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4 INSERÇÃO DO JOVEM EM BUSCA DO PRIMEIRO EMPREGO NO MERCADO DE TRABALHO DE CACOAL RO 1 Tatiane Garanhani 2 RESUMO: A inserção dos jovens na busca do primeiro emprego é uma realidade constante, entretanto os jovens se deparam com a inexperiência, falta de qualificação e ensino de qualidade insuficientes, desta forma este artigo tem como objetivo geral analisar a inserção do jovem na busca do primeiro emprego no mercado de trabalho no município de Cacoal, estado de Rondônia. A pesquisa apresenta método dedutivo, com tipo de pesquisa exploratório e descritiva e abordagem qualitativa. As técnicas de coletas de dados utilizadas foram à pesquisa bibliográfica e entrevista semiestruturada aplicada junto aos empresários e jovens do ensino médio matriculados nas escolas públicas do município. Os principais resultados demonstram que há vagas no mercado de trabalho, considerando as dificuldades e competências dos jovens. Os empresários destacaram que os principais fatores limitadores na inserção dos jovens no mercado de trabalhos estão à falta de responsabilidade, de comprometimento e baixa qualificação profissional. Os jovens percebem que os fatores limitadores para o seu ingresso e permanência no mercado está voltado com a pouca ofertas de emprego, sua posição social e baixa escolaridade. Sugere-se que sejam reforçadas as políticas públicas voltadas aos jovens em sua inserção, que a falta de experiência por parte dos jovens não seja um ponto negativo no mercado competitivo e que possam ter a oportunidade de competirem por igual na busca do primeiro emprego. PALAVRAS-CHAVE: Inserção dos Jovens. Mercado de trabalho. Competências. Primeiro Emprego. INTRODUÇÃO A oportunidade de emprego caracteriza a realização de sonhos e projetos da juventude que planeja o futuro na constante procura de se adequar às exigências que o mercado de trabalho propõe. Nessas constantes mudanças e grandes transformações sejam elas políticas e tecnológicas apresentam como novos desafios, onde há necessidade de capacitar para acompanhar a transformação da sociedade e do mercado de trabalho. Nesse contexto a importância do trabalho é fato gerador de novas criações, onde através da criatividade e conhecimento, contribui para o aumento da produtividade e 1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia Câmpus Professor Francisco Gonçalves Quiles sob a orientação da Profª Ms. Simone Marçal Quintino como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. 2 Acadêmica do 8º período do curso Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR. E-mail: [email protected].

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4

INSERÇÃO DO JOVEM EM BUSCA DO PRIMEIRO EMPREGO NO

MERCADO DE TRABALHO DE CACOAL – RO1

Tatiane Garanhani2

RESUMO: A inserção dos jovens na busca do primeiro emprego é uma realidade constante, entretanto os

jovens se deparam com a inexperiência, falta de qualificação e ensino de qualidade insuficientes, desta forma

este artigo tem como objetivo geral analisar a inserção do jovem na busca do primeiro emprego no mercado de

trabalho no município de Cacoal, estado de Rondônia. A pesquisa apresenta método dedutivo, com tipo de

pesquisa exploratório e descritiva e abordagem qualitativa. As técnicas de coletas de dados utilizadas foram à

pesquisa bibliográfica e entrevista semiestruturada aplicada junto aos empresários e jovens do ensino médio

matriculados nas escolas públicas do município. Os principais resultados demonstram que há vagas no mercado

de trabalho, considerando as dificuldades e competências dos jovens. Os empresários destacaram que os

principais fatores limitadores na inserção dos jovens no mercado de trabalhos estão à falta de responsabilidade,

de comprometimento e baixa qualificação profissional. Os jovens percebem que os fatores limitadores para o seu

ingresso e permanência no mercado está voltado com a pouca ofertas de emprego, sua posição social e baixa

escolaridade. Sugere-se que sejam reforçadas as políticas públicas voltadas aos jovens em sua inserção, que a

falta de experiência por parte dos jovens não seja um ponto negativo no mercado competitivo e que possam ter a

oportunidade de competirem por igual na busca do primeiro emprego.

PALAVRAS-CHAVE: Inserção dos Jovens. Mercado de trabalho. Competências. Primeiro Emprego.

INTRODUÇÃO

A oportunidade de emprego caracteriza a realização de sonhos e projetos da juventude

que planeja o futuro na constante procura de se adequar às exigências que o mercado de

trabalho propõe. Nessas constantes mudanças e grandes transformações sejam elas políticas e

tecnológicas apresentam como novos desafios, onde há necessidade de capacitar para

acompanhar a transformação da sociedade e do mercado de trabalho.

Nesse contexto a importância do trabalho é fato gerador de novas criações, onde

através da criatividade e conhecimento, contribui para o aumento da produtividade e

1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus Professor

Francisco Gonçalves Quiles sob a orientação da Profª Ms. Simone Marçal Quintino como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Administração. 2 Acadêmica do 8º período do curso Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

E-mail: [email protected].

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lucratividade apresentando como esforço realizado e percepção que o conhecimento deve ser

constantemente aprimorado, através da atualização e capacitação dentro das possibilidades

existentes.

O mercado de trabalho está em constante crescimento através da oferta de trabalho,

onde o jovem busca novas expectativas de futuro, tendo sua independência financeira e

amadurecimento profissional. Diante das complexidades, a situação torna-se desafiadora tanto

para os jovens como para os mais velhos, pois há necessidade de mudar seu entendimento

para o trabalho, buscando novas formas possíveis de inserção no mercado de trabalho, onde o

padrão de crescimento quanto à geração de emprego ainda é insuficiente aos níveis de

crescimento econômico devido à exigência de qualificação educacional.

O homem para garantir a continuidade de sua espécie precisa satisfazer não somente

as necessidades primárias, ou seja, beber ou comer, e ainda satisfazer outras condições

necessárias que se fazem vitais à sua sobrevivência. O trabalho constitui uma relação entre o

homem e a natureza, através da transformação e a humanização constante, ele transforma a si

próprio, modificando sua própria natureza. À medida que o indivíduo percebe e atribui

significado em suas experiências ele começa a desenvolver suas competências, habilidades e

capacidades para controlar e dominar seu próprio comportamento frente às adversidades

existentes nas relações no trabalho.

A pesquisa abordou os principais fatores que interferem na inserção do jovem no

mercado de trabalho em busca do primeiro emprego no município de Cacoal. O município

está em crescimento, e com isso as possibilidades de trabalho aumentam. No cenário atual

mesmo com as constantes vagas de emprego, os jovens ainda encontram dificuldades para

conseguir seu primeiro emprego, um dos fatores que contribui é a falta de experiência, a baixa

escolaridade e renda social. Muitos jovens abandonam os estudos para ajudar na renda da

família, e ficam sem tempo de concluir seus estudos. Desse modo, “a educação passa, então, a

constituir-se num dos fatores fundamentais para explicar economicamente as diferenças de

capacidade de trabalho e, consequentemente, as diferenças de produtividade e renda”

(FRIGOTTO, 1993, p.41).

Pochmann (2003) destaca que desde o início da década de 1980, quando o país

abandonou seu projeto de industrialização nacional, o mercado de trabalho tornou-se

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extremamente desfavorável ao conjunto das classes trabalhadoras, especialmente aos jovens.

Diante do problema exposto, esta pesquisa buscará responder: quais são os fatores

limitadores e possibilitadores que interferem na inserção do jovem no primeiro emprego no

mercado de trabalho do município de Cacoal - Rondônia?

Para responder a pergunta problema, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar

quais são os fatores limitadores e possibilitadores que interferem na inserção do jovem na

busca do primeiro emprego no mercado de trabalho do município de Cacoal-Rondônia e,

como objetivos específicos analisar os principais fatores que interferem na inserção dos

jovens no mercado de trabalho; verificar a percepção dos empresários quanto à inserção do

jovem em busca do primeiro emprego no mercado de trabalho; levantar o perfil do jovem à

busca do primeiro emprego, bem como as principais competências esperadas pelo empresário;

verificar a percepção dos jovens em busca do primeiro emprego quanto à inserção no mercado

de trabalho no município em estudo; e por fim, identificar quais dificuldades que o Jovem em

busca do primeiro emprego encontra na tentativa de inserir no mercado profissional.

Correia, Baltazar e Holanda (2006) mostram que a inserção do jovem no mercado de

trabalho dá-se de forma distinta, segundo a condição socioeconômica da sua família. Para as

camadas com menor rendimento, o percentual de jovens que participam da População

Economicamente Ativa (PEA), sejam eles ocupados e desempregados, é sempre inferior ao

registrado para os jovens pertencentes às famílias com maior poder aquisitivo. Esta elevada

proporção de inativos entre os jovens mais pobres está vinculada às crescentes dificuldades de

entrada no mercado de trabalho, marcadas pelo crescimento do desemprego.

A limitada incorporação dos jovens no mercado de trabalho acaba por redefinir o

padrão da inserção desta camada da população, em que parte dos jovens se dirige a

inatividade e outra parte insiste na procura sem sucesso à procura de emprego. Esta situação é

especialmente dramática para os segmentos mais vulneráveis da (PEA) juvenil, em especial

aqueles com baixa escolaridade ou pertencentes às famílias de baixa renda. (DIEESE, 2004

apud CORREIA; BALTAZAR; HOLANDA, 2006).

Os estudos que estão voltados sobre os jovens no Brasil, no meio acadêmico, se

direcionam apenas as discussões sobre os temas e as instituições inseridas na vida dos jovens,

no entanto, deveriam ser voltados na percepção de como os jovens vivem e enfrentam as

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adversidades da vida. Na visão de Abramo (1997) e Sposito (2002) as publicações no meio

acadêmico ainda não refletem a real análise da vida juvenil, geralmente as preocupações estão

voltadas aos jovens em relação à violência, entretanto, os jovens nas suas necessidades

práticas, coletivas e as políticas voltadas a eles, ainda são insuficientes.

