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CRESESB - Centro de Referência para Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO X Nº 10 Setembro - 2005 II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica Novos Horizontes, Novos Desafios Novos Horizontes, Novos Desafios Novos Horizontes, Novos Desafios Novos Horizontes, Novos Desafios Novos Horizontes, Novos Desafios CRESESB CRESESB CRESESB CRESESB CRESESB Informe Informe Ao envolver os Departamentos Regio- nais dos estados do Acre, Roraima, Pará e Amapá, o SENAI procura ampliar sua área de atuação incluíndo fontes alter- nativas e renováveis de energia em seus cursos. No primeiro momento o Setor de Energias Alternativas e Renováveis terá como ênfase a criação de programas de especialização, qualificação e apren- dizagem industrial em energia solar fotovoltaica. Página 3 Os projetos SWERA e SONDA tem por objetivo disponibilizar um banco de dados consistente e de alta confiabilidade sobre os recursos solar e eólico além de outras informações.O projeto SONDA tem como principal meta a criação de uma rede nacional de coleta de dados sobre radiação solar e vento para melhor caracterização do potencial nacional através do desenvolvimento e validação de modelos. Páginas 10 e 11 O Seminário GVEP - Financiamento de Energias Renováveis para Uso Produ- tivo, realizado em Brasília-DF, contou com a participação de diversos espe- cialistas em fontes renováveis no Brasil discutindo principalmente as possíveis ampliações de oportunidade de acesso ao crédito financeiro e novos negócios de geração descentralizada de energia elétrica. Páginas 22 e 23 Projetos SWERA e SONDA: Novas perspectivas de dados solar e eólico SENAI amplia sua atuação em fontes renováveis de energia Seminário discute formas de financia- mento para projetos renováveis no Brasil Cerimônia de Abertura do II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica - SNESF realizado no auditório do CEPEL - RJ. Páginas 12 e 13

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Page 1: Informe Cresesb 10 (versao-paty) · Ivonice Campos - Fórum Permanente Antônia Sônia Diniz - CEMIG Roberto Gentil Porto Filho - COELCE José Carlos Aziz Ary - BNB Margaret Müller

CRESESB - Centro de Referência para Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO X Nº 10 Setembro - 2005

II Simpósio Nacional de Energia Solar FotovoltaicaII Simpósio Nacional de Energia Solar FotovoltaicaII Simpósio Nacional de Energia Solar FotovoltaicaII Simpósio Nacional de Energia Solar FotovoltaicaII Simpósio Nacional de Energia Solar FotovoltaicaNovos Horizontes, Novos DesafiosNovos Horizontes, Novos DesafiosNovos Horizontes, Novos DesafiosNovos Horizontes, Novos DesafiosNovos Horizontes, Novos Desafios

CRESESBCRESESBCRESESBCRESESBCRESESBInformeInforme

Ao envolver os Departamentos Regio-nais dos estados do Acre, Roraima, Paráe Amapá, o SENAI procura ampliar suaárea de atuação incluíndo fontes alter-nativas e renováveis de energia em seuscursos. No primeiro momento o Setor deEnergias Alternativas e Renováveis terácomo ênfase a criação de programas deespecialização, qualificação e apren-dizagem industrial em energia solarfotovoltaica. Página 3

Os projetos SWERA e SONDA tem porobjetivo disponibilizar um banco dedados consistente e de alta confiabilidadesobre os recursos solar e eólico além deoutras informações.O projeto SONDAtem como principal meta a criação deuma rede nacional de coleta de dadossobre radiação solar e vento para melhorcaracterização do potencial nacionalatravés do desenvolvimento e validaçãode modelos. Páginas 10 e 11

O Seminário GVEP - Financiamento deEnergias Renováveis para Uso Produ-tivo, realizado em Brasília-DF, contoucom a participação de diversos espe-cialistas em fontes renováveis no Brasildiscutindo principalmente as possíveisampliações de oportunidade de acessoao crédito financeiro e novos negóciosde geração descentralizada de energiaelétrica. Páginas 22 e 23

Projetos SWERA e SONDA: Novasperspectivas de dados solar e eólico

SENAI amplia sua atuação em fontesrenováveis de energia

Seminário discute formas de financia-mento para projetos renováveis no Brasil

Cerimônia de Abertura do II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica - SNESFrealizado no auditório do CEPEL - RJ. Páginas 12 e 13

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2 C R E S E S B I N F O R M E

CEPELCEPELCEPELCEPELCEPELCentro de Pesquisasde Energia Elétrica

João Lizardo R. H. de AraújoDiretor Geral - CEPEL

Albert Cordeiro Geber de MeloDiretor de Pesquisa e Desenvolvimento

Jorge Nunes de OliveiraDiretor de Gestão e Infra-Estrutura

Jorge Henrique Greco LimaChefe do Departamento de

Tecnologias Especiais

Hamilton Moss de SouzaCoordenador do CRESESB

Ricardo Marques DutraPatrícia de Castro da Silva

Engenheiros AssistentesEditoração Eletrônica

DaugrafImpressão

Membros do Conselhodo CRESESB

Laura Porto - MMEClaudio Júdice - MCT

Milton Carneiro - ELETROBRÁSJorge Lima - CEPEL

Ivonice Campos - Fórum PermanenteAntônia Sônia Diniz - CEMIG

Roberto Gentil Porto Filho - COELCEJosé Carlos Aziz Ary - BNB

Margaret Müller - FINEPEveraldo Feitosa - UFPE

Adnei Andrade - USPRuberval Baldini - ABEERIsmael Ferreira - APAEB

Novos Horizontes - Novos DesafiosNovos Horizontes - Novos DesafiosNovos Horizontes - Novos DesafiosNovos Horizontes - Novos DesafiosNovos Horizontes - Novos Desafios

Os artigos assinados são deresponsabilidade dos autores.

O

Hamilton MossPatrícia de Castro da SilvaRicardo Marques DutraEquipe [email protected]

O título deste Editorial parece-nos traduzir bem o momentovivido atualmente pelas ener-

gias renováveis em nosso país:novos horizontes, novos desafios.Abrem-se novas perspectivas, comprojetos de porte que há poucos anosatrás pareciam impensáveis, masmultiplicam-se os desafios para queeles representem não um ponto dechegada, mas o início de um cresci-mento contínuo das alternativasenergéticas sustentáveis no Brasil.

Mais uma vez este Informe apre-senta exemplos e reflexões sobre atrajetória recente das energias solare eólica em todo o território nacional.Não poderíamos deixar de ressaltar oêxito da realização do II Simpósio

Nacional de Energia Solar Fotovoltaica– II SNESF. Continuando o sucessodo I SNESF, realizado em 2004 emPorto Alegre, e já com uma terceiraedição prevista para ocorrer emSalvador em 2007, o SNESFconsolida-se como um espaço deencontro da comunidade fotovoltaicabrasileira. O espírito de equipe quepermitiu a realização bem sucedidado II SNESF, com participação depessoas e instituições de Norte a Suldo Brasil, certamente irá permear oesforço para a execução das iniciati-vas propostas e discutidas nesteencontro.

Apesar de não ter sido possívelfazer uma matéria, ainda para esteInforme, um outro importante evento

merece ser aquiregistrado, estena área de eólica,que acabou deocorrer em Natal,Rio Grande doNorte: o “EncontroInternacional deEnergia Eólica”,realizado peloCIER/BRACIER.O CRESESB e oCEPEL orgulham-se de ter parti-cipado tambémdeste encontro.

Não queremos antecipar o resul-tado da leitura das diversas importan-tes contribuições que recebemos paraesta edição do Informe, mas certa-mente o leitor encontrará motivos desatisfação ao tomar conhecimentodas informações que selecionamospara apresentação nas próximaspáginas. É também com especialsatisfação que realizamos esteInforme, o de número 10, comemoran-do os 10 anos de CRESESB. Aocomemorarmos esta data não poderí-amos deixar de agradecer às inúme-ras contribuições que recebemos aolongo destes anos: participação noseventos, artigos recebidos paranossas publicações, informações eauxílio em diversos encontros, entreoutras. A todos os nossos colabora-dores, no Brasil e no exterior, osnossos mais profundos agradecimen-tos por todos estes anos de parceria.Parabéns pra vocês.

Equique Cresesb juntamente com Osvaldo Soliano,primeiro coordenador do Centro

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§ 3C R E S E S B I N F O R M E

ntenados com a busca de alter-nativas energéticas empreendi-

das pelo ser humano idealizou-se umprojeto estratégico para a RegiãoNorte, envolvendo os DepartamentosRegionais do SENAI para os estadosdo Acre-AC, Rondônia-RO, Amazo-nas-AM, Roraima-RR, Pará-PA eAmapá-AP, que em um primeiromomento trataria de uma única fonteenergética, neste caso o sol, deven-do, em uma concepção de educaçãocontinuada tratar de outras fontesenergéticas em um segundo momento.

Objetivo:Atuar no Setor de Energias Alter-

nativas e Renováveis, com ênfase,em um primeiro momento, na EnergiaSolar Fotovoltaica, com programas deEspecialização, Qualificação e Apren-dizagem Industrial, visando a forma-ção de competências internas quepermitam a implantação e difusãodesta nova tecnologia na Geração deEnergia Elétrica.

Este objetivo vem bem ao encon-tro do que é enfatizado e destacadoem documentos que tratam do assun-to, de que a falta de mão de obraespecializada é um dos principaisentraves ao desenvolvimento destetipo de projeto nas diversas regiõesde nosso país, citado inclusive nopróprio site do PRODEEM.

Justificativa:As fontes alternativas de energia

e a busca de tecnologias consoli-dadas para seu aproveitamento,despontam como elementos básicosna construção do desenvolvimentosustentável que se quer para o País.Os novos sistemas crescem deimportância quando se tornam ocaminho eficaz para a instalação deunidades produtivas, que geramemprego e renda, ou assistenciais,que elevam a qualidade de vida,garantindo a geração local de energiaem regiões isoladas, onde a transmis-são por linhas convencionais se tornaeconomicamente inviável.

Potencial existe de sobra e nãoseria nenhuma heresia dizer que esteé o país mais rico do mundo em fontesrenováveis. O território Brasileiro

encontra-se situa-do no CINTURÃOINTERTROPICAL,ou seja, entre ostrópicos de Câncere Capricórnio. É aregião com osmais altos índicesde Insolação doPlaneta (16 a 20MJ/m2/dia).

A Região Nor-te é uma das me-nos assistida porrede elétrica edas que apresen-tam menor índicede desenvolvi-mento e alto custo da interiorizaçãodos sistemas de transmissão elétri-cos, demonstrando plena sintonia como que preconiza o programa FederalLuz para Todos. Deve-se então pensarem outras formas de energia paraatendimento a uma classe de consu-midores desassistidos.

Portanto, verificamos na EnergiaSolar Fotovoltaica a alternativaimediata para atender às mínimasnecessidades desta população,proporcionando-lhes o acesso àsaúde, escola e informação, com umafonte de energia abundante, grátis eecologicamente limpa.

Não queremos, todavia parecerpresunçosos acreditando que osimples fato de se ter acesso aenergia resolverá de imediato todosos problemas pertinentes a estascomunidades. Todavia temos plenaconvicção de que este é o passoinicial para a mudança deste cenário.

Etapas:1 - Capacitação de Técnicos -

Fontes Ren. de Energia ( FRE)2 - Capacitação de Técnicos em

Energia Solar3 - Implantação dos Laboratórios

de Energia Solar4 - Implantação de Cursos

Indicadores de Impacto dosProdutos do Projeto:1 - Índice de mortalidade infantil.2 - IDH dos Municípios.

3 - Melhoria da imagem do SENAI.

Resultados Alcançados:O projeto teve início em março de

2002, nas dependências do SENAI-DRAM, em uma ação de parceria com aUFAM - Universidade Federal doAmazonas e CEPEL/ELETROBRÁS,para a realização das etapas 1 e 2 –Capacitação de Técnicos em FRE eEnergia Solar, contando com 16concluintes em FRE e 20 em EnergiaSolar, ressaltando que contamos coma participação de 02 técnicos da CEA -Companhia de Eletricidade do Amapá,02 técnicos da CEAM - Companhia deEletricidade do Amazonas e 01 técnicodo SENAI-DR PB.

A etapa 3, que consiste na implan-tação dos Laboratórios de EnergiaSolar nos Estados do AM, RR, AC,RO, AP e PA, teve início com aconstrução da CASA SOLAR, apro-veitando uma concepção de projetode casa pré-fabricada em madeira doLPF- Laboratório de Produtos Flores-tais do IBAMA. Hoje dispomos deseis Laboratórios CASA-SOLARconcluídos já tendo sido capacitadosaté então aproximadamente 150alunos inclusive tendo acontecido emRoraima uma turma exclusiva para 14indígenas das etnias Macuxi, Wapixa-na e Taurepang.

