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RIO DE JANEIRO SÃO PAULO VITÓRIA RECIFE BRASÍLIA DÜSSELDORF ANO 12 Nº 94 junho 2012 JURÍDICO INFORME IFPD X ILPD Claudio Machado

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RIO DE JANEIRO SÃO PAULO VITÓRIA RECIFE BRASÍLIA DÜSSELDORF

ANO 12 Nº 94 junho 2012

JURÍDICOINFORME

IFPD X ILPDClaudio Machado

INFORMEJURÍDICO

Matéria de Capa 04

Notas Informativas 07

Clipping 13

Jurisprudência 20

Legislação 21

Acervo - Sugestão de Leitura 22

Artigos Selecionados 23

Acredite se Quiser 23

Biblioteca.Com 24

INFORMEJURÍDICO

Publicação do EscritórioPellon & Associados Advocacia

Luís Felipe PellonSergio Barroso de Mello

Produção gráficaAssessoria de Comunicação:Mônica Grynberg Cerginer

Bibliotecária responsávelVaneza Fernandes CRB7 5090

Distribuição Online

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originalmente por outros veículos) são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do

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INFORMEJURÍDICO IFPD Invalidez Funcional Permanente e Total por Doença

ILPD Invalidez Laborativa Permanente e Total por Doença

X

Pellon Associados& 4

Matéria de

CAPA

Claudio MachadoSupervisor de PessoasPellon & Associados [email protected]

Todos aqueles que trabalham operando o direito na seara dos seguros de pessoas, mais especialmente nos seguros de vida em grupo, certamente já sofreram bastante com os diversos problemas causados em razão das variadas interpretações sobre a cobertura de IPD - Invalidez Permanente por Doença, quando da análise de um sinistro.

Para melhor compreender o que se relata no presente, é preciso lembrar do

conceito de IPD que está consignado na Circular SUSEP nº17/92, mais

precisamente em seu art. 5º, e que abaixo se transcreve:

“Art. 5º. Considera-se Invalidez Permanente e Total por Doença aquela para a qual

não se pode esperar recuperação ou reabilitação com os recursos terapêuticos

disponíveis no momento de sua constatação”.

IFPD ILPDX

Com o passar do tempo, e as ocorrências de “Art.17. Garante o pagamento de patrimônio físico e/ou mental, causando-lhe

sinistros relativos à referida cobertura de indenização em caso de invalidez funcional desvantagem na vida cotidiana e civil, bem

IPD, percebeu-se que havia um grande permanente total, conseqüente de doença, como dependência permanente de

número de negativas de pedidos de que cause a perda da existência terceiros.

indenização em razão da abrangência do independente do segurado.”

conceito de IPD, bem como da dificuldade Insta ressaltar que devem ser considerados

de sua caracterização. “§ 1º Para todos os efeitos desta norma é como quadros clínicos incapacitantes que

considerada perda da existência inviabilizem, de forma irreversível, o pleno

Passou a não ser incomum a ocorrência de independente do segurado a ocorrência de exercício das relações autonômicas do

negativas aos segurados que, diante de um quadro clínico incapacitante que inviabilize segurado, causadores de sua perda de

sinistro, solicitavam o pagamento em razão de forma irreversível o pleno exercício das existência independente as seguintes

da cobertura de IPD, pois dita indenização relações autonômicas do segurado, condições clínicas, também consideradas

teria de estar condicionado à comprovação comprovado na forma definida nas doenças gravíssimas (normalmente

de impossibilidade de exercício, por parte do condições gerais e/ou especiais do seguro.” previstas nas condições gerais da apólice de

segurado, de toda e qualquer atividade seguros):

laborativa. “§ 2º Consideram-se também como total e

permanentemente inválidos, para efeitos da -Doenças Cardiovasculares Enquadradas sob

É fácil imaginar que durante a vigência da cobertura de que trata este artigo, os Conceito de Cardiopatia Grave Segundo

citada exigência houve um número muito segurados portadores de doença em fase Critérios Médicos Definidos Pela Sociedade

grande de recusas nos pleitos de pagamentos terminal atestada por profissional Brasileira de Cardiologia;

de indenizações associadas à cobertura de legalmente habilitado. -Doenças Neoplásicas Malignas em

Invalidez Permanente e Total por Doença, Atividade, sem prognóstico de cura ou

frustrando assim as expectativas de uma Percebe-se, portanto, que a caracterização controle clínico;

massa de consumidores do produto ora em da cobertura de IFPD se dá através da -Doenças Crônicas de Caráter Progressivo

comento. comprovação da perda da existência com manifestações avançadas em

independente do segurado, ou seja, de sua órgão–alvo, sem prognóstico de cura e/ou

Sensível a tudo isso, a SUSEP, através da autonomia como individuo, de forma controle clínico;

edição da Circular SUSEP nº 302/2005, vedou permanente e total, em conformidade com -Alienação Mental Total e Incurável e/ou

a comercialização de coberturas que a regulamentação vigente, bem como o perda de cognição e/ou perda das funções

condicionassem o pagamento da indenização contrato de seguro pactuado. superiores do encéfalo;

à comprovação da impossibilidade do -Doenças do Aparelho Locomotor de Caráter

segurado de exercer toda e qualquer Importante ressaltar que a IFPD tem relação Degenerativo com total e definitiva restrição

atividade laborativa, conforme se pode única com a funcionalidade do corpo do da autonomia e da capacidade de

verificar da leitura do Art. 9º abaixo transcrito: segurado, ou seja, à condição física daquele deslocamento corporal;

de exercer atividades normais da vida diária -Perda Visual Compatível com Cegueira

“Art. 9º. É vedado o oferecimento de independentemente de qualquer auxílio Legal;

cobertura em que o pagamento da externo, não estando relacionada -Perda Funcional Total e Completa de duas

indenização esteja condicionado à especificamente com qualquer atividade mãos ou de dois pés;

impossibilidade do exercício, pelo segurado, laborativa do segurado. -Perda Funcional Total e Completa de dois

de toda e qualquer atividade laborativa.” membros.

Portanto, para efeitos da IFPD, a perda da A norma também considera o segurado

Além disso, com a mesma Circular, a SUSEP existência independente do segurado portador de doença em fase terminal, desde

apresentou dois novos conceitos para comprova-se pela ocorrência de doença que atestada por profissional legalmente

Invalidez por Doença: Funcional e com quadro clínico incapacitante que gere habilitado, como sendo portador de quadro

Laborativa. comprometimento definitivo de funções clínico incapacitante capaz de caracterizar a

fisiológicas vitais ao funcionamento do ocorrência de IFPD.

A cobertura de Invalidez Funcional organismo humano e que inviabilize, de

Permanente e Total por Doença – IFPD está forma irreversível, o pleno exercício de suas Também podem ser verificados outros

prevista na Seção V, Arts. 17 e 18 da Circular relações autonômicas, obrigando o mesmo quadros clínicos incapacitantes, após

SUSEP n° 302/2005: a conviver com graves prejuízos em seu avaliação médica do segurado, em

Pellon Associados& 5

cosonância com o Instrumento de Avaliação “§ 4º Não podem configurar como Dito equívoco normalmente acontece após a

de Quadro Cl ín ico Incapacitante segurados, para a cobertura de invalidez realização do procedimento médico pericial

desenvolvido pela Fenaseg, também laborativa permanente total por doença, de verificação do grau de invalidez alegada

comumente denominada Tabela de pessoas que não exerçam qualquer pelo segurado durante a demanda. Muito

Avaliação de Invalidez Funcional – IAIF o atividade laborativa, sendo vedado o embora o perito do juízo tenha concluído

qual, normalmente, faz parte das condições oferecimento e a cobrança de prêmio para o pela incapacidade parcial do segurado, fato

gerais da apólice de seguro. À essa tábua se seu custeio, por parte da sociedade que afastaria a cobertura de IFPD, já que a

aplica à análise dos casos não reconhecidos seguradora.” mesma exige para sua caracterização uma

de imediato sob criterização pré-definida. invalidez funcional permanente e total, os

Percebe-se, portanto, que, enquanto a Órgãos Jurisdicionais, equivocadamente, vêm

Já a Invalidez Laborativa Permanente e cobertura de IFPD – Invalidez Funcional condenando as seguradoras ao pagamento

Total por Doença, também está na mesma Permanente e Total por Doença diz respeito do referido percentual a ser aplicado sobre o

Circular 302/2005, Seção IV, Arts. 15 e 16, e, à funcionalidade do corpo, especialmente a limite da importância segurada contratada

segundo a SUSEP, tem como conceito: capacidade do segurado de se auto para a citada cobertura.

cobertura que garante o pagamento de determinar durante as atividades normais

indenização em caso de invalidez para a qual diárias, sem qualquer tipo de auxílio Não menos comum é o fato de a perícia

não se pode esperar recuperação ou externo, a cobertura de ILPD – Invalidez médica apontar uma incapacidade parcial

reabilitação, com os recursos terapêuticos Laboral Permanente e Total por Doença diz para o exercício de determinada atividade

disponíveis no momento de sua respeito, exclusivamente, à invalidez do laborativa, mas o Juízo entender que tal

constatação, para a atividade laborativa segurado para sua atividade laborativa informação seria suficiente para condenar a

principal do segurado. principal, entendendo-se como aquela seguradora a pagar pela cobertura de IFPD,

através da qual o segurado obteve maior muito embora o contrato discutido na

Para melhor compreensão, transcreve-se o renda, em determinado exercício anual, demanda não albergar cobertura mesmo

art. 15. definido nas condições contratuais do para ILPD. Neste caso, entende o Juízo, de

seguro contratado. forma equivocada, que há constatação de

“Art. 15. Garante o pagamento de incapacidade da função que exercia o

indenização em caso de invalidez laborativa Apesar da clara distinção entre os dois tipos segurado, ou seja, confunde funcionalidade

permanente total, conseqüente de doença. de coberturas ora apresentadas e previstas do corpo, que é a condição física do segurado

na Circular SUSEP nº 302/2005, bem como de exercer atividades normais da vida diária

“§ 1º Para todos os efeitos desta norma é da inafastável legalidade de sua independentemente de auxilio de terceiros,

cons iderada inva l idez laborat iva comercialização no mercado de seguros, os com função laboral, que representa a

permanente total por doença aquela para Órgãos prestadores de tutela jurisdicional, atividade laborativa principal do segurado.

a qual não se pode esperar recuperação ou quando instados a se manifestarem em

reabilitação, com os recursos terapêuticos demandas que versam sobre o tema, Por fim, o principal motivo para a

disponíveis no momento de sua costumam a interpretar de forma apresentação do presente texto foi a

constatação, para atividade laborativa equivocada a caracterização da cobertura de necessidade de esclarecimentos sobre a

principal do segurado.” IFPD, bem como a equiparar a cobertura de diferenciação entre as coberturas de IFPD

ILPD como a de IFPD, fato que vem e ILPD trazidas pela Circular SUSEP nº

“§ 2º Atividade laborativa principal é ocasionando a condenação equivocada de 302/2005, para que os operadores do

aquela através da qual o segurado obteve seguradoras demandadas em pagar por direito, ao se depararem com demandas

maior renda, dentro de determinado cobertura não contratada, tendo as mesmas envolvendo tais matérias possam, de

exercício anual definido nas condições que se submeterem a decisão violadora de forma clara, demonstrar as diferenças e

contratuais.” entendimento consignado no art. 757 do limites de cada uma das coberturas

Código Civil: apontadas e, quem sabe, modificar as

“§ 3º Consideram-se também como total e interpretações equivocadas que vêm

permanentemente inválidos, para efeitos “Art. 757. Pelo contrato de seguro, o sendo expedidas por alguns dos Órgãos

da cobertura de que trata este artigo, os segurador se obriga, mediante o pagamento julgadores pátrios quando da prestação

segurados portadores de doença em d e p rê mio, a garantir interesse legítimo do jurisdicional sobre o tema, apesar da

fase terminal atestada por profissional segurado, relativo a pessoa ou coisa, contra citada Circular SUSEP 302/2005 já ter sido

legalmente habilitado. riscos predeterminados”. editada há quase sete anos.

Pellon Associados& 6

CORRETORAS DE SEGUROS E

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O

LUCRO LÍQUIDO (CSLL) – ALÍQUOTA

APLICÁVEL

forma como se interpretava o artigo 17 da

Lei nº 11.727/08, que previu alíquota de

CSLL a 15% para “pessoas jurídicas de

seguros privados”, “de capitalização” e

grande parte das instituições financeiras

Em decisão proferida na Solução de (incisos I a VII, IX e X do § 1º, do art. 1º, da

Divergência nº 4, publicada no Diário Lei Complementar nº 105/01).

Oficial da União (DOU) de 10/0512, a

Coordenação-Geral do Sistema de Muitos entendiam que as corretoras

Tributação (COSIT) manifestou-se pela poderiam estar em pelo menos uma das

aplicação da alíquota de 9% (nove por categorias (pessoas jurídicas de seguros

cento) para fins de apuração e recolhimen- privados e instituições financeiras).

to da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido das corretoras de seguro. Contudo, o arcabouço jurídico aplicável às

atividades das Corretoras de Seguros e

A decisão é importante porque as Resseguros impõe a elas a condição de

Soluções de Divergência são decisões mera intermediária, legalmente autoriza-

administrativas que uniformizam uma da a angariar e promover contratos de

orientação interna da fiscalização da seguros e resseguros entre a seguradora

Receita Federal, sempre que houver ou resseguradora e as pessoas físicas ou

interpretações diferentes entre as regiões jurídicas de Direito Privado.

fiscais para uma mesma matéria/tema.

