informativo marabr2015 web

36
1 Informativo da Província

Upload: pe-inacio-medeiros

Post on 08-Apr-2016

233 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Informativo marabr2015 web

1Informativo da Província

Page 2: Informativo marabr2015 web

2 Informativo da Província

Page 3: Informativo marabr2015 web

3Informativo da Província

Sumário.2. Palavra do Editor

4. História e Espiritualidade RedentoristaOs redentoristas em algumas liçõesO ano da vida consagrada

10. Planejamento e FormaçãoO atual prédio do Seminário Santo Afonso

11. Nossa História RecuperadaProvíncia de São Paulo, inventário biográfico – Memória dos que nos precederamO renovado memorial dos missionários redentoristas em AparecidaOs 120 anos dos redentoristas em AparecidaOs primeiros irmãos redentoristas alemães no BrasilGrandes missionários ajudaram a construir a nossa província

25. Pelas Províncias e Vice-ProvínciasO primeiro redentorista brasileiro professoMadre Felicy Braga Dom Alfredo Novak

28. Notícias e InformaçõesQuem é o missionário redentoristaJubileu da Confraria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campinas

Page 4: Informativo marabr2015 web

4 Informativo da Província

1. Palavra do Editor

Um dos maiores obstáculos que enfrentamos na vivência de nossa consagração religiosa é a rotina. Este é um mal que afeta todos os aspectos e todos os setores da vida humana. E é uma forte característica da modernidade em que vivemos, porque estamos na era dos valores descartáveis e passageiros. A rotina na família mata o casamento; no trabalho, faz da pessoa um simples operário cumpridor de ordens; na Igreja, ela nos faz meros cumpridores de preceitos ou católicos de ocasião. A rotina também nos afeta profundamente em nossa Consagração Religiosa, levando-nos a perder o essencial dos Valores Evangélicos que nos propusemos seguir como caminho de felicidade no dia de nossa Profi ssão Religiosa. A vivência consciente e livre dos Conselhos Evangélicos nos leva a um crescimento continuado na vida e no amor. A rotina, por outro lado, leva-nos a pensar a nossa consagração sempre no passado, não nos questiona no presente nem nos impele para o futuro.

Precisamos estar de olhos abertos para a realidade, a fi m de experimentarmos sempre as coisas novas da vida. E nos motivarmos continuamente na vivência de nossa consagração. Isso dará, com certeza, um novo colorido ao nosso viver e nos levará para bem longe da rotina, que é castradora de iniciativas em prol do bem comum.

Fazemos chegar a suas mãos, prezado leitor, mais uma edição do nosso Informativo Provincial, tão querido de todos nós e tão aguardado por muitos. Esta edição chega, como as demais, recheada de refl exões, notícias e informações. Pe. Luiz Carlos, por exemplo, ajuda-nos a nos colocar na Escola de Jesus, seguindo os passos idealizados por Santo Afonso, nosso fundador. São 12 lições que precisamos saber de cor e salteado. Depois dele vêm outras matérias suculentas, inclusive fazendo memória dos primeiros irmãos alemães que vieram para o Brasil ou recordando perdas sentidas como da Irmã Felicy, fundadora da Congregação Mensageiras do Amor Divino, e do Dom Alfredo Novak, redentorista, bispo emérito de Paranaguá. Trazemos ainda duas matérias mais fotográfi cas, uma mostrando cenas da visita do novo Governo Provincial às comunidades da província e outra das novas equipes de governo que assumem a missão de animar as unidades redentoristas do Brasil.

É tempo de renovar nossas esperanças. É tempo de ver, sentir e experimentar as coisas novas da vida!

por favor, leia este informativo, repasse-o para seus amigos e conhecidos e envie-nos suas críticas, observações e sugestões.

Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R.Editor

[email protected]

As coisasnovas da Vida

Page 5: Informativo marabr2015 web

5Informativo da Província

Expediente.Capa.

INFoRmAtIVo dA PRoVíNcIAÓrgão da Província Redentorista de São Paulo Edição N. 241, Março e Abril de 2015

superior ProvincialPe. Rogério Gomes, C.Ss.R.

coordenador EditorialPe. Mauro Vilela da Silva, C.Ss.R.

EditorPe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

RevisãoLeila Cristina Dinis FernandesCristina Nunes

design e diagramaçãoHenrique BaltazarPamela Prudente

Page 6: Informativo marabr2015 web

6 Informativo da Província

2. História e Espiritualidade Redentorista

Os redentoristas em algumas lições

A Congregação do Santíssimo Redentor é uma família que tem sua origem em Santo Afonso de Ligório. Ele respondeu a uma inspiração de fundar uma congregação para evangelizar os mais abandonados. Em 9 de novembro de 1732 reuniu padres e irmãos para essa missão. Esta família cresceu e continua na mesma missão, com 5.000 membros. Está presente em 77 países, com 87 unidades. No momento atual desenvolve suas estruturas reunindo-se em Conferências, isto é, grupos de Províncias, de acordo com os continentes.

A Congregação é uma família. Todos, unidos, em comunidade, fazem um trabalho comum de evangelização, para que a Copiosa Redenção chegue a todas as pessoas, sobretudo aos mais abandonados. Formamos um corpo missionário. Essa família é composta de padres, irmãos, todos consagrados a Deus, pela escolha de continuar Jesus, anunciando a Copiosa

Associa também outros leigos que participam de nosso carisma, apostolado e espiritualidade. Agora cresce na Congregação a certeza de que o carisma que Deus deu a Santo Afonso é para a Igreja e não só para os poucos padres e irmãos. Agora o leigo é chamado a participar conosco da mesma vida e missão, continuando em sua condição de leigo.

Nossos familiares também são redentoristas. É uma verdade antiga. Os tesouros não ficam velhos. Não precisa dizer,

A FAmílIA REdENtoRIstA

1ª lição:

2ª lição:

3ª lição:

Redenção, buscando a santidade através de seu apostolado e de uma vida dedicada a Deus e aos irmãos. Vejam como moramos juntos, trabalhamos juntos. Lembramos aqui os seminaristas que ainda não são consagrados. São os filhos menores que aprendem a ser redentoristas. Essa família associa a si também Oblatos. Essas pessoas que recebem esse título pelos benefícios de uma vida dedicada ao ministério e espiritualidade da Congregação.

Page 7: Informativo marabr2015 web

7Informativo da Província 7Informativo da Província

A família redentorista tem uma missão: Anunciar a Copiosa Redenção. Esta é a bondade e a misericórdia de Deus, comunicada a cada pessoa como anúncio e realizada como salvação e vida de Jesus em nós. Esta Copiosa Redenção nós a conhecemos através da vida e das palavras de Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). E não se perca nenhum. É a bondade de Deus que quer que todos tenham felicidade, vivam bem, participem dos dons de Deus e tenham um céu bem bonito. Vivendo como Jesus viveu, estamos anunciando a Boa-Nova.

Vivendo a Copiosa Redenção, somos participantes da Missão de Jesus. Ele é o amor de Deus manifestado e acontecido através de sua vida, de suas palavras e gesto, enfi m de sua Morte, Ressurreição e sua presença no meio de nós no sacramento da Eucaristia. Precisamos alertar-nos para as riquezas que esta missão possui na Igreja.

Vivemos a Copiosa Redenção pelo amor a Jesus Cristo. Isso é a vida de santidade. Toda santidade, diz Santo Afonso, consiste em amar Jesus Cristo. Jesus é o centro de nossa vida. Por mais que tenhamos muitas devoções, Jesus é o centro de nossa vida. Amar Jesus é fazer o que Ele fazia. Amava o Pai do Céu e amava os necessitados e tomava uma atitude concreta para com cada um.