Atuação do SENAI em FontesAtuação do SENAI em FontesAtuação do SENAI em FontesAtuação do SENAI em FontesAtuação do SENAI em FontesAlternativas de EnergiaAlternativas de EnergiaAlternativas de EnergiaAlternativas de EnergiaAlternativas de Energia

Laboratório Casa Solar do Senai - RN

Aldemurpe O. BarrosDiretor Regional DR-SENAI-RR

[email protected]

A

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4 C R E S E S B I N F O R M E

Atividades do Grupo de Células Solares do Lab.Atividades do Grupo de Células Solares do Lab.Atividades do Grupo de Células Solares do Lab.Atividades do Grupo de Células Solares do Lab.Atividades do Grupo de Células Solares do Lab.de Sensores e Materiais do LAS-INPEde Sensores e Materiais do LAS-INPEde Sensores e Materiais do LAS-INPEde Sensores e Materiais do LAS-INPEde Sensores e Materiais do LAS-INPE

A s atividades em Ciência e Tec-nologia de Materiais e Sensores

no Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (INPE) são desenvolvidasno âmbito do Laboratório Associadode Sensores e Materiais (LAS) evisam, primariamente, a pesquisa eo desenvolvimento de materiais esensores de interesse da área espa-cial. Além disso atende às deman-das da Instituição de projetos dopróprio INPE ou então de transfe-rência de tecnologia.

Desde 1980 o grupo de célulassolares do LAS-INPE atua na áreade dispositivos voltados principal-mente para uso espacial. São estuda-dos e pesquisados materiais eprocessos para o desenvolvimento,fabricação e caracterização destetipo de célula solar, bem como odesenvolvimento de experimentosvisando a caracterização e testesdurante missões de satélites brasilei-ros ou satélites construídos atravésde cooperação tecnológica comoutros países.

Atualmente, esforços de pesquisatêm sido feitos em áreas mais abran-gentes: desenvolvimento de simula-dores solares de baixo custo, fabrica-ção de radiômetros solares e esta-belecimento de novos processos enovos materiais (silício poroso)visando sua aplicação na fabricaçãode dispositivos baseados no efeitofotovoltaico.

O CELSOL, também, participa daMissão Espacial Completa Brasileiratendo sido responsável pela especi-ficação, projeto e análise de potênciados painéis solares do Satélite deColeta de Dados 1 (SCD1), bemcomo da completa nacionalização dafabricação dos painéis solares doSCD2. Foi responsável por dois experi-mentos, um em cada missão (SCD1 eSCD2), onde células solares comqualificação espacial, totalmente fabri-cadas no Brasil por pesquisadores doLAS em conjunto com o Laboratório deMicroeletrônica da USP/SP, sãotestadas em condições reais.

Para a caracterização de célulassolares este laboratório conta comdois simuladores solares e sistema

automático de medidas corrente-tensão, com controle de temperatura.Para caracterização de silício poroso,o laboratório possui sistema paramedida de fotoluminescência. Paradeposição de filmes finos o labora-tório conta com uma evaporadora porfeixe de elétrons e capela comambiente limpo para preparação desubstratos.

As atividades de pesquisa dogrupo CELSOL e os principais mar-cos podem ser resumidos a seguir:

• Desenvolvimento de processosutilizados na fabricação de célulassolares de silício monocristalino dealta eficiência em colaboração como Laboratório de Microeletrônica daUSP/São Paulo.

• Implementação no laboratóriode um sistema de caracterizaçãoautomatizada de células solares, comtemperatura variável, para medidasde corrente por tensão sob ilumi-nação nas condições AM0 (Massa dear zero), AM1 e AM1,5G (Efeito daatmosfera terrestre), medidas decorrente por tensão no escuro emedidas de resposta espectral.

• Estudo de degradação dodesempenho de células solares(silício e outros materiais) com airradiação por partículas ionizantes(elétrons, prótons, alfa, etc) e efeitoda temperatura de recozimento.

• Desenvolvimento de técnicaspara a obtenção de silício poroso (SP),estudo do potencial deste material naárea fotovoltaica e desenvolvimentode sensores químicos utilizando estematerial.

• Desenvolvimento, fabricação etestes de qualificação espacial de umlote de células solares de silício paraabastecer o Experimento CélulaSolar I colocado à bordo do Satélitede Coleta de Dados 1 (SCD1) daMECB, o qual foi lançado em 9 defevereiro de 1993.

• Desenvolvimento, fabricaçãoe testes de qualificação espacial deum lote de células solares de silíciopara abastecer o ExperimentoCélula Solar II do Satélite de Coletade Dados 2 (SCD2) da MECB,colocado em órbita em 23 de ou-tubro de 1998.

• Montagem de laboratório decalibração de radiômetros paraplataformas de coleta de dados.

• Desenvolvimento de simuladorsolar de baixo custo.

• Assessoria e prestação deserviços na área de energia solar,para grupos internos e externos.

Nelson VeissidLAS - Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciaiswww.las.inpe.br/~veissid/

Satélite SCD1 mostrando no centro do painel solar lateral o Experimento Célula Solar

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§ 5C R E S E S B I N F O R M E

A questão da geração de energiatornou-se estratégica em um mundono qual tecnologias surgem a cadadia, os recursos naturais não sãoinesgotáveis e causam impactosambientais.

A reflexão sobre a energia e seusaspectos tem se tornado um tematransversal, multidisciplinar, envol-vendo políticos, técnicos, sociólogos,ambientalistas, advogados e admi-nistradores, pois a energia teminfluência sobre a evolução e desen-volvimento social.

Na Antropologia, encontramostrabalhos como de White e Cottrelque conferem à energia uma impor-tância central na sociedade. Ambosdesenvolveram trabalhos em que aevolução social é basicamenteexplicada em função da disponi-bilidade de energia, que é vista comoo principal promotor da mudançasocial. “... A quantidade de energia(útil) per capita por ano é o principalindicador do grau de evolução de umsistema cultural” (CAMPOS MACHA-DO, 1998:p238).

A partir deste fato, empresas enações devem buscar produzir levandoem conta não apenas seus custos e asdemandas dos consumidores, mastambém os impactos sócio-culturais eambientais de suas operações.

De acordo com o Relatório doDesenvolvimento Humano das Na-ções Unidas, o Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) consiste emum critério para avaliar o desen-volvimento e bem estar dos sereshumanos. Os componentes desteíndice são: levar uma vida longa esaudável, ter conhecimento, teracesso aos recursos necessáriospara um padrão de vida digno eparticipar na vida da comunidade. Naverdade, o objetivo principal dodesenvolvimento deve ser ampliar asliberdades humanas, possibilitandoexpandir as capacidades e escolhasque as pessoas têm para viver vidasplenas e criativas.

Com a crescente participação dasfontes de energias renováveis namatriz energética mundial, o GrupoShell estabeleceu, a partir de 1997,

Energia e Desenvolvimento SustentávelEnergia e Desenvolvimento SustentávelEnergia e Desenvolvimento SustentávelEnergia e Desenvolvimento SustentávelEnergia e Desenvolvimento SustentávelDesafios para as Iniciativas Públicas e PrivadasDesafios para as Iniciativas Públicas e PrivadasDesafios para as Iniciativas Públicas e PrivadasDesafios para as Iniciativas Públicas e PrivadasDesafios para as Iniciativas Públicas e Privadas

a Shell Renováveis para desenvolveroportunidades comerciais nos seg-mentos das energias solar e eólica.Com investimentos alcançando US$1 bilhão no setor de renováveis, acompra da Siemens Solar, em 2002,foi um passo importante na conso-lidação da empresa no setor fo-tovoltaico. No Brasil, a Shell Solarpossui 130.000 módulos solaresinstalados, atendeu 20.000 proprie-dades rurais, mais de 200 estaçõesde telecomunicações na universa-lização dos serviços e ampla rede deparceiros com capacidade técnica ecomercial com mais de 400 reven-dedores treinados. A atuação princi-pal concentra-se na área de eletrifi-

cação e telefonia rurais e bombeamen-to de água, tendo suas soluçõesenergéticas aplicadas no combate àseca no Nordeste, projetos de inclusãosocial e geração de renda, contribuindono combate à exclusão elétrica queafeta 12 milhões de brasileiros.

A eletrificação rural em comuni-dades isoladas é uma questão decidadania. A energia, conforme ditoanteriormente, serve como referênciade desenvolvimento, nem sempre aoalcance de todos. Levar energia àsáreas isoladas e rurais é um desafio,uma conquista de cidadania, dentrode uma sociedade com desigual-dades sociais e econômicas. Esseprincípio norteia hoje os programaspúblicos de eletrificação de comuni-dades isoladas no Brasil.

O fornecimento de energia elétricapela tecnologia fotovoltaica temmelhorado o padrão de vida dosusuários. Entretanto, o processo dedifusão requer dos usuários novasatitudes e novas formas de organi-zação para a adoção, gestão emanutenção desta tecnologia. Esta

mudança sócio-cultural tem sido umobstáculo importante na disseminaçãoe sustentabilidade dos sistemas foto-voltaicos em comunidades isoladas.

Por outro lado, muitas pessoasainda associam a tecnologia comofonte de degradação ambiental. Odesafio é converter as novas tecno-logias em meios pelos quais sejapossível dissociar o crescimentoeconômico da degradação ambiental.A garantia de que novas tecnologiascontribuam para a sustentabilidadeambiental exige não só inovaçãotecnológica, mas também inovaçãoeconômica, social e institucional.Novas formas de pensamento ereceptividade pública são condiçõesnecessárias para liberar a capaci-dade de aprender e, com efeito, usara tecnologia para criar novos recur-sos. Por exemplo, será preciso maisdo que a invenção de novos motorespara transformar o transporte deveículos automotores pessoais.Veículos movidos a células de com-bustível de hidrogênio não serão enão poderão ser alvos de amplaaceitação sem grandes mudanças nainfra-estrutura de combustíveis.

O desafio das empresas é encon-trar novas maneiras de alinharinovações com as expectativas dopúblico e gerar uma estrutura geren-cial baseada na análise, definição efornecimento de valores sustentá-veis. Os negócios realmente empre-endedores estão conscientes de quepara tanto é necessário compreendera natureza em transformação dasociedade e redefinir os relaciona-mentos que pretendem construir comos clientes, empregados e fornece-dores, com os governos e com opróprio público em geral. Desincum-bir-se bem dessas responsabilidadesexige tempo, visão, liderança e cora-gem. Os sobreviventes e os prósperosserão os mais adaptáveis, os maiseficazes, os que melhor usam astecnologias e os que concentram o fococom mais intensidade nos clientes.

Cristiano BorgesShell Brasil Ltda.

Divisão de Energia [email protected]

A reflexão sobre aenergia e seus as-

pectos tem se torna-do um tema transver-

sal, multidisciplinar

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6 C R E S E S B I N F O R M E

CEPEL desenvolve simulações computacionalCEPEL desenvolve simulações computacionalCEPEL desenvolve simulações computacionalCEPEL desenvolve simulações computacionalCEPEL desenvolve simulações computacionalpara identificação de sítios eólicos promissorespara identificação de sítios eólicos promissorespara identificação de sítios eólicos promissorespara identificação de sítios eólicos promissorespara identificação de sítios eólicos promissores

De acordo com o Atlas do Poten-cial Brasileiro, o Brasil apresenta

um potencial promissor, principal-mente nas regiões mais carentes deoutras fontes energéticas, como emalgumas localidades situadas nolitoral das regiões Norte e Nordestedo Brasil. Estas apresentam velo-cidades de vento médias anuaissuperiores a 7m/s (medidas a 50metros de altura).

Tendo em vista este potencial aser explorado, iniciou-se o projeto dedesenvolvimento de uma ferramentacomputacional com objetivo de:• Indicar áreas com potencial eólico

promissor no Nordeste para realiza-ção de projetos de plantas eólicas;

• Auxiliar o planejamento e a opera-ção do sistema elétrico da CHESFintegrando inserções de geraçãoeólica na sua matriz energética;

• Após a finalização dos projetosdas plantas éolicas dos sítiosselecionados, fornecer uma previ-são de energia gerada, utilizandouma estimativa do comportamen-to médio dos ventos ao longo detrês dias a ser implementada peloINPE, e auxiliar a CHESF nodespacho da mesma.Até o presente momento, encon-

tra-se finalizada a implementação da

primeira etapa deste projeto, queconsiste em uma nova metodologiapara facilitar e agilizar a identificaçãode sítios eólicos promissores. Estenovo procedimento baseia-se nocruzamento das seguintes informa-ções georreferenciadas:• Dados de vento do Atlas do

Potencial Eólico Brasileiro;• Diagrama elétrico da região

Nordeste;• Características técnicas do

diagrama elétrico;• Base municipal da região

Nordeste;• Dados técnicos dos centros de

cargas;• Imagens de satélite;• Modelos de relevo e rugosidade;• Base de rodovias;• Base de unidades de conservação

(áreas indígenas, áreas de prote-ção ambiental e ecológica).A metodologia proposta no projeto

prevê a integração progressiva, emum modelo de simulação computa-cional, de todos os dados relevantesà inserção de plantas eólicas na rede.O modelo computacional usarárecursos de ferramentas de sistemade informação geográfica (SIG).

O projeto pretende obter os se-guintes produtos finais:

• Módulo de Análise;• Banco de dados georreferen-

ciados (BDG);• Identificador de sítios eólicos;• Série Temporal;• Simulador de produção energé-

tica de curto prazo.O Banco de Dados (BDG) reunirá

todos os layers com as informaçõesgeorreferenciadas necessárias paraa identificação dos sítios eólicospromissores.

