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  • 7/25/2019 Informativo - IPEF Notcias - Fev/2010

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    IPEF Notcias - Janeiro/Fevereiro de 2010

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    O ms de fevereiro marcou o lanamentode outra importante contribuio do IPEFpara o setor florestal brasileiro. Com basenos estudos conjuntos entre o Programade Proteo Florestal (PROTEF) , a Fa-culdade de Cincias Agronmicas da Unespe a Embrapa Meio Ambiente, acerca de umadas pragas exticas do eucalipto de grandepreocupao, o Instituto lanou o Docu-mento Tcnico IPEF n 2 , que apresentaa metodologia de criao em laboratrio dopsildeo-de-concha e de seu parasitide.

    A utilizao de qumicos para o controle

    desta praga no recomendada, haja vistaos altos custos, a agresso ao meio am-biente e o efeito temporrio do mtodo. Assim, o controle biolgico atravs de umparasitide mostrou-se a forma mais eficaz. A vespaPsyllaephagus bliteus se caracterizapor ser o inimigo natural especfico dopsildeo-de-concha e j foi empregadonos Estados Unidos e no Mxico, tendocontrolado a praga no campo. No Brasil,foi introduzido acidentalmente, junto coma praga. O parasitismo ocorre porqueP. bliteus usa a praga como hospedeirode suas larvas, que so vermiformes e sedesenvolvem na cavidade abdominal daninfa do psildeo-de-concha, consumindoseus rgos internos.

    Bastante detalhado e ilustrativo, oDocumento Tcnico revela a metodologiacompleta para a criao da praga e de seuparasitide em laboratrio, bem comoa infra-estrutura e materiais necessrios. A descrio envolve desde o manejo dasmudas de eucalipto, estrutura do labora- trio e confeco das gaiolas de criao,at a indicao de dados morfolgicos ebiolgicos sobre os insetos. Aps a criaono prprio hospedeiro, os parasitides soperiodicamente liberados em reas infes-

    Lanado Documento Tcnico sobre criao dopsildeo-de-concha e seu parasitide

    tadas pela praga. O documento tambmdescreve as formas de preparo e liberaoda vespa no campo.

    De acordo com Carlos F. Wilcken, pro-fessor da Unesp/Botucatu e coordenadorcientfico do PROTEF, a captura dos insetosno campo feita por meio de armadilhasamarelas adesivas, que possuem uma colaespecial. a forma mais prtica, j que tantoa praga quanto seus parasitides so atrados pela cor amarela, explica Wilcken.

    O documento baseado no ProjetoCooperativo de Controle Biolgico do Psil-

    deo-de-Concha em Florestas de Eucalipto,que, desde 2003, realiza o monitoramentopopulacional da praga e de seus inimigos na-

    turais. A criao realizada no Laboratriode Controle Biolgico de Pragas Florestaisda Faculdade de Cincias Agronmicas, daUnesp, em Botucatu, e no Laboratrio deQuarentena Costa Lima, da EmbrapaMeio Ambiente, em Jaguarina.

    Os estudos foram financiados pelasempresas florestais Acesita Energtica, Aracruz, ArcelorMittal Florestas, CENIBRA,Eucatex, Suzano, Duratex, International Pa-per, Jari Celulose, Klabin, Plantar, Lwarcel,Ramires, Satipel, V&M, Veracel e Fibria. Aideia acompanhar o parasitismo e geraruma tecnologia de criao da praga e deseu inimigo natural, adaptada s condiesbrasileiras, e que as empresas ou terceirasiro produzir, afirma Wilcken.

    Atualmente, as pesquisas esto integra-das ao Projeto Cooperativo de Manejode Pragas Exticas do Eucalipto, iniciadooficialmente em maio do ano passado, e queengloba outras duas pragas: o percevejobronzeado e a vespa-de-galha.

