infoseram n.º10 dezembro 2008

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ecla BOLETIM SINDICAL N.º 10 Dezembro 2008 Editorial Assiste-se a uma progressiva tendência para o agravamento das condições de trabalho dos Enfermeiros e dos trabalhadores em geral. O processo de revisão do actual Código do Trabalho que se segue nos trâmites finais e toda a legislação laboral, incorporam um conjunto de matérias sobre a duração e organização do tempo de trabalho, que penalizam ainda mais os trabalhadores e reduzem os seus direitos. A recente proposta da Comissão das Comunidades Europeias, ao pretender introduzir alterações à directiva 2003/88/CE, sobre aspectos de organização dos tempos de trabalho, vai no sentido de entre outras matérias, alargar a duração do tempo de trabalho. Pela sua importância e pelas implicações nos tempos de trabalho dos Enfermeiros, focamos este matéria como tema central desta edição. . 3 DIRECTIVA DO TEMPO DE TRABALHO NA EUROPA 5 ALTERAÇÕES AO REGIME E ORGÂNICA DO SERVIÇO REGIONAL DE SAÚDE 8 CARREIRA DE ENFERMAGEM As alterações à Directiva Europeia do Tempo de Trabalho apresentadas pelo Conselho, a serem aprovadas pelo Parlamento Europeu na votação prevista para 17 de Dezembro de 2008, determinarão um retrocesso inadmissível nos direitos dos trabalhadores. Irá enfraquecer o já débil nível de protecção da sua segurança e saúde, como tornará ainda mais incompatível a vida profissional com a vida pessoal, familiar e social.

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Boletim Sindical do Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, aborda diversos temas ligados a profissão de Enfermagem.

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Page 1: INFOSERAM n.º10 Dezembro 2008

ecla

BOLETIM SINDICAL N.º 10 Dezembro 2008

Editorial

Assiste-se a uma progressiva

tendência para o agravamento

das condições de trabalho dos

Enfermeiros e dos trabalhadores em

geral.

O processo de revisão do actual

Código do Trabalho que se segue nos

trâmites finais e toda a legislação

laboral, incorporam um conjunto de

matérias sobre a duração e

organização do tempo de trabalho,

que penalizam ainda mais os

trabalhadores e reduzem os seus

direitos.

A recente proposta da Comissão

das Comunidades Europeias, ao

pretender introduzir alterações à

directiva 2003/88/CE, sobre aspectos

de organização dos tempos de

trabalho, vai no sentido de entre

outras matérias, alargar a duração do

tempo de trabalho. Pela sua

importância e pelas implicações nos

tempos de trabalho dos Enfermeiros,

focamos este matéria como tema

central desta edição.

.

3 DIRECTIVA DO TEMPO DE TRABALHO NA EUROPA

5 ALTERAÇÕES AO REGIME E ORGÂNICA DO

SERVIÇO REGIONAL DE SAÚDE 8 CARREIRA DE ENFERMAGEM

As alterações à Directiva Europeia do Tempo

de Trabalho apresentadas pelo Conselho, a

serem aprovadas pelo Parlamento Europeu na

votação prevista para 17 de Dezembro de 2008,

determinarão um retrocesso inadmissível nos

direitos dos trabalhadores. Irá enfraquecer o já

débil nível de protecção da sua segurança e

saúde, como tornará ainda mais incompatível

a vida profissional com a vida pessoal, familiar

e social.

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INFOSERAM N.º 10 Dezembro 2008

Direcção Juan Carvalho Helena Vieira Mário Castro

Maria José Ramos

Coordenação Helena Vieira Mário Castro

Maria José Ramos

Revisão Célia Silva

Periodicidade

Trimestral

Propriedade e Redacção Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma

da Madeira

Tiragem

1500 exemplares

Impressão Eco do Funchal

Distribuição gratuita A todos os sócios

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Neste sentido, para a Função Pública, a Lei dos Vínculos, Carreiras e

Remunerações (LVCR) e o Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas

(RCTFP), ou Código do Trabalho para a Função Pública, enquadram-se perfeitamente

nesta lógica global de reduzir ganhos e retomar arcaicos princípios que foram afastados

há muitas décadas e ao longo de muitos anos de luta e determinação dos Enfermeiros e

dos trabalhadores em geral.

