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Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará - Nº 139 - Jan/Fev de 2020 - O CREMEC Entra na Justiça Contra Determinação da Perícia Forense do Estado do Ceará - O CREMEC Entra na Justiça Contr a Determinação da Perícia Forense do Estado do Ceará Págs. 2, 3 Págs. 8 Págs. 6 e 7 Págs. 4 e 5 Telemedicina deve ser regulamentada em 2020 Palavra do Presidente Nota de Esclarecimento Reunião com o secretário de saúde CFM divulga nota sobre coronavírus aos médicos e à população com medidas acordadas junto ao Ministério da Saúde Correspondência Consulta pública para atualização da resolução CFM Nº 1974/11 Acolhida aos recém formados Reunião entre diretoria do CREMEC e delegados da seccional da zona norte Diretoria do CREMEC visita a Santa Casa de Misericórida de Sobral Reunião da diretoria do CREMEC com representantes da SMS ATIVIDADE JUDICANTE/FISCALIZAÇÃO/2019

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Page 1: Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina do ... · José Marcos Alves Nunes João Ananias Machado Filho SECCIONAL DO CENTRO SUL End.: R. Professor João Coelho, 66 sala

Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará - Nº 139 - Jan/Fev de 2020

- O CREMEC Entra na Justiça Contra

Determinação da Perícia Forense do Estado

do Ceará

- O CREMEC Entra na Justiça Contra

Determinação da Perícia Forense do Estado

do Ceará

Págs. 2, 3 Págs. 8Págs. 6 e 7Págs. 4 e 5• Telemedicina deve ser

regulamentada em 2020

• Palavra do Presidente

• Nota de Esclarecimento

• Reunião com o secretário de saúde

• CFM divulga nota sobre coronavírus

aos médicos e à população com medidas

acordadas junto ao Ministério da Saúde

• Correspondência

• Consulta pública para atualização

da resolução CFM Nº 1974/11

• Acolhida aos recém formados

• Reunião entre diretoria do CREMEC e delegados da seccional da zona norte

• Diretoria do CREMEC visita a Santa Casa de Misericórida de Sobral

• Reunião da diretoria do CREMEC

com representantes da SMS

ATIVIDADE JUDICANTE/FISCALIZAÇÃO/2019

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2 | JORNAL CREMEC | CREMEC.ORG.BR

Oatendimento médico à distância, conhecido como telemedicina, está regulamentado por uma

resolução de 2002 do Conselho Federal de Medicina (CFM). A resolução trata, basicamente, do atendimento de um médico assistente sob supervisão de um profi ssional mais experiente à distância. A resolução não prevê teleconsulta, telediagnóstico ou telecirurgia. Uma resolução neste sentido foi aprovada em 2018, mas revogada antes mesmo de entrar em vigor.

Desde então, o CFM vem promo-vendo audiências e consultas públicas para reeditar a resolução, esclarecendo os principais questionamentos ao texto de 2018.

O debate foi retomado para que entidades médicas, como a Associação Médica Brasileira, as associações esta-duais e as sociedades de especialidade, apresentem suas contribuições ao texto da nova resolução sobre telemedicina. As sugestões devem ser enviadas até o dia 19 de fevereiro de 2020. A expectativa é de que uma nova resolução seja aprovada até o fi m do primeiro semestre de 2020. 

“Houve críticas de algumas entidades médicas sobre a falta de debate e preocu-pação com a forma que estavam defi nidos alguns aspectos da nova resolução. Então, decidiu-se revogá-la e retomar o debate. Estamos, há quase um ano, trabalhando na nova resolução”, explica o primeiro vice-presidente do Conselho Federal

de Medicina (CFM), Donizetti Dimer Giamberardino Filho. 