A própria COSIT já se manifestara em

Nesse sentido, a Solução de Divergência sentido contrário no passado, mediante a

COSIT nº 04/12 vem uniformizar o edição do Parecer Normativo nº 01, de

entendimento da Receita Federal do Brasil 1993:

(RFB) sobre a alíquota de CSLL aplicável às (...)

corretoras de seguro, considerando a 8. O referido art. 1º, caput, do Decreto-lei

existência de soluções divergentes do nº 2.426/88, por seu turno, dispôs:

próprio Fisco quanto à mesma matéria: a Art. 1º A partir do exercício financeiro de

8ª Região Fiscal (São Paulo) manifestara-se 1989, período-base de 1988, o adicional

pela alíquota de CSLL a 9%, enquanto a 1ª de que trata o art. 25. da Lei nº 7.450, de

Região Fiscal (Distrito Federal) entendeu 23 de dezembro de 1985, será de quinze

que o percentual aplicável seria de 15%. A por cento para os bancos comerciais,

divergência de entendimento era fruto da bancos de investimentos, bancos de

Pellon Associados& 7

NotasInformativas

Área Tributária

Nijalma Cyreno OliveiraCoordenador do Setor Tributário de

Pellon & Associados

[email protected]

desenvolvimento, caixas econômicas, resseguradoras, e tão pouco podem ser apólices coletivas de seguros, a pessoa

sociedades de crédito, financiamento e caracterizadas como corretoras de títulos, jurídica que atuar na condição de

investimento, sociedades de créditos valores mobiliários e câmbio, posto que os estipulante deverá considerar como

imobiliário, sociedades corretoras, produtos com os quais lidam são de outra receita tributável a remuneração

distribuidoras de títulos e valores mobiliá- natureza jurídica (seguros e resseguros). proveniente dessa operação.

rios e empresas de arrendamento

mercantil." Mesmo assim, a COSIT vinha insistindo no Contudo, os valores dos prêmios recebi-

9. Confrontando-se o elenco de institui- erro. No final do ano passado (29/11/11), dos dos segurados e posteriormente

ções acima transcrito com a relação que o DOU publicou a Solução de Divergência repassados à seguradora não devem ser

consta do § 1º do art. 22. da Lei nº COSIT nº 26/11, na qual se afirmou que as considerados como receita tributável do

8.212/91, constata-se que nesta foram corretoras de seguros estariam enquadra- estipulante para fins de incidência do IRPJ.

incluídas, além das cooperativas de das no grupo de instituições financeiras e,

crédito, as empresas de seguros privados e p o r ta nto, d eve r i a m re co l h e r a Trata-se de uma decisão de justiça fiscal,

de capitalização, os agentes autônomos de Contribuição para o Financiamento da em consonância com a natureza do fato

seguros privados e de crédito e as Seguridade Social - COFINS - pela alíquota gerador do IRPJ, haja vista tratar-se, no

entidades de previdência privada abertas aplicável a tais instituições (4% conside- caso, de receitas de terceiros que apenas

e fechadas, estas sujeitas à fiscalização da rando o regime cumulativo de apuração). transitam temporariamente pelas contas

Superintendências de Seguros Privados do estipulante.

(SUSEP). Como não poderia deixar de ser, a

10. Quis o legislador, portanto, para fins da insegurança jurídica gerada pelo cenário Ressalve-se, contudo, que a decisão ora

Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), acima descrito levou as corretoras de comentada é válida, apenas, ao contribu-

estender a todas as pessoas jurídicas cuja seguro a buscar guarida junto ao Poder inte que formulou o processo de consulta.

constituição, organização, funcionamento Judiciário, visando proteção contra as Ademais, trata-se da interpretação de

e operações são fiscalizadas pela SUSEP, o pretensões arrecadatórias infundadas do uma das Regiões Fiscais (6ª), com

mesmo tratamento conferido às institui- Fisco Federal. jurisdição no Estado de Minas Gerais.

ções financeiras. Assim, tanto as empresas

seguradoras como as sociedades correto- Espera-se que a Solução de Divergência

ras de seguros, na qualidade de agente COSIT nº 4/12 represente importante

autônomos de seguros privados (Lei nº precedente para o início da pacificação do

4.594/64, art. 1º; Decreto nº 56.903/65, tema com a adoção definitiva da interpre-

art. 1º ; Decreto-lei nº 73/66, art. 122. e tação jurídica adequada: aplicação da

Decreto nº 60.459/67, art. 100.), recebem alíquota de 9% a título de CSLL das Em 26/03/12, o Ministério da Fazenda fez

esse tratamento. (...) corretoras de seguro. publicar no DOU, a Portaria nº 75/12, pela

13. Assim, as sociedades corretoras de qual estabeleceu novos limites para

seguros, independentemente da forma, inscrição de débitos fiscais na Dívida Ativa

como apurem seus resultados para fins de da União Federal.

imposto de renda (lucro real, presumido

ou arbitrado), estão sujeitas às alíquotas Conforme a citada Portaria, os débitos

acima discriminadas, aplicáveis às bases Outra boa notícia ao mercador de seguros inscritos em dívida ativa da União Federal

de cálculo estabelecidas nos atos legais veio com a publicação da Solução de deverão ser cancelados sempre que o

pertinentes. (...)” Consulta nº 44, profer ida pela valor consolidado for igual ou inferior a R$

Superintendência Regional da Receita 100,00 (cem reais).

(Destacamos) Federal do Brasil da 6ª Região Fiscal –

SRRF 6º RF - publicada no DOU de Entende-se por valor consolidado, o

Contudo, tal interpretação encontra-se 09/05/12. montante resultante da atualização do

equivocada. As sociedades corretoras de respectivo débito originário, somado aos

seguros e de resseguros não se confun- De acordo com o entendimento exarado encargos e acréscimos legais, vencidos

dem com as companhias seguradoras ou pelo Fisco na citada decisão, ao contratar até a data da apuração do valor.

DÉBITOS FISCAIS - INSCRIÇÃO EM

DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO FEDERAL E

EXECUÇÕES FISCAIS FEDERAIS –

NOVOS LIMITES

APÓLICES COLETIVAS DE SEGUROS E

IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA

JURÍDICA – IRPJ – DO ESTIPULANTE

Pellon Associados& 8

Igualmente, deverão ser cancelados os Para tanto, os contribuintes executados é

saldos de parcelamentos concedidos no que devem informar ao Juízo competente

âmbito da Procuradoria Geral da Fazenda da Execução Fiscal sobre a edição da

Nacional – PGFN – e da RFB, cujos valores Portaria, requerendo a suspensão do

não sejam superiores ao valor mínimo de feito a que tem direito.

recolhimento por meio do Documento de

Arrecadação de Receitas Federais – DARF

(R$ 10,00).

“Iniciou-se em abril de 2012 a arrecada-

Outro dispositivo da Portaria determina ção com o Darf Numerado. Trata-se de

que a PGFN não proceda à inscrição na Darf emitido por sistema (não havendo

dívida ativa quando o débito de um possibilidade de preenchimento manual

mesmo contribuinte tenha valor consoli- do documento de arrecadação), com

dado igual ou inferior a R$ 1.000,00. código de barras no padrão Febraban e

numerado sequencialmente pelo

No que tange ao limite para ajuizamento Sistema Senda. Esta forma de pagamento

de execuções fiscais, a Portaria ora é semelhante à forma utilizada para o

comentada aumentou de R$ 10.000,00 documento de arrecadação do Simples

para R$ 20.000,00. Nacional (DAS).

Assim, débitos inferiores a R$ 20.000,00 Atualmente apenas as receitas sob a

não devem ser cobrados pela via do administração da Secretar ia de

executivo fiscal, mas ficam em aberto até Patrimônio da União (SPU) estão sendo

que se atinja o prazo prescricional (5 anos arrecadadas no Darf Numerado. Em

de acordo com o CTN). Dentro desse breve outros pagamentos também

prazo, caso a dívida do contribuinte venha começarão a ser arrecadados nesta nova

a ultrapassar o limite de R$ 20 mil, a PGFN sistemática de pagamento.

poderá distribuir a competente execução

fiscal. O Darf Numerado, da mesma forma que o

DAS, só poderá ser visualizado no Sistema

Cumpre alertar que, enquanto não Sief Documentos de Arrecadação, não

prescrito, e apesar de não suscitar sendo possível, portanto, a realização de

cobrança judicial, o débito continuará consulta a este tipo de pagamento no

constando no conta corrente fiscal da Sistema Sinal.

empresa como fator impeditivo à

emissão da certidão negativa de débitos Não é possível a realização de retificação

federais (CND), permitindo, inclusive, a do Darf Numerado, tendo em vista que os

inscrição da empresa no Cadastro de dados constantes da base de pagamentos

Inadimplentes do Governo Federal - são gravados pelo sistema emissor do

CADIN. documento, devendo o contribuinte se

informar no órgão emitente acerca de

Interessante verificar que a Portaria possível erro no preenchimento do

determinou a suspensão imediata das d o c u m e n t o . ” F o n t e : N o t í c i a s

execuções fiscais hoje em curso que Comunidade do Simples Nacional

tenham por objeto a cobrança de valor

consolidado dentro desse l imite

(R$ 20 mil).

DARF - REFORMULAÇÃO

Pellon Associados& 9

NotasInformativas

José Paulo Sócio da área Trabalhista de

Pellon & Associados

[email protected]

Pellon Associados& 10

NOTA 1

A nova regulamentação, instituída com a

portaria 1.510/09 pelo Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE), determina que

as empresas que já utilizam o ponto O novo sistema, denominado como

eletrônico troquem os equipamentos Sistema de Registro Eletrônico do Ponto -

atuais por outros, homologados pelo SREP traz as seguintes exigências pelos

ministério. Equipados com entrada USB, os equipamentos de registro eletrônico:

novos equipamentos permitirão que fiscais · Mostrador do relógio de tempo

do MTE baixem os dados diretamente das real contendo hora, minutos e

máquinas Além da entrada USB, o segundos;

equipamento deve possuir um software · Obriga o mecanismo impressor,

específico e permitir a impressão de quatro integrado e de uso exclusivo do

comprovantes diários-relativos à entrada e equipamento, que permita a

saída dos funcionários no começo e no fim emissão de comprovante de cada

da jornada de trabalhos e na saída e volta marcação efetuada;

do horário de almoço. · Armazenamento permanente

onde os dados armazenados não

p o s s a m s e r a p a ga d o s o u

Sistema de Registro de Ponto Eletrônico - a l t e r a d o s , d i r e t a o u

SRPE) indiretamente;

· Porta padrão USB externa

(denominada Porta Fiscal), para

pronta captura dos dados

armazenados na memória pelo

Auditor-Fiscal do Trabalho;

· Estabelece os formatos de

relatórios e arquivos digitais de

registros de ponto que o

empregador deverá manter e

apresentar à fiscalização do

trabalho;

O novo sistema ainda proíbe qualquer ação

que desvirtue os fins legais, tais como:

.

vigor para as empresas que exploram

atividade agroeconômica. A partir de 3 de

setembro, valerá para as microempresas e

empresas de pequeno porte.

As novas regras do ponto eletrônico

(

passaram a valer a partir 2/4 para

alguns setores da economia. Além do setor

industrial, o comércio, o setor de serviços,

de transportes, construção, comunicações,

energia, saúde, de educação e financeiro

estão entre os que devem começar a

adotar o novo sistema. De acordo com as

novas regras , será impresso um

comprovante para o trabalhador para que

o relógio de ponto seja inviolável. As

mudanças já deveriam ter sido adotadas,

mas foram adiadas cinco vezes. Conforme

o Ministério do Trabalho, o motivo foi

dificuldades técnicas de algumas áreas. Em

1º de junho, a obrigatoriedade entra em

Área Trabalhista

novo ponto eletrônico

· Restrições de horário à marcação proporcionalidade do Aviso Prévio, através 5 - A projeção do aviso prévio integra o

d o p o n t o p o r p a r t e d o da Circular 10/2011. O entendimento tempo de serviço

empregador; contido nesta circular foi re-ratificado pelo 6- Recaindo o aviso prévio nos trinta dias

· Marcação automática do ponto M T E a t r a v é s d a n o t a t é c n i c a que antecedem a data base tem o

( i n t e r v a l o i n t r a j o r n a d a ) , CGRT/SRT/MTE no. 184/2012. empregado demitido direito a indenização.

u t i l i z a n d o - s e h o r á r i o s 7 – Devem ser respeitadas as cláusulas

predeterminados ou o horário A retificação de entendimento, é inerente previstas em normas coletivas (acordos,

contratual; ao acréscimo de 3 (três) dias por ano de convenções) desde que não conflitem com

· Exigência, por parte do sistema, serviço prestado ao mesmo empregador, a legislação (Lei nº 12.506/2011).

de autorização prévia para que computar-se-á a partir do momento

marcação de sobrejornada; e em que a relação contratual supere um ano

· E x i s t ê n c i a d e q u a l q u e r na mesma empresa; o entendimento

dispositivo que permita a anterior era de que o acréscimo de 3 dias

alteração dos dados registrados seria devido a partir do momento em que a O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho

pelo empregado. relação contratual com o mesmo aprovou nesta segunda-feira (16/4)

empregador completasse 2 anos. De alterações em súmulas e orientações

De acordo com a Portaria MTE 373/2011 os acordo com o novo entendimento do MTE, jurisprudenciais e o cancelamento da

empregadores poderão adotar sistemas a contagem do acréscimo de 3 dias ao aviso Súmula nº 207. Foram alteradas a Súmula

alternativos de controle da jornada de prévio, será da seguinte forma: 221 e a Súmula 368.

trabalho, desde que autorizados por

Convenção ou Acordo Coletivo de As alterações ocorreram também nas

Trabalho.Os sistemas alternativos Orientações Jurisprudenciais 115, 257 e

eletrônicos não devem admitir: 235 da Subseção 1 Especializada em

Dissídios Individuais (SDI-1), e na

·Restrições à marcação do ponto; Orientação Jurisprudencial Transitória n°

·Marcação automática do ponto; 42.Veja abaixo a nova redação das súmulas

·Exigência de autorização prévia e OJs alteradas:

para marcação de sobrejornada;

e

·A alteração ou eliminação dos

d a d o s r e g i s t r a d o s p e l o

empregado. (alterada em decorrência do inciso II do art.