Ambos os diplomas encontram-se disponíveis no site do SERAM e constituem dois

documentos estruturantes da reforma da Administração Pública, destacamos a

importância da sua consulta e conhecimento. De referir que a partir de Janeiro de 2009,

entram definitivamente em vigor, alterando a tradicional doutrina da Função Pública.

Na Região enquanto a proposta de adaptação da LVCR, não é aprovada pelo

parlamento regional, a circular nº 1/DRAPL/DROC/2008 aplica a respectiva lei à região.

Quanto ao RCTFP, a sua entrada em vigor abrange também a região, aguardando-se

posterior tomada de posição do Governo Regional sobre a sua adaptação.

É neste ciclo que nos encontramos a negociar a nova carreira de Enfermagem com

o Ministério da Saúde, que após três reuniões negociais e um processo de luta, resolve

mudar a equipa negocial para as carreiras da saúde, assumindo a Ministra este processo

e informando que reformulará a contraproposta inicial, enviando posteriormente a mesma

aos sindicatos para continuação do processo negocial das carreiras da saúde e dos

enfermeiros.

Neste complexo de mudanças, é fundamental

aprofundar e alargar solidariedades que permitam

reforçar vontades em redor de princípios e objectivos

que nos mobilizem a todos através do sindicato, na

luta por melhores condições de vida e de trabalho.

A todos os sócios e seus familiares, um Feliz

Natal e um Bom Ano 2009.

Funchal, Dezembro de 2008 Juan Carvalho

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INFOSERAM N.º 10 Dezembro 2008

A fixação de limites à duração do trabalho, constituiu sempre uma reivindicação

fundamental do movimento sindical desde o seu início, no século XIX. A fixação do dia de

trabalho em 8 horas diárias (permitindo 8 horas para dormir e 8 para lazer) tornou-se um dos

principais objectivos de luta, que estiveram na origem da celebração do 1º de Maio.

Em 1919, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovou a primeira convenção

internacional, segundo a qual, a duração de trabalho não poderia exceder as 8 horas diárias e 48

horas semanais. Em 1935, num contexto de forte desemprego, foi aprovada a convenção nº 47,

que estabeleceu o princípio da semana de 40 horas.

A subida do desemprego, a partir de meados dos anos 70, aliada à influência das ideias

neoliberais, teve profundas consequências na vida dos trabalhadores. A duração de trabalho

tendeu a estabilizar-se e, quando tal não aconteceu, deveu-se sobretudo à subida do trabalho a

tempo parcial. Este processo não foi uniforme, nem isento de contradições, verificando-se mesmo

alguns progressos importantes. Bastará lembrar a luta pela semana de trabalho de 35 horas

lançada pelo IG Metall, na Alemanha, no final dos anos 70 e que veio a ser concretizada já nos

anos 90; ou, no final dos anos 90, a fixação por via legal da semana de 35 horas em França.

A modificação mais relevante foi porém, a maior subordinação dos horários aos interesses

predominantes das empresas ou aos constrangimentos da actividade produtiva, sem procurar

alternativas, mesmo que em prejuízo da vida pessoal e familiar do trabalhador. Os períodos de

referência clássicos (diários e semanais) para o cálculo da duração do trabalho tenderam a

alargar-se e hoje o Conselho Europeu pretende consagrar os 12 meses na revisão da Directiva

2003/88/CE sobre o tempo de trabalho.

As competências comunitárias em termos de emprego, desenvolvem-se a partir do

Tratado de Maastricht, ainda que antes já houvesse algumas iniciativas. É de realçar a criação do

Comité Permanente de Emprego no início dos anos 70, e a aprovação em 1975 pelo Conselho de

uma recomendação aos Estados-Membros, para a aplicação da semana de 40 horas e de 4

semanas de férias.

