informativo mensal do beit chabad central s. … · rabino alpern nos conta a ... sabedoria do rebe...

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BC News INFORMATIVO MENSAL DO BEIT CHABAD CENTRAL S. PAULO BRASIL dezembro 2012 / janeiro 2013 ano 2 n º 14 B’H Na primeira noite de Chanucá, no ano de 1973, afixamos as mezu- zot numa casa alugada à Rua Giácomo Garrini, hoje Rua Chabad, endereço inicial do Beit Chabad Central. Assim começou uma marcha que ilumina a vida de muita gente por meio de incontáveis projetos transformadores ao longo de quatro décadas, beneficiando a comunidade e o país em geral. Se D’us quiser, durante este ano tão especial, promoveremos no- vas atividades e comemorações. Agradecemos a todos nossos amigos, autoridades e entidades, pela cooperação e amizade. Que possamos continuar trazendo luz para todos dentro do espí- rito de Chanucá de sempre acrescentar “mais uma vela” que nos ilumine e aqueça. Feliz Chanucá! BEIT CHABAD ENTRA EM SEU 40º ANO DE ATUAÇÃO NO BRASIL MEMÓRIAS Rabino Alpern nos conta a experiência de imprimir o Tanya na Antártida. Pág. 18 ROY CUGLOVICI Entrevista exclusiva com o engenheiro que construiu a base brasileira no Polo Sul. Pág. 20 D’US E O HOLOCAUSTO Por Rabino Shamai Ende Qual a explicação judaica para este tema polêmico? Pág. 25 destaques da edição FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES anos À esquerda, primeira sede do Beit Cha- bad, em 1973. Abaixo, sede atual, répli- ca da fachada da sede mundial “770” em Nova York

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Page 1: INFORMATIVO MENSAL DO BEIT CHABAD CENTRAL S. … · Rabino Alpern nos conta a ... Sabedoria do Rebe ... Participe das aulas com Rabino Avraham Steinmetz, na região da Faria Lima

BC NewsINFORMATIVO MENSAL DO BEIT CHABAD CENTRAL S. PAULO BRASIL

dezembro 2012 / janeiro 2013 ano 2 n º 14

B’H

Na primeira noite de Chanucá, no ano de 1973, afi xamos as mezu-

zot numa casa alugada à Rua Giácomo Garrini, hoje Rua Chabad,

endereço inicial do Beit Chabad Central.

Assim começou uma marcha que ilumina a vida de muita gente por

meio de incontáveis projetos transformadores ao longo de quatro

décadas, benefi ciando a comunidade e o país em geral.

Se D’us quiser, durante este ano tão especial, promoveremos no-

vas atividades e comemorações.

Agradecemos a todos nossos amigos, autoridades e entidades,

pela cooperação e amizade.

Que possamos continuar trazendo luz para todos dentro do espí-

rito de Chanucá de sempre acrescentar “mais uma vela” que nos

ilumine e aqueça. Feliz Chanucá!

BEIT CHABAD ENTRA EM SEU 40º ANO DE ATUAÇÃO NO BRASIL

MEMÓRIASRabino Alpern nos conta a experiência de imprimir o Tanya na Antártida. Pág. 18

ROY CUGLOVICIEntrevista exclusiva com o engenheiro que construiu a base brasileira no Polo Sul. Pág. 20

D’US E O HOLOCAUSTOPor Rabino Shamai EndeQual a explicação judaica para este tema polêmico? Pág. 25

destaquesda edição

FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES

anos

À esquerda, primeira sede do Beit Cha-bad, em 1973. Abaixo, sede atual, répli-ca da fachada da sede mundial “770” em Nova York

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MISSÃO

UMA INSTITUIÇÃO DO REBE.

UMA CASA DE TORÁ, ORAÇÃO E ATOS DE BONDADE.

QUE SEU MÉRITO NOS PROTEJA.

comunidade Chabad foi fundada

com o princípio de que todo judeu

é igual e merecedor de uma

experiência singular, independentemente

de seu nível de observância.

O Beit Chabad Central é dedicado a divulgar

a beleza de nosso legado milenar.

Mesclando valores tradicionais com

técnicas contemporâneas, ajudamos

pessoas a descobrirem mais júbilo e

significado nas suas vidas.

Valorizar cada indivíduo por suas

qualidades únicas é a característica de

Chabad, destacando nossa filosofia de que

cada judeu é um judeu.

Desta forma, mereceremos a vinda de

Mashiach em breve em nossos dias.

A

expedienteINFORMATIVO BC NEWS

EditoresRab. Shabsi AlpernBetina Hakim

Projeto gráfico e direção de arteBetina Hakim

Jornalista ResponsávelDaisy T. Maltz (MTb 4944-RS)

EquipeSolange Carvalho PortoDorothea PiratiningaMarcelo MoriseSilvia Zauder

CirculaçãoRosana Dias da Silva

ImpressãoEskenazi Indústria Gráfica Ltda.

Este informativo contém termos sagrados; portanto, trate-o com respeito.

Para receber este informativo gratuito basta enviar seu nome e endereço completo para [email protected]

ASSOCIAÇÃO ISRAELITA DE BENEFICÊNCIA BEIT CHABAD DO BRASIL

Presidente Dr. Mauro Zaitz

Vice-PresidenteDaniel Citron

TesoureiroDr. Daniel Bialski

DiretoriaRabino Shabsi AlpernRabino Yossi Alpern

Edifício Adelia e Joseph Nigri“Hechal Menachem”R. Dr. Melo Alves, 580CEP: 01417-010 – S. Paulo, SPTel.: (11) 3081-3081 / Fax: (11) [email protected]

Declarada de Utilidade Pública Federal pelo Decreto-lei nº 86871 de 25/01/1982

Baixe o pdf da revista em www.chabad.org.br/BC_News e veja também em seu iPad

HOMENAGEM A ESTHER ALPERN FUNDADORA E EDITORA DA REVISTA CHABAD NEWS 1973-2002

Sempre a seu lado

2 BC NEWS

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mensagem do Rabino

Paz no Oriente Médio

Rabino Shabsi AlpernDiretor do Beit Chabad do Brasil

3 BC NEWS

A Providência Divina levou-me para a Terra de Israel por oito dias no mês passado

que jamais esquecerei. A grande parte do que segue é um pequeno resumo das

palavras de Michael Freund no The Jerusalem Post, em 22 de novembro.

Há um ponto crítico ignorado pela grande imprensa. Por que Israel se retirou de

Gaza anos atrás? Este é o âmago do dilema confrontado atualmente pelos toma-

dores de decisão.

Desde que o primeiro ministro Ariel Sharon ordenou a expulsão dos judeus de

Gaza ficou claro que a presença permanente do Exército é o meio mais eficaz de

combater o terror.

Relembrando: antes da retirada de 2005, a opinião pública de Israel ficou conven-

cida de que o recuo seria apenas um meio para avançar. Rapidamente esses argu-

mentos provaram ser vazios! Nos três anos que antecederam a retirada de Israel,

de 2002 a 2004, lançaram de Gaza 3.037 bombas e foguetes em Israel. Porém, três

anos após a retirada, de 2006 a 2008, esses números mais que dobraram, subin-

do para 6.828. Sair de Gaza foi um grave erro estratégico. Operações como as de

novembro podem resultar em dois ou três anos de redução de fogo, mas a longo

prazo isso só dá aos terroristas a oportunidade de se rearmarem e refinarem suas

técnicas. A única maneira comprovada de reduzir a violência que emana de Gaza

é posicionar lá o exército em terra e no ar. Isso não significa que não haverá mais

ataques, mas certamente assegura uma diminuição de ofensivas às nossas terras.

Evidentemente há muitos israelenses proeminentes que se opuseram à retirada

de Gaza desde o início e alertaram repetidas vezes contra isso.

Como são proféticas as palavras do Rebe décadas atrás, que já avisava sobre essa

situação, gritava e chorava, mas não lhe deram ouvidos.

Não podemos continuar enviando e retirando tropas e sujeitando os israelenses

que vivem no sul a um horror infindável. Ou dizemos basta e reassumimos o con-

trole da área. Tomar essa posição é assustador e terá um alto custo, mas é certa-

mente o movimento mais seguro.

Fiquemos ombro a ombro com nossos irmãos na Terra Santa sempre, e em mo-

mentos assim, mais ainda. Que os tenhamos em nossos corações e em nossas

preces. Que venha logo a época em que todos os povos viverão em paz e harmonia.

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Shacharit – 9h30

Kidush e Farbrenguen – 12h

Aula da Parashá com explicações do Rebe – 1 h antes do horário das velas *

Minchá seguida de Seudá Shlishit com estudo de Pirkê Avot – 15 min antes do horário das velas *

Aula da Parashá para senhoras – 15 min antes do horário das velas *

Arvit e Havdalá – no término do Shabat

Vídeo do RebeSábados à noite – após os serviços noturnos

Você também pode assistir à Série Vídeo Torá Viva onlineem www.chabad.org/626747

A NOSSA SINAGOGA

*Veja o horário das velas no verso deste informativo

MINYAN DIÁRIOShacharit

Segunda a sexta-feira1º minyan – 6h302º minyan – 7h45 Domingos e feriados – 8h05

Minchá e ArvitDomingo a sexta-feira –19h00

CABALAT SHABATSextas-feiras às 19h00

HORÁRIOS DO SHABATChassidut – 8h45

Queremos ver VOCÊ no minyan durante a semana!

4 BC NEWS

BEIT CHABAD CENTRALUM LAR ONDE TODO JUDEU SE SENTE BEM RECEBIDO!

w Homens, mulheres e crianças estão convidados a participar.

w Todos são bem-vindos, independentemente de afiliação, conhecimento ou nível de observância.

w Anunciamos as páginas com frequência.

w Cantamos agradáveis melodias de Shabat.

w Bufê de kidush oferecido após os serviços.

w Visite-nos, você ficará surpreso ao ver o quanto vai gostar!

CABALAT SHABAT TODAS AS SEXTAS-FEIRAS ÀS 19H

MESSIBOT SHABAT PARA CRIANÇASUm empolgante programa para meninos e meninas

da 1ª à 5ª série. Venha e desfrute no Tsivot Hashem

de um lanche fantástico, prêmios, jogos e histórias.