Pais (2001) argumentam que as representações sobre o trabalho estão marcadas por

instabilidades, turbulências, flexibilidade e impermanência nas trajetórias juvenis, ressalta que

isso não significa que o trabalho não seja importante na vida dos indivíduos, tendo novas

dimensões. Na diversidade que os jovens vivenciam essas experiências, muitas vezes vista

como obrigação, esforço e até mesmo sofrimento, esses conflitos estão interligados na relação

dos objetivos traçados em cumprir o que a família espera para si.

O interesse pelo estudo do tema se dá devido ao fato que o desemprego é uma

realidade em todo o Brasil, isso se explica no alto índice de jovens na busca do primeiro

emprego, e na cidade de Cacoal essa realidade não está fora do contexto nacional.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O referencial teórico traz uma síntese relativa ao mercado de trabalho, o jovem e o

primeiro emprego, políticas públicas e a inserção do jovem no mercado de trabalho,

competências necessárias para o primeiro emprego e os principais fatores que interferem na

inserção do jovem no mercado de trabalho.

1.1 MERCADO DE TRABALHO

O trabalho apresenta diferentes identificações para o ser humano, mostrando como

momento a realização do ser social, ainda que represente situação de esforço, dor e obra, até

condição essencial da própria vida, liberta das necessidades à sobrevivência e oportuna

participação da inclusão social. Para Bourdieu (1981), os homens que não trabalham sentem-

se privados não somente de uma atividade e de um salário, mas de uma razão de ser social, e a

aposentadoria representa a morte social.

Para Weber (2003), qualquer observação da estatística sobre as ocupações de um país

deveria levar em consideração as opções religiosas, ele ainda destaca sobre o jovem não

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conseguir adentrar no mercado de trabalho, e chamou de “espírito do capitalismo”, sendo esse

espírito constituído por ética e por ter sido aprendido na convivência familiar e seria a

expressão de uma vocação.

Weber (2003, p. 32) destaca que o trabalho deve, ao contrário, ser executado com um

fim absoluto em si mesmo como uma ‘vocação’. Tal atitude, todavia, não é um produto da

natureza. Ela não pode ser provocada por baixos salários ou apenas salários elevados, mas só

pode ser o produto de um longo e árduo processo de educação. Estando com as rédeas nas

mãos, o capitalismo, pode recrutar sua força de trabalho com relativa facilidade em todos os

países industriais.

Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2010) no cenário de crise no

mundo do trabalho, há tendência significativa para os jovens onde boa parte da população

sofre com o desemprego, sinais estes de alerta para o risco de herança com ‘geração perdida’,

aumentando a falta de expectativa, e a esperança de construir uma vida descente e

comprometendo gerações futuras.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED, 2013) mostra que em dados do mês de

Julho/2013, a estimativa nas sete regiões onde a pesquisa é realizada manteve-se em 2.424 mil

pessoas, a taxa de desemprego total permaneceu estável em 10,9%. Segundo seus

componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 8,6% e a de desemprego oculto

manteve-se em 2,3%. A criação de 107 mil postos de trabalho, em número semelhante ao de

pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (107 mil), resultou na estabilidade do

contingente de desempregados. O total de desocupados, nas sete regiões investigadas, foi

estimado em 19.826 mil pessoas e a População Economicamente Ativa - PEA em 22.250 mil.

Em relação ao desemprego, Pochmann (2006, p.62) destaca que não fosse somente a

crescente taxa de desempregados, “constatam-se também alterações substanciais na

composição do conjunto de trabalhadores que não tem emprego, sobretudo, quando se

consideram as variáveis de classe, de rendimento familiar, gênero, raça e escolaridade” e, por

que não, a variável idade, pois segundo Gonzalez (2009), muitos empregadores preferem os

jovens, já que os encargos com demissões são menores, contribuindo assim para o aumento

do desemprego juvenil.

Desta forma, o autor procura esclarecer que o desemprego também é uma questão de

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ordem econômica e política, constitui elementos de relação com a composição social e étnica

da sociedade. Pochmann (2006) ressalta que, apesar do desemprego ter sido geral e atingido

vários grupos sociais, o seu aumento para a classe média levou a uma queda no rendimento

familiar desse grupo, obrigando os seus componentes a buscar ocupação no mercado de

trabalho.

A OIT (2013) estima-se que cerca de 73 milhões de jovens estejam desempregados,

equivale à taxa de desemprego de 12,6% atingido mais intensamente pela crise entre 2008 e

2009, até 2018, a taxa de desemprego entre jovens está projetada para alcançar 12,8%, com

crescentes disparidades regionais, em decorrência da dinâmica no mercado de trabalho em

países em desenvolvimento. Em 2012, o Brasil registrou o índice de 13,7% de desemprego

entre pessoas de 15 a 24 anos.

Já os jovens que estão inseridos no trabalho, encontram adversidades para manterem-

se no emprego. Conforme Antunes (1999, p.130) que mais complexa a aparência de liberdade

do indivíduo maior deve ser suas personificações frente ao trabalho, demonstrar maiores

aptidões, vontades, disposição e desejo, maior será a competitividade aos demais jovens que

demonstrarem perfil e atributos para aceitar novos desafios. Na falta desses elementos

essenciais os próprios trabalhadores são substituídos para atender as necessidades que o

mercado apresenta.

1.2 JOVEM E O PRIMEIRO EMPREGO

A juventude vem se modificando ao longo do tempo com diferentes necessidades e

expectativas de acordo com o meio social em que se vive, onde perpetua três instâncias

sociais em sua vida: família, trabalho e escola. Sendo caracterizado pela aquisição de

conhecimentos necessários para o mundo do trabalho, e valores que são adquiridos na família,

e o reconhecimento de participar da sociedade. Ocorre da forma como se concebe o tempo,

pois “quando se jovem, socialmente jovem, a família, o Estado, a escola forçam a definição de

futuro, estimulando a faculdade de elaborar projetos de vida” (LEON, 2009, p.66).

O termo família, na concepção de Bourdieu (1996), é uma unidade doméstica que

influencia nas normativas relativas às maneiras corretas de viver as relações com capacidade

de pensamento, de sentimento e de ações, nesse conjunto de pressupostos cognitivos buscam-

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se equivalências nas trocas. A família tem papel importante e necessário na construção da

realidade social, pelo trabalho concretizado no universo que o indivíduo organiza com as

divisões internas no seio familiar.

Os jovens não apenas são os receptores daquilo que é imposto pela sociedade, eles

reagem frente à realidade como interpretam, sendo assim o trabalho é tão importante na

formação do caráter humanizado e transformam as relações sociais, formando a consciência

da cultura humana.

No Brasil, segundo Pochmann (2000, p. 06) existem razões para que o jovem perca a

esperança de ter um trabalho de um lado à estrutura social que o país vive, movido pelas

desigualdades econômicas, no enfraquecimento das expectativas de sucesso marcado pelos

indicadores de pobreza, analfabetismo e a violência. Por outro lado, na própria economia

nacional as dificuldades são maiores do que as facilidades que propicie a ele uma vida com

melhores condições de viver, mesmo para a classe mais elevada.

O jovem ao ingressar no mercado de trabalho e possuir sua legitimidade perante a

sociedade carrega em sua bagagem os ensinamentos adquiridos ao longo dos anos na escola,

impactando positivamente ou negativamente para aqueles que abandonaram os estudos no

momento de uma simples entrevista, sendo cada vez mais necessária na definição do ingresso

ao mercado de trabalho levando em consideração a estabilidade econômica e a eficácia do

sistema escolar. Do ponto de vista de Berger (1975), nas estruturas mais óbvias que a

sociedade oferece, quando se seguem normas está protegido das condições de terrores que são

ofertados, não é perceptível diante das rotinas e rituais que são enfrentados com calma, bem

como os ritos de passagens que demonstram essa função.

A cultura dominante contribui para a integração real, Bourdieu (2006) assegura uma

comunicação imediata entre os membros diferenciando das demais classes, para a falsa

consciência das classes dominantes e dominadas, legitimando ordem estabelecida pelo meio

de hierarquias para validar essas distinções.

Para o jovem o trabalho constitui um fator decisivo em sua vida, um valor e

instrumento de valorização humana, e ter a concepção que ter um nível de escolaridade não é

certeza de ter trabalho, diante as exigências do mercado de trabalho o jovem deve ser criativo

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e ter flexibilidade para aceitar as regras impostas pelas empresas. Nesse sentido, Bourdieu

(2006) evidencia que os jovens possuem as perspectivas relacionadas com o futuro,

entretanto, não há planejamento pré-definido, almeja o ensino superior como à probabilidade

de modificar as condições adversas, sendo assim uma chance de conseguir um emprego que

considere ser melhor, gerando expectativas de melhores condições de trabalho, demonstrando

dúvidas e incertezas com o que pretendem fazer, nesse imaginário a emergência do trabalho

não é uma atividade idealizada e possível à realização pessoal e profissional.

Frigotto (2010) ressalta que a educação básica, superior e profissional se define nas

homogeneidades que se encontra nas esferas da sociedade, não devendo ser um ‘fato’ isolado,

e sim considerando como parte essencial da totalidade histórica e contraditória. A inserção no

mundo do trabalho sendo umas das preocupações dos jovens, educadores e gestores das

políticas públicas, com a percepção necessária de criar programas e ações que amenize a

situação atual, levando em conta a vulnerabilidade social, e a limitada oferta de oportunidades

e da falta de preparo específico do jovem ao primeiro emprego.