É preciso uma decisão de santidade. Esta santidade deve ser vivida na condição pessoal de cada um: Todos podem ser santos, dizia Santo Afonso, cada um em seu estado de vida. Casado como casado, solteiro como solteiro, soldado como soldado, comerciante como comerciante e assim todos os jeitos de se viver. Cada um, em sua condição, procure ser santo. Ser santo é somente ser o que Jesus era. Cada santo tem seu jeito de ser e tem seus pecados que sempre vão existir, mas não nos atrapalham a sermos santos, na medida em que nos convertemos. Quem faz parte desta família redentorista tem que ser santo. Temos aí o exemplo de São Geraldo, que fez de sua vida um caminho de amor a Jesus Cristo.

4ª lição:

5ª lição:

6ª lição:

7ª lição:

pois é natural. Fazem parte, por direito, da vida redentorista, pois uma parte de seu sangue serve para levar a Redenção de Jesus aos outros. Acompanham nossa vida no dia a dia através de seus fi lhos, irmãos, primos, tios. Recebem através deles o prêmio dado aos bons trabalhadores. Sem falar do interesse, do carinho e amizade que devotam e as orações que fazem. Quem colabora com a obra da evangelização, recebe prêmio de evangelizador. Que obra maior que oferecer um dos seus fi lhos para a Igreja na Congregação?

7Informativo da Província

Page 8: Informativo marabr2015 web

8 Informativo da Província

Oração na vida redentorista é fundamental, pois, para que haja a formação de Cristo em nós, temos que estar unidos a Ele. É oração de simplicidade, popular, participada, que tem o aspecto contemplativo dos mistérios da Redenção. Dentro da vida de oração, temos a devoção a Nossa Senhora, que é um modelo de vida, intercessora e animadora.

Simplicidade é o caminho da santidade redentorista. Impossível ser redentorista sem ser santo. Redentorista só morre como santo. Do contrário não persevera. O caminho dessa santidade se faz através do conhecimento de Jesus e de sua vida: Por isso temos as devoções tão bonitas ao Menino Jesus, Jesus Crucificado, Eucaristia e Nossa Senhora. Nelas entendemos o grande amor de copiosa redenção na qual Jesus se humilha e vive conosco. No presépio o grande amor; na cruz o imenso amor; no Santíssimo Sacramento o louco amor. Em Maria o terno amor. Por que Deus ama tanto? Para provar o amor e atrair ao amor.

O caminho da vida apostólica e espiritual da família redentorista é fundar-se no amor. Acolher o amor de Deus e responder com uma entrega amorosa, fazendo da vida um amor constante. Meditando esse amor de Deus na oração constante e generosa, sem complicações, estamos crescendo nessa santidade. Santo Afonso escreve 128 livros, sobretudo para que o povo possa viver bem como cristão e fiel no meio do povo.

Amor como redenção: Se amarmos Jesus, vamos fazer uma vida que manifeste este amor bondoso de Copiosa Redenção. Minha vida leve redenção aos outros, onde eu estiver. Vamos ver as pessoas com os olhos de Jesus. Vamos criar um ambiente bom onde vivemos. Vamos criar a reconciliação. Vamos fazer de nossos relacionamentos com os outros um abraço do amor de Deus.

Os santos nos ensinam: Santo Afonso não fez uma Congregação somente para trabalhar nas missões. Ele quis nos apresentar um caminho de santidade. De todos os modos, quis formar seus colegas em um caminho fácil e rápido de santidade. Por isso vemos quantos redentoristas ficaram santos ou beatos ou são servos de Deus. Temos na Congregação quatro santos, nove beatos, seis espanhóis beatificados, quatro veneráveis e 31 servos de Deus. Isso sem contar os inumeráveis confrades que viveram e morreram com grande santidade, mesmo carregando alguns defeitos. Na hora de sua partida para o céu, pode-se perceber o quanto viviam o caminho do céu. E mais ainda: Quantos leigos que estavam conosco, quantos familiares que viveram esse caminho de uma santidade curtida na simplicidade, no serviço simples e sereno às pessoas, num amor muito grande a Deus e à Igreja. Vemos a riqueza de

8ª lição:

11ª lição:

12ª lição:

9ª lição:

10ª lição:

São Geraldo, do Pe. Vítor, Pe. Pelágio. Temos um redentorista que era pai de família, teve uma filha, ficou viúvo e depois entrou para a Congregação. Agora ele e a filha estão em processo de santificação.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R. Seminário São Geraldo, Sorocaba - SP

Page 9: Informativo marabr2015 web

9Informativo da Província

O ano da vida consagrada

“Ó quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união!” (salmo 132)

O ano da vida consagrada, dedicado ao aprofundamento da vocação dos consagrados, homens e mulheres que gastam suas vidas em benefício de outrem, teve início com as I vésperas do 1º Domingo do Advento de 2014 e terá seu encerramento em 2 de fevereiro de 2016, com uma grande celebração, que acontecerá em Roma. O Papa Francisco, juntamente com a Sagrada Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, na pessoa de seu prefeito, o cardeal brasileiro dom João Braz de Aviz, desejam levar à apreciação de todos esta pérola da Igreja.

A proposta deste ano jubilar está contida na Carta Circular aos Consagrados, cujo tema é: “Alegrai-vos”. Este documento traz propostas e pensamentos do Santo Padre a respeito da importância da vida consagrada na caminhada da Igreja. Com o seguinte pensamento: “Gostaria de dizer-vos uma

palavra e a palavra é alegria. Onde estão os consagrados, há sempre alegria”, o papa nos introduz neste universo que é a consagração leiga, cujo ministério é anunciar com sua própria vida atos e apostolado, a magnitude do Reino de Deus. Esta grandeza está contida no rosto desses homens e mulheres que passam suas vidas fazendo o bem. Ou como ainda adverte o papa: “levar o sorriso de Deus, e a fraternidade é o primeiro e mais credível Evangelho que podemos narrar”, convocando- -nos a testemunhar Cristo através de nossa vida, de nossa alegria pessoal e comunitária.

Page 10: Informativo marabr2015 web

10 Informativo da Província

Os religiosos são pessoas que se consagraram – aqui compreendam a palavra Consagrado, em seu sentido etimológico: como algo reservado ao Sagrado – a Deus pelos conselhos evangélicos de: pobreza, castidade e obediência. São pessoas que ao longo da história da Igreja se dedicaram a evangelização, seja por meio de uma vida ativa, seja no silêncio contemplativo dos monastérios. A vida religiosa consagrada tem seu início já nos primeiros séculos da cristandade. No começo, a vida consagrada buscava uma vida solitária de meditação e ascética, e esta surgiu

oRIgEm HIstóRIcA dA VIdA coNsAgRAdA

Sobre a vida consagrada, dedicou o Concílio Vaticano II um de seus documentos, o decreto: Perfectae Caritatis, sobre a atualização dos religiosos. O decreto, assinado pelo beato Paulo VI, disserta sobre a missão, formação e vocação dos religiosos. Concluindo com a advertência: “Lembrem-se, porém, os religiosos de que o exemplo da própria vida é a melhor recomendação de seu instituto e o mais eficaz convite para alguém abraçar a vida religiosa”. Daí podemos pensar a importância do Ano Vocacional Redentorista como resposta, convite e chamariz à vida missionária redentorista, seja como ministro ordenado ou leigo consagrado, mas, acima de tudo, como pessoa comprometida aos ideais de Jesus Cristo

No VAtIcANo II

com os cenobitas e os anacoretas, homens do deserto que buscavam na vida solitária uma experiência profunda em Deus. Mais tarde com seu crescente número, passaram a viver em grupos isolados, inicialmente em cavernas e posteriormente nos primeiros monastérios. Surgindo assim rudimentares comunidades religiosas, que ao longo dos séculos foram se aperfeiçoando.

