informativo sogimig - 53º cbgo foi o maior evento médico da américa latina em 2009

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Informativo Veículo Oficial da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais - SOGIMIG I Novembro e Dezembro de 2009 PARCEIROS www.sogimig.org.br FALE CONOSCO PALESTRAS, MESAS- REDONDAS, CURSOS... SUCESSO TOTAL NOS QUATRO DIAS DE CONGRESSO | 4,5,6,7 BRASIL É O PRIMEIRO PAÍS A PARTICIPAR DE PROJETO DA OMS CONTRA MORBIDADE MATERNA | 8 MÉDICOS PARTICIPAM DE DISCUSSÃO E ASSINAM ABAIXO- ASSINADO PELO ATO MÉDICO | 9 53º CBGO foi o maior evento médico da América Latina em 2009 META ALCANÇADA M a i s d e 2 m i l m é d i c o s m i n e i r o s i n s c r i t o s sogimig nov dez2.indd 1 sogimig nov dez2.indd 1 9/2/2010 10:23:23 9/2/2010 10:23:23

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Informativo

Veículo Oficial da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais - SOGIMIG I Novembro e Dezembro de 2009

PARCEIROS

www.sogimig.org.br FALE CONOSCO

PALESTRAS, MESAS-REDONDAS, CURSOS... SUCESSO TOTAL NOS QUATRO DIAS DE CONGRESSO | 4,5,6,7

BRASIL É O PRIMEIRO PAÍS A PARTICIPAR DE PROJETO DA OMS CONTRA MORBIDADE MATERNA | 8

MÉDICOS PARTICIPAM DE DISCUSSÃO E ASSINAM ABAIXO-ASSINADO PELO ATO MÉDICO | 9

53º CBGO foi o maior evento médico da América Latina em 2009

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Av. João Pinheiro, 161. Sala 206Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180. Telefax: (31) 3222 6599 Telefone: 3247 1637

Site: www.sogimig.org.br E-mail: [email protected]

Diretoria SOGIMIG - Gestão 2009-2010 PRESIDENTEVictor Hugo de Melo VICE- PRESIDENTERenato AjejeSECRETÁRIO GERALCarlos Henrique Mascarenhas Silva1ª SECRETÁRIOFrederico José Amedée PéretDIRETOR FINANCEIROJosé Avilmar Lino SilvaDIRETOR SÓCIO-CULTURALCláudia Lourdes Soares LaranjeiraDIRETOR CIENTÍFICOAgnaldo Lopes da Silva FilhoDIRETOR DE DEFESA DO EXERCÍCIO PROFISSIONALMaria Inês Miranda LimaDIRETOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOSCláudia Lúcia Barbosa SalomãoDIRETOR DE COMUNICAÇÃO Gui Tarcísio Mazzoni JuniorDIRETOR DE INFORMÁTICAJoão Henrique Penna ReisCOORDENADOR DAS DIRETORIAS REGIONAISMarcelo Lopes Cançado

CONSELHO CONSULTIVO:MEMBROS ELEITOSAntonio Eugenio Motta Ferrari, Aroldo Fernan-do Camargos, Eddie Fernando Candido Murta, Henrique Moraes Salvador Silva, Ivone Dirk de Souza Filogônio, Lucas Viana Machado, Manuel Maurício Gonçalves, Marcelo Maciel de Araú-jo Porto, Ricardo Mello Marinho, Sávio Costa GonçalvesMEMBROS NATOSAntonio Fernandes Lages, Cláudia Navarro Duar-te Lemos, Garibalde Mortoza Junior, João Pedro Junqueira Caetano, Sergimar Padovezi INFORMATIVO SOGIMIGCOORDENAÇÃO DO INFORMATIVOGui Tarcísio Mazzoni JuniorPRODUÇÃO EDITORIAL E GRÁFICALink Comunicação Empresarial - (31) 2126-8080Edição: Cristina Fonseca (MG 04557JP) Redação: Aline Luz, Luciana Rocha e Fabrício CalazansEditoração: Danielle MarcussiFoto: Thiago Fantoni PinheiroRevisão: Regina PallaProjeto Gráfico: Helô Costa e Wagner RochaGráfica: PaulinelliTiragem: 1.500 exemplares

Envie sua contribuição para [email protected]

O Informativo SOGIMIG autoriza a reprodução de seu conteúdo, desde que citada a fonte. Pede-se apenas a informação de tal uso. A Associação não se responsabiliza pelo conteúdo ou pela certificação dos eventos anunciados na forma de agenda.

Em caso de dúvidas, questionamentos e sugestões, enviar e-mail para: [email protected]

VICTOR HUGO DE MELOPresidente da [email protected]

2009 foi um ano memorável

Palavra do Presidente

O tempo não para! Esta foi a premissa que estabelecemos para dar o tom da nos-sa gestão, quando assumimos a direção da SOGIMIG em dezembro de 2008. Ao final de 2009, gostaríamos de relatar as nossas realizações, e trazer reflexões sobre o con-turbado momento que estamos vivendo, no exercício da nossa atividade profissional.

