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CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO IV Nº 5 Maio - 1999 EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS CEPEL Ministro de Minas e Energia visita Casa Solar Eficiente CRESESB CRESESB Informe nforme Informe nforme Bons ventos sopram em terras brasileiras Atlas Solarimétrico do Brasil Inaugurada a maior usina eólica da América Latina Aquecimento Solar - desafio de crescimento coordenado Recomendações Estratégicas para Energia Solar Fotovoltaica Novas Células Fotovoltaicas Desenvolvidas no Brasil Prodeem - Nova Fase

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Page 1: CRESESB Informe CEPEL...CRESESB INFORME 3 Destaque na Mídia m 1998 a Casa Solar Eficiente, instalada na unidade do Cepel da Ilha do Fundão, mereceu um grande destaque em diversos

CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO IV Nº 5 Maio - 1999

EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

CEPEL

Ministro de Minas e Energiavisita Casa Solar Eficiente

CRESESBCRESESBIInformenformeIInformenforme

Bons ventos sopram em terras brasileiras Atlas Solarimétrico do Brasil

Inaugurada a maior usina eólica da América Latina

Aquecimento Solar - desafio de crescimento coordenado

Recomendações Estratégicas para Energia Solar Fotovoltaica

Novas Células Fotovoltaicas Desenvolvidas no BrasilProdeem - Nova Fase

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2 C R E S E S B I N F O R M E

CEPELCEPELCentro de Pesquisasde Energia Elétrica

Xisto Vieira FilhoDiretor Geral - Cepel

Caspar Erich StemmerCoord. do Fórum Permanente

para Energia RenovávelHamilton Moss

Coordenador do CresesbRicardo Marques Dutra

Engenheiro AssistenteJosé A. Argolo

Jornalista ResponsávelReg. MTb. 13.585

Ricardo Marques DutraEditoração Eletrônica

Membros do Conselhodo CRESESB

Eugênio Mancini Schleder - DNDE/MMECaspar E. Stemmer - MCT

Ricardo Perrone - EletrobrásJorge H. G. Lima - Cepel

Antônia Sônia Diniz - CemigRoberto Gentil Porto Filho - Coelce

José Carlos Aziz Ary - BNBMargaret Müller - Finep

Everaldo A. Feitosa - UFPEAdnei M. de Andrade - USPAntonio Granadeiro - Abeer

Ismael Ferreira - ApaebMauricio Moszkowicz - Proj. Xingó

Bons ventos sopram no Brasile o sol continua a brilhar

elizmente o número de traba-lhos e eventos que estão

ocorrendo no Brasil nas áreas deaproveitamento das energias solar eeólica tem se multiplicado nos últimostempos. Trabalhos e eventos deinstituições pioneiras e já conso-lidadas somam-se a iniciativas denovos atores, comprovando o dina-mismo, a maturidade e o grau deinteresse que estas formas de ener-gia têm atingido no país.

As consultas à nossa home-page,atualizada recentemente, multiplica-ram-se, tendo o conteúdo dos e-mailsrecebidos (mais de 600 por mês)variado desde questões básicas aperguntas de nível profissional, tantotécnico quanto de prospecção demercado. O mesmo se pode dizercom relação à demanda por visitas àCasa Solar Eficiente, com o públicovariando desde alunos e professoresde segundo grau médio, univer-sitários a profissionais, tanto doBrasil quanto do exterior. A procurapor material editado pelo Cresesb,(livros, informes, CD-ROMs), cursosbásicos, consultas à nossa bibliotecaespecializada e busca de apoio ainiciativas e pesquisas também temaumentado. Este contato direto daequipe do Cresesb com um públicodiversificado permite sustentar asafirmativas do parágrafo anterior eidentificar carências em materialinformativo e recursos que procu-rarão ser supridas com o trabalho dos

próximos meses. O planejamentodesse trabalho, com medidas decurto prazo - já em andamento- e de médio e longo prazos -a serem oportunamentediscutidas com o ConselhoConsultivo - encontra-sed isponíve l em nossahome-page:

www.cresesb.cepel.br.

Infelizmente o espaço do InformeCresesb não nos permite registrartudo o que está aconte-cendo. A boanotícia é que teremos ainda maisduas edições do Informe este ano.Assuntos como o Projeto Xingó, oplanejamento da Eletrobrás para asenergias alternativas, traba-lhosimportantes das UniversidadesFederal do Pará, de Pernambuco eSanta Catarina, da Universidade deSão Paulo, a finalização dos projetosde geladeira solar, iluminação porfibra ótica e carrinho solar (comuniversitários da PUC-Rio), além deiniciativas de empresas e de parti-culares estão na pauta para aspróximas edições. Estamos abertostambém para receber contribuições.

Nesta edição o leitor poderáencontrar alguns empreendimentosque justificam o otimismo com odesenvolvimento das tecnologiassolar e eólica no Brasil. O Prodeemcontinua em expansão; pesquisabásica tem sido desenvolvida emdiversas instituições; a energia eólica

tem sido contemplada como empre-endimentos em nível de aplicaçãocomercial; iniciativa privada usaenergias alternativas; a mídia demassa interessa-se pelo assuntoassim como altas autoridades gover-namentais. Possíveis impactos deconjuntura econômica que, no curtoprazo, afetam o desenvolvimentodessas tecnologias em nosso paísnão devem obstruir a tendência deque as energias solar e eólica serãoimportantes fontes de energias doséculo XXI.