Todo Shabat à tarde logo após Minchá de Shabat

w Dr. Ernesto Kogan (Ofruf do filho)

w Dra. Melany Torres (Yahrtzeit da mãe Tzsirl bat Sara)

w Família Flavia Bochernitsan (Ofruf do filho)

w Dr. Alfredo Torres (25 anos de casado)

w Beit Chabad, Família Metzger e Família Ossowiecki (7 berachot casamento Dvora Lea e Mendi Levy)

w Dino Pieczynski (Ofruf Dino Pieczynski)

wMarceline Basch (Yahrtzeit do pai Michael Rolnik)

AGRADECIMENTO pelo KIDUSH

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5 BC NEWS

QUEM NÃO GOSTA DE FALAR SOBRE SI? Foi pensando em animar seus visitados que os volun-

tários do LEV tiveram a ideia de encorajá-los a contar a

história de suas vidas. Muitas dessas pessoas, idosas, na

sua maioria, apreciam essa chance de reviver o passado,

o que as deixa bastante entusiasmadas. Foi um tal de re-

virar gavetas atrás de fotos e documentos que são verda-

deiras relíquias, testemunhas de momentos marcantes

de suas vidas.

O trabalho resultou em histórias comoventes, exemplos

de coragem para todos nós.

LEV é uma organização que promove visitas a pessoas que encontram

dificuldade para sair de casa, seja por doença, solidão ou por problemas

particulares. Nessas visitas os voluntários levam alegria, atenção e bom

humor, ajudando a melhorar seu estado emocional e espiritual.

projeto lev

A visitada Fany Coifman (sentada) acompanhada da voluntária Thelma Sarue que aparece em pé entre outras 2 amigas da D. Fany em visita pra lá de animada!

Acima, a nova visitada Bassia Sztejnhauer (que comple-tou 90 anos em novembro) acompanhada da voluntária Ruth Lancry

Para tornar-se voluntário ou indicar alguém que gostaria de ser visitado, entre em contato com Silvia Zauder, 3081-3081 R. 326 ou 3087-0326 das 8 às 13h00 ou [email protected]

Após um certo tempo, os prazeres habituais da vida começam a perder seu apelo.Uma coisa, no entanto, que é sempre uma grande fonte de prazer para a pessoa, é a habilidade de “dar” para seus semelhantes.Assim, eles podem aproveitar a vida.Na realidade, o “receber” está no “dar”.

Mensagem da Yael

Mensagem para meus maravilhosos voluntários e você, futuro membro

Yael Alpern - diretora

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6 BC NEWS

AULAS diárias – de 2ª a 5ª feira

corrente de salmos A cada mês, dezenas de mulheres juntam-se

virtualmente para a Corrente de Salmos. A

Corrente acontece uma vez ao mês, no Shabat

que antecede Rosh Chôdesh, o primeiro dia do

mês judaico. As próxima leituras acontecerão no Shabat

8 de dezembro e 5 de janeiro.

Para participar envie um e-mail para: [email protected]

AULAS SEMANAIS

* Exclusivamente para homens** Exclusivamente para mulheres*** Mediante inscrição (JLI)

DOMINGO

9:00 Shabsi Alpern Café da manhã com debate de histórias comoventes *

9:30 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

10:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *

17:45 Avraham Steinmetz Prédica entre as orações da tarde

18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimônides *

18:15 Integração pais e filhos - Avot Ubanim Os pais estudam com seus próprios filhos sob a orientação de um professor *

19:00 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico

20:45 Avraham Steinmetz Conceitos chassídicos *

SEGUNDA-FEIRA

10:30 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico **

11:30 Sarah Steinmetz Obra milenar Ética dos Pais **

12:30 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Jardins)

17:30 David Lancry Preparando-se para o Bar Mitsvá

17:45 Eliahu Stiefelmann Prédica entre as orações da tarde

19:15 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico (residência de jovens)

20:00 Eliahu Stiefelmann Investindo em nosso futuro (jovens)

20:15 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsvá

20:30 Avraham Steinmetz Você sob o prisma da Cabalá *** (Banco Daycoval) (Até 10 de dezembro)

21:00 Shamai Ende Sabedoria do Rebe (residência de casais)

7:45 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

9:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *

16:30 Dovber Nurkin Código de leis *

18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimônides

TURMAS “LUNCH & LEARN”

Quer relaxar em meio ao seu dia corrido de trabalho?Participe das aulas com Rabino Avraham Steinmetz, na região da Faria Lima ou Vila Olímpia.

“QUAL O SIGNIFICADO DE ISRAEL PARA O JUDAÍSMO?”

ALIMENTE SUA ALMA E SATISFAÇA O SEU APETITE!

Informações e inscrições:Tel: 3087-0319 com Sarah / [email protected]

ESCOLHA O TEMA DE SEU INTERESSE:

Chassidut

Crianças / Jovens

Farbrenguen

Histórias

Leis Judaicas

Mística e Cabalá

Moral e Ética

Porção Semanal

Talmud

avot ubanimVenha estudar com seu filho aos domingos!

Avot Ubanim agora em novo horário:

antes de minchá, das 18h às 19hs

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7 BC NEWS

TERÇA-FEIRA

8:30 Yossi Alpern Obra milenar Ética dos Pais **

9:20 Daniel Eskinazi Provérbios de Salomão **

10:10 Avraham Steinmetz Conceitos na parashá **

11:15 Dovber Nurkin Salmos **

12:00 Sheila Barzilai Discursos esotéricos em alto nível **

12:30 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Vila Olímpia)

17:45 Daniel Eskinazi Prédica entre as orações da tarde

20:30 Guershi A. Goldsztajn Entoando melodias chassídicas *

20:30 Avraham Steinmetz Cabalá (residência em Pinheiros)

QUARTA-FEIRA

13:00 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Faria Lima)

15:00 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsvá

17:45 Dovber Nurkin Prédica entre as orações da tarde

20:00 Dov Pomeroy Análise geral da porção semanal

20:30 Avraham Steinmetz Você sob o prisma da Cabalá *** (Banco Daycoval) (Até 12 de dezembro)

21:00 Shamai Ende Curso de leis judaicas

QUINTA-FEIRA

17:30 David Lancry Consolidando adolescentes às suas eternas raízes * (Chumash Bereshit)

17:45 Yossi Alpern Prédica entre as orações da tarde *

19:00 Daniel Eskinazi Ensinamentos do Rebe (moças) **

20:00 Eliahu Stiefelmann Bases da filosofia chassídica

As aulas são gratuitas. Para participar, entre em contato previamente com o rabino responsável pelo curso.

Rab. Avraham Steinmetz: [email protected]. Daniel Eskinazi: [email protected]. David Lancry: [email protected]. Dov Pomeroy: [email protected]. Dovber Nurkin: [email protected]. Eliahu Stiefelmann: [email protected]. Guershi A. Goldsztajn: [email protected]. Shamai Ende: [email protected]. Shabsi Alpern: [email protected]. Yacov Nurkin: [email protected]. Yossi Alpern: [email protected] Steinmetz: [email protected]

20:30 Avraham Steinmetz Em Busca da Alma (residência nos Jardins)

SEXTA-FEIRA

7:45 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

9:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *

17:45 Shabsi Alpern Prédica entre as orações da tarde

SHABAT

8:45 Daniel Eskinazi Ensinamentos do Rebe (principiantes) *

8:45 Shamai Ende Discursos esotéricos em alto nível (avançado) *

11:00 Shabsi Alpern Prédica entre as orações da manhã

12:30 Shabsi Alpern Reunião chassídica pós orações da manhã

13:15 Shamai Ende Empolgação espiritual *

18:35 Shabsi Alpern Ensinamentos do Rebe sobre a porção semanal

19:35 Israel e Mendi Nurkin Atividade cultural com nossas crianças

19:50 Shabsi Alpern Ética dos Pais

19:50 Avraham Steinmetz Ensinamentos da porção semanal **

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SEMPRE AO SEU LADO

DEFENDENDO A CAMISAA Copa Achdut surgiu em uma conversa com amigos sobre

a importância de promover a união entre várias sinagogas e

instituições judaicas por intermédio do futebol: um campe-

onato! Surgiu em 2009 com a Copa Chabad, e a iniciativa

fez tanto sucesso que foi ampliada para algo mais profi s-

sional que pudesse reunir grande parte da comunidade ju-

daica paulista por meio desse esporte.

A Copa Achdut, para jovens acima de 18 anos, teve início no

1º semestre deste ano contando com a presença de várias

equipes, cada uma representando a sua sinagoga. No 2º se-

mestre, estreou a Copa Achdut Junior, para garotos até 15

anos, em que 14 instituições participaram vestindo a camisa

de seus “times”. Os jogos foram realizados no Clube A He-

braica, que tem dado amplo apoio à iniciativa.

Os objetivos, segundo o Rabino Sammy Lancry, organiza-

dor desta edição, têm sido plenamente atingidos: a Copa

proporciona aos participantes momentos de lazer e entre-

tenimento, aproxima jovens e promove novas amizades

num constante intercâmbio.

Nossos parabéns aos jovens do Beit Chabad Central que

defenderam as cores da nossa sinagoga, vestindo a cami-

seta onde se lia “Projeto Pós Bar Mitsvá – Onde sua jornada

começa!” Para mais informações e fotos acesse: www.achdut.com.br

Time do projeto Pós Bar Mitsvá do Beit Chabad Central, com o coor-denador R. David Lancry. Da esquerda para a direita, em pé: Simcha Weinberger, Andre Scemes, Maurício Zaits, Mendi Savoia. Abaixados: Leo Scemes e Andre Rosenthal

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9 BC NEWS

NOVA YORK:BANQUETE DO KINUS 5773/2012Um passado relevante, um presente ativo e um futuro promis-

sor estavam todos combinados no Hotel Hilton de Nova York,

em Manhattan quando 4.622 rabinos, shluchim, patrocinado-

res e alguns membros das famílias lotaram as quatro salas de

eventos no banquete de gala do Kinus Hashluchim Internacio-

nal, Conferência Anual de Emissários de Chabad, domingo, dia

11 de novembro. O congresso começou no dia 7 de novembro,

com dezenas de workshops e exposições. O ponto alto foi o

banquete de encerramento.

Havia grandes cartazes e uma apresentação especial de vídeo

marcando o 200º aniversário do yahrtzeit do Alter Rebe, fun-

dador de Chabad, e o 70º ano desde a impressão da mensagem

espiritual diária Hayom Yom, compilada pelo Rebe. E ali estava

a corrente: os danos que o furacão Sandy causou ao nordeste

apenas 2 semanas antes e a resistência e empreendedorismo

que os shluchim de Chabad naquelas áreas demonstraram du-

rante a tempestade e seu subsequente impacto.