894 da CLT, incluído pela Lei nº

Para fins de fiscalização, os sistemas 11.496/2007).

alternativos eletrônicos deverão:

·Estar disponíveis no local de I - A admissibilidade do recurso de revista

trabalho; por violação tem como pressuposto a

·Permitir a identificação de Os principais pontos abordados pela Nota indicação expressa do dispositivo de lei ou

empregador e empregado; e Técnica 184: da Constituição tido como violado. (ex-OJ

·Possibilitar, através da central de 1- A lei não poderá retroagir para alcançar nº 94 da SBDI-1 - inserida em 30.05.1997).

dados, a extração eletrônica e situação anterior

impressa do registro fiel das 2 – A proporcionalidade aplica-se II - Interpretação razoável de preceito de

marcações realizadas pelo exclusivamente em favor do empregado lei, ainda que não seja a melhor, não dá

empregado. 3 – O acréscimo computa-se a partir do e n s e j o à a d m i s s i b i l i d a d e o u a o

momento que o empregado completa um conhecimento de recurso de revista com

ano de empresa base na alínea "c" do art. 896, da CLT.

4 - A jornada reduzida (duas horas por dia)

“O Ministério do Trabalho e Emprego se ou a faculdade de ausência no trabalho A violação há de estar ligada à literalidade

manifestou acerca das lacunas trazidas (sete dias) prevista no artigo 488 da CLT não do preceito. (ex-Súmula nº 221 – alterada

pela Lei 12.506/2011, que trata sobre a foram alteradas pela nova legislação pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).

NOTA 2

PLENO DO TST ALTERA E CANCELA

SÚMULAS E Ojs

SÚMULA Nº 221 - RECURSO DE REVISTA.

VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE

PRECEITO. INTERPRETAÇÃO RAZOÁVEL.

Tempo Trabalhado

Dias de Aviso

Até 1 ano

30

Até 2 anos

33

Até 3 anos

36

Até 4 anos

39

Até 5 anos

42

Até 6 anos

45

Até 7 anos

48

Até 8 anos

51

Até 9 anos

54

Até 10 anos

57

Até 11 anos

60

Até 12 anos

63

Até 13 anos

66

Até 14 anos

69

Até 15 anos

72

Até 16 anos

75

Até 17 anos

78

Até 18 anos 81

Até 19 anos 84

Até 20 anos

87

A partir de 20 anos

90

Pellon Associados& 11

Pellon Associados& 12

S Ú M U L A N º 3 6 8 - D E S C O N TO S SÚMULA Nº 207 (cancelada) - CONFLITOS

P R E V I D E N C I Á R I O S E F I S C A I S . DE LEIS TRABALHISTAS NO ESPAÇO.

COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PRINCÍPIO DA "LEX LOCI EXECUTIONIS".

PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO

OJ Nº 257 DA SBDI-I - RECURSO DE

REVISTA. FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO

D E L E I . V O C Á B U L O V I O L A Ç Ã O .

D E S N E C E S S I D A D E

OJ TRANSITÓRIA Nº 42 DA SBDI-I -

PETROBRAS. PENSÃO POR MORTE DO

EMPREGADO ASSEGURADA NO MANUAL

DE PESSOAL. ESTABILIDADE DECENAL.

OPÇÃO PELO REGIME DO FGTS

OJ Nº 235 DA SBDI-I - HORAS EXTRAS.

SALÁRIO POR PRODUÇÃO.

OJ Nº 115 DA SBDI-I - RECURSO DE

REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE

PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.

indicação de violação do art. 832 da CLT, do

art. 458 do CPC ou do art. 93, IX, da

CF/1988. A

relação jurídica trabalhista é regida pelas

(redação do item II alterada na sessão do leis vigentes no país da prestação de

Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) serviço e não por aquelas do local da

contratação.(Fonte: TST)

I - A Justiça do Trabalho é competente para ( a l t e r a d a e m

d e t e r m i n a r o r e c o l h i m e n t o d a s decorrência do inciso II do art. 894 da CLT,

contribuições fiscais. A competência da incluído pela Lei nº 11.496/2007). A

Justiça do Trabalho, quanto à execução das invocação expressa no recurso de revista Recordamos que está em vigor, desde 26 de

contribuições previdenciárias, limita-se às dos preceitos legais ou constitucionais Dezembro de 2011, a Portaria nº 2685 do

sentenças condenatórias em pecúnia que tidos como violados não significa exigir da Ministério do Trabalho e Emprego, que

proferir e aos valores, objeto de acordo parte a utilização das expressões altera a Portaria nº 1.621, de 14 de julho de

homologado, que integrem o salário-de- "contrariar", "ferir", "violar", etc. 2010 e que aprova os novos modelos de

contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho

inserida em 27.11.1998). - TRCT.

II. É do empregador a responsabilidade Além disso, a Portaria estabelece a criação

pelo recolhimento das contribuições de dois novos formulários:

previdenciárias e fiscais, resultante de (inserido

crédito do empregado oriundo de item II à redação) a) Termo de Homologação de Rescisão do

condenação judicial, devendo ser I - Tendo o empregado adquirido a Contrato de Trabalho - THRCT, para

calculadas, em relação à incidência dos estabilidade decenal, antes de optar pelo contratos super iores a um ano;

descontos fiscais, mês a mês, nos termos regime do FGTS, não há como negar-se o b) Termo de Quitação de Rescisão do

do art. 12-A da Lei n.º 7.713, de direito à pensão, eis que preenchido o Contrato de Trabalho - TQRCT, para

22/12/1988, com a redação dada pela Lei requisito exigido pelo Manual de Pessoal. contratos inferiores a um ano.

nº 12.350/2010.III. Em se tratando de (ex-OJ nº 166 da SDI-1 - inserida em

descontos previdenciários, o critério de 26.03.1999) Assim, para a realização do saque do FGTS

apuração encontra-se disciplinado no art. II - O benefício previsto no manual de na Caixa Econômica Federal, não será mais

276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que pessoal da Petrobras, referente ao necessária a apresentação do TRCT,

regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e pagamento de pensão e auxílio-funeral aos bastando a apresentação dos Termos de

determina que a contribuição do dependentes do empregado que vier a Homologação ou Quitação com o campo

empregado, no caso de ações trabalhistas, falecer no curso do contrato de trabalho, Informações à CAIXA preenchido com o

seja calculada mês a mês, aplicando-se as não se estende à hipótese em que dado relativo a chave gerada quando da

alíquotas previstas no art. 198, observado o sobrevém o óbito do trabalhador quando movimentação do trabalhador, o que

limite máximo do salário de contribuição. já extinto o contrato de trabalho. resulta em maior agilidade de atendimento

(ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, nas agências da CAIXA.

respectivamente, em 14.03.1994 e

20.06.2001). (redação

alterada na sessão do Tribunal Pleno

realizada em 16.04.2012).

(alterada em O empregado que recebe salário por

decorrência do inciso II do art. 894 da CLT, produção e trabalha em sobrejornada tem

incluído pela Lei nº 11.496/2007). direito à percepção apenas do adicional de

horas extras, exceto no caso do empregado

O conhecimento do recurso de revista, cortador de cana, a quem é devido o

quanto à preliminar de nulidade por pagamento das horas extras e do adicional

negativa de prestação jurisdicional, supõe respectivo.

NOVO TRCT (PORTARIA Nº 2685/2011)

Fique atento, pois os Novos TRCT e os

Termos de Quitação e Homologação

passam a ser obrigatórios a partir de

01/08/2012 e não serão mais aceitos os

modelos antigos

Clipping

Últimas Notícias

Pellon Associados& 13

SUSEP CRIA SUBCOMISSÃO DE

RESSEGURO

Portaria SUSEP nº 4.672, de 19 de

junho de 2012

O S U P E R I N T E N D E N T E D A

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS

PRIVADOS – SUSEP, no uso das

atribuições que lhe confere o inciso

VI do art. 68 do Regimento Interno

de que trata a Resolução CNSP no-

229, de 27 de dezembro de 2010,

resolve:

Art. 1o- Constituir a Subcomissão

de Resseguros, vinculada à

Comissão constituída pela Portaria

Susep no- 4.225, de 5 de outubro

de 2011, com a finalidade de

estudar e propor alterações norma-

tivas relativas ao mercado de

resseguro.

Art. 2o- Designar, para sua composi-

ção, os servidores da Susep:

NELSON VIC TOR LE COCQ

D'OLIVEIRA (Diretor da Diretoria de

Autorizações), GUSTAVO ADOLFO

ARAÚJO CALDAS, matrícula Siape

no- 1818365 e GABRIEL ALMEIDA

CALDAS, matrícula Siape no-

1740733; e CRISTIANE FRANÇA

ALVES, EDSON WIGGERS e BRUNO

PINHEIRO DANTAS MOTTA, repre-

sentantes do mercado supervisio-

nado, ficando a coordenação dos

trabalhos a cargo do primeiro.

Art. 3o- Esta Portaria entra em vigor

na data de sua publicação. Luciano

Portal Santanna. Fonte: Susep

SEGURO AJUDA A MINIMIZAR OS

IMPACTOS FINANCEIROS NAS

EMPRESAS NA OCORRÊNCIA DE

DESASTRE AMBIENTAL

Ao contratar o seguro ambiental, as

empresas passam a ter um mecanismo

imediato para disponibilidade de valores

destinados a resolver questões que vão,

por exemplo, recompor a empresa em

Corporações começam a despertar para a caso de um acidente, além de ajudar a

necessidade de evitar gastos futuros e comunidade do entorno, dar uma

assegurar a viabilidade do empreendi- satisfação a ela e ressarcir as perdas. O

mento. seguro abrange poluição por meio do

descarte, dispersão, liberação ou o escape

O mercado segurador desponta com de qualquer elemento irritante, poluente

coberturas capazes de minimizar os ou contaminador, sólido, líquido, gasoso

impactos financeiros de um desastre ou térmico, mas não limitado a fumaça,

ambiental. Forçadas a adotar uma vapores, fuligem, exalações, produtos

postura mais responsável em suas ações, químicos ácidos, alcalinos, tóxicos,

empresários de diversos setores têm se resíduos hospitalares e materiais de

conscientizado cada vez mais quanto à refugos, dentro ou sobre o solo ou

necessidade de adquirir esse tipo de alguma estrutura sobre este, na atmos-

produto, a fim de evitar gastos futuros e fera ou em qualquer curso d’água ou em

assegurar a viabilidade de seus empreen- outros elementos aquáticos, inclusive

dimentos. Com a evolução desse setor, lençóis freáticos, entre outros, desde que

diferente do que ocorria há alguns anos, essas condições não estejam natural-

hoje é possível contratar um seguro mente presentes no meio ambiente, nas

ambiental com cobertura mais ampla. quantidades ou concentrações descober-

tas.

Em workshop promovido na última terça-

feira (26/06) pela Solutions Gestão de Abrange ainda custo de defesa que

Seguros em parceria com a Moura significa todos os emolumentos, honorá-

Tavares Figueiredo Moreira e Campos rios advocatícios, custos e despesas

Advogados, o tema foi debatido por necessárias incorridas, sendo que ditos

representantes do setor e mais de 100 custos decorrerão exclusivamente de

profissionais de empresas de vários investigações, acordos, defesas ou

setores, principalmente os que estão mais recursos relacionados a uma reclamação

sujeitos a riscos ambientais: indústrias de de terceiros. É possível também estender

alimentos, petroquímicas, mineradoras, cobertura para custos de restauração, que

geradoras de energia, construtoras, significam custos razoáveis e necessários

empresas de tratamento de resíduos, incorridos para consertar, substituir ou

entre outros. restaurar bens imóveis ou móveis.

Segundo Sérgio Frade, diretor-presidente “O desafio da sustentabilidade representa

da Solutions, embora complexo, o uma oportunidade excepcional para se

assunto exige atenção especial, pois o mudar um modelo econômico que ainda

poluidor é obrigado, independentemente precisa incluir plenamente as preocupa-

de existência de culpa, a reparar os danos ções com o desenvolvimento social e a

causados ao meio ambiente e a terceiros proteção ambiental”, assinala Frade. Fonte:

efetuados por sua atividade. “A satisfação SEGS / Elisângela Orlando

à sociedade de um modo geral e aos seus

investidores é imperativa”, afirma.

Pellon Associados& 14

ao mercado. “Porque reduz os riscos da

obra, tem benefício nas taxas de financia-

mento, facilita as vendas, o que diminui o

custo de lançamento e de comercializa-

ção, além de ser uma garantia enorme

para o mutuário”, ressaltou.