Eng.Hamilton MossCoordenador do CRESESB

Eng. Ricardo DutraAssistente

F

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§ 3C R E S E S B I N F O R M E

Destaque na Mídiam 1998 a Casa Solar Eficiente,instalada na unidade do Cepel

da Ilha do Fundão, mereceu umgrande destaque em diversos veícu-los de comunicação, cumprindo comseu objetivo de divulgar energiasalternativas e conservação de ener-

gia, o trabalho de diversas insti-tuições brasileiras.

A Casa Solar mereceu matériasno Jornal Nacional, Jornal da Record,Jornal da TVE, O Globo, Rede GNT,Rádio CBN, Globo News, TV Futura,revista IT (Informação e Tecnologia),

Diversas reportagens da Casa Solar em importantes revistas

Revista Brasil Energia, RevistaGalileu (antiga Globo Ciência),Revista da The University of West-ern Australia, atingido públicosdiversificados.

Os pedidos para matérias naimprensa continuam a chegar.

Casa Solar Eficiente recebeu,no dia 25 de maio último

visitantes ilustres: o Ministro deEstado de Minas e Energia, Dr.Rodolpho Tourinho Neto, acompa-nhado do Secretário Nacional deEnergia, Dr. Benedito Carraro, doPresidente da Eletrobrás, Dr. FirminoFerreira Sampaio Neto, do DiretorGeral do Cepel, Dr. Xisto Vieira Filho,dos Presidentes da Chesf, Furnas eEletronorte, respectivamente Dr.Mozart de Siqueira Campos, Dr. LuizCarlos Santos e Dr. José AntônioMuniz Lopes, do Presidente daAneel, Dr. José Mário Abdo, doPresidente da ONS, Dr. Mário San-tos, entre outras autoridades.

O Ministro assistiu a palestra dosresultados já obtidos com a operaçãoda Casa e recebeu explicações sobreos diversos sistemas em operação edemonstração na Casa Solar Efici-ente, bem como informações sobreenergias alternativas no Brasil. OMinistro visitou outras instalações depesquisa do Cepel, incluindo aí o

motor movido a óleo de dendê,sistema automático de controle dedistribuição de energia elétrica alémde inaugurar a Área de Exposiçõesdo Centro de Aplicação de Tecno-logias Eficientes e o Laboratório de

Ministro de Minas e Energiavisita Casa Solar Eficiente

Supercondutividade. Finalizando suaestada no Cepel, o Ministro RodolphoTourinho concedeu uma entrevistacoletiva à imprensa ver-sando sobreplano de melhorias para o setorelétrico brasileiro.

Palestra sobre resultados já colhidos com operação da Casa Solar Eficiente

A

E

Resultado da divulgação

O Cresesb e o Cate, responsáveispela operação da casa, tiveram expres-sivo aumento de pedidos de informação,visitas, cursos, consolidando-se comoreferência em energias alternativas econservação de energia para um públicomais amplo.

O interesse da mídia mostra queesses assuntos ganharam atenção dasociedade.

Em operação desde 1997 - comaproximadamente 2000 visitas - a CasaSolar Eficiente tem atendido com sucessosua função de divulgar as fontes deenergia alternativas e a eficiênciaenergética.

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4 C R E S E S B I N F O R M E

Aquecimento Solar - desafiode crescimento coordenado

m Outubro de 1998 o ForoPermanente das Energias

Renováveis reuniu-se em Recife (PE)para discutir o futuro e as ações parao desenvolvimento das energiasalternativas no Brasil. Mais uma vez,tivemos a oportunidade de avaliartodas as ações anteriormente pro-postas e fazer as correções de rumopertinentes. Para o setor de aqueci-mento solar trata-se de algo mais.

O setor encarou a oportunidadecomo uma chance de realizar umbalanço da própria tecnologia e o seumercado no Brasil e, mais do queisso, em conjunto com o 2º Encontrodo setor, o Enasol, ocorrido em SãoPaulo, no mês de Novembro de 1998,foi estabelecido um planejamentomais específico de consolidação ecrescimento do setor, aberto àsações conjuntas com outros setores,

como, por exemplo, a bem sucedidainiciativa de isenção de ICMS, daqual nós, da Abrava, nos orgulha-mos de ter participado ativamente.

O mercado brasileiro de aqueci-mento solar teve seu crescimento emnúmeros consideráveis nos meadosda década de 70, embalado pelasdiscussões em torno da crise dopetróleo. O começo pautou-se nãosomente pelo idealismo dos pio-neiros, mas também pela falta deuma estrutura profissional no mer-cado. Essa entrada tardia no seg-mento - outros países como os EUAhaviam assistido a números razoá-veis de comercialização ainda nadécada de 20 e Israel já tinha umvigoroso programa da década de 50- não impediu que o setor se desen-volvesse, mesmo sofrendo dasmesmas agruras da recessão dosanos 80, que atingiu nossa econo-mia. Neste período, surgiram asprimeiras normas e iniciativas defabricantes em testar e desenvolverseus equipamentos e instalações.Ainda assim, o consumidor do aque-

cedor solar parecia estar maisfortemente ligado a questões de “sta-tus” e conforto do que à economiade energia.

Nesta década, após o chamadoPrograma Brasileiro de Energia So-lar - Pró-Solar, não haver saído dopapel, o mercado empenhou-se emum esforço de desenvolvimentotécnico e comercial que culminou emum crescimento mais acelerado nadécada de 90. Vários fatores contri-buem para o atual crescimento domercado e entre os mais importantes,podemos citar :

• Recomposição tarifária da ener-gia elétrica no Brasil.