O Módulo de Análise utilizarádados do BDG e fornecerá os sítiospromissores onde serão realizadosos projetos das plantas eólicas e asestimativas de produção energéticade curto prazo. O Módulo de análisefoi desenvolvido na linguagem VisualBasic acessando a biblioteca declasses ArcObject 8.3.

A Série Temporal será fornecidapor um aplicativo de previsão deregimes de ventos que utiliza ummodelo de mesoescala de previsãometeorológica.

Ao final, será apresentado umprognóstico de 72 horas do perfil deprodução de energia elétrica a partirdo prognóstico fornecido pelo INPEpara o sítio selecionado pelo Módulode Análise. As previsões dos regimesde ventos serão comparadas comresultados reais de estações anemo-métricas do CEPEL, a serem instala-das em, pelo menos, duas regiõesrepresentativas na área da CHESF.

Tela de modelagem apresentando uma área promissora identificada pelo Módulo de Análise.

Produtos Finais do Projeto.

Sérgio [email protected]

Antônio Leite de Sá[email protected] - CEPEL

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§ 7C R E S E S B I N F O R M E

Elisabeth PereiraGREENSOLAR - PUC Minas

[email protected]

Simulador Solar para Sistemas de AquecimentoSimulador Solar para Sistemas de AquecimentoSimulador Solar para Sistemas de AquecimentoSimulador Solar para Sistemas de AquecimentoSimulador Solar para Sistemas de Aquecimento

mercado brasileiro de aqueci-mento solar, a exemplo de

outros países da Europa e dosEstados Unidos, é composto porempresas de pequeno e médioportes. Em sua grande maioria, essasempresas estão em fase de desen-volvimento de novos produtos e deprocessos industriais.

Para dar maior confiabilidade aoconsumidor final da tecnologia solare incentivar maior qualidade dosprodutos disponíveis no mercadobrasileiro foi criado, em 1997, oPrograma de Etiquetagem de Coleto-res Solares do INMETRO. Entretan-to, nos últimos anos, esse programavinha encontrando dificuldadesoperacionais para sua desejadaevolução devido aos longos períodosde tempo exigidos para a conclusãodos ensaios de campo.Tal fato édecorrente das condições climáticasbastante restritivas definidas nasnormas brasileiras e americanas paraos testes, como radiação solarincidente, temperatura ambiente evelocidade do vento.

Diante des-se cenário, aEletrobrás, emparceria com oGrupo de Es-tudos em Ener-gia da PUC Mi-nas e apoiofinanceiro doGEF / BancoMundial, ad-quiriu um si-mulador solarpara o Labora-tório de En-saios de Cole-tores Solaresda PUC Minas.Este simuladoratende a duas condições básicas:grande uniformidade da radiaçãoincidente em áreas coletoras da ordemde 3 metros quadrados e nível deradiação praticamente invariável emperíodos superiores a 1 hora. Taisexigências se justificam frente àselevadas constantes de tempo doscoletores solares, quando comparados

aos painéis fotovol-taicos, por exemplo.Para esses últimos,são recomendadossimuladores com lâm-padas tipo flash.

O simulador daPUC Minas, fornecidopela PSE - empresaalemã spin-off do Ins-tituto Fraunhofer deFreiburg, é consti-tuído de 8 lâmpadasde metal halide. Taislâmpadas apresen-tam potência emissivasimilar à de um corponegro a 5500K e tem-po de vida estimadoem 1000 horas defuncionamento. Esteequipamento possuidois importantes dife-renciais em relação aosmodelos empregadosnos Estados Unidos eCanadá e que devemser destacados:

1. A sustentabilidade do projeto esua penerização ficam garantidaspelo fato do simulador utilizarlâmpadas múltiplas cujos bulbostêm preços compatíveis com arealidade brasileira.2. O posicionamento do céuartificial entre as lâmpadas e ocoletor solar.O céu artificial corresponde basi-

camente a duas placas de vidrotemperado com passagem de arresfriado entre elas. Dessa forma,garante-se temperaturas inferiores àtemperatura ambiente nas proximi-dades do coletor solar de modosimilar aos ensaios de campo em queas trocas radiantes de energiaocorrem entre o coletor solar e aabóboda celeste. Este dispositivovisa reduzir erros experimentais emelhora a intercambialidade dosresultados entre ensaios internos eexternos.

Este projeto representa um marcona história do aquecimento solar noBrasil, que pode ser ilustrado pelafrase de divulgação da Eletrobrásquando de sua inauguração emdezembro último:

“A Eletrobrás pensa tanto emenergia que já tem seu próprio Sol”.

O

Simulador Solar em funcionamento.

Lâmpadas utilizadas no simulador.

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8 C R E S E S B I N F O R M E

Eng. Rodrigo Cunha TrindadeDiretor da Agência Energia Projeto

e Consultoria em Energia [email protected]

(31) 3486.3660

Aquecimento Solar no BrasilAquecimento Solar no BrasilAquecimento Solar no BrasilAquecimento Solar no BrasilAquecimento Solar no BrasilNovas TNovas TNovas TNovas TNovas Tendênciasendênciasendênciasendênciasendências

O mercado de aquecedores sola-res no Brasil vem comemorando

vitórias seguidas nos últimos tempos.Além do aumento significativo domercado, várias iniciativas vêmsendo implementadas para que ocrescimento do setor aconteça deforma saudável.

Um destaque dentro do setor é aassociação de indústrias que sereúne na ABRAVA, mais especifi-camente no Departamento Nacionalde Aquecimento Solar – DASOL.Essa entidade tem articulado açõesde forma inteligente e assim catali-zado iniciativas que beneficiem aampliação do mercado e, conseqüen-temente, o crescimento das empre-sas que fabricam os equipamentosdestinados ao sistema de aqueci-mento solar.

Durante muitos anos, qualquerenergia positiva que viesse a somarforças para o fortalecimento do setorera reunida nessa instituição. Mas ocrescimento do mercado e o surgi-mento de segmentos específicos,como as empresas revendedoras deequipamentos instaladores e proje-tistas de sistemas , está naturalmenteforçando o aparecimento de outrasassociações que congreguem cadaum desses elementos que são impor-tantes para um equilíbrio do setor.

Observa-se que, além da tendên-cia de criação de associações derevendas e projetistas, o país rece-beria bem uma associação brasileirade energia solar ativa, onde osassuntos de ordem acadêmica,institucionais e focados nos interes-ses da sociedade poderiam receberespaço e atenção de forma maisexpressiva.

Sabemos que o atual ambiente nosetor leva à concretização dessastendências e é de se esperar que otempo confirme a segmentação dosetor. Cabe, porém, lembrar que oapoio a essas novas instituições serábenéfico ao setor pois minimizará apolarização e concentração de açõescoordenadas por apenas um agenteativo.

O fortalecimento e a participaçãoativa do PROCEL e do INMETRO,através do Programa Brasileiro deEtiquetagem, nas ações relativas àqualidade dos produtos e serviçosque envolvem o setor, são fundamen-tais para que o segmento cresça comqualidade e credibilidade. Espera-seque o grande esforço que todos vemfazendo para melhoria da qualidadedos produtos (que realmente podeser confirmado) seja também dire-cionado para os demais segmentos.De nada adianta ter um bom produto,

etiquetado pelo INMETRO e premiadopelo PROCEL se ele for vendido einstalado de forma inadequada nãodemonstrando a potencialidade datecnologia.

A qualquer momento serão lança-dos programas direcionados aosegmento de serviços (ProgramaQualisol), mas a participação efetivado segmento de serviços deve serestimulada para que as ações nessaárea tenham sucesso.

A aquisição do simulador solar porum laboratório credenciado peloINMETRO para realização de testes emcoletores solares cria a expectativa deque os ensaios aplicados a estesequipamentos ganhem maior agilidadee possam permitir o avanço dos quedesejam que a certificação seja compul-sória, em detrimento à etiquetagemvoluntária que hoje rege o setor.

Dentro dos laboratórios de testesque estão instalados em universida-des, os segmentos de prestação deserviços ao setor de aquecimentosolar para etiquetagem da qualidadedos produtos e de desenvolvimentotecnológico, se funde à pesquisa. Apressão e rítmos diferentes entre apesquisa e a prestação de serviçosdesejados pela indústria devem levaraos laboratórios segmentaçõesinternas para melhor atender a cadademanda.

Observamos com satisfação amovimentação de cada segmento dosetor de aquecimento solar no Brasile vemos que, se bem conduzidas, asnovidades podem vir a contribuir parao fortalecimento desse importantesetor para o país.

A presença e apoio de todos,principalmente do apoio político efinanceiro governamental, vai permitirum novo equilíbrio do mercado deaquecedores solares em um patamarde maturidade e qualidade ondetodos possam se beneficiar dessadinâmica.

www.dasol.org.br

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§ 9C R E S E S B I N F O R M E

Iniciativa Privada Ganha PrêmioIniciativa Privada Ganha PrêmioIniciativa Privada Ganha PrêmioIniciativa Privada Ganha PrêmioIniciativa Privada Ganha Prêmiono Uso de Sistemas Fotovoltaicosno Uso de Sistemas Fotovoltaicosno Uso de Sistemas Fotovoltaicosno Uso de Sistemas Fotovoltaicosno Uso de Sistemas Fotovoltaicos

L ocalizada em Porto Alegre / RS,a Intercâmbio Eletro Mecânico

possui 10 empregados e comercia-liza materiais elétricos em geral esistemas de geração solar. Utilizandoum apartamento residencial comounidade de demonstração, numaprimeira fase instalou um sistemasolar fotovoltaico de 600Wp e, numasegunda fase, acrescentou outros400Wp.

Antes da instalação da energiasolar fotovoltaica, o apartamento jápossuía um aquecedor de água à gáspor acumulação (81 litros), e aslâmpadas incandescentes haviamsido trocadas por fluorescentescompactas (importadas) e fluo-rescentes tubulares (nacionais).

A primeira fase do projeto consis-tia em alimentar apenas a geladeirapor energia solar fotovoltaica, tendoo bando de baterias autonomia paraapenas um dia. Para facilitar a partidado motor-compressor foi colocadonesta antiga geladeira um capacitor.

Após a crise energética de 2001,surgiram no mercado aparelhos maiseficientes, com o selo PROCEL deeconomia de energia. Foi tomada adecisão de trocar a geladeira antiga,menos eficiente, por uma de selo classe“A” do PROCEL. Começava a sobrarenergia e o sistema foi capaz de

Alvaro Lima VieiraEdson Schaewer Vieira

Intercâmbio Eletro Mecânico Ltda.www.iem.com.br

[email protected]

alimentar mais cargas no aparta-mento, principalmente iluminação.

Numa análise posterior, verificou-se que aumentando 400Wp no sis-tema já instalado, e adicionando oitobaterias ao banco inicial, a energiasolar fotovoltaica poderia alimentarpraticamente todo o apartamento,exceto as grandes cargas comoaspirador de pó (1000W), lava-louças(1500W), secadora de roupas a arquente (1500W).

Ao ser observada perda térmicapelas laterais da lava-louças, tomou-se a medida de isolar termicamentea parte superior, as laterais e a partefrontal da máquina (quando fecha-sea tampa para pôr a lava-louças emfuncionamento), reduzindo significa-tivamente o intervalo de trabalho,permitindo até reduzir a potência daresistência do aparelho.

O sistema solar fotovoltaico inicialconsistia de 12 módulos de 50Wp,controlador de carga de 40 A, comvisor de cristal líquido para visuali-zação da geração, 12 baterias de100Ah (cada), um inversor de 800Wde onda senoidal modificada e comleds indicativos de tensão e corrente(dedicado à geladeira).

A estrutura deste primeiro sistemapode ser ajustada para a inclinaçãode 15º (verão) ou 55º (inverno).

A ampliação do sistema foi dadapor uma soma de painéis de potên-cias diferentes (carinhosamenteapelidada de “Frankenstein”), totali-zando 400Wp, controlador de cargade 40 ampères, com as mesmascaracterísticas do anteriormenteinstalado, mais 8 baterias de 100Ah(cada), e um inversor de 1000W, demesmas características técnicas queo anterior, exceto a potência (inversordedicado às outras cargas do aparta-mento). A estrutura deste segundosistema encontra-sefixa num ângulode 50º.

O banco de baterias foi unificado,totalizando 2000Ah. Com essasmedidas, verificou-se a diminuição doconsumo na ordem de 86% emrelação ao consumo verificandoanteriormente à implantação dosistema fotovoltaico.

A conta de energia do aparta-mento seguidamente tem indicadoconsumo mínimo cobrado pela con-cessionária (30kWh/mês), a menosdo inverno.

Com este trabalho implantado, aIEM inscreveu-se para concorrer aoPrêmio PROCEL 2004, na categoriade Micro, Pequenas e Médias Empre-sas, tendo sido agraciada com aMenção Honrosa, recebendo diplomae troféu em Dezembro de 2004, noRio de Janeiro.