O presidente da Cbic afirmou que o

seguro poderá ser aplicado também para

os imóveis do Programa Minha Casa,

Minha Vida, “com algumas modificações,

porque o programa é coletivo e abrange a

construção de muitas unidades”.

A Câmara está pensando em adequar o

Um seguro que permitirá ao comprador a produto nacional ao que já ocorre em

garantia de entrega do imóvel adquirido outros países, onde o consumidor tem

antes e ou durante a construção será garantia de segurança após a entrega das

lançado hoje no Palácio das Artes, em obras por um período de dez anos em

Belo Horizonte, pela Câmara Brasileira da relação à qualidade do imóvel adquirido.

Indústria da Construção (Cbic). “Isso ainda não incorporamos ao

processo, mas já estamos estudando

O Seguro Garantia de Entrega de Obra foi para, proximamente, fazer a adequação

desenvolvido, durante quatro anos, em desse benefício. É um produto de

parceria com uma seguradora e uma vanguarda, que existe no mundo inteiro,

resseguradora francesas. “Ele dá a mas ainda permanece inédito no

garantia ao consumidor de que vai Brasil.”Fonte: Brasil Econômico

receber a unidade que comprou pelo

preço e nas especificações assinados no

contrato inicial”, disse o presidente da

Cbic, Paulo Simão.

Simão avaliou que o novo instrumento

dará segurança e tranquilidade também

SUSEP VAI MUDAR CRITÉRIOS DE

CÁLCULO DE RETENÇÃO DE RISCO

Seguradoras e resseguradoras locais terão

que seguir novos critérios para calcular os

chamados limites de retenção (ou

técnico), que é o valor máximo de

responsabilidade que elas podem reter

em cada risco isolado. Para isso, a

Superintendência de Seguros Privados

(Susep) refez a regulamentação e a

colocou em audiência pública em seu

portal. A data limite para o envio de

sugestões é 17 de julho.

Nas regras propostas pela autarquia, a

base de cálculo passará a ser determinada

pelo patrimônio líquido ajustado da

seguradora e da resseguradora local, ante

a regra em vigor que estabelece o ativo

líquido como parâmetro. Além disso, a

Susep deixará de estabelecer limites de

cálculo, hoje com piso de 0,3% e teto de

3% do ativo líquido, como também

desaparecerá o mínimo de 0,075% fixado

para ramos de seguros em início de

operações.

Aprovadas as regras em consulta pública,

seguradoras e resseguradoras locais não

precisarão submeter à aprovação da

Susep limites de retenção inferiores a 3%

do patrimônio líquido ajustado. Apro-

vação prévia será obrigatória só acima

desse valor. Independentemente do valor,

as empresas supervisionadas terão que

informar mensalmente à Susep os limites

praticados em cada ramo de seguro. A

regra em vigor exige comunicados

trimestrais.

Suspensão de negócios - Outra novidade é

que seguradoras e resseguradores locais

não poderão fixar limites de retenção caso

registrem prejuízo superior à soma do

capital realizado mais reservas. Com a

determinação, elas ficarão proibidas de

aceitar riscos no ramo ou grupo de ramos

Pellon Associados& 15

Setor da construção

lança seguro que

garante entrega

do imóvel

de seguros em que não obtiverem valor constituir ouvidorias proporcionará uma dimensão. Atualmente, entre as grandes

positivo para seu limite de retenção. comunicação direta, fácil e ágil das empresas brasileiras do setor de minera-

operadoras de planos de saúde com os ção, petróleo e construção estão em países

Os limites de retenção deverão ser beneficiários”. africanos, estão a Vale, Petrobras e

calculados, obrigatoriamente, por ramo e Odebrecht . “A questão que se coloca aqui

grupo de ramos, nos meses de fevereiro, A próxima Câmara Técnica será em julho é: além destas empresas, porque outras

como base no patrimônio líquido de 2012. Neste segundo encontro, o texto também não podem participar?”, ressaltou

ajustado de dezembro do ano anterior, e será finalizado, sendo em seguida Costa. Ele cita empresas como Eletrobras,

agosto, considerando o patrimônio avaliado pela Procuradoria da ANS, Cemig, CPFL, Oi entre outras que teriam

líquido ajustado de junho do mesmo ano. submetido à consulta pública e, posterior- condições de participar nos investimentos

Será facultado o cálculo de novos limites mente, votado pela Diretoria Colegiada da necessários em infraestrutura nestes

nos demais meses de cada ano. Agência. “Pretendemos que esta reso- países. Fonte: Reuters

lução seja publicada ainda em 2012”,

Com as novas regras, a Susep quer afirma Stael. Fonte: Fenaseg

revogar uma circular e quatro resoluções,

entre as quais a 71, de dezembro de

2001, que ainda dá poder ao IRB Brasil Re

de instruir a aceitação de riscos de Para quem pensa em estratégias de longo

seguradora que mantenha vínculo com A demanda por projetos de infraestrutura prazo do mercado segurador, vale

sociedades congêneres. Por tal regra, essa em países africanos representa oportuni- consultar o novo relatório feito pela

seguradora só obtém cobertura automá- dades de investimentos de entre 185 KPMG internacional, chamado “Segura-

tica de resseguro de excedente de bilhões a 200 bilhões de dólares, nos quais doras Inteligentes: criando valor de

responsabilidade se, da apólice, houver a o Brasil pode ter posição privilegiada em oportunidades em um mundo em

participação em cosseguro de todas as função da língua em comum, aponta constante mudança”. No estudo, o meio

seguradoras a ela vinculadas que operem estudo da consultoria Roland Berger. ambiente, o crescimento demográfico, a

no mesmo ramo, cada qual com cota não tecnologia e os valores ético-sociais são

inferior à respectiva capacidade de O estudo mostra que os mercados apontados como as quatro megatendên-

retenção. Fonte: Jornal do Commercio RJ emergentes, incluindo as nações africanas, cias que vão ter um grande impacto sobre

| Seguros | RJ demandam pouco mais de 850 bilhões de as seguradoras e suas estratégias até

dólares em investimentos para o forneci- 2020. Para relatório, a expectativa é que

mento de energia elétrica, abastecimento tais fatores irão transformar a indústria na

de água e saneamento, transporte, próxima década enquanto as seguradoras

telecomunicações e irrigação. procuram oportunidades de crescimento

em meio a crises financeiras globais e

“Existe oportunidade para as empresas que significativas mudanças regulatórias.

Um encontro ocorrido esta semana já estão presentes (na África) alargarem

acelerou os passos para a criação suas presenças, há oportunidades para De acordo com o estudo, foram apon-

obrigatória de ouvidorias pelas opera- novas empresas em áreas como telecomu- tados fatores que vão influenciar o setor,

doras de saúde suplementar. Na reunião nicações, energia, saneamento entre nos próximos anos, como o aumento da

desta terça-feira, a Câmara Técnica sobre outros”, disse Jorge Pereira da Costa, sócio expectativa de vida da população mundial

a Obrigatoriedade de Ouvidorias na e especialista em transporte e logística da e o crescimento vertiginoso do uso de

Saúde Suplementar avaliou as propostas consultoria. mídias sociais gerando uma interconecti-

para definir regras para a criação das vidade global entre as seguradoras. Essas

ouvidorias. O diretor-presidente da ANS, Ele acrescentou ainda que existe a mudanças poderão criar uma série de

Mauricio Ceschin, afirmou que é priori- possibilidade de os grandes grupos oportunidades para o segmento, mas

dade da Agência é incentivar o acesso dos brasileiros que já atuam no continente também ameaças. “ As grandes empresas

consumidores às informações sobre o africano criarem condições para a entrada do setor precisam estar preparadas para

plano contratado. “A obrigatoriedade de de empresas parceiras e de menor enfrentar esses novos desafios que irão

KPMG LISTA FATORES QUE VÃO

IMPACTAR SETOR DE SEGUROS ATÉ

INFRAESTRUTURA NA ÁFRICA TRAZ 2020

CHANCE BILIONÁRIA AO BRASIL

ANS APRESSA TRÂMITES PARA

CRIAÇÃO DE OUVIDORIA OBRIGATÓRIA

POR OPERADORA DE SAÚDE

Pellon Associados& 16

moldar a indústria global de seguros e cidadãos brasileiros”, aponta o presidente

que afetarão o segmento também, no dos Correios, Wagner Pinheiro de

Brasil, onde não vai ser diferente”, Oliveira. De acordo com o diretor-

afirmou Carlos Munhoz, sócio da área de presidente da seguradora Líder DPVAT,

Seguros da KPMG no Brasil, por meio de Ricardo Xavier, o acesso da população ao

nota. “Se quiserem permanecer no seguro será ampliado. “O procedimento

mercado, criar vantagem competitiva e para o recebimento do seguro DPVAT

liderar a indústria, as seguradoras terão pelas vítimas de trânsito é simples e

que fazer os ajustes necessários para dispensa o auxílio de terceiros. Por meio

efetivamente preparar e se adaptar a dessa parceria, as pessoas terão mais um

essas tendências como conhecer as canal oficial. Temos certeza de que essa

necessidades dos clientes, satisfazer as iniciativa ajudará a milhares de famílias,

partes interessadas e criar valor para os que terão ainda mais facilidade em

investidores. Se souberem enfrentar esses receber o seguro em um momento de

desafios agora, elas terão grande dificuldade, após um acidente de

expectativa de sucesso no futuro", trânsito”, afirma Xavier.

completou o sócio. Fonte: F e n a s e g

O prazo para o pedido da indenização é

de até três anos, a contar da data do

acidente. Mais informações podem ser

A partir desta semana, as vítimas de obtidas pelo telefone 0800 022 12 04 ou

acidentes de trânsito dos Estados da pelo site www.dpvatsegurodotransito.-

Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato com.br.[2]

Grosso e Mato Grosso do Sul poderão

solicitar o seguro DPVAT, gratuitamente, Para quem ainda tem dúvidas sobre o

nas agências dos Correios. Os novos locais seguro DPVAT, o site Tudo Sobre Seguros

se somarão aos mais de 2 mil pontos de traz todas as informações sobre quem

atendimento oficiais distribuídos pelo tem direito à indenização e como solicitá-

Brasil. Desde 2011, as agências dos la. É possível consultar o especialista de

Correios do Ceará, Maranhão e Piauí plantão no endereço www.tudosobrese-

também realizam este serviço de guros.org.br.Fonte: Escola Nacional de

atendimento. Seguros

O seguro DPVAT pode ser acionado por

vítimas de acidentes de trânsito resul-

tantes em invalidez permanente, morte e

para reembolso de despesas médicas e

hospitalares. Toda pessoa que sofrer um

acidente em território nacional, seja

pedestre, motorista ou passageiro, tem

direito ao seguro, basta procurar uma

seguradora conveniada ou, a partir de

agora, uma agência dos Correios em um

dos Estados participantes.

“A parceria vem ao encontro do objetivo

dos Correios de consolidar suas agências

como pontos de acesso a serviços para os

NOVIDADES NO SEGURO DPVAT

Pellon Associados& 17

Pellon Associados& 18

APLICAÇÕES FINANCEIRAS, E NÃO

APÓLICES, DÃO LUCRO A

SEGURADORAS

teve. A Porto Seguro, por exemplo, mico e contratação de mais seguros por

registrou lucro líquido de R$ 147 parte da população. "A seguradora

milhões no trimestre do ano, queda de ganha através do volume de negócios

4% frente ao mesmo período do ano gerado", avalia.

passado. O índice combinado foi de

100,6% no período, o que significa que Os analistas do Goldman Sachs, por sua

Resultado da Porto Seguro e SulAmérica as despesas operacionais corroeram vez, dizem que, com a queda da Selic, as

no primeiro trimestre vem de rendi- todas as receitas com venda de seguros. ações das seguradoras vão sofrer em

mentos das reservas técnicas, motivo de Ao final do ano passado, este indicador bolsa. "No entanto, nós vemos um

preocupação para analistas em um estava em 98,2% - caracterizase lucro potencial de recuperação na rentabili-

cenário de queda da taxa Selic; ações operacional em uma seguradora quando dade quando os preços começarem a

devem sentir impacto este índice é menor que 100%. recuperar completamente, provavel-

mente em 2013", ponderam em

As seguradoras ainda estão baseando "O principal motivo foi o aumento da relatório.

seus resultados na aplicação de recursos sinistralidade do produto automóvel,

da reserva técnica, diante do prejuízo que concentra dois terços do nosso Picanço, da Porto Seguro, diz que uma

que têm tido com a operação de venda negócio", pondera Marcelo Picanço, das estratégias para recuperação dos

de apólices, em meio a um cenário de diretor financeiro e de relações com resultados operacionais tem sido

maior competitividade e maior inci- investidores da Porto Seguro. O lucro justamente a alta de preços, além de

dência de eventos para pagamento de líquido registrado vem do resultado ganhos de eficiência. "Estamos otimistas

indenizações. financeiro de R$ 261 milhões no que as coisas melhorem até o final do

primeiro trimestre do ano, alta de 26% ano."

O desempenho é visto com preocupação frente ao mesmo período de 2011.

pelo mercado, uma vez que grande Melhora de eficiência operacional

parte dos investimentos das seguradoras A SulAmérica, por sua vez, teve lucro também tem sido a tônica do Bradesco

está alocada em ativos relacionados ao líquido de R$ 112,8 milhões no primeiro Seguros. A seguradora teve lucro líquido

juro básico, em queda desde agosto do trimestre, alta de 10,6% na comparação de R$ 905 milhões no primeiro trimes-

ano passado. com o mesmo período de 2011. O índice tre, alta de 18,9% frente ao ano anterior.

combinado da seguradora foi de 101% Neste caso, o índice combinado foi de

Em cinco reuniões consecutivas, a taxa no primeiro trimestre. A carteira de 85,7%.