Este foi o ano do 53º Congresso Brasi-leiro de Ginecologia e Obstetrícia. E a SOGI-MIG brilhou! Foi um evento inesquecível, do ponto de vista da organização, da qualidade científica, do acolhimento aos congressistas e da confraternização. Milhares de ginecologistas e obstetras de todo o Brasil vieram a Belo Ho-rizonte para participar do congresso, que teve salas repletas nos seus quatro dias de duração. Recebemos inúmeros cumprimentos.

No primeiro semestre de 2009, a SOGI-MIG realizou sete eventos regionais com a par-ticipação de centenas de ginecologistas e obste-tras, mostrando a força do interior. Integrar o Estado de Minas Gerais tem sido um dos pilares de gestões anteriores, e continua como proposta da nossa gestão. Foram criadas mais diretorias e vice-presidências regionais, amplian-do a representação dos associados do interior.

Mantivemos a atuação firme na defesa profissional. Fomos a Brasília em várias oca- siões: Fórum sobre Assistência ao Parto na Saú-de Suplementar, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM); para representar a SOGIMIG na decisão do Tribunal Regional Fe-deral da 1ª Região, quando foi avaliada a partici-pação da Agência Nacional de Saúde (ANS) na ação judicial contra a Unimed-BH; para participar da Assembleia Geral da Febrasgo. Nesta última, propusemos a criação do Grupo de Trabalho de Honorários Médicos para implantar a CBHPM, que foi viabilizado e já atua na Febrasgo.

Outra atividade na defesa profissional diz respeito à assistência ao parto. Defendemos o Parto Seguro dentro do hospital, com a par-ticipação do obstetra e pediatra. Organizamos

o I Seminário de Assistência ao Parto da SOGI-MIG e o I Curso de Assistência ao Parto e nego-ciamos com o Conselho Regional de Medicina (CRM) cursos teórico-práticos sobre assistência ao parto em todo o Estado, em 2010. Participa-mos, ainda, do movimento nacional pela apro-vação da Lei do Ato Médico, que tramita no Senado Federal, pela melhoria dos honorários e pela remuneração das horas da assistência ao trabalho de parto.

Realizamos dois workshops em 2009, com participação de diretores e vice-presiden-tes regionais, membros dos comitês científicos, da diretoria executiva e do conselho consultivo. Mudamos o formato do workshop, incluindo discussões científicas e de defesa profissional.

Criamos o portal da SOGIMIG em subs-tituição ao nosso site. Ele será aprimorado em 2010. Vamos torná-lo mais atraente e útil, principalmente para o associado quite. Em 2010, teremos eventos e videoconferências em todo o Estado: o 34º EMGO, em junho, em Ouro Preto, e o 4º Congresso Mineiro, em Belo Horizonte, em dezembro.

O exercício da tocoginecologia está cada vez mais difícil, com defasagens entre as horas de trabalho e a remuneração. Estamos re-féns do sistema de saúde do Brasil: por um lado, o SUS; de outro, a Saúde Suplemen-tar. A ANS não está preocupada com as con-dições de trabalho e de remuneração. A ela, interessa regular a relação entre os usuários e os planos de saúde. Os valores que recebe-mos sobre os procedimentos dizem respeito à nossa relação com as operadoras, e não vai haver interferência da ANS.

O caminho aponta para a articulação das entidades médicas em Minas Gerais, objetivando estabelecer um movimento para resgatar nossa dignidade profissional, e criar condições de diálogo e de negociação com o governo e os planos de saúde, para melhorar nossa remuneração. A SOGIMIG, hoje, está madura para participar deste movimento.

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Solenidade de abertura

A solenidade de abertura do 53º Con-gresso Brasileiro de Ginecologia e Obste-trícia (CBGO) foi uma noite emocionante. No palco do Centro de Convenções do Expominas as boas vindas aos congressistas vieram na imponente música de Marcus Viana. Na voz do artista mineiro o Hino Nacional brasileiro foi entoado.

Na solenidade, renomados ginecolo-gistas que fazem parte dos 50 anos da his-tória da Febrasgo, personalidades e políti-cos também compareceram ao evento. O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacer-da, falou da importância do congresso para o turismo de negócios em Minas Gerais. Ele destacou a importância do Expominas, obra do governo do Estado de Minas, e como o espaço deu novo patamar para Belo Horizonte acomodar grandes even-tos. “Nessa especialidade Minas Gerais tem uma presença marcante, com mil médicos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e dez mil no Estado. Somos defensores da lei do ato médico. Parto seguro e humanizado e, de acordo com o risco, sempre normal. É o lema da saúde da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH)”, revelou.

A importância foi confirmada pelo se-cretário municipal de Saúde, Marcelo Tei-xeira, que esteve na solenidade e concedeu entrevista à imprensa. Ele parabenizou a SOGIMIG pela mobilização e conquista de um evento de vanguarda no Brasil, que re-cepcionou um congresso para um público de mais de 7 mil participantes. “Discussões como essas permitem apropriação coletiva. Somos parceiros no compromisso com o parto seguro e humanizado”, completou.

Congresso

Minas fortalecidaO presidente do 53º CBGO, dr. João Pe-

dro Junqueira, ressaltou a importância da SO-GIMIG e Minas em receber o Congresso no ano em que a Febrasgo completa 50 anos de sua fundação, justamente em Belo Horizonte. “Profissionalismo e atitude foram destaque na organização desse evento. Fazer isso não foi um esforço, foi um prazer”, explicou em um discurso bastante emocionado.

