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A Hey Peppers! apresenta Inglês sem mistérios Técnicas e tendências para você aprender muito mais rápido. Por Felipe Diesel

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e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!1

A Hey Peppers! apresenta

Inglês sem mistériosTécnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Por Felipe Diesel

e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!2

A Hey Peppers! apresenta

Turbine seu inglêsTécnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 1

Por Felipe Diesel

e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!3

Sobre o Autor Felipe Diesel é professor de inglês há 17 anos, já trabalhou em escolas regulares, cursos pré-vestibular, escolas de idiomas e cursos preparatórios para prova de profi-ciência. Durante todo este tempo teve o prazer de ensinar mais de 2.000 alunos. A intenção de criar este material é para lhe ajudar a aprender inglês de forma mais rápida e prática.

Espero que goste. Por favor, deixe seu comentário, dúvida ou sugestão pelo e-mail [email protected]. Boa leitura e um grande abraço.

e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!4

Aposto que assim como eu, você também conhece alguém chamado João. Não é aque-le João de Santo Cristo que quando criança só pensava em ser bandido, ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu. Chamo de João, mas poderia chamar de Roberta, Paulo, Cristina ou Pedro. Muda o nome, mas a história é sempre a mesma. Trabalhando há 16 anos como professor de inglês tive a oportunidade de conhecer várias pessoas, de grandes talentos e muitas delas com uma grande dificuldade em aprender um segundo idioma. Para ficar mais claro, preciso que você se concentre na história de João.

John, um garoto sem traumas, que gostava de bandas de rock americanas. Para entender o que estava cantando ele se matriculou em uma escola de idiomas, pagou sua matrícula, recebeu o material e foi para a sua primeira aula. Nossa! A primeira aula realmente o impressionou. Nunca tinha aprendido tanto! Foco em conversação, dinâ-mica, muito diferente do que aquela velha decoreba do verb to be que ele conhecia. Saiu da aula sabendo se apresentar e fazendo algumas perguntas básicas em inglês. Wow! E ele foi embora super emocionado, finalmente sentia gosto pelo aprendizado, fez todo o homework, estudou o material e escutou o seu CD. Opa, agora sim! Tinha tudo para dar certo, mas... não deu. John logo perdeu o interesse, desmotivou-se e parou de estudar inglês.

Essa história parece familiar? Conheci vários Johns em minha caminhada como profes-

Por Felipe Diesel

APRENDENDO A APRENDER

e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!5

sor. Alunos que começam super bem e com o passar do tempo desistem, deixam para trás seus ideais e esquecem o seu sonho.

Pensando no caso do John preparei um material que pode ajudá-lo nesta jornada. Todo o conteúdo que você vai ler vem de minha observação e experiência em sala de aula. Todo o conhecimento expressado aqui vem de minha reflexão sobre eventuais erros e acertos de meus alunos, o que eles fizeram, como procederam e por que eles conse-guiram resultados onde outros alunos falharam. Tenho certeza que essa leitura prática poderá ajudá-lo a atingir grandes objetivos. Vamos lá!

Vamos começar pelo início. Por que você quer aprender inglês? Qual o seu objetivo? Preparei um material interativo e a minha intenção é te guiar para juntos obtermos respostas valiosas garantindo um melhor resultado seu. Topa? Então bora lá, pre-encha neste espaço aqui o motivo pelo qual você tem interesse em aprender um segundo idioma:

Vai viajar para o exterior?

Quer assistir a filmes e a séries sem legenda?

Vai estudar, fazer faculdade ou high school em outro país?

Está precisando se preparar para aquela vaga de trabalho?

Está querendo conhecer pessoas novas na internet?

Quer dar um upgrade na sua carreira?

Quer fazer um intercâmbio de férias para dar um “boost” em seu inglês?

QUER UM HELP?

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Legal ver que você tem um objetivo claro. Se não conseguiu achar um motivo entre os listados acima quem sabe você faz mais uma forcinha, dá uma repensada, pois algum motivo deve haver.

Trabalho como professor de idiomas há mais de 16 anos, e já tive o prazer de ter em minhas salas de aula mais de 2.000 alunos. Pude observar que todos aqueles que tinham um objetivo claro com o segundo idioma, sempre chegavam lá, atingiam o seu objetivo de aprender uma nova língua. Sempre lembro meus alunos da grande lição de Alice, sim, a da obra “Alice no País das Maravilhas”. Há uma cena que acho fantástica: é a cena do filme da Disney de 1951, em que ela está correndo atrás de um coelho que anda apressado, sempre olhando em seu relógio, quando cai em um mundo desconhe-cido, (psicólogos dizem que ela cai em si mesma, mas esta já é outra história, vamos nos ater aos fatos) e neste mundo, ao se ver perdida, ela encontra o evaporante gato Cheshire, em cima de uma árvore e segue o seguinte diálogo:

Sempre tive vários alunos com a “síndrome de Alice” (vamos cha-mar assim), que não sabiam de onde vinham e nem aonde queriam chegar. E sabe o que aconteceu? Não chegaram a lugar algum. Imagino que você não queira ser como a Alice do cinema e deve ao menos querer algo a mais para você. Como tenho certeza que você sabe aonde quer chegar, pergunto-lhe novamente: por que você quer aprender inglês? Responda abaixo e não vale titubear.

Alice:”Você pode me ajudar?”

Gato: “Sim, pois não.”

Alice:”Para onde vai essa estrada?”

Gato:”Para onde você quer ir?”

Alice:”Eu não sei, estou perdida.”

Gato: “Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.”

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Agora que você já sabe a razão do seu estudo, temos um motivo pelo qual “batalhar”. A palavra “batalhar” vai entre aspas mesmo, porque o aprendizado de um segundo idioma pode ser algo tão gostoso quanto namorar, desde que você saiba o que está fazendo e isso vale para namorar também.

Sabemos o motivo, então devemos saber aonde queremos chegar e em quanto tempo esperamos chegar lá, como dizia Napoleon Hill: “uma meta é um sonho com um pra-zo”. Um dos maiores erros dos alunos é querer ser “fluente” em inglês e esquecer do seu objetivo (não gosto de falar sobre a fluência, tem muita discussão sobre isso e vou deixar para tocar nesse assunto mais tarde).

Vou deixar isso mais simples: para todo objetivo há um nível específico de inglês e um tempo dedicado a este aprendizado. Por exemplo: se você pretende viajar e deseja apenas se comunicar em inglês, fazendo pedidos em um restaurante, pedindo informações, entendendo instruções básicas você não precisa ficar 5 anos decorando verbos e tempos verbais e repassando extensos exercícios gramaticais. Você precisa de no mínimo 80 horas de aula, com foco em comunicação, falar mesmo em inglês - se comunicar, para poder ter uma viagem tranquila utilizando a língua inglesa.

Alguns professores preferem entender a evolução do aprendizado como “palavras aprendidas” (se você quer entender como isso funciona, dê uma olhada no quadro abaixo), eu prefiro pensar em tempo. Acredito que uma língua não é apenas palavras traduzidas; uma língua é viva e fala muito sobre a cultura de um povo.

Uma língua é criada a partir da necessidade específica de um grupo de pessoas e encontra inúmeras variações inclusive pela localização geográfica e clima. Logo no início da faculdade, meu professor comentou sobre isso, esclarecendo da seguinte forma: “uma língua é viva, ela vive em constante mudança e sofre inferências de acordo com o seu ‘background’ cultural. Por exemplo, se eu falar a palavra “TIMÃO” no que você pensaria? Timão de um barco? Corinthians? Até no Grêmio você pode pensar se for gaúcho e não entende muito sobre futebol (eu como sou um Disney Addict logo pensei no Timão, do Timão e Pumba). Isso quer dizer que uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos dependendo do contexto utilizado”. Assim como no português,

Uma língua é criada a partir da necessi-dade específica de um grupo de pessoas e encontra inúmeras variações inclusive pela localização geo-gráfica e clima.

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no inglês uma palavra pode ter vários sentidos. A palavra hard por exemplo: pode indicar que algo é ‘duro’, ‘difícil’ ou até que alguém seja uma pessoa ‘rígida’. Para você saber o real significado da palavra utilizada só entendendo o contexto no qual ela foi inserida. Algo que também queima os neurônios dos alunos de inglês, é a variação do uso das palavras e sua quantidade em outro idioma. Não deu para entender? Calma aí, eu explico: quantas palavras existem no idioma português para falar “neve”? Exatamente, apenas uma, a palavra “neve”. Já na língua dos Inuit, aquele povo que ficou conhecido pelo desenho do Pica-Pau por morar em casinhas de cubos de gelo ou ‘esquimó’, acre-dita-se existir mais de 10 palavras para se referir à “neve”, com variáveis sobre a sua coloração, tamanho e até a maneira como ela ‘cai”. Por que nós temos apenas uma palavra para indicar “neve” e eles tem mais de dez? Simples, porque aqui não neva e lá sim. Então para os Inuit é importante indicar em uma palavra o tipo de nevasca que está chegando por aí. Este uso da língua pode salvar vidas para eles, enquanto para nós, não quer dizer muita coisa. Por estes e outros motivos, nunca acreditei em tradução como instrumento de aprendizado, mas sim em horas de aprendizado.