Em entrevista ao portal Saúde De-bate, Giamberardino Filho lembra que a telemedicina já é uma realidade, cita alguns exemplos e benefícios deste tipo de serviço, além de destacar a necessidade de sua regulamentação. De acordo com ele, a telemedicina não deve levar à substituição de mão de obra de profi ssionais como forma de economia, e sim uma maneira de assegurar um maior acesso à saúde. 

A resolução do CFM deverá vedar, por exemplo, que o primeiro atendimento a qualquer paciente seja feito de maneira remota, mas as consultas de retorno e de acompanhamento possam ser feitas por meio da telemedicina.

TELEMEDICINA DEVE SER REGULAMENTADA EM 2020Conselho Federal de Medicina está com edital aberto para rediscutir a resolução que trata sobre o assunto no país

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC, diante da notícia veiculada na edição eletrônica do jornal “O Povo” de 29 de janeiro de 2020, acerca do menor D.R.S.S., no intuito unicamente de melhor informar à so-ciedade em geral, registra que as denúncias que são apresentadas ao CREMEC são encaminhadas ao Setor de Sindicâncias e neste passam pela primeira apreciação após a abertura de procedimento investigativo.

Na apreciação das sindicâncias instauradas, pode ser decidido pelo arquivamento da denúncia (ausência de elementos) ou pela abertura de Processo Ético Profi ssional, através do qual haverá a específi ca apuração para a aplicação da penalidade ao profi ssional.

Somente após o julgamento do Processo Ético Profi ssional (PEP) é que se tem o devido enquadramento da infração ética cometida pelo profi ssional. Antes disso, não há qualquer conclusão a ser considerada. No caso em tela, ainda não houve o julgamento do PEP.

—A DIRETORIA

NOTA DE ESCLARECIMENTO

REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ

No dia 13/02/2020, na sede da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), ocorreu reunião

entre diretores do CREMEC (Helvécio Neves Feitosa – Presidente, Roger Murilo Ribeiro Soares – 1º Secretário) e o senhor Secretário de Saúde, Dr. Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho

(Dr. Cabeto). Em pauta a contratação de serviços médicos por pregão eletrônico (tendo como referência menor preço), o que vai de encontro ao estabelecido na Resolução CREMEC nº 33/2005. O senhor Secretário nos assegurou que, em sua gestão, foram sustados os editais para este tipo de contratação, diante

da precarização de vínculo trabalhista. Ainda na pauta, foram discutidos os projetos da SESA para a reposição dos profi ssionais de saúde em seus quadros, o que deverá ser anunciado pelo Governo em breve.

—A DIRETORIA

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JORNAL CREMEC | CREMEC.ORG.BR | 3

CEARÁAv. Antonio Sales, 485 - Joaquim TávoraCEP: 60135-101 - Tel.: (85) 3230.3080

COMISSÃO EDITORIALHelvécio Neves Feitosa

Inês Tavares Vale e Melowww.cremec.org.br - e-mail: [email protected]

Jornalista Responsável: Fred MirandaProjeto Gráfi co: Júlio Amadeu

Editoração Eletrônica: Júlio AmadeuImpressão: Expressão Gráfi ca

DIRETORIAHelvécio Neves Feitosa

Inês Tavares Vale e MeloRoberto da Justa Pires NetoRoger Murilo Ribeiro SoaresAna Lúcia Araújo Nocrato

Régia Maria do Socorro Vidal do PatrocínioMarcelo Esmeraldo Holanda

José Albertino Souza Renato Evando Moreira Filho

CONSELHEIROS Alberto Farias Filho

Jáder Rosas CarvalhoJosé Lindemberg da Costa Lima

José Málbio Oliveira RolimJosé Otho Leal Nogueira

Lino Antônio Cavalcanti HolandaLúcio Flávio Gonzaga Silva

Maria Neodan Tavares Rodrigues Rafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz Antero Gomes Neto

Carlos Eduardo Barros JucáDiego Antunes Silveira

Fernando Soares de Medeiros Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho George Rafael Martins de Lima