O presidente da SOGIMIG, dr. Victor Hugo de Melo, também ressaltou o enorme significado da realização inédita do congresso em Minas Gerais. “Isso nos possibilita demons-trar a capacidade de liderança e organização para receber os congressistas e convidados na-cionais do mais alto gabarito, além da participa-ção de palestrantes internacionais”, completou.

O discurso foi reafirmado e apoiado pelo presidente da Febrasgo, dr. Nilson Roberto de Melo, que destacou a grade científica de peso trazendo para o Congresso pessoas conceitu-adas e atuantes em cada área da Ginecologia e Obstetrícia, com temas pautados no dia a dia do ginecologista e obstetra.

Ao final da solenidade de abertura, con-vidados, personalidades, professores e con-gressistas participaram de um coquetel. O destaque desta vez foi da culinária e música mineiras, momento que marcou o início da programação social do evento.

Dr. João Pedro Junqueira discursa

na abertura

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G , -

Cerca de 7,5 mil pessoas participaram do 53º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia. Os corredores do pavilhão de eventos do Expominas ficaram lotados. Na área dos auditórios, o espaço foi disputado por médicos de todos os cantos do Brasil. Aproximadamente 650 professores vieram a Belo Horizonte. Em cada curso oferecido aos congressistas foi desenvolvida uma dinâmica em que todas as etapas de atuação do médico foram exploradas pelos palestrantes. Ao fi-nal, o público participava de uma discussão, com esclarecimento de dúvidas e completo aproveitamento das discussões. Os cursos foram realizados simultaneamente em 11 au-ditórios. Além das 11 salas com eventos para médicos com várias mesas-redondas e confe-rências, havia outros espaços com discussões abertas à sociedade. Além disso, as manhãs foram marcadas pela “Conversa com Espe-cialistas”, que em tom mais aberto ao diálogo abordou algumas temáticas do cotidiano do ginecologista e obstetra sempre com duração de uma hora e meia. Os congressistas tiveram a oportunidade de escolher entre dezenas de atividades. Uma programação minuciosa-mente planejada para oferecer a todos uma profunda reciclagem.

Fórum de Residência Médica Dra. Claudia Laranjeira

Durante o 53º CBGO ocorreu o Fó-rum de Residência Médica, organizado pelo professor da Unicamp e coordenador da Comissão de Ensino e Pesquisa - CEA/ Febrasgo, Renato Passini Júnior. O fórum abordou a situação das residências médicas no Brasil, com destaque para o impacto ne-gativo da política federal de expansão e interi-orizacão da Medicina, que visa o aumento do número de escolas médicas em sua primeira fase e a ampliação do número de residências médicas, posteriormente.

Durante o debate, ficou claro que este aumento indiscriminado poderá levar a uma queda em qualidade e dificuldade no con-trole da formação. "Há uma grande distorção entre o aumento do número de vagas/ano em Medicina e os recursos direcionados à atenção à saúde da população, o que muito contribui para a concentração de médicos nas capitais. A maioria dos formandos não escolherá o interior pela simples razão de que não existe uma política pública efetiva de atração e manutenção destes profissionais", conforme citação na AMB Notícias 2007.

A representante do Ministério da Saúde, dra. Eliane Ribeiro, apresentou na oportuni-

dade os projetos do governo federal para levar especialistas para áreas com carência de médicos. As principais propostas foram: realização de estudos individuais de algumas especialidades, melhora dos sistemas de informação nas residências médicas e cons-trução de políticas de fixação do médico es-pecialista em regiões onde não há médicos (este Projeto de Lei já está assinado pelo presidente da República).

Também foi destacado que a saúde da mulher e da criança está entre as prioridades do país e, desta forma, incluída nas redes de atenção. A dra. Eliane Ribeiro apresentou o projeto Pró-Residência, que objetiva orientar e desenvolver programas de qualificação de preceptores, ofertar estágios curriculares em articulação com outras redes de serviços e desenvolver projetos específicos de avaliação dos médicos residentes.

O dr. Gutemberg Leão Filho, que é membro do CEA, apresentou os resultados do cadastramento dos Programas de Residên-cia Médica, realizado pela Febrasgo em 2009, cerca de 70% de todos os programas visita-dos pelos representantes da Febrasgo. Em 2009, 80% das vagas de residência médica em GO foram ocupadas. Foram avaliadas ain-da as características de cada programa com os serviços oferecidos, incluindo forma de ensino

53º CBGO: quatro dias de muitoconhecimento científico

Congresso

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5e metodologia de avaliação. De posse destes resultados, os organizadores do fórum con-seguiram elucidar a necessidade de estruturar as comissões fede-radas de Residência Médi-ca, realizar cadastro anual dos programas, criar uma rede de cola-boração interinstitucional e de instituir avaliação anual de residentes.

A dra. Vera Borges, também membro da Comissão de Ensino e Pesquisa, mostrou ex-periências internacionais sobre competências para formação em nível de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e membro da Comissão de Avaliação Profissional - CAP, George Dantas, falou sobre como se desenvolve a expertise clínica e quais as implicações no planejamento das atividades voltadas para a formação de especialistas em GO. Ele destacou o modelo de aprendizado consciente das competências, explicando os processos e estágios do desen-volvimento das diversas habilidades e como os Programas de Residência Médica devem pro-mover a progressão dos médicos residentes ao longo desses estágios do aprendizado.