1.3 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE

TRABALHO

Sposito e Carrano (2003) evidenciam que um dos desafios do governo federal é

avançar para além das doutrinas da segurança pública e da assistência social no trato com as

políticas públicas federais orientadas para os jovens onde o desafio de capacitar para um

mercado de trabalho que oferece poucas oportunidades. Destaca-se o programa Jovem

Aprendiz voltado à inserção dos jovens no mercado de trabalho, faz parte da Lei de

Aprendizagem conforme Branco (2005) visa minimizar no cenário desfavorável ajudando o

jovem a associar as possibilidades da geração de renda, e também para complementar a renda

familiar e interligar trabalho e educação.

Promulgada em 19 de dezembro de 2000 e regulamentada pelo Decreto 5.598/2005, a

Lei de Aprendizagem as empresas de médio e grande porte devem contratar adolescentes e

jovens na faixa etária de 14 a 24 anos, como jovem aprendiz, através de um contrato especial

por tempo determinado no máximo de dois anos, na condição de aprendizes de ofício prevista

na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego, e

participam de cursos de aprendizagem nas instituições qualificadoras responsáveis pela

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certificação. No art. 9º do Decreto 5.598/2005, os estabelecimentos de qualquer natureza são

obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem

conforme um número mínimo de 5% e 15% do máximo cujas funções são relativas à

formação profissional (BRASIL, 2005).

No programa Jovem Aprendiz os jovens são acompanhados por um supervisor, ou

seja, um funcionário designado pela empresa na função de orientar, gerenciar e ensinar o

aprendiz em suas tarefas no dia-a-dia, fornecendo suporte estimulando o jovem a aplicar e

desenvolver suas competências no ambiente de trabalho. Nesse contexto Guimarães e

Romanelli (2002) esclarecem que o ambiente de trabalho impacta a subjetividade dos jovens e

propicia os mesmos a oportunidade de convivência, onde na ordenação de sua sociabilidade e

ampliam suas experiências contribuindo para o processo de amadurecimento psicológico e

intelectual.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei federal 8.069 de 13 de julho de

1990, criado para assegurar os direitos e cumprimentos à criança e o adolescente na

Constituição de 1988, em defesa à exploração infantil. A ECA estabelece distinção nas faixas

etárias onde considera criança entre 12 anos incompletos, e adolescentes aqueles entre 12 e 18

anos, onde encontram na fase de desenvolvimento, não possuindo condições de fazer valer os

direitos, precisando de proteção da família e do Estado. Inclui ainda a regulamentação do

adolescente a partir dos 16 anos no mercado de trabalho, proibido o trabalho considerado

insalubre e noturno, sendo fatores prejudiciais ao desenvolvimento e saúde do trabalhador.

Segundo o ECA art. 60 “é proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade,

salvo na condição de aprendiz”; no art.64 “ao adolescente aprendiz, maior de 14 anos, é

assegurado bolsa de aprendizagem” e no art. 69 “o adolescente tem direito à

profissionalização e à proteção no trabalho, seguindo os aspectos em respeito à condição

peculiar de pessoa em desenvolvimento, e a capacitação profissional adequada ao mercado de

trabalho” (BRASIL, 1990).

Criado em 2005, o Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), órgão ligado à

Secretaria Nacional de Juventude e da Secretaria Geral da Presidência da República, tem

como uma de suas finalidades proporem estratégias e avaliação de diretrizes para a promoção

das políticas públicas de juventude do Brasil. As políticas públicas apresentadas possuem

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dimensões variadas, e a necessidade da distinção dos níveis de atuação do governo nos focos

específicos ou que afetam a juventude.

Conforme o CONJUVE (2010) a partir da segunda metade dos anos 1990, devido à

emergência de certos números por iniciativas empreendidas nos diferentes níveis do governo,

surgem os planos locais e regionais, organismos públicos destinam a articular ações no Poder

Executivo e estabelecer parcerias com as organizações juvenis para a implantação de projetos

voltados para a juventude.

Houve no Governo Federal na intenção de constituir as questões da juventude com o

mercado de trabalho, nesse contexto foi desenvolvido o Programa Nacional do Primeiro

Emprego (PNPE) com isso foi criado uma unidade de juventude no Departamento de

Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho (DPJ-MTE), com grandes expectativas no

fato de ser o primeiro programa voltado para a juventude, encontrou dificuldades para o

cumprimento de todas as suas metas. Outra iniciativa importante foi à criação do Projeto

Juventude, realizando levantamentos, debates e pesquisas voltados para a situação dos jovens

no Brasil, desenvolvendo um banco de informações, estudos e propostas relativo às políticas

públicas de juventude (CONJUVE, 2010).

Segundo o Grupo Interministerial sobre o balanço das ações governamentais sobre na

primeira gestão do Governo Lula, identificaram mais de 150 ações federais desenvolvidas em

45 programas, e implementadas por 18 Ministérios ou Secretariado de Estado, deste total

apenas 19 eram específicas para os jovens (15 a 24 anos), as demais ações destinadas aos

jovens não foram articuladas exclusivamente a eles. Em 2005 foi apresentada a Criação da

Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude e do Programa

Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM). A CONJUVE criada em fevereiro de 2005 e

implantada no mês de agosto de 2005, é composto por 60 conselheiros, dentre os quais 20 são

indicados pelo poder público-Ministérios, Fórum de Secretários, Frente parlamentar de

Juventude da Câmara de Deputados, Gestores Municipais da Juventude onde 40 são eleitos

em assembleia pela sociedade civil – membros de organizações juvenis de representação

nacional, ONGS, redes e movimentos (CONJUVE, 2010).

Foram consideradas outras políticas sobre a inserção juvenil no mercado de trabalho,

as linhas de créditos voltadas à agricultura familiar proporcionam alternativas de ocupação ou

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geram impactos sobre a qualidade de jovens nessa opção. As iniciativas que visam à

capacitação profissional e/ou a ampliação da escolaridade, serão abordadas conforme

destacadas pela CONJUVE (2010):

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM), Integrado desde 2008,

visa estimular o incentivo e o retorno à escola dos jovens que abandonaram em função do

trabalho, das responsabilidades familiares, e outros fatores;

Projovem Adolescente tem como objetivo favorecer o convívio familiar e

comunitário e criar condições para a inserção; públicos alvos são os jovens de 15 a 17 anos,

pertencentes às famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família ou situação de risco,

medidas socioeducativas de internação ou programas voltados ao combate ao abuso e

exploração sexual, onde o órgão responsável é o Ministério de Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS);

Projovem Campo visa a Qualificação profissional em produção rural e a

escolarização, respeitando as características rurais, público alvo são os jovens agricultores de

18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental;

Projovem Trabalhador tem o objetivo de preparar os jovens para o mercado de

trabalho com vínculos empregatícios ou atividades geradoras de rendas, por meio das

qualificações social e profissional estimulando a inserção no mercado de trabalho, seu público

alvo são os jovens de 18 a 29 anos em situação de desemprego, cuja família possui renda

mensal de até um salário mínimo e que esteja cursando ou terminado o ensino fundamental ou

o ensino médio; ficando sobre a responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego;

Projovem Urbano possui os objetivos de proporcionar formação integral aos jovens,

buscando a reinserção escolar e profissional, pela formação básica, visando à conclusão do

ensino fundamental, bem como a qualificação profissional integrando a participação cidadã

com o desenvolvimento de experiências de atuação social na comunidade. O público alvo são

os jovens de 18 a 29 anos que, apesar de serem alfabetizados não concluíram o ensino

fundamental. A responsabilidade da Secretaria Nacional da Juventude em parceria com os

Ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome.

O Plano Setorial de Qualificação (PlanseQ) atuante desde 2004 é orientado ao

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atendimento às demandas emergenciais, estruturantes ou setores de qualificação, identificadas

através de iniciativas governamentais, sindicais, empresariais ou sociais, órgão responsável é

o Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2005).

O Programa Nacional de Integração da Educação Básica da Modalidade da Educação

de Jovens e Adultos (PROEJA) atuante desde o ano de 2005, com o objetivo de ampliar o

número de vagas em cursos de educação profissional, como princípio educativo o trabalho, a

partir da proposta de integração da educação profissional à educação básica, visando superar a

dualidade trabalho manual e intelectual. Público alvo são os jovens e adultos que não tiveram

acesso à escola que dela foram excluídos precocemente ou que estão em defasagem

idade/série, e o ficando sobre a responsabilidade o Ministério da Educação /Secretaria de

Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) (BRASIL, 2005).

1.4 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA O PRIMEIRO EMPREGO

Rezende (2003) salienta que investimento no desenvolvimento nas pessoas é tão

necessário quanto ao investimento em equipamentos ou em instalações, e constitui aspectos

que distingue as melhores empresas das demais, sendo uma condição de sustentabilidade na

organização, devendo, portanto, investir no treinamento, nas competências complexas a fim

de que se torne cada vez mais eficaz e coordenado.

De acordo com a análise de Brandão (2007) existem duas grandes abordagens teóricas

para o conceito de competências, a primeira representada pelos autores norte-americanos,

Mcclelland em 1973 e Boyatzis em 1982, onde a competência é um conjunto de qualificações

ou características dos indivíduos, que permite desenvolver trabalhos e lidar com determinadas

situações, a segunda representada pelos autores franceses, Le Boterf em 1999 e Zarifian em

2001, associa àquilo que o indivíduo produz ou desempenha no ambiente de trabalho. A

terceira relacionada perspectiva de integração das duas correntes procurando definir as

competências.

Le Boterf apud (BEGE, 2003) evidencia que o desenvolvimento das competências

profissionais depende de três fatores: do interesse do indivíduo em aprender; de um ambiente

de trabalho e de um estilo de gestão que incentive a aprendizagem; e do sistema de formação

disponível do indivíduo. Essa competência representa a assimilação da aprendizagem, tanto a

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16

aprendizagem e a competência estão relacionadas com a mudança, envolvendo novas formas

de pensar.