Mas caso você seja um aprendiz analítico e precise quantificar seu aprendizado por palavras, segue abaixo um guia rápido:

De 400 a 500 palavras - Você está “engatinhando” no inglês. Com esse nível você deve ser capaz de entender algumas coisas ditas em inglês com muita calma.

De 800 a 1000 palavras – Você estaria num nível básico, sendo capaz de se comunicar com certa dificuldade. Você deve também ser capaz de começar a ler alguns textos de jornais e revistas com o auxílio de um dicionário.

De 1500 a 2000 palavras – Nível intermediário de vocabulário. Com esse nível, você deve ser capaz de lidar com as conversas do dia-a-dia, ainda que com um vocabulário limitado.

De 3000 a 4000 palavras – Suficiente para ler revistas e jornais fluentemente. Nesse nível avançado você deve ser capaz de manter conversas fluentes e discu-tir assuntos mais complexos.

8000 palavras – É mais do que qualquer pessoa precisa saber. Os acadêmicos (das universidades) precisam saber algo em torno de 6000 palavras para fazer um bom trabalho no ramo científico.

Fonte: www.amoingles.com.br/

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Como eu acredito muito mais em tempo de aprendizado do que em quantidade de palavras aprendidas, sigo uma linha lógica de horas utilizadas pelos alunos e seu re-sultado de aprendizado. Claro, cada pessoa tem o seu ritmo, alguns utilizam algumas inteligências melhor do que outros (já falarei sobre isso também) e por serem mais acertivos, têm resultados mais rápidos. Para você poder entender melhor os objetivos pelo tempo de aula, com a minha experiência em sala de aula eu criei uma relação entre horas de estudo e resultado esperado. Este guia serve como uma base, e varia dependendo de características específicas do aluno. Observe a tabela abaixo:

* É importante salientar que para essa tabela de aprendizado em relação ao tempo dedicado, estou levando em consideração alunos que iniciam com pouco ou nenhum conhecimento de inglês, nível básico. Se você já tem algum conhecimento, pode fazer o teste de nivelamento e entender melhor em que nível você está. Neste link: http://www.heypeppers.com.br/avaliacao/index.php

OBJETIVO

Vai viajar para o exterior?

Quer assistir a filmes e séries sem legenda?

Vai estudar, fazer faculdade ou high school, em outro país?

Está precisando se preparar para aquela vaga de trabalho?

Está querendo conhecer pessoas novas na internet?

Quer dar um upgrade na sua carreira?

Quer fazer um intercâmbio de férias para dar um “boost” no seu inglês?

TEMPO

80 horas

160 horas

200 horas

160 horas

120 horas

160 horas

80 horas

e-Book Turbine seu jeito de aprender / Vol. 1 / Hey Peppers!10

A lógica a ser seguida para atingir seus objetivos é simples: saiba quanto tempo você precisa para atingí-lo e divida as horas por este tempo, assim você saberá qual a sua dedicação diária ou semanal ao seu aprendizado. Não entendeu? Como diria o Tele-curso 2000, “vamos pensar um pouco!”. Exemplo: você vai viajar em 6 meses com a sua família e precisa passar pelo aeroporto, responder às perguntas da imigração, pedir informação, fazer check-in no hotel, pedir comida em um restarante e assim por diante. Agora você já sabe que precisa estudar no mínimo 80 horas a língua inglesa. A lógica é simples: divida 80 horas (necessárias para o seu aprendizado) pelos 6 meses que você tem para se preparar, isso dar-lhe-á um pouco mais que 13 horas dedicadas por mês para este segundo idioma. Entendeu? Então, vamos lá! Faça a sua conta abaixo:

O resultado vai depender da unidade de tempo que você utilizou, se você usou meses, será X horas para cada mês, se utilizou dias a lógica é a mesma, mas a pressa é bem maior. Seja como for, agora você sabe quanto tempo deve dispor para o aprendizado de um segundo idioma, se quiser atingir o seu objetivo.

Simples não? Agora é só colocar em prática. Você ainda deve ter algumas dúvidas, excelente, e nós as abordaremos nos próximos capítulos.

OBJETIVO:

TOTAL:

HORAS NECESSÁRIAS:

TEMPO PARA PREPARAÇÃO:

(só utilizar a tabela acima)

(quanto tempo você tem para atingir o seu objetivo)

e-Book Dominando o segundo idioma / Vol. 2 / Hey Peppers!11

A Hey Peppers! apresenta

Dominando o segundo idioma.Técnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 2

Por Felipe Diesel

e-Book Dominando o segundo idioma / Vol. 2 / Hey Peppers!12

Você provavelmente já estudou inglês durante a sua vida escolar, talvez desde as séries iniciais. Quantos anos você já estudou? 6 ou 7 anos? Até mais do que isso? E você nunca se perguntou por que não aprendeu um segundo idioma? Por que você não consegue se comunicar quando é necessário? Você pode culpar sua atenção, sua seriedade durante os anos que esteve na escola ou até mesmo a qualidade do ensino de seu professor. Mas o problema não é por aí, primeiramente vamos avaliar como a matéria foi vista.

Você estudou a construção de sentenças, sintaxe, memorizou conjugações e teve que decorar vastas listas de verbos. E depois de todo esse esforço você ainda não con-segue se comunicar. Mesmo sentenças simples em outro idioma parecem difíceis, o esforço é frustrante e contra-produtivo. Que triste! Vamos nos abraçar e chorar agora.Há 50 anos o Dr. Paul Pimsleur, alguns chamam-no de “Einsten das línguas”, criou a sua tese com base na obsevação histórica. Ele dizia que durante séculos confiamos na

Por Felipe Diesel

COMO APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA? ax2 + bx + c

ax2 + bx + c = 0

x2 y

LOREM IPSUM

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e-Book Dominando o segundo idioma / Vol. 2 / Hey Peppers!13

história falada como meio de comunicação, muito antes de se ter registro por escrito, passava-se a história de maneira oral, até porque muitos reis e rainhas não sabiam ler nem escrever. Mesmo hoje, 25% da população mundial não é alfabetizada, e estas 2 bilhões de pessoas, mesmo não sabendo ler e escrever conseguem interagir dentro de suas comunidades, conversam com seus pares, negociam e utilizam a língua falada para se comunicar.

Assim, o seu cérebro entenderá padrões da língua mesmo antes de você estu-dá-la e se você falar ou escutar algo que não ‘soa correto’ saberá que está errado. Se eu falar “I you like”, mesmo não sabendo o porquê, você consegue saber que essa sentença está errada e deveria ser “I like you”. Você não precisa pensar analiticamente sobre sintaxe e conjugações para saber que está errado, faz sentido? Para ficar mais claro, vamos lembrar de quando éramos crianças. Muito antes do aprendizado da escrita e leitura, aprendemos a falar. Quando entramos na escola aprendemos a escrever, usar a gramática, entender diferentes tempos verbais etc. Porém, já nos comunicávamos tranquilamente, conseguíamos negociar, falar sobre ações presentes, identificar e produzir frases sobre o passado e falar o que aconteceria no futuro. Você já era fluente em sua língua materna, certo? Agora pense em como você aprendeu. Vai me dizer que seus pais lhe ensinaram a falar utilizando gramática? Até faz sentido sentar com uma criança de 2 anos e explicar o que são pronomes, onde os usamos nas frases e quais verbos transitivos exigem complemento para terem sentido completo. Se você não aprendeu a língua materna assim, por que você quer complicar e aprender inglês dessa maneira? Sabe o que vai acontecer? Você nunca irá apren-der e será mais um daqueles alunos que estudou durantes anos a gramática e nunca conseguirá se comunicar. Seu cérebro não aprendeu a aprender assim, então, não seja teimoso.

Como aprender? Como uma criança aprende a sua língua materna: Escutando. Quando você souber o que ‘soa correto’, saberá que está certo. Você aprende uma lín-gua falando, sendo assim, seu cérebro entende que você aprende uma língua através de conversação, discussão e escutando uma grande quantidade de informações.

Você aprende uma lín-gua falando, sendo as-sim, seu cérebro enten-de que você aprende uma língua através de conversação, discussão, escutando uma grande quantidade de informa-ções

Parada para reflexão:m O que você aprendeu com o texto acima?m A partir disso, como mudará a sua rotina de aprendizado?

Crie abaixo um plano que inclua a exposição diária à língua, com foco na audição. Vai lá, não seja medroso, o que você pode fazer todos os dias que o ajudará a aprender o segundo idioma de maneira mais rápida?

Dica: tente se expor e escutar ao menos 30 minutos diários deste novo idioma. Vale tudo: assistir a filmes, escutar música, podcasts, ou até mesmo o CD do material didático.

Segunda-feira:

Quinta-feira:

Domingo:

Quarta-feira:

Terça-Feira:

Sexta-Feira:

Sábado:

Claro que sim, vejo alunos que passam anos estudando gramática, memorizando verbos e fazendo exercícios de escrita mesmo antes de falar, e eles ficam nervosos ao falar com os outros, pois não conseguem se comunicar e nunca perdem o seu forte sotaque. Não é assim que se aprende.