• Estabilização econômica, dan-do destaque à redução de custos ecompetitividade.

• Profissionalização do segmento,com surgimento de projetistas, ins-taladores e distribuidores inde-pendentes.

• Desenvolvimento tecnológicoconduzindo à redução significativados custos e criação de novosprodutos.

• Aprimoramento das técnicascomerciais na identificação maisprecisa das necessidades dos consu-midores e novas oportunidades.

• Incentivos tributários vigentes(ICMS e IPI).

• Projetos-piloto para demons-tração da tecnologia em diversasaplicações.

• Etiquetagem, certificação e pro-gramas de informação e defesa doconsumidor.

• Programas de capacitação ecertificação de instaladores (cursostécnicos).

• Desenvolvimento de equipa-mentos de baixo custo e simplicidadede instalação.

• Desenvolvimento e análise denovas tecnologias e aplicações.

• Consolidação de incentivostributários.

A Abrava, de acordo com seuPlano de Marketing (de 1992), vemimplementando, de forma cooperadaou sozinha, diversas das açõesacima citadas entre outras. O merca-do tem correspondido, mas estamoscertos que uma ação coordenada dosdiversos atores interessados terá acapacidade de multiplicar a veloci-dade das ações e suas respostas.

Por fim, muitas vezes somosquestionados sobre o tamanho domercado potencial do Brasil. Seimaginarmos todas as aplicações jáviáveis economicamente - mas aindainexploradas - e todas as oportuni-dades que surgem do nosso momen-to de desafio de abastecimentoenergético, chegamos a númerosrealmente espantosos. Entretanto,acreditamos que nosso resultados sefazem dia-a-dia, contados a cada m 2

comercializado nas revendas espa-lhadas por todo o Brasil, sem perderde vista os nossos mais promissoreshorizontes. Estes horizontes apon-tam para a aplicação do aquecimentosolar em grande escala, como feitoprioritariamente por programas deenergias alternativas de váriospaíses do mundo e acreditamosveementemente que seria imper-doável que o Brasil perdesse essaexcepcional oportunidade que reúneem uma mesma solução, respostaspara a conservação de energia,preservação ambiental e geração deempregos.

Este ambiente e este esforçotalvez tenha tornado o Brasil o maiormercado de aquecimento solar domundo dentre os países que nuncapassaram por programas coorde-nados com ações de apoio gover-namental. O mercado brasileiro, "pu-xado pelos próprios cabelos", en-tretanto, ainda guarda desafiosgigantescos que deverão ser venci-dos para que possamos realizarplenamente nosso potencial. Paraevoluirmos em uma velocidade aindamaior, foram sugeridas ações, dentreas quais podemos citar:

Eng. Lúcio MesquitaConsultor - Abrava

E

O mercado bra-sileiro, "puxado pelos próprios

cabelos", guardadesafios

gigantescos ...

O mercado brasi-leiro de aqueci-

mento solar teveseu crescimentoacelerado pela

crise do petróleo.

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§ 5C R E S E S B I N F O R M E

Centro Brasileiro para Desenvolvimentoda Energia Solar Térmica - Green Solar

Centro Brasileiro paraDesenvolvimento da Ener-

gia Solar Térmica - Green Solar,com sede na PUC-Minas, foi criadodevido a uma conjugação de esforçosentre a União, por seu Ministério deCiência e Tecnologia - MCT, e peloMinistério da Indústria, do Comércio,e do Turismo - MICT, a Secretaria deEstado de Ciência e Tecnologia deMinas Gerais - SECT, a PontifíciaUniversidade Católica de MinasGerais - PUC Minas e a AssociaçãoBrasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aqueci-mento - Abrava, conforme Convênioassinado em 5 de novembro de 1997em Brasília.

Projetos de Pesquisas eDesenvolvimento Tecnológico

O Green Solar desenvolve pes-quisas em diversas áreas da energiasolar mantendo parceria com impor-tantes instituições. Abaixo citamosalgumas das principais áreas depesquisa e desenvolvimento doGreen Solar:

Solarimetria

Programa para desenvolvimen-to de sistemas termossolaresno setor residencial

Coletor Solar Plano

Reservatórios Térmicos

Instalações Solares de Aque-cimento Central - SoftwareSISCOS versão3.0

Resultados Esperados

Os resultados esperados sobre osimpactos de sua utilização em proje-tos de instalações solares, são:

• Soluções originais de instalaçãoe orientação de coletores solares,como a disposição leste-oeste,viabilizando obras anteriormentecomprometidas por sérios problemasde sombreamento;

• Melhoria da qualidade do projetoe extensão para outras localidades,onde, anteriormente, eram feitasapenas extrapolações com base emobras já projetadas;

• Alterações do volume de águaquente a ser armazenado, con-templando-se os perfis típicos deconsumo dos usuários;

• Possibilidade de otimização darelação entre a área de coletoressolares e o volume de água quentearmazenado, buscando-se aumentara fração solar, ou seja, a porcen-tagem da demanda total de energiaque é suprida pela energia solar.

Secretaria : Green SolarProf. Elisabeth M. D. Pereira

Av. D. José Gaspar 500, P-19Coração Eucarístico-Belo Horizonte

Minas Gerais - CEP 30535-610Tel/Fax: (031) 319-4387 319-4225

E-mail : [email protected]

O

http://www.green.pucmg.br

sos de capacitação e treinamento depesquisadores, empreendedores,profissionais e usuários de energiasolar térmica;

• Participar da implantação eoperação de programa de certifi-cação de equipamentos e sistemastérmicos de energia solar, por inter-médio do Laboratório de Testes daPUC Minas, em parceria com o MICT/INMETRO, ABRAVA.