Selic caiu de 12,50% ao ano para os investimentos, no entanto, gerou

atuais 9%, com sinais emitidos pelo resultados de R$ 158 milhões, alta de «Estamos focando em eficiência

Banco Central de que o patamar 3% frente ao mesmo período de 2011. administrativa, revisão de processos,

histórico de 8,75% pode ser batido já no automatização e redução de fluxos

primeiro semestre deste ano, o que "Preocupa o ritmo lento de recuperação operacionais", diz o diretor Haydewaldo

tende a reduzir aindamais o retorno das margens operacionais, que não Chamberlain, que afirmou que a ordem

obtido com a aplicação das reservas estão suscetíveis a compensar os ventos geral no Bradesco é evitar desperdícios,

técnicas. contrários do ambiente de baixa taxa de tanto no banco quanto na seguradora.

juro", afirma a equipe de analistas do Salles, da Lopes Filho, diz que a van-

Dados da Confederação Nacional das Barclays, em relatório sobre a Sul tagem das seguradoras de bancos neste

Empresas de Seguros (CNSeg) mostram América. cenário são os ganhos com sinergia

que as seguradoras fecharam 2011 com operacionais.

R$ 451,6 bilhões em investimentos, Já o analista da Lopes & Filho Consulto- ---

entre provisões técnicas e patrimônio ria, João Augusto Salles, acredita que Despesas operacionais têm corroído as

líquido, sendo que mais de 90% está enquanto a Selic cair e prejudicar o receitas com venda de apólices nas duas

aplicado em títulos do governo. No desempenho das reservas técnicas, ela seguradoras. Fonte: Brasil Econômico,

primeiro trimestre, o quadro se man- também permitirá crescimento econô- Flávia Furlan

SEGURADORA TENTA SUSPENDER

COBRANÇA DE COFINS

Duas empresas seguradoras ajuizaram

ação cautelar no Supremo Tribunal

Federal (STF) para tentar suspender a

cobrança da Contribuição para Financia-

mento da Seguridade Social (Cofins),

enquanto o tema, declarado de reper-

cussão geral pelo STF, aguarda pronuncia-

mento da Corte.

Na Ação Cautelar (AC) 3171, distribuída

ao ministro Dias Toffoli, as empresas

alegam que, em decorrência de acórdão

proferido pelo Tribunal Regional Federal

(TRF) da 3ª Região, estão sendo

submetidas a procedimento de

cobrança administrativa, e na ausência

de uma medida que suspenda a

exigibilidade do crédito, serão sujeitas a

processo de execução fiscal.

Segundo o pedido, as autoras ajuizaram

uma medida cautelar em abril deste

ano, junto ao vice-presidente do TRF da

3ª Região, a fim de que fosse atribuído

efeito suspensivo a um recurso extraor-

dinário interposto sobre o tema. O

ajuizamento da ação cautelar perante o

STF, alegam, vem da ausência da tutela

requerida, o que conduziria ao pereci-

mento de direitos ou à inefetividade da

prestação jurisdicional.

Quanto ao mérito da disputa, alegam as

autoras que, na qualidade de segura-

dora e entidade de previdência privada,

não auferem faturamento como receita

bruta em sentido estrito, proveniente

da venda de bens e da prestação de

serviços, de modo que não estão

sujeitas ao recolhimento da Cofins.

Empresa de telefonia pode compensar

crédito de ICMS sobre energia

cumulativo na circulação de mercadorias

e na prestação de serviços de transporte

e comunicação.

O ICMS incidente sobre energia elétrica

consumida pelas empresas de telefonia A maioria dos ministros também

pode ser creditado para abatimento do entendeu que a energia, senão o único, é

imposto devido na prestação dos o principal insumo utilizado na prestação

serviços. A decisão é da Primeira Seção dos serviços de telecomunicação, que só

do Superior Tribunal de Justiça (STJ). é possível em razão da energia elétrica

utilizada. “Nos serviços de telecomunica-

Por maioria de votos, os ministros ção, a energia, além de essencial, revela-

consideraram que o artigo 1º do Decreto se como único insumo, de modo que

640/62 – que equiparou, para todos os impedir o creditamento equivale a tornar

efeitos legais, os serviços de telecomuni- o imposto cumulativo, em afronta ao

cações à indústria básica – é compatível texto constitucional”, afirmou Castro

com o ordenamento jurídico em vigor, Meira.

em especial com a Lei Geral de Teleco-

municações, com o Regulamento do IPI e Debate intenso - A questão foi profunda-

com o Código Tributário Nacional (CTN). mente analisada. O recurso foi distri-

A decisão foi tomada no julgamento de buído inicialmente ao ministro Luiz Fux,

recurso do Estado do Rio Grande do Sul hoje no Supremo Tribunal Federal. Ele

contra decisão do tribunal de justiça negou provimento ao recurso e houve

gaúcho, que reconheceu a possibilidade de pedido de vista antecipada do ministro

a Brasil Telecom creditar-se de ICMS Hamilton Carvalhido, que está aposen-

incidente sobre a energia elétrica que tado. Carvalhido acompanhou o relator.

utiliza nas centrais telefônicas para O ministro Herman Benjamin pediu vista

prestação de seus serviços. O governo e divergiu. Entendeu que o CTN, a Lei

gaúcho apontou que a Lei Complementar Geral de Telecomunicações e o Regula-

87/96 autoriza esse creditamento quando mento do IPI haviam revogado material-

a energia é consumida no processo de mente o Decreto 640/62.

industrialização e alega que a atividade de

telefonia é prestação de serviço, que não Diante na divergência inaugurada, o

pode ser equiparada à atividade industrial ministro Castro Meira pediu vista e

para fins de tributação. acompanhou o relator. O ministro

Humberto Martins votou no mesmo

Equiparação - De acordo com o ministro sentido. O ministro Mauro Campbell

Castro Meira, a expressão “para todos os Marques também pediu vista e negou

efeitos legais” contida no Decreto 640/62 provimento ao recurso. Veio então o

deixa claro que a equiparação serve a pedido de vista do ministro Benedito

todos os ramos do direit o, inclusive o Gonçalves, que votou com a maioria,

tributário, já que a norma não previu bem como o ministro Arnaldo Esteves

qualquer condicionante ou restrição. Para Lima, com ressalvas. Assim, por maioria

ele, não há incompatibilidade entre de votos, a Seção negou provimento ao

qualificar uma atividade como serviço e recurso, ficando venc ido o ministro

equipará-la, para determinados fins, à Herman Benjamin. Como o ministro Luiz

indústria. O ministro destacou que o Fux não integra mais o STJ, o ministro

inciso II do artigo 155 da Constituição Castro Meira é o relator do acórdão.

Federal estabelece que o ICMS não é Processos: REsp 842270. Fonte: STJ

Pellon Associados& 19

PLANTÃO - STF

Jurisprudência

Pellon Associados& 20

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA na qualidade de fornecedora desse

serviço.

3. O ato de credenciamento ou de

indicação de oficinas como aptas a

proporcionar ao segurado um serviço

adequado no conserto do objeto segurado

RECURSO ESPECIAL Nº 827.833 - MG sinistrado não é uma simples gentileza ou

REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. (2006/0054744-3) comodidade proporcionada pela

ART. 543-C DO CPC. SEGURADORA RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO s e g u ra d o ra a o s e g u ra d o . E s s e

L IT ISDENUNCIADA EM AÇÃO DE RECTE: MARIA INÊS GOMIDE ALCÂNTARA credenciamento ou indicação se faz após

REPARAÇÃO DE DANOSRECDO : MARÍTIMA SEGUROS S/A um prévio acerto entre a seguradora e a

MOVIDA EM FACE DO SEGURADO. oficina, em que certamente ajustam essas

CONDENAÇÃO DIRETA E SOLIDÁRIA. EMENTA sociedades empresárias vantagens

POSSIBILIDADE.recíprocas, tais como captação de mais

R E C U R S O E S P E C I A L . C I V I L E clientela pela oficina e concessão por esta

1. Para fins do art. 543-C do CPC: Em ação CONSUMIDOR. CONTRATO DE SEGURO DE de descontos nos preços dos serviços de

de reparação de danos movida em face RESPONSABILIDADE CIVIL. SINISTRO EM reparos cobrados das seguradoras. Passa,

do segurado, a Seguradora denunciada AUTOMÓVEL. COBERTURA. CONSERTO então, a existir entre a seguradora e a

p o d e s e r c o n d e n a d a d i r e t a e REALIZADO POR OFICINA CREDENCIADA oficina credenciada ou indicada uma

solidariamente junto com este a pagar a OU INDICADA PELA SEGURADORA. relação institucional, de trato duradouro,

indenização devida à vítima, nos limites DEFEITO NO SERVIÇO PRESTADO PELA baseada em ajuste vantajoso para ambas.

contratados na apólice.OFICINA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 4. O simples inadimplemento contratual

2. Recurso especial não provido.DA SEGURADORA E DA OFICINA não gera, em regra, danos morais, por

CREDENCIADA. RECONHECIMENTO. caracterizar mero aborrecimento,

DANOS MATERIAIS ACOLHIDOS. DANOS dissabor, envolvendo controvérsia

M O R A I S R E J E I TA D O S . R EC U RS O possível de surgir em qualquer relação

PARCIALMENTE PROVIDO. negocial, sendo fato comum e previsível

RECURSO ESPECIAL Nº 793.491 - RN 1 . A seguradora de seguro de na vida social, embora não desejável. No

(2005/0167371-8)responsabilidade civil, na condição de caso em exame, não se vislumbra

RELATOR: MINISTRO CESAR ASFOR fornecedora, responde solidariamente nenhuma excepcionalidade apta a tornar

ROCHAperante o consumidor pelos danos justificável essa reparação.

RECTE : UNIBANCO AIG SEGUROS S/Amateriais decorrentes de defeitos na 5. Recurso especial parcialmente provido.

RECDO : CLAÚDIO GABRIEL DE MACEDO prestação dos serviços por parte da oficina

JÚNIORque credenciou ou indicou, pois, ao fazer

tal indicação ao segurado, estende sua

EMENTAresponsabilidade também aos consertos

realizados pela credenciada, nos termos RECURSO ESPECIAL Nº 925.130 - SP

P RO C ES S UA L C I V I L . E X EC U Ç ÃO. dos arts. 7º, parágrafo único, 14, 25, § 1º, e (2007/0030484-4)

OBRIGAÇÃO DE FAZER. MULTA POR 34 do Código de Defesa do Consumidor. RELATOR:MINISTRO LUIS FEL IPE

DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO 2. São plenamente aplicáveis as normas de SALOMÃO

JUDICIAL. EXCESSO. REDUÇÃO.proteção e defesa do consumidor, na RECTE: UNIBANCO AIG SEGUROS S/A

A multa pelo descumprimento de decisão medida em que se trata de relação de RECDO: JOSÉ FRANCISCO PEREIRA SILVA

j u d i c i a l n ã o p o d e e n s e j a r o consumo, em decorrência tanto de RECDO:FRANCELINO ALMEIDA BUENO E

enriquecimento sem causa da parte a disposição legal (CDC, art. 3º, § 2º) como OUTRO

quem favorece, como no caso, devendo da natureza da relação estabelecida, de

ser reduzida a patamares razoáveis. nítida assimetria contratual, entre o EMENTA

Recurso especial parcialmente conhecido segurado, na condição de destinatário

e, nessa extensão, provido.final do serviço securitário, e a seguradora, PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA –

AUTOMÓVEL - OFICINA CREDENCIADA -

DANOS MATERIAIS E MORAIS

SEGURO DANOS – RESPONSABILIDADE

SOLIDÁRIA - SEGURADO

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO - MULTA –

REDUÇÃO DE VALOR

LegislaçãoSUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS

PRIVADOS

PODER EXECUTIVO

altera o Programa de Apoio ao

Desenvolvimento Tecnológico da

Indústria de Semicondutores, instituído

pela Lei nº 11.484, de 31 de maio de

2007, e dá outras providências. (DOU

04/04/2012)

CIRCULAR SUSEP No 430, DE 5 DE

MARÇO DE 2012

Dispõe sobre alterações das Normas

Contábeis a serem observadas pelas

sociedades seguradoras, sociedades de

capitalização entidades abertas de DECRETO Nº 7.716, DE 3 DE ABRIL DE

p r ev i d ê n c i a co m p l e m e nta r, e 2012

resseguradores locais, instituídas pela Regulamenta a Medida Provisória no

Resolução CNSP nº 86, de 3 de setembro 563, de 3 de abril de 2012, na parte em

de 2002.(DOU 07/03/12)que dispõe sobre regime especial de

crédito do Imposto sobre Produtos

CIRCULAR SUSEP No 431, DE 14 DE Industrializados - IPI a que fazem jus as

MARÇO DE 2012empresas fabricantes de produtos

Dispõe sobre os critérios, condições e classificados nos códigos 87.01 a 87.06

requisitos referentes à designação, à da Tabela de Incidência do Imposto

atuação e à remuneração dos sobre Produtos Industrializados - TIPI.

liquidantes nomeados pela Susep, (04/04/2012)

estabelece os respectivos deveres e dá

outras providências. (DOU 16/04/12)MEDIDA PROVISÓRIA Nº 563, DE 3 DE

ABRIL DE 2012

CIRCULAR SUSEP N° 432, DE 13 DE Altera a alíquota das contribuições

ABRIL DE 2012previdenciárias sobre a folha de salários

Custo de emissão de apólice, fatura e devidas pelas empresas que especifica,

endosso. (DOU 16/04/12)institui o Programa de Incentivo à

Inovação Tecnológica e Adensamento

CIRCULAR SUSEP No 433, DE 19 DE da Cadeia Produtiva de Veículos

ABRIL DE 2012.Automotores, o Regime Especial de

Altera a Circular Susep no 429, de 15 de Tributação do Programa Nacional de

fevereiro de 2012. (DOU 16/04/12)Banda Larga para Implantação de

Redes de Telecomunicações, o Regime

CIRCULAR SUSEP No 434, DE 19 DE Especial de Incentivo a Computadores

ABRIL DE 2012.para Uso Educacional, o Programa

Entrada em vigor da Circular Susep no Nacional de Apoio à Atenção

432, de 13 de abril de 2012. (DOU Oncológica, o Programa Nacional de

16/04/12)Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa

com Deficiência, restabelece o

Programa Um Computador por Aluno,

Pellon Associados& 21

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE

JANEIRO

Primeira Câmara Cível

Apelação Cível

Processo nº 0034676-59.2006.8.19.0001

Relator: Des. MALDONADO DE CARVALHO

AÇÃO DE COBRANÇA, CUMULADA COM

INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS.