De fato, como declarou o mestre de cerimônias e responsável

por todo o evento, Rabino Moshê Kotlarsky, nas palavras ini-

ciais, o banquete originalmente era para ocorrer no Brooklyn

Cruise Terminal. A tempestade os forçou a ir para o Hilton. “Es-

tamos distantes somente alguns metros, mas estamos todos

juntos”, disse Rabino Kotlarsky quando o banquete foi levado

para os outros três salões onde os participantes se espalha-

ram. Na verdade, o programa foi uma apresentação simultâ-

nea acompanhada por todos os salões satélites e mostrado em

todos os telões.

Entre os depoimentos apresentados o sheliach Rabino Eli Ro-

senfeld, de Lisboa, falou de uma melodia e proferiu palavras

inspiradoras. Steven Solarsh, da África do Sul, falou sobre “As

bênçãos do Rebe em minha vida”. O convidado de honra do

kinus foi o antigo Rabino Chefe de Israel, Yiroel Meir Lau, que

compartilhou momentos especiais de sua vida e sua relação

especial com o Rebe. Sua primeira yechidut, audiência particu-

lar com o Rebe, ocorreu em 1974 e durou 2 horas e 20 minu-

tos, no 770, durante a madrugada, .

Rabino Lau falou que o Rebe era uma personalidade, um líder

gigante, um pilar de fogo. Espalhou shluchim do Alasca a Mel-

bourne, em cada canto, no mundo inteiro, para levar a mensa-

gem de Avraham Avinu a cada judeu e nas palavras do Profeta

Elyahu: “Hashem, Hu Haelokim”.

Nas fotos, de cima para baixo: salão do banquete lotado, discurso do R. Meir Lau, R. Shabsi Alpern participa do jantar, presença ilustre de Dudu Fisher, palco principal do evento

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10 BC NEWS

CHÁ DA TARDENo mês de novembro atividades diversificadas animaram

as tardes:

• A Sessão Pipoca é sempre “sucesso de bilheteria” na sala

de projeção no 5º andar do Beit Chabad. Este mês o filme

escolhido foi “Os Intocáveis”, comédia francesa indicada ao

Oscar de melhor filme estrangeiro de 2013. Uma tocante

história que deixou a plateia emocionada.

• Sonia Regina de Sá foi novamente escolhida para uma

atividade de trabalhos manuais. Desta vez confeccionaram

lindos colares montados com pedras selecionadas por So-

nia. Ficaram tão satisfeitas com o resultado que brincaram

até de montar um bazar...

• Movimento e postura, maneiras corretas de abaixar e le-

vantar-se e muitos exercícios fizeram parte de uma hora de

atividades com a professora de ginástica, Thaís Ravanelli,

que dá aulas no Clube A Hebraica e é especializada em Ter-

ceira Idade. Vinte e oito senhoras se entusiasmaram com a

aula, mês que vem querem mais. No cardápio, para acom-

panhar o astral saudável, verduras e frutas; tudo bem light.

Leitoras e amigas de algumas frequentadoras do Chá da

Tarde têm acompanhado a página do grupo no BC News e

sempre comentam ao ver a foto de uma amiga publicada

e isso as incentiva a participar. Muitas se reencontram após

anos sem terem contato.

ALEF BEIT: FEIRA DE LIVROS E OBJETOS JUDAICOS NO BEIT CHABAD CENTRALO Projeto Alef Beit realizou mais uma mega exposição no

Beit Chabad Central trazendo um vasto acervo de títulos,

incluindo lançamentos de livros judaicos, em hebraico e

inglês. Diversas entidades aproveitaram para completar ou

renovar suas bibliotecas. Crianças folheavam livros infantis

coloridos e táteis, enquanto educadores pesquisavam no-

vas obras que poderiam ser úteis e atraentes a seus alunos.

Pais e filhos juntos buscavam livros de interesse para toda

a família. Além dos sidurim de vários tamanhos e preços,

uma ótima opção para presentes, também foram procura-

dos kipot e tsitsit bem cotados no bazar. Bug Checker, mesa

portátil de luz para checagem de folhas, e a Kosher Lamp,

que pode escurecer e iluminar um ambiente no Shabat, fo-

ram alguns dos itens expostos. O evento promove preços

atraentes, além de reunir várias correntes da comunidade

em prol da educação judaica ao alcance de todos.

Todas as senhoras da comunidade estão convidadas a participar gratuitamente do grupo Chá da Tarde. Para inscrever-se é só entrar em contato com Vanessa pelo telefone: 3087-0313 ou [email protected]

SEMPRE AO SEU LADO

Acima, exercícios de postura e alongamento em tarde concorrida. Abaixo, Didia Ludman, Vanessa Rosenbaum, a monitora Sonia Regina de Sá e Sara Kurc com os colares que confeccionaram durante oficina

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11 BC NEWS

GASTRONOMIA

Bolinhas de batata com queijoÉ bom não abusar das frituras,

mas... em honra ao milagre que

ocorreu com o azeite em Cha-

nucá, nesta época do ano con-

sumimos sem culpa (e sem exa-

geros) alimentos fritos em óleo.

Estas bolinhas são deliciosas e

bem adequadas para a ocasião.

INGREDIENTES:w 1/2 kg de batatas do tipo apropriado

para fazer nhoque

w 4 colheres de sopa bem cheias de

queijo parmesão ralado

w 2 colheres de sopa de amido de

milho

w 2 ovos verificados

w 200 gramas de queijo mussarela

cortado em pequenos cubos

w 3 ninhos de macarrão cabelo de anjo

w Sal e pimenta do reino a gosto

w Óleo para fritar

Alternativa: Substitua o

macarrão cabelo

de anjo por

gergelim.

MODO DE PREPARAR: Cozinhe as batatas em água e sal, descasque-as e passe-as

ainda quentes pelo espremedor.

Acrescente o amido de milho, o queijo parmesão, um ovo, a

pimenta do reino e o sal, misture bem, e deixe esfriar.

Sobre uma tigela, esfarele os ninhos de macarrão até que os

fios se quebrem em pedaços bem miúdos. Reserve.

Coloque o outro ovo numa pequena tigela e bata-o com um

garfo. Enrole pequenas bolinhas com as mãos, colocando um

cubo de mussarela no centro de cada uma e passe-as na tigela

com o ovo e em seguida, empane-as no macarrão. Leve-as à

geladeira em uma travessa por no mínimo 2 horas.

Frite-as aos poucos (não mais do que seis bolinhas por vez) em

óleo quente abundante.

Retire-as, coloque-as sobre papel toalha e sirva

imediatamente.

Rendimento: De 40 a 50 unidades

Por Dorothea Piratininga

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Gosto muito de vir, é sempre tudo muito bem or-

ganizado. Trago as crianças para respirar ar puro, é uma

opção bem bacana para vir no domingo, não me preocu-

po com o almoço e o ambiente é muito legal.

Eida Apfelbaum

UM DOMINGO TROPICAL EM S. LOURENÇO DA SERRA EM NOVEMBRO

O Domingo no Sítio acontece todo mês. Informações sobre a programação de dezembro a janeiro: 3081-3081 com Mônica

A gente sempre vem aqui no sítio e não perde ne-

nhum evento, é tudo bem caprichado, a comida e as ati-

vidades, o preço é bem acessível e quando dá trazemos

novos amigos para conhecer o sítio.

Sergio Sancovschy

É uma grande satisfação organizar estes maravilhosos

eventos em que todos ficam contentes. Aproveito para

agradecer à eficiente equipe do BCC: à administração, re-

cepção, marketing, cozinha, motoristas, funcionários do

sitio, às monitoras, aos doadores e aos rabinos diretores

de Beit Chabad Central e Tsivot Hashem. Um sentimen-

to: “Felicidade”, (o nome do sítio) é o que todos levamos

ao voltar para casa. Não percam os próximos eventos!

Judith Kacowicz

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14 BC NEWS

Isto era bastante típico de Yosef. Ele era uma pessoa que se preocupava

com os outros, mesmo que tivesse as próprias inquietações. Quando ele

nasceu, sua mãe disse: “Yosef HaShem li ben acher”. Acher significa ‘um

outro’. Também significa ‘um estranho’. Yosef se preocupa com os outros,

mesmo aqueles que são diferentes, e até com os que são estranhos. Ele faz

contato com essas pessoas e as aproxima, transformando o ‘acher’ em um

ben – ‘um filho’.

vvv

Alguns pensam que uma pessoa sagrada vive distante da comunidade.

Ali, na paz e no silêncio, pode concentrar-se em fazer de si mesmo uma

pessoa melhor. Talvez se vista de maneira diferente dos outros, ou jejue, ou

faça uma dieta simples. Talvez não participe daquilo que ocorre fora de sua

casa, e passe o tempo pensando e rezando.

Mas não é assim que a Torá nos ensina a sermos sagrados. Exatamente o

oposto! A Torá nos diz para sermos sagrados, e conecta esse mandamento

com mitsvot referentes à comida, roupas, casamento, negócios, agricultu-

ra e outras mais. Quando preparamos a comida da maneira que Hashem

nos ensina, tornamo-nos sagrados. Quando compramos nossas roupas da

maneira que Hashem nos ordena – tornamo-nos sagrados. Quando con-

duzimos nossos negócios e cultivos como Hashem deseja que façamos –

tornamo-nos sagrados.

vvv

Cada pessoa deveria saber o quanto é especial, mas não se tornar orgu-

lhosa ou descuidada. Moshê Rabeinu certamente sabia que era especial.

Afinal, ele foi o único a falar com Hashem “face a face”. Porém, Moshê era

mais humilde que qualquer outra pessoa. Ele costumava dizer a si mesmo:

“Tudo que tenho é presente de Hashem. Se Ele tivesse dado essas oportu-

nidades a outro, ele certamente seria muito melhor que eu.”

Moshê Rabeinu se considerava menor e menos importante que os outros. É

por isso que há um pequeno alef na palavra Vayikra. Rashi nos diz que o cha-

mado de Hashem a Moshê foi um sinal de carinho especial. Hashem ama as

pessoas humildes. Como Moshê era tão humilde, Hashem o chamou e deu

a ele uma atenção especial.

Somos todos filhos de Adam, e cada um de nós tem uma centelha de Moshê

Rabeinu na sua alma. Para sermos tão grandes como Adam deveria ter sido,

temos de agir de maneira simples e humilde, como Moshê o fez.

PÉROLAS DO REBE

Trechos extraídos e adaptados do li-vro “Please Tell Me What the Rebbe Said”, por Malka Touger

Rabi Menachem Mendel

Schneerson, a personalida-

de judaica mais fenomenal

de nosso tempo é, para os

chassidim e admiradores do

mundo todo, “O Rebe”.

