Se, de algum modo, vivemos, trabalha-mos, movimentamo-nos sete dias por

semana para satisfazer o requisito da-quele que nos pede, precisamos de estar mais atentos ao seu nível de satisfação, reclamações e, sobretudo, sugestões. E agora... Se pensássemos nessa qualidade (de satisfazer o outro) quo-tidianamente nos nossos processos e nas nossas actividades? Se a busca pela satisfação alheia fosse a nossa maior preocupação? Será que a plena satisfa-ção de outrem nos traria reciprocamente satisfação individual?Na realidade, não o conseguiremos com-provar se não abandonarmos os simples pensamentos, deixarmos as teorias de lado, pararmos aqui esta leitura e nos lançarmos para uma verdadeira cultura de prática de qualidade. Lamentamos o título não enquadrado ao conteúdo mas… Apresentamos a seguinte proposta de melhoria: E se praticásse-mos a qualidade?

Texto: Emanuel Chindecassefoto: Arquivo

A qualidade que nos é tão exigida nos nossos locais de trabalho, nas nossas casas, nos nossos

relacionamentos, só estará efectivamente presente e com impacto positivo na nossa vida,

quando for culturalmente aceite

Crónica

Page 50: INstalação da BoavIsta-1

50 | Sonangol Notícias

A fechar

HavemoS de voltarÀs casas, às nossas lavrasàs praias, aos nossos camposhavemos de voltar.

Às nossas terrasvermelhas do cafébrancas de algodãoverdes dos milharaishavemos de voltar.

Às nossas minas de diamantesouro, cobre, de petróleohavemos de voltar.

Aos nossos rios, nossos lagosàs montanhas, às florestashavemos de voltar.

À frescura da mulembaàs nossas tradiçõesaos ritmos e às fogueirashavemos de voltar.

À marimba e ao quissangeao nosso carnavalhavemos de voltar.

À bela pátria angolananossa terra, nossa mãehavemos de voltar.

Havemos de voltarÀ Angola libertadaAngola independente.

(Agostinho Neto)

Page 51: INstalação da BoavIsta-1
Page 52: INstalação da BoavIsta-1

Terminal Oceânico daBarra do Dande

Painel 15/07/06 17:35 Page 1

Composite

C M Y CM MY CY CMY K