Vista das instalações de aquecimento de água e painéis fotovoltaicos no prédio do IEM

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10 C R E S E S B I N F O R M E

O Levantamento dos Recursos Solar eO Levantamento dos Recursos Solar e O Levantamento dos Recursos Solar eO Levantamento dos Recursos Solar e O Levantamento dos Recursos Solar e

O SWERA é um projeto PNUMAco-financiado pelo GEF que temcomo meta remover barreiras doconhecimento e da falta de infor-mação sobre os recursos energéticossolar e eólico em países em desen-volvimento. Objetiva facilitar proces-sos de decisão embasados peloconhecimento técnico-científico,visando a redução nos custos deimplementação de projetos e, assim,ampliar o interesse de investidoresna área de recursos renováveis. Issoserá feito através do levantamentodos recursos de energia solar e eólicae da avaliação da viabilidade deaproveitamento destes recursoscomo fontes de energia renováveispara o desenvolvimento sustentado.

O projeto piloto tem um investi-mento total de 6,7 milhões de dólaresa maior parte através de financia-mento através do GEF e envolve umtotal de 14 países em diversosestágios de desenvolvimento desuas economias. Na África: Etiópia,Ghana e Kenya; na Ásia: Bangla-desh, China, Nepal e Sri Lanka; naAmérica Latina: Brasil, Cuba, ElSalvador ,Guatemala, Honduras,Belize e Nicarágua.

No Brasil, o SWERA propiciasuporte técnico, compilação e qualifi-cação de dados, formatação e inte-gração em sistema de informaçãogeográfica (SIG), mapeamento derecursos solares e eólicos para oBrasil, extensivo para a América doSul e região caribenha. Informaçõessobre levantamentos de recursos

solares e eólicos realizados anterior-mente ao projeto são revistas,documentadas e organizadas em umbanco de meta-dados (dados sobreos dados) implementado no websiteinternacional do UNEP-GRID (http://swera.unep.net/swera/index.php)para disseminação global e gratuita.Uma das etapas mais importantes doprojeto foi o desenvolvimento e amanutenção deste website com aparticipação direta do CPTEC-INPE.

Diversas atividades de treina-mento dirigido aos técnicos dospaíses latino-americanos participan-tes do projeto foram organizadasatravés de esforço conjunto doCPTEC/INPE, do CBEE, e do LAB-SOLAR/UFSC visando incrementar oconhecimento local sobre aquisição,classificação e qualificação de dadossolares e eólicos.

Na área de levantamento dosrecursos solar e eólico propriamentedita, uma colaboração entre oCPTEC/INPE e o LABSOLAR/UFSCpermitiu o desenvolvimento do mode-lo computacional BRASIL-SR, em-pregado pelo projeto no levan-tamento dos recursos de energiasolar do país, na resolução de 10kmx 10km extensivo para toda a Améri-ca do Sul, na resolução de 40km x40km. O modelo emprega dados dossatélites geoestacionários GOES 8GOES 12. O objetivo é a publicaçãode um Atlas Solar completo, com 10anos de dados.

O Brasil teve seu potencial eólicorecentemente mapeado pelo Atlas do

Potencial Eólico Brasileiro (2001),realizado sob coordenação doCEPEL, um dos colaboradores noprojeto SWERA, onde se observamvelocidades de vento médias anuaissuperiores a 7m/s em diversaslocalidades do Brasil. O ATLAS DOPOTENCIAL EÓLICO BRASILEIROcobre todo o território nacional e foiviabilizado pelo desenvolvimento doMesoMap, uma abrangente modela-gem numérica do comportamentodos ventos na superfície do globoterrestre. Os resultados das simula-ções utilizando esta modelagem sãoapresentados em mapas temáticosque representam os regimes médiosde vento, anual ou sazonalmente(velocidade, direções predominantese parâmetros estatísticos de Weibull)na altura de 50m, com resolução de1km x 1km.

Diversas estações de coleta dedados solares e eólicos foram implan-tadas (em conjunto com o projetoSONDA, que será descrito a seguir)para validações dos modelos deradiação solar, tanto o desenvolvidopelo Brasil (BRASIL-SR) quanto poroutros parceiros no projeto (doserviço meteorológico alemão, e doisdos Estados Unidos – Universidadede Albany e Laboratório de EnergiasRenováveis). A implementação dobanco de dados no sistema SIG foirealizada com dados fornecidos pordiversas agências e fontes nacionais(ONS, CEPEL, IBAMA, FUNAI, ANP,ANEEL, Eletrobrás, entre outras).Essa atividade consistiu em reunir,

emprego em grande escala dos recursos solar e eólico no mundo e no Brasil, encontra hojeduas grandes barreiras. Uma barreira de informação sobre os reais potencias energéticos

disponíveis, o que inibe novos investidores e incentivos nessa área; e a barreira tecnológica,ligada à inconstância natural na disponibilidade desses recursos, uma vez que são controlados ,a curto prazo, pela meteorologia e, a longo prazo pelo clima.

Os projetos SWERA e SONDA visam fornecer informações que permitam transpor a primeirabarreira através da disponibilização de um banco de dados consistente e de alta confiabilidadesobre esses recursos energéticos. Esses dados foram integrados a uma ferramenta computacionalcapaz de cruzar as diversas informações e fornecer os subsídios necessárias para a tomada dedecisões em nível governamental ou pela iniciativa privada, com o objetivo de atrair investidorespara essa nova forma de exploração de energia – limpa e renovável.

O

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§ 11C R E S E S B I N F O R M E

Eólicos - Projetos SWERA e SONDAEólicos - Projetos SWERA e SONDAEólicos - Projetos SWERA e SONDAEólicos - Projetos SWERA e SONDAEólicos - Projetos SWERA e SONDA

em um único banco de dados SIG,os levantamentos de radiação solare velocidade do vento, junto comdados suplementares sobre a redede distribuição de energia, redes detransporte rodoviário e ferroviário,rede fluvial, reservas, ocupação dosolo e diversos outros dados sócio-geográficos que serão usados naavaliação das áreas potenciais parainvestimento em projetos de explora-ção das energia solar e eólica.

Como contrapartida nacional aoprojeto SWERA e com o objetivo dedisponibilizar dados de alta qualidadede maneira a fornecer uma sólidafonte de informações científica etecnicamente embasada sobre osrecursos solares e eólicos no Brasil,o MCT lançou o projeto denominadoSONDA (Sistema de Organização deDados Ambientais) para o setor deenergias, com financiamento pelaFINEP (Financiadora de Estudos eProjetos). O SONDA teve comoprincipal meta o estabelecimento deuma rede nacional de coleta de dadossobre radiação solar e velocidade devento com objetivo de permitir carac-terizar melhor esses recursos noBrasil através do desenvolvimento evalidação de modelos.

O projeto, também iniciado em2001 e com perspectiva de encerra-mento neste ano, já implantou eopera regularmente um conjunto demais de 27 estações de coleta dedados automáticas distribuídas emtodo país. Cinco dessas estaçõessão conhecidas como estações dereferência por estarem equipadascom um conjunto completo de senso-res ambientais de última geração ecomunicação direta com a central deoperação localizada no CPTEC, emCachoeira Paulista. Estas servirãopara auxiliar no desenvolvimento evalidação de sofisticados modelosatmosféricos, rodados no supercom-putador SX6 do CPTEC, visandoobter informações mais precisassobre a radiação solar e a velocidadedo vento e a sua variabilidade notempo – informações essas degrande importância para estimar os

potenciais energéticos solar e eólicodo Brasil. As estações SONDA estãoligadas a outras redes de observaçãodo mundo, como a BSRN (BaselineSurface Radiation Network) e aAERONET (AErosol RObotic NETwork)e segue os padrões de qualidadeadotados pela WMO (OrganizaçãoMeteorológica Mundial), o que confe-re a essas redes um alto grau deconfiabilidade. O website do projeto,ainda em construção, pode seracessado em http://www.cptec.inpe.br/sonda.

Tanto o projeto SWERA como oSONDA não visam indicar os locaisexatos para realização dos investi-mentos em projetos de exploração

dos recursos solar e eólico. Isso serátarefa da iniciativa privada comoresposta às políticas nacionais deincentivo nessa área, como é o casodo PROINFA no que concerne aosrecursos eólicos. Os resultadosdesses projetos servirão, contudo,para uma primeira avaliação macrodessas áreas para que, após pesqui-sas detalhadas no campo, possamser tomadas as decisões necessáriasvisando a exploração dos recursossolares ou eólicos nas regiõespromissoras.

Enio Bueno [email protected]

www.cptec.inpe/sonda/CPTEC - INPE

Cartaz informativo do Projeto SONDA

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12 C R E S E S B I N F O R M E

II SNESF discute propostas para expandir oII SNESF discute propostas para expandir oII SNESF discute propostas para expandir oII SNESF discute propostas para expandir oII SNESF discute propostas para expandir o

No Brasil existem atualmente emtorno de 6 mil sistemas comunitáriosde energia solar fotovoltaica emfuncionamento, que atendem a cercade 180 mil pessoas, a maioria delasmoradora de comunidades distantesda rede elétrica. Esse número,somado aos sistemas individuais eaos sistemas de telecomunicações,representam um total de 10MW a15MW instalados. Com os novosprojetos em andamento, a quanti-dade de sistemas comunitáriosdeverá saltar, a curto prazo, para 9mil. Ainda assim, os números sãobem tímidos, sobretudo se compa-rados aos da Alemanha, onde atecnologia tem cerca de 400MWinstalados.

“A utilização dos sistemas foto-voltaicos tem um amplo potencialde expansão também no Brasil”,afirma Hamilton Moss, pesquisadordo Departamento de TecnologiasEspeciais (DTE) do CEPEL e coor-

denador do CRESESB. Segundoele, o custo para implantação dossistemas fotovoltaicos – entre US$7 mil e US$ 8 mil por cada kilowattinstalado, o equivalente a cerca deR$ 20 mil – ainda pode serconsiderado alto para os padrõesbrasileiros. Porém, no caso dascomunidades mais afastadas dosistema elétrico nacional, o valor écompetitivo, pois é inferior ao queseria necessário investir para levara rede elétrica até as comunidadesremotas que ainda não dispõem deenergia.

De acordo com especialistas dosetor elétrico, os sistemas de energiasolar fotovoltaica poderiam serutilizados por pelo menos 20% dascerca de 12 milhões de pessoas queserão atendidas pelo Programa Luzpara Todos (Ministério de Minas eEnergia/Eletrobrás). A meta doprograma é ambiciosa: atender atodas essas pessoas até 2008.

Êxito no exterior

A energia solar fotovoltaica vemsendo utilizada com êxito há váriosanos em países como o Japão,Alemanha, Estados Unidos e Espa-nha. No mundo inteiro, o mercado deenergia fotovoltaica movimenta cercade US$ 50 bilhões.

Convidado para participar daabertura do II SNESF, o pesquisadornorte-americano Lawrence Kasmer-ski, Diretor do Centro de Estudospara Utilização de Energia SolarFotovoltaica dos Estados Unidos,acredita que até 2025, cerca de 50%da energia consumida em seu paíspoderá vir dos sistemas solaresfotovoltaicos. Segundo ele, empaíses como o Japão, Alemanha,Estados Unidos e Espanha, o cres-cimento do setor fotovoltacio chegaa 57% ao ano. “O Brasil tem umpotencial enorme nessa área. Tempessoal capacitado para desenvolvernovos projetos e pode ser um impor-tante parceiro para o desenvolvi-mento da energia solar fotovoltaica”,explica Kasmerski.

Professor da Universidade Poli-técnica de Madri, o pesquisadorGabriel Sala Pano apresentou umpanorama da utilização da energiasolar fotovoltaica na Europa, emespecial na Espanha. Entusiasmadocom a perspectiva de expansãodessa tecnologia no Brasil, o Profes-sor Sala destacou as pesquisas quevêm sendo realizadas no país.Opinião compartilhada pelo pesqui-sador João Tavares Pinho, Coorde-nador do Grupo de Estudos e Desen-volvimento de Alternativas Energé-ticas (GEDAE) da UniversidadeFederal do Pará, que também parti-cipou da abertura do II SNESF,traçando um amplo painel do

O CRESESB e o CEPEL, em parceria com outras instituições e empresas, promoveram,entre os dias 17 e 20 de maio, o II Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica. Realizado

na sede do Cepel, no Rio de Janeiro, o II SNESF reuniu especialistas do Brasil e do exterior,representantes de governo, do setor elétrico e da indústria de equipamentos, para discutir propostaspara a expansão do uso de sistemas fotovoltaicos no país.

Cerimônia de Abertura do II SNESF no auditório do CEPEL

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§ 13C R E S E S B I N F O R M E

o uso da energia solar fotovoltaica no Brasilo uso da energia solar fotovoltaica no Brasilo uso da energia solar fotovoltaica no Brasilo uso da energia solar fotovoltaica no Brasilo uso da energia solar fotovoltaica no Brasil

segmento sob o tema “Uma viagemfotovoltaica pelo Brasil”.