Os anos 90 são marcados pela aprovação da Directiva 93/104/CE do Conselho Europeu,

de 23 de Novembro de 1993 que impõe pela primeira vez a nível europeu o respeito por

requisitos mínimos de segurança e saúde na organização do tempo de trabalho. Assim, com base

em trabalhos de investigação que estabeleceram a existência de uma evidente correlação entre

horários de trabalho prolongados e o aumento do risco de acidentes de trabalho, devido à

diminuição da concentração, bem como do risco de contrair doenças (cardiovasculares, diabetes,

perturbações intestinais e doenças relacionados com stress), impôs-se assim pela primeira vez a

limitação do tempo de trabalho com fundamento em razões de segurança e saúde no trabalho.

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VISITE O NOSSO SITE

NOTA: As normas para a publicação de artigos

no INFOSERAM encontram-se no site, na área

restrita aos sócios.

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INFOSERAM N.º 10 Dezembro 2008

Esta directiva fixa em média a semana de trabalho em 48 horas, incluindo horas

extraordinárias e calculada num período de 4 meses. Fixa ainda um período de férias pagas de 4

semanas por ano; um período de repouso mínimo diário de 11 horas consecutivas; uma pausa se

a jornada de trabalho exceder as 6 horas; um máximo de 8 horas de trabalho nocturno em média

por períodos de 24 horas; um dia de descanso semanal.

O que está hoje em causa?

Está em causa, primeiro, a anualização do tempo de trabalho. Ora, quanto maior for o

período de referência para o cálculo da duração do trabalho, maior a probabilidade de serem

efectuados períodos de trabalho alongados correspondendo a horários excessivos, pondo em

causa a saúde e a segurança, bem como a compatibilização entre o trabalho e a vida pessoal e

familiar dos trabalhadores.

Está ainda em causa, a alteração do conceito de tempo de trabalho, consagrado na

directiva, através da criação de uma categoria intermédia entre “trabalho” e “não – trabalho”,

designado como “período inactivo do tempo de permanência” (o que na prática conduz a medir a

duração do trabalho em termos de períodos efectivos, indo ao encontro dos interesses exclusivos

dos empregadores) com consequências negativas para os trabalhadores.

Em síntese, as alterações à Directiva apresentadas pelo Conselho Europeu, a serem

aprovadas pelo Parlamento Europeu na votação prevista para 17 de Dezembro de 2008,

determinarão um retrocesso inadmissível nos direitos dos trabalhadores, não só enfraquecendo o

já débil nível de protecção da sua segurança e saúde, como tornando ainda mais incompatível a

sua vida profissional com a vida pessoal, familiar e social.

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INFOSERAM N.º 10 Dezembro 2008

O Serviço Regional de Saúde E.P.E., criado pelo decreto legislativo regional n.º

9/2003/M, de 27 de Maio, passa a adoptar a denominação de Serviço de Saúde da Região

Autónoma da Madeira E.P.E., abreviadamente designado por SESARAM, E.P.E., regulado pelo

Decreto Legislativo Regional n.º23/2008/M de 23 de Junho.

O Serviço Regional de Saúde entre 2003 e 2007 era tutelado directamente pela

Secretaria Regional dos Assuntos Sociais (SRAS), assim como a Direcção Regional de

Planeamento e Saúde Pública (DRPSP), o Serviço Regional da Prevenção da

Toxicodependência (SRPT), a Direcção Regional de Gestão e Desenvolvimento de Recursos

(DRGDR), o Centro Regional de Segurança Social da Madeira (CRSSM) e o Serviço Regional

de Protecção Civil da Madeira (SRPCM).

No ano de 2008, foi criado o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-

RAM (IASAS, IP-RAM), tutelado pela SRAS. Este instituto engloba a antiga DRPSP, DRGDR,

SRPT e o Laboratório Regional de Saúde Pública e tutela directamente o SESARAM, o

CRSSSM e o SRPCM.