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15 BC NEWS

perguntas7

RA

B. E

LIA

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N

Seus pais são baalei teshuvá. Você acompanhou esse processo?Meus pais sempre procuraram nos oferecer uma educa­

ção diferenciada e nos colocaram em uma escola Waldorf.

Morávamos em Santana, e apesar de meu pai não ser re­

ligioso, construía uma sucá e caminhava até o Bom Retiro

no Shabat. Sempre nos transmitiram conceitos judaicos

que conheciam, até perceberem que não era o suficien­

te. Em 1991, fomos matriculados no Iavne, casherizamos a

casa para Pêssach e começamos a frequentar o Beit Cha­

bad Central. Nesse ano fomos para Israel e para o Rebe.

O que mudou sua vida? O dólar do Rebe! Meu pai aproveitou a chance de estar na

presença dele e falou sobre sua preocupação com nos­

sa educação. O Rebe o aconselhou a procurar um mash­

pia (conselheiro), a quem confiar seus questionamentos.

Meu pai elegeu o Rabino Alpern. Estudamos na Es cola

Lubavitch e formamos a primeira turma de alunos da Ye­

shivá Tomchei Tmimim. Foi uma grande mudança. O fo co

de nossa educação foi baseado no amor e carinho, na bên­

ção do Rebe e no fato de meus pais sempre terem procu­

rado orientação de rabinos em todos os sentidos da vida.

Quando resolveu tornar-se um rabino? Descobri essa inclinação aos 13 anos. Minha experiência

ao lado do Rabino Yehoshua Forma, sheliach no Paraguai,

durante as Grandes Festas como chazan durante três anos

seguidos foi decisiva, uma grande lição de vida. Apesar de

muitas dificuldades, ele e sua esposa Carolina eram total­

mente dedicados à sua comunidade, com vibração, amor e

carinho. O trabalho em aproximar jovens e cumprir a von­

tade do Rebe foi contagiante para tor nar­me um sheliach.

Que experiências se somaram nos anos seguintes?Aos 15 anos tornei­me responsável na Yeshivá Lubavitch

por organizar grupos de alunos que visitavam famílias e

empresários antes do Shabat. Levavam velas para Shabat,

colocavam tefilin, conversavam e aproximavam as pesso­

as do judaís mo. Em Chanucá alugávamos vans com al to­

falantes que circulavam pelos bairros anunciando costu­

mes da festa e tocando músicas típicas. A vontade de con­

cretizar o desejo do Rebe fez com que me envolvesse em

várias frentes de suas campanhas.

O que você fez ao retornar ao Brasil após casar?Trabalhei no Beit Chabad do Brooklin por cerca de três

anos ajudando o rabino Yaacov Gerenstadt. Meu foco

prin cipal eram os jovens e o projeto Bicurei Bait, visitan­

do famílias em seus lares em bairros como Chácara Sto.

Antonio, Chácara Flora, Granja Julieta, Interlagos… Muitas

famílias foram aproximadas. Hoje, como rabino do Beit

Chabad Central, sigo com essa atividade, fazendo con­

tatos com famílias nos arredores de nossa sinagoga. Co­

mo consequência desse trabalho, centenas de mezuzot

foram afixadas, várias crianças matricularam­se em esco­

las judaicas e muitas famílias passaram a frequentar nos­

sa sinagoga.

Como sheliach, pode nos contar algum episódio que ilustra esse papel? Anos atrás viajei por várias cidades brasileiras em uma

campanha para que o maior número de judeus pudesse

adquirir uma letra de um sefer Torá. Permaneci durante

três horas em Passo Fundo, RS. Nesse intervalo, o presi­

dente da comunidade confessou que não havia feito bar

mitsvá. Não deu outra: realizei seu bar mitsvá logo após

ele ter convocado todos os judeus da cidade. Ele colocou

tefilin pela primeira vez na vida aos 80 anos de idade. Ca­

da minuto em nossas vidas é precioso.

Qual a principal lição que o Rebe introduziu em sua vida?A de causar um impacto positivo na vida das pessoas…

um a um: “Echad echad teluktu”. Quando Mashiach che­

gar irá buscar cada judeu, onde quer que se encontre, um

por um, e levá­lo a Israel. O Rebe já preparou esse cami­

nho espalhando quase 4 mil shluchim nos cantos mais re­

motos do planeta.

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No palco os shows das duplas Hugo e Tia-go, Léo e Júnior animaram a plateia que vibrou e ganhou autógrafos

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Projeto Felicidade Av. Arnolfo Azevedo, 201Fone/fax: [email protected]

Reencontro e Diversãono Parque Mundo da XuxaO Projeto Feli ci da de realizou o XII Encontro Anual convidando todas as crianças

e familiares para desfrutar de um dia no Parque Mundo da Xuxa. O reencontro

entre as famílias e participantes de cada semana ao longo destes anos, desde a

criação do Projeto em 2001, tem sido acompanhado de muita expectativa pelo

passeio, pela diversão e por rever os amigos.

Brinquedos, lanches, presentes e show de artistas no palco preencheram esse

dia para as 2.331 pessoas que marcaram presença e compartilharam momentos

tão especiais. O Projeto continua mantendo contato e dando sua mensagem o

ano inteiro: felicidade é um presente para todos.

O Projeto Feli ci da de agradece a todos os parceiros, amigos e voluntários que

contribuíram para o sucesso do evento.

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17 BC NEWS

Oferecemos cinco dias

de diversão e alegria a

crianças com câncer

de classes sociais menos

favorecidas. Buscamos

restabelecer a autoestima e a vontade

de viver, fortalecendo o ânimo na luta

contra a doença.

Dois Irmãos Curados Gabriela A. (21 anos) estava

presente com o irmão Le-

andro (26), ambos curados

de um linfoma, e partici-

param do Projeto há dez

anos. Em 2003 eles eram

pequenos quando vieram

ao Projeto Felicidade.

“Levo sempre muitas recor-

dações do Projeto até hoje;

só boas” - conta Leandro. Ele já casou e esta-

va com seu fi lhinho de cinco anos. Totalmente

curado, ele trabalha como mecânico e tem pla-

nos para o futuro: “Gostaria de poder ter meu

próprio negócio e estar bem para poder ajudar

os outros da mesma forma que fui ajudado”.

Na época, tinham que realizar exames muito

caros e lembra que voluntários do Projeto uni-

ram-se para cobrir os custos. “O legal de tudo”,

comenta ele, “é que a gente nunca foi esqueci-

do. Até hoje recebo cartões e cartas do Projeto,

tanto no meu aniversário como em datas come-

morativas. Ah! Tive minha festa de aniversário

surpresa (Kit Festa) celebrada em minha casa

aos 14 anos. A gente nunca esquece.”

Gabriela deixou sua bebê de dois meses aos cui-

dados da família para poder participar do encon-

tro deste ano com sua fi lha de três anos. Disse

que nunca se sentiu triste ou em depressão por

causa da doença. Lembra que fi cou abalada so-

mente quando não pode estar na sua formatura

do pré, tão aguardada, com a possibilidade de

ter que ser internada. “A gente agradece às pes-

soas boas que nos ajudaram” – declara ela.

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Memórias

AVENTURA ENTRE PINGUINSAcompanhe o desfecho da história contada na edição de

novembro sobre a campanha para impressão do Tanya pelo

mundo e o incrível desafio de imprimi-lo na Antártida

Por Rabino Shabsi Alpern

Deixei Berlim exultante. Imagine só, conseguir imprimir

um livro sagrado nosso na gráfica oficial do partido na

Alemanha comunista!

Mas como já dito anteriormente, sem querer, cometi um erro

terrível: como presente de despedida, entreguei ao casal um

pacote com nossas publicações. Entre elas, uma revista cuja

matéria de capa tratava sobre a difícil situação em que se en-

contravam os judeus atrás da cortina de ferro (lembrando que a

esposa do meu primo entendia bem o idioma português).

Poucas semanas depois, recebi uma carta cheia de fúria, do

primo indignado, dizendo-se enganado por mim. Naquele mo-

mento, surgiu-me a dúvida: por que o Rebe teria me indicado

essa viagem? Não demorou muito para que eu compreendesse

que se não fosse assim, jamais teríamos tido a oportunidade de

imprimir o Tanya no Polo Sul.

No voo da Alemanha para S. Paulo, o avião teve dificuldades

para pousar e acabou descendo em Campinas. Nunca antes em

minha vida, e nem depois, eu havia desembarcado em Viraco-

pos. Como um bom “chabadnik”, perambulei pelo aeroporto

perguntando-me: “por que estou aqui?”. Foi quando avistei o

engenheiro Gheorghe F., frequentador da nossa sinagoga, que

ofereceu-me uma carona para S. Paulo. Mal entrei no seu car-

ro, e ele disse: “o senhor não vai adivinhar com quem encon-

trei-me ontem”. Contou-me que se tratava do engenheiro Roy

Cuglovici, filho de israelense radicado no Brasil, que construí ra

a base brasileira na Antártida, Comandante Ferraz (a mesma

que este ano infelizmente foi destruída pelo fogo). Mal pude

acreditar! Ainda sob efeito dos cem Tanyas impressos no Brasil

e a perspectiva de fazê-lo em Berlim, vislumbrei a oportunida-

de de imprimi-lo também na Antártida.

Rumo ao Polo SulContei toda a história a Gheorghe e pedi-lhe que levasse Roy ao

meu escritório no dia seguinte. Na hora marcada o engenheiro

lá estava, e logo fiz-lhe o pedido. Ele considerou a ideia um tan-

to exótica, mas aceitou a missão. E realmente trata-se de uma

Acima, base Comandante Ferraz na Antártida, montada por Roy Cuglovici em 1982, e acometida por um incêndio em fevereiro de 2012. Abaixo, a sala onde foi impresso o livro Tanya

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missão, pois imprimir o Tanya lá simbolizava san-

tificar um continente inteiro e ajudar a aperfeiçoar

o estado espiritual do mundo.

Porém, havia um problema: não existia na base

uma impressora. Disse-lhe que tínhamos duas

máquinas que foram usadas na missão das 100

cidades brasileiras. Dei a Roy as instruções e o

material necessário para começar o trabalho, in-

cluindo uma kipá, pois o Rebe havia solicitado

que ao menos uma pessoa no local da impres-

são deveria estudar um capítulo do livro.