Na PUC-Minas, o Green Solarrepresenta um grupo de estudosinterdisciplinar que congrega atual-mente cinco professores e 17 estu-dantes dos Departamentos de Enge-nharia Mecânica / Mecatrônica, Civil,Eletrônica, Controle e Automação eda Pós-graduação em Tratamento daInformação Espacial.

O Green Solar visa contribuir parao desenvolvimento científico, tecno-lógico, industrial e comercial desistemas termossolares. Dentre suasatividades, pode-se destacar :

• Contribuir para o desenvolvi-mento científico e tecnológico, medi-ante a realização de estudos eprojetos, de modo a incrementar aqualidade e a competitividade, indus-trial e mercadológica dos sistemastermossolares;

• Coletar, produzir, sistematizar,catalogar, divulgar e difundir infor-mações sobre sistemas termos-solares, promovendo inclusive aintegração às redes nacionais einternacionais;

• Desenvolver programas e cur-

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6 C R E S E S B I N F O R M E

O Cepel participou do encontropromovido pela Carl DuisbergGesellschft - CDG, FundaçãoInternacional de Treinamento eDesenvolvimento da Alemanha,que aconteceu na Argentina, noperíodo de 14 a 17 de abril.

O objetivo do encontro foi de-senvolver um planejamento paradivulgação da energia eólica nosdois países e identificar o treina-mento necessário para a imple-

mentação de tecnologia eólica.Além disso, foram identificados os

parceiros que facilitarão o desen-volvimento de atividades eólicas emcada país.

Ao final da reunião chegou-se aimportantes decisões para o desen-volvimento da energia eólica noBrasil e Argentina, são elas:

• Foram definidos dois treinamen-tos em cada país, com os temas“Qualidade de Energia" e "Utilização

de Sistemas Geográficos de Infor-mação”, ambos voltados para odesenvolvimento de projetoseólicos.

• Foi decidido que o Cepel, emparceria com o laboratório deMecânica da UFRJ, implementaráo Laboratório de Calibração deAnemômetros.

Bons ventos sopram em terras brasileiras

o dia 29 de Abril último, foiinaugurada a Usina Eólica da

Prainha, a maior da América do Sul,com capacidade instalada de 10 MWsuficiente para fornecer energiaelétrica para uma cidade de aproxi-madamente 100 mil habitantes.Empreend imento con jun to daWobben Windpower e da Com-panhia Energética do Ceará - Coelce.

Muito próxima do Beach Park , anova usina geradora de energiaelétrica tornou-se também atração

turística em mais um cartão postal doCeará.

As enormes pás, de 20 metros decomprimento cada, e as torres desustentação dos Aerogeradores com44 metros de altura impressionamaos que passam pelo local.

À noite, as grandes torres e osaerogeradores iluminados em movi-mento formam um belíssimo espeta-culo visual.

Os 20 Aerogeradores com capaci-dade de gerar até 500 KW cada

Usina da Prainha - 10 MW ( Aquiráz - CE )

foram fabricados com alto índice denac iona l i zação pe la WobbenWindpower, empresa com sede emSorocaba SP e filial no Ceará.

A Wobben Windpower, além daUsina da Prainha, já instalou outrausina na Praia da Taíba no municípiode São Gonçalo do Amarante, com10 Aerogeradores e capacidade totalde 5 MW, inaugurada em janeiroúlt imo e, desde então, forneceenergia para a Coelce.

As usinas cearenses são asprimeiras e únicas no mundo, cons-truídas sobre Dunas.

A Enercon, da qual a Wobben ésubsidiária, já instalou mais de 2200aerogeradores em todo o mundototalizando mais de 1.100 MW decapacidade instalada em dezoitopaíses.

Os investimentos da WOBBEN noCeará ultrapassam US$ 15 milhões.A Enercon transferiu para o Brasil,através da Wobben, tecnologia deúltima geração a custo zero e estátreinando técnicos brasileiros paraatuar em seu serviço de assistênciapermanente (que atenderá suaspróprias usinas e as usinas deprodutores independentes).

Inaugurada a maior usina eólica da América Latina

Eng. Pedro Angelo VialDiretor Superintendente

Wobben Windpower

N

Encontro na Argentina otimiza o uso de Energia Eólica

Eng. Antônio Leite de SáPesquisador -CEPEL

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§ 7C R E S E S B I N F O R M E

esde março de 1998, a Uni-versidade Federal Fluminense

- UFF e o Cepel vêm trabalhando noprojeto que visa trazer um fabricantede aerogeradores para o Estado doRio de Janeiro.

O marco inicial desta atividade foio estabelecimento de uma parceriaentre a UFF e a Prefeitura de CaboFrio devido ao fato do local serconhecido, historicamente, comouma região de bons ventos e, por-tanto, apta a receber um parqueeólico para dar início ao pro-cesso.

A UFF convidou o Cepel aparticipar do projeto tendoas duas institui-

ções do acordo de cooperaçãotécnica. O Cepel instalou uma esta-ção de medição em uma localidadedentro do Município de Cabo Frio,com a finalidade de medir os ventos.