Jailton Vieira Silva Joel Porfírio Pinto

José Fernandes Dantas Júlio Lélis da Costa Neto

Maria Airtes Vieira VitorianoPaulo Roberto de Arruda Tavares Raphael Felipe Bezerra de Aragão

Roberta Mendes NapoleãoRoberto Ribeiro Maranhão

Roberto Wagner Bezerra de Araújo Stela Norma Benevides Castelo

Thomaz Zeferino Veras Coelho Júnior Valéria Goes Ferreira Pinheiro

OUVIDORAna Lúcia Araújo Nocrato

Diretor de Fiscalização no Interior: Lino Antonio Cavalcanti Holanda

Diretor de Fiscalização na Capital: Maria Neodan Tavares Rodrigues

SECCIONAIS E REPRESENTANTES DO CREMEC

SECCIONAL DA ZONA NORTEEnd.: R Oriano Mendes, 113 - Centro

CEP.: 62010-370 Sobral-CE Fone/Fax: (88) 3613.2480

Email: [email protected] José Fontenele de Azevedo

Artur Guimarães Filho Raimundo Tadeu Dias Xerez

Francisco José Mont’alverne SilvaFrancisco Carlos Nogueira Arcanjo

José Ricardo Cunha Neves

SECCIONAL DO CARIRIR São José, 1085 - Centro

CEP.: 63050-211 / Juazeiro do Norte - CEFone/Fax: (88) 3511.3648

Email: [email protected]áudio Gleidiston Lima da Silva

José Flávio Pinheiro VieiraJoão Bosco Soares Sampaio

Geraldo Welilvan Lucena LandimJosé Marcos Alves Nunes

João Ananias Machado Filho

SECCIONAL DO CENTRO SULEnd.: R. Professor João Coelho, 66 sala 28

CEP.: 63500-000 Iguatu-CE Fone/Fax: (88) 3582.0944

Email: [email protected] Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo Arraes

LIMOEIRO DO NORTEEfetivo: Dr. Michayllon Franklin Bezerra

Suplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

Apartir de dezembro de ano passado, o mundo recebeu com sobressalto a notícia de uma doença infectocontagiosa emergente, denominada

COVID19, tendo como agente etiológico o novo coronavírus denominado SARS-CoV-2. A partir de então, todos os países fi caram em estado de alerta. A doença não tardou a aportar em nossas plagas. Em 22 de janeiro do corrente ano o primeiro caso suspeito foi notifi cado em nosso País, sendo confi rmado apenas em 22 de fevereiro. Em 03 de fevereiro, o Ministério da Saúde, através da Portaria MS nº 188 declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus, estabelecendo o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV) como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional.

Em 6 de fevereiro de 2020, o Governo Federal sancionou a Lei nº 13.979, que “dispõe sobre as medidas de emergência de saúde de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019”, estabelecendo medidas com o objetivo de prote-ção da coletividade. O referido instrumento normativo considerou os conceitos de (I) isolamento – separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postais afeta-das, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus; e (II) quarentena – restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contami-nação das pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitas de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propagação do coronavírus. Com a nova Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, dentre outras, as seguintes medidas: isolamento, quarentena, determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profi láticas; ou tratamentos médicos específi cos, além de estudo ou investigação epidemiológica, exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver, requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas (...), além de outras medidas. Com essa legislação, instrumenta--se o País para o enfrentamento do que há de vir, cujas repercussões, no momento, são imprevisíveis.