Para o pesquisador AdrianoMoehlecke, da PUC-RS, é precisoestimular o setor no Brasil, comoacontece no Japão e na Alemanha,onde as residências não são apenasconsumidoras, mas também produ-toras de energia solar fotovoltaica.Nesses países, a energia do sol,captada por painéis solares insta-lados nos telhados, que não forutilizada é redistribuída para osistema elétrico convencional.Assim, quando não há consumo nacasa, a energia captada pelo painelfotovoltaico é “vendida” (repassada)ao sistema, podendo ser utilizada poroutras famílias. Palestrante doprimeiro dia do simpósio, o pesqui-sador Adriano Moehlecke foi ovencedor do Prêmio Jovem Cientistaem 2002, com um trabalho sobre aprodução de sistemas solares usan-do insumos de baixo custo.

Propostas para expansão

Durante o II SNESF foram dis-cutidas diversas alternativas paraestimular o uso da tecnologia fotovol-taica no Brasil. As principais suges-tões foram reunidas pelo ComitêExecutivo do Simpósio em um docu-mento a ser entregue ao Fórum dosSecretários Estaduais de Energia eao Ministério de Minas e Energia, queestiveram representados no evento.

Entre as propostas do documentoestão a criação de um ProgramaNacional de Energia Solar Fotovol-taica e de uma rede temática compesquisadores de diversas institui-ções. Essa rede reuniria a compe-tência instalada em cada Centro dePesquisa, somando conhecimento eaproveitando melhor os recursosdisponíveis para projetos.

Outras sugestões apresentadasforam a criação, por parte dosgovernos federal, estadual e munici-pal, de incentivos fiscais para quemvier a utilizar sistemas fotovoltaicos;estimular a instalação de painéisfotovoltaicos em aeroportos; avaliar

Marcos PatrícioJornalista - CEPEL

[email protected]

o número de sistemas que poderiamser utilizados pelo Programa Luz paraTodos; e regulamentar a ligação dossistemas à rede elétrica conven-cional.

Por sugestão dos representantesda indústria de equipamentos parasistemas fotovoltaicos – painéissolares, baterias para armazena-mento da energia solar, conversores,controladores, acessórios, entreoutros – o documento traz outrasmedidas para estimular a utilizaçãoda energia solar fotovoltaica noBrasil. Entre elas: a criação imediatade linhas de crédito subsidiado aomercado de varejo para sistemasfotovoltaicos no valor total de R$ 10milhões e a criação de uma políticade governo para energias renováveiscom ações definidas para 10, 20 e30 anos, que permitam investimentosno setor.

O II SNESF foi organizado peloCepel, Cresesb, Centro Brasileiropara Desenvolvimento da EnergiaSolar Fotovoltaica (CB-Solar),Gedae/UFPA, e o Laboratório deSistemas Fotovoltaicos do Institutode Eletrotécnica e Energia da USP

(LSF/IEE/USP). O Simpósio contoucom a promoção e apoio do Ministérioda Ciência e Tecnologia (MCT), doMinistério de Minas e Energia (MME),da Financiadora de Estudos e Proje-tos (Finep), da Petrobrás, da Eletro-brás, da Chesf, da Eletronorte e daPontifícia Universidade Católica doRio Grande do Sul (PUC-RS).

Devido ao grande sucesso doevento principalmente com participa-ção dos vários segmentos envolvidoscom energia solar fotovoltaico noBrasil, foi levantada a necessidade deagendamento de novos encontros.Durante o evento foi apresentada adata e o local do próximo simpósio.O III SNESF já está agendado parase realizar no ano de 2007 na cidadede Salvador - BA.

O CRESESB mantêm todas aspalestras proferidas durante o IISNESF disponívies para dawnloadna página oficial do evento: http://www.cresesb.cepel.br/snesf.

Palestrantes internacionais participantes do II SNESF

Lawrence KasmerskiNREL - USA

Gabriel Sala PanoUniv. Politécnica de Madri

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14 C R E S E S B I N F O R M E

Fontes Renováveis: 10 Anos de CFontes Renováveis: 10 Anos de CFontes Renováveis: 10 Anos de CFontes Renováveis: 10 Anos de CFontes Renováveis: 10 Anos de C

Várias iniciativas importantesdesdobraram-se em razão desseevento. De particular repercussãoforam a criação do Centro de Refe-rência de Energia Solar e Eólica, queao longo do ano seguinte veio a seconstituir no CRESESB, e do Pro-grama de Desenvolvimento Ener-gético de Estados e Municípios –PRODEEM, ao final de 1994, e aconvocação do II Encontro paraDesenvolvimento das Energias Solar,Eólica e de Biomassa no Brasil,realizado em junho de 1995, quegerou a Declaração de Brasília, comdiretrizes, plano de ação e metaspara o desenvolvimento daquelasfontes no País. No ano seguinte,quando do III Encontro, incorporou asPCH’s.

As metas estabelecidas em 1995,que pareciam números sem a devidafundamentação, se revelaram, aolongo de uma década, que, longe demeras abstrações voluntárias depesquisadores otimistas, eram perfei-tamente factíveis. Ao que se espera,podem ser alcançados, em algunscasos, ainda em 2006, com apenasum ano de atraso, portanto, emrelação às metas originais de: (1)1.000 MW de energia eólica, (2)3.000 MW de cogeração a partir debagaço de cana, (3) 50 MWp, deenergia solar fotovoltaica, (4) 3milhões de metros quadrados decaptação solar, (5) 20 milhões delitros/ano de óleos vegetais carbu-rantes, (6) 18 bilhões de litros/ano deálcool para fins carburantes e (7)80.000 m3 de biogás de resíduosurbanos, industriais e rurais.

Com a implantação do PROINFAem 2006, pode-se chegar a 1.400MW de energia eólica e adicionarquase 1.200 MW de novas PCHs. A

capacidade instalada de cogeraçãodo parque sucro-alcooleiro é mais de2.100 MW e o PROINFA deve permi-tir mais 655 MW. No setor de papel ecelulose a capacidade instalada é demais de 650 MW. A ABRAVA reportaque em 2004 estavam em operaçãoquase 2,9 milhões de m2 de captaçãotermossolar, e a ÚNICA informa umacapacidade instalada de produção de16 bilhões de litros/ano de álcool parafins carburantes. Os projetos deaterros sanitários, sobretudo emfunção do Mecanismo de Desen-volvimento Limpo, devem significarum volume substancial de metano,ainda que a utilização para finsenergéticos não se tenha conso-lidado. A capacidade instalada depainéis fotovoltaicos pode ser atésuperior a 30 MWp, mas os númerossão imprecisos quanto ao volume emoperação.

Ainda em seqüência às diretrizesda Declaração de Brasília, váriosCentros de Referências foram insti-tuídos para tratar especificamente defontes de energias renováveis, aexemplo do CENBIO, na área debiomassa, e do CERPCH, na área dePCHs, dentre outros. O PRODEEM,dentro do princípio tão vital à difusãodas renováveis de “aprender fa-zendo”, deu uma contribuição funda-mental à disseminação da energiasolar fotovoltaica, com uma série deacertos e erros não intencionais. Seolhado retrospectivamente, argüi-seque os erros foram maiores que osacertos, mas é evidente que não sechegaria aonde chegou se eles nãotivessem acontecido, e hoje não seteria o uso daquela forma de energia,em sistemas individuais regulamentado.

Seguiu-se a fase de reestruturaçãodo setor elétrico nacional, gerando a

expectativa de que esta iria atravancaro desenvolvimento das renováveis noPaís, pois a liberalização tende a nãoestimular a disseminação dasrenováveis. Estas expectativas não seconfirmaram, pois alguns dispositivoslegais foram articulados para estimularessa difusão, a saber: a Lei n° 9.648/98 e o seu decreto regulamentador(2.655/98), que introduziu para asPCHs uma série de benefícios taiscomo: redução não inferior a 50% nastarifas de uso dos sistemas elétricosde transmissão e distribuição, isençãoda compensação financeira aosestados e municípios, direito decomercializar energia elétrica comconsumidores cuja carga seja maiorou igual a 500 kW, além de estendera sistemática de rateio do custo deconsumo de combustíveis (CCC)para geração de energia elétrica nossistemas isolados para PCH’s (até 30MW), ou para geração de energiaelétrica a partir de fontes alternativasque venha a ser implantada emsistema elétrico isolado, em substi-tuição à geração termelétrica queutilize derivados de petróleo. Subse-qüentemente, a ANEEL regula-mentou estes dispositivos legais: aResolução 112/99 estabeleceu osrequisitos necessários à obtenção deRegistro ou Autorização para aimplantação, ampliação ou repoten-ciação de centrais geradoras terme-létricas, eólicas, fotovoltaicas e deoutras fontes alternativas de energiadestinadas à comercialização daenergia sob forma de produçãoindependente, uso exclusivo ou aindaà execução de serviço público. AResolução 233/99 estabeleceu valo-res normativos diferenciados paracada fonte de energia e a Resolução245/99 tratou das condições e prazos

Um marco na disseminação das novas energias renováveis no Brasil (solar, eólica, pequenascentrais hidrelétricas – PCH’s e biomassa moderna) foi certamente o Encontro para

Definição de Diretrizes para o Desenvolvimento de Energias Solar e Eólica, realizado em abril de1994, em Belo Horizonte. Esta iniciativa consolidou ações em curso no País desde a Rio 92,quando foram negociados e, em seguida, implantados vários projetos pilotos com apoio dosgovernos americano e alemão, sempre através de concessionárias de energia elétrica, até entãocontroladas pelos estados.

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§ 15C R E S E S B I N F O R M E

onquistas e Ainda Muitos Desafiosonquistas e Ainda Muitos Desafiosonquistas e Ainda Muitos Desafiosonquistas e Ainda Muitos Desafiosonquistas e Ainda Muitos Desafiospara a sub-rogação dos benefícios dorateio da Conta de Consumo deCombustíveis – CCC aos projetos aserem implantados em sistemaselétricos isolados em substituição àgeração termelétrica que utilizassederivados de petróleo.

Estas medidas, ainda que impor-tantes, se mostraram insuficientes eforam atropeladas pelo racionamentode 2001 que congelou as iniciativaslegais e regulatórias. Em desdo-bramento, a Lei 10.438/02, queintroduziu uma série de ônus àsociedade como resultado do custodo racionamento, foi o marco defini-tivo na consolidação das renováveisno País, com a criação do PROINFAe do CDE – stick and carrot, respec-tivamente – para implantação dasrenováveis no País, além de váriosoutros incentivos, muitos deles,mencionados anteriormente, atéentão restritos às PCH’s.

Dois artigos desta lei, modificadapela Lei 10.762/04, que se feznecessária para implementar oPROINFA, quer por dificuldades deimplementação da lei original ou porredirecionamentos estabelecidospelo governo instalado em 2003,merecem destaque especial:

• “...o desenvolvimento do Progra-ma será realizado de forma que asfontes eólica, pequenas centraishidrelétricas e biomassa atendam a10% (dez por cento) do consumoanual de energia elétrica no País,objetivo a ser alcançado em até 20(vinte) anos, aí incorporados o prazoe os resultados da primeira etapa”;

• “...de forma que as referidasfontes atendam o mínimo de 15%

(quinze por cento) do incrementoanual da energia elétrica a serfornecida ao mercado consumidornacional, compensando-se os des-vios verificados entre o previsto erealizado de cada exercício, nosubseqüente”.

Surge então a re-estruturação dosetor, pautada, corretamente, emquatro princípios basilares: modicida-de tarifária, segurança de suprimen-to, estabilidade do marco regulatórioe inserção social. Entretanto, estesprincípios não necessariamenteestimulam renováveis ou refletemautomaticamente na questão de suadisseminação ou com a questãoambiental. Podem representar mu-danças nos avanços conseguidoscom a implantação do PROINFA. ALei 10.848, priorizando as formascompetitivas, se não abrir espaçopara leilões diferenciados por tecno-logias, pode restringir a aplicação dasrenováveis à produção descentra-lizada, para o que se abriu uma janelano novo modelo, e talvez à produçãode energia elétrica oriunda do bagaçode cana.

Na medida em que se estabe-lecem indefinições quanto à fase IIdo PROINFA, que ficaria dependentedo sucesso da fase I, criam-se incer-tezas para esta própria fase, poissem a devida escala assegurada,não se atinge níveis elevados denacionalização da energia eólica,exigência legal do Programa.

Coloca-se, assim, o desafio detornar virtuoso este ciclo. Outrosdesafios ainda importantes são agarantia de aumento de recursos de

P&D e D, para introdução de novasfontes, a exemplo da heliotermia e dasolar fotovoltaica conectada a rede,que pode viabilizar a utilização, portoda vida útil, dos painéis instaladosna área rural sob a regulamentaçãodos Sistemas Individuais de Geraçãopor Fontes Intermitentes – SIGFIs,garantindo a total amortização doinvestimento inicial. Outras fontesrenováveis aplicáveis a sistemasisolados ou mini-redes ainda care-cem de uma regulamentação dife-renciada, entre a da rede e a dosSIGFIs. Ainda para os sistemasisolados, deve-se trabalhar na dire-ção de conferir à sub-rogação daCCC para projetos com renováveisum caráter compulsório, com metascrescentes de longo prazo, res-tringindo o uso indiscriminado dediesel através de quotas mínimasde substituição por outras fontes –O PROINFA para sistemas isola-dos.