Como se aprende então? Através de uma abordagem em que você terá o maior contato com o idioma falado muito antes de estudar sua gramática. Escute mui-to o idioma que você quer aprender, se você quer mais dicas do que e como escutar dê

14 e-Book Dominando o segundo idioma / Vol. 2 / Hey Peppers!

e-Book Fluência Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!15

A Hey Peppers! apresenta

Fluência máxima.Técnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 3

Por Felipe Diesel

e-Book Fluência Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!16

Prometi que iria falar sobre fluência e agora estou cumprindo. Vamos lá! Num modo geral, entendemos fluência como a capacidade de entender o que a outra pessoa quer comunicar. Assim, posso afirmar que se eu entendo algo, sou fluente nesta língua e se eu não entendo eu não sou, certo? Não é bem assim, você provavelmente já teve uma aula de química em que o professor explicava oxirredução ou eletroquímica e você não tinha ideia do que estava acontecendo, lembra? Eu não lembro, não costumo recordar traumas. Se o que ele falava soava ‘grego’ para você, isso quer dizer que você não é fluente no seu idioma nativo?

Há alguns mitos sobre fluência, mas para entender melhor isso, devemos entender que a língua não é um aprendizado linear, ela não tem uma ‘largada’ e ‘faixa de chega-da’. O aprendizado de uma língua se dá muito mais de maneira expiral, ou seja, revisi-tando vários conteúdos até que eles sejam compreendidos e possam ser produzidos.

Por Felipe Diesel

FALANDOPELOS COTOVELOS!

e-Book Fluência Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!17

Para aprofundarmos mais neste tema, recorri a um estudo de uma das maiores au-toridades no assunto: Sandra Merlo, fonoaudióloga do Instituto Brasileiro de Fluência (IBFO). Segundo ela, a fluência é uma habilidade como tantas outras: andar, dirigir,

concentrar-se, fazer cálculos e até cozinhar (fazer miojo não conta). Todas as habilidades têm sempre duas características presentes:

São adquiridas como num videogame, completando as fases. Não é possível adquirir uma habilidade de uma hora para outra. É necessário praticar. E isso requer tempo. No caso específico da fluência, quer dizer que para ser fluente, é ne-cessário falar fluentemente muitas vezes. Pense na fluência como o chefão final, você só vai chegar até ele passando por todas as fases e eliminando chefões gradativamente mais difíceis. Deste modo você só vai ser fluente com o aprimoramento do idioma que você está aprenden-do. Fluência é uma habilidade regularmente reforçada.

As habilidades tendem a ser pouco flexíveis, ou seja, aprender uma determinada habilidade geralmente não facilita a aprendizagem de outra habilidade. No caso específico da fluência, quer dizer que ser fluente em uma conversação face a face não implica necessariamente ser fluente em conversações ao telefone ou em apresentações em público. Desta forma, é possível compreender por que algumas pessoas se queixam da dificuldade em ser fluente em algumas situações e não em outras. Apesar de haver semelhanças entre a fluência de diversas situações de fala, existem também diferenças, as quais precisam ser aprendidas caso a pessoa dese-je um maior grau de fluência em uma determinada situação. Entendeu por que

tanta gente se confunde com fluência? Afinal, você pode ser mega fluente discutindo sobre um tema, mas ao ter que apresentá-lo em

uma reunião, já não será tão simples.

Para ficar claro, a fluência se dá quando há um desenvolvimento de mecanismos de respostas rápidas e inconscientes. O velho e esperto “pensar” em inglês. Por isso que sou contra a tradução em sala de aula, o sujeito que aprende a traduzir e vive repe-tindo frases pré-prontas e traduzindo-as, dificilmente poderá se considerar alguém fluente em um segundo idioma. Ele pode ser um robozinho de repetição, mas terá que prestar muita atenção à fala e seu entendimento, o que não seria necessário para alguém fluente. Cappiche? A fala fluente simplesmente acontece, sem que a pessoa precise pensar muito e nem explicar como ela aconteceu.

Deixa eu ver se eu entendi: se eu sou fluente em outro idioma eu falo sem pausas e me comunico sem hesitações? É assim? Claro que não. Antigamente se pensava que para atingir fluência em outro idioma não poderia haver este delay na comunicação.

Hoje em dia, não é mais visto dessa forma, porque sabe-se que a hesitação fornece tempo para o falante resolver dificuldades momentâ-neas relacionadas ao que falar ou como falar, é o Tico e o Teco se batendo para produzir algo. E isso acontece até quando falamos nosso primeiro idioma. Você já observou aquele cara falando sobre um tema e usando o velho ehhhh….hmmmm… ããhhh… Várias pessoas falam assim e alguns ainda gaguejam. Sim, é o cérebro entrando em tilt de novo, estes Tico e Teco parecem nos pregar uma peça às vezes, e gaguejamos para dar um certo tempo para o nosso cérebro reformular o que iríamos falar. A diferença é que falantes fluentes tendem a fazer isso com baixa frequência, o que aconte-ce com aprendizes iniciantes.

Os fluentes em outro idioma reformulam muito pouco o que iriam dizer, a reformula-ção pode ser percebida por alguns marcadores como: ou melhor, na verdade, o que eu quero dizer é. O que eu quero dizer é (rsrs), quanto mais fluente o aluno for, menos ele terá que explicar o que ele estava querendo dizer. Até porque o seu nível de vocabulá-rio e coerência gramatical já vão ter dado conta de passar a mensagem. Mas e aquela pausa chata quando a pessoa está falando, pode ser considerada uma marca de que o aluno não é fluente? Sim e não, ela pode indicar hesitação, comumente presente em níveis iniciais de aprendizes, ou ela pode ser usada para mudar uma oração, linha de pensamento ou frase. Ela pode até ser usada para dar um tempo a mais para o Tico e o Teco vir com algo mais ‘bonito’, ‘inspirador’, ou mesmo para quem está falando, tomar

18 e-Book Fluêcia Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!

A diferença é que o aluno fluente utiliza destas pausas em quantidade e du-ração correta para ajudar no seu discur-so, enquanto para o aluno iniciante ela é sinal de que ele está perdido mesmo.

e-Book Fluência Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!19

um pouco de ar. A diferença é que o aluno fluente utiliza destas pausas em quanti-dade e duração correta para ajudar no seu discurso, enquanto para o aluno iniciante ela é sinal de que ele está perdido mesmo.

Também devemos considerar a velocidade da fala como indicador de fluência. Obvia-mente pessoas fluentes falam mais rápido e têm menor dificuldade em se expressar mesmo em curto espaço de tempo. Não basta só falar rápido, deve-se observar ainda a suavidade de seu discurso e a facilidade de emissão. Não dá para sair metralhando qual-quer coisa. A fala deve ser coesa e contar com a utilização de elementos gramaticais que a façam mais assertiva e espontânea. Os falantes considerados fluentes apresen-tam boas habilidades gramaticais, assim como uma complexidade de vocabulário utilizado. Você pode observar isso pelo uso de poucas palavras coerentes com o discur-so e o objetivo da fala. Alunos fluentes têm uma fala com grau de complexidade médio ou elevado. Entendeu por que não gosto de falar sobre fluência? Tem muita coisa a considerar e não se pode sair por aí agora bitolan-do aluno como fluente ou não fluente, cada aprendiz de um idioma tem as suas dificuldades e habilidades características. Basta a nós entendermos quais são elas e utilizá-las da melhor maneira a fazer com que o aluno alcance seus objetivos com a sua língua alvo.

Referência bibliográfica:MERLO, Sandra. (2006). Hesitações na fala semi-espontânea: análise por séries temporais. Dissertação de mestrado, Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA / Vol. 4 / Hey Peppers!20

A Hey Peppers! apresenta

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMATécnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 4

Por Felipe Diesel

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA / Vol. 4 / Hey Peppers!21

Tratávamos antes sobre o tempo necessário para você atingir o seu objetivo em inglês, lembra? Agora que você já sabe o seu objetivo e quanto tempo você precisa para che-gar lá, vamos tratar disso. Não há como aprender uma habilidade sem dedicação, e eu sei disso. Há um tempo atrás eu queria emagrecer, havia tentado de tudo e nada dava certo. Tentei academia, dietas, mas nada parecia adiantar. Um amigo, que já praticava squash, me convidou para jogar (até hoje acredito que por falta de opção mesmo), adorei o esporte, era rápido e divertido, e eu comecei a emagrecer. Em pouco tempo perdi peso e estava fazendo uma atividade legal, praticava quase diariamente e sabe o que aconteceu? Comecei a ficar bom no esporte, até troféu eu ganhei. Tive uma curva ascendente de aprendizado, aí veio o inverno e com ele a preguiça e a vontade de ficar em casa comendo pipoca e assistindo a filmes. Acabei ficando alguns meses sem jogar e quando voltei foi um desastre, não sabia mais o que estava fazendo e toda a minha habilidade aprendida até então não estava mais lá. O que eu fiz? Frustrei-me e larguei o squash.

A história é a mesma com muitos alunos, eles começam super bem, tem um grande resultado de aprendizagem, saem da sala falando algumas frases e vão para a casa felizes querendo mostrar o que aprenderam. Animam-se e estão altamente motivados. Até que por algum motivo eles dão um break em seu aprendizado e quando voltam

Por Felipe Diesel

DEDICAÇÃO

1

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA / Vol. 4 / Hey Peppers!22

se frustram com o quanto esqueceram. A história é sempre a mesma. Então qual o segredo? Regularidade.