Ao esquadrinhar a ocorrência de surtos epidêmicos e de pandemias pelo mundo, constatamos que tais acon-tecimentos têm acompanhada com certa regularidade a história da humanidade. Na Antiguidade, há referência à “Peste de Atenas” (430-427 a.C.), um surto epidêmico relatado por Tucídides, que começou bem no início da Guerra do Peloponeso, com efeito devastador nas tropas atenienses. Há relatos de peste na Bíblia; uma doença causada por ratos atingiu o povo fi listeu. Outras epide-mias de peste aconteceram naquela fase da história, como

A CHEGADA DA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS NO BRASIL

PALAVRA DO PRESIDENTE

a “Peste de Siracusa” (395 a.C.) e a “Peste Antonina”, que atingiu Roma em 166 d.C. No período medieval, houve a peste bubônica que atingiu o Império Bizantino, em especial sua capital Constantinopla, entre 541 e 544, fi cando conhecida como “Peste Justiniana”.

O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia de grandes proporções, que se espalha a vários países e a mais de um continente. As principais pandemias estiveram relacionadas à peste bubônica (causada pela bactéria Yersinia pestis), cuja disseminação se faz pelo contato com pulgas de ratos. Ainda na Idade Média ocorreu a pandemia mais catastrófi ca, denominada de Peste Negra 1347-1353), que tomou conta da Europa no século 14, ceifando entre 75 e 200 milhões de pessoas na antiga Eurásia. Estima-se que a praga pode ter reduzido a população mundial de 500 milhões para 350 milhões. A varíola (causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae), também conhecida como “bixiga”, atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. É considerada erradicada desde 1980, após campanha de vacinação em massa. A cólera (causada pela bactéria Vibrio cholerae) parece ter sido causa de uma primeira pandemia global em 1817; desde então, o agente causal vem sofrendo diversas mutações e determinando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos. A “Gripe Espanhola” (causada por uma mutação do vírus infl uenza, de alta letalidade), ocorrida entre 1918 e 1919, foi responsável por causar cerca de 50 milhões de mortos no mundo. A doença surgiu no contexto da I Guerra Mundial. Os primeiros casos foram registrados em um acampamento militar chamado Fort Riley, no estado de Kansas (EUA). Estima-se que mais de um quarto da população mundial foi infectada. Os seus sintomas eram semelhantes aos da COVID-19. No Brasil, o vírus aportou a bordo do navio inglês Demerara, proveniente da Europa, em setembro de 1918; o transatlântico desembarcou passageiros infectados em Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Rodrigues Alves, então Presidente da República, faleceu vitimado pela doença em 1919. Estima-se que o número de mortes no Brasil foi de 35 mil pessoas.

A exemplo do que acontece hoje, as pandemias e epidemias motivaram grandes momentos de tensão, ao passo que foram também catalisadoras de transformações sociais signifi cativas. As lições aprendidas em situações extremas de crise tendem a impulsionar reações adapta-tivas da sociedade, com mudanças permanentes na sua organização, mormente nas áreas de educação, trabalho, lazer, relações sociais e outras. Preparemo-nos para os imensos desafi os que a nova pandemia vai nos impor, em todas as áreas de atividade humana, com profundas repercussões para todos.

Helvécio Neves FeitosaPresidente do CREMEC

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No dia 07 de fevereiro, na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC, ocor-reu reunião entre a Diretoria do Conselho, represen-

tante da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – Fortaleza, Dra. Ana Estela Fernandes Leite (Secretária Adjunta) e a Di-reção do Gonzaguinha José Walter. Na pauta, a discussão do quantitativo de médicos obstetras plantonistas e a exposição dos profi ssionais a situações de violência no ambiente de tra-

REUNIÃO DA DIRETORIA

DO CREMEC COM

REPRESENTANTES DA

SMS – FORTALEZA

balho naquela instituição. Em um segundo momento, ainda com a participação da senhora Secretária Adjunta, discutiu-se o sério problema de violência a que os profi ssionais de saúde estão expostos nas unidades de saúde da SMS-Fortaleza, com demandas frequentes ao CREMEC por parte dos médicos, problema para o qual não se vislumbra solução a curto prazo.