Na história da Igreja, os religiosos desenvolveram seu apostolado de forma reclusa. A vida religiosa consagrada fez--se presente nas diversas congregações existentes, irmãos e religiosas que se ocuparam da instrução, do atendimento e dos afazeres domésticos. Os religiosos foram sempre um suporte aos ministros ordenados. Há de se pensar que na Igreja de Jesus Cristo há espaço para todos, para aqueles e aquelas que desejam ser “Marta” – figura que representa o trabalho – ou “Maria” – figura que representa a contemplação – (cf. Lc 10,38-42), há espaço para os de vida ativa e também para aqueles que no silêncio de seus corações desejam contemplar o Senhor. Ambas as figuras e personalidades (Marta e Maria) são necessárias para o bom andamento da evangelização, para o sucesso do apostolado e o crescimento da Igreja.

Page 11: Informativo marabr2015 web

11Informativo da Província

André Luiz Oliveira Seminário Redentorista São Geraldo

Sorocaba-SP

Com este ano da vida consagrada, deseja a Igreja convocar a todos os homens a olharem os religiosos consagrados como pessoas proféticas, inseridas na sociedade. Como homens e mulheres reservados ao Sagrado. Que neste ano possamos voltar nossos olhares para todos aqueles que ao longo dos anos gastaram suas vidas em prol da copiosa redenção, seja no serviço da sacristia, nos afazeres domésticos, anunciando nas missões populares ou na formação de outros futuros missionários. Homens consagrados ao Redentor, que evangelizam por seus sorrisos e que anunciam por seus atos. Pois “os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria”. Assim a Vida Religiosa Consagrada Redentorista divide com a Comunidade a alegria de seguir o Santíssimo Redentor.

sER PREsENçA NA socIEdAdERedentor, como anunciador da Boa-Nova, segundo o exemplo de Santo Afonso Maria de Ligório. Podemos também compreender a proposta da reestruturação, como um projeto que atenda a atualização proposta pelo decreto Perfectae Caritatis.

Na pós-modernidade os consagrados estão inseridos nas novas mídias. Dialogarão com o mundo pós-moderno, com os homens inseridos na sociedade líquida, instantânea e cética. Estão conectados ao ciberespaço – um universo virtual paralelo à realidade –, uma dimensão que exigirá nossa disposição de atuação e diálogo permanente. É também missão do religioso fazer a ponte e criar uma práxis cristã entre a informação e a manipulação, entre rede social e a vida comunitária. Devemos purificar-nos de uma possível visão maniqueísta sobre as novas tecnologias e mídias, pois quando estas, utilizadas de modo consciente, são capazes de produzir uma via de anúncio evangélico e santificação. Não um anúncio vazio, frívolo ou mesmo uma santidade “virtual”, mas sim uma ação real, concreta e objetiva, que acontece no mundo paralelo do ciberespaço, onde a oniciência e a onipotência de Deus alcançam.

11Informativo da Província

Page 12: Informativo marabr2015 web

12 Informativo da Província

Muitos hóspedes passam pela Casa de Hospedagem Santo Afonso, em Aparecida-SP, e ficam encantados com a simplicidade e a beleza do local. Mas qual será a história desse prédio que hoje abriga uma comunidade redentorista e ainda romeiros ou grupos organizados vindos de diversos cantos do Brasil?

A história do atual prédio do Seminário Santo Afonso começou a ser escrita no ano de 1950, quando a Congregação Redentorista deu início à construção de seu seminário para a formação dos futuros missionários redentoristas.

No início, foram muitas as dificuldades encontradas para levantar aquelas paredes; era preciso pressa, pois os missionários tinham que deixar o antigo “Colegião”, hoje Pousada do Bom Jesus, e ainda havia a situação financeira apertada, pois seria necessário desembolsar um bom dinheiro para erguer o prédio. O novo Seminário Santo Afonso foi inaugurado oficialmente no dia 28 de outubro de 1953. Mas foram muitos os colaboradores que ajudaram a construir essa obra, tanto

O Atual Prédiodo Seminário Santo Afonso

com seu trabalho, quanto financeiramente, mas dois nomes foram fundamentais para que essa majestosa construção saísse do papel: o padre Antônio Macedo, que na época era o Superior Provincial, e ainda o padre Inocêncio, o idealizador desse projeto.

Há uma grande curiosidade em torno dessa construção: o prédio do Seminário Santo Afonso tem a forma das letras E e M, para simbolizar a frase “Escolhidos de Maria”. São mais de 60 anos de história, recheados de muitas lembranças!

3. Planejamento e Formação

12 Informativo da Província

Page 13: Informativo marabr2015 web

13Informativo da Província

Esq.

-dir.

: Pe.

Ant

ônio

Fer

reira

de

Mac

edo,

C.S

s.R.,

prov

inci

al -

Fach

ada

do S

emin

ário

e S

RSA

É um prédio majestoso e imponente, erguido no coração da cidade de Aparecida. Hoje, diante da realidade vocacional em que a Igreja do Brasil se encontra, o prédio não só acolhe os futuros missionários, como também acolhe retiros espirituais, assembleias, congressos e romarias de pessoas que vêm visitar a Mãe Aparecida. A composição do

Thamara GomesJornalista

espaço, com uma grande área verde, fez da Casa de Hospedagem Seminário Santo Afonso um lugar tranquilo, apropriado para momentos de oração, reflexão e confraternização.

Page 14: Informativo marabr2015 web

14 Informativo da Província

Província de São Paulo

Inventário BiográficoMemória dos que nos precederam

John Donne, o poeta inglês, sente com intensidade a comunhão de todos os humanos, estendendo os laços dessa união até à memória dos que já se foram. Ele convoca também a nós, redentoristas da 2300 Província de São Paulo, a cultivarmos os vínculos fraternos com os confrades que já pertencem à eternidade. O território que nos cabe dentro do continente humano é a Congregação do Santíssimo Redentor. A história desse território, particularmente da Província de São Paulo, já conta com gerações sucessivas, as gerações construtoras dessa história.

A memória de nossos confrades idos e vividos é a memória daqueles que são nossas

raízes, nossos alicerces, as pedras angulares do que somos hoje. Bem, por isso, a Comissão para o Patrimônio Histórico da Província tem consciência de que é parte de sua missão cuidar que sejam eles lembrados com amor fraterno. Eles são a parte mais significativa do patrimônio que o passar dos tempos e dos acontecimentos vem nos legando. Mais que os espaços, os móveis, objetos e os documentos que nos contam tal história, eles são os que fizeram história para nós.

Apresentamos agora uma relação simples de todos eles. Confirmando e dando consistência intensa às amarras de humanidade que nos congregam, o ligamento maior a nos unir, vivos e mortos, é a

4. Nossa História Recuperada

14 Informativo da Província

Page 15: Informativo marabr2015 web

15Informativo da Província

fidelidade à vocação comum de seguidores de Jesus Redentor, nas pegadas de Afonso, Geraldo, Clemente, Neumann e de toda a Congregação que já vive a eternidade.

É tradição mantermos nossos mortos muito presentes entre nós. Tal procedimento confirma o existir comunitário da fraternidade provincial. Ao produzir as listagens que se seguem, temos o propósito de facilitar sua memória. O recente reordenamento do Memorial Redentorista, repouso dos que já estão além, predispõe o senti-los perto e presentes, modelos e reforço, para que também nós saibamos ser fiéis àquilo a que o Redentor nos chama.

Todos nós, os atuais componentes da Província de São Paulo, desde que mantivemos o primeiro contato com a Congregação, conhecemos o Memorial de nossos mortos como uma realidade já existente e que passa a impressão de que seja uma entidade que marca os começos da história desta Unidade Redentorista. Mas não é bem assim. Aqui traremos apenas alguns dados fundamentais, pequena história, relacionados com a existência de nosso Memorial. Ele já conta com mais de 90 anos, trajeto longo, mas conhecido de poucos dos nossos.

Em 1919 a Vice-Província celebrou os 25 anos de seu nascimento. Para assinalar essa data, foram feitas algumas construções no jardim do Convento de Aparecida, que era então a Casa Vice-Provincial. O Vice-

HIstóRIA do mEmoRIAl REdENtoRIstA

-Provincial, com o título de Visitador, era o Pe. João Batista Kiermaier, e o Reitor da Comunidade era o Pe. Estevão Heigenhauser. Diz no dia 6 de junho a crônica da casa daquele ano:

“Projeta-se então a construção de uma cripta para os restos mortais de nossos defuntos.”