“Excelência é o que você faz SEMPRE”

Isso mesmo, excelência não é o que você faz algumas vezes ou quando lembra que tem que ser feito, é o que você faz sempre, com regularidade. Para você atingir os seus objetivos e adquirir excelência na língua alvo, você precisa de regularidade e dedicação.

Qual é a dica? Crie um roteiro de uso da língua, preferencialmente diário, dedique pelo menos 15 minutos para a prática da língua, pense em inglês, escute música, as-sista a filmes e a seriados, faça seus temas e atividades, ou seja, independente do que você gosta de fazer, tente usar o inglês como ferramenta. Esses minutos diários de dedicação logo tornar-se-ão rotina e você terá melhores resultados com 15 minutos de práticas diários do que apenas 2 horas de aula por semana.

Se você concorda comigo, está na hora de montar um plano de aulas diárias. Então vamos lá, utilize o quadro abaixo e monte uma grade de estudo do idioma, aponte a hora do dia e a atividade que você fará usando o idioma. Se você não sabe muito qual atividade fazer, repito: faça algo que você goste usando a língua que você quer apren-der. Seguem algumas dicas:

- assistir a filmes ou a seriados com áudio e legenda em inglês- escutar música e checar a letra dela- ler livros de história ou quadrinhos- ler blogs ou sites de fofoca- escutar podcasts voltados a áreas de interesse- usar aplicativos como o Duolingo - fazer as atividades de seu livro de inglês- pensar em inglês- escrever algo (texto, carta ou e-mail) - use a sua imaginação, qualquer coisa serve, desde que você esteja praticando.

Exemplo: Segunda-feira das 22:00-00:00 / assistir a um filme com áudio e legenda em inglês.

23 e-Book Fluêcia Máxima / Vol. 3 / Hey Peppers!

OUÇA, OUÇA, OUÇA

2Quanto mais você escutar, melhor você irá falar, se expressar em inglês e terá uma melhor comunicação. E escutar vale para tudo, tudo mesmo: músicas, podcats, aulas online, novelas, filmes, use sua criatividade. O segredo é simples: alie uma atividade que você gosta ao aprendizado. Se você preferir músicas, escute alguns álbuns mais calmos no começo, cheque a letra na internet e cante, solte o Pavarotti que mora em você. É sabido que emular a produção sonora de cantores nativos diminui o nosso sotaque ao falar outro idioma.

Algo que gosto muito de fazer quando estou estudando um novo idioma é escutar podcasts. Existem várias possibilidades e todas elas excelentes, porque o conteúdo é prático e geralmente são conversas reais, divididas por nível e vocabulário. Alguns podcasts que valem escutar é o The English We Speak da BBC e outro também seria o English as a Second Language Podcast, nele você vai encontrar aulas baseadas em conversas reais o que deixará seu aprendizado mais contextualizado e de acordo com as suas necessidades. Caso você queira mais dicas, dê uma olhadinha na Dica 7.

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA / Vol. 4 / Hey Peppers!24

LEIA, LEIA, LEIA

3Uma maneira super divertida para aprender é ler uma série de coisas que podem ser: livros, revistas, quadrinhos etc. Ao ler você consegue contextualizar palavras novas e entendê-las pelo sentido do texto, sem precisar buscar toda hora um dicionário. O legal da leitura é que ela segue o seu passo, então você pode correr, voltar atrás, reler, renegociar sentidos, o que faz de seu aprendizado uma jornada super legal, além de mega potencializar o seu cérebro.

Uma dica é começar por contos infantis, eles são de uma linguagem mais simples e possibilitam o seu entendimento independente de seu nível.

Dicas de sites:

http://www.timeforkids.com/newshttp://www.myenglishpages.com/site_php_files/reading.phphttp://oedb.org/ilibrarian/50_essential_resources_for_esl_students/https://www.uic.edu/depts/tie/coolsites.htm

10 DICAS PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA / Vol. 4 / Hey Peppers!25

EXERCITE O SEU CÉREBRO

4Você concorda comigo que a melhor maneira de aprender uma língua é imergindo na cultura a ser aprendida? Certo? Pode até ser, mas nem todo mundo consegue viajar para algum país estrangeiro. Para isso, podemos criar um mundo que só se comunica em inglês na nossa imaginação.

Quando estava aprendendo inglês eu gostava muito de brincar com a língua, lembro de ir embora do meu curso caminhando e repassando mentalmente a aula. Assim eu treinava e tornava a língua mais familiar para mim.

Minha mãe era uma ávida telespectadora de novelas, assistia todas as novelas possí-veis, uma depois da outra. Como não tínhamos muito tempo juntos eu gostava de ficar com ela naquele momento, mas sempre odiei novelas. Aproveitava esse momento para treinar o meu inglês. Enquanto ela se divertia com as tramas, eu repassava as falas dos personagens na minha cabeça, em inglês. Era legal e divertido, como as no-velas tem muitas falas sobre a rotina, fazer a versão em inglês do que era dito nem era um desafio tão grande, lembro de algumas das versões criadas por mim “I am gonna bring this building down” da Rainha da Sucata, “Jamanta didn’t die” ou até “Each dive is

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a flash” da Odete - novela “O clone”. Tal exercício era muito legal e divertido, algumas vezes eu mesmo não parava de rir das minhas versões macarrônicas dos bordões etílicos das novelas.

Você deve treinar o seu cérebro a pensar em um segundo idioma para que ele faça isto automaticamente. Entendeu? Então, tente pensar o máximo em inglês e crie rotinas de exercícios que envolvam ao máximo o seu pensamento na língua que você está aprendendo.

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ASSISTA A FILMES COM LEGENDAS

5Tenho uma receita infalível para os meus alunos que estão saindo do nível básico. Sabe aquele filme, de preferência aquela comédia romântica, que você já assistiu umas 20 vezes? Títulos como: Como se fosse a primeira vez ou Hitch. Essas comédias românticas mesmo, que não tem muita trama e que você lembra de todo enredo do filme. Essas aí você deve assistir em inglês, com legendas em inglês. Como você já sabe o que está acontecendo, não precisa se preocupar muito com novas informações, mesmo que você não as entenda, conseguirá seguir uma linha de raciocínio durante o resto do filme aproveitando para treinar o seu inglês. Você irá se surpreender como é fácil.

Você pode começar por filmes que lhes são familiares e ir aumentando a dificuldade com o tempo. Tenho certeza que depois de alguns desses filmes, o seu inglês já estará mega afiado para a próxima etapa que é: assistir a filmes em inglês sem legenda. Já pensou? Você realmente iria impressionar aquela(e) gata(o)!

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CORAGEM

6Em todo o tempo que fui professor algo me intri-gou, alunos tímidos tinham maior dificuldade em produzir na língua inglesa. É natural não se sentir à vontade para começar a esboçar um diálogo em outro idioma, erros são inevitávies e pessoas tímidas tendem a se cobrar mais por esses erros. Welcome to real life: erros são inevitáveis. Sabe qual é a única maneira de não errar? É não tentando, e lembra quando eu falei que um segundo idioma se aprende praticando. Então, tenha em mente que erros fazem parte do aprendizado. Se você não errar, nunca aprenderá.

Alunos adultos criam grandes bloqueios por não se sentir à vontade em errar. Não tenha medo de errar e falar bes-teira, só assim você terá a oportunidade de colocar em prática o que você aprendeu. Como diz um velho ditado: “a prática leva à perfeição”.

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UTILIZE TECNOLOGIA

7Se você está lendo este e-book, eu suponho que você saiba alguma coisa sobre tecno-logia, no mínimo você tem um smartphone ou um tablet. Com acesso à internet você pode aprender qualquer coisa, ainda mais inglês. Hoje, existem centenas de canais específicos para o seu aprendizado online, além de vários canais de youtube e outros sites. Irei fazer um apanhado dos melhores podcasts e aplicativos para você ter em seu celular.

Alguns aplicativos que recomendo:

BusuuÉ um dos melhores aplicativos, com mais de 3.000 palavras e expressões divididas por seções de acordo com área de interesse e nível.

SpeakingPal English TutorUm aplicativo com muita interatividade e bem divertido, com várias mi-ni-lições de 5 minutos. Ele é tão completo que tem até um aplicativo de reconhecimento de voz.

FluentUEste aplicativo utiliza vídeos reais - como clipes musicais, comerciais, notí-

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cias, cartoons e até palestras - e os usa como experiência de aprendizado. Sua maior força é uma abordagem mais real ao aprendizado do Inglês.

DuolingoAcredito que seja o aplicativo mais usado para aprender um segundo idio-ma. Ele integra diferentes habilidades em suas lições e a cada unidade o usuário realiza um teste para saber se está apto a sua sequência.

Outra maneira super legal de aprender é utilizando podcasts, sempre digo aos meus alunos “quanto mais você escuta, melhor você fala”. Acredito nisso, e podcasts são uma grande ferramenta para você dar um boost em seu aprendizado. O legal de tal ferramenta é que você pode selecionar o que quer escutar, por exemplo, você irá viajar e quer treinar a escuta para expressões utilizadas em aeroporto, hotel, restaurante… basta você encontrar estes áudios e exercitar o seu listening. Segue abaixo alguns podcasts que recomendo:

The English We SpeakEste podcast foca em expressões e gírias rotineiras, através de material forneci-do pela BBC. O inglês é real e o mais natural possível.