O IASAS, IP-RAM é constituído por um Presidente, dois vice-presidentes, um Conselho

consultivo e um fiscal único.

� Competências do IASAS, IP-RAM:

- Garantir o apoio técnico à formulação de políticas e ao planeamento estratégico da saúde,

acompanhar e avaliar a execução das políticas, dos instrumentos de planeamento e dos

resultados obtidos e impulsionar a procura de ganhos em saúde;

- Assegurar a elaboração, acompanhamento e avaliação do plano regional de saúde,

incrementando a sua execução em todo o SRS, EPE;

- Regulamentar, orientar e coordenar as actividades de promoção da saúde e de prevenção e

controlo da doença, assegurando o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade;

- Desenvolver e fomentar actividades no âmbito da saúde pública;

- Assegurar o desenvolvimento de programas de saúde, fomentar e coordenar a produção de

informação adequada;

- Planear, coordenar e monitorizar a gestão dos recursos humanos do SESARAM;

- Regular, supervisionar e acompanhar a actividade dos estabelecimentos, instituições e

serviços prestadores de cuidados de saúde, nas redes hospitalar, centros de saúde e rede de

cuidados continuados e proceder à sua avaliação;

- Promover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das

toxicodependências;

- Exercer as funções de autoridade de saúde na RAM.

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� Compete ao presidente:

- Propor ao SRAS a constituição ou reorganização de serviços;

- Contratualizar os programas e projectos específicos e aquisição de cuidados de saúde com

as entidades prestadoras de cuidados de saúde;

- Dar parecer sobre os orçamentos das instituições e serviços públicos prestadores de

cuidados de saúde;

- No âmbito das suas atribuições o IASAS, IP – RAM pode emitir instruções genéricas que

vinculam as entidades do SESARAM, bem como as que integram o sistema regional de saúde,

designadamente os privados.

Regime e Orgânica do Serviço Regional de Saúde, SESARAM, EPE

A unidade funcional de saúde, passa a denominar-se SESARAM, EPE, integra os Hospitais

da Cruz de Carvalho e dos Marmeleiros e todos os Centros de Saúde da Região, inclusive o

Centro de Santiago e o Centro Dr. Agostinho Cardoso.

Mantém-se a gestão de natureza empresarial, a submissão a regras privatísticas, próprias das

regras de direito privado.

O SESARAM, EPE é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia

administrativa, financeira e patrimonial.

O capital estatutário do SESARAM, EPE, é detido pela região, o seu financiamento é

garantido pelo orçamento da RAM, para concretização dos seus objectivos.

O SESARAM, EPE desenvolverá a sua actividade de modo integrado, com base em contratos

programa a celebrar com a SRAS.

O Conselho de Administração aprovará o regulamento Interno, onde constará a organização e

funcionamento.

A Estrutura Orgânica desenvolverá a sua acção por centros de responsabilidade, que

permitam a contratualização da respectiva actividade.

O regulamento interno deve prever a organização, com base em serviços agregados em

departamentos e englobando unidades funcionais.

Órgãos e Comissões do SESARAM, EPE

• Órgãos: Conselho de Administração (3 Elementos); Fiscal Único e Órgãos de Direcção

Técnica – O Enfermeiro Director e o Director Clínico.

• Comissões de Apoio Técnico: Comissão de Ética; Comissão de Qualidade e Segurança do

Doente; Comissão de Controle da Infecção Hospitalar e Comissão de Farmácia e Terapêutica.

Competências do Conselho de Administração

� Celebrar contratos programa externos e internos;

� Propor a criação, extinção ou modificação de novos serviços;

� Decidir sobre admissão e gestão de pessoal;

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� Autorizar ou não a realização de trabalho extraordinário;

� Designar o pessoal para cargos de direcção e chefia;

� Aprovar o regulamento disciplinar dos trabalhadores e as condições de prestação e disciplina

do trabalho;

� Aprovar o regulamento interno;

� Autorizar a aplicação das modalidades de regimes de trabalho legalmente admissíveis;

� Exercer a competência disciplinar.