    Assinam a autoria do documento oprofessor Carlos Frederico Wilcken (FCA/UNESP e PROTEF), o pesquisador Luiz

    Alexandre Nogueira de S (Embrapa Meio Ambiente), o engenheiro agrnomo MrioHenrique Ferreira do Amaral Dal Pogetto,os engenheiros florestais Eduardo Brasildo Couto e Pedro Jos Ferreira Filho, e abiloga Daniela Cristina Firmino-Winckler.

    Entitulado Sistema de criao dopsildeo-de-conchaGlycaspis brimblecombei(Hemiptera: Psyllidae) e de seu parasiti-de Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera:Encyrtidae) para programa de controlebiolgico em plantaes de eucalipto, oDocumento Tcnico IPEF n 2 pode ser

    acessado na forma digital no endereo www.ipef.br/publicacoes/doctecnicos/

    O Psildeo-de-ConchaOriginria da Austrlia, a praga apresen-

    ta tamanho reduzido e tem alta capacidadede reproduo, se disseminando em ritmoacelerado e causando grandes perdas deproduo, fato j verificado nos EstadosUnidos, em 1998, e no Mxico, em 2000.No Brasil, o psildeo-de-concha foi observa-do pela primeira vez em junho de 2003, emMogi Gua, SP, estando presente em reasexperimentais deEucalyptus camaldulensis eE. tereticornis , e em plantios comerciais deE. urograndis. Em pouco tempo, a espciese espalhou por diversos municpios dosestados de So Paulo, Minas Gerais, Gois,Paran e Mato Grosso do Sul. Hoje, a praga tem causado surtos em perodos mais secosdo ano e j foi verificada em quase todas asregies do Brasil Sudeste, Centro-Oeste,Nordeste (Bahia, Maranho e Piau) e Norte(Tocantins). A espcie mais suscetvel aopsildeo-de-concha oEucalyptus camaldu-lensis, seguido deE. tereticornis . Os hbridosE. grandis x E. camaldulensis , eE. grandis x E.urophylla, das procedncias Timor e Flores,formam um segundo grupo.

    Aguardado por pesquisadores e associadas, o material foi publicado pelo IPEF em fevereiro

    Como identificar a praga As plantaes de eucalipto infectadas geralmente apresentam as seguintes caracterst

    - pequenos cones brancos nas folhas, semelhantes a conchas, que so constitudas de ceaucares e formados pela excreo do inseto;- formao de galhas (devido a injeo de saliva txica);- super brotamento;- aparecimento de fumagina (fungo preto saprfita que se desenvolve sobre as excreaucaradas que o inseto elimina);- reduo no tamanho e deformao das folhas;- secamento de ponteiros (que ocorre sempre da parte superior da copa para base da rvore);- reduo da rea de fotossntese e do crescimento das rvores.

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    IPEF Notcias - Janeiro/Fevereiro de 2010

    Lanados dois novos programas cooperativosO IPEF iniciou o ano de 2010 com o

    lanamento de dois programas coope-rativos, que apresentam propostas de trabalho bastante diferenciadas em relao

    aos programas existentes:ProgramaCooperativo de Silvicultura de Nativas(PCSN) e Programa CooperativoFloresta Estadual Edmundo Navarrode Andrade (PC-FEENA) . As equipesresponsveis esto trabalhando nos planosde execuo, a fim de estabelecer diretrizese ajustar as condies para iniciar efetiva-mente os trabalhos.

    O Programa Cooperativo de Silviculturade Nativas tem como meta inicial concentrarexperincias em relao s florestas nativas,usando esse conhecimento para otimizar arecuperao das reas de vegetao nativa,reserva legal (RL) e reas de preservaopermanente (APPs).