Elementary Podcasts by the British Council Esta série está de parabéns, pela excelente qualidade de podcasts para os níveis básicos e intermediários. São áudios de 25 minutos com inserções em diferentes cenários e contextos.

Splendid SpeakingEste é um podcast direcionado ao aluno avançado. Ele tem uma boa abordagem para o aprendizado, inclusive dando a oportunidade do ouvinte encontrar alguns erros.

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PERSISTÊNCIA

8Vamos lá, como vou explicar? Você já treinou algum esporte antes? Eu jogo vôlei, quer dizer sou teimoso, e talvez você entenda a minha aflição. Comecei a jogar há algum tempo e nas primeiras semanas senti um grande desenvolvimento, meus passes logo melhoraram e eu já estava até conseguindo fazer alguns ataques consistentes, fiquei impressionado. Afinal, cadê o Bernardinho numa hora dessas? Mas nas semanas seguintes eu parecia estar estagnado, sem evolução, e fiquei muito irritado com o meu desempenho, pois ele não avançava mais e não apresentava melhorias consistentes e parecia que eu estava jogando igual ou pior às semanas anteriores. O que eu estava experenciando é a curva da aprendizagem em sua maneira mais bruta, mais cruel.

O mesmo se dá com o aprendizado de qualquer habilidade, isso quer dizer que você pode dirigir todos os dias sem se tornar um motorista melhor ou mesmo ir à academia diariamente sem ficar mais forte. Como dir ia Dr Robert Muller: “A relação entre prática e habilidade não é linear”, você não precisa começar a chorar agora não, a realidade é cruel mesmo e era assim que nós entendíamos a curva de aprendizagem.

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A ascenção do aprendizado não é linear, e a má notícia vem agora: ela ainda pode declinar com a prática. Isso mesmo, sabe aquele sentimento que você está desapren-dendo algo? Ele é real e tem um nome: platô*.

* O platô consiste de longos períodos em que não conseguimos obter nenhum pro-gresso aparente, intercalados entre períodos curtos em que notamos um grande progresso em nossa habilidade. Muitos psicólogos acreditam que é durante os platôs que o aprendizado verdadeiro acontece. Ou seja, que é nesse período onde parecemos estar estagnados que o nosso cérebro está organizando toda a nova informação e aprendendo a acessá-la quando necessário. É por isso que nem sempre conseguimos colocar em prática aquilo que acabamos de estudar. Ou então, temos que ver a mesma coisa várias vezes até que saibamos utilizá-la.

Para manter as suas habilidades em ascenção, você precisa adaptar a sua prática. Isso significa que você deve focar em um aspecto muito específico de sua aprendizagem e criar um objetivo claro. Um jogador profissional não passa o dia inteiro jogando e espera melhorar as suas habilidades, ele treina só um aspecto, o “passe”, por exemplo, e não passa para outro fundamento até atingir o seu objetivo inicial. Como adaptar isso para o inglês? Vamos lá: qual seria o próximo passo do seu aprendizado? Enten-der uma conversa de nível básico na qual duas pessoas falam sobre seus trabalhos? Conseguir realizar uma entrevista de emprego, respondendo às perguntas de maneira adequada? Pense em um objetivo claro para o seu aprendizado,este objetivo deve ser o seu próximo passo com a língua.

E assim é como ela realmente é:

Como as pessoas imaginam:

linear relationship

Amount of practice

Skill

rapid initialimprovement

declining rate ofimprovement

“The learning curve”

Amount of practice

Skill

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E o que acontece quando eu atingir este objetivo? Parabéns! Agora crie o próximo. Você subiu um degrau do aprendizado do segundo idioma, e o que você faz quando sobe um degrau? Passa para o próximo e assim por diante, até chegar ao topo da escada. Alguns elementos são cruciais para que você atinja seus objetivos, são eles: FEEDBACK e ADAPTAÇÃO. Se você está buscando atingir seus objetivos, precisa do feedback de alguém que possa te avaliar para saber se realmente você foi bem sucedido. Busque um colega ou professor que possa te ajudar nisso e lhe dê um feedback real e constru-tivo; e não apenas um tapinha nas costas de “vai lá, Tigrão!” ou “é isso aí!”, alguém que possa apontar falhas e ajudá-lo no seu progresso. Depois deste feedback, você passa para a fase da adaptação. É uma parte vital, agora já sabe o que funciona para você no aprendizado e o que não ajuda muito, então adap-te seus novos planos de estudo à maneira que lhe dê mais resultados. Ainda veremos diferentes inteligências e tipos de aprendizado e ficará mais claro para você.

No início, estamos empolgados, entusiasmados com novos resultados e isso passa após algumas semanas. Os resultados virão de seu esforço a longo prazo. Qual é a dica então? Nunca desista! Como diria o grande filósofo Rocky Balboa “Life isn’t about how hard you hit. It’s about how hard you can get hit and keep mo-ving forward”. Então, “Vai lá, Tigrão”!

Crie seu objetivo abaixo (quanto mais específico melhor):

Agora crie um prazo para que ele aconteça: (Eu serei capaz de _____ até _____):

Pronto? Crie seu plano de ação. O que e quando você irá fazer para que possa atingir seu objetivo.

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USE SEUS NOVOS CONHECIMENTOS

9Outro grande erro de meus alunos, que apresentavam maior dificuldade em desenvol-ver suas habilidades na produção, era ficar dentro de uma “zona de conforto”, não se desafiar. E aí eles ficavam aula após aula usando o mesmo vocabulário, as mesmas expressões e não iam adiante. Uma das regras mais importantes para desenvolver o aprendizado é utilizar o que foi aprendido. Simples, o cérebro é um músculo e como tal deve ser exercitado, então em cada esforço que o aprendiz faz para usar as novas pa-lavras ou expressões em seu dia-a-dia, ele está ajudando o seu cérebro a recordá-las para uso posterior. Se você aprendeu algo novo, saia praticando, fale sozinho, pense em inglês utilizando isso no contexto, faça uma colinha e bote no bolso, volte no que foi aprendido várias vezes durante o dia e de maneiras diferentes. O seu cérebro vai entender aquele conteúdo como importante e vai fixar.

^ _`

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SE VOCÊ FOR ESTUDAR EM UMA ESCOLA, ACHE A ESCOLA CERTA

10Com tantas opções de escolas de idiomas no mercado, você pode até errar na hora de escolher. Então preste atenção nos itens abaixo, uma boa escola de idiomas terá a maioria ou todos eles. Não se engane! Não há mágica no mundo dos negócios, você paga pelo que recebe e você com certeza está buscando fazer um bom investimento em si mesmo. Segue aí: Indicação de alunos ou ex-alunosNinguém melhor que o usuário, com a sua experiência e resultado de aprendizado para indicar ou não algum curso. Se você está na dúvida, fale com um amigo, colega de trabalho ou familiar que já estudou e saiba mais sobre a escola e como eram as aulas, se os objetivos deles foram atingidos e se houve real resultado de aprendizagem. Siga

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a indicação, mas se ainda estiver com dúvida peça para assistir uma aula, as escolas irão lhe receber de braços abertos.

Foco na comunicaçãoIndependente de qual for o seu objetivo, ele possivelmente envolva comunicação, ou seja, falar inglês. Várias escolas ainda seguem alguns métodos mais tradicionais e insistem em utilizar gramática antes da prática. Isso cria uma barreira muito grande para a sua produção, o “Sistema de Monitoramento” atrapalha bastante na hora de fa-lar. Afinal, você passou todo o ensino fundamental e ensino médio decorando regras de gramática e isso não trouxe nenhum resultado real. O mais importante é falar, perder o medo e se comunicar. E a gramática? Esta deixa para mais tarde, tudo no seu tempo. Embora todas as escolas prometam aulas comunicativas, nem todas entregam-nas. O que fazer? Assista a uma aula e comprove se realmente o que é vendido, é entregue.

Utilização do Sistema Comum Europeu de Referência Linguísti-caVocê provavelmente não sabia disso, mas como existia muita bagunça quanto ao nível dos alunos, (alunos de tal lugar deveriam ser avançados, mas em outro lugar estes mesmos alunos eram nível básico, e assim por diante) a União Européia decidiu adotar o famoso CEFR (Common European Framework of Reference for Languages) para arrumar essa bagunça toda. O que ele faz? Ele organiza o nível do aprendiz de acordo com o seu entendimento e produção. Uma escola que tem a sua proposta pedagógica alinhada com o CEFR trar-lhe-á mais segurança quanto a qualidade do aprendizado e preparar-lhe-á melhor para oportunidades internacionais, inclusive as famosas provas de Proficiência Estrangeira (Toefl, Toeic, Elsa…). Desconfie da escola que não tenha esse alinhamento.

Professores com experiênciaMaterial didático, estrutura e uma proposta pedagógica alinhada com o seu objetivo são importantes para o aprendizado, mas o seu principal aliado neste caminho é o pro-fessor. Procure uma escola que tenha professores treinados, com experiência interna-cional e também em sala de aula. Eles irão ajudá-lo a potencializar o seu aprendizado entregando resultados reais.