Várias semanas se passaram quando, numa

madrugada, recebi o telefonema de um amigo,

Oscar F., radioamador que conecta va-me com

Roy, na Antártida. “Rabino, estou pronto e de

kipá. Vamos lá!” – disse. Estudamos juntos o quinto capítulo, e ele deu início

ao trabalho. Alguns meses depois o navio Barão de Teffé voltou ao Brasil, e

um carro preto oficial chegou ao Beit Chabad trazendo os cem exemplares do

Tanya para serem encadernados.

Observação do RebeFaltavam poucos dias para Purim. Apressei a encadernação dos livros e apro-

veitei um portador que ia para Nova York e enviei um exemplar ao Rebe. Na

noite de Purim, acabávamos de fazer a tradicional leitura da Meguilá quando

recebi a ligação do secretário do Rebe, rabino Groner, agradecendo e infor-

mando que o Rebe comentara que o texto publicado na contracapa (printed in

Antarctica) estava incorreto, pois o livro fora impresso em uma das bases de lá.

Rapidamente entramos em ação, reimprimindo aquela página com os dizeres:

“impresso na Base Comandante Ferraz, na Antártida”.

Semanas depois, fomos a Nova York para passar Pêssach com as nossas crian-

ças, que naquela época estavam estudando lá. Na véspera, à tarde, em meio

àquela movimentação difícil de descrever, o Rebe chamou-me e, entre outras

coisas, disse-me: “o lugar lá é muito frio, mas você o esquentou bem”.

NotaSMIAMI: Há alguns anos, estando de férias em Miami, entrou no Beit Chabad que

eu lá frequentava o rabino Tiechtel, de Berlim, já unificado e livre. A primeira in-

dagação que lhe fiz foi se o Tanya já fora impresso lá. Sua resposta positiva dei-

xou-me aliviado, pois eu sempre guardava aquela dívida na minha ficha celes-

tial. O rabino estranhou minha pergunta, mas depois entendeu-a muito bem.

HAVANA: Eu também sentia que estava faltado ainda imprimir o Tanya numa

gráfica comunista. Isso ficou resolvido quando meu filho R. Yossi, juntamente

com R. Shlomo Levy (sobre quem falei na edição de setembro), a partir de

1985 fizeram uma série de viagens a Cuba e, entre várias “conquistas”, impri-

miram o Tanya na gráfica oficial do partido de Havana.

Exemplar e página de rosto do livro Tanya impresso na Antártida

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20 BC NEWS

Como você foi parar na Antártida?Meu pai tinha uma empresa de engenharia espe-

cializada em construções modulares (conteineriza-

das). Ele entrou numa licitação da Marinha Brasileira

para a montagem de uma estação de pesquisa no

Continente Antártico, em atendimento às exigências

do Tratado da Antártida, que determinava aos países

que reivindicavam o continente que instalassem lá

uma estação de pesquisa até 1982. Vencemos a lici-

tação em junho daquele ano e tivemos de deixar tu-

do pronto até novembro. Foi um grande desafio, de-

vido ao pouco tempo e às limitações tecnológicas e

também porque só podíamos trabalhar nos verões.

Como recebeu o pedido do Rabino Shabsi Alpern, de imprimir o Tanya no Polo Sul?A ampliação da estação foi realizada nos verões de

1983 e 84, ano em que o Rabino Alpern me convo-

cou para vir ao Beit Chabad Central. Ele perguntou

se eu tinha noção do motivo de seu chamado. É cla-

ro que eu não fazia a menor ideia. Ele explicou-me

sobre o Tanya e a campanha do Rebe para que se

imprimisse o livro no maior número de cidades do

mundo em que houvesse um judeu, e perguntou-

-me se eu estaria disposto a imprimi-lo em um lugar

tão improvável. Sem pestanejar, disse que sim.

Por que você logo deu uma resposta positiva?Em milésimos de segundos passaram-me pela ca-

beça muitas coisas que meu pai me dissera. Entre

elas, uma que me marcou muito, ao completar onze

anos: “você sabe que eu sou judeu e que sua mãe

também?”. “Sim, já ouvi falar”. E então ele me co-

municou que eu passaria a estudar numa escola ju-

daica. Ante a minha surpresa, explicou: “não adianta

tentarmos esquecer ou negar que somos judeus.

Isso está grudado em nós como a carne aos ossos.

Você não vai à escola judaica por questões religio-

sas, mas porque, se um dia alguém apontá-lo na rua

chamando-o de judeu, você saberá o motivo de estar

apanhando ou batendo”.

Disse-me que não praticávamos a religião, pois as

atrocidades cometidas contra os judeus que ele

presenciara durante a Segunda Guerra Mundial fi-

zeram-no perder a fé. Por outro lado, atribuía a um

milagre o fato de ele ter sobrevivido. “Se no univer-

so há bilhões de galáxias e, dentre elas, bilhões de

sistemas solares e só há vida no nosso mundinho,

isso não pode ser uma obra do acaso, existe aí uma

engenharia muito superior”. – concluiu. Lembrando

disso, tomei o pedido do rabino como uma missão.

Quais foram os maiores desafios para cumpri-la?Pedir autorização da Marinha não foi propriamente

uma dificuldade, mas foi bem estranho. Ninguém

entendeu sobre o que eu estava falando, mas aca-

baram concordando. Lembrando que nós estáva-

mos ainda sob o regime militar, o material teria de

Por Dorothea Piratininga

ENTREVISTA

No ano de 1982 Roy foi enviado à Antártida para instalar a ba-

se brasileira Comandante Ferraz. Conforme descrito em suas

Memórias (leia na pág. 18), Rabino Shabsi Alpern incum biu-o

da sagrada missão de imprimir o Tanya nesse local tão remoto.

ROY CUGLOVICIENGENHEIRO NA ANTÁRTIDA

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Ao lado, registro da emocionante visita de Roy ao Beit Chabad Central, em que foi presenteado com um exemplar do Tanya impresso por ele na Antártida há 30 anos. Abaixo, Roy na década de 80 em meio a pinguins

21 BC NEWS

ser submetido à censura prévia, mas também aí não hou-

ve qualquer obstáculo. Difícil mesmo foi carregar a im-

pressora, que pesava mais de 300 quilos, num bote de

borracha do navio até a terra firme. Havíamos enfrentado

um mar revolto durante a viagem, o que danificou mui-

tos equipamentos, inclusive a impressora. Desmontei-

-a, arrumei as peças que pude, mas mesmo assim ela só

trabalhava em velocidade muito baixa. Algumas placas

ficaram amassadas, o que retardou o tempo previsto para

concluir o trabalho. Como estávamos no verão, não havia

noite, então um dos funcionários ficara encarregado de

informar-me quando chegava a hora do Shabat para que

eu parasse de trabalhar.

Após duas semanas, finalmente terminei e avisei o rabi-

no pelo radioamador. Naquela época não tínhamos co-

municação via satélite com o Brasil, e a transmissão pelo

radioamador era muito ruim. Mas naquele dia ela estava

excelente.

Eu tinha comigo as kipot que ele me entregara juntamen-

te com o equipamento, e tive uma ideia original. Chamei

o comandante da base, o primeiro oficial e mais outros

militares subalternos. Coloquei uma kipá na cabeça de

cada um deles e pedi para que dissessem “amém” toda

vez que eu levantasse meu polegar. Assim, recitei uma

bênção de agradecimento, e a turma dava “amém” nos

momentos determinados.

Como se sentiu após ter cumprido essa missão?Algumas páginas ficaram defeituosas devido à má im-

pressão, e o rabino ha-

via me instruído a não

rasgá-las, por se trata-

rem de texto sagrado.

Conforme ele pedira,

eu as embalava para

posteriormente enter-

rá-las. No dia em que

as enterrei, senti-me

como se estivesse num

funeral. Ao final de tu-

do, a sensação foi mui-

to boa. Apesar de não

ser uma pessoa religio-

sa, senti que fizera algo

de grande importância

para o nosso povo.

Como você recebeu a notícia do incêndio ocorrido este ano na Base Comandante Ferraz?Fiquei muito triste, pois senti que estava queimando

uma parte da minha história. Afinal, foi um projeto que

marcou muito a minha vida. Trabalhei nele dos 23 aos 27

anos; era como se fosse um filho. É muito triste ver um

trabalho desses, que funcionou durante 29 anos, sete

dias por semana, 24 horas por dia, ser destruído por uma

série de ações erradas.

Roy Cuglovici tem 52 anos, é casado, pai de três filhos

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22 BC NEWS

Há muitos anos vivia em Nova York uma pobre família de

judeus. O pai faleceu um ano após o nascimento de seu

filho, deixando a mulher sozinha para cuidar do bebê. Ela

conseguia pagar as contas fazendo faxinas e juntava o su-

ficiente para alimentar os dois. Aí ocorreu uma tragédia.

O menino ficou doente e após minuciosos exames o mé-

dico admitiu que não podia ajudá-lo e encaminhou-o a um

grande professor. Sem perder tempo a mãe foi consul tá-

lo. Ele examinou o menino e disse: “Seu filho tem uma do-

ença fatal. Sei qual é a cura e onde conseguir o remédio. É

numa farmácia a cinco quilômetros daqui. Eles são os úni-

cos que o preparam. Você tem dinheiro para comprá-lo?”

A mulher agradeceu e declarou estar certa de que D’us

ajudaria. Tomou um taxi até lá e entregou a receita ao far-

macêutico. Ele examinou-a, ergueu o cenho e disse: “Isso

custará caro”. Ela respondeu que estava disposta a assinar

um termo comprometendo-se a limpar a farmácia todas

as noites até pagar a conta. Ele aceitou, pois estava sem

faxineira e precisava de alguém. Porém, seriam apenas

duas horas ao dia, e assim demoraria… ele começou a cal-

cular e quando terminou, levantou os olhos… um ano e

oito meses para saldar a dívida!

Ela concordou de imediato, e saiu de lá com vários frascos

do remédio. Quando olhou na bolsa viu que tinha gasto o

último centavo com o táxi e não sobrara nada para tomar

um ônibus. Então começou a andar até sua casa.

Era uma hora de caminhada e estava escurecendo. Não

havia ninguém por perto, e ela passava por um bairro um

tanto perigoso. Apressou o passo, caminhou o mais rápi-

do que pode, mas aquilo não funcionou.

De repente, sentiu alguém agarrá-la pelos ombros, em-

purrá-la contra um muro e perguntar: “O que você tem

aí?” Ela viu um homem enorme, que abriu-lhe a bolsa.

“Por favor,” implorou ela, “não tenho dinheiro. Tudo que

tenho é o remédio para meu filho.” Aquilo também não

funcionou.