    O desenvolvimento de tcnicas silvicul- turais que visam a restaurao tem grandeimportncia, j que a manuteno dasreservas de florestas nativas uma garantiade sustentabilidade das florestas plantadas,alm de haver uma cobrana da sociedadeem relao ao assunto. A demanda pelo tema foi identificada no Workshop IPEF2020, realizado em maio do ano passado,que buscava apontar tendncias para a ela-borao de um Plano de Ao do Institutopara os prximos 10 anos. Ainda que asempresas j desenvolvam seus prprios tra-balhos ligados restaurao, decidiu-se queaes conjuntas dariam agilidade e eficinciaao processo. Para aprofundar as discusses,organizou-se a Reunio Tcnica Silviculturade Nativas aplicada restaurao, ocorridano ltimo ms de outubro, a fim de definiraes prioritrias para aliar a silviculturade nativas restaurao. No dia 28 de

    janeiro, o PCSN foi consolidado, duranteuma reunio que envolveu representantesdas empresas interessadas e pesquisadoresda rea acadmica.

    O programa prev ainda orientaono que se refere ao aspecto legal que

    envolve a restaurao, com vistas adoode um modelo que alm de cumprir umadeterminao legal, tambm gere benefcioeconmico, com a diminuio dos custos e,conseqentemente, gerao de recursospara produtores parceiros.

    Outro diferencial do PCSN o esta-belecimento de um Conselho Consultivo,que cumprir o papel da coordenaocientfica. Esse conselho ser formado porprofissionais de diversas instituies deensino e pesquisa. Dessa forma, amplia-seo grau de sinergia no que se refere orien- tao cientfica dos experimentos a sereminiciados. Na coordenao geral, o PCSNconta com a consultora de Meio Ambiente,Maria Jos Brito Zakia.

    Por sua vez, o Programa CooperativoFloresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade foi originado de um acordo entreo IPEF e a Floresta Estadual EdmundoNavarro de Andrade (FEENA), em RioClaro, firmado no segundo semestre doano passado. Com a adeso das empresasao projeto, optou-se por torn-lo umprograma cooperativo. O acordo permitiu

    que o IPEF coletasse espcies do gneroEucalyptus no local.O objetivo comparar o desenvolvi-

    mento de materiais puros com os plantiosclonais e seminais usados hoje comercial-mente, possibilitando a anlise de seus

    potenciais. Portanto, sero analisados mate-riais da FEENA provenientes de plen e desementes, que sero colhidas, beneficiadase distribudas pelo IPEF para as empresase para a Estao Experimental de CinciasFlorestais de Itatinga, da Esalq/USP.

    Empresas de diversos locais do Brasile do exterior j confirmaram a adeso aoPC-FEENA, interessadas na possibilidadede conhecer o potencial desses materiais eampliar sua diversidade gentica, por meiodas pesquisas com espcies encontradasna FEENA. A diversidade de organizaesparticipantes permitir o zoneamentodos materiais em solos e climas distintos,enriquecendo a base de dados dos expe-rimentos, que sero iniciados no segundosemestre deste ano.

    O Programa Cooperativo Floresta Esta-dual Edmundo Navarro de Andrade estsendo coordenado pelos professores dsonSeizo Mori (FCA/UNESP) e Mrio LuizTeixeira de Moraes (FEIS/UNESP), almde Paulo Henrique Mller da Silva e IsraelGomes Vieira, ambos do IPEF. A equipeconta ainda com o apoio de pesquisadores

    do Departamento de Cincias Florestais daEsalq/USP, tais como Rildo Moreira e JooCarlos Teixeira Mendes.

    No incio do sculo passado, o agrno-mo Edmundo Navarro de Andrade intro-duziu grandes quantidades de espcies deeucalipto na FEENA, tornando-a refernciana rea de pesquisas do gnero. Portanto,o PC-FEENA apresenta uma motivaohistrica, j que o local pode ser conside-rado o bero do eucalipto e conta comdiversas espcies.

    A troca de experincias e as pesquisasconjuntas que integram os programascooperativos do IPEF resultam em valorcientfico que otimiza os negcios dos par- ticipantes. Os dois programas cooperativoslanados esto abertos a participao deoutras empresas interessadas.

    Um dos talhes da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade.