Regime do Pessoal

� Relação laboral:

Rege-se pelas normas gerais aplicáveis ao Contrato Individual de Trabalho (Código do

Trabalho), e demais legislação laboral, assim como, instrumentos de regulamentação colectiva

de trabalho;

� Níveis remuneratórios e outros incentivos financeiros serão fixados anualmente em função

de critérios de avaliação do desempenho e mérito, a definir pelo membro do governo que

tutela a área da saúde.

Mobilidade

� Aos actuais Funcionários e Agentes da Administração Pública que pretendam prestar

serviço no SESARAM, EPE é aplicável a licença sem vencimento, passam a contrato

individual de trabalho de acordo com os artigos 21.º e 22.º do SNS.

� A admissão de enfermeiros continua a ser feita por contrato individual de trabalho – Código

do Trabalho.

Quadro de Pessoal

� Aos profissionais em regime de CIT sem termo é garantida a integração no quadro de

pessoal da instituição que suceda o SESARAM, EPE;

� Os lugares do quadro do SESARAM, EPE extinguir-se-ão à medida que vagarem da base

para o topo, deixando de haver a longo prazo estatuto público para passar todos os

trabalhadores do sector a contrato individual de trabalho / acordo colectivo de trabalho.

Dotações de Pessoal

� O SESARAM, EPE deve prever anualmente uma dotação global de pessoal, através do

respectivo orçamento e contrato programa, considerando os planos de actividade e o

desenvolvimento das carreiras.

� Até à efectiva conclusão dos procedimentos da contratação colectiva, aplicar-se-ão aos

CIT, os termos do código do trabalho, contudo o primeiro nível remuneratório do pessoal, é

análogo à prevista na lei para o pessoal em regime de direito público, exigindo-se para o

ingresso as mesmas habilitações e qualificações profissionais.

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A negociação de uma Carreira de Enfermagem que dignifique a nossa profissão, continua a

ser o grande objectivo do SERAM e de todos os Enfermeiros. Assim sendo, foi no passado mês

de Setembro que todos os sindicatos assinaram um memorando, com objectivos reivindicativos

comuns e marcaram greve para os dias 30 de Setembro e 1 de Outubro. Foi com esta greve e

com a grande manifestação do dia 1 de Outubro frente ao Ministério da Saúde, que mais de 2500

enfermeiros demonstraram o descontentamento que todos vivenciamos, assim como, a nossa

força e união neste processo reivindicativo de grande importância.

Através deste processo de luta, os enfermeiros conseguiram que se realizasse a 3ª reunião

negocial com a CNESE (SERAM e SEP) no dia 23 de Outubro. Nesta reunião, o responsável

pelos processos negociais das carreiras (Secretário de Estado da Saúde), assumiu o

compromisso de enviar à CNESE a proposta de diploma de carreira até dia 31 de Outubro e

agendou o calendário negocial para a 2ª quinzena de Novembro. No entanto, o Ministério da

Saúde, não cumpriu uma vez mais…!

A CNESE, foi informada que por razões relacionadas com a reorganização de serviços

do Ministério da Saúde onde se inclui a gestão dos recursos humanos, só foi possível reunir com

o Ministério a 9 de Dezembro de 2008, para fazer um ponto da situação da negociação e entrega

de proposta que altera o 437/91, actual carreira de Enfermagem.

Assim está em análise a proposta do Ministério da Saúde relativamente à Carreira de

Enfermagem e estão agendadas reuniões negociais para 29 de Dezembro e 9 de Janeiro.

Continuaremos a informar do andamento deste processo que merece uma análise

cuidada dos pressupostos e alterações presentes no projecto de diploma.

S.E.R.A.M. Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira

Morada: Rua de Santa Maria 86-88-90, 9050-040 Funchal Contactos: Telefone. 291 224942 Fax 291 227664 E-mail: [email protected] Web site: www.seram.pt

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