—A DIRETORIA

No dia 11 de fevereiro de 2020, na cidade de Sobral/CE, ocorreu reunião entre a Diretoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CRE-

MEC) e os Delegados da Seccional da Zona Norte do CRE-MEC. Na pauta: 1. Discussão da Resolução CREMEC nº 54/2019, que “Dispõe sobre os procedimentos para a eleição dos Delegados titulares e suplentes das Seccionais do Con-selho Regional de Medicina do Estado do Ceará”. Decisão: organizar eleição dos Delegados para o dia 24/04/2020, com duplicação do número de efetivos e de suplentes da Seccional (de 6 para 12); 2. Prestação de contas da reforma da sede da Secional da Zona Norte pela Presidência do CREMEC; 3.

REUNIÃO ENTRE DIRETORIA DO CREMEC E DELEGADOS DA SECCIONAL DA ZONA NORTE

Discussão das competências das Seccionais do Conselho; 4. Programação de um fórum de Medicina de Emergência para os dias 17 e 18 de abril de 2020, promovido pelo CREMEC e organizado pela Seccional da Zona Norte, em Sobral/CE.

O aumento das demandas de fi scalização, judicante e cartorial para o Conselho de Medicina, relacionada ao cresci-mento populacional, do número de médicos e complexidade assistencial, impõe o fortalecimento da atividade conselhal em todo o Estado do Ceará. A necessidade de transparência das ações do Conselho também deve ser um dos pilares da gestão.

—A DIRETORIA

Conselheiros da Diretoria e da Seccional

Conselheiros e representantes da SMS – Fortaleza

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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, considerando a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Novo Coronavírus (COVID-19) e as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), orienta que os consultórios e clínicas privadas ou que atendam por convênios, da capital e do interior do Estado do Ceará, devem ter seus serviços suspensos temporariamente, com exceção do atendimento a pacientes com situações ou doenças “tempo-sensíveis”: tratamento oncológico, cirurgias de urgência/emergência, imunoterapia, gestação de alto-risco/fi nal de gravidez, receitas de uso contínuo ou controladas, dentre outras.

No dia 11 de fevereiro de 2020, a Diretoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC fez visita à Santa Casa de

Misericórdia de Sobral (SCMS), sendo recebida pelo Sr. Klebson Carvalho (Diretor Geral) e componentes do Corpo Clínico. Os Conselheiros percorreram as dependências daquela importante instituição fi lantrópica, de referência regional e estadual para atendimento em saúde de alta complexidade em Traumato-ortopedia, Obstetrícia, Neurocirurgia, Oncologia e Terapia Renal Substitutiva, com portas abertas para acolher a população de 55 municípios da Macrorregião de Sobral/CE

Conseilheiros e Administração da Santa Casa

DIRETORIA DO CREMEC VISITA A SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL

(cerca de 1.720.000 habitantes). O nosocômio é certifi cado também como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Educação e da Saúde, com Internato e programas de Residência Médica em várias especialidades. Na oportunidade, além de informações gerais sobre o funcionamento da SCMS, discutiram-se aspectos específi cos da assistência obstétrica, em particular o quantitativo de médicos plantonistas, em virtude de demandas que chegaram ao Conselho. Foram propostas ações conjuntas entre o CREMEC e Santa Casa para promover o ensino técnico-científi co e da Ética Médica.

—A DIRETORIA

Conselheiros e representantes da direção da Santa Casa

O CREMEC ORIENTA

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CFM DIVULGA NOTA SOBRE CORONAVÍRUS AOS MÉDICOS E À POPULAÇÃO COM MEDIDAS ACORDADAS JUNTO AO MINISTÉRIO DA SAÚDE

OConselho Federal de Medicina (CFM) divulgou, nesta sexta-fe i ra (28) , nota d i r ig ida

à sociedade em que expressa sua preocupação com a adoção de medidas para garantir o bem-estar individual e coletivo diante do risco do aumento de casos pela contaminação com o coronavírus, causador da COVID-19. No texto, a autarquia informa que tem participado das discussões promovidas pelo Governo, tendo contribuído com a elaboração do plano de contingência para o atendimento de prováveis vítimas.