A mesma crônica registra no dia 22-27 de agosto:

“Foram escavados no cemitério os ossos dos nossos irmãos, para guardá-los na urna na nova capela de Lourdes, que tem uma cripta embaixo para este fim”.

Mais adiante, no dia 14 de setembro, ainda a crônica anota que o Ir. Carlos Jungwrth, da comunidade da Penha, ficaria em Aparecida para fazer a gruta de Lourdes. Era o primeiro Memorial que estava sendo organizado no pátio do Convento.

Quando, em 1983, a Comunidade de Aparecida foi transferida para o convento ao lado da Basílica Nova, foi fechado o Convento Velho para ser entregue à Arquidiocese. As urnas com os restos mortais dos nossos foram guardadas de maneira muito improvisada na parte superior da sacristia da Capela do Seminário Santo Afonso. Ali permaneceram elas amontoadas por vários anos, enquanto na Província surgiam deliberações, planos e projetos a respeito. Em 1998 foi restaurado o Memorial no pátio interno do Convento Velho, agora com destaque para a presença dos restos mortais e relíquias do Pe. Vítor Coelho. Recentemente uma nova organização desse espaço de presença e memória criou as estruturas atuais.

• Depositados em urnas• Pe. Vítor Coelho de Almeida• Total de confrades mortos que estão no Memorial(incluindo Pe. Paulo Lebeau que não era membro da Província)

No mEmoRIAl

12001

121

Page 16: Informativo marabr2015 web

16 Informativo da Província

Restos mortais desaparecidosPe. Thiago Klinger – Ir. Argemiro Savassa

total geral de mortos da Província• No Memorial• Em outros locais• Desaparecidos

• Aparecida Dom Macedo - Ir. Carlos - Ir. Ladislau – Pe. Pieroni – Pe. Braz Gomes - Pe. Gambi - Pe. Albertini – Pe. José Costa – Pe. Edivaldo Moreira - Pe Escudeiro – Pe. Teixeira – Pe. Mário B. - Pe Inocêncio – Pe Cabral - Dom Batistela – Pe. Lino - Ir. Waldemar - Pe. Matiazzi – Pe. Montanhese – Pe. Benedito• são PauloIr. Matias Forner – Ir. Baltazar Dess – Pe. J. Martins – Pe. J. Rezende• tietêPe. J.Beting – Pe. Biscaro – Pe. Lauro –Pe. Copetti – Pe. Libardi• AraraquaraPe. Camargo - Pe. D. Viess• são JoãoPe. A. Bonotti – Pe. Morgado• outros locaisPe. Miguel Jorge Eigl - Ir. Vicente Alves - Pe. Figueiredo• goiásIr. Luiz Knot – Ir.Gaspar Nussart – Ir. Emerano Hopf – Pe. Líbio Bueno – Ir. Wenceslau• memorial goiásPe. Orlando Morais – Pe. B. Dias – Pe. Pelágio – Pe. Borges

totAl: 45 mortos da Província que estão sepultados em diversos locais

moRtos dA PRoVíNcIA sEPultAdos Em dIVERsos locAIs

02

167120

4502

20

04

05

02

02

03

05

04

Nesta síntese estão apenas os que morreram como inscritos na 2300 – São Paulo. Aqui não estão incluídos os que, embora tenham vivido por algum tempo nesta unidade da C.Ss.R., faleceram inscritos em outra unidade.

O Memorial de Aparecida tem ao todo 280 urnas e a sepultura do Pe. Vítor.

Além dos 120 mortos da Província que estão no Memorial, ali está também o Pe. Lebeau, que legalmente não pertencia à Província, mas nela viveu e trabalhou em seus últimos anos de vida.

A

B

CPe. Victor Hugo, C.Ss.R.

Aparecida, 6 de dezembro de 2013

Page 17: Informativo marabr2015 web

17Informativo da Província

O Renovado Memorialdos Missionários Redentoristas

Entre os dias 8 e 12 de fevereiro de 2012, o Santuário Nacional de Aparecida e a Comunidade Redentorista promoveram a 1ª Romaria Nacional do Pe. Vítor Coelho de Almeida – Servo de Deus, homem amado pelo povo romeiro por suas virtudes e fama de santidade. Na ocasião, dentro da extensa programação da romaria, aconteceu a reinauguração do Memorial dos Missionários Redentoristas.

Falamos de reinauguração porque o Memorial – localizado na Praça Nossa Senhora Aparecida, 272 (fundos do nosso Convento) – já acolhe peregrinos há 16 anos, tendo sido oficialmente inaugurado no dia 10 de outubro de 1998. Originalmente, o local era formado pela capela, que sempre

abrigou os restos mortais dos confrades, construída em 1926; o chalé onde, em 3 de outubro de 1898, foi instalado o Seminário Redentorista Santo Afonso; o orquidário, que era o hobby preferido do Pe. Vítor; e um barracão, para acolher os visitantes.

A recuperação do espaço teve como objetivo reformá-lo, pois já estava bastante deteriorado pelo tempo, para servir como um lugar convidativo à oração, ao conhecimento da nossa história de missão e para a visita aos nossos falecidos: os Missionários Redentoristas e, particularmente, o Servo de Deus, Pe. Vítor Coelho.

Foi mantido o barracão de acolhida dos peregrinos, aumentando a rampa de

Page 18: Informativo marabr2015 web

18 Informativo da Província

acesso desde a Praça Nossa Senhora Aparecida. A capela, de estilo gótico, com pequenas restaurações, continua abrigando os restos mortais do Pe. Vítor. Também permaneceu o orquidário, como antes já estava disposto. A

novidade fi cou por conta da Capela Maior – para receber as atuais 121 urnas dos

nossos confrades e mais espaço para o futuro, num total de 280 urnas – construída

no antigo chalé do primeiro seminário: Revertere ad locum tuum!

Adotamos o material recomendado pela Vigilância Sanitária para ossuários, com urnas plásticas resistentes a ácidos. A beleza estética do local fi cou garantida por placas de aço escovado, foto e data de nascimento e morte do confrade. Usamos os quartos

laterais como ossuário e a sala central do chalé para a capela propriamente

dita, com um altar do Ir. Simão e bancos reformados da antiga capela do Jardim Paulistano – São Paulo-SP. O museu que lá existia foi para a reserva técnica, sob a guarda do Pe. Victor Hugo, esperando a decisão provincial para transformar todo o “Convento Velho” num signifi cativo espaço-memória

da vida e obra dos Missionários Redentoristas da SP/2300.

Bispo Auxiliar Dom Darci José Nicioli, C.Ss.R.

Vice-postulador da Causa de Beatifi cação do Pe. Vítor Coelho

acesso desde a Praça Nossa Senhora Aparecida. A capela, de estilo gótico, com pequenas restaurações, continua abrigando os restos mortais do Pe. Vítor. Também permaneceu o orquidário, como antes já estava disposto. A

novidade fi cou por conta da Capela Maior – para receber as atuais 121 urnas dos

nossos confrades e mais espaço para o futuro, num total de 280 urnas – construída

no antigo chalé do primeiro seminário: Revertere ad locum tuum!