Sveiby (1998) considera que os indivíduos são dotados por cinco elementos:

conhecimento explícito; habilidade; experiência; julgamento de valor; e rede social. O

conhecimento explícito encontra relacionado ao conhecimento dos fatos adquiridos pela

informação. A habilidade que é a arte de ‘saber e fazer’, envolve prática física e mental,

adquirida por treinamento, conhecimento de regras de procedimento e habilidades de

comunicação. A experiência é adquirida, principalmente, pelas reflexões sobre erros e

sucessos passados. Os julgamentos de valor são as percepções que o indivíduo acredita estar

certo, constituindo-se como filtros conscientes e inconscientes no processo de saber do

indivíduo. E finalizando a rede social é formada pelas relações com outros seres dentro da

cultura transmitida pelo ambiente nas tradições.

Fleury e Fleury (2001) destacam que competência deriva do senso comum, utilizada

para designar uma pessoa qualificada para realizar algo, entretanto, ter conhecimento e

experiência e não saber utilizar em prol de um objetivo, bem como uma necessidade e um

compromisso, entende que o indivíduo não possui habilidades de competência, as capacidades

relacionadas de articular, mobilizar e colocar em prática os valores, os conhecimentos e

habilidades necessárias no desempenho eficaz do trabalho.

No estudo detalhado das competências Le Boterf apud (BEGE, 2003), os saberes ao

‘saber-fazer’, nas qualidades pessoais, recursos do meio e recursos emocionais, em relação

aos saberes podem ser divididos em saberes teóricos no entendimento de fenômeno, objeto,

situação, organização ou processo; saberes do meio permitem a adaptação às situações

específicas no contexto inserido, saberes procedimentais, que visam descrever como deve ser

realizada uma ação. O ‘saber fazer’ divide-se em saber-fazer formalizado, que são os

domínios de aplicação dos conhecimentos que se sabe; saber-fazer experimental, um saber

que vem da experiência e sentidos (visão, postura, reflexos, sensibilidade, etc.); saber-fazer

social ou relacional, ligados a uma rede de relações pessoais; e saber-fazer cognitivo, este

ligado a operações intelectuais necessárias a resolução de problemas. Nas qualidades pessoais,

são os recursos mais complicados de se expressar e fundamentais no mercado de trabalho; e

com relação aos recursos emocionais, são os raciocínios combinado com as emoções nas

tomadas de decisões e finalizando os recursos do meio, são os recursos externos a fim de

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17

facilitar a mobilização.

Os conhecimentos conforme Dacoreggio (2006) juntamente com os saberes estão em

cognição, às habilidades e ‘saber-fazer’ estão no plano de ação, e as atitudes, qualidades

pessoais e recursos emocionais estão no plano da predisposição para a ação. Portanto, os

saberes e conhecimentos estão associados entre si, o ‘saber-fazer’ estão no plano de ação, e as

atitudes qualidades pessoais e recursos emocionais estão relacionados às atitudes, na

compreensão e nos esclarecimentos dos termos.

1.5 FATORES QUE INTERFEREM NA INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE

TRABALHO

Segundo IPEA (2012) antecipar tendências futuras no mercado de trabalho e ajustar as

necessidades formativas é dar um primeiro passo, no grande desafio na baixa atratividade da

educação profissional. Dados da PNAD de 2007 mostram que 82% dos respondentes entre 15

e 17 anos não frequentavam cursos técnicos por falta de interesse.

Para Abramo, Freitas e Spósito (2000) os jovens são rotulados como pessoas apáticas,

improdutivas, consumistas, alienadas, que pouco contribui nas questões sociais e ficando

suscetível à marginalidade e as drogas. Essa realidade sugere uma nova reformulação das

políticas públicas de primeiro emprego, não somente ao estímulo na busca pelo primeiro

emprego, mas também na construção de projetos de vida, na preparação da convivência

humana e aprender a ser, saber e fazer.

A dificuldade dos jovens na inserção de trabalho atinge a juventude, sendo fonte de

preocupação principalmente os que se encontram em situação de risco, o acesso ao ensino de

qualidade deveria ser primordial, e nesse processo de formação como indicam Oliveira et al

(2005) e Amazarray et al. (2009), a exclusão escolar decorrente do trabalho precoce pode

contribuir para aumentar a dificuldade na inserção dos jovens, ao invés de mantê-los

empregados com futuro promissor.

Segundo a OIT (2001), a situação crescente dos jovens sem emprego pode ser inserida

em quatro novas categorias de desemprego:

Desemprego de inserção: momento em que o jovem esta à procura do primeiro

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18

emprego, sem a experiência profissional, mesmo com escolaridade elevada, o jovem encontra

dificuldade nesse primeiro contato com o mercado de trabalho;

Desemprego decorrente: refere-se à situação de jovens e mulheres que, na falta de

emprego estável, encontram uma ocupação temporária, ele passa parte de sua vida ativa

alternando entre postos trabalho provisório e o frequente desemprego;

Desemprego de reestruturação: ajustes adotados pelas empresas privadas, quanto às

mudanças organizacionais, novas gestões, fechamento de empresas relacionadas ao parque

produtivo, influenciando tanto pela destruição da produção industrial quanto à geração do

desemprego;

Desemprego de exclusão: relativo aos jovens que permanecem muito sem emprego

por um longo período atinge não apenas o trabalhador analfabeto e com baixa escolaridade,

em favor disso esse momento que se encontra restrito, tem condição de se expandir

reforçando a marginalidade social nas faixas etárias ativas da população ativa.

Em face às novas categorias apresentada, faz-se necessário voltar o olhar para a

juventude, nesse sentido a inserção dos jovens esta ligada a reprodução familiar, ocasionando

o ingresso antecipado, onde a transição do sistema escolar para o mundo do trabalho não

acontece de forma direta e objetiva.

2 METODOLOGIA

Quanto à realização deste artigo científico, teve como tipo a pesquisa descritiva, com

abordagem qualitativa e o método dedutivo. Para Gil (1999, p.43) a pesquisa descritiva tem

como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou

fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis e as pesquisas exploratórias são

desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de

determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é

pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

Na abordagem foi utilizada a qualitativa, segundo Lakatos (2007) refere-se na

distinção entre leis e teoria do ponto de vista da característica qualitativa, a possibilidade de

formular relações entre características observáveis ou experimentalmente determináveis.

As técnicas utilizadas para a coleta de dados foram à pesquisa bibliográfica,

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19

questionário e entrevistas semiestruturadas. Para Lakatos (1991) pesquisa bibliográfica se

refere ao apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de

importância, por serem capazes de fornecer dados atuais relevantes com o tema.

Os procedimentos de coleta de dados se deram primeiramente através da pesquisa

bibliográfica realizada no semestre de 2013 e no segundo semestre de 2014. E seguida, a

entrevista semiestruturada (APÊNDICE A), contendo 16 perguntas, abertas e fechadas

aplicadas pessoalmente junto aos empresários do município de Cacoal no período de outubro

a novembro de 2014. Os 07 (sete) empresários foram selecionados intencionalmente, pelo fato

de empregaram jovens com idade entre 15 a 24 anos. Conforme Vergara (1998) a amostra

intencional, o pesquisador seleciona determinados elementos da população que conforme o

seu julgamento, são consideradas boas fontes de informação. E utilizou-se a saturação da

amostra que é empregada para o fechamento ou final de uma amostra, interrompendo a busca

de novos participantes, quando as informações começarem a se repetir.

O questionário (APÊNDICE B) foi aplicado com os jovens de 16 a 24 anos junto aos

jovens nos dias 01 a 05 de novembro de 2014, de segunda a sexta, tendo sido validado (pré-

teste) e contendo 16 questões fechadas. A pesquisa foi realizada no município de Cacoal/RO,

nas escolas públicas que oferecem o Ensino Médio na área urbana, nos diversos turnos

(matutino vespertino e noturno). O município de Cacoal conta com 15.617 jovens conforme

dados do IBGE (2010). Foram distribuídos 201 questionários, porém apenas 100 foram

devolvidos e utilizados na análise dos dados. Os 201 jovens foram selecionados

aleatoriamente, com margem de erro de 7%, sendo de faixa etária entre 15 a 24 anos, sexo

feminino e masculino com idade legal para trabalhar.

A pesquisa seguiu os aspectos éticos, sendo que os participantes não foram

identificados e todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A) e

foram codificados de E1 a E100. O pesquisador assinou Termo de Isenção de

Responsabilidade (ANEXO B).

Após a coleta, os dados foram interpretados, após serem codificados para apresentação

na forma mais estruturada. Utilizada a análise do discurso com a captação da abordagem e

sensibilidade para interpretar a subjetividade do entrevistado (VERGARA, 1998).

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20

3 ANÁLISES DOS DADOS

A interpretação das informações realizado através da organização dos dados coletados,

em decorrência das aplicações dos questionários junto aos jovens de 15 a 24 anos e das

entrevistas semiestruturadas aplicadas junto aos empresários.

3.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS

Quanto ao perfil dos participantes constatou-se que 58% possui idade entre 16 a 17

anos, sendo 90% solteiros. Os jovens possuem grau de escolaridade predominante médio

incompleto, representado 94%, porém 3% concluíram o ensino médio completo. Na faixa

etária de 18 a 21 anos onde 5% dos participantes tem idade acima dos 24 anos, e 93% não

possuem filhos, sendo que 6% apenas 01 filhos e 1% possuem 02 filhos. Em relação ao

gênero, 50% masculino e 50% feminino, desta forma os dois gêneros buscam através dos

estudos melhores oportunidades de trabalho.