No entanto, em sua mensagem, o CFM alerta para responsabilidades que devem ser assumidas pelos gestores pú-blicos, pelos médicos e pela população para superar essa crise. Dentre os pontos destacados pelo Conselho está a impor-tância da divulgação de informações de fontes confi áveis, disponíveis nos sites do Ministério da Saúde, de Secretarias de Saúde, de entidades de classe e de veículos da imprensa reconhecidos pela sua credibilidade.

“Não devem ser repassadas notícias falsas, mesmo aquelas aparentemente cômicas e inofensivas. Nesse momento, o acesso à informação correta impede pânico e confusão, o que ajuda a salvar vidas e proteger a saúde”, afi rma a nota do CFM, que reitera sua confi ança de que o País conseguirá superar mais essa emergência sanitária.

Diante da confi rmação do primeiro caso de COVID 19 no País, o Conselho Federal de Medicina (CFM), preocupado com o bem-estar individual e coletivo, reitera a necessidade de atenção às normas de proteção e às orientações advindas do Ministério da Saúde e das sociedades de especialidades.

Representantes da autarquia têm participado das discussões no Governo, colaborando com a elaboração do plano de contingência para o atendimento de prováveis vítimas, bem como de medidas para o esclarecimento da população e dos profi ssionais de saúde sobre o problema. Além disso, estão contribuindo com a construção de estratégias para a atuação dos médicos e demais profi ssionais envol-vidos na abordagem direta dos possíveis pacientes.

A ênfase na biossegurança, no uso correto dos equipamentos e no desenvol-vimento junto aos estados e municípios de fl uxos a serem seguidos no atendi-mento de casos prováveis em hospitais e outros serviços de referência foi ponto de discussões. Outro tema de relevância repousa sobre aspectos éticos envolvidos em condições extremas, nas quais os pro-fi ssionais trabalham sob intenso estresse, requerendo das autoridades envolvidas orientações claras e factíveis.

Por último, houve debate sobre os ambientes hospitalares onde poderão ser implantados leitos extras de UTI, fato que interessa diretamente ao CFM e às sociedades de especialidades envolvidas com a abordagem dessa cepa viral. No entanto, apesar de todos esses cuidados, o CFM entende ser oportuno fazer os seguintes alertas:

1) ÀS AUTORIDADES

• O Governo – nas suas três esferas de gestão (federal, estadual e munici-pal) - deve cuidar para que seus serviços

de vigilância epidemiológica e sanitária possam cumprir sua missão em qualquer tempo com o objetivo de impedir ou, ao menos, retardar o aparecimento de novos casos de COVID-19 no País;

• Também cabe ao Governo promo-ver amplas campanhas de esclarecimento junto à população, mantendo-a bem informada e orientada sobre os proce-dimentos corretos a serem tomados, e providenciar infraestrutura para atendi-mento e tratamento de casos suspeitos e, eventualmente, confi rmados;

• As autoridades sanitárias devem igualmente assegurar às equipes de saúde Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), assim como treinamento e ma-terial de apoio para o desenvolvimento de suas ações, como garantia de acesso a exames para diagnóstico, leitos (de inter-nação e de UTI), medicamentos e outros insumos.

2) AOS MÉDICOS

• Os quase 500 mil médicos brasilei-ros, em suas diferentes atividades e nos diferentes níveis de atenção (básica, média e alta complexidade), têm a responsabi-lidade de atuarem no esforço contra a propagação da COVID-19.

• Os médicos devem esclarecer a população sobre o que precisa ser feito para prevenção e tratamento da COVID 19, ajudando a evitar o pânico na popu-lação e, se necessário, agindo rápido no encaminhamento de casos suspeitos para observação e tratamento. Esse esforço vale para atendimentos realizados tanto na rede pública quanto privada.