    Primeira reunio sobre Silvicultura de Nativas

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    PTSM comemora 15 anos de existncia em 2010No dia 15 de dezembro de 1995, o IPEF

    realizava a reunio de criao doProgramaTemtico de Cultivo Mnimo (PTCM) ,na Fazenda Entre Rios, rea da Suzano,

    em Itatinga, SP. O seu objetivo inicial erademonstrar cientfica e tecnicamente a viabilidade do uso do cultivo mnimo emplantaes florestais. Alm deste, outros temas relacionados ao manejo florestal esilvicultura foram incorporados ao pro- grama, e desta forma, em 1998, passou ase denominarPrograma Temtico deSilvicultura e Manejo (PTSM) .

    O PTSM celebra em 2010 seu dcimoquinto aniversrio. O programa tem comocoordenador cientfico Jos Leonardo deMoraes Gonalves, professor da Esalq/USP desde 1988 e atual chefe do Depar-

    tamento de Cincias Florestais. Ana PaulaPulito e Jos Carlos Arthur Junior atuamna coordenao tcnica.

    Trajetria A idia de criar o PTCM partiu do

    prprio professor Leonardo, que apostavano potencial do cultivo mnimo do solo.Tambm estiveram frente da criao osengenheiros florestais Luiz Moro,VanderleiBenedetti, Silas Zen e Jos Luiz Gava.

    Outros professores e pesquisadores tiveram papel importante na consolidaodo programa, como Fernando Seixas, JosLuiz Stape e Jean-Paul Laclau.

    A tcnica de cultivo mnimo do solo ganhou fora no final da dcada de 80 e incioda dcada de 90, quando ficou prementea necessidade de adotar procedimentosconservacionistas para o manejo do solo,como a abolio da queima para a limpezados terrenos e o mnimo revolvimento eexposio do solo. Forma no convencional

    de cultivo, a tcnica consiste na manutenodos resduos vegetais (serapilheira e sobrasda colheita) sobre o solo, seguido do preparolocalizado nas linhas ou covas de plantio.

    O experimento que deu origem aoPTCM foi instalado em setembro de 1995em uma rea de reforma florestal deEucalyptus grandis. O trabalho avaliou oquanto a queima, a remoo dos resduosflorestais, o preparo mnimo e intensivo dosolo influenciava a ciclagem de nutrientes, afertilidade do solo e o crescimento das rvo-res. Em 1996, o experimento foi integradoa uma rede internacional de pesquisa doCenter for International Forestry Research(CIFOR), formada por pesquisadores da frica do Sul, Austrlia, Brasil, China, Congo,Estados Unidos, Frana, ndia e Indonsia.

    O programa como o conhecemos hoje,

    Programa Temtico de Silvicultura e Manejo, ganhou essa denominao em 1998, quandonovas associadas se integraram aos projetose houve a ampliao dos objetivos iniciais,que passaram a envolver tambm pesquisas visando o aumento da produtividade e sus- tentabilidade dos empreendimentos florestais.Sua rede experimental conta atualmente com

    20 experimentos, que esto divididos nas reasde fertilidade do solo e nutrio, conservaoe preparo do solo, controle de qualidade deprticas silviculturais e viveiros florestais,

    Ao longo de seus 15 anos, o PTSM tem cumprido a misso de propiciar basecientfica s empresas associadas, alm deoutras do setor florestal brasileiro, e deauxiliar no aumento da produtividade dospovoamentos de Eucalyptus e Pinus. As

    pesquisas so planejadas dentro de contextosregionais ou locais. Visamos minimizar adependncia tecnolgica externa, tornandoa silvicultura brasileira mais competitivainternacionalmente, frente ao rpido processode globalizao e abertura comercial , afirmao professor Leonardo.

    Atualmente, 15 empresas formam oquadro de associadas ao PTSM: Fibria,Conpacel, Suzano, Duratex, Cesp, Eucatex,

    ArcellorMittal, Cenibra, Copener (BahiaPulp), Veracel, Klabin, Ramires, Jari, Caxu-ana e International Paper.