A professora da Unicamp e coordenadora da CAP/Febrasgo, Eliana Amaral, abordou a im-portância do TEGO e a forma como as provas são elaboradas, procurando sempre precisão e estabilidade de medidas mesmo que em dife-rentes momentos. Além disso, foram apresen-tadas as análises estatísticas de provas anteriores e a qualidade do processo de avaliação usado pela Febrasgo. Ela apresentou também outras formas de avaliação do aprendizado já usadas em algumas instituições e deu como exemplo a construção de portfólios, entre outros.

Para finalizar o fórum foi realizada uma oficina com objetivo de revisar o conteúdo programático do programa de Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia para ser apresentado ao Ministério da Saúde e para a Associação Médica Brasileira. Estiveram pre-sentes nesta oficina coordenadores de pro-gramas de residência médica de todo o país.

Videoconferência com Contribuições da Medicina Fetal na Prática Obstétrica

Dr. Carlos Henrique

Outro destaque do congresso foi a parti-cipação inédita do professor Kypros Nicolaides nos CBGOs, por meio de videoconferência diretamente de Londres. Internacionalmente reconhecido como umas das maiores autori-dades em Medicina Fetal, ele abordou o tema

“Contribuições da Medicina Fetal na Prática Obstétrica” e nos brindou com duas horas de amplas discussões sobre o que devemos fazer para melhorar os resultados materno-fetais.

Ele iniciou sua aula mostrando que grande parte das patologias materno-fetais pode ser rastreada ainda no primeiro trimes-tre da gestação e a importância que deve ser dispensada a este período da gestação. Destacou que o rastreamento seriado para cromossomopatias, utilizando-se a medida da translucência nucal associada à avaliação do osso nasal, ducto venoso, padrão de fluxo em válvula triscúspide e o teste bioquímico de primeiro trimestre (com PAPP-A + fração livre do HCG) deve ser oferecido e sempre rea-lizado nas pacientes entre 11 e 13 + 6 semanas de gestação já que se obtém, nesta fase, altas taxas de detecção de cromossomopatias.

Abordou, ainda, a importância do ras-treamento para doenças hipertensivas mater-nas utilizando-se a dopplervelocimetria de ar-térias uterinas no 1º trimestre e a possibilidade de identificação de gestantes com risco au-mentado de parto prematuro com a medida do comprimento longitudinal do colo uterino, também nesta época da gravidez.

Apresentou pesquisa realizada recen-temente em seu serviço de Medicina Fetal sobre a translucência intracranial, novo mar-cador para rastreamento de fetos portado-res de espinha bífida, que também pode ser feita pela ultrassonografia de primeiro trimestre, com observações da alteração da região do quarto ventrículo.

Curso de Atualização em Infertilidade Conjugal

Dr. Marcelo Cançado

Sob a coordenação do professor Ál-varo Petracco (RS), foi realizado o Curso de Atualização em Infertilidade Conjugal.

Os temas referentes à Medicina Re-produtiva, sempre instigantes, atraíram uma plateia ativa e curiosa de todo o país.

Em sua extensão, este curso abran-geu desde a epidemiologia dos processos reprodutivos, passando pela polêmica de cada fator envolvido no processo, até uma análise crítica dos tratamentos atuais, não faltando a montagem de cenários, próprios desta área da Ginecologia.

Questões filosóficas e éticas, pertinen-tes, entremearam as questões científicas do curso com um resultado final magnífico.

Fórum de Saúde da Adolescente Dra. Cláudia Lúcia Barbosa Salomão

Constituindo-se em atividades que têm como objetivo reunir impressões e proto-colar procedimentos, os fóruns realizados nos congressos médicos da Febrasco e SOGIMIG vêm legitimando a sua função. Grupos de pro-fissionais, envolvidos em determinadas áreas de atuação, empenharam-se no último Con-gresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, realizado nesta capital, objetivando a revisão de vários conceitos e sugestões de protocolos em áreas específicas.

Congresso

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6Congresso

No que tange ao fórum de Saúde da Adolescente, vários tópicos foram abordados e debatidos. Discutiu-se sobre os direitos se-xuais e reprodutivos dos jovens, abordando as questões éticas e legais, orientação sexual e contraceptiva com ou sem demanda es-pontânea. De igual importância, debateu-se os riscos e vulnerabilidade dos adolescentes e como trabalhar a diminuição destes eventos.

Outro tópico bastante discutido foi a respeito da saúde óssea de nossas crianças e adolescentes e o reflexo da anticoncep-ção hormonal no esqueleto dos jovens.

Os métodos contraceptivos conti-nuam sendo pauta de discussão constan-te e esclarecimento sobre novos e mais modernos métodos.

Metodologia e peculiaridades da lactação na adolescência foram abordadas e também discutidas. O aborto na adolescência, gravidez e vias de parto constituíram-se em assuntos polêmicos que concluíram a necessidade de atenção primária e secundária à adolescente, priorizando o seu atendimento e enfatizando a importância de um pré-natal bem realizado. Trabalho árduo, e de comprometimento de todos os integrantes das atividades do fórum, foi a respeito da prevenção da segunda gravi-dez na adolescência e valorização do estabe-lecimento de limites saudáveis no exercício de sexualidade dos jovens.