• Como agentes fundamentais ao atendimento da população, os médicos devem auxiliar no aperfeiçoamento das medidas de prevenção, diagnóstico e tra-tamento da COVID-19, informando às autoridades competentes sobre a necessi-dade de ajustes em fl uxos assistenciais ou de suprimento de exames, equipamentos,

O CFM E A PREVENÇÃO E COMBATE AO

COVID-19NO BRASIL

NOTA DE ESCLARECIMENTO

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insumos, medicamentos ou mesmo de profi ssionais nas equipes de retaguarda, em caso de falta.

3) À POPULAÇÃO

• Todos os brasileiros devem estar atentos às orientações das autoridades sanitárias e colaborarem com o esforço de prevenção contra a COVID-19.

• Medidas simples, como as destaca-das a seguir, precisam ser incorporadas à rotina das pessoas. Elas reduzem o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo a CO-VID-19.Estão entre as boas práticas:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.

• Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas.

• Evitar contato próximo com pessoas doentes.

• Ficar em casa quando estiver doente.• Cobrir boca e nariz ao tossir ou

espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

• Limpar e desinfetar objetos e super-fícies tocados com frequência.

No caso dos profi ssionais da saúde, recomenda-se:

• Usar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúr-gica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

• Na realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias (intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, etc.) deverá

ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

• É também fundamental compar-tilhar informações de fontes confi áveis, disponíveis nos sites do Ministério da Saúde, de Secretarias de Saúde, de enti-dades médicas e de veículos da imprensa reconhecidos por sua credibilidade.

• Não devem ser repassadas notícias falsas, mesmo aquelas aparentemente cômicas e inofensivas. Nesse momento, o acesso à informação correta impede pânico e confusão, o que ajuda a salvar vidas e proteger a saúde.

Finalmente, o CFM reitera sua con-fi ança de que o País conseguirá superar mais essa emergência sanitária e se coloca à dis-posição para colaborar com os Governos.Brasília, 28 de fevereiro de 2020.

—CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

AO MEU AMIGO HERIVALDO

E aí amigo! Era assim que eu o cumpri-mentava ao adentrar na sala do ambulatório de anemias do serviço de hematologia da UFC, nas infi ndáveis tardes das terças-feiras. E de pronto, já me respondia: Aí Gentilzão, qual a novidade? Vai ter aulinha hoje (para os internos)? Qual vai ser o tema? Brincando assim, em afeição recíproca, caminhamos juntos por 25 anos, numa rica jornada onde pude presenciar a medicina sendo exercida no mais puro estado da arte.

Dr. Herivaldo Ferreira da Silva, o porto seguro de todos nós quando defrontados com os casos mais difíceis; sempre solicito, não negava auxílio, e intimorato logo se de-tinha em minucioso escrutínio, revisando os dados clínicos, refazendo por vezes o exame físico, analisando criticamente resultados la-boratoriais e de imagem, para em seguida nos apontar o até então ainda obscuro caminho do diagnóstico preciso, em meio à complexidade intrínseca das sendas hematológicas.

O incansável professor de medicina sem-pre pronto a ensinar e encantar seus incontá-veis seguidores quer fossem colegas médicos, residentes ou estudantes de graduação. Neles vislumbrei por inúmeras vezes os olhares de intensa admiração, que como você, só os grandes mestres sabem despertar.

Hoje amigo Herivaldo, cá estou, perplexo e desnorteado, na intangível missão de trans-mutar sentimentos em palavras. Ciente de minha limitada capacidade literária em fazer--lhe jus a grandeza de sua vida, percorrida com a altivez e galhardia dos seres iluminados de Deus, nesse momento inimaginável, de uma despedida tão brusca quanto precoce.