A tabela 01 apresenta de que forma os participantes ficam sabendo das ofertas dos

cursos profissionalizantes. A televisão foi citada por 29% dos participantes, 24% através da

Internet e pelos amigos, a escola registra 17%, relevante, pois a escola proporciona essas

trocas de informações, mostrando a importância não somente apenas em transferir saberes,

mas também uma forma de interação entre os jovens, já a população que fica sabendo através

do Rádio é de apenas 2% cumprindo o papel de divulgar as informações relevantes.

Tabela 01: Cursos Profissionalizantes Informação

Televisão Rádio Internet Escola Amigos Outros

24% 4% 24% 29% 17% 2%

Dificuldades

Transporte 14% Gravidez 2% Conciliar trabalho/estudo 1%

Carga Horária 42% Incentivo Familiar 1% Falta de Foco 14%

Desinteresse 22% Outros 4 % Falta de Opção 1%

Frequência

Conclui recentemente 26% Nos últimos 6 meses 12%

Há mais de 1 ano 39% Nunca participei 22%

Cursando 1%

Fonte: Elaboração Acadêmica (2014).

As dificuldades em participar dos cursos profissionalizantes estão relacionadas com a

realidade dos jovens, entre um ponto negativo é a falta de interesse que representa 22%, a

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carga horária torna-se cansativa totalizando 42%, o deslocamento até a unidade que oferta os

cursos resultam como dificuldade de transporte apresentado na tabela 01 como 14%, além da

falta de foco, relativo à concentração com 14%, ainda as jovens vivem uma realidade da

gravidez precoce na faixa etária com 2%, muitas vezes abandonam os estudos por não terem

com quem ficar com os filhos ou precisam levar junto na sala de aula. Outra dificuldade

apresentada com um percentual menor em relação aos outros dados com 1% é conciliar o

trabalho com os estudos, acarretando o abandono nos estudos e consequentemente tornando

um ponto negativo quanto a sua inserção.

Um dos programas desenvolvidos que visam à inserção dos jovens na faixa etária dos

16 aos 24 anos é o programa Jovem Aprendiz, onde possibilita os jovens a possuírem uma

renda e conciliar os estudos, onde estar estudando é um requisito fundamental, Branco (2005)

descreve essa importância que visa possibilitar a integração entre trabalho e educação.

A contribuição dos jovens com a renda da família quando empregados respondem

81% que participam ativamente na composição da renda e 19% declara que mesmo

empregados não contribuem na renda de suas famílias. A renda mensal das famílias dos

participantes com menos de 01 salário mínimo totalizam 6%, na faixa de 01 a 02 salários

registram 45%, de 03 a 05 salários 41% , ainda 5% na faixa de 06 a 10 salários e apenas 3%

vivem acima de 10 salários mínimos. Evidencia que a maioria dos participantes que se

encontra trabalhando colabora com a renda da família tornando essencial o programa na

inserção no mercado de trabalho e na sociedade.

Desta forma, considera que os jovens encontram através dos cursos profissionalizantes

uma maneira de romper as barreiras sociais e se qualificar frente ao mercado de trabalho. Os

cursos proporcionam a valorização dos jovens e tornam mais confiantes nessa fase de

crescimento e desenvolvem suas habilidades, conforme a ECA que regulamenta os aspectos

em respeito às condições significativas de cada jovem em desenvolvimento, dá o direito a

capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

3.2 PERCEPÇÃO DOS JOVENS EM BUSCA DO PRIMEIRO EMPREGO QUANTO À

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Os jovens empregados nos últimos 03 anos registraram 53% dos participantes que

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22

tiveram 01 emprego nesse período, 31% com 02 empregos e 16% no período de 03 anos ou

mais, Frigoto (1993) especifica que a educação contribui como fator fundamental para

explicar economicamente as diferenças de capacidade de trabalho e consequentemente as

diferenças de produtividade e renda. Os jovens que apresentam qualidades e competências

permanecem mais tempo em seus trabalhos, como ressalta Bourdieu (1981) os homens que

não trabalham sentem-se privados de ser social e estar aposentado representa a si uma morte

social, desta forma o trabalho dignifica e o torna inserido no meio em que vive e evita sua

exclusão perante a sociedade.

Os jovens inseridos no mercado de trabalho necessitam se qualificar para que o seu

trabalho possua um diferencial, conforme Antunes (1999) os jovens devem apresentar

maiores aptidões, vontades, disposição e desejo, tornando mais competitivo frente às

adversidades que surgem em sua caminhada. O gráfico 01 evidencia o que os jovens

percebem como essencial para o seu ingresso no mercado de trabalho.

Gráfico 01: Requisitos essenciais para o Jovem ingressar no mercado de trabalho.

Fonte: Elaboração Acadêmica (2014)

O gráfico 01 revela que 23% percebem que para o jovem ingressar no mercado de

trabalho é essencial possuir a vontade de querer trabalhar, para 22% é possuir mais

oportunidades e 19% destacam que o ensino de qualidade é fundamental. Observa-se que o

jovem já tem a consciência que o querer ingressar no mercado de trabalho fará toda a

diferença e que isto depende de cada um, pois quando se quer algo, as oportunidades ficam

mais evidentes. E o acesso ao ensino de qualidade deveria ser primordial, pois neste processo

19%

22%

6%

6% 8%

2%

1%

23%

11%

2% Ensino de qualidade

Mais oportunidades

Cursos voltados para a região

Políticas voltadas para os jovens

Mais incentivos do governo

Maiores aptidões

Outros

Vontade

Disposição

Desafios

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23

de formação como indicam Oliveira et al (2005) e Amazarray et al. (2009), a exclusão escolar

decorrente do trabalho precoce pode contribuir para aumentar a dificuldade na inserção dos

jovens, ao invés de mantê-los empregados com futuro promissor.

Quanto às dificuldades encontradas pelos jovens no momento de uma entrevista de

emprego, o nervosismo representa 36%, a ansiedade 28% e a falta de experiência 20%. Ainda,

destacaram que a falta de informação também é outro fator que dificulta os jovens em

obterem sucesso no processo de seleção. Esses fatores destacados por eles enfatizam o que

Berger (1975) evidenciou em suas pesquisas, pois o jovem ao ingressar no mercado de

trabalho e possuir sua legitimidade perante a sociedade carrega em sua bagagem apenas os

ensinamentos adquiridos ao longo dos anos na escola, impactando positivamente ou

negativamente para aqueles que abandonaram os estudos no momento de uma simples

entrevista. Pois é a única experiência que tem, são aquelas adquiridas na escola.

O gráfico 02 destaca as principais dificuldades que os jovens encontram para inserirem

no mercado de trabalho, sendo que 46% destacaram as poucas ofertas de estágio, 19% a

posição social e 13% o grau de escolaridade.

Gráfico 02: Principais dificuldades de inserção dos jovens no mercado de trabalho

Fonte: Elaboração Acadêmica (2014)

Verifica-se que os fatores evidenciados por eles, vão ao encontro da realidade do país,

onde a taxa de ofertas de empregos ainda são incipientes e que mostram que a inserção do

jovem no mercado de trabalho dá-se de forma distinta, segundo a condição socioeconômica

da sua família. Para as camadas com menor rendimento, o percentual de jovens que

participam da População Economicamente Ativa (PEA), sejam eles ocupados e

13% 4%

9%

46%

19%

5% 4%

Grau de escolaridade

Desestrutura familiar

Jornada de trabalho

Poucas ofertas de estágio

Posição social

Baixa perspectiva de futuro

Outros

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desempregados, é sempre inferior ao registrado para os jovens pertencentes às famílias com

maior poder aquisitivo. Esta elevada proporção de inativos entre os jovens mais pobres está

vinculada às crescentes dificuldades de entrada no mercado de trabalho, marcadas pelo

crescimento do desemprego, conforme destacam Correia, Baltazar e Holanda (2006).

E ainda, no tocante as poucas vagas de estágio e/ou ofertas de primeiro emprego

Pochmann (2000) destaca que os jovens inexperientes se deparam com falta de oportunidades

e de maior qualificação profissional. Os jovens iniciam muitas vezes sua carreira profissional

através dos estágios e os resultados mostram que se ofertassem mais vagas poderiam

contribuir em sua inserção no mercado de trabalho não somente no município de Cacoal como

também em âmbito nacional já que a população nessa faixa representa relativamente à

população nacional. E também por que os jovens possuem características de inovadoras

podendo transformar e impulsionar a população economicamente ativa.

3.4 PERCEPÇÃO DOS EMPRESÁRIOS QUANTO À INSERÇÃO DO JOVEM EM

BUSCA DO PRIMEIRO EMPREGO

Participaram também da pesquisa 07 (sete) empresários do município de Cacoal –

Rondônia que foram selecionados de forma intencional, representando empresas no segmento

de revendedoras de autopeças, supermercados, loja de produtos ortopédicos e loja de

confecção. Quanto ao tempo de atuação das empresas, 29% já estão no mercado entre 06 a 10

anos e 71% há mais de 16 anos. Em relação ao número de colaboradores 29% possuem entre

06 a 15 colaboradores, 15% de 15 a 25 colaboradores, 14% de 26 a 35 colaboradores, 14% de

36 a 45, 14% de 46 a 55 colaboradores.

Em relação à quantidade de jovens contratados na faixa etária de 16 a 24 anos, 57%

das empresas tem até 05 jovens no quadro de funcionários, 43% de 06 a 10 jovens

contratados, porém, apenas e 22% dos empresários priorizam o Programa Jovem Menor

Aprendiz como oportunidade para a inserção no primeiro emprego. Este resultado vai ao

encontro da percepção dos jovens quanto às poucas oportunidades de trabalhos no município.