Adotamos o material recomendado pela Vigilância Sanitária para ossuários, com urnas plásticas resistentes a ácidos. A beleza estética do local fi cou garantida por placas de aço escovado, foto e data de nascimento e morte do confrade. Usamos os quartos

laterais como ossuário e a sala central do chalé para a capela propriamente

dita, com um altar do Ir. Simão e bancos reformados da antiga capela do Jardim Paulistano – São Paulo-SP. O museu que lá existia foi para a reserva técnica, sob a guarda do Pe. Victor Hugo, esperando a decisão provincial para transformar todo o “Convento Velho” num signifi cativo espaço-memória

da vida e obra dos Missionários

Page 19: Informativo marabr2015 web

19Informativo da Província

Os 120 anosdos Redentoristas em Aparecida

Na noite do dia 28 de outubro de 1894, grande multidão de pessoas aguardava na estação ferroviária de Aparecida. Esperavam ansiosos os padres e irmãos redentoristas vindos da Alemanha que chegavam ao Brasil para trabalhar no Santuário de Aparecida. Por volta das 22 horas o trem chega à estação, a banda de música começa a tocar e o povo se alegra com o desembarque dos missionários. São saudados calorosamente pela multidão.

Faziam parte desse grupo os padres Lourenço Gahr e José Wendl e os Irmãos Estanislau, Rafael e Simão. Após serem recebidos na estação foram conduzidos e acompanhados pela multidão até a casa do tesoureiro do Santuário, o senhor João Maria de Oliveira César, para o jantar. Depois foram para duas pequenas casas ao lado do Santuário que foram adaptadas para servir provisoriamente de Convento.

No outro dia, pela manhã, os missionários recém-chegados foram conhecer o Santuário e a imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida, a qual acorriam tantas pessoas. Ao adentrarem o Santuário, foram

tomados de grande alegria, celebraram a missa e rezaram aos pés da pequenina imagem pedindo que abençoasse a nova missão.

Passados mais de 120 anos sob as bênçãos da Mãe Aparecida, à sombra de seu santuário, os missionários redentoristas cresceram, expandiram-se e foram abençoados com muitas vocações. Hoje formam uma grande província.

Nestes mais de cem anos, os redentoristas fizeram do Santuário de Aparecida um lugar privilegiado de evangelização e devoção à Mãe de Deus, que recebe anualmente milhões de brasileiros com suas romarias.

Celebrando os 120 anos deste evento, lembramos e saudamos com alegria aqueles pioneiros que aqui chegaram, e rogamos à Mãe Aparecida para que continue abençoando nossa missão e os diversos trabalhos que aqui realizamos.

Fr. Daniel Shandão, C.Ss.R.Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Jd. Paulistano

Nossa senhora Aparecida, rogai por nós!

Ace

rvo

Jorn

alist

a Lú

cio

Mau

ro D

ias

Page 20: Informativo marabr2015 web

20 Informativo da Província

Em 2014 se completaram os 120 anos da chegada dos redentoristas alemães no Brasil para trabalhar em Aparecida-SP e Goiás. Nesta primeira turma de pioneiros havia sete irmãos, alguns ainda eram jovens noviços e outros já tinham mais idade. Esses primeiros irmãos tiveram importância fundamental no início da nova missão redentorista no Brasil, pois foram eles os responsáveis por todo o suporte necessário para a organização e o funcionamento das duas primeiras comunidades redentoristas em Aparecida e Campininhas de Goiás. Os primeiros tempos dessa nova missão foram penosos e difíceis para todos, pois o Brasil era uma terra diferente, com costumes e tradições distintas da alemã.

Aparecida, situada na região mais rica do país, possuía já naquele tempo certa estrutura: estação ferroviária, telégrafo, pequeno comércio, e logo que chegaram foi cedida aos redentoristas uma casa para servir de convento e uma pequena chácara para cultivo de hortaliças. Essa pequena estrutura existente facilitava em parte o trabalho dos irmãos, que nesta fundação tinham uma vida um pouco menos penosa e difícil.

Ao contrário de Aparecida, Campininhas era um lugar perdido no meio do sertão goiano, um vilarejo

completamente isolado de tudo, onde só se chegava a cavalo. A maioria das pessoas vivia na extrema pobreza, praticamente não existia nada ali, tudo tinha que vir de fora. Diante desse cenário desolador, o trabalho dos irmãos foi muito árduo e difícil. Já no início de 1895, a primeira grande tarefa para os irmãos foi iniciar a construção do convento redentorista e a organização de uma pequena fazenda com atividade agropastoril destinada à subsistência da comunidade. Para essa empreitada, foi necessário muito trabalho para limpar e preparar o local da nova casa, cortar madeira nas matas, todos os conhecimentos na área de construção, de carpintaria, marcenaria, e os irmãos ainda tiveram que aprender a lidar com gado, cavalos, mulas, com plantações e a administrar a pequena fazenda.

Eis, pois, um pouco da vida e da história desses sete pioneiros que, com muito esforço, empenho, suor, lágrima e trabalho poucas vezes reconhecido, foram também os responsáveis pela edifi cação de nossa Província Redentorista de São Paulo e da Província Redentorista de Goiás.

Os Primeiros IrmãosRedentoristas alemães no Brasil

Irmão Rafael e Irmão Simão

Page 21: Informativo marabr2015 web

Foi militar de carreira na Alemanha, chegando ao posto de subofi cial, tendo abandonado o exército posteriormente. Homem de temperamento forte ingressou na Congregação em 1888, veio para o Brasil em 1894 ainda como noviço, foi o primeiro dos irmãos da fundação de Aparecida a aprender o português, tornando-se assim o porteiro do Convento.

Em 1899, após sua profi ssão religiosa foi transferido para Goiás; por sua capacidade de domínio da língua portuguesa e pela disposição em sempre aprender novos ofícios tornou--se companheiro inseparável dos missionários nas viagens pelo sertão. Aprendeu canto gregoriano para poder animar as missas na matriz de Campininhas de Goiás.

Foi acometido da tuberculose passando seus últimos anos na casa Penha em São Paulo, onde mesmo se arrastando ia sempre à capela rezar o terço e à via-sacra. Morreu em 14 de novembro de 1906, afi rmando estar feliz por morrer na Congregação.

IRMÃO RAFAEL(Jorge Messner – 1863-1906)

Vinha de uma família alemã muito humilde, era um homem tímido muito simples e por vezes até ingênuo, sempre muito prestativo. Ingressou na Congregação aos trinta e quatro anos em 1889, veio para o Brasil com a primeira turma de redentoristas, indo trabalhar em Goiás, onde com seu ofício de marceneiro ajudou na construção do Convento de Campininhas.

Veio para Aparecida em 1901, mas retornou logo para Goiás, onde manifestou os primeiros sintomas da cegueira. Passou seus últimos anos na casa da Penha, onde mesmo quase que praticamente cego insistia em ajudar nos serviços da casa. Foi sempre um homem de muita oração, passando grande parte de seus últimos dias na capela rezando o terço. Morreu no dia 21 de junho de 1916, mesmo nunca tendo aprendido a falar o português, foi um redentorista zeloso que dizia estar feliz por ajudar os padres na salvação das almas.

IRMÃO GEBARDO KONZET(1855-1916)

Nasceu em Dening, na Alemanha, fi lho de lavradores muito pobres, perdeu a mãe aos três anos de idade, sendo criado pelo pai, aos treze anos teve a oportunidade de participar de uma missão pregada pelos redentoristas, fi cou encantando com os missionários, mas por sua condição não pôde ingressar na Congregação. Trabalhou por vários anos para uma rica senhora inglesa, lutou ainda na Guerra Franco-Prussiana (1870), tendo sido condecorado com uma medalha.

Ingressou na Congregação aos vinte e oito anos em 1870, mas como as ordens religiosas estavam proibidas na Alemanha, permaneceu como empregado em nossa casa, podendo professar somente em 1888. Quando soube da vinda de missionários para o Brasil, ele se

IRMÃO ESTANISLAU(Pedro Scraffl – 1842-1920)

Page 22: Informativo marabr2015 web

Entre todos os sete irmãos que vieram na primeira turma de missionários para o Brasil, pode afi rmar-se que o Irmão Norberto foi quem no fi m da vida enfrentou o maior sofrimento. Nascido em 1857, vindo de uma família muito humilde e pobre, desde a infância já trabalhava para garantir seu sustento, sempre muito sincero, íntegro e religioso. Ingressou na Congregação fazendo sua profi ssão em 1888, veio para o Brasil em 1894, sendo adscrito à casa de Goiás e depois indo morar em Aparecida, Penha e Araraquara, sempre exercendo o ofício de cozinheiro. Homem de muita fé, sempre rezava em voz alta em sua cozinha enquanto trabalhava, nunca aprendeu a falar o português, assim sempre se manteve dentro do convento, tendo pouco ou nenhum contato com estranhos.