    A prom o o de ev en to s ta mbmmarca as atividades do PTSM, que realiza

    trs reunies tcnico-cientficas por ano,excurses internacionais, seminrios,simpsios e cursos extras. Desde a suacriao, o programa j realizou 39 reunies

    tcnicas. Esses eventos so importantespara a atualizao de conhecimentos e

    treinamento prof issional na rea desilvicultura e manejo.

    Frutos do PTSM

    Gradativamente, o antigo PTCM cola-borou para a expanso do cultivo mnimoem projetos de implantao e reforma deplantaes de eucalipto e de pinus, bemcomo restaurao florestal com espciesnativas. Proveu subsdios cientficospara que, por exemplo, perdesse forao pensamento de que o cultivo mnimocausava desbalano nutricional das plantase produzia povoamentos de crescimentoirregular, entre outras coisas. Em umlevantamento recente, constatou-se quecerca de 85% das plantaes florestaisso estabelecidas no sistema de cultivomnimo.

    O PTSM tambm tem cumprido umimportante papel em termos de capacitaoprofissional. Mais de 30 estudantes desen

    volveram pesquisas dentro do programa,entre doutores, mestres e estagirios.Hoje, o PTSM conta com oito estagiriosque recebem treinamento atravs dosexperimentos do programa. O PTSM tem

    funcionado como um consrcio eficiente deintegrao universidade-empresa. Por meio

    dele, ampliamos a associao de professores, pesquisadores, engenheiros e estudantes em projetos temticos e estratgicos, de modo aobter maior interao de mltiplas formaes evises profissionais, destaca Gonalves.

    As realizaes do PTSM incluem ainda publicao de dois livros, editados peloIPEF: Nutrio e Fertilizao Florestal(2000), organizado pelo professor Leonardoe pelo engenheiro florestal Vanderlei Benedetti, traduzido para o ingls como ForestNutrition and Fertilization, pelo prof. Ken

    McNabb da Universidade de Auburn, EUAe Conservao e Cultivo de Solos paraPlantaes Florestais (2002), organizadopelos professores Leonardo e Jos Luiz Stape. Alm disso, o programa possibilitou, pomeio de seus projetos de pesquisa, a defesae publicao de mais de 20 dissertaes demestrado e teses de doutorado.

    Futuro Alm das pesquisas em andamento, o

    PTSM realizar a sua 40 reunio, com o tema Controle de Plantas Daninhas, e tambm planeja a realizao de dois eventosimportantes para a rea de silvicultura emanejo: o III Seminrio Tcnico-Cientficode Viveiros Florestais e a 42 ReunioTcnico-Cientfica do programa, que serrealizada na Austrlia, no final desse ano.

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    Livros que registram a histria do IPEFesto disponveis em formato digital

    Aps completar 30 anos em 1998, oIPEF lanou, em 2000, o livro A Florestao Homem, que contm registros impor-

    tantes sobre a evoluo do setor florestalbrasileiro, ao mesmo tempo em que trazmemrias acerca da trajetria do Instituto.

    Ao comemorar 40 anos, em 2008, lanoupublicao ainda mais detalhada, A histriado IPEF na Silvicultura Brasileira. As duasobras, que tem grande valor memorialsticoe ajudam a definir a prpria identidade doIPEF, j podem ser acessadas em ambientedigital, atravs do site do Instituto.

    O compromisso com a divulgaode pesquisas e resultados uma carac-

    terstica do IPEF desde sua criao e

    est previsto, inclusive, em seu EstatutoSocial. Dessa forma, o site do Instituto constantemente atualizado com osresultados de seus programas coopera-

    tivos, novidades e alertas sobre questesflorestais. Ao disponibilizar os livros,o IPEF reafirma esse compromisso eoferta aos usurios do site toda a sua

    trajetr ia histrica, suas conquis tas ,fases e inovaes, alm de apresentar os

    personagens responsveis por lev-lo aopatamar atual.