Ou seja, apesar de ser uma política pública, o programa ainda não atende a maioria dos jovens

e ainda não conscientizou os empresários quanto à necessidade de oportunizar ofertas de

vagas para o primeiro emprego.

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Quanto à escolaridade exigida pelos empresários, 56% registra o Ensino médio

Incompleto, 33% preferem o Ensino médio Completo e 11% tanto Ensino médio completo e

também aceitam o Ensino fundamental completo. Ou seja, a escolaridade exigida pelos

empresários está de acordo com o perfil do jovem à procura do primeiro emprego do

município, pois os 58% jovens pesquisados apresentam idade entre 16 a 17 anos e possuem

grau de escolaridade predominante médio incompleto, representado 94%. E ainda, 83% dos

empresários pagam a estes jovens salários entre R$ 724,00 a R$ 1.448,00 e 17 % pagam

menos de R$ 724,00.

Os empresários evidenciaram que a importância dada ao programa Jovem Menor

Aprendiz, está vinculado à vantagem de que jovem aprendiz contratado na empresa representa

um baixo custo e ainda pode formá-lo conforme suas normas. Isto ficou evidente no extrato

de verbalização do A2 “ensinar desde cedo a cultura da empresa, formá-lo como a empresa

deseja” e do A6 “pode formá-lo do nosso jeito”. Ou seja, o funcionário oriundo do primeiro

emprego está isento de vícios de outras empresas, podendo ser treinado e qualificado

conforme as exigências, cultura e valores organizacionais.

Em contrapartida o Programa Jovem aprendiz também pode ter sua concepção apenas

pela parte burocrática, conforme evidenciado pelo entrevistado A3, onde apenas levam em

consideração as obrigações, em que o jovem só quer realizar as tarefas de seu interesse, pois

sabem muito bem quais são seus direitos e então a empresa contrata apenas em cumprimento

da lei para “não levar multa, uma obrigação, dedução fiscal” (A3).

Já o entrevistado A5 possui uma concepção mais otimista em relação ao Programa

Jovem Aprendiz, pois afirma que “cumprimento das leis e incentivos fiscais, colaboração na

execução das atividades da empresa e contribuir para a capacitação dos jovens” (A5). Pois

bem, não são muitos os empresários que tem a visão de que além de cumprirem com a

obrigação, estão também propiciando aos jovens a oportunidade de ingressarem no mercado

de trabalho e minimizar a taxa de desemprego entre este público que é considerada alta, pois

conforme a OIT (2013) cerca de 73 milhões de jovens estejam desempregados, equivale à

taxa de desemprego de 12,6%.

Os participantes ainda ressaltaram que o Programa Menor Aprendiz possui

desvantagens relacionadas à contratação dos jovens no primeiro emprego, um dos fatores

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mais expressivo é a inexperiência, seguida da insegurança nas atitudes. Outro ponto negativo

é a contratação desses jovens como obrigação em cumprimento da lei e suas respectivas

restrições. Isto ficou bem evidente no extrato de verbalização dos entrevistados A3 e A6:

“Obrigação, sofre pressão, depende do menor, se o jovem não trabalha direito, a

empresa tem que ficar com ele” (A3).

“As restrições de funções que podem exercer e devido à carga horária, acontece de

precisarmos e ele estar no curso” (A6).

Ou seja, o programa Jovem Aprendiz é voltado à inserção dos jovens no mercado de

trabalho, faz parte da Lei de Aprendizagem e visa minimizar no cenário desfavorável

ajudando o jovem a associar as possibilidades da geração de renda, e também para

complementar a renda familiar e interligar trabalho e educação, conforme destaca Branco

(2005). O jovem cumpre uma carga horária na empresa, porém tem a obrigação de participar

do curso. Muitos jovens participam motivados apenas pelo salário e não pela oportunidade de

aprendizagem, e isto reflete em seu desempenho nas empresas, sendo destacado como uma

desvantagem do programa.

Quando questionados quanto às competências necessárias que o jovem deve possuir

para ser contratado na empresa, 17% dos empresários destacaram que devem possuir

Iniciativa, pois é o primeiro passo para se manterem empregados. Os empresários

demostraram certa insatisfação quanto a este quesito, visto que a maioria dos jovens de hoje

não possuem esse atributo. O relacionamento interpessoal é outro quesito citado como

importante por 14%, juntamente com a determinação constante representando 11% dos

entrevistados. Destacaram que em relação a aprendizagem, é relativamente fácil, porém o

jovem deve ter perfil de querer aprender sempre. E ainda, destacaram que o interesse por

coisas novas, o dinamismo e a cordialidade devem ser constantes no perfil dos jovens. A

tabela 02 destaca o que os empresários anseiam de um jovem recém-contratado.

Tabela 02: O que se espera de um jovem recém-contratado

Perspectivas

Trabalho em equipe 12% Responsabilidades 18%

Interesse 22% Ética 12%

Disposição para cumprir

horários

15% Honestidade 9%

Dificuldades

Falta de Habilidade 8% Falta de Qualificação 25%

Falta de comprometimento 50% Falta de Competência 8%

Obrigação 8% Outros 8%

Fonte: o autor (2014)

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Em relação ao que se espera de um jovem recém-contratado, os empresários não tem

objeções quanto a faixa etária ideal para ingressar em suas empresas, a maioria com 72% diz

não ter preferência, 14% preferem na faixa de 16 a 18 anos e também 14% tem preferência

por jovens com idade entre 19 a 24 anos. Porém, quanto às expectativas em relação aos

recém-contratados, os empresários priorizam o fator interesse, representando 22% da

percepção dos participantes.

E ainda, destacaram que se o jovem tem interesse em aprender, as demais exigências

são complementadas com mais facilidade. Destacaram também a questão de responsabilidade

com 18%, disposição para cumprir horários com 15%, além da ética com 12% e a honestidade

com 9%. Ou seja, o fato do jovem ter interesse em aprender, já destaca sua responsabilidade

com o trabalho e consequentemente as demais características serão evidenciadas. Antunes

(1999) traz que os jovens que estão inseridos no trabalho, encontram adversidades para

manterem-se no emprego e devem demonstrar maiores aptidões, vontades, disposição e

desejo. Na falta desses elementos essenciais os próprios trabalhadores serão substituídos para

atender as necessidades que o mercado apresenta.

Os empresários apontam que as maiores dificuldades no momento da contratação dos

jovens são: a falta de comprometimento, ou seja, 50% acreditam que isto atrapalha, por que

estar comprometido com a organização significa colaborar sempre quando solicitado; 25%

responderam que a falta de qualificação torna-se um ponto negativo pelos fatores já

mencionados, e 9% destacou a falta de habilidade que conforme Sveiby (1998) é a arte de

‘saber e fazer’, na forma de adquirida por treinamento e conhecimentos transmitidos; e para

8% a alta rotatividade e a falta de competência dificulta a contratação dos jovens no mercado

de trabalho.

Ao analisar esses resultados com o que os jovens destacaram como as principais

dificuldades que encontram para inserirem no mercado de trabalho, verifica-se que estão bem

divergentes, pois para os empresários a falta de comprometimento, qualificação e habilidades

são os principais fatores, enquanto na percepção dos jovens, são as poucas ofertas de trabalho,

sua posição social e o grau escolaridade se apresentam como os grandes vilões para a inserção

dos mesmos.

O gráfico 03 demonstra as principais atitudes que prejudicam os jovens em

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28

permanecerem no mercado de trabalho.

Gráfico 03: Atitudes que prejudicam os jovens na empresa.

Fonte: Elaboração Acadêmica (2014)

Dentre as atitudes que prejudicam os jovens a permanecerem no mercado de trabalho,

a falta de interesse e falta de comprometimento são as mais citadas, representando 25% cada.

E ainda, para 15% estão a falta de disposição e falta de análise e argumentação

respectivamente, além do não cumprimento das regras e falta da criatividade.

Pois bem, cabe destacar que a falta de comprometimento tanto é um empecilho para o

ingresso como para a permanência dos jovens no mercado de trabalho. E o comprometimento

é um diferencial, característica muito solicitada em qualquer área que o jovem possa atuar.

Todas essas atitudes destacadas tornam possível a inserção e manutenção dos jovens no

emprego, por isto devem ser trabalhadas e mostradas claramente para que possam amadurecer

e manterem competitivos frente às dificuldades que encontram no mercado de trabalho.

Quando o jovem é contratado as empresas proporcionam a capacitação para seu

desenvolvimento profissional, visando auxiliar na execução de suas tarefas. Conforme o

Programa Jovem Aprendiz, o jovem deve ser acompanhado no desempenho de suas

atividades, receber suporte e ainda a empresa deve estimulá-lo a desenvolver suas habilidades

no ambiente de trabalho. Em relação à importância do treinamento, os empresários

destacaram que:

10%

10%

15%

25%

25%

15%

Falta de criatividade

Não cumprimento das regras

Falta de disposição

Falta de interesse

Falta de comprometimento

Falta de analise e argumentação

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29

“A empresa poderá treiná-lo conforme ela gostaria que esse menor realizasse suas

atividades, dentro das normas e diretrizes da empresa” (A1).

“Sim, geralmente é de acordo com o curso oferecido pelo SENAC, conforme a

disciplina ofertada e aplicada em sala de aula, e é adaptado em um setor para que o

aprendiz desenvolva da melhor forma na prática” (A2).

“Treinamentos voltados para conhecimento por parte dos pais e dos menores sobre

os regimentos da contratação de menor aprendiz, treinamento de integração de

colaboradores e outros treinamentos internos que a empresa realiza” (A6).