Quando estava em Araraquara, começou a sentir terríveis dores e inchaço nos pés; após exames, fi cou diagnosticado que ele estava com hanseníase (lepra); por esse motivo foi internado no leprosário Santo Ângelo. Passou seus últimos dias na mais profunda solidão e isolamento, sua vida se resumia ir do quarto para a capela e vice-versa. Após muitos sofrimentos faleceu no dia 3 de abril de 1935.

IRMÃO NORBERTO(Miguel Wagenlehner – 1857-1935)

ofereceu para fazer parte da missão; chegando ao Brasil foi adscrito para casa de Aparecida, onde permaneceu por dez anos, destacando-se na ajuda aos pobres, no trabalho e na simplicidade de trato.

Depois foi transferido para Goiás, Perdões e Araraquara, sendo um exemplo de simplicidade e de oração. Faleceu no dia 8 de novembro de 1920, em Araraquara, aos 78 anos de idade.

Este homem, sem a menor sombra de dúvida, foi o mais talentoso dos primeiros irmãos que vieram para o Brasil. Filho de uma família muito pobre e muito religiosa, desde muito cedo manifestou o desejo de ser religioso. Gozava sempre de muita boa saúde, muito religioso, piedoso e sempre disposto para o trabalho. Chegando ao Brasil, foi designado para Goiás, lá teve como primeira atividade ser auxiliar na construção do Convento Redentorista; saía pela manhãzinha, sozinho ou com algum outro companheiro, para as matas, a fi m de cortar madeira, e só retornava no fi nal da tarde; trabalhou de pedreiro e carpinteiro.

Quando os missionários já estavam mais estabelecidos em Goiás, irmão Ulrico passou a utilizar outros de seus muitos talentos: começou a cantar e a tocar harmônio nas missas solenes, algo que trouxe beleza e encanto para o povo. Outra atividade desenvolvida pelo Irmão Ulrico em Goiás foi a fabricação de vinho, dentre eles, o de tucum, que foi até premiado em um concurso no Rio de Janeiro.

Após muitos anos em Goiás, foi transferido para Araraquara, onde terminou seus dias; sempre animado gostava de contar suas proezas pelo sertão goiano, trabalhou o quanto pôde e morreu tranquilamente no dia 13 de junho de 1946, em Araraquara.

IRMÃO ULRICO(José Kammermeier – 1867-1946)

22 Informativo da Província

Page 23: Informativo marabr2015 web

23Informativo da Província

Irmão Simão foi o último da primeira turma a falecer, veio para o Brasil em 1894 ainda como noviço, fez sua profi ssão religiosa na Congregação somente em 1899. Pessoa encantadora, muito humilde, piedoso, gostava de estar sempre presente nos momentos comuns da comunidade. Trabalhou em Goiás até 1913, depois veio para Aparecida, esteve por um tempo em Cachoeira do Sul, voltou novamente para Aparecida e foi transferido pela última vez para São João da Boa Vista.

Sempre nos lugares onde morou, exerceu o ofício de marceneiro. Calcula-se que o Ir. Simão tenha feito mais de 40 altares, entre eles o da Capela do Convento Velho em Aparecida, e ainda é de sua autoria o forro da Igreja do Perpétuo Socorro em São João da Boa Vista.

Trabalhou até o fi nal da vida, quando as forças não mais o permitiram, passou a dedicar-se à oração, principalmente a reza do terço; morreu no dia 26 de janeiro de 1959, de forma calma e serena, tinha 91 anos de idade, vivera como redentorista por 65 anos.

IRMÃO SIMÃO(Corbiniano Veicht – 1866-1959)

Era natural de Linz, na Áustria, aprendeu com o pai o ofício de alfaiate, ingressou na Congregação em 1892, por intermédio de seu irmão que também era religioso redentorista. Em 1894, Ir. Floriano era o alfaiate da comunidade de Gars; quando soube da vinda de missionários para o Brasil, ele se ofereceu para vir, chegando aqui foi adscrito a Goiás.

IRMÃO FLORIANO(Vicente Grilhisl – 1872-1930)

Irmão Floriano

Irmão Noberto

Irmão Estanislau

Page 24: Informativo marabr2015 web

24 Informativo da Província

Celebrando os 120 anos da fundação, estamos fazendo memória e honrando a esses homens que, com espírito missionário, força de vontade e empenho, ajudaram a levar adiante o sonho de Afonso de lavar o Evangelho aos pobres e abandonados. Os pioneiros não morrem jamais, mas vivem em nós e nos inspiram a continuar a missão de gastar os nossos dias pela redenção.

Fr. Daniel Benedito A. S. Siqueira, C.Ss.R.Comunidade Redentorista do Alfonsianum

REFERÊNcIAs BIBlIogRáFIcAsBRUSTOLONI, J. J., GOMES, João P. A História da Província Redentorista de São Paulo 1894 a 1964. Aparecida-SP, 1991.LORENA, Isac Barreto. Aqueles que nos precederam. Aparecida-SP: CERESP, 1999.PAIVA, Gilberto. A Província Redentorista de São Paulo: 1894-1955. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 2007.WERNET, Augustin. Os Redentoristas no Brasil. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 1997. Vol. I. WIRGGERMANN, Gebardo. GAHR, Lourenço. Crônica da Fundação da Missão Redentorista em São Paulo e Goiás 1894 a 1898. Trad. José Braz P. Gomes. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 1982.

Em Goiás, este Irmão fazia de tudo um pouco: ajudava na cozinha, lavava as roupas da comunidade religiosa etc. Mas sem dúvida sua maior contribuição foi a de ser o primeiro membro da comunidade que aprendeu satisfatoriamente o português, assim era ele o responsável por fazer as compras, por intermediar e traduzir as conversas sobre questões importantes entre os redentoristas alemães e os brasileiros, era o responsável no início pela catequese dos romeiros em Trindade durante a festa do Pai Eterno.

Irmão, vendo a latente falta de padres no Brasil, passou a nutrir o desejo de tornar--se sacerdote, manifestou essa vontade a seus superiores que, conhecendo sua boa índole, permitiram que começasse os estudos dos manuais de Filosofi a e Teologia. Em pouco tempo já dominava bem a maioria dessas disciplinas e assim em 1900 ele era ordenado padre em Aparecida.

Deste modo, saía o Ir. Floriano e entrava em cena o Pe. Vicente Grilhisl, missionário ardoroso, dedicado e esforçado que nunca deixou sua pouca formação intelectual interferir no desempenho de sua missão. Trabalhou em Aparecida, Goiás, na Penha, sempre agindo de modo simples, amoroso, gostava de estar entre os mais pobres, era muito procurado como confessor.

Em 1924, Pe. Vicente foi transferido para Araraquara, sua saúde não era a mesma e já começava a declinar, mas mesmo assim ele continuou suas atividades com a mesma intensidade. Nessa mesma cidade, indo visitar um doente, ele sofre um acidente de carro que afeta sua coluna e lhe traz diversas complicações; ele passa meses de grande sofrimento até falecer no dia 20 de março de 1930.

Primeira turma de redentoristas no Brasil

Page 25: Informativo marabr2015 web

25Informativo da Província 25Informativo da Província

Quando os redentoristas alemães foram convidados para vir trabalhar no Brasil, em 1894, estabeleceram suas casas em Aparecida (SP) e Campinas de Goiás (GO). A província bávara não tinha tradição missionária, mas vendo o povo nos santuários e cheios de zelo apostólico, vendo a ignorância religiosa e a pobreza do povo brasileiro, logo pregaram a primeira missão de uma semana, alguns anos depois, em Areias (SP). Desde então as missões se sucederam ininterruptamente. Em 1901, foi solicitado ao padre Brandow, holandês, que fi zesse um Segundo Noviciado para os alemães, preparando--os nas tradições missionárias.