SEGURO DE VIDA. INCAPACIDADE

TEMPORÁRIA. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO DE

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS À CORRETA

AFERIÇÃO DO RISCO. LAUDO PERICIAL QUE

ATESTA A EXISTENCIA DE DOENÇA PRÉ

E X I S T E N T E N ÃO I N F O R M A DA À

SEGURADORA PELO SEGURADO. SINISTRO.

OCORRÊNCIA. PAGAMENTO. RECUSA

JUSTIFICÁVEL. IMPROCEDENCIA DOS

PEDIDOS. 1. Deve o segurado, ao firmar a

proposta de seguro, prestar à seguradora as

informações essenciais sobre o seu histórico

médico e estado atual de saúde, necessários

para a correta avaliação do risco. 2. Ao firmar

o autor – profissional médico – documento

declarando que as informações por ele

prestadas são verdadeiras e completas, ciente

de que, nos termos do disposto no artigo

1.444 do Código Civil Brasileiro, a omissão de

quaisquer circunstâncias que possam influir

na aceitação da proposta, ou na fixação da

taxa do prêmio, acarretará a perda do direito

ao valor do seguro, torna, no caso em exame,

induvidoso o fato de que não agiu com a

necessária e devida boa fé objetiva na

celebração do contrato, impondo-lhe, por

conseguinte, as consequencias daí advindas.

3. O segurado-apelante, ao preencher a

declaração de saúde, sonegou informações

essências para a avaliação do risco e,

consequentemente, a aceitação da proposta,

risco que, por ser médico, repita-se, conhecia,

ou, no mínimo, deveria conhecer. 4. Correta a

decisão recorrida que, ao repelir a pretensão

reparatória, julgou improcedentes os pedidos.

DESPROVIMENTO DO RECURSO.

SEGURO – PROPOSTA – PERFIL DO

SEGURADO – DOENÇA PREEXISTENTE

AcervoNovas aquisições da

Biblioteca do Escritório

SOUZA, Sylvio Capanema de. A lei do inquilinato comentada. 7. ed. Atual. GZ,

2012.

A Primeira edição desta obra foi entregue aos leitores logo após o

advento da Lei n° 8.245/91, quando ainda não se consolidara a doutrina

nem se formara uma jurisprudência razoavelmente uniforme. Dezoito

anos se passaram de profundas modificações políticas e econômicas, mas

a Lei do Inquilinato manteve-se quase intacta, o que é o mais eloquente

atestado de sua extraordinária capacidade de pacificar o mercado locativo

e mantê-lo equilibrado. O Professor Sylvio Capanema de Souza,

recentemente aposentado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, não

só atualizou a sua importante obra, como também comenta, com a

segurança conhecida, a evolução da doutrina e da construção pretoriana,

inclusive à luz dos novos paradigmas que vieram oxigenar o direito

privado, e que repercutiram na legislação inquilinária. Também são

analisadas as recentes modificações introduzidas pela Lei Nº 12112/09, o

que torna a obra rigorosamente atualizada. Comentando a lei, artigo por

artigo, e enriquecido pelos diversos formulários elaborados pelo autor,

este livro servirá de fonte segura e confiável de consulta e citação para

todos os que atuam no campo da locação do imóvel urbano, inclusive os

locadores e locatários, que nele encontrarão as respostas que procuram,

para melhor defender seus direitos. (Fonte: Saraiva.com)

A Biblioteca do Escritório Pellon

& Associados contempla mais

de 6.200 títulos jurídicos

disponíveis num amplo espaço

reservado para consulta e

leitura.

Para mais informações entre em

contato com:Vaneza Fernandes

[email protected]

PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade civil. 10 e. rev. atual. Rio de

Janeiro: GZ, 2012. Atualizado por: Gustavo Tepedino.

Este volume de Responsabilidade Civil, escrito após as Instituições,

representou marco indelével no panorama do direito privado brasileiro,

logrando, como nenhum outro, sistematizar o direito de danos e captar a

síntese de sua tormentosa evolução doutrinária e jurisprudencial, desde o

direito antigo ao direito contemporâneo. A riqueza da obra e sua pujante

utilidade para estudantes, estudiosos e profissionais do direito justificam

amplamente sua publicação, agora revista e atualizada. O minucioso

trabalho de revisão e atualização preservou deliberadamente a metodolo-

gia, a doutrina, as ideias e o estilo do autor, limitando-se o atualizador a

intervenções pontuais e indispensáveis, as quais foram editadas em tipo

diferenciado, para que o leitor possa sempre perceber o itinerário

evolutivo da obra. (Fonte: Editora GZ)

CRETELLA NETO, José. Nova lei de recuperação judicial e falências. 7. ed. Rio

de Janeiro: GZ, 2012

O autor desenvolve, na parte inicial, um aprofundado estudo de Direito

Comparado, descrevendo a legislação falimentar da França, da Alemanha

e dos Estados Unidos da América, as mais modernas em vigor. Além

disso, apresenta dois quadros comparativos bastante úteis aos estudiosos

da matéria: um com a lei nova versus a lei anterior e outro com a lei

anterior versus a lei nova. Essa forma extremamente didática de

apresentar a Lei nº 11.01/105 vem de encontra às necessidades dos

leitores, pois é concisa e prática, e a parte introdutória, sem paralelo na

literatura jurídica brasileira. Claro que, muitas vezes, a correspondência

entre as leis não é perfeita - como ocorre com grande parte dos

dispositivos do Código Civil de 2002 em relação ao Código Civil anterior -

principalmente porque o que de mais importante foi alterado é o espírito

da lei antes, a legislação era fatal para as empresas, enquanto a nova lei

visa, primordialmente, à sua sobrevivência. (Fonte: Editora GZ)

Sugestão de Leitura

Artigos Selecionados

Selecionamos esses artigos para uma boa leitura!

BAHIA, Alexandre Gustavo Melo PAMPLONA, Leandro Antonio.

Franco. As súmulas vinculantes e a Antecipação de tutela nas ações

nova escola da exegese. Revista de possessórias e o princípio quieta non

Processo, São Paulo, v. 206, p. 359, movere. Revista de Processo, São

abr. 2012. Disponível em: Paulo, v. 205, p. 89, mar. 2012.

<http://www.revistadostribunais.com. Disponível em:

br>. Acesso: 10 maio 2012. <http://www.revistadostribunais.com.

br>. Acesso: 10 maio 2012.

BODART, Bruno Vinícius da Rós. O

processo civil participativo: a THEODORO JÚNIOR, Humberto.

efetividade constitucional e o projeto Autonomização e a estabilização da

do novo código de processo civil. tutela de urgência no projeto de CPC.

Revista de Processo, São Paulo, v. 205, Revista de Processo, São Paulo, v. 206,

p. 333, mar. 2012. Disponível em: p. 13, abr. 2012. Disponível em:

<http://www.revistadostribunais.com. <http://www.revistadostribunais.com.

br>. Acesso: 10 maio 2012. br>. Acesso: 10 maio 2012.

MENDES, Frederico Ribeiro de Freitas. TOZZI, Thiago Oliveira. Ação coletiva

Aspectos pontuais sobre a atuação do passiva: conceito, características e

ministério público na lei de falências e classificação. Revista de Processo, São

recuperação de empresas. Revista de Paulo, v. 205, p. 267, mar. 2012.

Processo, São Paulo, v. 206, p. 397, Disponível em:

abr. 2012. Disponível em: <http://www.revistadostribunais.com.

<http://www.revistadostribunais.com. br>. Acesso: 10 maio 2012.

br>. Acesso: 10 maio 2012.

WAMBIER,Luiz Rodrigues, LIMA,

MIRAGEM, Bruno. Fundamento e Patrícia Carla de Deus. Embargos de

finalidade da aplicação do código de divergência para revisão do valor da

defesa do consumidor às instituições indenização por danos morais. Revista

financeiras: comentários à súmula 297 de Processo, São Paulo, v. 206, p. 481,

do STJ. Revista de Direito do abr. 2012. Disponível em:

Consumidor, São Paulo, v. 82, p. 359, <http://www.revistadostribunais.com.

abr. 2012. Disponível em: br>. Acesso: 10 maio 2012.

<http://www.revistadostribunais.com.

br>. Acesso: 10 maio 2012.

Acervo

Acredite

Se Quiser

O que tem para comer? Cadê

minhasmeias

Estou

doente...

Posso sair...?

Estou comfome

Acabou opapel

higiênicoPossotomar

refrigerante?

Possotomar

refrigerante?

Cadê minha

mochila?

...

Mãe?

Pai? Cadê a Mãe?

Pellon Associados& 23

Biblioteca.ComComArtigos especiais selecionados no acervo do Escritório

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA PARA REVISÃO DO

VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAISRevista de Processo | vol. 206 | p. 481 | Abr / 2012 | DTR\2012\2707

Luiz Rodrigues Wambier Recebido em: 13.03.2012 Aprovado em:

Doutor em Direito pela PUC-SP. Mestre em 16.03.2012

Direito pela UEL. Professor no Curso de Exmo. Sr. Min. Presidente do E. Superior

Mestrado em Direito da Unipar. Professor no Tribunal de Justiça O ora Embargante interpôs recurso especial

Curso de Especialização em Direito Processual visando reforma de acórdão proferido pelo E.

Civil da PUC-SP. Membro do IBDP, do Instituto Ref.: AgIn em REsp 1.306.964/PR TJPR, no tocante ao valor fixado a título de

Ibero-americano de Direito Processual e do indenização por danos morais — R$

Instituto Panamericano de Derecho Procesal. Banco X, já devidamente qualificado nos autos 600.000,00 (seiscentos mil reais) com

Advogado. do recurso em epígrafe, em que é Agravante, acréscimo de juros de mora e correção 2 sendo Agravados Y e outros, vem, monetária desde setembro de 2002. A

Patrícia Carla de Deus Lima respeitosamente, perante Vossa Excelência, incidência desses acréscimos até a presente 1Mestre em Direito Econômico e Social pela através de seus advogados, e com fundamento data faz com que o valor da indenização supere

PUC-PR. Especialista em Direito Processual no art. 546, I, do CPC ( LGL 1973\5 ) , e nos arts. a casa dos R$ 2.000.000,00.

Civil pela Università degli Studi di Milano. 266 e 267 do RISTJ ( LGL 1989\44 ) , para

Professora de Direito Processual Civil na interpor O E. Tribunal local negou seguimento ao

Faculdade Dom Bosco Ensino Superior. recurso especial, por entender que, para a

Advogada. Embargos de Divergência em face do v. apreciação da pretensão de redução do

Acórdão proferido pela Colenda 3.ª Turma quantum indenizatório, seria necessário o

Área do Direito: Civil ; Processual desse E. Tribunal, no julgamento do referido reexame de fatos e provas incompatível com a

recurso, o que faz nos termos das razões em extensão do efeito devolutivo em tal recurso.

Sumário:1.DA R. DECISÃO ORA EMBARGADA anexo. Vale dizer: entendeu que haveria, na Súmula 7 (

E SEUS FUNDAMENTOS - 2.CONFIGURAÇÃO MIX 2010\1261 ) do STJ, óbice ao

DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO No item 2, das razões em anexo, está processamento do recurso especial.

PRESENTE RECURSO - 3.AINDA SOBRE A demonstrada a configuração dos requisitos de

ADMISSIBILIDADE DO PRESENTE RECURSO: A admissibilidade do presente recurso. Interpôs o ora Embargante, em face da decisão

I NE X I ST Ê NC I A D E Ó B I C E AO SE U de inadmissibilidade, agravo de instrumento,

PROCESSAMENTO NA SÚMULA 420 DO STJ - Desde já requer, então, seu regular autuado perante essa E. Corte sob o n.

4.COTEJO ANALÍTICO ENTRE A R. DECISÃO processamento, para posterior julgamento pela 1.306.964/PR.