O segundo passo importante foia realização do EcoWind, tambémem Cabo Frio, com objetivos deaproximar um fabricante interna-cional para investir em uma fábricano Estado do Rio de Janeiro e darencaminhamento político à questão

da necessidade da legislaçãobrasileira oferecer algum tipo

de incentivo a essa tec-nologia.

Um dos fabricantesinformou ter interesse

em estabelecer par-ceria com um esta-leiro no Estado doRio de Janeiro para

transferir a suatecnologia de ae-rogeradores.

Os ventos no Estado do Rio de JaneiroDesdobramentos posteriores:

• Reunião na Firjan onde parti-ciparam: UFF, Eletrobrás, Cepel,Firjan, Vestas (fabricante de aero-geradores), CREA e SECEIN. Nareunião foram tomadas várias deci-sões, entre elas a de dividir emetapas projeto para geração eólica de320MW, de interesse do GovernoEstadual, sendo três usinas de 7 MWcada em Cabo Frio, uma usina de100MW na Região dos Lagos (em lo-cal a ser definido) e uma de 200MWna Baixada Campista;

• Em Janeiro o Cepel realizou aidentificação da área onde seráconstruída a primeira usina;

• O Cepel já iniciou os estudosde viabilidade da primeira usina.

Bons ventos sopram em terras brasileiras

confecção do Atlas Eólico doBrasil, projeto da Eletrobrás em

conjunto com o Cepel, continuaavançando.

A primeira etapa do trabalho, jáencerrada, resultou no tratamentodos dados até então disponíveis dosestados do Amapá, Roraima, Pará,Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grandedo Norte e Paraíba, bem como naedição dos mapas indicativos devento desses estados. Além disso, foielaborado o texto do Atlas descre-vendo a formação dos ventos, oselementos que influenciam o seucomportamento e a forma de extra-ção da sua energia. Nesta etapa foieditada uma versão preliminar doAtlas contemplando os mapas indica-tivos do potencial dos ventos nosestados analisados, sem consideraro relevo nacional.

A segunda etapa, já em anda-mento, consiste na coleta de dadosde vento em todos os estados para a

complemen-tação dos da-dos já anali-sados e mon-tagem das sérieshistóricas para edição dosmapas indicativos de vento detodo país. Este trabalho vem sendorealizado com a cooperação doInmet, que cedeu os seus anemo-gramas para que o Cepel montassea base de dados do Atlas. Além dissoserão utilizados os dados de ventoda Celpa, através de termo decooperação técnica estabelecidocom a mesma. Está sendo nego-cianda a utilização dos dados devento de outras concessionárias einstituições.

Também encontra-se em anda-mento a elaboração de mapas indica-tivos dos ventos, considerando orelevo nacional, que serão disponi-bilizados também em CD-ROM. Essetrabalho será realizado com o auxílio

Atlas Eólico do Brasil

de um modelo climatológico deprevisão de tempo que utiliza umabase de dados de pressão atmos-férica da camada limite superior efotografias de satélite.

A base de dados de superfícieserá utilizada para ajustes finos.

Eng. Antônio Leite de SáPesquisador - CEPEL

A

D

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8 C R E S E S B I N F O R M E

OAtlas Solarimétrico do Brasil

PROJETO ATLAS SOLARIMÉTRICO DO BRASIL tem por objetivogeral recuperar, qualificar, padronizar e disponibilizar as melhores informaçõessobre os recursos solares existentes no país, seja na forma de cartas deisolinhas de radiação solar , insolação, em tabelas numéricas ou resumosanalíticos de publicações sobre o tema no Brasil, nos últimos quarenta anos.

m janeiro de 1993, foi criadoum Grupo de Trabalho em

Energia Solar - GTES. Com abran-gência nacional, ele foi constituidopor empresas do setor elétrico,grupos de pesquisas, universidadese representantes de fabricantes deequipamentos fotovoltaicos. Nestamesma reunião do GTES foi criadoo Grupo de trabalho em Solarimetria,sob a coordenação do Grupo dePesquisas em Fontes de Alternativasde Energia da Universidade Federalde Pernambuco / Divisão de Projetosde Fontes Alternativas da CompanhiaEnergética do São Francisco.

O Grupo de Trabalho em Solari-metr ia elaborou rapidamente eapresentou ao GTES, ainda em maiode 1993, o relatório: "Solarimetria noBrasil - Situação e Propostas" des-crevendo a situação crítica da Solari-metria no Brasil e propondo algumasmedidas que permitiriam suprirpartes das deficiências apontadasem relação ao tema. Entre asdiversas medidas propostas consta-va a elaboração de uma base dedados solarimétricos para o país, queconsistiria na organização, classifi-

cação e padronização dedados medidos e publi-cados por diversos au-tores e instituiçõesao longo das últi-mas décadas. Talcompêndio de da-dos padroniza-dos em conjun-to com novosmapas de isoli-nhas da radia-ção solar, re-sultariam numAtlas Solarimé-trico para o Bra-sil. Em 1994 foisubmet ido aoCepel o Projetopara a elabora-ção do Atlas So-larimétrico Nacional.

Em maio de 1996 foi assi-nado o convênio Fade-UFPE/Cepelcom recursos oraçamentários doCresesb para o financiar o projeto daelaboração do Atlas SolarimétricoNacional.