    Longe de serem publicaes mera-

    mente institucionais, as obras registram tambm o desenvolvimento da prpriaSilvicultura Brasileira. Representam,portanto, fontes de fatos importantesrelacionados ao salto dado pelo me-lhoramento florestal no Brasil. Afinal,pode-se dizer que a estabilidade con-quistada pelo IPEF representa o prprioavano do pas no que diz respeito spesquisas florestais.

    A Floresta o HomemSo 448 pginas, organizadas por Regina Machado Leo, que brilhantemente atrela a

    utilizao das florestas no Brasil histria do IPEF. Na apresentao, Jacques Marcovitchdescreve a obra como floresta de palavras reveladoras, bem articuladas e indispensveisna memria da silvicultura brasileira. A Floresta o Homem traz imagens e fotografiashistricas, e apresenta a origem e evoluo das florestas em todo o planeta e no Brasil.Detalha a trajetria do Instituto, sua parceria com indstrias do setor florestal e enfatiza osucesso do modelo de integrao universidade-empresa, no qual apostou o IPEF. Destacaainda a parceria bem sucedida entre o Instituto e o Departamento de Cincias Florestaisda Esalq.

    Editada pelo IPEF e pela Editora da Universidade de So Paulo (Edusp), a obra recebeuo Prmio Colar do Centenrio 2000 do Instituto Histrico e Geogrfico de So Paulo(IHGSP), como melhor livro estadual de geografia. O livro A Floresta o Homem podeser acessado no site do IPEF pelo link: http://www.ipef.br/publicacoes/livroipef/

    A histria do IPEF na Silvicultura BrasileiraNas 144 pginas dessa obra, Nilma de Oliveira Moratori faz um resgate

    histrico da vitoriosa trajetria do Instituto, organizadas em um atraenteprojeto grfico da Comunique Propaganda. O livro apresenta o contexto

    que envolveu a criao do IPEF em 1968, quando o Prof. Helldio do Amaral Mello, ento titular da Cadeira de Silvicultura da Esalq/USP,apostou no plantio de uma semente que germinaria e cresceria.Passa ainda pelos anos de consolidao, maturidade e estabilidadedo Instituto, at chegar em 2008, comprovando que, 40 anosdepois, o IPEF manteve o ideal de seu mentor e se firmou comoelo de integrao entre pesquisa, universidade e empresasprivadas, numa frmula que colaborou para o avano daSilvicultura Brasileira. A autora compe o relato a partir dedepoimentos de pessoas que ajudaram a construir essahistria, alm de atas de reunies, relatrios tcnicos eanuais, e publicaes diversas do Instituto.

    A apresentao feita por Jos Maria de Arruda MendesFilho, presidente do Conselho Deliberativo do IPEF, e o prefcio escritopelo Prof. Luiz Ernesto George Barrichelo, diretor executivo do Instituto, queresume o esprito do livro: As pginas seguintes registram uma alternativa testadae aprovada. Uma histria em que todos saem vitoriosos porque o maior vitorioso oSetor Florestal Brasileiro. Todos ns. Para ter acesso ao livro A histria do IPEF na SilviculturaBrasileira, acesse: http://www.ipef.br/publicacoes/livroipef40anos/

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    Notcias

    Publicao do Institutode Pesquisas e EstudosFlorestais IPEF,em parceria com oDepartamento de CinciasFlorestais da Escola Superiorde Agricultura Luiz deQueiroz.