Garantia de aprendizadoSe até para comprar um sapato você pede a garantia, por que não pedir garantia para quem pode definir o seu sucesso no futuro? Sim, isso mesmo, uma boa escola que está segura de seu projeto pedagógico, dar-lhe-á garantias. Quais seriam? Elas podem variar, por exemplo: refazer as aula, receber o dinheiro de volta, entre outras. Peça suas garantias e se a escola não lhe oferecer, desconfie. Não caia no papo de vendedor, se a escola realmente oferece garantia de aprendizado ela deve estar no

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contrato.

Oferece grande possibilidade de práticaAlém de todos os itens acima, a escola que realmente está comprometida com o seu resultado proporcionará várias possibilidades de prática fora da sala de aula. Alguns exemplos são os clubes, eventos, festas e atividades extras com uso da língua inglesa. Opte por uma escola que tenha várias opções, pois, com isso você consegue através de tais atividades aumentar sua produção oral.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!38

A Hey Peppers! apresenta

CANAIS DE COMUNICAÇÃOTécnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 5

Por Felipe Diesel

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!39

Ouso em discordar da escritora e poeta Maya Angelou. Eu, pessoalmente, lembro o que as pessoas me disseram. Sou um ser auditivo, e como tal, sou chato pra caramba. Lembro de tudo o que as pessoas já me falaram, inclusive as palavras usadas. Quando assisto a um filme, consigo relembrar as falas dos atores muito mais do que da trama ou cenários. Por discordar de Maya, também ouso dizer que ela é cinestésica, sim, ela parece precisar sentir. Está parecendo confuso? Pera aí, vou explicar.

Richard Bandler e John Grinder, os percussores da Programação Neurolinguística (PNL), fizeram alguns experimentos em pessoas, e constataram que existem três manei-ras de percebermos o mundo, são elas: auditiva, cinestésica e visual. O ser humano, segundo eles, é dotado destes três canais de comunicação, porém, tem uma dificul-dade em usá-los de igual maneira. Durante a nossa vida tendemos a utilizar um canal mais do que os outros, e por vezes apenas usamos um canal. OK, entendi, mas o que isso tem a ver com o meu aprendizado? Tem tudo a ver, vamos supor que você seja cinestésico (imagino que o movimento é importante para você, você gosta de tocar as coisas e sente um impulso incontrolável de estar perto de pessoas, literalmente) e

Por Felipe Diesel

O seu aprendizado depende do seu canal de comunicação, mas afinal, o que é isto?

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!40

durante anos na escola, todo o conteúdo passado pelo professor foi através de falas ou leituras de materiais. Logo, você nunca pode utilizar a sua força, o seu principal canal de comunicação, e o aprendizado, foi muito mais difícil para você. Ou você vai me dizer que nunca bateu aquela vontade de sair correndo pela sala de aula durante alguma aula chata?

Para tentar identificar o seu canal de comunicação, vamos fazer um teste abaixo. Ele é simples, leia as perguntas e marque a melhor opção. Pegou um lápis? Bora lá então:

1. Gostaria de estar fazendo este exercício:(a) por escrito(b) oralmente(c) realizando tarefas

2. Gosto de ganhar presente que seja:(a) bonito(b) sonoro(c) útil

3. Tenho facilidade de lembrar nas pessoas:(a) a fisionomia(b) a voz(c) os gestos

4. Aprendo mais facilmente:(a) Lendo(b) Ouvindo(c) Fazendo

5. Atividades que me motivam:(a) fotografia, pintura(b) música, palestra(c) escultura, dança

6. Na maioria das vezes, prefiro:(a) observar(b) ouvir(c) fazer

7. Ao lembrar um filme, vêm à mente:(a) as cenas(b) os diálogos(c) as sensações

8. Na férias, gosto de:(a) conhecer novos lugares(b) descansar(c) participar de atividades

9. O que mais valorizo nas pessoas é:(a) a aparência(b) o que elas dizem(c) o que elas fazem

10. Percebo que alguém gosta de mim:(a) Pelo jeito de me olhar(b) Pelo jeito que fala comigo(c) Pelas suas atitudes

11. Meu carro preferido tem que ser:(a) bonito(b) silencioso(c) confortável

12. Quando vou comprar algo, procuro:(a) olhar bem o produto(b) ouvir o vendedor(c) experimentar

13. Tomo decisões com base:(a) no que vejo(b) no que ouço(c) no que sinto

14. Em excesso, o que me incomoda é:(a) Claridade(b) Barulho(c) Ajuntamento

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!41

15. O que me agrada num restaurante:(a) O ambiente(b) A conversa(c) A comida

16. Num show, valorizo mais:(a) A iluminação(b) As músicas(c) A comida

17. Enquanto espero alguém, fico:(a) Observando o ambiente(b) Ouvindo as conversas(c) Andando, mexendo com as mãos

18. Eu me entusiasmo quando:(a) me mostram(b) me falam(c) me convidam para participar

19. Ao consolar alguém, procuro:(a) Mostrar um caminho(b) Levar uma palavra de conforto(c) Abraçar a pessoa

20. O que me dá mais prazer:(a) ir ao cinema(b) assistir a uma palestra(c) praticar esporte

“Aprendi que as pessoas irão esquecer o que

você disse, as pessoas irão es-

quecer o que você fez, mas elas nunca esquecerão

como você as fez sentir”.

Maya Angelou

Faça as contas. Some quantas vezes você indicou cada letra e multiplique por cinco. Aí, você terá os percentuais de quanto você é visual (A), auditivo (B) ou cinestésico (C).

A...vezes x 5 = ........%

B...vezes x 5 = ........%

C...vezes x 5 = ........%

Fonte: Ribeiro, Lair. Como passar no vestibular. Belo Horizonte: Leitura, 2003, p. 104-107.

Veja mais na tabela da página 8.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!42

Esse é um teste simples, se você ainda ficou com dúvida, sugiro dar uma procurada no melhor amigo de um estudante, o Google e procure por “TESTE VISUAL AUDITIVO CINES-TÉSICO” e você poderá achar vários resultados que ajudarão a entender seu canal de comunicação.

Agora que você já descobriu o seu canal de comunicação, vamos checar os diferentes estilos e como podemos utilizá-los da melhor maneira para tirar o maior proveito de nosso aprendizado. Dê uma espiada abaixo em cada um deles.

VISUAL Sabe aquela sua amiga que está sempre arrumada de maneira impe-

cável? Pois é, ela é um exemplo clássico de alguém visual. O visual pensa por imagens, ele consegue “ver” os mínimos detalhes quando

entra em um ambiente. Ele gosta de sempre visualizar o que vai ser feito antes de fazer. Alunos visuais tendem a aprender mais

quando o professor utiliza o quadro ou o material didático. Outra maneira de perceber o aluno visual é pela coloração do caderno, eles geralmente fazem um esquema maluco de cores, cada cor

com um significado, tudo ermeticamente arrumadinho em seus espaços.

O aprendiz visual é objetivo e prático, o aprender para ele se dá atra-

vés de gráficos, figuras e leituras. Se você é visual, uma boa suges-tão para você aprender é estudar em

silêncio, imaginar conceitos e visualizar imagens, fazer anotações detalhadas e

sentar mais perto do quadro, e leia, leia, leia, isso realmente irá ajudá-lo. Além disso, você

pode utilizar canetas marca-texto organizando assuntos diferentes por cores, por isso, use e abuse de fichas de anotações.

AUDITIVOO aluno auditivo tem uma grande vantagem enquan-to aprendiz, afinal, a maioria do conteúdo passado

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!43

em uma sala de aula é falado. Lembro que todo o meu tempo de ensino médio usei apenas um caderno, meus professores não entendiam como um aluno “relaxado” que não escrevia nada podia sempre ter boas notas. Nunca precisei estudar, não porque eu fosse mais inteligente que meus colegas, mas porque o conteúdo passado pelos meus professores era falado e tudo o que eu precisava fazer para aprender era ‘ouvir’. Esse era meu ponto forte, mas quando se falava em esportes, em que eu precisava utilizar meu corpo - cinestésico, eu era um desastre. Alunos auditivos podem potencializar o seu aprendizado prestando atenção nos con-ceitos passados em sala de aula, repetir em voz alta, escutar vídeos e podcasts sobre o conteúdo, ou gravar a aula e escutá-la novamente em casa.

CINESTÉSICOA grande maioria dos alunos são cinestésicos e parece que a escola os esqueceu, afi-nal, todo o aprendizado se dá através de leituras e discussões e estes ‘seres’ precisam se movimentar. Este talvez é o mais fácil de ser reconhecido, eles não param quietos e falam muito com as mãos. Sabe aquele amigo ‘chato’ que fala contigo toda a hora te encostando? Esse é o caso clássico do cinestésico, eles adoram tocar, abraçar e preci-sam sentir tudo. O sinais NÃO TOQUE em museus e galerias foram feitos para eles.Como estes seres inquietos podem melhorar o seu processo de aprendizado? Simples, não pare quieto. Faça na prática, use suas mãos e dê preferência para o estudo com outras pessoas. Como eles têm uma atenção muito curta, o ideal é fazer vários inter-valos no estudo, saindo para caminhar e dar uma alongada. Em escolas de idiomas, atividades de ACTING OUT são excelentes para estes aprendizes.