Finalmente, no dia 9 de dezem-bro de 1997, foi feita uma apre-

sentação nacional do Relatório Finaldo Átlas Solarimétrico do Brasil. Oevento contou com a presença doVice-Presidente da República, Dr.Marco Antonio Oliveira Maciel, doreitor da Universidade Federal dePernambuco, Mozart Neves Ramos,do Presidente da Companhia Hidro-elétrica do São Francisco, Mozart deSiqueira Campos Araújo e de MárcioDrummond, Diretor Técnico doCentro de Pesquisas de EnergiaElétrica, Cepel. A apresentação doAtlas foi feita pelo professor NaumFraidenraich. Os pronunciamentosforam unânimes no sentido da impor-tância do trabalho.

Aguarda-se para breve a publi-cação de uma edição para tornar oAtlas acessível a um público maisamplo.

E

O novo Altas Solarimétrico do BrasilCom base em texto do

Prof. Chigueru Tiba - UFPE

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§ 9C R E S E S B I N F O R M E

Estimativas da radiação solar no Brasil aproveitamento racional daenergia solar no sentido de

produzir instalações bem dimen-sionadas e economicamente viáveissó é possível a partir de informaçõessolarimétricas consistentes da regiãoem questão. Ocorre que, no Brasil,tais informações nem sempre estãodisponíveis de maneira direta, já quea grande extensão do territórionacional inviabiliza a instalação emanutenção de instrumentos demedição solar. Sob essa perspectivatorna-se fundamental o desenvol-vimento e a aplicação de modelosque sejam capazes de estimar dadossuficientes e confiáveis para con-cepção dos projetos, estudo de custoe retorno de investimento.

Em 1995, atra-vés do Grupo deTrabalho de Ener-gia Solar (GTES),foram estabele-cidas, dentro docontexto da So-larimetr ia, duaspropostas de tra-balho que se se-guiram com o in-centivo e apoio dainstituição. O Atlas Solarimétrico doBrasil publicado em agosto de 1997pelo Grupo de Pesquisas em FontesAlternativas (FAE/UFPE) e o Atlasde Irradiação Solar do Brasil publi-cado em outubro de 1998 peloLaboratório de Energia Solar (LabSolar/UFSC) e Instituto de PesquisasEspaciais (INPE). O primeiro estárepresentado por mapas mensaiscontendo isolinhas das medidas deinsolação e radiação global, funda-mentais na compilação de dadoshistóricos disponíveis em todas asestações terrestres existentes noPaís. A segunda proposta trata-se daaplicação e adaptação para o Brasilde um modelo físico alemão utili-zando imagens de satélites e estárepresentado por mapas mensaiscontendo valores pontuais da radia-ção global.

Como contribuição à pesquisados modelos físicos de satélite noBrasil, estamos desenvolvendo umtrabalho de doutorado (Cepel /Coppe-UFRJ). A metodologia temcomo objetivo a estimativa de deter-minadas propriedades físicas dacamada atmosférica as quais, uma

vez calculadas, tornam-se fundamentais para aobtenção da radiação so-lar incidente na superfícieterrestre. Para tanto, apli-camos a solução inversada Equação da Transfe-rência Radiativa para osistema Terra/Atmosferaconsiderando uma análi-se separada do espectrosolar nas faixas visível einfra-vermelho próximo.

Ainda em nível nacio-nal foram desenvolvidoso modelo físico de ima-gem de satélite GL1.0 desenvolvidopela UFPB e instalado no Centro dePrevisão de Tempo e Estudos Climá-

ticos (CPTEC / INPE) e oprograma Sundata, produ-zido pelo Cepel, que loca-liza a estação mais próximado ponto em estudo, a partirde um banco de dadospreexistente. Em nível esta-dual estão sendo concluí-dos dois trabalhos de inter-polação por dados de esta-ções terrestres utilizandocomo ferramenta um Siste-

ma de Informação Geográfica. Omapeamento do Estado do Amapá,para medidas estimadas daradiação global diária médiamensal, como parte do proje-to Implantação de Sistemasde Geração Alternativa daRegião Norte desenvolvidopelo Cepel, e o projeto dedistribuição espacial dascurvas de radiação solarpara o Estado de MinasGerais produzido pelo Cen-tro Brasileiro para o Desen-volvimento da Energia Solar Térmica(Green/PUC-Minas) em parceria coma Companhia Energética de MinasGerais (Cemig).

Todo esse esforço realizado noâmbito da Solarimetria vem, certa-mente, trazendo resultados signifi-cativos sobretudo no que diz respeitoà quantidade de informações dedados. Entretanto, é importantelembrar que a qualidade de taisdados, depende dos alcances elimites técnicos de cada modelo.

Os modelos terrestres - isolinhasou curvas espaciais por interpolaçãoe extrapolação - permitem obter

resultados mais precisos quando ascondições climáticas e geográficasdas regiões são similares, poisutilizam dados - número de horas deinsolação ou a própria radiação so-lar - medidos na superfície da Terra.Além disso, devido à capacidade decobertura geográfica total do territó-rio, os modelos de satélite apresen-tam-se como ferramentas essenciais,notadamente quando o local emestudo trata-se de uma região demicroclima, ou ainda, quando adensidade da rede meteorológica ébaixa para se obter uma boa interpo-lação ou extrapolação dos dados.

Atribuir maior ou menor impor-tância a um ou outrodesses modelos -terrestre e satélite -como critério de es-colha de uma aplica-ção única para o ter-ritório brasileiro, re-vela-se uma análiseinconsistente, desdeque, no Brasil, am-bos os modelos tor-nam-se fundamen-

tais quando estão relacionados deforma a se complementarem. Não hánecessidade de concorrência, e sim,de um esforço conjunto interdisci-plinar, pois na medida em que asinformações da diversidade geo-gráfica das regiões forem sobre-postas às informações solarimétricasdos modelos, estaremos estabele-cendo um avanço qualitativo naspesquisas sobre o potencial solar dopaís.