Terapia Hormonal Dr. João Henrique Reis

No dia 16 de novembro à tarde, próxi-mo ao hall de entrada da Arena do Expomi-nas, grande movimentação de congressistas e uma verdadeira megaoperação de logística envolveram a entrega de equipamentos de tradução simultânea para a seção que se inici-aria em alguns minutos. Tamanha agitação não poderia ser outra que a palestra do professor Leon Speroff. O tema Terapia Hormonal (TH) e câncer de mama, por si só era de grande interesse. “Um pensamento em contrário” então atraiu hordas de ginecologistas, ávidos por conhecimento e novas informações.

Um dos principais nomes da Endocri-nologia ginecológica e personagem ligado a história da Medicina, o professor Leon Speroff foi sem dúvida a maior atração do 53º Con-gresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia. Responsável por grande parte da evolução do conhecimento da Endocrinologia da mulher, demonstrou sua enorme capacidade e simpatia em palestras sempre muito concorridas.

Os mais de dois mil lugares estavam

completamente tomados e havia pessoas nos parapeitos, corredores e até mesmo no chão. Quatro enormes telões permitiam que nin-guém perdesse nenhum detalhe e se sentisse perto da mesa e do ilustre orador. Apesar de tanta gente, havia muita ordem e organização, característica marcante dessa edição do Con-gresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia. O amplo ambiente de arquitetura e decoração requintadas contava ainda com ótimo sistema de ar condicionado, deixando a temperatura agradável. Tudo contribuindo para o maior aproveitamento dos congressistas.

Sobre esse assunto palpitante o professor Speroff sempre se posicionou de forma diver-sa das conclusões centrais dos grandes estu-dos recentemente publicados, notadamente o “Womens Health Initiative”. Sendo assim, buscou de forma inteligente e eloquente cumprir o que se propunha: uma visão em contrário. Inicialmente buscando desvincular o uso da TH da gênese do câncer de mama explicando que possivelmente ela não induz a formação de cânceres, mas apenas estimula o crescimento de tumores preexistentes.

Descreveu os dados do WHI, indicando que o risco somente aumentava após o quin-to ano de uso. Ou seja, a administração por quatro anos ou menos seria segura. Seu uso além de cinco anos não aumentou a incidên-cia de tumores in situ.

Outro ponto relevante: o aumento de risco parecia não ser afetado pela história familiar. Além disso, as usuárias de TH diag-nosticadas com câncer de mama não apre-sentavam doença metastática, sugerindo uma redução no risco de morrer do câncer de mama. Isso se constituía num paradoxo: aumenta-se a incidência e reduz-se a mortali-dade pelo câncer. Uma das razões apontadas era de que as usuárias de TH faziam mais ma-mografias. Buscou, assim, explicar a solução para este aparente paradoxo: a maior vigilância resulta em diagnóstico mais precoce e os efei-tos do estrogênio sobre o tumor induziriam tipos histológicos menos agressivos. Em sua experiência no Oregon, identificou uma so-brevida de 100% em pacientes diagnosticadas com câncer de mama durante o uso da TH.

Postulou que o efeito do hormônio so-bre o tumor induziria a diferenciação celular, o que daria tempo à reação estromal facilitar o diagnóstico precoce. Segundo o professor, o hormônio participa da regulação de cente-nas de genes envolvidos no reparo do DNA e regulação do ciclo celular, assim favorecendo tumores de melhor prognóstico.

Com relação ao braço do artigo con-

tendo pacientes histerectomizadas, e que tomaram apenas estrogênio, ocorreu uma redução na incidência que, apesar de não atingir a significância estatística, sugere uma tendência de proteção. Em seguida, demons-trou outros estudos europeus e americanos cujos resultados contrariariam os do WHI.

Com respeito ao declínio na incidência de câncer de mama nos EUA após a publica-ção do WHI, apontada por muitos como mais uma evidência da relação do hormônio com o câncer de mama, o professor Speroff o rela-cionou ao menor uso da mamografia.

Portanto, a mensagem deixada é que ou o aumento no risco é pequeno ou os dados refletem apenas um impacto em tumores pré-existentes. É possível que a combinação de estrógeno e progesterona induza uma maior diferenciação celular e detecção precoce o que acarreta melhores resultados clínicos.

Para as pacientes, o recado é que a TH não se associa a um aumento de risco muito grande e a história familiar não é uma contraindicação a seu uso.

Suas observações e conclusões são po-lêmicas e nem todos concordam. Sem dúvida se posiciona diversamente do eixo central que se observa na opinião da maioria dos especia-listas. Isso certamente acrescenta um tempero ainda mais atraente ao evento.

Por fim, o simpático professor do Ore-gon, carinhosamente recebeu perguntas da atenta plateia que desfrutou de mais 30 minu-tos de debate rico em colocações, perguntas intrigantes e respostas inteligentes. No final, a saída ordenada de milhares de pessoas deixa-va estampado no rosto de cada um a satisfa-ção de ter presenciado horas de aprendizado rico e de caráter histórico. Esse foi mais um sucesso do memorável evento ocorrido nas alterosas. Deixará saudade.