ORA EMBARGADA E O V. ACÓRDÃO 2.ª Seção desse E. STJ, considerando que a

PARADIGMA - 5.RAZÕES PELAS QUAIS DEVE divergência demonstrada a seguir resulta de O ilustre relator do recurso, Min. Vasco Della

PREVALECER O ENTENDIMENTO EXPRESSO entendimento diferente adotado pela 4.ª Giustina, proferiu decisão monocrática em

NO V. ACÓRDÃO PARADIGMA - 6.CONCLUSÃO Turma, na apreciação de questão de direito que ponderou: “o montante fixado a título de

idêntica àquela enfrentada no recurso especial danos morais está sujeito ao controle do STJ

em questão, julgado pela 3.ª Turma. desde que seja irrisório ou abusivo,

Pede deferimento. circunstâncias inexistentes no presente caso.

Desse modo, dada a razoabilidade do

Curitiba, 10 de fevereiro de 2012. montante fixado, afigura-se inviável, em sede

E. Superior Tribunal de Justiça de recurso especial, reduzir o quantum

Colenda 2.ª Seção indenizatório”. Contra essa r. decisão, interpôs

Eminente Ministro relator o ora Embargante recurso de agravo, ao qual

1. DA R. DECISÃO ORA EMBARGADA E SEUS

FUNDAMENTOS

Pellon Associados&24

foi negado provimento. Na fundamentação admissibilidade — estabelecidos na lei, e no proferiu o v. Acórdão ora utilizado como

do v. Acórdão proferido pela 3.ª Turma, sob a Regimento Interno desse E. STJ — para paradigma), no que diz respeito ao teto para

relatoria do Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, interposição do presente recurso. Com efeito: indenização por danos morais em

constou que “essa Corte Superior, em casos decorrência de morte de ente familiar.

análogos, tem considerado como excessivas a) Trata-se de recurso tempestivo. Adiante, demonstrar-se-á, com mais vagar, a

as condenações que exorbitem 500 salários Conforme se expôs no item 1, supra, em face divergência mencionada.

mínimos”. E, logo em seguida, afirmou-se do v. Acórdão ora recorrido, foram opostos

que, no presente caso, como a condenação embargos de declaração, que tiveram, na d) O Embargante pretende demonstrar a

ficou em R$ 200.000,00, não poderia ser forma da lei, o efeito de interromper o prazo existência de divergência a partir do v.

considerada abusiva. para interposição de outros recursos. Acórdão proferido no julgamento do REsp

163.484/RJ, em que atuou como relator o

Em face dessa r. decisão, foram opostos A r. decisão proferida no julgamento dos Min. Ruy Rosado de Aguiar, julgado pela 4.ª

e m b a r g o s d e d e c l a r a ç ã o , p o i s , embargos de declaração foi veiculada em Turma, em 20.08.1998, tendo havido

aparentemente, havia erro material a ser 13.12.2011, considerando-se publicada em publicação de tal decisão no DJe 13.10.1998.

corrigido. De fato, na fundamentação constou 14.12.2011.

que o valor da indenização seria R$ O Em b a r g a nte a p r e s e nta , n e s s a

200.000,00, quando, na verdade, esse é o Como, no período de 20.12.2011 a oportunidade, cópia do inteiro teor dessa r.

valor devido a cada um dos três 31.01.2012, essa E. Corte Superior esteve em decisão, que seus advogados declaram desde

demandantes. Ou seja: o total da indenização recesso e férias forenses, tem-se que a já autênticas, sob a fé de seu grau.

devida é R$ 600.000,00, quantia essa contagem do prazo de 15 dias para

equivalente a quase 1.000 salários mínimos! interposição do presente recurso: — iniciou- e) Assim como no v. Acórdão ora recorrido, no

se em 15.12.2011; — ficou suspensa no v. Acórdão paradigma também foi decidida,

Os embargos de declaração foram rejeitados, referido período; — foi retomada em pela 4.ª Turma dessa E. Corte Superior,

mas, apesar disso, ao apreciá-los, a C. 3.ª 01.02.2012 (a partir do sexto dia); e, — questão de direito suscitada em recurso

Turma se pronunciou no sentido de que terminou em 10.02.2012 (sexta-feira). especial interposto.

entendeu razoável a fixação de indenização

no patamar de 1.000 salários mínimos (em Na interposição do presente recurso, foi f) O v. Acórdão paradigma expressa 3valores históricos, pois, com os acréscimos já respeitada a data limite mencionada (isto é, entendimento atual e predominante quanto à

mencionados, a condenação sobe para mais 10.02.2012). questão de direito supramencionada,

de 3.000 salários mínimos até a presente entendimento esse que deve ser adotado no

data). b) Insurge-se o ora Embargante contra o v. julgamento do recurso de que se originou o

Acórdão proferido pela 3.ª Turma dessa E. presente segmento recursal, considerando a

É contra essa r. decisão que se insurge o ora Corte Superior, no julgamento de agravo função uniformizadora que possui esse E. STJ,

Embargante, pois o entendimento nela regimental interposto contra a r. decisão na interpretação e na aplicação do direito

expresso diverge daquele exposto em outras m o n o c r á t i c a q u e c o n f i r m o u a federal.

decisões dessa E. Corte, no sentido de que o inadmissibilidade de recurso especial por ele

limite de 500 salários mínimos para interposto, adentrando, contudo, na análise Merece, portanto, ser admitido o presente

indenização por danos morais resultantes de do mérito da pretensão recursal, ao se recurso.

morte engloba a indenização devida a todos manifestar sobre o valor da indenização por

os familiares. Portanto, no presente caso, danos morais que se reputou exorbitante.

tendo se autorizado o pagamento de

indenização equivalente a quase 1.000 Incide, in casu, portanto, o entendimento

salários mínimos, restou caracterizada consolidado na Súmula 316 ( MIX 2010\1565 )

divergência que autoriza a interposição do do STJ, no sentido de que “cabem embargos

presente recurso. de divergência contra acórdão que, em Prevê a Súmula 420, editada pela Corte

agravo regimental, decide recurso especial”. Especial, que é “incabível, em embargos de

divergência, discutir o valor de indenização por

c) Há divergência entre o entendimento danos morais”. Embora se trate de súmula

adotado por duas turmas, a 3.ª (que proferiu editada em março de 2010, os precedentes

Foram atendidos todos os requisitos de o v. Acórdão ora recorrido) e a 4.ª (que que fundamentaram sua edição resultaram de

3. AINDA SOBRE A ADMISSIBILIDADE DO

PRESENTE RECURSO: A INEXISTÊNCIA DE

ÓBICE AO SEU PROCESSAMENTO NA

SÚMULA 420 DO STJ

2. CONFIGURAÇÃO DOS REQUISITOS DE

ADMISSIBILIDADE DO PRESENTE RECURSO

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julgamentos ocorridos no período de 1. Discussão restrita à quantificação da R$ 300,00. A 3.ª Turma constatou que, em

09.03.2005 (AgRg nos EREsp 613.036/RJ) a indenização por dano moral sofrido pelo outras decisões, nas quais também se discutia

24.09.2008 (AgRg nos EREsp 965.703/SP). devedor por ausência de notificação prévia indenização por abalo de crédito, a média do

antes de sua inclusão em cadastro restritivo de quantum indenizatório ficou entre 20 e 50

Pede-se vênia para ressaltar, de início, que o crédito (SPC). salários mínimos. E, com base na divergência

contexto de criação da súmula é relevante. 2. Indenização arbitrada pelo tribunal de entre a decisão impugnada no recurso especial

origem em R$ 300,00 (trezentos reais). e outras analisadas, entendeu-se possível a

De fato, nos precedentes que a justificaram, 3. Dissídio jurisprudencial caracterizado com os majoração da indenização — de R$ 300,00

prevaleceu o entendimento de que não é precedentes das duas turmas integrantes da para R$ 10.900,00.

possível a comparação entre duas decisões, no Segunda Secção do STJ.

tocante à fixação de indenização por danos 4. Elevação do valor da indenização por dano Idêntico posicionamento foi adotado no

morais, pois sempre haveria divergência moral na linha dos precedentes desta Corte, julgamento do REsp 936.792/SE, relatado pelo

quanto às circunstâncias de fato que considerando as duas etapas que devem ser Min. Hélio Quaglia Barbosa, em que foi

justificariam, em tese, valores de indenização percorridas para esse arbitramento. conhecido o recurso pela divergência e provido

diversos. Com base nessa premissa, concluiu- 5. Na primeira etapa, deve-se estabelecer um para o fim de adequar a indenização por danos

se, nas decisões proferidas em tais valor básico para a indenização, considerando morais ao patamar que, na interpretação

precedentes, e em outras do mesmo período, o interesse jurídico lesado, com base em grupo dessa E. Corte, é razoável, isto é, até 500

ser impossível comprovar divergência ou de precedentes jurisprudenciais que salários mínimos no total. Nesse caso

dissídio jurisprudencial, que pudesse justificar a apreciaram casos semelhantes. específico, a indenização foi fixada em R$

interposição de embargos de divergência ou de 6. Na segunda etapa, devem ser consideradas 190.000,00, para divisão entre os pais de filho

recurso especial, com fundamento na alínea c, as circunstâncias do caso, para fixação menor falecido.

do art. 105, inc. III, da CF/1988 ( LGL 1988\3 ). definitiva do valor da indenização, atendendo

a determinação legal de arbitramento Desses paradigmáticos acórdãos se extrai

Embora esse raciocínio, como regra, se revele equitativo pelo juiz. conclusão relevantíssima para interpretação

adequado, em situações excepcionais, essa E. 7. Aplicação analógica do enunciado da Súmula 420 ( MIX 2010\1668 ) do STJ:

Corte já admitiu a possibilidade de estabelecer normativo do parágrafo único do art. 953 do embora não seja possível sustentar a perfeita

comparação entre duas decisões que CC/2002 ( LGL 2002\400 ) . identidade entre duas hipóteses nas quais se

continham condenação ao pagamento de 8. Arbitramento do valor definitivo da discutam danos morais, é perfeitamente viável

indenização por danos morais. E de tal indenização, no caso concreto, no montante afirmar que existe uma variação mínima e

comparação extrai-se a existência de dissídio aproximado de vinte salários mínimos no dia máxima que a indenização fixada deve seguir.

jurisprudencial, a justificar a interposição do da sessão de julgamento, com atualização E, quando a decisão impugnada no recurso,

recurso especial com esse fundamento. monetária a partir dessa data (Súmula 362 ( não atenta para isso, fixando valor muito

MIX 2010\1610 ) do STJ). abaixo ou muito acima do padrão usualmente

Ou seja, há decisões recentes, atuais dessa E. 9. Doutrina e jurisprudência acerca do tema. adotado, é cabível sua revisão pelo dissídio ou

Corte, que admitiram a revisão da indenização 10. Recurso especial provido.” divergência jurisprudencial.

por danos morais em um caso concreto, com

base no que foi decidido em outro, seja para Na brilhante fundamentação dessa r. decisão, Por outras palavras, embora talvez não seja

aumentar o quantum indenizatório, seja para o ilustre relator, Min. Paulo de Tarso adequado admitir o processamento de recurso

reduzi-lo. É o que ocorreu, por exemplo, no Sansever ino, reconheceu que as especial com base no dissídio ou de embargos

julgamento do REsp 1.152.541/RS. A ementa peculiaridades de cada caso concre-to devem de divergência, para fazer valer quantia

do v. Acórdão proferido pela 3.ª Turma ficou influenciar, em alguma medida, o específica arbitrada em determinada situação, 4assim redigida: arbitramento da indenização por danos é fundamental admitir tais recursos para evitar

morais. No entanto, também reconheceu que o que os limites (máximo e mínimo) traçados por

“Recurso especial. Responsabilidade civil. quantum indenizatório é influenciado pela essa E. Corte sejam desrespeitados.

Dano moral. Inscrição indevida em cadastro natureza do bem jurídico lesado, e em relação

restritivo de crédito. Quantum indenizatório. a isso seria possível encontrar, entre diversas Evidentemente, o respeito aos limites impede

Divergência jurisprudencial. Critérios de decisões, um elemento de identificação.No que o valor da indenização seja irrisório ou

arbitramento equitativo pelo juiz. Método REsp 1.152.541, discutia-se dano moral por exorbitante. E em inúmeras decisões essa E.

bifásico. Valorização do interesse jurídico abalo de crédito. Na decisão impugnada Corte Superior reconheceu lhe caber o papel de

lesado e das circunstâncias do caso. naquele recurso, a indenização foi fixada em evitar um ou outro extremo.