Para as fontes de geração pas-síveis de ser interligadas, sobretudoaquelas oriundas de biomassa, deve-se buscar uma metodologia espe-cífica para cálculo do lastro físico decontratação, tendo em vista suainserção nos leilões do Ambiente deContratação Regulado – ACR, alémde uma revisão e adequação doscritérios e limite de potência nominal30 MW, imposto pela regulamen-tação, aplicados na apuração doscustos de transporte da energia a serofertada nos ambientes ACR eAmbiente de Contratação Livre –ACL.

Finalmente, seria sempre salutarvincular o acesso aos incentivos aocumprimento de outros atributos(sociais, ambientais, tecnológicos) doprojeto, e não apenas ao critério decustos, o que ajudaria a captação derecursos extra-setoriais.

Osvaldo Soliano PereiraProfessor da UNIFACS

1º Coordenador do [email protected]

TECNOLOGIA PREVISTO CONTRATADO

BIOMASSA 1100 MW 685,24 MW

EOLICA 1100 MW 1422,92 MW

PCH 1100 MW 1191,24 MW

Projetos Contratados na Primeira Fase do PROINFA

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16 C R E S E S B I N F O R M E

A InWEnt investe fortemente emprogramas de treinamento e em

iniciativas de diálogo e discussão noBrasil. As medidas bilaterais e deabrangência internacional orientam-se principalmente seguindo a diretrizsetorial do BMZ - Ministério daCooperação Internacional. No Brasil,um dos temas prioritários é o MeioAmbiente, com grande foco nasáreas de energias renováveis, usoracional de energia, gerenciamentoambiental, tecnologias ambientais.Além destes temas, a responsabili-dade social corporativa e desenvolvi-mento sustentável aparecem comgrande destaque nas atividades daInWEnt Brasil. As Regiões Norte eNordeste são atendidas através doprojeto “Uso produtivo de energiasrenováveis como contribuição para odesenvolvimento regional do Norte eNordeste brasileiro” em conjunto coma medida de curto prazo “Qualificaçãoe melhorias de tomada de decisãoparticipativa nas cooperativas”. Essasiniciativas são basicamente financiadascom recursos do BMZ.

Uso de energias eólicas

Desde 1992, diversos grupos doBrasil participaram na Alemanha de

InWInWInWInWInWent* - Atuação em Capacitaçãoent* - Atuação em Capacitaçãoent* - Atuação em Capacitaçãoent* - Atuação em Capacitaçãoent* - Atuação em CapacitaçãoProfissional no BrasilProfissional no BrasilProfissional no BrasilProfissional no BrasilProfissional no Brasil

sete treinamentos de longa duração,denominadas “Plantas de energiaeólica conectadas à rede”. Assim, aInWEnt capacitou de forma inéditajovens peritos em utilização deenergia eólica. A parte teórica foirealizada no Instituto Alemão deEnergia Eólica, localizdo emWilhelmshaven, e no ISET - Institutfür solare Energieversorgungstechnik(Instituto de Fomento Solar), nacidade de Kassel. Estágios foramoferecidos por fabricantes de equipa-mentos eólicos, empreendedores deparques eólicos, concessionárias deenergia e fabricantes de componen-tes. Os parceiros locais do projetofizeram, em grande parte, a seleçãodos participantes. O encerramentodesta medida de capacitação foi feitoatravés de um módulo de gerencia-mento.

Fornecimento energéticosustentável no Brasil e naArgentina pelo desenvolvi-mento do aproveitamentoeólico

Em uma série de workshops,seminários, visitas técnicas e partici-pação em conferências, foram discu-tidos, entre outros, os seguintes

assuntos: realização e avaliação demedições eólicas com localização deparques eólicos, business plans,financiamento e seguro de parqueseólicos, medição de distúrbios narede, capazes de prejudicar a insta-lação eólica (pela primeira vez naAmérica Latina). Adicionalmente,ocorreram reuniões com os respon-sáveis pelas decisões políticas sobrea formulação e implementação dediretrizes para a melhoria de condi-ções básicas para uma utilizaçãomaciça das energias renováveis.Módulos para cursos básicos deutilização de energia foram criados edesenvolvidos em conjunto com aUniversidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e Fortaleza (UFC).

Atualmente ex-bolsistas dosnossos programas ocupam cargosem agências de energia e centrais dedistribuição de energia elétrica.Aparecem como estrategistas deparques eólicos, operadores deenergia eólica, fabricantes de compo-nentes, pesquisadores em institutosde pesquisa ou em áreas de mediçãoeólica. Trabalham com estrategistasinternacionais de parques eólicos efabricantes de equipamentos,prestando consultoria e servindocomo competente contato paraorganizações da cooperaçãointernacional. Um reforço na coopera-ção com fabricantes de equipa-mentos eólicos está previsto por meiode uma Parceria Público Privada -PPP.

Célula de combustão deenergia eólica e hidrogenia

Prioritariamente trata-se da trans-missão e desenvolvimento de conhe-cimento técnico relacionado aoarmazenamento e transporte dehidrogênio, como um armazenadorenergético e inclusão da opçãohidrogênica nos cenários energéticosfuturos também em países em de-senvolvimento. O objetivo é a reali-zação de soluções de emissãozerada na manutenção energéticaestacionária e móvel. Em locais compotencial eólico favorável como, porexemplo, o Nordeste brasileiro e aAula de Capacitação Profissional em Mato Grosso

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§ 17C R E S E S B I N F O R M E

Uma série de medidas que objeti-vavam uma formulação e aplicaçãode conceitos energéticos locais levoua um projeto de PPP com a Abegas– Associação Brasileira dasEmpresas Distribuidoras de GásCanalizado. Trata-se de uma tecno-logia altamente eficiente para conhe-cer o uso do gás natural e discutirmateriais adequados e padrões desegurança.

A discussão sobre conceitosenergéticos em comunidades deuorigem a workshops com estudantesde Arquitetura e com a AssociaçãoBrasileira de Arquitetos. Foramdiscutidos o saneamento e a revita-lização de um bairro carioca commeios energeticamente eficientes ecompatíveis com o clima.

Perspectivas

A cooperação na área de uso derecursos integrados principalmenteno Norte e Nordeste do Brasil deve

Patagônia argentina, a produção dehidrogênio por meio de energia eólicapode ser uma alternativa a umsistema de redes de energia elétricaconvencional de custo elevado.

O hidrogênio poderia ser trans-portado através de tubulações eposteriormente enviado para áreas dedensa população e servir como umacoplamento força-calor-frio atravésde células de combustão. No setor detransportes, serviria como fonte decombustão direta ou igualmenteatravés de células de combustão parauma movimentação de veículos sememissão. Também se discute comoa energia acumulada de usinashidrelétricas pode ser armazenadaem forma de hidrogênio.

Gerenciamento energético localPPP – construir com eficiênciaenergética considerandoespecialmente o acoplamentoforça-calor-frio movido a gásnatural

ter continuidade e ser ampliada.Permanecerá como prioridade oapoio a tomadores de decisõespolíticas na formulação e implantaçãode diretrizes para uma utilização maisintensa das energias renováveis.Pretendemos cooperar com parcei-ros locais, diretamente ou através dePPP, na área de energia eólica,fornecimento de energia em centrosurbanos, uso produtivo de energiasrenováveis e arquitetura sustentável.

*InWEnt - Internationale Weiterbildungund Entwicklung gGmbH

Capacity Building InternationalGermany

Klaus Knecht [email protected]

www.inwent.org

Carla [email protected]

romover o desenvolvimento, ouso e a difusão de energias

renováveis e da eficiência energética,visando a sustentabilidade e amelhoria da qualidade de vida dapopulação”. Esta é a missão doCentro de Energias Alternativas(CENEA), entidade lançada no dia 09de maio em Fortaleza. A nova insti-tuição é o resultado de uma parceriaentre a Federação das Indústrias doEstado do Ceará (FIEC), o governoestadual, através das secretarias daInfraestrutura, Ciência e Tecnologia ePlanejamento, e as universidades Federaldo Ceará (UFC), Estadual do Ceará(UECE) e de Fortaleza (UNIFOR).

Entre as autoridades presentes sedestacam o Secretário de Planeja-mento e Desenvolvimento Energéticodo Ministério das Minas e Energia,Márcio Zimmerman e o Governadordo estado em exercício, Francisco deQueiroz Maia Júnior, além de repre-sentantes políticos, empresariais epesquisadores.

Na ocasião, Zimmerman declarouque a criação do CENEA reforça opioneirismo do Ceará na pesquisa de

Ceará lança Centro de EnergiasCeará lança Centro de EnergiasCeará lança Centro de EnergiasCeará lança Centro de EnergiasCeará lança Centro de EnergiasAlternativas - CENEAAlternativas - CENEAAlternativas - CENEAAlternativas - CENEAAlternativas - CENEA

Paulo CarvalhoDEE - UFC

[email protected]

energias alternativas: “As experiên-cias na área da energia eólica e obiodiesel são exemplos deste desta-que que o Ceará vem tendo”.

O vice-governador afirmou que osinvestimentos do Proinfa deverãoconsolidar o Ceará como maiorprodutor de energia elétrica via fonteeólica do país. “O nosso objetivo éque o Estado, que hoje é importador

de energia, seja um dia exportador”.Neste sentido, Maia Júnior consideraque a criação do CENEA deverámuito contribuir ao atrair mais investi-mentos e ampliar as pesquisas naárea.

Membros fundadores do CENEA

P

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18 C R E S E S B I N F O R M E

Rio 5 - Evento Mundial sobreRio 5 - Evento Mundial sobreRio 5 - Evento Mundial sobreRio 5 - Evento Mundial sobreRio 5 - Evento Mundial sobreClima e EnergiaClima e EnergiaClima e EnergiaClima e EnergiaClima e Energia

O Evento Mundial de Clima eEnergia - RIO 5, realizado em

fevereiro de 2005 no Rio de Janeiro eem Fortaleza (visitas técnicas), tevecomo temas centrais o uso das energiasrenováveis, o aumento da eficiênciaenergética e a redução de dióxido decarbono. No entanto, durante o eventooutras questões técnicas e políticasforam discutidas, tais como o habitathumano por meio de estudos urbanís-ticos, arquitetura sustentável, transportee educação. Uma das propostas doevento é inserir a população na discus-são sobre o uso das energias renováveiscomo uma fonte sustentável de cres-cimento econômico e a geração denovos empregos, enfocando a educaçãocomo principal ferramenta. Simulta-neamente à Conferência Internacional,com participação de representantes detodos os continentes, foi realizada aFeira Tecnológica LAREF 2005 (FeiraLatino-Americana de Energias Renová-veis) com participação de 20 empresasde 7 países.

O RIO 5 promoveu o encontro deespecialistas dos campos científico,industrial e político a fim de divulgar aspesquisas e avanços tecnológicos naárea das energias solar, eólica e debiomassa, além de expor as tecnologiaspara as energias renováveis já conso-lidadas e disponíveis para suprir asnecessidades locais de energia elétricade uma forma eficiente e sustentável.Durante as discussões ficou clara a falta

de uma legislação adequada, como aexistente em outros paises, tais comoJapão, Alemanha, Espanha, Portugal eItália, com um forte crescimento deinvestimento na área das energiasrenováveis. Na Alemanha foram insta-lados 16.000 MW de energia eólica e800 MW de energia solar fotovoltaica.No Brasil, o programa PROINFA, queprevê a instalação de 1.100 MW deenergia eólica, 1.100 MW de biomassae 1.100 MW de pequenas centraishidrelétricas, está em andamento.

Os trabalhos científicos apresentadosna Conferência Internacional trataram detodas as áreas das energias renováveis(toda a programação esta disponível nosite www.rio5.com). Recebemos 140contribuições científicas de mais de 20países (Alemanha, Argentina, Austrália,Brasil, Croácia, Espanha, EUA, Índia,Itália, Nova Zelândia, Senegal e Suíça,entre outros). Mais de 300 pessoasparticiparam no congresso e nosworkshops no Rio e Fortaleza, comrepresentação de vários estados, entre

eles Rio de Janeiro, São Paulo, DistritoFederal, Minas Gerais, Ceará, MatoGrosso, Rio Grande do Sul, SantaCatarina, Pernambuco, Paraíba e Bahia.

Além das palestras científicas apre-sentadas na Conferência Internacionalforam realizados durante os três dias doevento workshops de projetos de apli-cação. O workshop sobre o SWERA(Solar and Wind Energy RessourceAssessment) do UNEP (United NationsEnvironment Programme) mostrou maisuma vez o enorme potencial disponívelno Brasil com um mapeamento atual dorecurso eólico e solar. A Universidadede Stuttgart / PE Europe apresentou aavaliação de ciclo de vida e o uso de umprograma de simulação (LCA & GaBiTraining). O terceiro Workshop foi sobreatividades da organização não-governamental My Climate que desen-volve projetos de compensação decréditos de dióxido de carbono no Brasile em outros países.

No primeiro dia do evento, foi realizada uma mesa redonda, em coope-ração com a organização Heinrich Böllonde os participantes discutiram oandamento e impedimentos do desen-volvimento do uso de energias reno-váveis no Brasil.