O Alvo Dr. Gui Mazzoni

Sociedade: s.f. reunião de homens e mulheres que vivem em grupos organiza-dos; corpo social. Não nos esqueçamos que tais homens e mulheres somos nós mesmos, e não uma reunião teoricamente didática para simplesmente definir uma terminologia. Vivemos em cenas sociais onde não existem espectadores, mas tão somente atores que definem a qualidade de todas as vidas. Temos a capacidade e obrigação de interferirmos nos caminhos por nós percorridos. Talvez este-jamos vivendo uma era em que é comum a acomodação e consequente redução da capa-

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Congresso

cidade de indignação. Vale lembrar a história do sapinho, que ao ser jogado na fervura esca-pa reflexamente. Porém, deixado em banho- maria, ao aquecimento progressivo, desafor-tunadamente, falece devido à adaptação.

Medir a temperatura de nosso ambi-ente, de nossas relações é uma arte. A aco-modação e a adaptação nos fazem sentir falsamente seguros, numa zona de conforto onde parece muito perigoso tomar decisões. No entanto, não decidir talvez seja a mais difícil decisão. Principalmente, por não vi-vermos num mundo em mudança, mas, sim, num mundo que já mudou, tamanha a velocidade das transformações. Transfor-mar o hábito em estilo de vida é por demais perigoso. Devemos escapar da deslizante inércia dos trilhos e buscar, cotidianamente, caminhar por novas trilhas. Temos, então, de identificar o aquecimento, seja global, seja organizacional, seja social ou familiar. E agir.

Terminado o fabuloso ano de 2009, pu-demos sentir o prazer de fazermos parte de um braço da sociedade brasileira: a SOGIMIG. É grande a satisfação de executar o que foi vis-lumbrado, de ousar na escolha de objetivos. Realmente, a principal tarefa do ser humano é

estabelecer onde se quer chegar, pois daí surge toda a concretização. Vislumbrou-se construir o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obs-tetrícia na terra das Minas Gerais, e pôde-se extrair riquezas científicas, sociais, organizacio-nais e de defesa profissional. A grandeza do sucesso e dimensão alcançados é a maneira mais fidedigna de se mensurar o tamanho do sonho dos mineiros ao pleitear tal evento. Este congresso, além de encerrar o ano com chave de ouro, sintetizou diversos projetos e ações propostos pela atual diretoria da SOGIMIG. Propostas que foram elaboradas quando da composição de nossa chapa para a eleição e que foram concretizadas ao longo deste ano, mas que também fizeram parte do 53º CBGO. A proposta de atualização científica foi construí-da nos diversos eventos regionais no primeiro semestre e maravilhosamente aprofundada no CBGO com palestrantes nacionais e internacio-nais, inclusive culminando com o encerramento da carreira de palestrante do prof. Leon Spe-roff. O pioneirismo ao inaugurarmos o sistema de videoconferência na Associação Médica de Minas Gerais e a palestra de altíssima qualidade do prof. Kipros Nicolaides transmitida a partir da Inglaterra para o CBGO. As diversas ações

comunitárias, externando nosso compromisso com a responsabilidade social, executadas pela SOGIMIG com crianças e adolescentes e eventos em nossa comunidade e participar dos fóruns no CBGO de DST/AIDS, Residência Médica em GO, Saúde do Adolescente e De-fesa profissional. Esta por sinal, tem sido um dos pilares das gestões da SOGIMIG e se mostrou bem destacada no congresso brasileiro pela elaboração da Carta de Belo Horizonte ao Senado Federal com mais de quatro mil assi-naturas de médicos de todo país em defesa da aprovação da lei do Ato Médico.

Não nos esqueçamos que só há dois dias no ano em que nada podemos fazer, o ontem e o amanhã. Encerramos o ano de 2009 com a satisfação de termos colhido bons frutos do plantio de nossas ações, apesar das enormes adversidades que enfrentamos pelo caminho. Mas, se não podemos festejar todas as conquistas que desejamos, podemos, sim, comemorar o correto posicionamento dos ponteiros de nossa bússola e, com a deter-minação que tem sido a marca das diversas diretorias da SOGIMIG, a convicção de que as vitórias irão, uma a uma, paulatinamente, sendo conquistadas.

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O Brasil é o primeiro país a criar a Rede Nacional de Vigilância de Morbidade Materna Grave, projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O pro-jeto é o primeiro estudo prospectivo - que acompanha os casos à medida que ocor-rem - a levar em conta os novos critérios da OMS para complicações graves na gra-videz. Um dos primeiros resultados indi-ca que, de todas as gestações brasileiras, cerca de 12% têm complicações graves. O coordenador do projeto brasileiro e pro-fessor titular de Obstetrícia da Universida-de Estadual de Campinas (Unicamp), José Guilherme Cecatti, apresentou o estudo pela primeira vez durante o 53º CBGO. Nesta entrevista, ele detalha o projeto e a sua importância para reduzir a mortalidade materna no Brasil.

Quais são os panoramas atuais da mor-bidade e mortalidade materna?

Venho me dedicando, nesses últimos três anos, a estudar a morbidade mater-na grave. O assunto é desenvolvido jun-to com a Organização Mundial da Saúde (OMS). É uma maneira, relativamente nova, de tratar o problema das complica-ções que ocorrem durante a gravidez.