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O que se pretende, no presente caso, é evitar a fundamentado na existência de decisões dano moral (…) imposto pela morte da esposa

manutenção da indenização por danos morais, díspares sobre uma mesma questão de direito. e mãe dos recorridos, significa contraria a

em patamar claramente exorbitante, pois jurisprudência dominante na Corte”];

muito além do limite que essa E. Corte tem Por qualquer que seja o ângulo, é forçoso - no acórdão impugnado no recurso especial,

considerado razoável para situações como a reconhecer que a Súmula 420 ( MIX foi fixada indenização no importe de R$

presente. Vale dizer: a intenção do 2010\1668 ) do STJ não reflete impedimento 200.000,00 para cada um dos três

Embargante, por meio do presente recurso, absoluto e intransponível à pretensão de se demandantes, perfazendo a condenação,

não é fazer prevalecer o valor da indenização discutir, nos embargos de divergência, o valor portanto, o total de R$ 600.000,00, quantia

fixado no acórdão paradigma, mas, sim, o da indenização por danos morais. Há situações essa que, mesmo levando em conta o recente

limite de 500 salários mínimos, a ser rateado em que tal pretensão pode ser admitida, e aumento do salário mínimo nacional, equivale

por todos os demandantes, que naquela uma delas é quando não for observado o limite a quase 1.000 salários mínimos [“a decisão

decisão (e em outras) se afirmou existir para que, de acordo com a jurisprudência dessa E. embargada realmente considerou idônea a

situações como a presente. Corte, reflete a própria noção de razoabilidade condenação em R$ 200.000,00 (duzentos mil

de suas decisões. reais) em favor de cada autor individualmente

Tal pretensão tem amplo respaldo (…)”]; e,

constitucional. Em vista disso, espera-se que, no presente - a pretensão expressa pelo ora Embargante no

caso, seja regularmente processado o presente recurso especial era de reduzir o valor da

De fato, o respeito ao limite supramencionado, recurso, em que pese o previsto na Súmula 420 indenização fixado na origem, pois em

de um lado, prestigia a noção de segurança ( MIX 2010\1668 ) do STJ. desacordo com o que estabelecem disposições

jurídica e, de outro, garante observância ao da legislação em vigor sobre responsabilidade

princípio da igualdade, afinal não é razoável civil [“(…) dada a razoabilidade do montante

permitir que prevaleça, in casu, decisão fixado, afigura-se inviável, em sede de recurso

diametralmente contrária a tantas outras especial, reduzir o quantum indenizatório”].

proferidas por essa E. Corte em hipóteses

absolutamente idênticas, nas quais se pleiteia Conforme determina o art. 255, § 2.º, do RISTJ Partindo de tais premissas, a 3.ª Turma

reparação por dano moral resultante de morte ( LGL 1989\44 ) , aplicável à espécie segundo o entendeu que a indenização fixada não seria

de ente familiar. que prevê o art. 266, § 1.º, do RISTJ ( LGL exorbitante ou excessiva, pois, essa E. Corte,

1989\44 ) , “o recorrente deverá transcrever os em decisões recentes, teria estabelecido o

Se, repita-se, essa E. Corte Superior afirma não trechos dos acórdãos que configurem o limite de 500 salários mínimos por vítima e,

ser excessiva indenização por dano moral dissídio, mencionando as circunstâncias que não, para ser partilhando entre as vítimas do

arbitrada em até 500 salários mínimos no total identifiquem ou assemelhem os casos dano moral.

[isto é, para rateio entre as partes confrontados”.

prejudicadas], é evidente que indenizações em Do v. Acórdão ora adotado como paradigma

patamar superior são abusivas, excessivas e, Extrai-se, de tal disposição, a necessidade de [proferido no julgamento do REsp 163.484/RJ,

por isso mesmo, estão sujeitas ao controle realizar cotejo analítico entre a decisão em que atuou como relator o Min. Ruy Rosado

excepcional típico dos recursos de estrito recorrida e aquela utilizada como paradigma, de Aguiar], extrai-se, por sua vez, que:

direito. Afirmar o contrário, com a máxima com o objetivo de de-monstrar o cabimento

vênia, é legitimar a arbitrariedade, que de do recurso pela divergência entre ambas. É o - também estava em discussão indenização por

nenhum modo se coaduna com o importante que o ora Embargante passa a fazer. danos morais por morte de esposa e mãe dos

papel exercido por essa E. Corte, na demandantes [“Luiz Cláudio Shrispim Guaraná

uniformização da interpretação e aplicação do a) Traços de semelhança entre as decisões e seus filhos menores ajuizaram ação de

direito federal. comparadas. indenização (…) objetivando indenização pelo

Da fundamentação da r. decisão ora acidente de trânsito que causou a morte da

De outro lado, com o máximo respeito, não embargada (integrada pelo julgamento dos esposa e mãe dos autores”];

seria coerente admitir a revisão do valor da embargos de declaração, embora eles tenham - no acórdão impugnado no recurso especial,

indenização por danos morais em recurso sido rejeitados), é possível extrair que: proferido pelo E. TJRJ, foi fixada indenização

especial admitido e provido com fundamento - discute-se, no presente caso, indenização por por danos morais no importe de 1000 salários

no dissídio jurisprudencial, e negar que a danos morais, em decorrência da morte de mínimos [“(…) a E. 7.ª Câmara do Tribunal de

mesma pretensão seja veiculada em recurso esposa e mãe dos demandantes [“(…) o Alçada Cível do Rio de Janeiro proveu

como os embargos de divergência, também agravante sustenta que não reduzir o valor do parcialmente o apelo dos autores, elevando a

4. COTEJO ANALÍTICO ENTRE A R. DECISÃO

ORA EMBARGADA E O V. ACÓRDÃO

PARADIGMA

Pellon Associados& 27

indenização por dano moral para mil salários processo, pode ficar em patamar superior a discutia indenização para reparação de ofensa

mínimos”]; 500 salários mínimos, pois esse limite, ao mesmo bem jurídico.

- naquele recurso especial, o objetivo da definido em decisões dessa E. Corte, é

e m p r e s a a q u e m f o i i m p u t a d a individual, e portanto autorizaria o Há, portanto, inequívoca divergência entre as

responsabilidade civil era reduzir o valor da pagamento de R$ 200.000,00 por duas decisões em cotejo, diante da qual é de

indenização por danos morais, por entendê-lo demandante e, no total, R$ 600.000,00. se reconhecer a configuração de hipótese de

excessivo à luz de decisões dessa E. Corte (e de cabimento do presente recurso e a

outros tribunais) em situações análogas [a Ré Percebe-se, portanto, que no julgamento do necessidade de que seja provido, para

não se conformou e interpôs recurso especial recurso especial interposto pelo ora uniformização do entendimento dessa E.

alegando (…) divergência com julgados de Embargante, a 3.ª Turma entendeu que não é Corte Superior em hipóteses idênticas levadas

outros Tribunais, inclusive desta Corte]. excessiva a fixação de indenização por danos à sua apreciação por meio de recursos

morais em valor total equivalente a 1.000 especiais admitidos.

Há, como se vê, perfeita identidade entre os salários mínimos, pois o limite de 500 salários

contextos em que proferidas ambas as mínimos, repita-se, não estaria sendo c) A decisão ora embargada diverge, também,

decisões cotejadas. contrariado. do entendimento da própria 3.ª Turma em

outra decisão proferida em situação análoga

Nos dois casos, discutia-se no recurso a mesma À luz do entendimento mencionado, à presente.

questão jurídica — qual é o quantum portanto, se houvesse cinco demandantes, no

indenizatório razoável (= não excessivo), à luz presente caso, o valor total da indenização por A r. decisão ora embargada prestigiou

da legislação em vigor e de decisões dessa E. danos morais poderia, em tese, chegar a entendimento que diverge, também, daquele

Corte, para reparação de danos morais 2.500 salários mínimos. que prevaleceu em outras decisões mais

causados pela morte de esposa e mãe dos recentes, posteriores àquela ora adotada

demandantes, dentro de um mesmo contexto Posicionamento diametralmente contrário foi como paradigma.

de fato — a indenização já fixada na decisão assumido pela 4.ª Turma, no julgamento do

recorrida era de 1.000 salários mínimos. Ou acórdão paradigma, em que atuou como Com efeito, no julgamento do REsp

seja, o bem jurídico lesado, nas duas situações, relator, como já se disse, o Min. Ruy Rosado de 773.075/RJ, relatado pelo Min. Fernando

é o mesmo, havendo também coincidência Aguiar. Gonçalves, o órgão colegiado (4.ª Turma),

entre as circunstâncias de fato analisadas em assim se pronunciou: “em casos semelhantes,

ambas as decisões, pois, nas duas hipóteses, o De fato, nessa r. decisão, a 4.ª Turma entendeu em que há (…) vítima fatal, a 4.ª e 3.ª Turmas

evento causador do dano (morte cuja que o total de 1.000 salários mínimos implica têm fixado a indenização em valor 5responsabilidade foi imputada ao recorrente) desrespeito ao limite traçado por essa E. Corte equivalente a até 500 salários mínimos”.

implicou prejuízos para pessoas com o mesmo em situações como a presente. E, com base

Tal julgado expressamente contempla a laço familiar — marido e filhos da vítima. nisso, reduziu para 500 salários mínimos a

solução que foi proposta pelo ora Embargante indenização por danos morais, sendo que o

no presente caso, isto é, de que seja Em que pese se tratar de situações valor respectivo deveria ser repartido entre o

observado in casu o limite total de 500 praticamente idênticas, as decisões proferidas marido e filhos da vítima. Nesse sentido, o

salários mínimos, definido em inúmeras pelas 3.ª e 4.ª Turmas dessa E. Corte Superior trecho dessa r. decisão em que constou: “(…) a

decisões dessa E. Corte Superior.são diametralmente contrárias, como se verá. indenização equivalente ao valor de 100

salários mínimos a título de indenização em

Essa constatação parece extremamente b) Divergência entre o posicionamento favor de cada um dos autores, num total de

pertinente para análise da admissibilidade do adotado por essa E. Corte Superior, em duas 500 salários mínimos, é suficiente para reparar

presente recurso, pois mostra que, embora situações quase idênticas. o dano moral sofrido pela família com a perda

não seja recente a decisão adotada como da esposa e mãe (…)”.

paradigma, o entendimento nela prestigiado Da análise de duas situações praticamente

continua atual, pois repetido reiteradamente idênticas, resultaram decisões conflitantes, da Porque preferiu não adotar, no caso sub

em outras decisões dessa E. Corte, pelas 3.ª e da 4.ª Turma desse E. Tribunal. examinen, o entendimento mencionado —

Turmas de Direito Privado.isto é, de que 500 salários mínimos é limite

Na decisão da 3.ª Turma, ora embargada, para o valor total da indenização e, não,

Não há, portanto, como se afirmar que o entendeu-se que a indenização por danos individual —, a 3.ª Turma acabou por proferir

entendimento exposto no acórdão paradigma morais, na situação analisada no presente decisão divergente em situação na qual se

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foi superado pela jurisprudência desse E. que mereça ser desconsiderado em hipóteses

Tribunal. É, repita-se, exatamente o contrário. específicas.

Portanto, rejeitando a possibilidade de adotar Por outro lado, não é razoável que o ora

tal solução no presente caso, a 3.ª Turma Embargante seja prejudicado pela resistência

dessa E. Corte Superior acabou por proferir em se apreciar a demanda a partir dos

decisão que diverge daquelas proferidas até parâmetros definidos por essa E. Corte

por ela própria, como referido no acórdão Superior.

supracitado, em situações análogas. Também

por esse aspecto se revela a necessidade de Por estas razões, está evidenciada a

que seja revisto o entendimento prestigiado necess idade de que preva leça o

na r. decisão ora embargada. entendimento expresso no v. Acórdão

paradigma, isto é, de que deve ser

observado, no presente caso, o limite de 500

salários mínimos para o valor total da

indenização por danos morais.

Admitida a divergência jurisprudencial aqui

apontada, espera-se que esse E. STJ

reconheça que a melhor solução da questão Por todo o exposto, pede e requer: (a) o

foi dada pelo v. Acórdão paradigma, isto é, de regular processamento do presente recurso,

que o limite de 500 salários mínimos a título com a consequente nomeação de relator, a

de indenização por danos morais não se aplica concessão de prazo para apresentação de

individualmente em favor de cada resposta pelos Embargados e a inclusão em

demandante, mas, sim, no total. pauta para julgamento pela 2.ª Seção dessa

E. Corte Superior; e, (b) o provimento do

Esse entendimento foi fruto de intensa presente recurso, para o fim de fazer

reflexão sobre o valor da indenização por prevalecer o entendimento prestigiado no v.

danos morais em situações nas quais há Acórdão ora adotado como paradigma,

vítimas fatais e a ele chegou essa E. Corte quanto à necessidade de limitar o valor total

Superior a partir de critério de razoabilidade, da indenização por danos morais, no

tentando evitar casuísmo que inviabilize o seu presente caso, a 500 salários mínimos, a ser

papel indiscutivelmente uniformizador. partilhado entre os três demandantes.

Também não se pode negar a preocupação Pede deferimento.

que orientou tal reflexão, de não se

estabelecer uma tarifação judicial do dano Curitiba, 08 de fevereiro de 2012.

moral, mas, sim, repita-se, o mínimo de

previsibilidade de que resulte respeito

também a outras garantias constitucionais,

sobretudo a segurança jurídica.

Aliás, é inegável que o nosso sistema jurídico-

processual tem passado por várias

modificações justamente com o objetivo de

permitir certa padronização das decisões

judiciais e assim evitar a arbitrariedade que às

vezes resulta do casuísmo. Não se está

sustentando no presente caso, portanto,

posicionamento calcado em bases frágeis,

Referências:

5. RAZÕES PELAS QUAIS DEVE PREVALECER O

ENTENDIMENTO EXPRESSO NO V. ACÓRDÃO

PARADIGMA

6. CONCLUSÃO

1 Regularmente constituídos nos termos

dos instrumentos de mandato já anexados

aos autos do recurso em que proferida a r.

decisão ora embargada.

2 Portanto, em valores atuais, a condenação

ao pagamento de indenização por danos

morais supera a casa dos R$ 3.000.000,00.

3 A outra conclusão não se poderia chegar

quando se constata que, na grande maioria

dos acórdãos recentes sobre o tema do

quantum indenizatório, em situações como

a presente, adotou-se, como razão de

decidir, o entendimento prestigiado no

REsp 163.484/RJ.

4 REsp 1.152.541/RS, 3.ª T., j. 13.09.2011,

rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, DJe

21.09.2011.

5 REsp 773.075/RJ, 4.ª T., j. 27.09.2005, rel.

Min. Fernando Gonçalves, DJ 17.10.2005, p.

315.

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