“Remédio!?” ele sorriu. “Talvez seja algo bom!” Ele abriu

um dos frascos e cheirou-o. “É horrível! Parece vômito!”

gritou enquanto abria os outros frascos e despejava o

conteúdo sobre a cabeça dela. Então empurrou-a nova-

mente e se foi.

Ela levantou-se, apanhou os frascos e correu de volta à

drogaria, esperando que ainda estivesse aberta. E estava!

Aproximou-se do balcão, e quando o farmacêutico a viu,

exclamou: “Meu D’us, o que houve? Sente-se. O que é es-

te cheiro?!”

“Fui roubada e não tenho mais o remédio. Dê-me o papel

que assinei e assinarei por mais um ano e oito meses.

O farmacêutico começou a tremer. “Diga-me, esse chei ro

e a mancha no seu casaco… é aquele remédio?”

“Sim”, respondeu ela, entregando-lhe os frascos vazios.

O farmacêutico leu os rótulos, colocou a mão sobre o ros-

to enquanto repetia: “Não acredito! Não pode ser!” Após

alguns minutos ele se recompôs e disse: “Cometi um erro

terrível! Eu lhe dei o remédio errado! Se seu filho tivesse

tomado aquilo, teria morrido! É loucura, mas foi um mila-

gre que você tenha sido assaltada!” E continuou: “Ouça,

não conte a ninguém sobre isso. Eu lhe darei o remédio

certo.” Ele desapareceu na sala dos fundos e retornou

com diversos frascos iguais aos primeiros.

“Leve o remédio de graça”. Ele pegou o contrato que ela

assinara e rasgou-o. Tirou da carteira uma cédula: “Pegue

cem dólares. Desta vez, tome um táxi!”

O remédio funcionou e o menino não apenas sobreviveu,

como cresceu e tornou-se um rabino de grande estatura:

Rabi Moshê Sherer, presidente de Agudat Yisrael nos Es-

tados Unidos. Ele contava essa história em todo aniversá-

rio de falecimento de sua mãe.

ACONTECEU EM NOVA YORK

HISTÓRIA

Ilus

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como acender as velas

4ª feira, 12/12

5ª feira, 13/12

6ª feira, 14/12

sábado, 15/12

sábado, 8/12

domingo, 9/12

2ª feira, 10/12

3ª feira, 11/12

S Acenda a chanukiyá ao pôr-do-sol. Use velas ou azeite em

quantidade suficiente para que ardam por pelo menos 50 minu-

tos (segundo o costume Chabad).

S É hábito acender as velas na janela que dá para a rua, para pro-

clamar a todos o milagre de Chanucá, mas a chanukiyá não deve

estar acima de 9,5 m do piso térreo. O costume Chabad é colo cá-

la sobre uma mesa baixa, no lado esquerdo da porta de entrada,

em frente à mezuzá.

S Inicialmente acenda o shamash (vela auxiliar, de preferência de

cera) e depois recite as bênçãos. Em seguida, acenda as velas da

chanukiyá com o shamash.

S Acenda a primeira vela do lado direito da chanukiyá. Na segun-

da noite, acrescente uma nova ao lado esquerdo da primeira, e as-

sim sucessivamente. A primeira vela a ser acesa é sempre a nova,

procedendo da esquerda para a direita (veja na figura abaixo).

S Antes de acender as luzes de Chanucá na primeira noite (8/12)

ou pela primeira vez, pronuncie as três bênçãos, e nas noites se-

guintes, somente as duas primeiras:

I. Baruch Atá A-do-nai E-lo-hênu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.

(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos

santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou acender a

vela de Chanucá.)

II. Baruch Atá A-do-nai E-lo-hênu Mêlech haolam, sheas-sá nissim laavotênu bayamim hahêm bizman hazê.

(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que reali-

zou milagres para nossos antepassados, naqueles dias, corres-

pondentes a esta época.)

III. Baruch Atá A-do-nai E-lohênu Mêlech haolam, shehe-cheyánu vekiyemánu vehiguiánu lizman* hazê.

(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu

vida, nos manteve, e nos permitiu chegar até a presente época.)

S Após acender a chanukiyá, recite Hanerot Halálu (o texto en-

contra-se no sidur).

S Na noite de sexta-feira (14/12), acenda as luzes de Chanucá an-

tes das velas de Shabat (19h29). A chanukiyá não pode ser tocada

ou removida depois de seu acendimento na sexta-feira até sába-

do após o anoitecer.

S Sábado à noite (15/12) a preparação e o acendimento das velas

de Chanucá devem ocorrer após o anoitecer (20h28) e depois de

recitar a Havdalá (na sinagoga, antes da Havdalá).

S A luz da chanukiyá é sagrada e não pode ser utilizada para outra

finalidade, como leitura ou trabalho.

S Se uma vela se apagar durante o período em que deveria estar

acesa, deve ser reacendida. É permitido apagar as velas após ar-

derem o tempo determinado (exceto na sexta-feira à noite devido

ao Shabat). Na noite seguinte, o pavio e o azeite restante podem

ser reaproveitados.

S Em Chanucá recita-se ‘Al Hanissim’ na Bênção de Graças e na

Amidá, Halel e uma leitura especial da Torá, na Prece Matinal.

S Refeições festivas devem ser feitas com a participação de toda

a família, narrando os milagres ocorridos.

6 7 854321

5 6321 4

5 6 74321

3 4 521

2 3 41

1 2

321

1

* lizman - pronúncia conforme costume Chabad

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8 A 16 DE DEZEMBRO DE 2012

Check-list de Chanucá

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Histórias Chassídicas

CAMINHAR SOZINHO Havia um chassid, Reb Shlomo o Melamed, que com fre-

quência ia até o seu Rebe caminhando, em vez de contra-

tar uma carroça. Quando lhe pediram para explicar essa

preferência, ele assim respondeu: “quando alguém che-

ga ao Mundo da Verdade, o anjo Michael, cujo trabalho

é apresentar todos os méritos da pessoa, menciona que

viajava até seu Rebe”. Durante essa narrativa, os cavalos

e carroças que o transportavam ao Rebe se aproximavam

e pediam que eles também fossem recompensados por

acomodar a pessoa. Como declara o Talmud, “D’us dá re-

compensas a todas as criaturas.”

“Eu não permitirei que um cavalo e uma carroça aleguem

que me levaram em minhas viagens”, declarou o chassid.

“Eu sou o cavalo, eu sou a carroça! Portanto, quando eu

for até o Rebe, será com meus próprios pés!”

FALSA APARÊNCIA O Rebe Rashab certa vez viu um quadro pintado por um

artista famoso. A cena – um campo semeado, um sol bri-

lhante, plantas brotando, e um pássaro pousado no talo

de uma planta – era considerada quase viva pelos conhe-

cedores de arte, que classificaram a pintura como uma

obra-prima.

Logo, porém, um fazendeiro que passava o examinou.

“Que adorável”, exclamou ele. “Mas que vergonha, não

parece nem um pouco verdadeiro. Quando um pássaro

pousa sobre um talo, este se curva ligeiramente devido ao

peso da ave. Ora, o artista aqui retratou o talo ereto mes-

mo com o pássaro sobre ele!”

Com isso, o Rebe Rashab disse que podemos aprender

uma lição. Alguém pode parecer estar vivo em seu serviço

a D’us. Mas se lhe faltar bitul – aquela inclinação perante

a vontade de D’us – em última análise o serviço é falho.

FAÇA DA PALAVRA UMA JANELAO Baal Shem Tov certa vez foi indagado sobre um deter-

minado assunto. Ele abriu um volume do Zohar que esta-

va na mesa, olhou e então disse aos ouvintes tudo sobre o

incidente envolvido. Mais tarde veio à tona que as coisas

tinham sido exatamente como ele as descrevera. Então ele

foi indagado: “é abrindo o Zohar e olhando ali dentro por

um momento que você pode dizer o que está acontecendo

a distância?”

O Baal Shem Tov respondeu: “nossos Sábios nos ensinam

que a luz com a qual o Todo Poderoso criou o mundo ilu-

minou de um lado a outro do universo. Mas quando o Todo

Poderoso viu que o mundo não era digno de usar essa luz,

Ele a ocultou para os justos no Mundo Vindouro. Ora,” per-

guntou o Baal Shem Tov, “onde Ele a escondeu? – Na Torá;

e quando alguém estuda a Torá da forma mais pura, um

caminho é iluminado para ele, permitindo-lhe entender e

enxergar de um lado a outro do mundo, assim como eram

as coisas antes de D’us esconder a luz.”

SOMENTE UMA CASA DE D’USReb Meir de Premishlan certa vez foi rezar numa determi-

nada sinagoga na Galícia que estava num estado deplorável

de conservação. Ele abriu a porta quebrada, olhou lá dentro

e viu os sinais de negligência e, nas palavras do Patriarca

Yaakov em Beth E-l, clamou: ‘como este local está horrível!

Esta nada mais é que a casa de D’us!”

Os chassidim que o rodeavam não entenderam sua inten-

ção, e presumiram que seu Rebe sem dúvida tinha em

mente alguns mistérios que, desconhecidos para eles, es-

tavam ocultos naquelas palavras.

Vendo que eles não o tinham entendido, ele explicou as

palavras: “‘como este lugar está assustador!’ – Na verdade,

é literalmente perigoso entrar aí. Esta é apenas uma casa

de D’us – pois vejo que não há outros para cuidar dela, ao

contrário das outras casas nesta cidade, que parecem todas

mantidas em excelente estado.”

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PERGUNTE AO RABINO

Conforme o ponto de vista do Rebe, não há explica-

ção lógica sobre essa carnificina, tendo nosso povo já

sofrido tanto, desde o exílio no Egito, passando pela

destruição de ambos os Templos, inquisição, cruzadas,

pogroms etc.

D’us já tinha avisado nosso patriarca Avraham: “Saiba

que teus descendentes serão estrangeiros numa terra

que não é a deles e serão escravizados e oprimidos por

400 anos, mas Eu julgarei e punirei a nação que os es-

cravizou, e posteriormente sairão de lá com grande ri-

queza” (Bereshit 15:13-14). Nossos sábios

no Talmud explicam que essa previsão foi

concretizada não apenas no Egito, mas

em todas as gerações em que há aqueles

que desejam nosso extermínio, D’us não

o permita, e ‘sempre o Santíssimo, Ben-

dito Seja, nos salva de suas mãos’, con-

forme recitamos na Hagadá de Pessach.

Mesmo não entendendo os caminhos

Divinos, devemos acreditar que não exis-

tem acasos na direção do universo. Tudo

o que acontece, nos mínimos detalhes,

por mais dolorido que seja, é controlado

pelo Todo-poderoso e faz parte dos planos Dele, e Ele

é o único que sabe o motivo, como Ele disse a Moshe,

que O indagou por que os justos sofreriam no futuro:

‘Fique quieto, assim subiu no Meu pensamento’ (Me-

nachot 29b).