Caso ainda haja alguma dúvida, segue abaixo um quadro com os diferentes canais de comunicação e a melhor forma de lembrar e aprender, espero que te ajude.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!44

VISUAL AUDITIVO CINESTÉSICO

Estilo de aprendi-zagem

Memória

Para resolver pro-blemas

Aparência geral

Comunicação

Aprende por visão; observa demonstra-ções; gosta de ler e imaginar as cenas descritas no livro; tem boa concentração; rá-pido na compreensão

Lembra-se bem dos rostos mas se esquece dos nomes; escreve e anota através de esquemas, resumidos e simbólicos; lembra bem de imagens

Delibera e planeja bem antes; organiza os pensamentos e tem boa visão das soluções e alternativas.

Limpo; meticuloso; gostos de ordem e coisas bonitas

Quieto; não fala muito e se o faz fala muito rápido, impacienta-se quando tem de ouvir explanações longas; uso desajeitado das palavras; descreve coi-sas com detalhes; usa predicados verbais do tipo: veja bem ... claro ... brilhante... etc.

Aprende por instru-ções verbais, gosta de diálogos; evita descrições longas; não presta muita atenção nas ilustrações; move os lábios quando lê; subvocaliza

Lembra os nomes mas esquece os rostos; decora as coisas por repetição auditiva.

Fala sobre os proble-mas; testa as soluções verbalmente.

Combinar roupas não é tão importante; prefere explicar as escolhas.

Gosta de ouvir mas não consegue esperar para falar; descrições são longas e repetiti-vas; usa predicados do tipo: ouça... escute... deixe-me explicar... etc.

Aprende fazendo por envolvimento direto; prefere ir logo para a ação; não é bom leitor.

Lembra-se melhor das coisas que fez e não daquelas que viu ou ouviu.

Ataca fisicamente o problema; ação; im-pulsividade; geralmen-te escolhe soluções que envolvam muitas atividades.

Limpo, mas logo se desarruma por causa das atividades; sem muito senso estético; conforto é essencial.

Gesticula quando fala; não é bom ouvinte; fica muito perto quan-do fala ou ouve; perde rapidamente interesse por discursos; usa pre-dicados do tipo: Sinto que ... pegue... firme... concreto... etc.

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CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!45

E aí, está mais confiante agora? Desmistificou o seu aprendizado? Agora que você já sabe como tirar o melhor de seus estudos, foco na ação! Já tive vários alunos que pa-reciam não evoluir no aprendizado e, geralmente, o erro era tentar aprender utilizando um outro canal de comunicação diferente do seu. Alie este conhecimento e extraia o melhor de suas aulas a partir de agora.

Complete abaixo:

Meu canal de comunicação é:

Como aprendo:

Levando em consideração o meu canal de comunicação e a maneira como aprendo, o que farei para potencializar o meu aprendizado?

Você ainda pode tentar potencializar o seu canal de comunicação para tirar o melhor dele ou desenvolver outros canais, caso você queira desenvolver diferentes habilida-des e se adaptar ao seu contexto. Seguem abaixo exercícios para ajudá-lo a estimular seus sentidos:

Quero ser mais Visual, devo:1. Olhar à minha volta, fechar os olhos e visualizar o que estava vendo antes.2. Jogo da memória, caça-palavras, jogo dos 7 erros.3. Perceber o maior número de cores à minha volta.4. Quando caminhando na rua prestar atenção nos prédios, árvores e edifícios à minha volta.

Quero ser mais Auditivo, devo: 1. Ficar algum tempo de olhos fechados e prestar atenção ao maior número de sons à minha volta.2. Ouvir música de olhos fechados e perceber os sons dos diferentes instru-mentos.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO / Vol. 5 / Hey Peppers!46

3. Experimentar falar em diferentes tons e velocidades (mais agudo/mais gra-ve; mais rápido/mais lento).4. Quando estiver falando, prestar atenção ao som da minha voz.

Quero ser mais Cinestésico, devo: 1. Tomar banho prestando atenção às sensações corporais.2. Prestar atenção às diferentes texturas dos objetos (roupas, almofadas, papel).3. Sentir o cheiro da comida antes de começar a comer.4. Antes de dormir, ir relaxando uma parte do corpo de cada vez, prestando atenção às sensações.

Fonte: http://golfinho.com.br/

Se você é professor, observe os seus alunos e tente identificar o canal de comunicação de cada aluno, planejando atividades para cada perfil de aprendiz. Assim, você terá ótimos resultados com a certeza de que seus alunos terão mais prazer em aprender, pois as aprendizagens tornar-se-ão significativas.

QUAL A SUA INTELIGÊNCIA? / Vol. 6 / Hey Peppers!47

A Hey Peppers! apresenta

QUAL A SUA INTELIGÊNCIA?

Técnicas e tendências para você aprender muito mais rápido.

Capítulo 6

QUAL A SUA INTELIGÊNCIA? / Vol. 6 / Hey Peppers!48

Um grande problema da sala de aula são alunos que parecem estudar, mas não con-seguem aprender. Quando vejo isso acontecer, sempre digo: “se você está estudando e não está aprendendo, então você está estudando de uma maneira que você não aprende”. Mas eu posso estudar e não aprender? Elementar meu caro Watson, ainda mais quando você está utilizando uma inteligência que não seja o seu forte. Isso quer dizer que as pessoas têm diferentes inteligências? Bingo! Exatamente!

Durante a década de 1980 uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderados pelo psicólogo Howard Gardner, buscou um melhor conceito para inteligên-cia. Eles não concordavam que uma pessoa poderia ser mais ou menos inteligente que a outra, apenas por solucionar questões matemáticas de forma mais rápida. Eles acre-ditavam que existiam muito mais aspectos além do raciocínio lógico para quantificar a inteligência (até hoje é usado esse modelo de psicometria em testes de QI). Dessa maneira, a sua teoria afirma que uma pessoa usa uma grande variedade de habilidades cognitivas (processo utilizado pelo nosso cérebro que torna possível o aprendizado), assim, ninguém é mais inteligente que o outro, apenas utilizam diferentes inteligên-cias.

Até hoje alguns profissionais e universidades não aceitam essa teoria, mas com 15 anos de experiência eu só posso dizer que ela não pode ser mais verdadeira. A partir do momento em que o aluno descobre sua inteligência e trabalha utilizando seus pontos fortes, ele parece quebrar a barreira que atra-palhava o seu aprendizado e passa a ter resultados impressionantes.

Sendo 8 tipos de inteligências, elas se caracterizam a partir da maneira como o homem se relaciona com o mundo e como ele abstrai significado e compreende. São elas:

Por Felipe Diesel

Qual a sua inteligência e como você aprende?

QUAL A SUA INTELIGÊNCIA? / Vol. 6 / Hey Peppers!49

Lógico-matemáticaEsta é a inteligência primeiramente reconhecida, ela é a habilidade para raciocínio dedutivo utilizada para solucionar problemas matemáticos. Pessoas com raciocínio rápido e que gostam de problemas matemáticos geralmente tem esta inteligêcia mais desenvolvida. Um trabalho recomendado? Vire um cientista.

LinguísticaGeralmente alunos com esta inteligência bem desenvolvida são excelentes aprendizes de um idioma, gostam de poesia, leitura e são ótimos escritores. A habilidade natural com palavras e línguas faz destas pessoas excelentes interlocutores.

MusicalEsta também é fácil de adivinhar, né? Sabe aquele seu amigo que toca vários instru-mentos musicais e tem um excelente ouvido para ritmo e timbre? Adivinhe qual é a inteligência dele? Isso aí, pessoas que possuem grande habilidade para compor e executar padrões musicais tornam-se excelentes maestros e músicos. Pessoas com essa inteligência: Ludwig van Beethoven, Mozart, entre outros.

EspacialExpressa-se pela capacidade de compreender o mundo pelo que se vê de maneira precisa, pessoas com esta inteligência bem desenvolvida têm grande facilidade em ler mapas, entender esquemas visuais e até mesmo jogar xadrez. Grandes exemplos são: Michelangelo e Oscar Niemeyer.

Corporal-cinestésicaEu sempre pratiquei esportes sem muito êxito, quando fiz o teste das inteligências múltiplas não poderia ter sido diferente: zero em Corporal-cinestésica. Pessoas como Cristiano Ronaldo e Michael Jordan têm esta inteligência bem desenvolvida e com isso têm uma maior capacidade de controlar e orquestrar os movimentos do corpo.

IntrapessoalEsta é uma inteligência de mais difícil percepção, pois consiste na capacidade de se autoconhecer, entender os seus vícios, crenças e limites. Pessoas com autocontrole e domínio de seus sentimentos têm esta inteligência bem desenvolvida. Quer um exem-plo? Ghandi.

InterpessoalGrande habilidade em entender o outro, saber o que motiva e os desejos de outras pessoas. Pessoas com esta habilidade conseguem se relacionar com outras pesso-as mais facilmente e até mesmo lê-las de maneira a entender o que estão sentindo naquele momento. Professores são bons exemplos desta inteligência, assim como

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grandes líderes.

NaturalistaSão aquelas pessoas que gostam da natureza, elas têm sensibilidade em compreender os padrões da natureza (plantas, animais, minerais e etc). Biólogos e geólogos tem esta inteligência bem desenvolvida. Um grande exemplo: Charles Darwin.