Ana Paula Cardoso Guimarãesbolsista de doutorado

CEPEL - COPPE/UFRJ

Atribuir maior oumenor importân-cia a um ou outrodesses modelos... revela-se uma

análise incon-sistente

O

Sob essa pers-pectiva torna-sefundamental o

desenvolvimento e aaplicação de mo-delos que sejam

capazes de estimardados suficientes

e confiáveis

Radiação Solar do Amapá - LABGIS-CEPEL

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10 C R E S E S B I N F O R M E

ProdeemNova fase do Programa de Desenvolvimento

Energético de Estado e Municípios

nforme da Agência Universitáriade Not íc ias da ECA-USP

(Escola de Comunicação e Artes daUSP), noticia que o Instituto deQuímica desta Universidade estádesenvolvendo um método maiseficiente e barato de converterenergia solar em eletricidade. Aequipe coordenada pela professoraNeyde Murakami utiliza na célula umproduto químico, um corante espe-cial que permite substituir o silício pordióxido de titânio (TiO 2). Este é umcomposto barato e inofensivo, am-plamente utilizado em vários produ-tos, de tintas a pastas de dente.

Ainda segundo o Informe, além deser mais barata e de fabricaçãolimpa, a nova célula, chamada“célula de camada delgada”, apre-senta outras vantagens que a tornammuito atraente para o mercado. Ao

contrário dos painéis solares atuaisque são escuros, pesados e opacos,a nova tecnologia permite construiruma célula na forma de um “san-duiche” de lâminas de vidro transpa-rente, semelhantes ao fumê. Nos tes-tes de laboratório, a célula delgadaalcançou taxas de rendimento supe-riores a 50% segundo o padrãocientífico usado para esse fim, oIPCE. É um resultado altíssimo parauma célula solar comparada com ascélulas convencionais de silício. Como aprimoramento da tecnologia e asíntese de novos corantes especiais,o rendimento pode aumentar.

Paralelamente ao Brasil, muitospaíses vêm realizando projetossemelhantes de célular solar. Algunscomo Japão, Suíça, Austrália eEstados Unidos estão muito adi-antados nas pesquisas nesta área.

A equipe da professora Neyde tam-bém contou com a cooperação daItália para o projeto brasileiro. Apesardas claras oportunidades de negó-cios e da viabilidade econômica dacélula de camada delgada, até omomento nenhuma empresa brasi-leira ainda se interessou pelo projeto.A Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de São Paulo, que finan-ciou o projeto juntamente com oConselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológicooferece subsídio ao empresário quedesejarem investir na fabricação dascélulas.

Os interessados no projeto podementrar em contato com a equiperesponsável no Instituto de Químicada USP, bloco 2 inferior, sala 202-Cidade Universitária.E-Mail: [email protected]

Estará aqui o futuro?Novas Células Fotovoltaicas Desenvolvidas no Brasil

Departamento Nacional deDesenvolvimento Energético

do MME, que coordena o Prodeemem nível nacional, pretende entrarem nova fase para instalação desistemas fotovoltaicos a seremaplicados na geração de eletricidade

e bombeamento de água. Os siste-mas serão instalados nas comuni-dades carentes em zonas de difícilacesso.

Esta nova fase do Programa deDesenvolvimento Energético deEstados e Municípios pretende este

ano, atender quatro mil comunida-des rurais de todo no País, instalando1660 sistemas de geração de energiae 1240 bombeamento de água.

Somados aos sistemas já insta-lados, o Prodeem se consolida comoum dos maiores programas (em nívelmundial) de utilização de sistemasfotovoltaicos isolados para pequenascomunidades.Nos próximos anos oprograma continuará em ritmo cadavez mais intenso e novas realizaçõesestarão surgindo em breve.

Escola da comunidade de Tinguí, Município de São José da Tapera - AL

O

I

Para implementar um projeto emseu Estado ou Município, entre emcontato com o Coord. Estadual ou :Ministério de Minas e Energia - MMESecretaria de Energia - SENDepto. Nacional de Desenvol-vimento Energético - DNDEEsplanada dos Ministérios - Bloco“U”- 5º. andar - BrasíliaTelefone (061) 319-5012Fax (061) 224-1973

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§ 11C R E S E S B I N F O R M E

Recomendações estratégicas paraenergia solar fotovoltaica

Grupo de Trabalho de Ener-gia Solar (GTES), presta im-

portantes serviços a todos os seg-mentos envolvidos com Energia So-lar no Brasil. Tendo completado, emOutubro de 1998, um total de 12reuniões realizadas, o Grupo temmantido sua tradição de produzirsoluções ou recomendações alta-mente qualificadas para as deman-das que se apresentam, além deestimular o intercâmbio dos maisdiversos atores.

A 12º reunião do GTES, realizadaem Recife com o apoio da Chesf edo Cresesb, contou com a parti-cipação de aproximadamente 50especialistas. As discussões giraramem torno da intenção de produzir-seum conjunto de recomendaçõesestratégicas para a Energia SolarFotovoltaica no Brasil. Estas reco-mendações, referendadas durante o4º Encontro do Forum Permanentede Energias Renováveis, são hojeparte integrante do Plano de Açãopara Energias Renováveis no Brasil.Visando auxiliar sua divulgação,apresentamos abaixo esta que é amais recente contribuição do GTES.