No último dia, uma Declaração(“Protocolo do Rio 5”) foi elaborada pelaseção América Latina do ConselhoMundial das Energias Renováveis(WCRE-LA) a fim de promover umaadequação ao conceito do Protocolo deKyoto, que estabelece uma reduçãorelativa de CO2 emitida por cada país(quase independente da matriz ener-gética existente), em direção a umamedida mais justa relativa à emissãomáxima de cada cidadão da terra (3toneladas por ano). Esta Declaração foiapresentada no auditório principal e,após alguns ajustes, foi ratificada pelosparticipantes. A versão final destedocumento encontra-se na páginawww.rio5.com.

Num esforço de inserir o Ceará - comrecursos abundantes de energia solar eeólica - nessa tendência mundial irrevo-gável, o RIO 5 foi estendido à cidade deFortaleza. Um evento aberto ao públicofoi realizado no Centro Dragão do Marde Arte e Cultura objetivando a conscien-tização da população sobre os bene-fícios das energias renováveis.

Fórum de discussões durante o Rio 05. Participantes: Célio Bermann(USP), Lucia Ortiz (GT Energia), Thomas Fatheuer (Fund. Heinrich Böll),

Laura Porto (MME) e Luiz Pinguelli Rosa (IVIG - COPPE)

Stefan KrauterUniv. Estadual do Ceará

[email protected]

... inserir a populaçãona discussão sobre o

uso das energiasrenováveis como umafonte sustentável de

crescimento econômico

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§ 19C R E S E S B I N F O R M E

Laboratório de Fontes AlternativasLaboratório de Fontes AlternativasLaboratório de Fontes AlternativasLaboratório de Fontes AlternativasLaboratório de Fontes Alternativasde Energia na UFRJde Energia na UFRJde Energia na UFRJde Energia na UFRJde Energia na UFRJ

O Laboratório de Fontes Alter-nativas de Energia da UFRJ

(LAFAE) é produto da articulação doPrograma de Engenharia Elétrica(PEE) e do Instituto Virtual deMudanças Globais (IVIG),pertencentes à Coordenação dosProgramas de Pós Graduação emEngenharia (COPPE), e doDepartamento de Eletrotécnica daEscola Politécnica (EP), subordi-nados à Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ).

O objetivo do laboratório é arealização de estudos e projetosrelacionados à produção, transporte,armazenamento e utilização daenergia, enfatizando as tecnologiasque fazem uso de fontes primáriasrenováveis e dos vetores energéticospassíveis de serem obtidos a partirdas respectivas fontes e também dastecnologias que apresentem ganhosde eficiência energética, possibi-lidades de cogeração, emissõesevitadas, etc.

A equipe do LAFAE está capaci-tada na pesquisa e no desenvol-vimento tecnológico em quatro áreasprincipais: aproveitamento termo-

solar, pilhas a combustível, aprovei-tamento das fontes solar fotovoltaicae eólica.

As atividades na área termosolarconsistem de pesquisa e desenvol-vimento para o aperfeiçoamento dedispositivos de aproveitamentoenergético tradicionais, bem comoexperimentos com novos projetos.Pretende-se estudar aspectos deredução de custos de produção, sejano processo de fabricação tradicionalou com o uso de novos materiais.

As aplicações em pauta são asseguintes:

• Aquecimento de águaresidencial;

• Refrigeração;• Processo de Secagem;• Produção de energia elétrica.

Na área das pilhas a combustível,existem algumas linhas de pesquisaem andamento no LAFAE, que sãoobjeto de uma tese de doutorado daCOPPE, em parceria com o Institutode Química da UFRJ e o Departa-mento de Engenharia Química daUFRJ. O tema central é o emprego

do etanol nas pilhas a combustível,como forma de contornar as dificul-dades relacionadas ao armazena-mento do hidrogênio, com a produçãolocal deste insumo a partir do etanol.No caso do Brasil, a possibilidade deutilização do etanol em pilhas acombustível é extremamente interes-sante, visto que esse combustível,produzido a partir da cana-de-açúcar(biomassa renovável), já é ampla-mente utilizado em veículos automo-tivos.

Na área do aproveitamento eólico,o LAFAE desenvolve trabalhos quevisam um melhor acompanhamentoda implementação da energia eólica,tanto em seus aspectos de tecno-logia aplicada quanto em termos deimpactos ambientais.

No setor fotovoltaico já foramrealizadas pesquisas para desen-volver meios de melhorar a eficiênciada conversão fotovoltaica em dife-rentes aspectos.

Além da infra-estrutura labora-torial básica, o LAFAE dispõe de umarranjo de painéis fotovoltaicostotalizando 800Wp, montado notelhado do Bloco H do Centro deTecnologia da UFRJ.

Atualmente, encontra-se emandamento um projeto que visadesenvolver controles microproces-sados para viabilizar o uso de inver-sores-padrão industriais em instala-ções fotovoltaicas. Os algoritmos decontrole desenvolvidos podem agre-gar funções adicionais comoregulação de tensão, compensaçãoreativa e de distorções harmônicas,podendo assim promover tambémuma diluição dos custos do equipa-mento eletrônico em aplicações desistemas fotovoltaicos conectados àrede.

Luís Guilherme Barbosa RolimLaboratório de Fontes Alternativas

de Energia LAFAE – [email protected]ção dos painéis fotovoltaicos no telhado do bloco H do CT-UFRJ

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20 C R E S E S B I N F O R M E

Conforto Ambiental e Eficiência Energética paraConforto Ambiental e Eficiência Energética paraConforto Ambiental e Eficiência Energética paraConforto Ambiental e Eficiência Energética paraConforto Ambiental e Eficiência Energética paraArquitetos e Estudantes de Arquitetura: o Papel daArquitetos e Estudantes de Arquitetura: o Papel daArquitetos e Estudantes de Arquitetura: o Papel daArquitetos e Estudantes de Arquitetura: o Papel daArquitetos e Estudantes de Arquitetura: o Papel da

Casa Solar EficienteCasa Solar EficienteCasa Solar EficienteCasa Solar EficienteCasa Solar EficienteN enhuma construção dispensa o

planejamento anterior. Desde aancestral escolha da caverna maisprofunda, se possível com saída deemergência, ou da busca pela árvoremais frondosa, a busca pela satisfaçãodas necessidades do usuário atravésda decisão projetual é parte primordialdo processo construtivo. Uma constru-ção sem prévio e adequado planeja-mento pode ser uma fonte infinita deproblemas e insatisfação.

Uma segunda lição que a Histórianos traz é que, após a primeiracaverna ou a primeira árvore, todaconstrução habitável vem sendo frutoda observação, da reflexão e doespírito de cópia e melhoria quepossui o Homem. Já no século 1000AC, os celtas (ou gauleses) sesupremavam na correta observaçãodo entorno e da reprodução, commadeira e ferro, das característicasmais significativas do meio natural paraa construção com conforto e segurançade seus oppida, abrigos para si, seurebanho e seus tonéis de vinho...

Tempos distantes, onde a ocupa-ção humana ainda permitia umentorno natural hospitaleiro ou con-trolável, ou um nomadismo emestações extremas. Com o adventoda aglomeração urbana, causada porum sem número de razões e alicer-çada pelo advento e rápida evoluçãode novas técnicas construtivas etecnológicas, as necessidades dosusuários e as disponibilidades exter-nas no tocante às condições deluminosidade, temperatura, quali-dade do ar e água foram drastica-mente alteradas.

No século XIX, a forma de cons-truir e equipar as edificações começaa não mais responder por si só àsnecessidades humanas, inclusivenos países colonizados, com condi-ções climáticas distintas daquelasgeradoras das construções impor-tadas. Em 1973, a energia elétrica,fonte parcial de correção de projetosmal concebidos, comodamente esco-rada na extração do petróleo, sofreum choque. As construções habita-das precisam ser o mais econômicaspossíveis em recursos externos não-

renováveis, mas também sendonecessária a melhoria da qualidadede vida interna dos espaços cada vezmais exíguos...

Em paralelo, e de forma perversa,a quantidade de conhecimento au-menta tanto na área da Engenhariaque um profissional deixa de podersatisfazer, com sua única formação,à gama de novas exigências. Nestecontexto, ao longo do mundo, o olharse volta para aqueles que concebemas construções: arquitetos. Suaformação, desconectada oficialmentedesde a época de Napoleão das artesda Engenharia, apresenta lacunasdifíceis de serem reparadas com adidática-padrão das Escolas deEngenharia nas áreas das ciênciasdos ambientes e da eficiência ener-gética das edificações, agora bastan-te requisitada.

Uma prospecção às artes daconcepção traz um fato alvissareiro:embora a linha de execução daconcepção arquitetônica seja aindauma incógnita, é fato que faz partedo modus operandi de todo arquitetoa observação, a reflexão e a absor-ção em uma espécie de banco dedados mental dos princípios dasmelhores/piores soluções constru-tivas encontradas.

Assim, se ao invés de acrescentaraos 5 anos já extensos de disciplinasda Arquitetura outros 2 com o estudoexaustivo das técnicas complemen-tares necessárias, fosse possívelapresentar seus diversos produtos eresultados junto às correlações comas decisões arquitetônicas, a própriaprática projetual se encarregariadesta absorção.

E é neste contexto que a visita àCasa Solar (CRESESB/CATE/CEPEL) já se insere hoje de formaimprescindível na formação na áreade conforto ambiental e eficiênciaenergética do futuro arquiteto e nareciclagem daquele que já está nomercado de trabalho. Ela é umexemplo “vivo” de várias técnicas.

As do campo da Arquitetura viaobservação, e análise da conse-qüência de cada decisão projetual alitomada: na implantação em relação

aos entornos climáticos e aos demaisprédios, na orientação e inclinação dotelhado, no tamanho e posicionamentodas varandas, nos tipos de esquadrias,no revestimento interno. O que funcio-na, o que claramente poderia ter sidode outra forma, o bom e o mau exemplosendo didaticamente eficiente.

No campo da geração de energia, elétrica ou termossolar, pela diversi-dade existente das práticas fotovoltai-cas, autônomas e integradas, ademonstração de suas conseqüên-cias em termos de área ocupada, custoe potência oferecida, a função de seuscomponentes (baterias e equipamentosde controle, o realismo da água quentee do boiler e o bombeamento de águapara a caixa superior).

Complementarmente, mas nãomenos importante, no campo daracionalização do consumo sãoapresentadas luminárias eficientes,lâmpadas de baixa potência comdiversidade de temperatura de cor eíndice de reprodução de cor, maque-tes de consumo, equipamentoshabituais como TV, videocassete,geladeira, micro-ondas, etc.., desmis-tificando “ao vivo” as limitações deordem técnicas e as dificuldades deinserção nos futuros projetos.

Os alunos recebem além destasinformações imediatas, a experiênciados pesquisadores envolvidos dopróprio Centro e aquelas trazidas dosquatro cantos do Brasil nos vídeos enas palestras.

Sem dúvida nenhuma, e os maisde 300 relatórios elaborados nestes5 últimos anos o demonstram, a CasaSolar permite um ganho de apren-dizado na área de Conforto Ambientale Eficiência Energética aos futurosprofissionais, impossível de ser substi-tuído na sala de aula, mesmo com osmelhores recursos audiovisuais.

É nossa esperança que, com oadvento dos requisitos de sustenta-bilidade novas técnicas ali sejamexpostas, garantindo ao visitanteuma visão global de sua contribuiçãopara um mundo melhor.

Claudia Barroso KrauseFac. de arquitetura e Urbanismo

PROARQ/ UFRJ

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§ 21C R E S E S B I N F O R M E

Usina Solar Fotovoltaica em Minas GeraisUsina Solar Fotovoltaica em Minas GeraisUsina Solar Fotovoltaica em Minas GeraisUsina Solar Fotovoltaica em Minas GeraisUsina Solar Fotovoltaica em Minas Gerais

A

Márcio VinagreLACEE - UFJF

[email protected]

usina fotovoltaica, situada naplataforma da Faculdade de

Engenharia da Universidade Federalde Juiz de Fora, possui uma capaci-dade instalada de 31,6 kW. Estapotência tem origem nos 264 painéisfotovoltaicos do modelo SX 120U dofabricante BP Solar. O arranjo físicodos painéis consta de 11 móduloseletricamente independentes e cadaum dos módulos é composto por 24painéis ligados da seguinte forma: 8grupos em paralelo, cada um com 3painéis em série. Este arranjo foiadotado com objetivo de gerar umatensão nominal por módulo de 98,4 V euma corrente contínua de 29,36 A.

A energia devida de cada um dos11 módulos é transferida para a salade controle pelo seu próprio par decondutores. Desta forma, na sala decontrole chegam 11 pares de condu-tores, que passam pelos respectivosdisjuntores de proteção e disponibi-lizam a tensão e a corrente relativasao nível de insolação no conjunto de24 painéis.

Devemos destacar que a tensãoe corrente variam durante o dia, deacordo com a insolação, o que tornao aproveitamento imediato de energiaum problema para os consumidorescomuns, os quais normalmente sãoalimentados com uma tensão alterna-da de freqüência constante. Dessemodo são utilizados conversores

estáticos CC-CC e CC-CA paraprocessar a energia convertida nospainéis e torná-la adequada aoconsumo.