Na medida do possível, aqueles valentes missionários iam pregando e depois, junto com os neossacerdotes

Grandes MissionáriosAjudaram a construir nossa Província

brasileiros, foram entendendo a “alma do povo”, que é a piedade popular. Com isso, as missões redentoristas foram atualizando-se, inculturando--se, como se costuma dizer hoje. Procissões, levantamento de cruzeiros missionários, entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida no trabalho missionário e missãozinha de crianças, além de outras cerimônias, como a bênção da saúde, que foi um chamariz para a afl uência enorme do povo às missões.

O que mais impressionava e conquistava o povo era a dedicação dos missionários. Dias e noites no confessionário ou visitando doentes eram, na verdade, uma disponibilidade a toda prova.

Missão Redentorista

Page 26: Informativo marabr2015 web

26 Informativo da Província

De acordo com o relatório (dezembro de 2013) da Cúria Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, em Roma, os redentoristas estão presentes em 79 países e somam 5.049 religiosos. Deste total, 53 são bispos, 3.909 padres, 430 irmãos, 88 noviços e 645 estudantes. Somente no Brasil, são 620 religiosos redentoristas, o que representa 12% do total da presença Congregação no mundo.

A primeira comunidade redentorista no Brasil foi fundada no começo do ano de 1894, em Juiz de Fora-MG, por missionários que vieram da Holanda, e que mais tarde originou a Província Rio/Minas. Em outubro do mesmo ano chegaram os redentoristas da Alemanha, que deram a origem para a Província de São Paulo, Porto Alegre e Goiás. A Província de Campo Grande (Paraná e Mato Grosso) foi fundada pelos redentoristas norte-americanos.

Além dessas cinco Províncias, no Brasil há mais quatro Vice-Províncias: Recife, fundada por holandeses, Manaus, por norte-americanos, Fortaleza, por irlandeses, e Bahia, por poloneses.

Essa diversidade fundacional fez com que os trabalhos pastorais dos redentoristas no Brasil assumissem os mais diversos campos, desde as missões populares, passando pelos santuários, paróquias, educação, meios de comunicação, formação de novos missionários e inserção popular. De fato, o Brasil é o país do mundo que tem o maior número de redentoristas.

REdENtoRIstAs FloREscEm No BRAsIl

RedaçãoJornal Santuário

São mais ou menos 620 padres, irmãos e junioristas, o que corresponde a 12% dos missionários redentoristas espalhados por 79 países do mundo.

Entre os muitos e grandes missionários, trazemos à memória a figura do Pe. Estevão Maria Heigenhowser. Homem carismático, soube adaptar os métodos europeus e, sobretudo, criou coisas novas, próprias para o Brasil. Desde então a missão paulista teve e tem um grande trunfo nacional, que se chama Nossa Senhora Aparecida. É incontestável o fato de essa imagem tão pequenina atrair multidões de brasileiros. Ela se tornou a Grande Missionária, Rainha das Missões e Mãe das Comunidades. Mas na esteira de sua bênção se encontram os missionários redentoristas, propagando seu culto e devoção e organizando as comunidades eclesiais.

gRANdEs mIssIoNáRIos

Padre Estevão Maria Heigenhauser

Page 27: Informativo marabr2015 web

27Informativo da Província

Pelas Províncias e Vice-Províncias 6.

O primeiro redentorista brasileiro professo

é preciso mergulhar na histÓria para extrair tesouros!

José Ferreira Caminha (18.11.1841-10.10.1861) era filho de comerciante, natural de Aracati (CE). Sua família era integrante da Irmandade do Senhor do Bonfim, em sua terra natal, e seus parentes eram religiosos, escritores e políticos. Ainda jovenzinho foi estudar línguas e comércio na Alemanha, na França e Inglaterra. Dado seus talentos, logo se tornou conhecedor do latim, do francês, do alemão e do inglês, além do português.

Durante sua estada na Inglaterra, começou a participar das Associações Católicas que colaboravam com os mais necessitados. Em Liverpool, onde 30% da população era formada de imigrantes irlandeses, conheceu os redentoristas. Lá continuou com seu modo prático de solidariedade cristã, sendo vicentino e colaborando com as Comunidades Católicas. Em abril de 1861, decidiu ingressar na Congregação fundada por Santo Afonso Maria de Ligório, C.Ss.R. (1696-1787). No Ceará, quando sua família soube da nova iniciativa vocacional de José Ferreira Caminha, todos ficaram muito contentes. Eles bem sabiam de suas qualidades humanas e espirituais.

Devido a sua maturidade espiritual e preparo acadêmico, iniciou o noviciado redentorista em 29 de junho de 1861. Era um jovem que despertava admiração pela simplicidade, inteligência, piedade e praticidade.

Depois de 90 dias de noviciado agravou- -se seu estado de saúde. Por isso, fez sua consagração religiosa redentorista “in articulo mortis” (no leito de morte). Faleceu em consequência da tuberculose, em 10 de outubro de 1861, e foi sepultado no dia seguinte, na igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Liverpool.

Este cearense que muito meditava os Mistérios da Redenção, grande devoto de Nossa Senhora, foi o primeiro redentorista brasileiro professo. Viveu apenas vinte anos, mas suas lembranças e boas obras ainda ecoam na história dos redentoristas!

Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R. Comunidade Santa Teresinha – Noviciado

Page 28: Informativo marabr2015 web

28 Informativo da Província

Madre Felicy Braga Fundadora da congregação das mensageiras do amor divino

Madre Felicy Braga é a fundadora da Congregação das Mensageiras do Amor Divino (MAD). Seu nome de batismo é Felicidade de Lourdes Braga, mas carinhosamente é conhecida por Madre Felicy. Ela morreu aos 87 anos, no dia 15 de novembro de 2014, depois de um longo período de enfermidade.

Madre Felicy nasceu no dia 4 de abril de 1927, filha de Júlio Machado Braga e Marieta Vilela Braga; ambos brasileiros e professores. Dos pais, cristãos, piedosos, herdou a energia e a vocação ao magistério.

A fundação da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, Madre Felicy dividiu com o Missionário Redentorista, padre Eduardo Henrique Moriarty, C.Ss.R., que foi seu diretor espiritual e confessor. Unidos pelo ideal do “Amor Divino”, Madre Felicy e Padre Eduardo fundaram em 1954, em Aparecida, a Congregação das Mensageiras do Amor Divino, com o intuito de irradiar o amor do Sagrado Coração de Jesus, expressão humana do “Amor Divino”.

Padre Moriarty ainda reside na mesma casa onde tudo começou e junto às irmãs vive

o carisma e a missão que Deus inspirou em seu coração e no de Madre Felicy.

Madre Felicy Braga

Page 29: Informativo marabr2015 web

29Informativo da Província

Dom Alfredo Novak missionário redentorista, bispo emérito de paranaguá

Faleceu na madrugada do 4 de dezembro de 2014 o bispo emérito de Paranaguá (PR), dom Alfredo Ernest Novak, C.Ss.R. Ele foi o segundo bispo de Paranaguá, tendo como lema “Enviou-me a proclamar a Boa-Nova”.

Missionário Redentorista, dom Alfredo nasceu em Dwight, Nebraska, nos Estados Unidos, no dia 2 de junho de 1930, filho de Frank Novak e Mary Tomes. Fez seus estudos nos seminários redentoristas e foi ordenado padre no dia 2 de junho de 1956.

Depois de ordenado, foi enviado para o Brasil para atuar como missionário na Amazônia, permanecendo na região até 1968. Fixando-se definitivamente no país, dom Alfredo teve intensa atuação nas atividades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde exerceu as funções de assessor do Setor de Meios de Comunicação Social e secretário executivo da Campanha da Fraternidade (CF), no período de 1968 a 1979.