    Instituto de Pesquisas e

    Estudos Florestais - IPEFPresidente Armando Jos Storni SantiagoVice-PresidenteGermano Aguiar VieiraDiretor ExecutivoLuiz Ernesto George BarricheloVice-Diretor ExecutivoWalter de Paula Lima

    Departamento deCincias FlorestaisChefeJos Leonardo de Moraes GonalvesVice-ChefePaulo Yoshio Kageyama

    IPEF NotciasCoordenaoMarialice Metzker PoggianiJornalista ResponsvelMarta de Almeida Oliveira(MTB 17.922)Diagramao e Projeto GrfcoLuiz Erivelto de Oliveira Jnior Estagiria de Jornalismo

    ngela Cndida Pereira da Silva

    ContatosCaixa Postal 530 - CEP 13400-970Piracicaba, SP, BrasilFone: +55 (19) 2105-8618Fax: +55 (19) 2105-8666E-mail:[email protected] www.ipef.br/publicacoes/

    Tiragem: 4000 exemplaresGrfca : Editora Riopedrense

    Distribuio gratuita.Reproduo permitida desde quecitada a fonte.

    Sendo o IPEF um importante agente de integrao universidade-empresa e de inte-rao empresa-empresa de fundamental importncia a existncia de competnciahumana, cientfica e tcnica entre as entidades envolvidas.

    Isso porque os programas cooperativos (PCs) so os principais mecanismos deatuao do IPEF, conceituados como o conjunto de aes de interesse mtuo que

    visam otimizar o uso de recursos humanos, materiais e financeiros. Assumidos decomum acordo entre as partes envolvidas procuram agilizar a busca de solues paraproblemas emergentes e de fronteira.

    Por outro lado, problemas antigos e respectivas solues so compartilhadosdentro do sistema na forma de troca de informaes entre as associadas ligadas oufocadas na mesma demanda.

    Decorre desses fatos que o grande benefcio recebido por dada empresa est na

    proporo direta de seu maior ou menor envolvimento com dado programa ou linhade trabalho.

    Operando exclusivamente na fase pr-competitiva de P&D, as associadas tem-semostrado acessveis a essa troca de know-how acreditando que mais importante queo conhecimento em si a existncia de competncia e qualificao humana e finan-ceira para coloc-lo em prtica. Reside a o grande diferencial do sucesso da empresaflorestal quando se destaca em dado segmento ou diferentes segmentos da cincia,

    tecnologia e grande prtica florestal.

    Dado que os programas cooperativos so concebidos, gerados e conduzidos pelasempresas que o compem, permitem que diferentes anseios e necessidades sejam

    atendidos, rumos corrigidos e objetivos alcanados dentro dos prazos e dentro doscustos previstos. A demanda resultante de interesses especficos ou necessidadesparticulares das associadas atendida atravs das denominadas atividades tcnico-cientficas (ATCs) desde que haja competncia suficiente no meio acadmico ou deP&D para atend-las.

    Um destaque importante a oportunidade de alunos das entidades acadmicasparceiras envolvidas gerarem trabalhos cientficos desde iniciao cientfica at dis-sertaes de mestrado e teses de doutorado de interesse dos programas. Alm dasfinanciadoras oficiais, um nmero razovel de bolsas oferecido pelo IPEF e suas as-sociadas, alm de facilidades materiais e logsticas fornecidas para o desenvolvimentodos trabalhos de pesquisa. A oferta de estgios anuais ou de frias pelas empresas uma forma de colaborao para a formao dos futuros profissionais e uma aproxi-mao para avaliao de potenciais colaboradores a serem contratados pelas mes-mas.

    Uma particularidade interessante dos PCs a possibilidade, se aprovada pelas em-presas participantes, de admisso de no associadas desde que as mesmas tenhamcontribuies relevantes para trazerem ao sistema de P&D. Obviamente que oenvolvimento financeiro diferenciado pelo fato dessas empresas no arcarem comas mensalidades previstas na associao ao IPEF.

    A divulgao dos resultados parciais ou finais feita atravs de diferentes tipos deeventos e publicaes quer impressas quer eletrnicas. Pelos motivos anteriormenteexpostos raro ocorrer algum segredo de estado que no permita sua divulgaoampla e irrestrita. Isso se constitui, desde a fundao do IPEF h 42 anos, sua maisrelevante contribuio ao Setor Florestal, tanto brasileiro como mundial.

    Luiz Ernesto George BarricheloDiretor Executivo

    E XPEDIENTE