Tudo o que foi dito acima refere-se à grande tragédia

que nosso povo testemunhou de forma geral. Mas, no

que tange a cada uma das vítimas que foi cruelmente

torturada ou assassinada, o enfoque é bem diferente.

O Talmud nos relata (Berachot 61b) que o renomado

sábio talmudista Rabi Akiva foi cruelmente assassinado

pelos romanos, sendo sua carne arrancada com grandes

pentes de metal incandescente. Naquele momento, ele

estava recitando o ‘Shemá Yisrael’ e tinha um sorriso

na face. Os alunos então lhe perguntaram: “mestre, até

aqui você mantém serenidade e alegria”?

“Minha vida inteira almejei cumprir o versículo que cons-

ta no Shemá: ‘E amarás teu D’us com toda tua alma’, e

agora que eu tenho a possibilidade de cumpri-lo, não

deverei fazer com alegria”? – respondeu ele, e esten-

deu-se na recitação do versículo até sua alma partir com

pureza. Escutou-se então uma voz celestial: “feliz é

você, Rabi Akiva, que teve o mérito de sua alma sair ao

recitar o ‘Echad’ (D’us é um). Feliz é você, que está con-

vocado para o mundo vindouro”.

Não há mérito maior que poder morrer

em um ato de fé, ou simplesmente por

ser um judeu. Nem mesmo o mérito de

ser o mestre de todo povo judeu se igua-

la a este!

Somos compostos de corpo e alma. O pri-

meiro tem a duração de algumas dezenas

de anos, no máximo 120. Porém, a alma

é eterna e continua sua jornada e ascen-

sões espirituais após despren der-se do

corpo. Durante a vida inteira batalhamos

para colecionar o maior número possível

de boas ações para sermos merecedores de uma posi-

ção privilegiada no paraíso. Todos aqueles santos que

entregaram suas almas no holocausto e demais mas-

sacres que nosso povo passou conseguiram em um se-

gundo muito mais que batalhamos em uma vida inteira,

alcançando níveis espirituais inimagináveis.

Além disso, todas as descidas visam a uma subida

maior. Após o holocausto nosso povo cresceu e flo-

resceu em todos os sentidos, e temos a absoluta cer-

teza de que esse e todos os outros sofrimentos pelos

quais passamos durante o exílio prolongado é apenas

uma preparação para uma enorme e maravilhosa re-

denção, conforme é prometido. Que venha para nós

muito em breve.

Como podemos explicar o extermínio de seis milhões de judeus no holocausto? Onde estava D’us nesse momento?

Por Rabino Shamai Ende

Envie suas perguntas para [email protected]

Todos aqueles santos

que entregaram suas

almas no holocausto

conseguiram em um

segundo muito mais

que batalhamos em

uma vida inteira, al-

cançando níveis espi-

rituais inimagináveis

d’us e o holocausto

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26 BC NEWS

parshiyot do mês de DEZEMBRO

1/DEZ

Parashá Vayishlach O nome da leitura desta semana da Torá, Vayishla-

ch, está relacionado com a palavra sheliach, que

significa “emissário”. A palavra hebraica sheliach

também alude à consumação da missão com a qual

todo judeu, como indivíduo e como um todo, foi en-

carregado. O valor numérico da palavra, junto com

o número 10, iguala o número equivalente à palavra

Mashiach. Isso implica que a vinda de Mashiach re-

quer que toda pessoa dedique os dez poderes de

sua alma à missão de tornar o mundo uma morada

para D’us. Nossos esforços para divulgar a percep-

ção sobre D’us através do mundo e fazer com que

essa percepção esteja em todo indivíduo apressará

a vinda da era em que “a terra estará repleta com

o conhecimento de D’us como as águas cobrem o

oceano”.

8/DEZ

Parashá VayeshevNo versículo inicial da nossa leitura da Torá: “e Yaa-

kov estabeleceu-se na terra em que seu pai pas-

sou”, Rashi comenta: “Yaakov desejava viver com

tranquilidade, mas o desgosto do desaparecimento

de Yosef o atingiu. O justo deseja viver em tranqui-

lidade, mas o Eterno, bendito seja, diz: ‘aquilo que

está preparado para eles no Mundo Vindouro não

basta para os justos? Eles precisam também dese-

jar tranquilidade neste mundo?’”

Na superfície, Rashi parece estar dizendo que D’us

desaprovou o pedido de Yaakov e em retribuição o

fez sofrer a dificuldade da separação de Yosef. Nos-

sos Rabinos explicam, porém, que na verdade D’us

queria que o desejo de tranquilidade de Yaakov fos-

se atendido – como na verdade foi cumprido nos 17

anos de paz que ele desfrutou no Egito.

Portanto, D’us o submeteu a mais uma provação,

pela qual ele poderia aperfeiçoar a si mesmo. Os

problemas e o sofrimento causados pela venda de

Yosef iniciaram um processo de refinamento pelo

qual Yaakov por fim mereceu atingir a paz máxima,

espiritual e material que buscava.

15/DEZ

Parashá MiketzVocê consegue imaginar como Yosef se sentia? Ele

ficara encarcerado durante longos anos. Dois anos

antes, quando o mordomo do faraó tinha sido apri-

sionado, ele tinha nutrido um laivo de esperança,

mas nada tinha se materializado.

E então, subitamente, as coisas mudaram. O faraó

mandou chamá-lo. Ele banhou-se, recebeu roupas

finas, e foi introduzido na sala do trono. E momen-

tos depois, era vice-rei do Egito.

Sim, as situações podem mudar.

Esta é uma lição importante para nós hoje, quando

existem aqueles que questionam como a Redenção

se tornará uma realidade. Com o mundo tão en-

volvido em preocupações materiais, como é possí-

vel que se torne sintonizado com a mensagem de

Mashiach, para procurar o espiritual e estabelecê-lo

como prioridade? A história de Yosef fornece uma

resposta: o presente não precisa prevalecer para

sempre. Quando D’us quer, tudo pode ser total-

mente revertido.

22/DEZ

VayigashEsta leitura da Torá nos conta como Yaakov e sua

família fizeram a jornada da Terra de Israel ao Egito

para encontrar Yosef. Yaakov estava hesitante sobre

deixar a Terra Santa, e foi somente quando ele rece-

beu uma garantia de D’us que resolveu empreender

a viagem.

Por que ele estava hesitante? É óbvio. Eretz Yisrael

é a Terra Santa, “a terra na qual os olhos de D’us es-

tão [concentrados] do início ao fim do ano.” É certa-

mente onde nosso Patriarca Yaakov gostaria de ter

passado seus últimos dias.

Então por que ele foi para o Egito? Yaakov foi ao

Egito porque D’us assim quis. Mas por que D’us

quis que ele fosse? E por que Ele deseja que nós,

descendentes de Yaakov, continuemos morando no

“Egito” da nossa Diáspora?

Os judeus foram criados com uma missão: fazer

deste mundo uma morada para D’us.

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27 BC NEWS

Na substância material do mundo estão encerradas

centelhas de Divindade. Cada pedaço de alimento

que comemos, pessoa que encontramos, ou si-

tuação que enfrentamos, é mantida pela energia

Divina. Nossa missão é canalizar aquela energia e

usá-la para um fim positivo. Para esse propósito, os

judeus têm vagado de continente a continente e de

país para país, procurando revelar a força de vida Di-

vina latente nesses lugares.

29/DEZ

Vayechi A leitura da Torá relata que antes de Yaakov falecer,

ele disse aos filhos: “reúnam-se e eu direi a vocês o

que lhes acontecerá no Final dos Dias.”

Nossos Sábios nos dizem que Yaakov queria dizer

aos filhos quando Mashiach virá. Porém, D’us não

desejava que ele revelasse essa informação e remo-

veu dele o espírito de profecia. Percebendo isto, Ya-

akov falou com os filhos sobre outros assuntos.

Há várias lições nesta narrativa; a mais óbvia é que

D’us não deseja que a hora da vinda de Mashiach

seja conhecida. Alguns comentaristas explicaram

que o motivo é que isso poderia levar ao desespero.

Se as pessoas soubessem que terão de esperar por

Mashiach, poderiam perder a esperança.

Outros explicam que isso poderia tornar as pessoas

preguiçosas. Se souberem que Mashiach não virá

até este ou aquele tempo, poderiam ficar menos in-

clinadas a aplicar-se ao serviço Divino. Para simplifi-

car: “vamos festejar enquanto ele está para chegar e

no dia anterior, colocaremos tudo em ordem.”

Maimônides disse: “espero pela sua (Mashiach)

vin da todo dia,” i.e., que qualquer dia – e todo dia

– Mashiach pode vir e na verdade, esperamos ansio-

sa mente que ele o faça. Portanto, não há uma data

marcada para a vinda de Mashiach.

19 de KislevYud Tet Kislev é

uma data histórica.

Nesse dia, há exa-

tamente 214 anos,

o grande Rabino e

líder de seu povo,

Rabi Shneur Zal-

man de Liadi, foi

libertado de uma

prisão russa, para

onde fora levado

acorrentado como um perigoso “rebelde” contra

o Czar. Condenado por alta traição, ele enfrentou

a morte, mas felizmente as acusações se prova-

ram falsas, e com a ajuda de D’us foi libertado.

Rabi Shneur Zalman, na época de sua prisão, era

o líder dos chassidim na Rússia, um dos grandes

talmudistas e pensadores da sua época, e seus li-

vros e sagrados ensinamentos são estudados por

muitos judeus em todo o mundo. Tinha mais de

cem mil seguidores (o número mais tarde aumen-

tou). Ele foi o criador de uma inovadora filosofia

judaica – Chabad, que ensina uma nova maneira

de preservar o antigo estilo de vida judaico. Jun-

to com ele foram também acusados milhares de

judeus na Rússia, e seus detratores eram pessoas

que, em sua cegueira, não viram a luz brilhante e

notável que Rabi Shneur Zalman estava espalhan-

do entre seu povo.

Não é de se admirar, então, que esse 19º dia de

Kislev seja uma data notável e jubilosa para os ju-

deus em todas as partes do mundo. Eles se reú-

nem para celebrar e seguir os passos desse gran-

de Rabino, que dedicou a vida inteira ao bem de

seu povo, e cujos livros – Tanya, Shulchan Aruch

e muitos outros – estão entre nossas maiores cria-

ções e tesouros.