Depois de ler as definições acima, qual você acha que seria a sua inteligência mais desenvolvida? Pense em você como aluno, matérias que você gosta se ainda está na escola ou gostava, e as suas atividades no tempo livre. O que você tem facilidade?

Vamos checar? Para saber se você está certo mesmo, vamos fazer o teste abaixo, você vai se surpre-ender.

TESTE DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLASPreparado com base na teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner.

Responda às perguntas e descubra qual ou quais são os tipos de inteligência que predominam em você.

Se for professor ou instrutor, use este questionário com seus aprendizes e descu-bra como ajudá-los a aprender mais e melhor.

São 10 (dez) etapas a percorrer. Numere cada frase de acordo com a identificação com

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as habilidades ou preferências descritas. Determine o seu nível de afinidade com as questões, classificando-as com notas de 1 a 7, sendo: 1 como a última preferência e 7 como a primeira. Não use notas repetidas numa mesma etapa.

Atenção: não há uma resposta correta, porque cada um de nós tem suas próprias escolhas e competências.

Etapa 1

Etapa 2

ORDEM

ORDEM

NOTA

NOTA

COISAS QUE MAIS GOSTO DE FAZER:

TENHO FACILIDADE EM:

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

Praticar esportes

Dirigir

Compartilhar atividades

Refletir sobre meus sentimentos

Debater idéias

Ordenar coisas

Cantar

Estar na natureza

Aprender novos esportes

Executar tarefas delicadas

Trabalhar em equipe

Analisar meus sentimentos

Contar histórias e fatos

Construir e organizar planilhas

Tocar instrumentos

Observar criticamente ações na interação homem-natureza

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Etapa 3

Etapa 4

Etapa 5

ORDEM

ORDEM

ORDEM

NOTA

NOTA

NOTA

QUANDO ESTOU NO TRABALHO OU NA ESCOLA PREFIRO:

O TIPO DE PERGUNTA QUE MAIS FAÇO É:

NO TEMPO LIVRE GOSTO MAIS DE:

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

Levantar e andar periodicamente

Fazer algo funcionar

Trabalhar com pessoas

Trabalhar sozinho

Conversar sobre idéias

Analisar dados

Identificar padrões sonoros em equipamentos

Estar em contato com o meio ambiente

Onde?

Como?

Quem?

Para quê?

Por quê?

O quê?

Quando?

Se... isso?

Dançar

Fazer um trabalho manual

Sair com os amigos

Meditar e refletir

Ler um livro

Passar o tempo com jogos de estratégia

Ouvir música

Passear no campo

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Etapa 6

Etapa 7

Etapa 8

ORDEM

ORDEM

ORDEM

NOTA

NOTA

NOTA

TENHO FACILIDADE EM:

EM MINHA CASA:

AS PESSOAS PODEM ME DEFINIR POR ESTA PALAVRA:

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

Adquirir habilidades pela prática

Analisar e descobrir formas e detalhes

Ouvir e compartilhar idéias

Elaborar teorias

Discutir informações

Obter e classificar informações

Ler ouvindo música

Identificar plantas e animais

Não fico parado/a

Conserto as coisas

Ajudo os outros nas tarefas

Fico em meu canto

Falo sobre meu dia

Organizo cada detalhe

Sempre escuto música

Cuido de minhas plantas/animais

Esportista

Competente

Perceptivo

Analítico

Teórico

Lógico

Artista

Ambientalista

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Etapa 9

Etapa 10

ORDEM

ORDEM

NOTA

NOTA

GOSTO MAIS DE APRENDER ATRAVÉS DE:

EU ME CONSIDERO:

A

B

C

D

E

F

G

H

A

B

C

D

E

F

G

H

Demonstrações e experiências

Atividades estruturadas passo a passo

Discussão de casos voltados para pessoas

Leitura de livros-textos

Palestras formais

Exercícios de análise de fatos, dados e números

Histórias e música

Análises da natureza

Ágil

Detalhista

Amigo

Sensível

Comunicativo

Racional

Musical

Zeloso

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ORDEM

TOTAL:

NOTA INTELIGÊNCIAS

A

B

C

D

E

F

G

H

Cinestésica

Espacial

Interpessoal

Intrapessoal

Linguística

Lógico-matemática

Musical

Naturalista

Agora some os pontos, coloque os totais de cada letra e verifique qual das inteligên-cias é a predominante em você. O total será 280, se classificou como no enunciado.

Que inteligência mesmo você achava que era mais desenvolvida em você?

Qual foi o resultado do teste acima?

Mas, afinal, como eu aprendo? Dê uma olhada abaixo e tire suas conclusões.

MUSICALEstudantes com este estilo de aprendizagem serão capazes de lembrar o que eles escutaram e preferem instruções orais. Eles aprendem escutando e falando, além de adorar discussões e fazer entrevistas. Aprendem melhor através de leitura em voz alta e da audição de livros gravados.

Extraído do livro: BELLAN, Zezina. Heutagogia – Aprenda a Aprender Mais e Melhor. Santa Barba d’Oeste: SOCEP Editora, 2008.

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Eles aprendem melhor:- participando de um painel de discussões;- através da repetição oral;- fazendo entrevistas, debatendo;- escutando músicas e cantando;- discutindo materiais escritos.

VISUALAlunos visuais são capazes de lembrar o que viram e preferem ler instruções escritas. Eles gostam de ler em silêncio. Quer ter bom resultado em suas aulas com alunos que tenham este tipo de inteligência? Passe as informações através de vídeo.

Eles aprenderão observando e adoram trabalhar da seguinte forma:- assistindo a filmes;- lendo e interpretando gráficos;- desenhando posters;- lendo livros coloridos e com muito input visual;- assistindo a desenhos animados.

LÓGICO-MATEMÁTICOAlunos com a inteligência lógico-matemática têm a capacidade de usar os números de maneira eficiente e raciocinar rapidamente. Alguém com este tipo de inteligência é capaz de identificar causa e efeito muito bem; também, é capaz de identificar um problema e resolvê-lo rapidamente. Pessoas com esta inteligência raciocinam bem e adoram experimentar, questionar, resolver jogos de lógica e calcular.

CINESTÉSICOAprendizes cinestésicos também aprendem tocando e manipulando objetos. Eles pre-cisam envolver todo o corpo durante o aprendizado. Lembram melhor quando devem atuar o que foi aprendido.

As atividades para estes aprendizes consistem em:- jogar jogos que envolvam todo o corpo;- dança;- criar modelos; - seguir instruções para realizar algo;- criar experimentos; - desenhar.

LINGUÍSTICAEsta é a capacidade de usar a língua para expressar o que está na mente, entendendo

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e se fazendo entender na interação com outras pessoas.

Alunos com esta habilidade desenvolvida aprendem melhor através de:- leituras em voz alta;- uso de materiais interativos;- escrita de histórias;- atividades no computador;- atividades em grupo.

INTRAPESSOALAlunos intrapessoais planejam e organizam melhor o seu trabalho. Eles focam em detalhes e tendem a ser bastante lógicos. Eles adoram ler em voz alta e preferem trabalhar de maneira individual.

Eles aprendem melhor quando:- a informação é apresentada de maneira sequencial;- o aprendizado da gramática é importante;- lições são estruturadas e orientadas pelo professor;- objetivos são claros.

INTERPESSOALInteligência interpessoal nos ajuda a entender o outro. É a habilidade que nós precisa-mos para lidar com outros.

Pessoas interpessoais aprendem melhor através de:- dinâmicas com outras pessoas fora da escola;- discussão de diferentes pontos de vista;- entrevistas;- interação com outras pessoas, podendo ser potencializado trabalhos em grupos;- feedback constante;- projetos em grupo.

NATURALComo este aprendiz adora a natureza, ele aprenderá melhor quando houver:

- atividades ao ar livre;- atividades que envolvam temas de interesse como: flora, fauna e meio am-biente;- leituras sobre temas de interesse;- discussões sobre temas ligados ao meio ambiente.

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Depois de entender os diferentes tipos de inteligência, responda abaixo:

Que tipo de aprendiz eu sou?

Como eu aprendo?

O que eu farei a partir de agora, que me ajudará a ter mais resultado em meu aprendizado?

E aí? Espero que este material tenha lhe aju-dado a dar um ‘boost’ em seu aprendizado. Acre-dito que agora sim você tenha um plano de estudo sabendo o que estudar, quando e como focar no seu real resultado de aprendizado.

A intenção deste material é seguir como um guia para o aluno, como falei no início, não tenho nenhuma presunção acadêmica com este material, apenas lhe aju-dar. Acredito muito em algumas teses sobre cognição e aprendizado, principalmente aquelas que utilizei em minhas aulas e vi grande resultado. Todas elas estão apresen-tadas acima e agora que você as domina, vamos ao que interessa.

Se quiser tirar dúvidas, conversar ou até me dar uma ‘canelada’ é só mandar um e-mail ([email protected]) ficarei muito feliz em receber o seu comentá-rio. Agora é só completar as últimas perguntas abaixo:

O que eu aprendi com este material?

O que farei de diferente a partir de agora?

Quais resultados eu posso esperar?

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