Sua nomeação para o episcopado ocorreu em 28 de abril de 1979, por decisão do papa João Paulo II, sendo designado bispo auxiliar da região Lapa de São Paulo.

Dom Alfredo motivou a construção do Seminário Senhora do Rocio em Campina Grande do Sul (PR). Incentivou profundamente a devoção a Nossa Senhora do Rosário do Rocio, levando sua imagem a todas as paróquias do Paraná, passando pelos 399 municípios paranaenses durante três anos, preparando o Jubileu do Novo Milênio no ano 2000.

Em 15 de novembro de 1999, na festa anual de Nossa Senhora do Rocio, reuniu em Paranaguá cinquenta mil devotos, com a presença de todos os bispos do Paraná.

Em seu ministério episcopal criou novas paróquias em Paranaguá, Pontal do Sul e Campina Grande do Sul. Levou diversas congregações femininas para a diocese. Ordenou diversos padres diocesanos. Declarou a igreja de Nossa Senhora do Rocio como Santuário Diocesano e os bispos a declararam Santuário Estadual, em 2004.

AtuAção NA dIocEsE dE PARANAguá

Page 30: Informativo marabr2015 web

30 Informativo da Província

7. Notícias e Informações

Quem é oMissionário Redentorista

É o homem da palavra, da pregação simples e facilmente compreendida, sendo acessível a todos. É o homem do confessionário, do atendimento de todos e o facilitador de milhares de conversões e volta para Deus. É o homem do amor extremado à Igreja, da unidade com seus pastores e o orientador de comunidades.

É o propagador da devoção a Nossa Senhora. É aquele que valoriza e celebra a religiosidade popular. É comunicador de massa, que comunica pelas mídias eletrônicas, com linguajar simples e acessível à multidão. É aquele que tem uma facilidade muito grande de arrebanhar multidão e encaminhá-la para a via de comunidade.

É formador de comunidade e preparador de lideranças. Ele tem um trabalho subsidiário na pastoral ordinária.

Que o nosso modo de viver e agir seja a extensão ou a materialização da paixão ágape que trazemos em nós.

Page 31: Informativo marabr2015 web

31Informativo da Província

Jubileu da Confraria deNossa Senhora do Perpétuo

Socorro em CampinasAo longo do século XIX, depois de várias

tentativas frustradas, as dioceses de São Paulo e de Goiás fizeram um pedido ao Governo Geral da Congregação do Santíssimo Redentor em Roma, para que os redentoristas criassem uma fundação da Congregação em solo brasileiro.

Finalmente as duas solicitações foram aceitas pelo Governo Geral, e, no dia 31 de julho de 1894, nascia a Missão Redentorista de São Paulo e Goiás. A primeira equipe composta por 13 missionários redentoristas veio da Alemanha, Bavária, com destino aos dois estados brasileiros. A turma destinada a Aparecida chegou à cidade no dia 28 de outubro de 1894.

Vieram posteriormente outros missionários para São Paulo e de outras nacionalidades, como poloneses, americanos, irlandeses, canadenses, portugueses e belgas para o Brasil,

e logo se espalharam pelo Brasil. Hoje são nove unidades, com aproximadamente 600 confrades batalhando arduamente na pregação das Santas Missões, no ensinamento da Doutrina Moral de Santo

Basílica de Nossa Senhora do Carmo de Campinas - SP

Page 32: Informativo marabr2015 web

32 Informativo da Província

Afonso, estando à frente das Pastorais nos Santuários de Aparecida e de Trindade, e de tantas outras igrejas e comunidades em que atuam. Após tantos anos de trabalho nas Santas Missões, surgiu, de forma autônoma, em 1944, a Província Redentorista de São Paulo.

Em Campinas, na Basílica do Carmo, a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro teve início no dia 11 de novembro de 1963, surgindo por devoção da Sra. Angelina Russo Tafner e de sua família, que vieram da cidade de Socorro para residir em Campinas. Ela doou uma imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para a Igreja do Carmo, ocasião em que Monsenhor Geraldo Azevedo chamou o Pe. Orlando Gambi, missionário redentorista, para dar início à Novena. Esta foi uma ocasião muito festiva, com a bênção da imagem. Posteriormente veio de Roma o Quadro que foi entronizado nessa Basílica.

Em 1964 Pe. Orlando Gambi retornou à Basílica do Carmo, para fundar a Confraria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sendo sua primeira coordenadora a Sra. Angelina Tafner, depois sua filha Mafalda Tafner, seguida de Júlia Aoki, Filomena Campana Ribeiro, Cinira Fernandes e Maria Inês Ribeiro. Há 50 anos um grande número de devotos, todas as quartas--feiras, às 15 horas, em união com o mundo inteiro, reza a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para que a “Copiosa Redenção” seja de fato abundante para todos nós.

Hoje damos continuidade à veneração do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, propagando sua Novena Perpétua. Esta é uma herança que recebemos e que deixaremos para aqueles que um dia vão nos suceder.

Por tudo isso, é tempo de agradecer à Santa Mãe de Deus as maravilhas que opera em cada um de nós, pedindo proteção para os redentoristas, para a confraria, para o Nosso Pároco Cônego Jeronymo Antonio Furian, que sempre nos incentiva e nos apoia em nossa devoção, e para todos os devotos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

EstAmos Em FEstA E FAzEmos HIstóRIA

Filomena Campana Ribeiro Maria Inês Ribeiro

Campinas

Pe. Orlando Gambi, C.Ss.R. Redentorista que foi o iniciador da arquiconfraria

Page 33: Informativo marabr2015 web

33Informativo da Província

Os novos governos(Vice-) Provinciais

Governo da Província de Goiás | Governo da Vice--Província de Fortaleza | Governo da Vice-Província de Recife | Governo da Vice-Província de Salvador | Governo Provincial do Rio de Janeiro | Governo Provincial de Campo Grande | Governo Provincial de Porto Alegre | Governo da Vice-Província de Manaus

As nove unidades da Congregação aqui no Brasil estão com seus superiores eleitos para o quatriênio 2015-2018. Todos, juntamente com seus governos, tomaram posse entre fins de dezembro do ano passado e início de janeiro deste ano. Deles, sete vão prestar este serviço em sua unidade pela primeira vez. O provincial de Porto Alegre e o Vice-Provincial de Recife já exerceram o cargo anteriormente, em triênios passados.

Os novos superiores das unidades brasileiras, portanto, são: Pe. Robson de Oliveira, Goiás; Pe. Rogério Gomes, São Paulo; Pe. Américo, Rio de Janeiro; Pe. Henrique Aparecido, Campo Grande; Pe. Edézio Borges, Porto Alegre; Pe. Geraldo Freire, Recife; Pe. Roque Silva, Salvador; Pe. Ronaldo Mendonça, Manaus; e Pe. Domingos Marinho, Fortaleza.

Nas fotos apresentamos todos os Governos Provinciais das nove unidades redentoristas do Brasil.

Governo Provincial de São Paulo

Page 34: Informativo marabr2015 web

34 Informativo da Província

Visita do governoprovincial às comunidades da província

Nos meses de novembro e dezembro de 2014, preparando o início de mais um quadriênio e as necessárias mudanças das comunidades, com a transferência de muitos de seus membros, o Governo Provincial eleito visitou todas as comunidades da Província, encontrando-se também com as lideranças das Comunidades Pastorais. No dia 11 de janeiro, saiu a Circular Provincial com a composição das comunidades da província e, em fevereiro, saiu a composição de todas as comissões, secretariados, conselhos e demais organismos da província.

As fotos retratam alguns dos momentos marcantes das visitas às comunidades.

Junioristas e Postulantes - Sorocaba - SP

Page 35: Informativo marabr2015 web

35Informativo da Província

Page 36: Informativo marabr2015 web

36 Informativo da Província