A mortalidade materna no Brasil, se-gundo o Ministério da Saúde, é de cerca de 70 mortes maternas em 100 mil nascidos vivos. Do ponto de vista das pessoas que trabalham nesta área, não é um exemplo frequente. Mas se a gente fizer a relação com o Canadá e Japão, por exemplo, onde a mortalidade materna é de duas mulheres a cada 100 mil nascidos vivos, a mortalida-de materna no Brasil é 35 vezes maior.

Nesses últimos anos, há uma tendência crescente de, no lugar de estudar a morte materna, pesquisar as complicações, pois são elas que levam à morte. E o enfoque que nós estamos procurando fazer no Brasil é o que chamamos de Vigilância Epidemio-lógica. Isso consiste em assumir uma postu-ra atenta para a possibilidade de morbidade ainda nas maternidades. Na medida em

que a mulher é internada e vai passando pelos períodos de pré-parto, parto e o pós-parto, surge algum dos critérios de gravidade, esse já identificado como um caso em potencial. Aí, algum cuidado es-pecial já deve ser assumido. O objetivo é evitar que o caso se complique ainda mais e evolua para o óbito.

A OMS está muito interessada nisso e, nesses dois últimos anos, reuniu no mundo um grupo de pessoas e institui-ções que trabalham nessa área - como a Unicamp. No começo deste ano, o órgão concluiu e divulgou uma série de critérios oficiais. São critérios de como fazer essa vigilância, de como identificar o caso para que todo mundo fale a mesma língua e faça o mesmo procedimento.

Quais são esses critérios?Na verdade, vários critérios foram es-

tudados. E o melhor tipo de critério, que se mostrou eficiente na identificação de ca-sos de risco de verdade, é o que trata da disfunção orgânica - que é quando o cor-po mostra, de alguma maneira, que algum órgão ou sistema apresenta uma disfunção grave. Qualquer disfunção da parte hema-tológica, respiratória, renal, neurológica. Fundamentalmente, os critérios estabeleci-dos são de três tipos: clínicos, que tratam do local onde é realizado o atendimento e dos recursos que ele dispõe; laboratoriais, que tratam de uma série de detalhes técni-cos, como coagulação do sangue, oxigena-ção, parte cardíaca etc; e de manejo, que tratam daquilo que o profissional precisou fazer para a mulher - algum procedimento mais sofisticado para dar conta da compli-cação. A OMS padronizou esses critérios e desde outubro eles são oficiais.

Como está o Brasil nesse estudo?O processo de investigação começou

em junho e o Brasil é o primeiro país, nesse contexto, que está com uma rede, a Rede Nacional de Vigilância de Morbidade Mater-na Grave. A princípio, é um estudo financia-do pelo CNPq e, pela primeira vez, os crité-rios da OMS estão sendo utilizados de uma

maneira prospectiva. Por enquanto, existe uma rede de estudos, composta por 27 maternidades distribuídas em todo o Brasil. Não é um programa oficial do Ministério da Saúde, mas tivemos uma reunião e temos a esperança de que a iniciativa seja adotada dentro do sistema nacional de saúde.

Hoje, qual é a principal causa da mor-bidade materna no Brasil?

As principais causas ainda são as com-plicações decorrentes da hipertensão ar-terial, ou seja, pressão alta. Felizmente, como a quase totalidade dos partos tem sido realizada em hospitais, a hemorragia tem deixado de ser um problema.

É possível evitar a morbidade e, conse-quentemente, a mortalidade materna?

É possível, mas o conjunto de medi-das que conseguirá evitar ou diminuir efe-tivamente a morbidade e a mortalidade é muito complexo. É necessária uma aten-ção adequada ao pré-natal, com a disponi-bilização de uma série de recursos na ma-ternidade para diagnosticar precocemente a complicação, o que permitirá uma inter-venção adequada. Isso, sem dúvida, resul-tará na diminuição da morbidade e morta-lidade. Por outro lado, existe também a questão do desenvolvimento, no sentido amplo da palavra. Uma população mais bem nutrida, mais bem educada, com mais recursos na saúde e melhores condições de vida, também resultará em menores ta-xas de morbidade e mortalidade.

Não à morbidade materna

Entrevista

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Regulamentação da profissão de médico

Ato Médico

Dr. José Avilmar Lino da Silva

Depois de sete anos tramitando nas comissões do Senado e Câmara Federal, finalmente o projeto de lei que regula-menta uma das mais antigas e a mais no-bre de todas as profissões, a Medicina, sem desmerecer as demais, foi aprova-do por unanimidade pelo plenário da

Câmara em 29 de outubro de 2009. O Projeto de Lei do Ato Médico foi apre-sentado ao Senado em 2002. Durante esse período o anteprojeto passou pelas várias comissões, foi modificado, sofreu várias alterações pelas pressões dos ou-tros profissionais da saúde, que se senti-ram cerceados com a Lei do Ato Médi-co. Agora, o projeto retorna ao Senado

Federal. Caso o mesmo seja aprovado na íntegra, sem modificações, será então encaminhado para sanção presidencial. Uma vez sancionado pelo presidente da República, nossa profissão passa a ser regulamentada no Brasil e ficarão defini-das as atividades privativas dos médicos e aquelas que poderão ser exercidas por outros profissionais da área da saúde. É importante lembrar que todos os outros profissionais de Saúde têm o exercício legalizado. Por incrível que pareça o mé-dico não tem uma lei que dê respaldo ao seu trabalho. Isso permitiu que outros profissionais fossem avançando naquilo que era um campo de trabalho especí-fico do médico.