Filho dedicado, pai e esposo amantíssimo, amigo atencioso, esteio da família, médico brilhante, de vasto conhecimento e infi nita ge-nerosidade para com seus pacientes. Por tudo isso e para além de todo sentimento de pesar, me sinto gratifi cado, pois tive, como tantos outros seus pares, a honra e o privilégio de ter partilhado com você a caminhada da vida.

Por fi m e na certeza da eternidade do amor, sentimento que tão profusamente se-measte nas mentes e nos corações, manterei nossa rotina e tal qual ao fi nal de nossas inú-meras jornadas das terças–feiras passadas te digo, simples e serenamente:

OBRIGADO MEU AMIGO!

Gentil C. Galiza Neto

CORRESPONDÊNCIA

Ao Ilmo Sr.

Prof. Dr. Helvécio Neves Feitosa

Venho mui respeitosamente encaminhar a V.S. o texto em anexo, o qual representa uma singela homenagem póstuma ao nosso estimado colega Prof. Dr. Herivaldo Ferreira da Silva, falecido em 28 de fevereiro de 2020, para que seja publicado no jornal informativo do CRE-MEC após o devido escrutínio do corpo editorial responsável.

Desde já agradeço, sob manifestação de apreço.Atenciosamente.Dr. Gentil Claudino de Galiza NetoFortaleza, 30/01/2020

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CONSULTA PÚBLICA PARA ATUALIZAÇÃO DA RESOLUÇÃO CFM Nº 1974/11

ACOLHIDA AOS RECÉM FORMADOS

PREZADO COLEGA,

Com objetivo de buscar subsídios para o aperfeiçoamento das normas que regulamentam a propaganda e a publicidade médicas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) convida os profi ssionais e as entidades representativas do segmento a par-ticiparem de consulta pública sobre o tema.

Tendo como ponto de partida a Resolução CFM nº 1.974/2011, que atualmente regula essas atividades no País, o participante poderá sugerir acréscimos, supressões ou outros ajustes.

MÉDICOS

Os médicos poderão participar por meio da plataforma colocada a sua disposição no site do CFM, a qual receberá as contribuições até 20 de março de 2020.

Para acessar a plataforma, o médico deverá informar os seguintes dados:

• Estado de sua inscrição;

• Número do seu CRM;

• Número de CPF.

Após essa etapa inicial, ele será direcionado a uma página de confi rmação, em que será exibido um código único necessário para preenchimento do formulário. Com o acesso autorizado, poderá inserir suas observações, ao ler cada um dos artigos da Resolução CFM nº 1.974/2011, bem como de seus anexos.

ENTIDADES

No caso das entidades médicas, as contribuições sobre a Resolução CFM nº 1.974/2011 deverão ser encaminhadas por ofício ao Conselho Federal de Medicina por meio do endereço eletrônico [email protected]

Todas as contribuições das entidades deverão ser enviadas ao CFM também até 20 março de 2020 (sexta-feira).

OBSERVAÇÕES GERAIS

Em caso de dúvidas, encaminhe mensagem ao seguinte e--mail: defi [email protected]

Encaminhe suas sugestões: para o CFM e para a medicina, sua participação é muito importante. Ajude no aperfeiçoamento do ético exercício da profi ssão no Brasil.

Atenciosamente,—

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)

Sob a coordenação dos conselheiros Renato Evando Moreira Filho e Inês Tavares Vale e Melo, com apoio e aparato logístico dos servidores Reginaldo Mota Abreu,

Hiany Teixeira Costa, Brito Júnior e Luciana Capelo, o Con-selho Regional de Medicina do Estado do Ceará realizou, pela

primeira vez em 2020, a atividade de acolhida aos médicos e médicas recém formados, inscritos na entidade, e aptos para o exercício da Medicina. Por ocasião da acolhida, foram entregues os documentos essenciais para o bom exercício profi ssional. Em 31 de janeiro de 2020. No fl agrante fotográfi co, a atividade.

Conselheiros, Médicas e Médicos