• Implementação de um amploprograma de divulgação da tec-nologia fotovoltaica a nível deusuário;

• Associação e/ou participação doBrasil em esforços globais de desen-volvimento tecnológico;

• Definição de uma política indus-trial, priorizando ítens intensivos emmão de obra e periféricos parasistemas (inversores, controladores,acessórios eficientes e duráveis etc.);

• Busca de maior envolvimentodos fabricantes (diretamente ouatravés de sua associação - Abeer)nos processos de garantia de quali-dade de produtos e serviços;

• Implementação de um programade avaliação das experiências deeletrificação rural com sistemasfotovoltaicos em curso no Brasil;

• Coordenação e padronização

básica dos esforços de treinamentonos diversos níveis (básico, técnicoetc.);

• Inclusão no leque de prioridadesdo Prodeem da necessidade dedesenvolvimento de fornecedores eprestadores de serviço locais, reali-mentando o programa com o esta-belecimento de uma rede de manu-tenção e contribuindo para a suasustentabilidade;

• Estabelecimento de laboratórioindependente para a avaliação demódulos fotovoltaicos, componentesperiféricos e acessórios;

• Busca, junto à Agencia Nacionailde Energia Elétrica e concessio-nárias de distribuição de energiaelétrica, da utilização de recursosdestinados à conservação de energia(1% do lucro líquido) para imple-mentação de novos projetos dedesenvolvimento e aplicação datecnologia fotovoltaica;

• Revisão da política tarifária paraos diversos elementos de sistemasfotovoltaicos;

• Formalização do GTES (Grupode Trabalho de Energia Solar) edefinição de suas atribuições, carac-terizando, inclusive, seu papel naelaboração da base para as estra-tégias Industrial e de Ciência eTecnologia;

• Criação de comitê para restru-turação da ABENS (AssociaçãoBrasileira de Energia Solar);

• Atuação junto à Aneel na regu-lamentação do uso de recursos daConta Comum de Combustíveis,gerenciada pela Eletrobrás, para aimplementação de projetos quecontemplem o uso de energia solarfotovoltaica (Lei 9.074);

• Inclusão de metas e destinaçãode recursos, dentro dos programasde utilização de sistemas fotovol-taicos em curso ou programados,para desenvolvimento científico etecnológico.

Espera-se ao longo do correnteano o aprofundamento ou a concre-tização dessas recomendações .

Cresesb participa com estande no 4º Encontro do ForumPermanente de Energias Renováveis

O

Eng. Claudio Moises RibeiroPesquisador - CEPEL

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12 C R E S E S B I N F O R M E

IMPRESSO

CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA(Empresa do Sistema ELETROBRÁS)SEDE:Av. Um s/n - Cidade UniversitáriaRio de Janeiro - RJ - BRASILCaixa Postal 2754 - CEP 20001-970Tel.: (021) 598-2187 Fax.: (021) 260-6211

CEPEL

Eventos

CRESESBCRESESBIInformenformeIInformenforme

http://www.cresesb.cepel.bre-mail : [email protected]

Pousada na Bahia utilizaenergia alternativa em chalés

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

pousada Lagoa do Cassange,localizada na Praia do Cas-sange da cidade da Maraú

(Bahia) mantêm seus hóspedes como uso de energia alternavas.

Ao optar pela utilização da ener-gia solar e eólica, a pousada utilizaenergia limpa para o abastecimentoda iluminação, aparelho de som,rádio, telefone - fax, computador, TV,vídeo, liquidificador, sistema debombeamento de água, etc.

Com muita criatividade, persistên-cia e pesquisa, hoje a pousada ope-ra completamente independente com8 módulos de placas solares damarca Siemens modelo M65 p/ 46Watts, um aerogerador “Air Marine

Wind Turbine” com capacidade para350 Watts todo marinisado paraevitar problemas de corrosão, umbanco com seis baterias de 150 Acada para armazenar a energia. Umfreezer e duas geladeiras a gás, alémde um gerador à gasolina FF2600Yamaha que dá suporte para equi-pamentos de alto consumo, comoferro de passar roupa, furadeira,compressor de ar, etc.

No verão de 1998, aproximada-mente 70 pessoas ficaram hospe-dadas na pousada onde, em média,passavam uma semana curtindo eaprendendo um pouco sobre essenovo conceito de energia alternativa.Em todos os quartos existem avisossobre o desperdício, alertando paraque sempre apaguem as luzesquando não estão usando. O pes-soal vai se habituando à não desper-diçar energia.

Dizem os proprietários:"Com tudo isso nesse dois anos

de funcionamento da pousada, deupara aprender e descobrir muitascoisas. Como é bom ser indepen-dente, lidar com as limitações eprocurar novos caminhos para solu-ções de pequenos problemas comofuturas ampliações, uso de ventila-dores, etc..."

Pousada Lagoa do CassangeP. do Cassange s/n - Maraú - Bahia

Tel/fax: (073)255-2348

I Encontro de Ciência eTecnologia para a Amazonia20 a 23 de Setembro de 1999

UFPA - Belém - PA

Contato: João Tavares PinhoGEDAE - Univ. Federal do ParáTelefax: (091) 211-1977 [email protected]

Renewable Energyand Environment Protection8 a 11 de Novembro de 1999

Alexandria - Egito

Contato: Fuad Abul Fotuhwww.icse.org

A