Um grande passo foi dado, mas o pouco que falta significa muito. As en-tidades médicas nacionais (CFM, AMB, Fenam) estão mobilizadas e atentas no intuito de pressionar o Senado a aprovar o projeto que regulamenta a profissão de médico, sem emendas. A SOGIMIG tem feito o que está a seu alcance para ajudar.

Assim, durante o 53º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em Belo Horizonte de 14 a 17 de novembro de 2009, escrevemos uma carta intitulada "Carta de Belo Horizonte ao Senado Federal", pedindo aprovação, sem emendas, de tal projeto.

Recolhemos em torno de quatro mil assinaturas de médicos de todo o Brasil, em apoio à mesma, e encami-nhamos ao Senado Federal como um abaixo-assinado.

Precisamos nos manter unidos e mobilizados. Necessitamos demonstrar para nossos senadores o quanto é im-portante a aprovação deste projeto. O mesmo assegura um atendimento médi-co digno e confiável para nossa popula-ção, melhorando assim as condições de saúde de todos os brasileiros.

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10Congresso

Exaltar os traços da cultura mineira foi um dos pilares da organização social do evento, que se preocupou com todos os detalhes. Até os nomes das salas e auditórios eram de pontos turísticos de Belo Horizonte. Na abertura, música e comida mineira. No encerramento, muita música, bebida e comida para celebrar o sucesso do 53º CBGO.

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Eventos previstos para 2010

Março 05 e 06 - XIII Workshop 19 e 20 - II COLPOMINAS25 a 27 - Congresso Mineiro de Imaginologia da Mulher

Abril 10 - III Jornada SOGIMIG do Triângulo Ginecologia - Obstetrícia24 - Evento Conjunto em Viçosa (Muriaé, Viçosa, Ponte Nova, Ubá)

Prêmios Clóvis Salgado e Lucas Machado

Luciano Teixeira (esq.) recebe

o Prêmio Lucas Machado

A SOGIMIG confere anualmente os prêmios "Lucas Machado”, de Obstetrícia, e "Clóvis Salgado”, de Ginecologia. A premiação é conferida pelo melhor trabalho e que tenha como autor ou coautor um associado quite com a SOGIMIG. Os trabalhos, nas

respectivas áreas, devem ter sido publicados no ano anterior, em revistas oficiais ou em periódicos nacionais ou estrangeiros.

Concorreram à premiação 12 traba-lhos de Ginecologia e cinco de Obstetrícia. Os trabalhos apresentavam um alto nível

científico, vários dos quais publicados em revistas internacionais de alto impacto. A es-colha foi realizada por uma comissão julgadora composta por professores de Ginecologia e Obstetrícia de outros estados. A entrega da premiação foi feita na abertura do 53º CBGO.

Trabalhos premiadosPrêmio Clóvis Salgado: Ferreira, M.C.; Witz C.A.,

Hammes L.S., Kirma N., Petraglia F., Schenken R.S., Reis

F. M.. Activin A increases invasiveness of endometrial cells

in an in vitro model of human peritoneum. Molecular

Human Reproduction, v. 14, p. 301-307, 2008.Prêmio Lucas Machado: Teixeira, L.S.; Leite J.,

Viegas M.J.B.C., Faria M.M.L., Chaves A.S., Teixeira

R.C., Pires M.C., Pettersen H.. Ductus venosus

doppler velocimetry in the first trimester: a new

finding. Ultrasound Obstet Gynecol, v. 31, p.

261-265, 2008.L

Márcia Cristina Ferreira é premiada

com o Clóvis Machado

Prêmios

"Prezados colegas e organizadores, parabéns pela organização. Assisti a todas as palestras que tive interesse. Foi tudo muito bom. Descansem, pois vocês merecem. Fiquem com Deus e todas as suas famílias." Afonso Messias

"Realmente o congresso foi muito organizado e a parte científica foi excelente. Parabéns!” Claudovan Barros

"Aproveito para cumprimentar a comissão organizadora e a comissão científica do congresso pela qualidade do evento sob todos os pontos de vista." Gustavo Py Gomes da Silveira

"Realmente, foi um belo, agradável e proveitoso evento. Vocês estão de parabéns porque sabemos o quanto é difícil organizar evento dessa envergadura, mas vocês conseguiram." Rosa Vander Velden

"Foi um prazer participar desse diferenciado evento científico. Muito bem organizado! Parabéns!!!" Cláudio Leal

“Antes do evento, eu pretendia seguir a Pediatria. No congresso eu passei a me interessar pela Medicina Fetal. Perdi dois dias de aula, mas ganhei um conhecimento que a faculdade não oferece.” Letícia Coelho

"Gostaria de parabenizar pelo sucesso do evento e pela maneira com que fomos recebidos em BH." Leir Paraizo

“Achei o evento muito organizado. O atendimento nos estandes foi ótimo. A parte científica foi muito boa, com profissionais de alto nível, quem ganhou foram os debates.” João Maciel

"Prezados colegas e organ

Depoimentos

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