A Parashá (porção semanal) é lida na sinagoga parcialmente no Shabat à tarde, na 2ª e na 5ª fei-ra de manhã e depois integralmente no Shabat seguinte pela manhã.É bom costume estudar a Parashá durante a se-mana diariamente, para isso ela é subdividida em 7 porções menores.

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28 BC NEWS

parshiyot do mês de JANEIRO

5/JAN

Parashá SHEMOT Imagine como deve ter sido boa para Moshê a vida

no palácio do rei. Ele estava no primor da juven-

tude, vivendo como príncipe no império egípcio, a

nação mais forte e mais avançada da época. Ele ti-

nha o mundo na palma das mãos. E apesar disso,

Moshê não passava seu tempo livre surfando no

Nilo nem escalando as pirâmides, mas sim indo até

os escravos judeus numa tentativa de entender seu

sofrimento e ajudá-los. Moshê chegou a matar um

egípcio que estava espancando um judeu, um even-

to que terminou lhe custando o status de príncipe e

o exilou do Egito.

Vemos aqui um dos motivos pelos quais Moshê

pôde desenvolver-se no líder notável que foi. Um

líder judeu deve trabalhar totalmente e com altru-

ísmo pela sua nação, e ser completamente desin-

teressado na realização dos próprios desejos ou na

promoção da própria glória.

Um líder deve lutar pelas necessidades de seu povo

e pelo bem-estar de todos por intermédio de atos

de amor e bondade.

12/JAN

Parashá VaeráQuando a Torá escreve que o faraó pediu a Moshê

que rezasse por ele, o faraó usa a forma causati-

va do radical “atar” (Exodus 8:24). Quando Moshê

real mente reza, a Torá emprega a forma ativa (ibid.

8:26). Por que a diferença? Rashi explica que a for-

ma causativa que o faraó usa significa aumentar a

prece e torná-la mais longa. Por outro lado, a forma

ativa que Moshê usa significa aumentar e intensifi-

car o ato de rezar em si mesmo.

Isso nos revela um segredo fascinante sobre o con-

ceito da prece. O faraó via a prece meramente como

o pronunciamento de determinadas magias sagra-

das, e a única maneira de torná-las mais eficazes

seria aumentar a quantidade delas. A opinião da

Torá sobre a prece, porém, é totalmente diversa. O

principal não é o texto ou a duração da prece, mas o

ato da prece. Isso porque a prece não é um método

de informar Hashem sobre as nossas necessidades,

pois Ele já as conhece. Em vez disso, a prece é uma

maneira de aperfeiçoar a nós mesmos, tornan do-

nos mais merecedores de Seus presentes.

19/JAN

Parashá bôO faraó presumiu que se o povo judeu estava dei-

xando o Egito para que pudesse servir a Hashem,

seria necessário apenas que os homens adultos par-

ticipassem. Baseado no seu conhecimento sobre a

maioria das outras religiões do mundo, ele não po-

dia entender que lugar mulheres e crianças tinham

no serviço a D’us. Sob a perspectiva do faraó, era

como se Moshê tivesse explicitamente requisita-

do que apenas os homens deveriam ter permissão

de partir. Moshê respondeu que o Judaísmo não é

como as outras religiões. Hashem exige o serviço de

todos. Hashem nos deu uma mitsvá especial de en-

sinar a Torá aos nossos filhos e assegurar sua edu-

cação judaica. Essa mitsvá é tão fundamental que

está incluída na prece Shema que recitamos todo

dia: “v’shinantam l’vanecha – e ensinarás [a Torá]

aos teus filhos.” Ao participar em qualquer mitsvá,

devemos estar certos de incluir nossos filhos a fim

de ensinar e transmitir nosso amor pelos manda-

mentos de Hashem à geração seguinte.

26/JAN

Parashá beshalachEmbora o grande milagre da abertura do Mar Ver-

melho esteja bem documentado, muitas pessoas

não estão cientes do fator crucial que foi necessário

para que esse evento ocorresse. Hashem não dese-

java realizar esse impressionante milagre até que

Ele visse a disposição do homem para demonstrar

a fé Nele. Portanto, foi somente quando Nachshon,

filho de Aminadav, da tribo de Judá, saltou corajosa-

mente na água, mostrando uma incrível fé em Ha-

shem, que o mar realmente se abriu.

Podemos aprender várias lições importantes com

Nachshon. Antes de mais nada, devemos todos ser

membros ativos no serviço a Hashem. Não podemos

sentar e esperar que os milagres aconteçam. Ha-

shem está disposto a fazer muitas coisas maravilho-

sas para nós, porém devemos primeiro mostrar que

somos merecedores, dando os passos iniciais por

nós mesmos. Em segundo lugar, devemos enten-

der que cada um de nós pode fazer uma diferença.

Não temos ideia de como nosso potencial realmen-

te é grande, até entrarmos em ação. É isso que Ele

deseja de nós, e cabe a nós encarar o Seu desafio.

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NOSSAS ALEGRIASw Parabéns pelo nascimento de Pietra, filha de

Marcio e Monica Zaitz, neta de nosso presidente

Mauro e bisneta de Isaac Zaitz

w Mazal tov pelo bat mitsvá de Batya, filha do R.

Ezra e Chaia Khafif

w Parabéns pelo casamento de Esther, filha do

R. David e Simcha Azulay com R. Shalom Dovber

filho de Yaacov e Any Orbach

w Mazal tov pelo casamento de R. Samy, filho

de Ruth Lancry, com Sterna, filha do R. Yossef e

Miriam Benzecry

Abraham Pfeferman 23 Kislev 7 dez

Claudio Hausman 23 Kislev 7 dez

Samuel Loda 24 Kislev 8 dez

Joseph Lancry 25 Kislev 9 dez

Bernardo Lichewitz 26 Kislev 10 dez

Daniel Eskinazi 28 Kislev 12 dez

Anchel Brand 29 Kislev 13 dez

Hugo Wizenberg 29 Kislev 13 dez

Moishe Savoia 1 Tevet 14 dez

Damian Lask 2 Tevet 15 dez

Salo Grunkraut 3 Tevet 16 dez

Eduardo Stock 4 Tevet 17 dez

Julio Spritzer 4 Tevet 17 dez

Eliahu Stiefelmann 5 Tevet 18 dez

Silvio Hepner 6 Tevet 19 dez

Alfredo Torres 7 Tevet 20 dez

Marcelo Schvartz 8 Tevet 21 dez

Marcelo Dangot 9 Tevet 22 dez

David Moritz 11 Tevet 24 dez

Jacob Moritz 11 Tevet 24 dez

Mendi Nurkin 11 Tevet 24 dez

Sruli Nurkin 11 Tevet 24 dez

Jaime Singer 11 Tevet 24 dez

Akivah Steinmetz 11 Tevet 24 dez

Michel Apsan 12 Tevet 25 dez

Michel Metzger 14 Tevet 27 dez

Sacha Kalmus 15 Tevet 28 dez

ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO *Moshe Frenkel 21 Tevet 3 jan

Leandro Spett 23 Tevet 5 jan

Michel Gotlieb 24 Tevet 6 jan

Mendi Naparstek 24 Tevet 6 jan

Shmuli Moritz 25 Tevet 7 jan

Lauro Brand 25 Tevet 7 jan

Yaacov Nurkin 3 Shevat 14 jan

Daniel Breuer 3 Shevat 14 jan

David Andrade 4 Shevat 15 jan

Abrão Zimberg 4 Shevat 15 jan

Mauro Deutsch 4 Shevat 15 jan

David Gornstein 5 Shevat 16 jan

Avi Eskinazi 7 Shevat 18 jan

Yossi Kuszer 7 Shevat 18 jan

José Mario Grynberg 8 Shevat 19 jan

Tufic Savoia 8 Shevat 19 jan

Natan Rosenbaum 8 Shevat 19 jan

Alberto Haim Fux 8 Shevat 19 jan

Martin Lask 9 Shevat 20 jan

Luis Steinecke 10 Shevat 21 jan

Mendy Calderon 10 Shevat 21 jan

Yossi Naparstek 11 Shevat 22 jan

Henry Michaan 13 Shevat 24 jan

Nelson Wajsbrot 14 Shevat 25 jan

Elias Israel 20 Shevat 31 jan

ANIVERSARIANTES DE JANEIRO *

* Lista parcial

Envie a data de seu aniversário para [email protected]

w Nasceu o filho de Yuval e

Ilana Kapah. Mazal tov!

w Parabéns a David Nagiel e

Bia Behar pelo noivado

w Mazal tov pelo nascimento

do filho de Marcelo e Greicy Susyn

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QUER PARTICIPAR?Dez receitas para você fazer parte

ENCHA SEU COFRINHO Não importa quanto e sim quando (sempre!). Busque o seu na recepção com Lígia

BAZAR DO PROJETO FELICIDADE Ajude doando ou comprando

itens novos e usados.

Fale com Flávia: 3803-9898 ou [email protected]

BRINDES PARA CRIANÇASDoe brindes e brinquedos novos para nossas crianças.

Fale com Flávia: 3803-9898 ou [email protected]

VÉSPERA DE FESTAS JUDAICASAo invés de mandar presentes, faça uma doação a algum de nossos projetos. Enviaremos uma carta a quem você dedica essa doação.Fale com Rosana: 3087-0309 ou [email protected]

PLACA EM HOMENAGEM A ENTES QUERIDOSNós afixamos na sinagoga e cuidamos para que o Cadish seja recitado e luzes sejam acesas na data do yahrtzeit e no Yom Kipur. Fale com Dov Pomeroy: 3087-0305

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO Ofereça aos seus convidados a opção de fazer uma doação em sua homenagem para o Projeto Felicidade.Fale com Flávia: 3803-9898 ou [email protected]

KIDUSH Patrocine um kidush de Shabat em suas datas especiais.Fale com Sissa: 3087-0318 ou [email protected]

DOAÇÃO MENSAL

Receba um boleto bancário em sua casa. Fale com Rosana: 3087-0309 ou [email protected]

Doe seus cupons e no-tas fiscais tomando o cuidado para não incluir o CNPJ ou CPF do com-prador. Devem chegar em nossa sede dentro do tempo hábil de se-rem cadastrados, ou seja, a validade é até o dia 20 do mês seguinte à emissão dos mesmos. Nunca foi tão fácil ajudar: é só enviar seus cupons, de seus familiares e amigos para o Projeto Felicidade: Av. Arnolfo Azevedo, 201 Cep: 01236-030 Mais informações: 3803-9898

NOTA FISCAL PAULISTASAIBA COMO DOAR!

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