Para que as tensões da usina eda concessionária tenham o mesmovalor de módulo e com menorconteúdo harmônico, as tensõesgeradas por cada um dos conver-sores CC-CA são combinadas atra-vés de dois bancos de transformado-res monofásicos com os enrolamen-

tos primários (lado dos conversores)em delta e os secundários em Y emsérie.

A usina encontra-se atualmentena fase de testes e comissionamentoe brevemente estará fornecendo até30 kW de potência durante os perío-dos ensolarados do dia.

Durante a noite é possível mantero funcionamento da usina paracompensação de reativos com osinversores funcionando como com-pensadores estáticos ajudando acontrolar o fator de potência docampus da UFJF.

Todos os controles de dispositivoseletrônicos foram implementados emmicroprocessadores DSPs, poralunos matriculados no curso demestrado em Engenharia Elétrica esob supervisão do professor PedroGomes Barbosa, do Departamentode Energia da Faculdade de Enge-nharia da UFJF. Toda a tecnologiadesta aplicação se encontrará dispo-nibilizada ao público através dedissertações de mestrado que serãoem breve defendidas na UFJF.

Instalação fotovoltaica de 31,6 kWp

Banco de Transformadores.

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os dias 6 e 7 de abril de 2005, foirealizado nas dependências do

Ed. Sede Caixa Econômica Federal,Brasília-DF, o Seminário GVEP -Financiamento de Energias Renová-veis para Uso Produtivo. O Eventocontou com o apoio e a participaçãoda Caixa Econômica Federal, PNUD,UNOPS/UNDP, Ministério de Minas eEnergia - MME e e a Agência Norte-Americana para o Desenvolvi-mento Internacional - USAID. OSeminário teve como objetivo arealização de um treinamentopiloto para criação de estratégiade maior aproximação do setorfinanceiro nacional com ou demaisinterlocutores (concessionárias,governo e sociedade civil) noatendimento de energia elétricabuscando a ampliação de oportu-nidades de acesso ao créditofinanceiro e novos negócios degeração.

Dentre as atividades suportadaspelo GVEP, o MME deu suporte àrealização de trabalhos destinados àexecução das chamadas “açõesintegradas”, ou melhor, estratégia dearticulação e implementação de açõesde interesse público para o desenvol-vimento local sustentável, a partir daeletrificação, onde uma equipe dedica-da ocupou-se da ampliação social dosresultados do programa “Luz paraTodos”. A apresentação efetuada pelo

representante do MME/GVEP, AndréRamon, abordou aspectos regulatóriosque antecederam ao programa, seuconteúdo e metas, reforçando osresultados esperados nas açõesintegradas, concluindo pela divulgaçãodas metas para 2005.

Destacam-se entre as propostasdebatidas as aplicações de energiasrenováveis de forma a ampliar a rendadas populações ainda sem atendi-mento em energia elétrica. Iniciativasdesta natureza convergem para anecessidade de envolvimento dacomunidade na discussão de suasprioridades e vocações, fazendo usode alguma metodologia na conduçãodo processo.

O Prof. Dr. Tiago, do CERPCH/UNIFEI, concentrou-se em sua espe-cialidade, discorrendo didaticamente,permitindo ao público presente ocompleto entendimento do mecanismode aproveitamento da energia potencialdas águas por meio dos pequenos emicro aproveitamentos hidrelétricos.Muitos foram os exemplos dados,abordadas as tecnologias para oarranjo, principais equipamentos ecustos correspondentes. As perspe-ctivas futuras, dado que o país domina100% da tecnologia, dependem dacompreensão do legislador para anecessidade de não discriminação dospequenos aproveitamentos diante dosbenefícios já concedidos às PCHs.

As tecnologias Solar e Eólica foramapresentadas pelo Dr. Jorge Lima, emnome do CEPEL e CRESEB, forne-cendo uma ampla visão histórica dodesenvolvimento das aplicações, osaspectos tecnológico e construtivos decada arranjo de geração. Em destaquepara a tecnologia fotovoltaica, que teveseus componentes dissecados, apre-sentados os aspectos construtivos eexperiências de destaque. A evoluçãode cada tecnologia, as tendências deaplicação e a necessidade de umaregulação no país para que se possaampliar o mercado, incluindo sistemasconectados à rede, a exemplo devários programas mundiais, foramdestacadas como futuro.

As inúmeras oportunidades deaplicação da biomassa para finsenergéticos foram apresentadas peloDr.José Dilcio Rocha, NIPE/UNICAMP.Pinceladas em cada processotecnológico e maior foco na questãoda pirólise, vista como tecnologiaadequada aos pequenos projetos, poispermite uma gama maior de variaçãona qualidade do energético aplicado,conduziu a avaliação do estágio destaaplicação no Brasil. Os programas decombustível líquido, em especial ainiciativa de biodiesel também foramapresentadas. Concluindo que odesenvolvimento de tecnologias deveser feito em cooperação entre empre-sas, institutos de P&D, universidadese parceiros internacionais.

Como parte integrante do treina-mento, que como piloto de um futuroprograma a ser difundido, a metodo-logia de viabilidade econômica, emseus aspectos conceituais foi apresen-tada pelo Eng. Dan Ramon, voltandoos exemplos de aplicação aos projetosdo setor elétrico, seguido da apresen-tação do Programa SINBRASIL,desenvolvido pela Caixa, consolidandouma vasta base de dados de informa-ções municipais. Análises cruzadas ediretas permitiram, a título de exploraras potencialidades deste gerenciador,avaliar a situação de diversos municí-pios brasileiros, suas dificuldades emdesenvolverem-se, as aplicações derecursos e principais prioridades a

Seminário Discute Formas de FinanciamentoSeminário Discute Formas de FinanciamentoSeminário Discute Formas de FinanciamentoSeminário Discute Formas de FinanciamentoSeminário Discute Formas de Financiamentode Energias Renováveis para Uso Produtivode Energias Renováveis para Uso Produtivode Energias Renováveis para Uso Produtivode Energias Renováveis para Uso Produtivode Energias Renováveis para Uso Produtivo

Participantes do Seminário GVEP realizado em Brasília - DF

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serem indicadas para os recursos degoverno. No momento está se efetu-ando uma complementação comdados atuais para que o pacote possaser disponibilizado. Os prefeitosrecentemente eleitos e os gestoresmunicipais receberão o software etreinamento na sua melhor utilização.

Explorando a visão das conces-sionárias, diretamente responsáveispela implementação do programa Luzpara Todos, a representante daCoelba, Ivana Maciel, demonstrou agrandiosidade do programa, o enormetrabalho a ser executado e as dificul-dades já previstas para o seu sucessototal. O real limite de recursos e aregulamentação atual permitem aosinteressados a busca de mecanismospara a antecipação das metas defini-das por cada concessionária para auniversalização do atendimento. Comoproposta sugeriu a antecipação dasmetas por meio de suplementação derecursos pela disponibilização decréditos via setor financeiro garantidospor um fundo a ser constituído combase na obrigação futura de reembolsopelas concessionárias.

Fechando o conjunto de apresenta-ções o Eng. Davi Cerquera apresentouas experiências exitosas de programasde suporte ao desenvolvimento decadeias produtivas locais pelo uso detecnologias alternativas e energiasrenováveis, fornecendo inúmeroscasos de sucesso para ilustrar aviabilidade do fornecimento de créditopara pequenos empreendedoresvoltados ao uso produtivo de energia.Ficou patente a necessidade de umainiciativa de organização suporte préviovoltado à elaboração de avaliações depotencial e construção de planos denegócio, assegurando bases sólidaspara o desenvolvimento de projetosreatáveis e sustentáveis.

As restrições e dificuldades do usodos mecanismos de crédito já oferta-dos pelo sistema financeiro nacional eentidades cooperativas de crédito têmcomo principal elemento a dificuldadede apresentação de garantias. Avinculação do atendimento de energiaelétrica às comunidades carentes aouso produtivo e facilitado por disponibi-lidade de crédito é um dos caminhosapontados para sustentabilidade.Neste propósito foram avaliadas asações de governo buscando a univer-salização do atendimento, por meio do

programa “Luz para Todos”, as açõesdas concessionárias de distribuição,metas propostas e mecanismos paraa antecipação destas metas, emespecial sistemas isolados e atendi-mentos que não estão englobados porsoluções tipo extensão de rede.

Como resultado imediato do semi-nário iniciou-se a condução de umaproposta para a formatação de umfundo garantidor voltado a financia-mentos neste contexto, a definição deprioridades e encaminhamento defortalecimento e capacitação nas áreasde energias renováveis a seremaplicadas em programas de eletrifi-cação suportados pela metodologiaDesenvolvimento Local Integrado eSustentável - DLIS. Propõem-se autilização da metodologia DLIS, aplica-da com sucesso em várias iniciativasnão governamentais, das quais algu-mas experiências do setor energéticoforam apresentadas.

À medida que se conhece a carên-cia do mercado de energia ainda não

atendido, mais ele se amplia. Por tratar-se de populações desassistidas, juntocom a energia elétrica, outros valorese serviços devem ser disponibilizados:saúde, educação, segurança alimen-tar. Responsabilidade do Estado, quesózinho, sem o apoio de todos ossetores econômicos, terá dificuldadesem atender. Neste processo o apoiodo setor financeiro em facilitar o acessoao crédito orientado ao uso produtivoe em condições de sustentabilidadefaz-se necessário. A articulação dosdiversos atores envolvidos na concen-tração deste processo é parte da estraté-gia do GVEP em sua etapa seguinte.

As palestras proferidas durante osdois Eventos encontram-se disponíveispara download no site da Gente doBrasil, www.gentedobrasil.org.br

www.gentedobrasil.org.br

Simoni Sant’Anna LaraOrlando S. Eduardo

Associação Gente do [email protected]

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IMPRESSO

CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICACENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICACENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICACENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICACENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)SEDE:SEDE:SEDE:SEDE:SEDE:AAAAAvvvvv. Um s/n. Um s/n. Um s/n. Um s/n. Um s/nooooo

Cidade UniversitáriaCidade UniversitáriaCidade UniversitáriaCidade UniversitáriaCidade UniversitáriaRio de Janeiro - RJ - BRASILRio de Janeiro - RJ - BRASILRio de Janeiro - RJ - BRASILRio de Janeiro - RJ - BRASILRio de Janeiro - RJ - BRASILCEP 21941-590CEP 21941-590CEP 21941-590CEP 21941-590CEP 21941-590TTTTTel.: (21) 2598-6245 Fax: (21) 2260-1340el.: (21) 2598-6245 Fax: (21) 2260-1340el.: (21) 2598-6245 Fax: (21) 2260-1340el.: (21) 2598-6245 Fax: (21) 2260-1340el.: (21) 2598-6245 Fax: (21) 2260-1340

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Cresesb e Sebrae realizam mais um cursoCresesb e Sebrae realizam mais um cursoCresesb e Sebrae realizam mais um cursoCresesb e Sebrae realizam mais um cursoCresesb e Sebrae realizam mais um cursode energia solar fotovoltaica no Cepelde energia solar fotovoltaica no Cepelde energia solar fotovoltaica no Cepelde energia solar fotovoltaica no Cepelde energia solar fotovoltaica no Cepel

Cresesb, o Cepel e o Sebrae-RJ promoveram, nos dias 7 e 8

de julho, mais uma edição do Cursode Introdução à Instalação de Siste-mas Fotovoltaicos. Com a propostade oferecer noções básicas sobre oaproveitamento da energia solarfotovoltaica, o programa incluiu, entreoutros tópicos, a realização de

realizado na Casa Solar Eficiente,localizada na sede do Cepel, na Ilhado Fundão, no Rio de Janeiro. Asaulas foram ministradas por MarcoAntonio Esteves Galdino, pesquisa-dor do Departamento de TecnologiasEspeciais (DTE) do Cepel. O respon-sável pelo DTE, pesquisador JorgeHenrique Grego Lima, também minis-trou aulas. O curso reuniu 45 alunos,entre engenheiros, técnicos de nívelmédio e funcionários de pequenasempresas de manutenção e fabrica-ção de equipamentos, como meta-lúrgicas e fundições.

O Sebrae-RJ vem realizando oCurso de Introdução à Instalação deSistemas Fotovoltaicos, em par-ceria com o Cepel e o Cresesb,com o objetivo de incrementar ouso de energias alternativas nosegmento das micro, pequenas emédias empresas. Visa estimular,assim, o surgimento de empresasmontadoras e de serviços de assis-tência técnica no Estado do Rio deJaneiro. Uma nova edição do cursodeverá ser realizada até o fim de2005.

Aulasteóricas e

montagemde sistemasfotovoltaicos

no CEPEL

Marcos PatrícioJornalista - [email protected]

projetos de pequenos sistemas,demonstração prática de instalações,estudo dos princípios básicos daenergia fotovoltaica e dos principaistipos de painéis, solarimetria básica,equipamentos e aplicações e exem-plos de dimensionamento.

O Curso de Introdução à Instala-ção de Sistemas Fotovoltaicos foi