Os empresários percebem as vantagens em contratar jovens mais experientes devido

ao menor tempo para prepará-los, evidenciado por 40% dos entrevistados, pois os jovens

experientes só precisam se adaptar ao ritmo da empresa, diferente dos jovens inexperientes

que precisam ser mais acompanhados em suas atividades. Observa-se como vantagem, que o

tempo com treinamento e capacitação dos jovens é menor, além da fácil aprendizagem pois

ele sabe o que deseja e possui maior participação e melhor desempenho na execução das

tarefas.

Os incentivos nas empresas devem estimular os jovens a facilitar seu progresso,

capacitação e sua valorização profissional, muitas são as empresas que ainda não perceberam

que ao investir em um jovem ele esta contribuindo para seu próprio crescimento empresarial.

O A5 e A6 possuem uma visão ampla quanto investir na profissionalização do jovem.

“Os colaboradores do grupo recebem um incentivo para cursar faculdade na

Facimed, com acréscimo de 25% para ajuda de custo na faculdade, priorizamos os

cursos voltados para a área atuante” (A5).

“Palestra motivacional com um administrador e exemplo de funcionários que

cresceram na carreira profissional dentro da empresa” (A6).

Algumas empresas possuem programas específicos estabelecidos, a exemplo do A2

que tem a visão de ajudar o jovem a manter-se na escola. E ainda tem a visão de que a

experiência em diversos setores da empresa contribui como um incentivo ao jovem, além do

desenvolvimento intelectual conforme evidenciado pelo A6 “o incentivo é libera-lo para fazer

cursos e escola”.

Em relação às Políticas Públicas voltadas ao primeiro emprego, 57% dos participantes

acreditam que com certeza ajudam a reduzir o alto índice de desemprego juvenil e 15%

acreditam que é possível essa redução, 14% percebem que além de ajudar o jovem ao

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30

primeiro emprego, facilita novas oportunidades. E destacaram ainda que faltam mais

incentivos para a educação de nível básico que colaborem na formação de uma cultura mais

conscientizada e capacitação melhor para o mercado de trabalho.

Todos os entrevistados acreditam que a capacitação tem uma grande importância para

a empresa e contribui muito para a formação dos seus colaboradores, e que as políticas

públicas ajudam a reduzir o alto índice de desemprego juvenil, não somente no município de

Cacoal, como em outros estados, pois conforme o CONJUVE elas apresentam dimensões

variadas que se destinam a articular ações e estabelecer parcerias para as organizações

implementar mais projetos voltados aos jovens.

A coleta de dados evidencia que o mercado de trabalho do município de Cacoal dispõe

de vagas para contratação, mas também exige mão de obra qualificada, e com a falta de

interesse dos jovens e as exigências dos empresários fazem com que esses índices cresçam

cada vez mais. Entretanto, os empresários deram uma importância extrema para o colaborador

bem capacitado, pois tem mais chances de crescimento na empresa, desenvolve todas as

habilidades esperadas e pode ser investido em sua valorização profissional e pessoal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema proposto permitiu analisar os fatores que dificultam os jovens na inserção do

primeiro emprego, bem como as dificuldades que os empresários refletiram na pesquisa. As

mudanças tecnológicas, empresariais e econômicas impactam no crescente número do

desemprego juvenil. Desta forma todos os esforços devem ser voltados para os jovens a fim

de dar possibilidades de sua inserção no mercado de trabalho.

Em relação aos objetivos propostos pode se observar que foram alcançados. Existe

mercado de trabalho para os jovens no município Cacoal que estão cursando o Ensino Médio,

e que frequentam os cursos profissionalizantes ofertados pelas instituições na cidade.

Algumas características pessoais não são possibilitadores de interferir neste processo de

inserção como a falta de escolaridade, inexperiência, idade dentre outras. As empresas devem

ter a percepção que os programas de inserção não devem ser vistos como uma obrigação por

parte da empresa, e sim ter a percepção que a empresa esta possibilitando o jovem a construir

suas perspectivas, ajudar a amadurecer e contribuir para que os jovens possam crescer junto

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31

com a empresa, além dos jovens criarem a responsabilidade que perduram por toda sua vida

seja profissional ou pessoal.

A pesquisa permitiu analisar os fatores que são limitadores e possibilitadores que

interferem na inserção do jovem a busca do primeiro emprego no município de Cacoal,

Analisar os fatores que interferem na inserção dos jovens no mercado de trabalho, concluiu

que a falta de interesse por parte dos jovens, a baixa escolaridade e as próprias políticas das

empresas dificultam no processo.

Quanto à percepção dos empresários em relação à inserção do jovem em busca do

primeiro emprego no mercado de trabalho, estes buscam jovens que possuam habilidades,

aptidões e comprometimento com o trabalho. E as principais competências esperadas

destacam-se a responsabilidade, atitude, comunicação, motivação, disposição, competência,

autoestima e cooperação, competências que julgam serem importantes para os jovens serem

inseridos no mercado de trabalho.

O perfil dos jovens à busca do primeiro emprego compreende os jovens cursantes do

Ensino Médio Incompleto, na faixa etária predominante dos 16 aos 24 anos, nos gêneros

masculinos e femininos que solicitam mais vagas de estágios, mais políticas voltadas aos seus

interesses. A percepção dos jovens em busca do primeiro emprego quanto a inserção do

mercado de trabalho no município de Cacoal/Rondônia, é que deveriam surgir mais

oportunidades para os jovens serem inseridos no mercado de trabalho.

Os pontos positivos relacionados aos resultados da pesquisa são a existência do

interesse pelos jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, que depende exclusivamente do jovem

para desenvolver as habilidades que os empresários buscam, e que o mercado de Cacoal em

expansão faltam mão de obra qualificadas, tanto que as empresas estão valorizando a

capacitação de seus colaboradores. Os pontos negativos relacionados aos resultados da

pesquisa é que ainda tem a concepção de que a empresa deve ficar com o jovem por

obrigação, para que não seja penalizado e que se o jovem não desempenha seu papel, a

empresa é obrigada a ficar com ele ate o término de seu contrato.

Destacam-se como sugestões, que os jovens aproveitem as oportunidades direcionadas

a eles, a própria escola possuem projetos que os ajudam a terem responsabilidade, ética e

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32

trabalhar em equipe contribuindo para sua formação intelectual e social, e que os jovens

possam ter a concepção de que tudo o que os cursos que ele participar, todos são considerados

e será um diferencial a eles no momento que forem buscar seu primeiro emprego.

As principais limitações da execução da pesquisa foram encontradas o período de

aplicação dos questionários que coincidiram com as revisões do Exame Nacional do Ensino

Médio–ENEM, onde os alunos das escolas estavam voltados para realização das provas,

entretanto as diretoras dos respectivos colégios autorizaram a aplicação em poucas turmas,

com um número menor de alunos. Quanto as entrevistas foram enviadas via e-mail e algumas

não retornaram preenchidas, então foram realizadas nas empresas consideradas da pesquisa,

pessoalmente de acordo com a disponibilidade de cada empresário.

E como recomendações para os trabalhos futuros, sugere-se que seja realizado um

estudo relativo aos jovens do Programa Jovem Aprendiz, se todos os jovens direcionados pelo

órgão do município que coordena o programa permaneceram nas empresas e se tiveram

crescimento profissional. E para uma segunda pesquisa recomenda-se que sejam analisadas as

principais dificuldades dos jovens em relação à capacitação que as empresas oferecem para os

jovens que foram contratados pelo programa Jovem Aprendiz.

REFERÊNCIAS

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In: PERALVA, Angelina; SPÓSITO, Marília Pontes (Orgs). Juventude e contemporaneidade.

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trabalho. São Paulo: Bomtempo, 1999.

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1990 Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 02 de

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10________ Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Disponível em: Acesso em: 02 set. 2013

11 ________ Lei da aprendizagem. Lei no. 10.097, de 19 de dezembro de 2005. Disponível

em: https://wwwplanalto. gov.br/ccivil_03/leis/l10097.htm. Acesso em: 02 set.2013

12 CORREIA, Balbina Raquel de Brito; BALTAZAR, Cézar Carlos; HOLANDA, Samuell

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13 CARMO, P.S. dos. A ideologia do trabalho. São Paulo: Moderna, 1992

14 CONJUVE Análise das Oficinas Temáticas sobre as Políticas Públicas de Juventude.

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15 _________ Política Nacional de Juventude. Diretrizes e Perspectivas. Brasília. 2ª edição.

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17 DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Pesquisa

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18 FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de

competências: um quebra-cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 2. ed.- São Paulo:

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19 FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 2003.

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34

20 ____________. A relação da educação profissional e tecnológica com a

universalização da educação básica. In: MOLL. J. (Orgs.). Educação profissional e

tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios tensões e possibilidades. Porto Alegre:

Artmed, 2010.

21 ______________. Desenvolvendo a competência dos profissionais. 3. ed. Porto Alegre:

Artmed, 2003.

22 GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. cinco ed. São Paulo: Atlas,

1999.

23 GUIMARÃES, R. M.; ROMANELLI, G. A inserção de adolescentes no mercado de

trabalho através de uma ONG. Psicologia em estudo, Maringá, v.7, n.2, p.117-126,

jul./dez., 2002.

24 GONZALES, R. Política de emprego para jovens: entrar no mercado de trabalho é a

saída. In: CASTRO, J. A. AQUINO, L. M. C. (Orgs.). Juventude e políticas sociais no

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25 IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Brasil lidera

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26 IBGE. Censo demográfico. Características gerais da população e instrução. Brasil.

Rio de Janeiro. Disponível em

htpps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/população/população_jovem_brasil/comentario.pdf

27 IBGE. Cidades. Censo 2010 Disponível em https//www.ibge.gov.br/cidadesat/índex.php

Acesso em 03.setembro de .2013

28 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de A. Fundamentos de metodologia

científica. 3. Ed. Ver e ampl. São Paulo: Atlas, 1991.

29 ________Fundamentos da Metodologia científica, Editora Atlas, 2003.

30 ________Metodologia Científica. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

31 LEÓN, O. D. Uma revisão das categorias de adolescência e juventude. In:

CANEZIN GUIMARÃES, M. T. SOUSA, S. M. G. (Orgs.). Juventude e contemporaneidade:

desafios e perspectivas. Goiânia: Editora da UFG; 162 Cânone Editorial, 2009.

32 MARX, K. ENGELS, F. A ideologia alemã. Trad. Luis Cláudio de Castro e Costa. 3. ed.

São Paulo: Martins Fontes, 2007 (Clássicos). Branco, P. P. M. (2005). Juventude e trabalho:

desafios e perspectivas para as políticas públicas. In H. W. Abramo, & P. P. M. Branco,

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35

(Orgs.), Retratos da juventude brasileira (pp. 129-148). São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

33 MARTINS, Heloísa H. T SA juventude no contexto da reestruturação produtiva. In:

ABRAMO, Helena W; FREITAS, M. Virgínia de; SPÓSITO, Marília Pontes (Orgs.)

Juventude em debate. São Paulo: Cortez, 2000.

34 OIT, Desemprego juvenil no Brasil: em busca de opções à luz de algumas experiências

internacionais. 2. Ed. - Brasília: OIT, 2001.

35 ________ Tendências Globais de Emprego para a Juventude - 010. Disponível em:

http://www.oit.org.br/topic/employment/news/news_184.php. Acesso em 03.setembro de

2013.

36 PAIS, J. M. Emprego Juvenil e mudança social: velhas teses, novos.

modos de vida. Analise Social: Lisboa, 1991.

37 POCHMANN, M. A batalha pelo primeiro emprego: as perspectivas e a situação atual

do jovem no mercado de trabalho brasileiro. São Paulo: Publisher Brasil, 2000.

38 ________. Desempregados no Brasil. In: ANTUNES, R. (Org.). Riqueza e

miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Bomtempo, 2006.

39 REZENDE, E. J. O livro das competências: a melhor autoajuda para

pessoas, organizações e sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

40 SILVA, Adriano Camiloto; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone

Marçal. Manual do artigo cientifico do curso de Administração. 2010.

41 Sposito, M. P. & Carrano, P. C. R. (2003). Juventude e políticas públicas no Brasil.

Revista Brasileira de Educação, 24,16-39. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.

php?script=sci_issuetoc&pid= 1413-247820030003&lng=pt&nrm=iso.

42 VERGARA Sylvia Constant. Método de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas,

2005.

43__________Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 2 ed. São Paulo:

Atlas, 1998.

44 WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 2. ed. São Paulo: Pioneira,

2003.

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36

ANEXO

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37

ANEXO A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa A

inserção do jovem no mercado profissional para o primeiro emprego, no caso de você

concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é

obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu

consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a)

ou com a instituição.

Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do

pesquisador (a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.

PROGRAMA: Graduação em Administração da UNIR – Fundação Universidade

Federal de Rondônia

PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Tatiane Garanhani

ENDEREÇO: Rua Mogno, n°1687, Santo Antônio Cacoal-RO.

TELEFONE: (069) 3443-2790

OBJETIVOS:

Verificar a percepção dos empresários quanto à inserção do jovem em busca do

primeiro emprego no mercado de trabalho.

Levantar o perfil do jovem à busca do primeiro emprego, bem como as principais

competências esperadas pelo empresário;

Verificar a percepção dos jovens em busca do primeiro emprego quanto à inserção no

mercado de trabalho no município de Cacoal – RO;

Identificar quais dificuldades que o Jovem em busca do primeiro emprego encontra na

tentativa de inserir no mercado profissional

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: (caso concorde em participar desta pesquisa,

você terá que responder um formulário de entrevista sobre a Inserção do Jovem para o

primeiro emprego, possuindo (15) questões abertas e fechadas). Os dados coletados serão

tabulados e analisados para fechamento do Artigo para Graduação no Curso de Administração

da Universidade Federal de Rondônia.

RISCOS E DESCONFORTOS: a pesquisa não oferece nenhum risco ou prejuízo ao

participante.

BENEFÍCIOS:

CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou

pagamento com sua participação.

CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua

privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome

não serão divulgados.

Assinatura do Participante: ___________________________________________

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38

ANEXO B: TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Eu, TATIANE GARANHANI, DECLARO, para todos os fins de direito e que se

fizerem necessários que isento completamente a Fundação Universidade Federal de Rondônia

– Campus Professor Francisco Gonçalves Quiles em Cacoal, o orientador e os professores

indicados para comporem o ato de defesa presencial, de toda e qualquer responsabilidade pelo

conteúdo e ideias expressas no presente trabalho de conclusão de curso.

Estou ciente de que poderei responder administrativa, civil e criminalmente em

caso de plágio comprovado.

Cacoal / RO, 17 de Novembro de 2014

___________________________________________

(nome do Acadêmico por extenso e assinatura)

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39

APÊNDICE

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40

APÊNDICE A: FORMULÁRIO DE ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA

Nome:_________________________________________________________

Proprietário da Empresa A1 a En____________________________________

Data de abertura: ___/____/_____

1. Quanto tempo a empresa atua no mercado?

2. Qual o número de funcionário?

3. Qual a quantidade de jovens na faixa etária de 16 a 24 anos?

4. Existem programas específicos na empresa que visa priorizar os jovens na inserção do primeiro emprego?

5. Qual a maior dificuldade que o empresário tem em contratar os jovens no primeiro emprego?

6. Quais as competências necessárias que o jovem deve possuir para ser contratado na empresa?

7. Quais as vantagens e desvantagens de se contratar o menor aprendiz na empresa?

9. O que se espera de um jovem recém contratado?

10. Qual incentivo que a empresa proporciona ao jovem para facilitar a sua profissionalização?

11. Defina um funcionário ideal para sua empresa? ?

12. Quais atitudes que prejudicam os jovens na sua empresa?

13. Quando o jovem é contratado há capacitação para o seu desenvolvimento profissional na empresa?

14. Qual a vantagem que a empresa tem em contratar jovens que possuem mais experiência?

15. Em relação ao primeiro emprego você acha que as políticas públicas podem ajudar a reduzir o alto índice de

desemprego juvenil?

16. Para trabalhar em sua empresa, qual a faixa etária ideal?

( ) 16 a 18 anos

( ) 19 a 24 anos

( ) 25 a 29 anos

( ) acima de 29 anos

( ) não tem preferencia

17. Quanto se paga em média de salário para um jovem iniciante?

( ) menos que R$ 678,00

( )R$ 678,00 a R$ 1.356,00

( ) acima de R$ 1.356,00

18. Qual a escolaridade exigida para trabalhar em sua empresa?

( ) analfabeto ( ) funcional

( ) Ensino Fundamental ( ) completo ( ) incompleto

( ) Ensino Médio ( ) completo ( ) incompleto

( ) Ensino Superior ( ) completo ( ) incompleto

19. Qual a importância do funcionário bem capacitado para a sua empresa?

( ) pouco importante

( ) relevante

( ) importante

( ) muito importante

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41

APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO

Questionário aplicado aos jovens na Inserção no primeiro emprego no município de Cacoal – RO, com o

objetivo de verificar como está o mercado de trabalho, na percepção dos jovens quanto aos fatores que

interferem em sua inserção.

1. Qual seu sexo? ( )Masculino; ( )Feminino.

2-Quantos anos você tem?

( )16 a 17 anos; ( )18 a 21 anos; ( )22 a 24 anos; ( )Mais de 25 anos.

3-Qual seu estado civil?

( )Solteiro; ( )Casado; ( )Divorciado; ( )outros __________________.

4-Você tem filhos? Quantos?

( )Não; ( )Tenho, 1; ( )Tenho,2; ( )Tenho, mais de 2 filhos.

5-Qual seu grau de escolaridade?

( )Ensino fundamental incompleto; ( )Ensino fundamental completo;

( )Ensino médio incompleto; ( )Ensino médio completo;

( )outros ____________________________________________________.

6- Frequenta algum curso profissionalizante? ( ) sim; ( ) não.

Qual? _______________________________________________________.

7- Com qual frequência você faz um curso profissionalizante?

( ) Conclui recentemente;

( ) Nos últimos 6 meses

( ) A mais de 1 ano

( ) Não tenho interesse em participar de cursos profissionalizantes;

8- De que forma você fica sabendo de cursos profissionalizantes gratuitos?

( )Televisão; ( )Rádio; ( )Internet ; ( ) Escola; ( ) amigos;

( )outros _____________________________________________________.

9- Quais as maiores dificuldades que você tem em participar/frequentar esses cursos profissionalizantes

gratuitos? (Marque todas que tiver)

( ) transporte; ( ) Carga horária; ( ) Tema; ( ) Incentivo familiar;

( )outros______________________________________________________.

10- Quais as dificuldades que você encontra no momento da entrevista? (Marque todas que tiver)

( ) Falta de experiência; ( ) Nervosismo ( ); ( ) Falta de informação; ( )

( ) outros ___________________________________________.

11- Você empregado contribui para a renda de sua família?

( ) sim; ( ) não. ______________________________________________________________.

12 - O que você acha que é essencial para o jovem ingressar no mercado de trabalho?

( ) Ensino de Qualidade.

( ) Mais oportunidades.

( ) Oferta de Cursos profissionalizantes.

( )outros ______________________________________________________.

13 Quantos empregos você teve nos últimos três anos-?

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ou mais

14 A contribuição que a escola proporciona para a formação profissional/mercado de trabalho em sua opinião é?

( ) pouco importante

( ) relevante

( ) importante

( ) muito importante